Post on 17-Apr-2015
Mercado Interno: forte e em expansão. 30 milhões de pessoas cruzaram a linha de pobreza.
20 milhões de brasileiros entraram na classe média,que abrange mais de 50% dos brasileiros.
Mercado Externo: em recuperação. demanda da agroenergia mitigada pela crise, mas voltará.
FAO estima que, até 2025, a população global passará de 6,2 bilhões de pessoas para 8,3 bilhões. A demanda por alimentos se expandirá de 2,45 bi de toneladas de alimentos, para 3,97 bi. Será necessário dobrardobrar a produção agrícola mundial em 18 anos.
O crescimento da demanda mundial por alimentos e energia produzidos de forma sustentável é certo.
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Agricultura Pastagens e Áreas não utilizadas
Fonte: FAO
Essa demanda será suprida pelo Brasil.
Participação no Mercado
Internacional
Exportações Brasileiras
Participação no Mercado
Internacional
Exportações Brasileiras
ETANOL 52,0% 3,5 bilhões de litros 66,7% 8,9 bilhões de litros
AÇÚCAR 58,4% 21 milhões de ton 74,3% 32,6 milhões de ton
SOJA 36,0% 25,7 milhões de ton 40,0% 36,5 milhões de ton
MILHO 13,0% 11,5 milhões de ton 21,4% 22,9 milhões de ton
ALGODÃO 4,8% 520 mil ton 9,3% 689 mil ton
CAFÉ 28,1% 26,5 milhões de sacas 30,0% 29,1 milhões de sacas
FRANGO 44,6% 3,6 milhões de ton 89,7% 6,6 milhões de ton
SUÍNOS 10,1% 625 mil ton 21,0% 1,1 milhão ton
HOJE 2018/2019
Fonte: MAPA
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2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
+ de 10% do IED + de 10% do IED direcionado ao direcionado ao agronegócioagronegócio
Fonte: BACEN
Haverá um forte fluxo de recursos para o agronegócio brasileiro.
Esse fluxo de recursos virá via investimentos diretos, financiamentos e mercado de capitais.
É preciso criar condições para que o produtor rural brasileiro acesse os recursos da forma mais direta possível, beneficiando-se das condições de custo e prazo via financiamentos e mercado de capitais.
o produtor precisa ter
crédito
(confiança)
O que o investidor ou o financiador desejam? Segurança jurídica.
Adequada avaliação do risco.
Retorno compatível com suas expectativas e o risco assumido.
Taxa.
Prazo.
Garantias.
Modelo de negócio.
Risco X Preço do dinheiro é o fator determinante. não é a situação patrimonial e as garantias oferecidas
que definem o risco de um negócio, mas a capacidade e a confiabilidade da geração de caixa, ou seja, certeza quanto à capacidade de pagamento.
o risco de um tomador de recursos não é definido em função exclusivamente do seu histórico, mas da comparação da sua performance com a do segmento em que ele atua.
as taxas de juros praticadas nas operações consideram a probabilidade e o valor da perda projetada.
dependência de aspectos biológicos e climáticos.
assimetria das informações que fundamentam a decisão do plantio, em todo o mundo.
crescente concentração de fornecedores e compradores.
impossibilidade de descontinuidade da atividade, após o plantio/geração do plantel.
A renda da atividade produtiva rural é volátil.
Políticas públicas de garantia de renda:
garantia de preço e/ou de mercado.
indenização de perdas em decorrência de intempéries climáticas.
assunção de risco e/ou custo de crédito.
Crédito rural (Lei 4.829/1.965).
Política de Garantia de Preços Mínimos (Decreto/Lei 79/1966).
Proagro (Lei 5.969/1973).
No Brasil, as bases da política agrícola foram estabelecidas na décadas de 60/70
Esses instrumentos evoluiram assimetricamente.
PROAGRO
PGPM
CRÉDITORURAL
PROAGROMAIS
SEGURO RURAL
OPÇÕES PRÊMIOS
MERCADOSFUTUROS
CRÉDITO RURAL BANCÁRIO
CRÉDITOCOMERCIAL
Fonte dos recursos: de públicos para de mercado.
Risco das operações: da União para o agente financeiro.
Beneficiários: de produtores rurais para clientes bancários.
Participação na produção: de majoritária para 1/3 do custo de produção.
O Crédito Rural não foi aperfeiçoado e sofreu mudanças no seu escopo:
o produtor passou a ter que se valer de recursos mais onerosos.
os gastos do Tesouro com equalização de taxas são significativos.
o crédito rural perdeu eficiência como instrumento anti-cíclico.
Observância da regulamentação bancária, em especial a Resolução 2.682/1999, do BACEN, que implica em classificação de risco e provisões de crédito em função de aspectos como, entre outros: grau de endividamento; fluxo de caixa; pontualidade; atrasos nos pagamentos; renegociações.
O Crédito Rural tornou-se um crédito bancário.
Mas é pouco atraente para os bancos.
alto custo operacional. impossibilidade de cobrar o preço de acordo com o risco da operação.
dependência de decisões de Governo, muitas vezes tomadas com atraso.
É preciso fazer uma reengenharia no crédito rural.
crédito rotativo, renovável, para o conjunto de empreendimentos da propriedade.
taxas estabelecidas de acordo com o risco da operação.
compulsoriedade da adesão a mitigadores de risco, como o seguro rural, a proteção de preços e fundos garantidores e/ou fundos de catástrofe.
incentivo a tecnologia e sustentabilidade.
É preciso implementar um modelo de sustentação da renda que viabilize a tomada de outros créditos que não somente o rural.
Plano de Safra plurianual, definindo as bandas de intervenção oficial e estabelecendo políticas públicas diferenciadas de garantia de renda, considerando o perfil do produtor e as cadeias produtivas.
Sistema de registro de compromissos dos produtores e gravames da produção agropecuária.
Aperfeiçoamento da CPR, LCA, CDCA, CRA, CDA-WA, NCA.
Forma simplificada de constituição do produtor rural como pessoa jurídica.
Universalização do seguro agrícola e a disponibilização de instrumentos de proteção à renda, com ou sem subsídios.
É preciso implementar um modelo de sustentação da renda que viabilize a tomada de outros créditos que não somente o rural.
Redução da volatilidade da renda.
Melhoria da classificação de risco.
Mais disposição em tomar o risco do agronegócio brasileiro.
Desintermediação.
Custos financeiros menores.
Mais recursos para o produtor.
É preciso implementar um modelo de sustentação da renda que viabilize a tomada de outros créditos que não somente o rural.
Mais capacidade de investimento.
Aumento do uso de tecnologia, produtividade e produção.
Mais alimentos.
Mais divisas.
Mais renda.
Mudanças estruturais e comportamentais não são fáceis de implementar.
É preciso disposição para dialogar, construir consensos, estabelecer uma agenda comum, conscientizar as partes, comprometer os envolvidos com os resultados, discernir o que é desejado do que é possível e perseguir a implementação das medidas acordadas.
Muito obrigado!