Mesa epistemologia Sandra Montardo

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III Simpósio Nacional da ABCiber

Netnografia e Análise de Redes Sociais: aplicações metodológicas em estudos sobre inclusão social em redes temáticas na Web (CNPq)

Prof. Dra. Sandra Portella Montardo (Feevale)Mestrado em Inclusão Social e Acessibilidade

estrutura

1. netnografia 2. análise de redes sociais (ARS)3. projeto4. resultados de pesquisa

pergunta:

o que justifica o uso combinado de duas metodologias (netnografia e análise de redes sociais), oriundas de áreas do conhecimento diferentes, em um mesmo estudo?

1. netnografia- internet como contexto e artefato

culturais para captar performance de comunidade na web.

(Hine, 2005).

- adaptação da etnografia para netnografia (Kozinets, 2002).

1. netnografia

- identificação e seleção das redes temáticas (busca, blogrings, TCUD);

- organização dos dados em tabelas. - envio de questionários.

2. redes sociais

séc. XX: estudo da sociedade a partir do conceito de rede.

redes sociais = atores + suas

conexões (interações ou laços sociais).

2. ARS em ciências sociais

• análise matemática da sociedade (grafos), que insere a metáfora das redes na sociedade;

2. unidades de ARS na web

3.1. atores3.2. padrões de conexões

= constituintes das arestas da rede (IMC e Relações Sociais)

3.2.1. laços sociais3.2.2. capital social3.2.3. processos

dinâmicos.

3. projeto

projeto: inclusão social via socialização on-line de Pessoas com Necessidades Especiais (PNE) (CNPq);

objetivo: verificar como se dá a inclusão social de PNE e de seus familiares em blogs.

3. inclusão social (IS)- Todas as formas de promover a autonomia de

indivíduos que se encontram, temporariamente ou não, e, sob algum aspecto específico, em desvantagem a outros grupos sociais;

- Processo permanente, embora não constante, em que todos podem estar, simultaneamente, incluídos em algumas situações e excluídos de outras;

- A Inclusão Digital (ID),pode ser vista como uma faceta da IS;

(Montardo e Passerino, 2007; Azevedo e Barros, 2004; Ladeira e Amaral, 1999; Sposati, 2006; Warshauer, 2006).

3. problemas

- aspecto temático das redes exige que se conheça a deficiência em questão (netnografia);

- aspecto quantitativo dos sites de ARS;

- há diferença entre os possíveis nós nas redes (suporte);(problematização da ARS);

3. aspecto temático das redes

rede social na web que se estrutura em torno de um tema específico e que se mantém restrita a ele.

(Montardo, Passerino, 2008).

3. modelo de ARSRecuero (2005): modelo qualitativo, buscando

analisar• organização: interação social

• estrutura: trocas sociais em grupo; capital social e laços sociais

• dinâmica: modificações sofridas na rede

3. foco na estrutura

- laços sociais (Granovetter, 1973, 1983).

- Bertolini e Bravo (2004) - tipos de capital social: relacional, normativo, cognitivo, confiança no ambiente social e institucional.

* laços sociais não foram problematizados, talvez pela falta de análise de redes temáticas.

3. laços fracos e fortes: como identificar na web?

3. hipótese

para ARS em redes temáticas na Web,

laço social e capital social devem ser levados em conta de forma interdependente para estabelecimento do tipo de laço estabelecido.

4. redes já analisadas e suportes

- autismo e síndrome de asperger (blogs)- síndrome de down (fotologs)- deficiência auditiva (blogs)- deficiência visual (blogs, Twitter)*- paralisia cerebral (blogs e Orkut)*

* em andamento.

4.1 autismo e síndrome de asperger Blogs analisados No. de

postagens em 2007

(até setembro )

No. de comentários

em 2007(até setembro)

No. de links que partem do

blog no blogroll

No. de links no blogroll em blogs

do webring

Tipo de capital social que indica

laço forte

Tipo de capital social presente

nos comentários que indica laço

fraco

1. Blog 1 11 23 de 17 pessoas

31 6 Cognitivo Relacional

2. Blog 2 20 274 de 13 20 - Cognitivo Relacional

3. Blog 3 6 27 de 15 pessoas

4 4 Relacional Cognitivo.

4. Blog 4 2 18 de 17 pessoas

8 1 Relacional Cognitivo.

5. Blog 5 29 92 de 35 pessoas  

12 3 Relacional Cognitivo

6. Blog 6 3 2 de 2 pessoas.

12 1 Relacional Cognitivo

7. Blog 7 Nenhuma postagem em 2007

- 8 1 - -

8. Blog 8 30 819 de 113 pessoas

35 3 Relacional. Cognitivo

9. Blog 9 Nenhuma postagem em 2007.

- 9 2 - -

10. Blog 10 Nenhuma postagem em 2007.[1]

- 2 - - -

4.1 autismo e síndrome de asperger

   1. Blog 1 2. Blog 2 3. Blog 2 4. Blog 4 5. Blog 5 6. Blog 6 7. Blog 7

No. de posts

entre jan. e set. de 2007

11 20 6 2 29 3 30

Média de comentários por posts

2,1 13,7 4,5 9 3,2 0,7 27,3

Média de comentários por pessoa

1,3 21,1 1,8 1,1 2,6 1 7,2

4.1 resultado rede temática A e AS em blogs

rede temática constituída em blogs;

desconhecimento sobre A e AS = texto para esclarecer dúvidas dos pais;

laços fracos e fortes em torno de capital social cognitivo e capital social relacional.

4.2 mapa rede síndrome de down (SD)

4.2 dados tabela SD (fotologs): Organização dos dados coletados:

- URL do álbum e de cada foto, acompanhada da transcrição da legenda e da data/hora de sua publicação.

- Sobre a foto1)Onde a foto foi tirada?2) Como foi tirada (posada ou espontânea)?;3) Quem aparece na foto?4) Quem tirou a foto?5) Em que contexto é mostrada a SD?

- Tipo de uso do fotográfico (Kuhn Jr., 2008)

- Comentários (autor, e-mail e/ou URL do autor, transcrição do comentário, data/hora de sua publicação.

- Capital Social

- Laços Sociais

4.2. dados tabela SD (fotologs):

laços fortes a partir da capital social relacional (nafoto.net);

fotos de encontros presenciais;

em e-mails (texto), capital social cognitivo;

confiança no ambiente social (rede e encontros presenciais);

4.3 blogs deficiência auditiva (blogs):

63 blogs sobre DA e de informados;

11 blogueiros permitiram análise;

6 portugueses e 5 brasileiros;

7 blogueiros com DA e 4 informados;

período: janeiro de 2007 a outubro de 2008;

4.3 blogs deficiência auditiva:

rede não é temática entre DA, apenas entre informados;

aspecto frágil de rede (links) inscrita em uma rede maior abordando a deficiência auditiva;

pouca interação na rede da amostra;

laços predominantes fortes (relacionais) entre DA e fracos entre informados (cognitivos).

4.4 blog coletivo PC:

• 23 colaboradores (mães/pais de PC) e 4 PCs

• Postagens: 36

• Comentários: 427 (máximo de 25 por postagem)

• Média: 11,9 comentários por postagem

Período: Dezembro 2006 a Janeiro de 2009

4.4 blog coletivo PC:

• blog foi originado a partir de comunidade do Orkut, com objetivo de organizar e disponibilizar discussão e informações sobre o tema.

• postagens têm vídeos, fotos e links.

• organização por tags: “depoimento de mãe/pai” e “depoimento de jovem/adulto com PC”.

4.4 blog coletivo PC:

- predominância de capital social relacional (mães/pais PC), mas ocorrência de capital social cognitivo, principalmente entre PCs;

- Confiança no ambiente social (blog coletivo)

considerações finais• redes sempre são maiores do que as analisadas

(recorte);

• em redes temáticas na web há sobreposição de laços relacionais (voluntários) e laços associativos (pertencimento) (Breiger, 1974);

• há diferentes apropriações conforme plataforma que suporta a interação e a rede temática em questão.

considerações finais

algumas plataformas escolhidas favorecem mais o capital social confiança no ambiente social mais explícita (fotologs no nafoto.net e blog coletivo).

redes com suportes mantidos pelos sujeitos com deficiência não se configura como temática (abordam outros temas).

considerações finaisnetnografia + análise de redes sociais

• o fato de a rede ser temática justifica o uso da netnografia para que se capte a performance de comunidade;

• ARS vai possibilitar identificação de padrão de socialização nas diferentes redes, com análise de estrutura e dinâmica para identificação da Inclusão Social.

considerações finais

netnografia + análise de redes sociais:

permite a identificação de inclusão social em redes temáticas.

Referências

Artigos sobre projeto aqui exposto estão disponíveis em www.sandramontardo.com, link Textos.

RECUERO, R. Comunidades em Redes Sociais na Internet. Proposta de tipologia baseada no Fotolog.com. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação e da Informação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2006.

Muito obrigada!

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