Post on 07-Apr-2016
MALARIAMALARIA
Paludismo ou febre palustre
Características Gerais da Malária
Agente Etiológico: Agente Etiológico:
filo: Apicomplexa – família: Plasmodiidae, filo: Apicomplexa – família: Plasmodiidae,
gênero: Plasmodiumgênero: Plasmodium- Plasmodium falciparumPlasmodium falciparum- Plasmodim vivaxPlasmodim vivax- Plasmodium malariePlasmodium malarie- Plasmodium ovalePlasmodium ovale
Hospedeiro:Hospedeiro:
- Vertebrado (homem)- Vertebrado (homem)
- Invertebrado (inseto - - Invertebrado (inseto - AnophelesAnopheles))
TransmissãoTransmissão
Picada do mosquito do gênero Anopheles OUTRAS:OUTRAS:
- transfusão de sangue.transfusão de sangue.- compartilhamento de seringas.compartilhamento de seringas.- infecção congênita.infecção congênita.
EPIDEMIOLOGIA DA MALARIAEPIDEMIOLOGIA DA MALARIAEndêmica em 101 países;Endêmica em 101 países;> 300 milhões de casos / ano;> 300 milhões de casos / ano;> 1 milhão de mortes por ano;> 1 milhão de mortes por ano;200 crianças morrem a cada hora (infectadas pelo 200 crianças morrem a cada hora (infectadas pelo Plasmodium Plasmodium falciparumfalciparum))
Fonte:WHO
EPIDEMIOLOGIA DA MALARIA NO BRASILEPIDEMIOLOGIA DA MALARIA NO BRASIL300 a 500 mil mortes / ano;300 a 500 mil mortes / ano;> 99% casos - Amazônia;> 99% casos - Amazônia;> Estados com maior número de casos: Pará e Amazonas;> Estados com maior número de casos: Pará e Amazonas;Plasmodium vivax Plasmodium vivax – espécie mais prevalente (>80% dos casos).– espécie mais prevalente (>80% dos casos).
Destaca-se o trabalho de Carlos Chagas Destaca-se o trabalho de Carlos Chagas sobre Malaria e todos os seus esforços sobre Malaria e todos os seus esforços para diminuir os focos da doença no para diminuir os focos da doença no país e conter o seu avanço.país e conter o seu avanço.
No Brasil, as décadas de 1930 e 1940 No Brasil, as décadas de 1930 e 1940 forma marcadas pelo surgimento de forma marcadas pelo surgimento de estruturas sanitárias e campanhas de estruturas sanitárias e campanhas de combate à malária. Em 1941 o governo combate à malária. Em 1941 o governo brasileiro criou o Serviço Nacional de brasileiro criou o Serviço Nacional de Malária com ações de erradicação do Malária com ações de erradicação do mosquito e tratamento dos doentesmosquito e tratamento dos doentes
CAMPANHA MUNDIAL CONTRA CAMPANHA MUNDIAL CONTRA MALARIA - WHOMALARIA - WHO
DDT contra o Anopheles
Cloroquina contra o Plasmodium
CIC
LO D
E VI
DA
NO
HO
MEM
CIC
LO D
E VI
DA
NO
HO
MEM
st Esporozoítos
30-60’ Trofozoítos nos hepatócitos
merozoítosReprod.assexuada
Circulação sanguínea
Invasão de eritrócitos
Ciclo de 48hs
Diferenciação em estágios sexuados -gametócitos
feminino masculino
Microgametas (8)
macrogameta
Ciclo sexuado
Fecundaçãooocineto
oocistoesporozoítos
CICLO DE VIDA NO VETORCICLO DE VIDA NO VETOR
SINTOMAS DA MALÁRIASINTOMAS DA MALÁRIA(10-16 dias apos a infecção)(10-16 dias apos a infecção)
ANÓXIA (ANEMIA)ANÓXIA (ANEMIA)
FEBRE – Pigmentos maláricos e pirógenos FEBRE – Pigmentos maláricos e pirógenos
endógenosendógenos
ACESSO MALÁRICO (calafrio, calor e suor) – ACESSO MALÁRICO (calafrio, calor e suor) –
coincide com a ruptura das hemáceascoincide com a ruptura das hemáceas
(a cada 3 dia para (a cada 3 dia para P. malariae P. malariae e 2 dias para e 2 dias para P. P.
FFalciparum, P. alciparum, P. vvivax e P.ovaleivax e P.ovale))
QUADRO CLÍNICO
fase sintomática inicial: mal-estar, fase sintomática inicial: mal-estar,
cefaléia, cansaço, febrecefaléia, cansaço, febre
ataque paroxístico agudo (acesso malárico): ataque paroxístico agudo (acesso malárico):
coincidente com a ruptura das hemácias coincidente com a ruptura das hemácias
(liberação de merozoítos), é geralmente (liberação de merozoítos), é geralmente
acompanhado de calafrios e sudorese – 15acompanhado de calafrios e sudorese – 15’’ a a
6060’’ – fase febril (40 graus) – 2 a 6 horas depois - – fase febril (40 graus) – 2 a 6 horas depois -
melhoramelhora
FASE AGUDA:
Após a fase inicial, a febre assume um Após a fase inicial, a febre assume um
caráter intermitente, relacionado ao tempo de caráter intermitente, relacionado ao tempo de
ruptura de hemácias – A periodicidade está na ruptura de hemácias – A periodicidade está na
dependência do tempo de duração dos ciclos dependência do tempo de duração dos ciclos
eritrocíticos – 48 horas para eritrocíticos – 48 horas para P. falciparumP. falciparum
QUADRO CLÍNICO
QUADRO CLÍNICO
Malária cerebral: perda da consciência por Malária cerebral: perda da consciência por
períodos prolongados, sonolência, convulsões períodos prolongados, sonolência, convulsões
frequentes, com evolução final para um quadro frequentes, com evolução final para um quadro
de comade coma
Anemia grave: parasitemia acima de 10.000 Anemia grave: parasitemia acima de 10.000
parasitos por mmparasitos por mm33
MALÁRIA GRAVE:
Insuficiência renal: acentuada redução do volume Insuficiência renal: acentuada redução do volume
urinário, com consequente elevação da creatinina e urinário, com consequente elevação da creatinina e
uréia plasmáticas uréia plasmáticas Edema pulmonar agudoEdema pulmonar agudo
PATOGENIA da Malaria
Destruição dos eritrócitos parasitados - anemiaDestruição dos eritrócitos parasitados - anemia
Toxicidade resultante da liberação de hemozoína - Toxicidade resultante da liberação de hemozoína -
IL-1, IL-6, IL-8, TNF-a por macrófagos – sintomas: IL-1, IL-6, IL-8, TNF-a por macrófagos – sintomas:
febre, mal-estarfebre, mal-estar
Apenas o ciclo eritrocítico é responsável pelas manifestações clínicas e patologia da
malária
Seqüestro dos eritrócitos parasitados Seqüestro dos eritrócitos parasitados
na rede capilar – modificações na superfície do eritrócito na rede capilar – modificações na superfície do eritrócito
– citoaderência – obstrução da microcirculação – cérebro, – citoaderência – obstrução da microcirculação – cérebro,
rins, fígadorins, fígado
FATORES INATOS QUE INFLUENCIAM A RESISTÊNCIA À MALÁRIA
Ausência de receptores específicos na superfície Ausência de receptores específicos na superfície
dos eritrócitos.dos eritrócitos.
Fenótipo: traço falciforme (HbAS) – nível de K+ Fenótipo: traço falciforme (HbAS) – nível de K+
intracelular está diminuído em virtude da baixa intracelular está diminuído em virtude da baixa
afinidade da HbS pelo oxigênio – morte do parasitoafinidade da HbS pelo oxigênio – morte do parasito
Talassemias- Alteração na produção de globina – impede o Talassemias- Alteração na produção de globina – impede o
desenvolvimento do parasito.desenvolvimento do parasito.
IMUNIDADE ADQUIRIDA AO PLASMÓDIO
Recém-nascidos :Recém-nascidos :- IgG da mãe – imunidade passivaIgG da mãe – imunidade passiva- eritrócitos com hemoglobina fetal eritrócitos com hemoglobina fetal
HbF- microambiente desfavorável HbF- microambiente desfavorável
para o desenvolvimento do parasito.para o desenvolvimento do parasito.
3 m
eses
de
idad
e
Aumento da susceptibilidade durante os 2 a 3 primeiros anos de vida
Idade adulta : (sintomas clínicos menos Idade adulta : (sintomas clínicos menos
pronunciados, baixos níveis de parasitos sanguíneos)pronunciados, baixos níveis de parasitos sanguíneos)
- Desenvolvimento da premunição:Desenvolvimento da premunição:
Estado imune adquirido lentamente.Estado imune adquirido lentamente.
Exposição contínua ao parasita.Exposição contínua ao parasita.
Imunidade não esterelizante.Imunidade não esterelizante.
IMUNIDADE ADQUIRIDA AO PLASMÓDIO
MECANISMOS IMUNES ENVOLVIDOS NA PREMUNIÇÃO
MECANISMOS DA IMUNIDADE ADQUIRIDA AO PLASMÓDIO
Espécie-específica e estágio específico.Espécie-específica e estágio específico.
Esporozoítos – anticorpos contra proteína CS.Esporozoítos – anticorpos contra proteína CS.
Desenvolvimento Intra-hepático:Desenvolvimento Intra-hepático:
- Citotoxicidade de linfócitos- Citotoxicidade de linfócitos
- Produção de citocinas – IFN-- Produção de citocinas – IFN-, TNF-, TNF-, IL-1, , IL-1,
IL-6IL-6
DIAGNÓSTICO
Clínico: paciente oriundo de zona endêmica, Clínico: paciente oriundo de zona endêmica,
com alguma sintomatologia sugestiva - com alguma sintomatologia sugestiva -
terapêuticaterapêutica Laboratorial: Laboratorial: - Exame parasitológico (Hemoscopia): Exame parasitológico (Hemoscopia):
pesquisa do parasito em esfregaço de pesquisa do parasito em esfregaço de
sangue (gota delgada ou gota espessa) – sangue (gota delgada ou gota espessa) –
Fixação e coloração com Fixação e coloração com GiemsaGiemsa- Exame imunológico: detecção Exame imunológico: detecção
sanguínea de antígenos derivados do sanguínea de antígenos derivados do
PlasmodiumPlasmodium
TRATAMENTO
Quinina, Mefloquina e Halofantrina: agem sobre trofozoítos, Quinina, Mefloquina e Halofantrina: agem sobre trofozoítos,
gametócitos e merozoítos sanguíneos – não agem sobre as formas gametócitos e merozoítos sanguíneos – não agem sobre as formas
teciduais.teciduais.
Cloroquina e Amo-diaquina: agem sobre as formas sanguíneas, Cloroquina e Amo-diaquina: agem sobre as formas sanguíneas,
exceto sobre os gametócitos.exceto sobre os gametócitos.
Primaquina, Plasmoquina e Pentaquina: agem sobre as formas Primaquina, Plasmoquina e Pentaquina: agem sobre as formas
teciduais e sobre os gametócitos – pouco eficientes contra as formas teciduais e sobre os gametócitos – pouco eficientes contra as formas
assexuadas sanguíneas. Muito tóxicosassexuadas sanguíneas. Muito tóxicos
Pirimetamina: um dos mais poderosos agentes supressores da Pirimetamina: um dos mais poderosos agentes supressores da
malária, agindo sobre formas sanguíneas e hepáticas. Apresenta baixa malária, agindo sobre formas sanguíneas e hepáticas. Apresenta baixa
toxicidade e absorção lenta.toxicidade e absorção lenta.
TRATAMENTO
IMUNOPROFILAXIA
Vacina contra a fase pré-eritrocíticaVacina contra a fase pré-eritrocítica
Linhas de pesquisa:Linhas de pesquisa:- Vacina antiesporozoítica: imunidade pouco eficienteVacina antiesporozoítica: imunidade pouco eficiente- Vacina antimerozoítica: testes em humanos com Vacina antimerozoítica: testes em humanos com
resultados conflitantesresultados conflitantes- Vacina antigametas: impedir o ciclo sexuado no Vacina antigametas: impedir o ciclo sexuado no
mosquito – Útil em regiões de alta transmissão (ainda mosquito – Útil em regiões de alta transmissão (ainda
não testada em humanos)não testada em humanos)
Dificuldade de desenvolvimento de vacinas: Dificuldade de desenvolvimento de vacinas:
complexo ciclo de vida do parasitocomplexo ciclo de vida do parasito
IMUNOPROFILAXIA
PROFILAXIA
Medidas de proteção individual – profilaxia do contatoMedidas de proteção individual – profilaxia do contato
Não se aplica à moradores de áreas endêmicasNão se aplica à moradores de áreas endêmicas
Quimioprofilaxia – para ecoturistas e grupos especiaisQuimioprofilaxia – para ecoturistas e grupos especiais
Mefloquina (tratamento iniciado com 1 semana de Mefloquina (tratamento iniciado com 1 semana de
antecedência da viagem)antecedência da viagem)
Medidas ColetivasMedidas Coletivas
Combate ao vetor (inseticidas)
Combate às larvas (larvicidas e controle biológico)
Medidas de saneamento básico
Medidas para melhorar as condições de vida
PROFILAXIA
PERSPECTIVAS – ESFORÇO MUNDIAL - WHO