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Diretor responsável Caio Augusto
Novidades, textos, eventos,
matérias, tudo que você
Umbandista procura.
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NOTA:
Comunicamos que, o Jornal de Umbanda
Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço
livre que altores enviam seus textos e trabalhos e
é comunicado a na mídia Umbandista, cada um
tem total responsabilidade por seu texto, então o
jornal em geral só si responsabiliza pela
montagem e divulgação!!! Boa leitura.
Redação:
Diretor Geral:
Caio Augusto
Colaboradores:
Douglas Elias;
Glauco Mariani;
Felipe Campos;
Hugo Lapa;
Orlando Aparecido;
Jean de Ogum;
Claudio Vieira;
Bruno Stanchi;
Maria Aparecida;
Rosana Souza;
Equipe Para Sempre Umbanda EAD;
Roberta de Souza;
Pablo Araújo
Correção e textos:
Equipe Geral
Artes e Distribuição:
Caio Augusto
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(Caio Augusto)
É meus amigos hoje em dia pensamos tanto em Umbanda terreiro e afins mais a coisa
ficou muito “vaidosa” que saiu dos limites, esquecem que isso é um dos piores erro do
médium pois o leva a ruína, hoje em dia as pessoas olham um dirigente pelo seu status,
pelo seus cursos ou amizades, uma casa por ela ser grande e não pelo seu amor e
carinho a Umbanda.
A Umbanda meus amigos é uma religião fundada por um médium simples que em dias
difíceis, nem tinha como sustentar tantos trabalhos na sua missão temos que acordar e
lembrar um pouco da época da fundação aonde Zélio era tão humilde que nem se
apegava a fins matérias e sim a uma simples flor e uma vela, não podemos ser
dominados por um sintoma de palácios e afins, a mediunidade tem em si sua morada em
seu corpo, esse sim é seu templo sagrado e evolutivo.
Hoje em dia o status “pai de Santo” virou uma moda geral as pessoas não se preparam
mais como antigamente não se dedicam mais como antes e pior, esquecem da caridade
uns mesmo acham que nem isso é preciso ser feito, acordem meus irmãos essa fogueira
de vaidades leva uma religião a ruir e se decair, pense bem nosso fundamento é ajudar e
ter em vista a evolução do ser ao nosso lado, não adianta só você colocar branco e ficar
olhando a roupa da sua irmã ao lado e achando que isso ou aquilo, acorde! Umbanda
não é só ir para terreiro bater tambor e achar que tudo é lindo, Umbanda é rua é ajuda, é
caridade, é irmandade é amor ao próximo, aqui fica meu apelo irmão acordem! pois
muitos vivem pregando canto a canto desse mundão lindo de meu Deus sobre caridade
mais quando se viram as costas e saem dos holofotes são pessoas sem evolução sem
amor e muito menos vontade de ajudar quem precisa.
Vaidade é uma palavra que significa: que não possui conteúdo e se baseia numa
aparência falsa, mentirosa.
Então irmão mantenham um foco lembrem das palavras do Caboclo das 7
encruzilhadas, sejam humildes levem nossa bandeira a frente mais com amor e verdade,
não deixe esse clima de vaidade e estrelismo invadir sua casa de Santo, seu núcleo, seu
terreiro, respeite quem está a seu lado, plante flores para que quando voltar no caminho
as colhas, não plante espinhos para que quando voltar tenha que se cortar, a vida é feita
para se evoluir respeite seu irmão, seu Pai de Santo e a todos que estão em volta mas,
saiba defender os princípios básicos de Umbanda quando necessário.
E deixo a mensagem do próprio caboclo pra que reflitam:
MENSAGEM CABOCLO SETE ENCRUZILHADAS - ÚLTIMA INCORPORAÇÃO
NO MÉDIUM ZÉLIO DE MORAES
Meus queridos irmãos, neste momento, vindo do espaço, permitam que neste estudo
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para amenizar sofrimentos dos que estão na Terra, encarcerados em seus corpos, estou
satisfeito porque tem gente que é feliz, porque todos vocês vem me ajudando na obra
que tomei a missão, no espaço, de implantar, a Umbanda de humildade, amor, e
caridade, aproveitei um jovem moço em meio daqueles senhores, velhos kardecistas.
Tomei a missão e vejo neste instante grandes representações, não estão todas porque por
este Brasil a fora, criei Tendas de Umbanda construtivas, sadia, com moral e dando de
graça o que de graça se recebe.
Do sul do país aos estados do Norte, ouviam a minha palavra, desenvolviam médiuns e
fui criando tendas de grandes médiuns encontrei, grandes médiuns pude fazê-los,
incorporei bem, trabalhei na caridade, tomando a direção de uma tenda, e assim foi se
criando Tendas.
Meus irmãos, me satisfaz estar entre vocês porque naquele dia 15 de novembro na
federação kardecista, eu anunciei a Tenda de Nossa Senhora da Piedade, do modo que a
mãe tinha piedade de seu filho, que tivesse piedade desta humanidade.
Grandes coisas feitas na Tenda, grandes coisas eu pude fazer para aqueles que estavam
com certeza, crentes que a Tenda não tinha vida para que no dia 2 (dois) eu anunciasse a
eles, não, a Umbanda, Deus comigo, Deus conosco, do nosso lado, será a religião deste
fim de século.
Meus irmãos, eu disse, vou levar daqui uma semente, vou plantar nas neves e aquela
árvore ficará frondosa para dar a sombra para todos os seus filhos, a todos aqueles que
precisarem de uma sombra amena, os que dizem sentirem o queimar do sol de crimes,
de vícios, de paixões que se criavam, que existiam como existem ainda hoje no meio da
humanidade.
A Tenda da Piedade foi criada e progrediu, faz hoje 64 anos da primeira comunicação
aos meus irmãos.
Aqueles coronéis que me cercavam, estavam admirados de um menino fazer e dizer
aquilo que eu dizia, aquilo que eu pregava e anunciava.
Pois bem, está formada a nossa Umbanda, com grande sacrifício, porque é preciso
curar, é preciso levar aos médiuns, aqueles que se julgavam deserdados da sorte, a
misericórdia de Deus, o conforto, para eles compreenderem que a palavra do espírito é a
continuação nossa, que fazia a harmonia dos lares e curava os enfermos.
Chamei Pai Antônio, fui buscar Orixá Malê, para comigo trabalharem e criarem Tendas.
Encontrei muitos descrentes. Aqui está o representante da Tenda São Jorge, talvez vocês
não saibam como Severino, um grande médium que foi, como este médium se
desenvolveu. Era descrente, Leal de Souza mãe de Geraldo Rocha foi pedir ao Orixá
Malê para fazer um trabalho com pássaros na beira do rio Macau. Severino que não
acreditava nem em Deus também foi meus irmãos, a vista de todos aqueles que nos
cercavam, todos que estavam assistindo a sessão, alguns já estão mortos, não podem dar
aqui sua palavra, mas eu estou dizendo que tem aqui quem falta.
Era um dia de sol, algumas nuvens corriam no espaço, Orixá Malê disse, vamos mandar
aqueles pombos pro outro lado do rio para que eles não se molhem, para voltar e
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continuar o nosso trabalho, Severino ria, não demorou poucos minutos e a chuva caiu
molhando a todos nós que estávamos ali no rio, passada a chuva, Orixá Malê fez com
eles voltassem e cruzassem o céu. Severino duvidava, como ele não acreditava em
Deus, o Orixá Malê que era mais… pegou uma pedra redonda na margem do rio e deu
com a pedra na testa de Severino e ele caiu dentro do rio, e Severino já saiu do rio
incorporado com a entidade que ele trabalha até hoje.
Veem vocês que a luta foi grande para formar estas Tendas, tudo se faz, mas hoje estou
satisfeito porque sinto no coração de vocês que os vossos corações estão unidos ao meu
espírito para ir aos pés de Jesus pedir perdão, para que possamos ser seus alunos, seus
inimigos que recebam de seus corações um perdão e também para aqueles que podem
desejar o mal.
Acredito que o manto de Nossa Senhora, virá ao agasalho de todos vocês na Umbanda
do humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Sempre fui pequenino e pequenino continuo, sou mais humilde dos espíritos que baixa
ao planeta, tenho dito, tenho escrito e continuo a ser satisfeito pela Umbanda, todo dia,
de estado a estado, a Umbanda hoje é grande, porque em São Paulo que se criou 20
Tendas, em Santos, em Minas Gerais, na capital da República e no Rio, nossa Umbanda
continua progredindo, como aquela que eu desejo, como aquela que é preciso encontrar,
nesta casa, quando aqui estou trazendo ao coração daqueles que dirigem, que é a
humildade, o amor que prática a caridade.
E venho encontrando e dando força aos dirigentes destas Tendas, e aos médiuns, para
que esta Tenda possa sempre ser grande e ser o espelho das outras Tendas, porque meus
irmãos, infelizmente, o nosso irmão Floriano que está ao meu lado sabe perfeitamente
disto, só desejava encontrar de branco, com roupas de pouco custo, nada de seda, nada
de cores que pudessem ficar triste ou conter a mortalha na vestimenta. A Umbanda de
humildade, amor e caridade, é esta que se pratica em nossa Tenda, Tenda de Nossa
Senhora da Piedade.
Meus irmãos, as outras Tendas nepotistas, podem fazer aquilo que bem desejarem,
poderão fazer o que quiserem, mas eu posso garantir uma coisa, o meu aparelho nunca
aceitou a vil moeda em troca de uma cura ou de um feito, porque a vil moeda só serve
para atrapalhar o homem ou mulher que é médium. E vocês sabem perfeitamente que
existem Tendas que aceitam. Nós temos uma choupana no mato, do Velho Pai Antônio,
naquela época diversos cheque por cura foram dirigidos ao meu aparelho e eu dizia não
pegue, e ele devolvia.
Por isso meus irmãos, que vocês possam fazer a caridade, possam receber de Deus sua
misericórdia e que todo médium tome fazer o bem, curar com suas mãos, com sua reza,
andando numa linha reta, numa consciência pura e limpa, e não reverter a vil moeda,
enfim, olhar para o seu semelhante como se fosse um verdadeiro irmão, com este amor
de irmão para irmão.
Como o menor espírito que baixa sobre a Terra eu saúdo a falange de caboclos que me
cercam, que me cercaram quando iniciei. Temos aqui diversos caboclos de Ogum, de
Xangô, que estão nas 7 linhas, mas deve dizer que o Caboclo das 7 encruzilhadas que é
o meu espírito pertence a falange de Oxosse, meu Pai. que Oxosse possa tomar conta de
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vocês, que Oxosse abençoe vocês neste momento, este pequenino espírito deseja a todos
presentes proteção, os corpos todos cheios de fluidos benéficos para amenizar os males,
eu quero que tenha neste momento a proteção da falange de Oxosse e as outras linhas
que aqui estão presentes, para levar harmonia aos vossos lares, harmonia aos vossos
corações, talvez possam gozar a vida conforme o Pai vem falando a seus filhos, dentro
daquela humildade, dentro do amor de irmão para irmão e praticando a caridade.
Lembre-se, que seja descende o menor espírito entre todos, humilde Caboclo das Sete
Encruzilhadas. Ressalvo homenagem à Tupinambá e a outros espíritos, 7 Flechas,
Caboclo Roxo, enfim a quantidade de espíritos de Oxosse, de Ogun, de Xangô que estão
presentes. Eu solicito a vocês todos que estão na matéria, para que estes espíritos
comigo possam carregar o que há de ruim invadindo, sacudindo as vossas casas de
alguma coisa que possa estar por lá, para que vocês tenham dias melhores, para que os
filhos tenham mais saúde e paz para praticar a verdadeira Umbanda do humilde.
Que a paz neste momento baixe a que se ergam para todos os passos da luz e repasse
para todos vocês debaixo do manto de Nossa Senhora da Piedade.
- Tá tudo bonito, tá tudo belo e formoso não é isto?
- Ô Floriano, como é que você vai, você está bom meu filho?
- Sua bênção, eu estou bem meu senhor, talvez melhor do que aquilo que eu mereça.
- Não deixa de levar umas pedradinhas não é meu filho?
- Muito contente de estar aqui comungando com esta vibração sublime, com este
trabalho maravilhoso que vocês da espiritualidade trazem até esta terra para ajudarem
também a carregar esta cruz.
- É preciso todo mundo compreender que deste mundo nada se leva, só as boas ações.
- Infelizmente, nós, espíritos encarnados ainda somos embuidos de muito egoísmo e
muita animalidade, por isso queremos sempre a posse de tudo, desde as coisas mais
insignificantes, até as coisas realmente mais valorosas, esquecendo-nos que realmente
nada que temos que cultivar, isto que o senhor ensina, misericórdia, amor paz
compreensão, piedade como é também o nome deste símbolo maravilhoso de Nossa
Senhora, que o Senhor, Caboclo das 7 Encruzilhadas escolheu para batizar o templo de
caridade que forma naturalmente uma plêiade de templos, que vieram a seu tempo por
indicação do Astral superior enriquecer a terra de Santa Cruz, para trazer auxílio a esta
comunidade, o conhecimento das coisas espirituais e ajudar por outro lado ao mais
pobre e mais humilde a carregarem as suas cruzes com mais entusiasmo, com mais
força, para que assim a Umbanda e o seu Caboclo das 7 Encruzilhadas, viessem
inaugurar no Rio de Janeiro e se expandir.
Por isto nós estamos aqui comungando com os 64 anos desta vida laboriosa, desta vida
intensa e de muita renúncia para o seu aparelho, que é naturalmente o espelho no qual
todos nós, filhos ou não da Umbanda, que queremos progredir, devemos nos espelhar,
porque em realidade se não houver renúncia de nossa parte não podemos concluir nada
de bom. Além do mais a mediunidade, o intercâmbio entre o mundo espiritual e o
material, reserva para cada um de seus trabalhadores um caminho, que embora cheio de
luzes, mas uma hora esplendorosa aos termos da caridade.
Segundo nos ensinam você, espíritos de Caboclos e Pretos Velhos, o trabalho de
médium corresponde exatamente a uma tarefa nobilitante e que ele aceitou, com
maiores possibilidades ele poderá alcançar o caminho da glória e regenerando-se poderá
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descontar as faltas, as falhas e porque não dizer também os crimes de encarnações
passadas.
- Assim foi feita a nossa Umbanda no Brasil. Passaram-se os anos e tudo aquilo que eu
disse, apelando para quem está presente, de muitos anos que me acompanha, falando,
pedindo e fazendo exemplos de Jesus aqui na Terra, quando ia da Palestina para a
Galiléia, foram ao seu encalço pedir harmonia para sua casa; a resposta foi esta:
“- Você feche os olhos para a casa de seus vizinhos, feche a boca para não se virar
contra quem quer que seja, não julgue para não ser julgado, pense em Deus que a paz
encontrará em sua casa. “
Faça do Evangelho e tomando por ensinamento as minhas palavras a nossa Tenda
começou a seguir o seu ritmo, aquele que eu desejava.
A religião, seja ela qual for, desde que tenha por base acreditar em Deus, acredito que
seja uma boa religião, desejar a teu próximo o que deseja para ti, cumpre os
mandamentos das leis de Deus é ser perfeito e principalmente, em qualquer religião,
mas principalmente na religião espírita, para que o médium seja o instrumento que
possa ser tocado por qualquer professor de música, por isso meus irmãos, criei 7
Tendas.
Os mais humildes tragam amor no coração, mas amor de irmão para irmão, porque as
vossas mediunidades ficarão muito mais limpas e puras, dignas de qualquer espírito
superior que possa baixar, que os vossos aparelhos estejam sempre limpos, que os
vossos instrumentos estejam sempre afinados com as virtudes que Jesus pregou na
Terra, para que tenhamos boas comunicações, boas proteções, para que todos aqueles
que correm em busca de socorro nas nossas casas de Umbanda, nas nossas casas de
caridade em todo o Brasil.
E todos estes, a maior parte de todos estes que trabalham em Umbanda, se não passaram
por nossa Tenda, passaram por filhos saídos desta Tenda e que criaram outros terreiros.
Das 7 Tendas criadas por mim no Distrito Federal, muitas tem saído para fazer a
caridade aos seus semelhantes, a nos seguir.
A lembrança de Jesus veio ao planeta Terra, na humilde manjedoura, não foi por acaso,
não foi porque o Pai assim o quis, determinou, porque podia ter procurado uma casa de
um potentado daquela época, mas não, foi escolher aquela que seria a mãe de Jesus, o
espírito que vinha traçar a humildade, os seus passos, para ter paz, saúde e felicidade.
Aproveitando o nascimento de Jesus, a humildade que ele baixou neste planeta, numa
humildade manjedoura, o Anjo que anunciou a Maria que ela ia ser mãe sem ser esposa,
que a estrela que iluminou aquele estábulo, que levou os três reis magos a sua presença,
vinde até vocês iluminando os vossos espíritos, tirando os escuros de maldade, por
pensamentos, por práticas e ações que tinham sido pensadas ou praticadas, que Deus
perdoe tudo aquilo que vocês tenham feito, que Deus perdoe as maldade que possam ter
sido pensadas, para que a paz possa reinar nos vossos corações e nos vossos lares.
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Eu meus irmãos, como menor espírito que baixou na Terra, mas amigo de todos, numa
concentração perfeita dos espíritos que me rodeiam neste momento, peço que eles
sintam as necessidades de cada um de voz e que ao sairdes deste templo de caridade,
que encontreis os caminhos abertos, os vossos enfermos melhores e curados e saúde
para sempre nas vossas matérias.
Com paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e serei sempre o
humilde Caboclo da 7 Encruzilhadas
Um grande abraço a todos que a luz do criador lhe ilumine!
(Texto de Pai Caio Augusto, e arquivos históricos Umbandistas.)
(Texto do jornal de Umbanda Sagrada Portal Caminhos de Ogum edição de novembro
de 2013)
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(Caio Augusto)
Guardião da Meia-Noite Autor Rubens Saraceni.
Páginas: 200
Descrição: Para quem conhece a filosofia oriental e esotérica, é surpreendente a
exatidão com que os conceitos espirituais são apresentados: Luz e Trevas são os dois
lados do Criador; A maior pirâmide não prescinde da menor de suas pedras.
Release: Guardião da Meia-Noite, seja bem-vindo! A Madras Editora está muito
orgulhosa com a sua chegada. Leitores, é chegado o momento de conhecer este
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magnífico romance de Luz, psicografado pelo grande Mestre Rubens Saraceni,
inspirado por Pai Benedito de Aruanda. Ao ler esta obra, você estará entrando num
mundo que deve ser sentido, explorado e vivido e que tem a intenção de fazê-lo evoluir
na sabedoria do conhecimento Divino. ... A busca de um homem por sua alma perdida
nas transgressões à Lei Divina. Caminhos de Luz e Trevas rumo ao Criador. Um nobre
rico e poderoso, mas extremamente cruel, paga pelos seus atos. Seu corpo na morte se
converte em sua prisão, julgado pelos vivos e condenado pelos mortos... Mas das trevas
nasce a luz! O Guardião, sentinela da meia-noite, torna-se por seus méritos um servidor
da Lei Divina. É este o enredo deste maravilhoso trabalho. Leia... você não vai se
arrepender!
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(Orlando Garcia)
Era filho único de uma família militar onde meu pai serviu ao trono a vida inteira, tornando-se um oficial respeitadíssimo; não pude fugir ao meu destino. Em minha família o tratamento com todos sempre foi muito sério e até mesmo severo; logo de pequeno já era tratado como um mini soldado. Antes de passar a fase adulta, ainda na adolescência já me encontrava entre as fileiras da tropa real, mesmo sendo filho de um oficial não tive privilégios, comecei como um qualquer, pois esse era o desejo de meu pai. No quartel comecei aprender táticas de guerrilha e contra-guerrilha que me salvaram de inúmeras batalhas. Lá também tínhamos Ordem Unida, aquelas marchas que os soldados fazem em fileiras com comando ou sem comando ensaiadas, usadas principalmente em desfiles. Tínhamos também o combate corpo a corpo onde simulávamos lutas como na vida real. Lá aprendi que o filho chora e a mãe não vê e também que dentro do exército, nosso pai é a pátria e nossa mãe a bandeira. Atuava pela infantaria, tropa que dá o primeiro combate e tenta fazer o maior estrago possível ao adversário. O risco de morte é maior, a tropa inimiga está completa, sem baixa alguma. Perdi vários companheiros e outros que conseguiram voltar, estavam mutilados de algum membro. Aos poucos fui ganhando o respeito da tropa e dos comandantes, embora jovem, a batalha estava no meu sangue. Por isso nunca me casei e pouquíssimas mulheres conheci, não queria deixá-la viúva, sabia que saía, não sabia se voltava. Com o coração empedrecido, durante a batalha não poupava ninguém, homens, mulheres e até mesmo crianças. Inimigo era inimigo. Assim foi a vida desse soldado, promoções e medalhas recebi várias, o que deixava meu pai coberto de orgulho. Anos depois perdi minha mãe, isso fez com que meu pai se debilitasse, adoecendo e contraindo o Mal de Alzheimer, nem de mim mesmo se lembrava. Agora sozinho no mundo me dediquei de corpo e alma ás batalhas, isso só me dava mais confiança. A espada que era de meu pai agora era minha, comecei a fazer marcas ao lado dela para cada vida que eu tirava, até ela estar marcada por inteiro. Um dia já com a batalha vencida, fui recolher um dos meus soldados que estava ferido ao solo, quando senti o aço da espada me dilacerando pelas costas, só deu tempo de virar e ver o responsável pela minha morte. Era um menino de doze a treze anos, segurando uma pequena espada na mão e tremendo muito. Ainda tinha força para lhe cortar a cabeça, mas simplesmente o agradeci. Agora eu estava livre, não mais teria batalhas terrenas para lutar. Depois de muito tempo vagando entre as sombras, fui resgatado, tratado e trabalho ainda na infantaria, abrindo o caminho dos muitos que procuram ao meu filho, ajudando-os nas suas batalhas diárias, sob a bandeira da Umbanda e o comando do nosso pai Ogum. OGUNHÊ!!! PATACORI OGUM !
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(Glauco Mariani)
PARABÉNS UMBANDA PELOS SEUS 107 ANOS. Em 15 de novembro de 1908, manifestou-se pela primeira vez, numa sessão da
Federação Espírita, em Niterói, uma entidade que declarou trazer a missão de
estabelecer um culto, no qual os espíritos de índios e de escravos poderiam
desenvolver seu trabalho espiritual, organizado no plano astral do Brasil. Na
época, esses espíritos aproximavam-se das reuniões espíritas, mas as suas
mensagens eram recusadas, por serem eles considerados atrasados, tendo
em vista a condição de humildade com que se identificavam.
A entidade, que se apresentou aos videntes como um mentor espiritual, deu o
nome de CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS.
No dia seguinte, verdadeira multidão compareceu à residência do médium – um
jovem de 17 anos, chamado Zélio Fernandino de Moraes, de tradicional família
fluminense. A entidade manifestou-se e determinou as normas do novo culto,
que teria o nome de UMBANDA, declarando fundado o primeiro templo de
Umbanda, cuja prática seria exclusivamente a caridade espiritual, através de
passes, desobsessões e curas de enfermos.
O templo, que tomou o nome de Tenda Nossa Senhora da Piedade, funcionou
no centro do Rio de Janeiro (Rua D. Gerardo, 51) com uma filial (Cabana de Pai
Antônio) num sítio em Boca do Mato, Cachoeiras de Macacu.
Prosseguindo a sua missão, o Caboclo das 7 Encruzilhadas fundou mais 7
templos, cujos dirigentes foram escolhidos entre os grupos de médiuns
preparados nas sessões doutrinárias que a entidade estabelecera, às quintas-
feiras à noite, para esclarecimentos sobre a doutrina espírita, o Evangelho e
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as normas ritualísticas da Umbanda. Estas normas determinavam: médiuns
uniformizados de branco, cânticos sem acompanhamento de atabaques nem
palmas ritmadas; preceitos baseados apenas em água, amaci de ervas, flores
e pemba, atendimento totalmente gratuito, não sendo admitido estabelecer
nem aceitar retribuição financeira de espécie alguma. Os templos, organizados
administrativamente, mantinham-se pelas contribuições dos associados.
Milhares de templos, em quase todos os Estados, descendem desse grupo
inicial, conservando, em sua maioria, a pureza da doutrina e da ritualística.
Formou-se assim a religião de Umbanda – denominada, de início, Lei de
Umbanda, ou Linha Branca de Umbanda – cujos mentores são os Caboclos e os
Pretos-Velhos.
Justifica-se, portanto, a escolha da data de 15 de novembro, por não se
prender apenas a uma das falanges principais da Umbanda e sim a ambas:
Caboclos e Pretos Velhos.
A referência feita à Proclamação da República deve-se ao fato de ter sido ela
determinante da igualdade religiosa estabelecida pela primeira vez na
Constituição da República, em 1889, o Estado deixou de ter uma religião
oficial, permitindo assim que todos os credos, inclusive a nossa doutrina, se
difundissem livremente.
Não devemos esquecer que a Umbanda é uma religião brasileira, porém tem
influência: Africana, Indígena, Católica e Espírita.
"Se julgam atrasados estes espíritos dos pretos e dos índios, devo dizer que amanhã
estarei em casa deste aparelho (o médium Zélio Fernandino de Moraes), para dar início a
um culto em que esses pretos e esses índios poderão dar a sua mensagem, e, assim,
cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos
humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e
desencarnados. E, se querem saber o meu nome, que seja este:
CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, porque não haverá caminhos fechados para
mim."
Saravá Umbanda!!!
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(Hugo Lapa)
O guardião do umbral é uma figura bem conhecida dentro do esoterismo. O termo
umbral aqui usado não se refere ao umbral do Espiritismo, como uma zona
cósmica de sofrimento. Umbral, segundo o dicionário Michaellis, significa “portal,
limiar, obreira de uma porta”. É também considerado uma entrada, um acesso,
um começo de algo, ou uma extremidade inicial. O guardião do umbral seria
aquele que protege uma entrada que vai dar em algum lugar. Esse termo foi
popularizado por Bulwer Lytton no romance Zanoni de 1844. Alguns consideram
o guardião do umbral como uma presença mitológica ou mesmo imaginária. O
guardião do umbral também é chamado de “habitante do limiar” por alguns
ocultistas.
No Esoterismo, esse guardião é o protetor de um acesso a um outro nível ou estado
de consciência. Em todo portal que dá acesso ao plano superior há uma figura, um
personagem, que zela por ela para que os ímpios não sejam admitidos. Antes de
alguém ser aceito ao outro mundo que se descortina, ele terá que provar seu valor,
ou demonstrar que está apto a cruzar esse limiar entre duas dimensões. O
guardião do umbral algumas vezes é visto como um espírito protetor que zela por
uma entrada; em outras ocasiões é considerado uma figura simbólica apenas, que
representa a essência da prova que devemos enfrentar antes de nos ser permitido
cruzar o acesso a um nível mais elevado.
Na mitologia, o guardião do umbral pode ser encontrado em diversas ocasiões. Na
mitologia grega, podemos ver exemplos na esfinge que lançou o enigma a Édipo.
Na Grécia, as esfinges devoravam todos aqueles que não conseguissem responder
corretamente os enigmas que elas propunham. Pode ser encontrado em Cérbero, o
cão de três línguas de fogo, guardião do Hades, o submundo grego; também em
Caronte, o barqueiro do Hades, que conduzia as almas pelo rio Estige e Aqueronte.
No Mito de Hércules encontramos um guaridão em cada trabalho concluído. O
primeiro foi o Leão da Neméia, o segundo a Hidra de Lerna e por assim por
diante. Os doze trabalhos representam os doze fases ou níveis que a alma precisa
ultrapassar para ascender, degrau por degrau, na escada da eternidade. Guardiões
do Umbral também pode ser representados como dragões, monstros, serpentes,
gênios e outras criaturas sobrenaturais. Na mitologia grega era um dragão que
protegia o Tosão de Ouro e o Jardim das Hespérides. No mito celta de Ziegfried é
um dragão que guarda o tesouro que confere a imortalidade.
O guardião do umbral também está presente nas principais religiões do mundo. No
cristianismo, ele é satanás, o ser demoníaco que apresentou a Jesus as três
tentações. No Budismo, o guardião se apresentou como Mara, o demônio das
ilusões, uma figura que representava toda a ilusão cósmica, o maya dos hindus.
Assim como Jesus, Buda também foi testado pelo guardião, que lhe impôs severas
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provas. Só depois de vence-lo é que Sidharta se tornou um Buda, um iluminado, ou
um ser desperto. Os demônios nas religiões muitas vezes representam esse
habitante do limiar, o ser simbólico que induz o buscador à prova, a fim de testar
seus méritos. Há duas visões sobre essas provas. A primeira é mais psicológica e
afirma que todo esse processo de provação ocorre apenas dentro do psiquismo do
indivíduo, como uma batalha contra as forças do inconsciente que devem ser
vencidas. A outra visão de esoteristas como José Láercio do Egito, afirma que essas
provas ocorrem no plano astral, onde brotam formas astrais, com toda a
vivacidade, que passam a ser encaradas pela pessoa como se fossem mesmo reais.
No Livro de Jonas, o próprio Jonas vai de barco a Nínive, após um chamado de
Deus. Pega um barco e enfrenta uma grande tempestade. Os homens do barco
ficam com medo da ira de Deus e o jogam ao mar. Jonas é então engolido por um
imenso peixe e permanece aprisionado em suas entranhas por três dias e três
noites. Esse peixe é para Jonas o Guardião do Umbral e também é o momento da
maior transformação. Como diz o Livro de Jonas, capítulo II, sobre sua condição
dentro das entranhas do peixe: “As águas me cercaram até à alma, o abismo me
rodeou, e as algas se enrolaram na minha cabeça. Eu desci até aos fundamentos
dos montes; a terra me encerrou para sempre com os seus ferrolhos; mas tu fizeste
subir a minha vida da perdição, ó Senhor meu Deus. Quando desfalecia em mim a
minha alma, lembrei-me do Senhor; e entrou a ti a minha oração, no teu santo
templo. (…) Falou, pois, o Senhor ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra seca”.
O guardião do umbral está presente em toda a nossa vida e é representado de
várias formas, nos rituais iniciáticos, em nossa vida diária, em filmes e até mesmo
em videogames. Quem nunca jogou games onde o heroi precisa derrotar o
guardião, ou na linguagem antiga, o “chefão” da fase para poder ter acesso a fase
seguinte. Em muitos games, ao final de cada fase há sempre um personagem que
precisamos vencer para só então passar ao nível mais elevado. Esse “chefão” nada
mais é do que uma forma de guardião do umbral. Ele protege o acesso a próxima
fase e todos que desejarem passar de fase terão de ter a habilidade suficiente para
vence-lo.
O guardião pode ser qualquer coisa em nossa vida. Desde um simples muro que a
criança deve cruzar para chegar ao parque, até uma grave depressão que ameaça
nosso sustento psicológico. Pode ser um chefe turrão e crítico, que nos desafia para
melhorarmos nosso trabalho, para sermos mais humildes, ou para desenvolver
nossa paciência. Pode ser um membro da família desarmônico que nos ensine o
amor incondicional, sem restrições. Pode ser um acidente, em que ficamos entre a
vida e a morte e passamos a dar mais valor à vida, às pessoas, à saúde e às coisas
simples. Pode ser uma doença, que nos leva à internação, nos causa dores
insuportáveis e que mais uma vez nos coloca entre a vida e a morte. Vale dizer que
a passagem entre a vida e a morte é o maior limiar que conhecemos e também tem
o seu guardião. Quando a morte se aproxima, o ser humano tende a não mais
valorizar o supérfluo e passar a ver aquilo que é mais profundo. Frequentemente
ele faz uma revisão de todos os seus atos e é estimulado a deixar de lado velhas
mágoas, superar defeitos e limites, reconciliar-se com antigos desafetos e até
questionar-se sobre o sentido da vida. O momento do limiar é o instante em que
estamos mais abertos, e também aquele que existe a maior busca da verdade.
Muitas pessoas que se encontram próximas a morte reveem seus conceitos e
crenças, assim como buscam ler obras espirituais que os consolem e deem
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explicações sobre o significado de sua existência. Tudo isso é estimulado pela
aproximação do limiar diante do desconhecido, a morte, que é um dos guardiões
mais severos, senão o mais severo.
O mito de Caronte é muito significativo para explicar a passagem para o mundo
dos mortos. Como já dissemos, na mitologia grega, Caronte era um barqueiro que
transitava entre o rio estige e Aqueronte, levando em seu barco as almas recém
falecidas. Para atravessar o rio da vida e da morte, a alma precisava dar a Caronte
uma moeda como pagamento. Aqueles que não lhe davam a moeda, seriam
obrigados a vagar por cem anos pelas margens do rio. A moeda nesse mito
representa as riquezas e posses materiais, que o morto não pode levar ao outro
lado da vida. Ele precisa deixar no mundo tudo aquilo que possui um valor
material para só então ser aceito nos planos sutis. Caso contrário, ele fica preso às
margens do rio e não transpõe a fronteira do mundo dos mortos. Isso significa que,
as almas que não se libertaram da escravidão material de riquezas e poderes do
mundo, ficam presas ao mundo e se tornam o que no espiritualismo se denomina
de “espíritos presos a Terra” (já falamos sobre os espíritos presos à Terra no blog).
Esses espíritos estão destinados a ficar vagando, por um tempo indeterminado,
pelo mundo dos vivos (as margens do rio Estige), até conseguirem se desprender do
cárcere dos desejos sensórios. Assim, para os gregos antigos, Caronte é o guardião
do umbral que zela pela entrada no plano espiritual. Somente deve cruzar esse
portal quem se despojar de tudo o que se refere a riquezas e gozos mundanos. O
Livro Tibetano dos Mortos, obra que ensina como o morto deve cruzar o plano
espiritual inferior ao plano espiritual elevado, também fala de “divindades
demoníacas” que devem ser vencidas para que a alma cruze com eficácia sua
jornada rumo ao que na tradição tibetana se chama de Luz Clara do Bardo. Esses
demônios são como guardiões do plano espiritual. Elas impõem os desafios que
devem ser vencidos para todos que aspirem ascender, caso contrário, ficarão
presos ao mundo material como um fantasma.
O Guardião do Umbral parece surgir em duas situações fundamentais: quando
tentamos uma mudança significativa em nossa vida, ou quando a vida, mesmo sem
a nossa permissão, nos força a uma mudança. Em ambos os casos, essa mudança é
simbolicamente a passagem de um mundo a outro; de um estado de consciência a
outro; a transformação de um tipo ou uma condição de vida a outra. O ato de
transformação nada mais é do que a derrota sobre o guardião. Na vida humana
comum, o habitante do limiar se apresenta como uma série de circunstâncias que
nos induzem a provação. Sua função é nos testar, impor desafios, nos colocar à
prova para demonstrarmos nosso valor e podermos seguir em frente na jornada de
nossa alma. A mudança só se dará, de forma efetiva, quando vencermos o
guardião, pois é ele quem dá acesso a mudança, a outro estado. Toda
transformação na vida humana é realizada com o enfrentamento do habitante do
limiar. Justamente por isso ele habita o limiar. Sem que o vençamos, ele não
permite nossa passagem, e podemos ficar estagnados por um tempo maior em
menor, até decidirmos encara-lo e vence-lo.
Quando dizemos “vencer”, isso não implica na noção de destruí-lo, trucida-lo,
bani-lo, seja pela força ou pela intelectualidade. Vale lembrar que o guardião do
umbral nada mais é do que uma projeção de nossas próprios defeitos, limites,
vícios, apegos, medos, rancores e todo tipo de emoções inferiores, ou mesmo de
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programas fixos em nossa mente. Conforme vamos nos aproximando do portal de
acesso, o guardião vai se fazendo presente. O guardião pode ser, por exemplo, uma
emoção. Se uma pessoa tem medo de falar em público e ela está indo para uma
apresentação, o habitante do limiar vai começando a emergir na forma do medo
que cresce a cada instante, conforme se aproxima a hora da apresentação. Quando
uma pessoa tem trauma de bullyng, os praticantes do bullyng podem ser seus
guardiões e representar a nossa luta contra o trauma. Uma pessoa que fala muitas
verdades “na nossa cara”, verdades essas que desejamos ocultar de nós mesmos,
pode também ser um guaridão mostrando nossa realidade do momento. A
avaliação dessas “verdades” ditas pode ajudar em nosso autoconhecimeto e em
nosso melhoramento interior. O guardião também pode incorporar em muitas
pessoas que dizem ou fazem várias coisas conosco. Ele pode também se apresentar
em momentos distintos de nossa vida, mas seguindo um mesmo padrão repetido.
Esse padrão repetido nos ajuda a assimilar bem os erros cometidos e as lições de
vida a serem assimiladas. O guardião para um homem pode ser uma mulher muito
sedutora, que o induz a valorização excessiva do sexo e da luxúria. Para a mulher,
pode ser um homem “cafajeste”, que a atrai pelo lado mais material e sensório da
existência, mas que depois vai traí-la, abandona-la ou desvaloriza-la de várias
formas. Esse homem “safado” e “bad boy” é o guardião que essa mulher precisa
para que possa se libertar da volúpia, dos prazeres carnais, do desejo de poder e de
outros defeitos. É muito comum também duas pessoas serem o guardião uma da
outra mutuamente. Uma mãe e um filho que não se entendem, vivem brigando,
podem ser o guardião que a outra precisa para aprofundar o olhar e a
compreensão sobre si mesmo. O guardião pode ser também um tipo de situação, ou
um tipo de pessoa, que nos causa aversão, repulsa e raiva e que desperta certas
forças inconscientes dentro de nós que precisamos derrotar para lapidar e
aprimorar a nós mesmos, assim como nos purificar.
Portanto, o habitante do limiar vai sempre incorporar alguma falha que existe
dentro de nós e que precisamos vencer. Se somos medrosos, o guardião do umbral
vai nos testar em nosso medo a fim de nos tornarmos mais corajosos; se somos
preguiçosos o guardião vai nos testar em nossa preguiça a fim de nos tornarmos
pessoas ativas, com mais vitalidade. Se somos orgulhosos, o guardião vai ferir o
nosso orgulho, vai virar nosso ego de cabeça pra baixo, a fim de largarmos a
soberba e nos tornarmos pessoas mais humildes. Para cada pecado capital haverá
sempre um guardião do umbral esperando para nos pôr à prova. O guardião
sempre visa a libertação do ser do jugo de seus defeitos de caráter, de suas
carências, de sua moral torpe, de sua desonestidade e deficiência espiritual. Nesse
sentido, o guardião do umbral está presente em cada um de nós como força oposta,
como divisão em nosso psiquismo. Somos nós lutando contra nós mesmos. Mas
quando a luta termina, há uma integração em nosso ser de duas partes que antes
não dialogavam, e isso nos dá força. Conquistamos o poder interior quando
deixamos de estar dividimos e nossas partes estão integradas dentro de nós. Nesse
sentido, o guardião extinto é reabsorvido para o nosso controle e sua força agora
está conosco. Fica claro que não precisamos lutar para vencer. A luta muitas vezes
é exatamente o que nos faz perder… e quando paramos de lutar, vencemos.
O que acontece quando uma pessoa sucumbe ao guardião? Ocorre justamente o
oposto da vitória sobre ele. Ao invés de se desenvolver, ela se estagna; ao invés de
seguir em frente, ela pode dar um passo atrás; ao invés de se libertar do
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sofrimento, ela o aumenta; ao invés de vencer o medo, ela pode se tornar ainda
mais medrosa; ao invés de superar o orgulho, ela pode alimentar ainda mais seu
ego e se tornar uma pessoa ainda mais prepotente, e sofrerá com isso. Quando o
guardião nos derrota, ou a pessoa fica paralisada, ou ela reforça sua natureza
inferior. O guardião tem como objetivo nos elevar, mas quando ele nos derrota,
nós mesmos nos rebaixamos. Se por exemplo, uma pessoa nos critica, agride ou
ofende e nós criticamos de volta, devolvemos a agressão ou a ofendemos, estamos
sucumbindo ao poder do guardião, aumentando o defeito que há dentro de nós e
que o guardião nos ajudaria a eliminar. Deve ficar claro que, se um debatedor é
meu guardião e quer me vencer numa discussão, minha função não é derrota-lo,
mas aprender com ele, usar sua força ao meu favor, não me deixar irritar por ele,
não desejar neutraliza-lo por meios escusos. Eu posso, por exemplo, usar as ideias
dele, que são contrárias a minha, para expandir meu conhecimento, para
aprender, me colocando no lugar dele e vendo a vida sobre sua prisma: isso só
poderá me agregar. Mesmo que continue não concordando, ao menos posso
enxergar tudo por uma nova perspectiva, que até então me era desconhecida.
Simplesmente negar, julgar, rotular, não me fará aprender, ao contrário, me fará
sucumbir ao poder do guardião sem uma vitória sobre ele.
Galerinha vagas abertas para novos colaboradores e apresentadores para fazer parte da nossa equipe seja você mais um guerreiro desse Portal, contate via e-mail : portalcdo@bol.com.br ou via face gratidão.
(Felipe Campos)
Curso Virtual
Dentro da espiritualidade muito se fala sobre Arquétipos, porém, esse estudo se
restringe apenas as suas formas espirituais ligadas aos dogmas de cada religião.
Dentro da Umbanda por exemplo, quando falamos de arquétipos apenas pensamos
no Preto Velho, Caboclos e demais linhas, mas arquétipos vai muito mais além
disso.
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Nosso curso de Arquétipos extrapolará tudo que já foi falado quanto "arquétipos"
dentro da Umbanda e da espiritualidade, pois sairá do pensamento dogmático de
terreiro e fechado apenas a guias e falaremos da importância dos arquétipos para
a humanidade, tanto a humanidade do plano material quanto do plano espiritual.
Estudaremos.
- Heráclito (535 - 475 a.C) e sua filosofia que deu base ao estudo dos opostos e a
movimentação do universo.
- Sócrates (469 - 399 a.C) e a importância da dialética para estudos mais
transcendentais.
- Platão (427 - 347 a.C) e seu pensamento em dividir o universo em dois planos, um
dos arquétipos e outro das sensações.
- Aristóteles (384 - 322 a.C) e sua visão de que as verdades do mundo estão no
mundo que podemos ver.
- Plotino (205 - 270) e sua visão neo-platônica onde percebe a divisão dos mundos
novamente como uma força Una que rege tudo, o arquétipo principal.
- Santo Agostinho (354 - 430) sua filosofia de que Deus não é a origem do mal, mas
sim obra do livre arbítrio do seu humano.
- Freud (1856 - 1939) e sua visão dos prazeres do ser humano e de suas repressões
que dão origem a dois grandes arquétipos do mundo, Deus e o Diabo.
- C.G. Jung (1875 - 1961) sua divisão do homem em 5 grandes arquétipos e a
explicação dos mitos arquetípicos, como Jesus, Deus, Maria.
Todos esses ensinamentos linkados com a espiritualidade e os grandes arquétipos
de Umbanda, como arquétipo do herói espelhado em Ogum, o arquétipo da grande
Mãe espelhado em Iemanjá, o arquétipo do grande Pai espelhado em Oxalá e
muito mais.
Inscrições: contato@penaazul.com
Inicio: 05/12
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(Adérito Simões)
O velho, o novo e a rosa
Para que uma rosa cresça no deserto é preciso que uma pessoa
traga esta rosa de fora, já que as rosas que conhecemos por aqui, do
lado de fora do deserto, não são plantas nativas daquele lugar. Para
que algo novo apareça é preciso olhar para fora e buscar. Após a
jornada de busca é necessário retornar ao deserto sem estímulo e
encontrar um local para se abrigar do sol e do frio da noite. É preciso
encontrar a água escondida sob a areia e trazê-la para a superfície
armazenando-a em uma quantidade razoável para a manutenção da
sobrevivência, para irrigar a nova rosa e para haver sobra para o
amanhã. Enquanto a rosa é preservada em local seguro para a guardar
o plantio, a pessoa deve trabalhar o solo. Para que a rosa brote é
preciso mudar o local. Mudando-se o meio em que vivemos oferecemos
passagem para o novo surgir. Não devemos ter medo do novo, pois ele
é inevitável. Tudo tende a mudar, mas, no todo, sempre permanece o
mesmo. O grão de areia muda de posição e, mesmo assim, ainda faz
parte da duna. Após o florescimento da flor, o viajante senta-se à sua
frente e o novo lhe pergunta:
- Para que serve esta flor no meio do deserto? Após a pergunta
ele blasfema: - É inútil! O senhor gastou tempo e esforço para quê?
Então, o velho vira-se para o novo e apenas sorri. Ele conseguiu o
que queria.
Sem consulta não tem assistência. Será?
Hoje de manhã um irmão de fé perguntou:
- Se não tem consulta no candomblé por que alguém ficaria na
assistência?
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Boa pergunta, não é mesmo? Por que alguém ficaria ali sentado por
duas horas assistindo pessoas incorporando divindades? A resposta veio à
minha mente de uma forma muito clara e me impulsionou a escrever.
Vejam, irmãos, eu estudei em colégio católico, o colégio Santa Maria aqui
em minha cidade, Praia Grande. Sim, eu moro mal. Tudo bem. Nessa época,
obviamente, participei de muitas missas e não me lembro do padre Paulo
prestar consulta lá na igreja Santo Antônio. Até mesmo no confessionário
não havia nenhum conselho. Era apenas um número de rezas e “vai com
Deus, meu filho”. Lembro também que as missas tinham muito mais
“consulentes” do que as giras de meu terreiro ou de qualquer terreiro que
eu tenha conhecido.
Também cheguei a frequentar alguns cultos evangélicos. Há muito
mais “consulentes” por lá do que as giras de Umbanda. Porém, não há
nenhum tipo de consulta, apesar de incorporarem o espírito santo e girarem
igualzinho aos caboclos incorporados nos cavalos de Umbanda.
Conversando com um amigo muçulmano fiquei sabendo também que
não há consulta durante o culto muçulmano. Os muçulmanos vão à
mesquita não só para cultuar e rezar, mas também para aprender sobre o
islã e conviver com outros muçulmanos.
Nós, umbandistas, erroneamente confundimos gira com “a única
prática religiosa que existe na Umbanda”. Não é assim que fazemos
comumente? Irmão, acompanhe meu raciocínio e veja se faz sentido.
Normalmente não faz sentido algum, mas dê uma chance a mim desta vez
(rsrsrsrs). Um terreiro de Umbanda é formado por uma comunidade
religiosa baseada na unidade familiar. O dirigente é chamado de pai, babá
(pai em ioruba) ou padrinho. Os demais integrantes são chamados de filhos.
É dever do pai cuidar de seus filhos ensinando-lhes a doutrina e a ética de
sua religião para assim, tornarem-se pessoas capazes de encarar o mundo
que os rodeia na fase adulta de sua vida espiritual. Esta união é chamada de
corrente mediúnica. Esta família pratica rituais religiosos para seu próprio
fortalecimento. Contudo, em um dia específico, abre suas portas para ajudar
a comunidade que lhe cerca. Abre suas portas para ajudar aqueles que
necessitam de auxílio espiritual e não fazem parte da família. Percebem que
a gira aberta não é o objetivo principal de um terreiro? Entendem porque
não faz sentido para mim colocar a gira como função principal de um
terreiro? Porém, mesmo assim, há terreiros que vivem somente para a gira
de consulta.
As igrejas evangélicas têm mil pessoas por culto e, dessas, muito mais
do que a metade oferta 10% de seu salário à igreja. Não questionarei o
destino do dinheiro ou se é certo ou errado. É uma prática religiosa e
devemos respeitá-la. Não é porque existem policiais corruptos que todos os
policiais são corruptos. Enfim, existem muito mais pessoas que procuram
Deus em cultos evangélicos, onde não tem consulta direta, do que nos
terreiros. Em uma missa católica do padre Marcelo há muito mais pessoas
do que em qualquer terreiro que já fui ou conheço. Ninguém passa por
nenhuma consulta com o padre Marcelo. As pessoas não vão até lá para
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falar com o padre Marcelo. Vão lá para falar com Deus. Pergunto. As
pessoas vão até o seu terreiro para falar com quem? Com a pombagira, com
o caboclo, com o preto-velho, com Deus (Olorum, Tupã ou Zambi)? Sua
resposta definirá o tipo de consulentes que você atrai e qual a transformação
que está operando dentro de sua comunidade, seja externa ou sobre sua
família espiritual. Existe a possibilidade de uma pessoa que frequenta seu
terreiro encontrar Deus por lá de alguma forma? Alguém vai para lá porque
encontra o Criador em suas giras?
Não estou dizendo que você gira errado ou certo e sim, fazer você
pensar a respeito e responder a seguinte pergunta feita por um irmão de fé:
- Por que alguém vai a um terreiro de candomblé se lá não tem
consulta?
- Para beber na fonte viva de Deus.
- Como eles fazem isso, Adérito?
- Através dos Orixás, incorporados em seus cavalos, ou seja, pessoas
preparadas para recebe-los e transmitir o poder e a palavra de Deus por
meio da incorporação sem sequer dizer uma só palavra.
Uma boa semana a todos. Axé!
Adérito Simões
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“ TOLERÂNCIA, FÉ E PAZ ,
COMO VOCÊ ESTÁ LIDANDO COM ISSO ? ”
Em tempos de tanta intolerância, desamor e falta de fé, porque não falarmos um pouco
sobre paz?
Paz é um sentimento puro, límpido e energizante, cuja sensação depende unicamente e
exclusivamente de cada um. Não saia procurando pela paz pois ela está dentro de você!
Ela não estará pronta em algum lugar do seu coração, da sua cabeça ou da sua alma. A paz
é conquistada através de seus pensamentos e atitudes.
Apesar de toda subjetividade que envolve a palavra paz, algumas ‘coisas’ são
indispensáveis para senti-la intensamente porque ela depende de fé, de benevolência, de
valores morais e éticos que não se deixam corromper por interesses pessoais.
As escolhas diárias que fazemos em nossas vidas contribuem para nos aproximar ou
afastar da tão esperada paz. Já reparou que um dos mais desejados ‘bens de consumo’
atualmente é uma prazerosa e longa noite de sono? Quantas pessoas você conhece que
dormem a noite toda? Que acordam felizes e prontos para o longo dia de tarefas diversas?
As diferentes expectativas, crenças, formas de enxergar e lidar com nossos problemas; a
vida de cada um, nossa história, nossos medos e anseios; o grupo social a que pertencemos,
suas opiniões sobre tudo, sobre nós, a vida que gostaríamos de ter versos a vida que
realmente temos... Tudo isso contribui para que nossa mente e nossa alma adoeçam por
falta de paz. Uma doença silenciosa e devastadora que nos corrói um pouquinho a cada dia
e, de repente, estamos num consultório médico ou fazendo uma série de exames para chegar
num diagnóstica tão comum e conhecido: Estress! Remédios para colesterol, taquicardia,
crises de pânico, relaxantes para ajudar a dormir, etc... Você melhorará dos sintomas, mas,
sua alma não estará curada, pois, a cura para a alma chama-se PAZ.
“Tudo bem”, você me diz, “Mas... e então? Paro de trabalhar? Mudo de casa, de bairro, de
país? Me afasto da sociedade? Assim encontrarei a paz?”
Sabemos que essas soluções são muito simplistas e impraticáveis. Poucos são os que tem
uma chance para tomar uma decisão tão radical. Mesmo porque, se essa pessoa não mudar
seus conceitos, onde quer que esteja sofrerá os mesmos problemas. O que fazer então? Que
tal procurar as respostas dentro de si mesmo?
Quanto tempo na semana você dedica à oração?
Com quantas pessoas você conversa pessoalmente sem ser seus colegas de trabalho ou as
que moram com você?
Com que frequência você é sincero com as pessoas?
Você já perdoou ‘aquele’ parente, vizinho ou amigo com o qual discutiu por algum motivo?
Com que frequência você fala com seus pais?
Você olha nos olhos de seus filhos quando está conversando com eles? Você olha nos olhos de
qualquer pessoa quando está conversando?
Qual foi a última vez que praticou uma caridade (deu esmola, doou algo ou deixou de fazer
algo para ajudar alguém)?
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Parecem coisas óbvias, para quem conseguiu responder todas sem pensar. Essas pessoas
são felizes e têm o coração em paz. Mas, se você teve dificuldade em responde-las, saiba que
é um bom começo para a conquista da tão esperada paz interior, já que ela tem a ver com fé,
com cura de feridas, com desapego, com tolerância, respeito e, principalmente, com saber
amar sem esperar nada em troca.
Maria Aparecida Linares –
comunicação SANU / FUGABC www.santuariodaumbanda.com.br
federacaoabc@terra.com.br
federacaoabc@terra.com.br
(Cissa Neves)
Oração ao Sagrado Caboclo das Sete
Encruzilhadas
Sagrado, sábio e humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas, o
Senhor que implantou nesse meio a Umbanda de humildade, de
amor e de caridade, que levou o conforto e a harmonia aos lares,
levou a cura para os enfermos e fortaleceu a fé dos descrentes,
que entre muitos ensinamentos o senhor nos ensinou, que na
Sagrada Umbanda com os mais evoluídos aprenderemos e aos
menos evoluídos ensinaremos.
Nesse momento, sei que o Senhor se faz presente, pois é com fé,
humildade e amor que vos pedimos Sagrado Caboclo das Sete
Encruzilhadas, que o Senhor nos dê o vosso auxilio, não permita
que o ego, a vaidade e a luxuria tome conta do nosso mental, nos
ajude a moldar nosso interior com sabedoria para que assim
possamos nos tornar seres humanos melhores, ajude-nos a olhar
para os nossos irmãos com bondade e amor, nos ajude a ser
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caridosos e a crer que as forças do bem sempre foram e sempre
serão maiores que as forças do mau.
Sagrado Caboclo das Sete Encruzilhadas, nós vos pedimos e
clamamos que as vossas irradiações e vibrações vivas e Divinas
sejam projetadas em nosso corpo carnal e espiritual nos trazendo
saúde, fé, equilíbrio, sabedoria e amor. Que a paz e a harmonia se
faça presente em nossos lares e que o Senhor proteja a nossa
família e leve a saúde e serenidade a eles. Pedimos também
Sagrado Caboclo, que Senhor com sua humildade e sabedoria e
perante seus Sagrados mistérios, o Senhor leve a cura para o
espírito e matéria dos nossos inimigos, livre-os de seus conflitos
consigo mesmos e conosco e ensine a eles os valores dos
sentimentos nobres.
Humilde e sábio Caboclo, nós vos pedimos, que o Senhor leve os
nossos clamores até o Sagrado Pai Oxalá e que Ele perdoe a nossa
ignorância. Peça para as Divinas Mães orixás para nos cobrir
com seus Sagrados mantos e que tenham piedade de nós.
Que o Senhor Sagrado Caboclo das Sete Encruzilhadas
juntamente com sua falange, a falange de Pai Oxalá, a falange de
Pai Oxossi, a falange de Pai Ogum, a falange de Pai Xangô e as 7
linhas de Umbanda, venham em nossa direção recolhendo e
anulando tudo de negativo que nos envolve e limpando,
purificando e equilibrando, nosso espírito, nossa matéria, nossa
casa, nossa família, nossos campos e corpos internos e os nossos
caminhos. Não permite que o ódio, a mágoa e os rancores
aprisione os nossos corações e que de consciência pura e límpida
possamos caminhar rumo a nossa evolução.
Sagrado Caboclo das Sete Encruzilhadas, nós vos agradecemos e
pedimos a vossa benção, a vossa sustentação e a vossa proteção
Divina em todos os dias da nossa vida e também pedimos que o
Senhor Abençoe a todos os dirigentes das tendas, dos terreiros,
das casas e dos Templos da nossa sagrada Umbanda e dê
sustentação a todos os médiuns e que eles tenham fé, firmeza
mental e desejo de evoluir espiritualmente para que assim possam
levar a diante a nossa Sagrada Umbanda de humildade, de amor e
caridade. Que assim seja. Amém.
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Salve o sagrado caboclo das Sete Encruzilhadas.
Salve as 7 linhas de Umbanda.
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(Douglas Elias)
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http://www.simposiodeumbanda.com
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(Bruno Stanchi) MENSAGEM DE MARTINHO MARINHEIRO
Por: Bruno Stanchi
(Médium, Sacerdote e Dirigente do Templo de Umbanda Sagrada
XV de Novembro)
- “Não possuo um pó mágico ou não posso indicar-te qualquer
magia milagrosa que possam resolver os problemas que você
diz ter.
Isso porque, nada tenho a te oferecer que não exista em
você mesmo!
Não posso abrir-lhe outro mundo além daquele que há em sua
própria alma.
Nada posso lhe dar a não ser a oportunidade, o impulso, a
chave.
O que posso te oferecer é te ajudar para que você mesmo
torne visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.
Como? você está a me perguntar!
Fazendo com que você perceba que tudo à sua volta está
sendo criado por sua "forma/ pensamento", ou seja, você
está criando tudo a partir do seu pensamento.
O seu pensamento é negativo, negativos são os resultados em
sua vida. Mude sua faixa vibracional, mude sua forma de
pensar sua vida, e todas as portas se abrirão, todos os
males se afastarão, tudo terá o mais intenso brilho. Esse
brilho advém de sua alma, ou seja, de você mesmo, basta
deixá-lo sair de você, exteriorize-o.
Posso te indicar o caminho, mas depende de você dar o
primeiro passo.
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Não, não será nada fácil mudar seus pensamentos, isso
devido à sua forma de agir e pensar, arraigada em você por
tantos anos, mas quanto mais cedo você começar essa
transformação, mais cedo colherá os benefícios.
O ajudarei repensar, o ajudarei se reconciliar consigo
mesmo, entretanto, para isso, é necessário que você
reconheça a necessidade de se autor reformar, por meio do
autoconhecimento. Vamos? Você está disposto?
Se realmente quiser, vamos iniciar a navegação para dentro
de você, vamos limpar o convés e os porões desse navio (sua
alma), mas sem jogar nada fora, apenas acondicionando todas
as emoções em seus devidos lugares, acatando-as como bens
adquiridos nessa jornada, nessa sua experiência terrena e
de encarnado, somando-as às tantas outras experiências
vividas em outras jornadas evolutivas, as quais você viveu.
As tempestades do passado já ficaram no ontem, servem como
experiência e o fazem um bom marinheiro, pronto para
enfrentar todas as tempestades. As cicatrizes que carregas
por conta das batalhas são o que fazem de você o que você
é, são elas que te forjaram e são elas que provam o quanto
você é forte e, por outro lado, provam que o Pai Criador
jamais abandona um filho seu, e você, não duvide, és filho
Dele, Ele te ama, só quer o seu melhor, só quer que você
continue evoluindo.
Vamos, deixe o brilho sair por você, límpido e claro como
são seus olhos. Só depende de você.”
(Pablo Araújo)
POMBA-GIRA E A PSIQUÊ
Orixá Pomba-gira, é uma Divindade Unigênita gerada por Deus (Olorum) e manifesta
Sua qualidade estimuladora em tudo e em todos.
Deus ao individualizar seu aspecto estimulador gerou uma Divindade Unigênita
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Chamada Pomba-gira que a partir daí geraria em si e a partir de si toda energia
estimuladora de Deus sendo nesse aspecto e qualidade onisciente, onipotente e
oniquerente.
Deus é o Todo e Pomba-gira é parte do todo que foi individualizada em seu aspecto
estimulador e assim também o é com Ogum que é a individualização de Deus em seu
aspecto Ordenador, ordenando tudo e todos na criação, desde o desenvolvimento de
uma célula que tem que desenvolver-se de forma ordenada até o desenvolvimento do
caráter íntimo de cada ser. E assim é com todas as divindades de Deus que gera em si as
condições e meios ideais para que os seres gerados por Deus sejam amparados e possam
evoluir.
Pomba-gira é também conhecida como trono dos desejos ou senhora regente dos
desejos, pois é o atributo que melhor qualifica a energia divina estimuladora gerada por
Ela.
A nossa mentalidade e cultura judaico-cristã nos influência a idealizarmos o sentido de
desejo como algo voltado somente ao sexo e ao pecado, porem o desejo ou estimulo
como energia divina está relacionada a todos os nossos sentidos e áreas da nossa vida,
pois somos estimulados pela Divindade Pomba-gira e vibramos intimamente o desejo de
professar uma fé e buscar uma religião que nos proporcione o prazer de vivenciarmos
Deus através dela, de vencer na vida e passar por todos obstáculos e dificuldades
pertinentes ao nosso dia-dia, de amar ao próximo, de casar e constituir família, Ela
também estimula em nós o desejo de buscarmos a retidão de caráter, o equilíbrio, a
razão, o conhecimento, a sabedoria ,ou seja, todas as virtudes divinas afastando-nos dos
vícios e desestimulando os sentimentos negativos vibrados por nós.
Se formos estimulados no campo da fé, desejaremos buscar uma religião que nos traga a
satisfação e o prazer de vibrarmos Deus através das virtudes Divinas, tais como a
tolerância, o respeito para com outras religiões e formas de cultos.
Se formos estimulados no campo do conhecimento, desejaremos buscar um estudo, seja
ele de fundo religioso ou cientifico que nos agrade, traga-nos a satisfação e o prazer de
estarmos estudando algo que nos impulsiona a crescer no sentido de evoluir e assim
melhor servir Deus servindo ao próximo.
Então vemos que, Estimulo, Desejo, Satisfação e Prazer, não estão somente ligados ao
sexo e sim a todos os sentidos da vida.
Pomba-gira é a força intima ou a mola propulsora que nos impulsiona para cima,
sempre que nossos desejos negativos nos arrastam para o fundo dos nossos abismos
pessoais.
Enquanto O Orixá Exu rege o estado externo da criação denominado de Vazio, A Orixá
Pomba-gira Rege o estado interno da criação denominado de abismo, ou seja, tudo que
se abre para dentro e que se esconde em nosso íntimo, tal como, a repressão de
sentimentos, por exemplo, o amor reprimido, que se na origem Amor é um sentimento
Divino, quando não temos o objeto amado, desvirtuamos esse sentimento divino (Amor)
e passamos a internalizar um ódio desmedido pelo alvo de nosso sentimento, a
frustração de qualquer desejo almejado por nós, mas que não conquistamos, os traumas
psíquicos que se originaram a partir de sentimentos negativos vivenciados por nós
alojando-se no mais fundo do nosso íntimo, onde somente as Senhoras dos Abismos
tem a chave de acesso, pois trabalham no resgate de todos os seres encarnados ou não
cuja magoa, frustração e repressão de um sentimento o levaram a quedas intermináveis
em seus abismos pessoais abertos em seus íntimos.
As manifestadoras espirituais da Orixá Pomba-gira, lidam com esses aspectos
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sentimentais como verdadeiras psicólogas e nas suas conversas envolventes, vai
despertando cada ser de seu enclausura mento e apatia trazendo-os a realidade da vida e
com uma boa gargalhada ensina-os que se a vida é difícil de se viver no entanto é
maravilhosa , pois o Criador de tudo e de todos sempre nos faculta a oportunidade de
retornarmos onde paramos e nos estimula a continuar a evoluir substituindo o amargor
da vida por uma bela taça de champanhe (estimulo e desejo de viver) passando a
entender que se temos dificuldades no decorrer da nossa evolução, Deus não nos privou
das soluções que estavam e sempre estarão em nós mesmos.
Isso tudo está implícito de forma emblemática nas próprias linhas de trabalhos de
Pomba-gira, onde pôr de traz de seu nome simbólico está o campo onde atuam, por
exemplo, citemos a linha de trabalho denominada Pomba-gira Maria Molambo da
Lixeira, ali está implícito que os nomes molambo e lixeira é só uma forma simbólica de
mostrar o campo de atuação desse mistério, que é os sentimentos negativos de
frustração que anularam a vontade de viver das pessoas que passaram a vivenciar esses
sentimentos em seus íntimos e desistiram da vida.
Essa Pomba-gira que trabalha com esse mistério, atua desestimulando esse sentimento
de anulação total da vida, recolhendo-os em seus campos para que possam ser diluídos e
em contrapartida atua com a sua energia estimuladora do amor à vida, despertando o ser
de seu recolhimento e estimulando nele o desejo de viver e buscar o seu crescimento
espiritual. Essa Pomba-gira atua nos campos da Mamãe Oxum que rege o sentido do
amor.
Orixá Exu e Orixá Pomba-gira são Divindades de Deus e não devemos tentar
compreende-los segundo nossa concepção de negativo ou ruim, são Divindades de
muita luz que apenas lidam com os aspectos negativos dos seres e das criaturas geradas
por Deus.
Se estamos positivos, Eles se mostram luminosos e se estamos negativos, ele se mostra
segundo ao padrão vibratório negativo ou monocromático, pois não conseguimos
enxergar as suas luzes devido ao nosso estado íntimo, ou seja, em espírito o padrão de
visão é outro, pois se na matéria enxergamos algo devido a luz que esse algo emite, em
espírito enxergamos a luz de algo a partir de nosso padrão vibratório intimo positivo,
pois caso estejamos intimamente negativo, tudo sê-nos mostra escuro e ausente de Deus
que é Luz Pura.
SARAVÁ UMBANDA
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Ato Solene - Dia Nacional da Umbanda Praia grande:
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107 anos da Umbanda em São Bernardo do Campo:
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