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Francisco Antonio de Toledo
1ª Edição
2014Sumaré - SP
Editora Seta Regional
Paróquia de Sant´Ana,
2014, Sumaré - SP
Apresentação ................................................................................ 00
Prefácio .......................................................................................... 00
Dedicatória .................................................................................... 00
A igreja de Sant´Ana – origens ..................................................... 00
A vida religiosa em Rebouças antes de 1914 ................................. 00
Criação da Paróquia ...................................................................... 00
Os primeiros tempos da Paróquia ................................................. 00
As Associações Religiosas e a festa da padroeira ........................ 00
Os novos vigários a partir de 1920 ................................................ 00
Nova fase da vida da Paróquia ...................................................... 00
Padre José Giordano ..................................................................... 00
Padre Carlos Augusto Malho ......................................................... 00
As mudanças trazidas pelo Vaticano II ........................................ 00
Padre Constantino Gardinalli ........................................................ 00
Padre Pedro Tomazini .................................................................... 00
Padre Angelo Marighetto .............................................................. 00
Sumário
Padre Luis Antonio Guedes ........................................................... 00
Padre Mansur Rodrigues Mansur .................................................. 00
Padre Cláudio Zacarias Menegazzi. ............................................... 00
Padre Paulo Crozera ...................................................................... 00
Padre Carlos José Nascimento ...................................................... 00
Padre Elisiário César Cabral .......................................................... 00
Histórico das Comunidades ........................................................... 00
Sant´Ana: Vida e Culto ................................................................. 00
Dom Joaquim Mamede, o bispo que nasceu em Sumaré............... 00
As capelas antigas da Paróquia de Sant´Ana ............................... 00
A pedra fundamental da Igreja Matriz ........................................... 00
Lista dos párocos da Paróquia de Sant´Ana (1914-2014) .............. 00
Datas Expressivas na História da Paróquia ................................... 00
As Comemorações do Centenário.................................................. 00
Bibliografia .................................................................................... 00
Anexos
ApresentaçãoCom grande alegria faço a apresentação do livro PARÓQUIA DE SANT´ANA – 100 ANOS
do professor Francisco, carinhosamente conhecido por nós como professor Chico. Ele vem fazer
o coroamento das festividades do Centenário de nossa Paróquia de Sant’Ana em Sumaré. Trata-
se de uma obra histórica, seja pelo seu conteúdo, seja igualmente por marcar este momento da
história dos paroquianos de Sant’Ana que comemoram: “Cem anos celebrando a vida”.
Desde a festa da nossa padroeira no ano passado, quando fizemos a abertura do “Ano
do Centenário”, o lema: “Recordem as Maravilhas que Ele fez” dirigiu e inspirou as nossas
atividades e celebrações, que foram tantas e belas. Esse livro vem, portanto, enriquecer e dar
maior vigor à nossa história, pois reconhecemos que Deus fez maravilhas em nosso meio. Quem
busca conhecer a história, aprende a respeitar e admirar suas origens. Sabe ainda analisar e
compreender melhor o seu presente, que não representa apenas um tempo cronológico, mas é
presente-dádiva, uma graça que recebemos dos outros, que deixaram experiências através do
tempo como heranças para nós. Enfim, conhecer a história ajuda-nos a planejar melhor o futuro,
pois não construímos nada de exclusivamente novo. Construímos juntos. Na fé, isso é o dom da
partilha que eu venho aprendendo, dia após dia, a construir com esta comunidade paroquial e
seus agentes.
Parabenizo todos os paroquianos de Sant’Ana pela beleza de sua história e da qual
Deus concedeu-me a graça de participar. Se na beleza contemplada, eventualmente pudermos
identificar alguma fraqueza humana, vejo também que as virtudes para superá-las são o maior
exemplo deixado como tesouro e testemunho nessa história. Agradeço ao professor Chico
pelo seu trabalho cuidadoso e pelo presente que nos deixou. Agradeço também à equipe de
editoração, que igualmente ao autor do livro, ofereceu gratuitamente seu importante trabalho
de diagramação e arte final. Agradeço ainda ao Pró-Memória por nos autorizar acesso ao seu
arquivo de fotos e informações. Finalmente, desejo a todos uma boa leitura e que se inspirem
nos versos 78:“O que nós ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o
esconderemos a seus filhos. Nós o contaremos à geração seguinte: os louvores do Senhor e seu
poder, e as maravilhas que realizou.”
Sumaré, 9 de outubro de 2014.
Cônego Elisiário Cesar Cabral
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Tirar do baú coisas novas e velhas é fazer a ligação entre o novo e o
velho. O novo sentido para as coisas que aparecem todo dia só se encontra
no passado. O passado não determina o presente, mas é lá que reside
o substrato da História. Sem o passado não existe o presente e sem este
não se constrói o futuro. Cabe à Igreja anunciar a mensagem nova lendo o
passado e os sinais do tempo presente na perspectiva do futuro.
Registrar por escrito o que aconteceu nesses 100 anos da Paróquia
de Sant´Ana é tarefa da maior relevância para os paroquianos, para o
cidadão sumareense e para toda a Igreja. É missão do historiador trazer à
memória o que o tempo teima em esquecer, para que se reconheçam os erros
do passado, se valorizem os acertos e se construa um futuro melhor.
Na primeira edição deste livro, publicado em 1998, escrevi que é
“tarefa quase impossível escrever a história das cidades brasileiras sem falar
das suas igrejas. Algumas cidades nasceram mesmo a partir de uma capela,
como é o caso de Aparecida do Norte, ou de uma missão religiosa, como é o
caso de São Paulo. Outras vilas coloniais, cuja origem está ligada à pecuária,
à mineração, à defesa, aos entroncamentos de caminhos ou rotas comerciais,
também têm sua história marcada pela presença da Igreja. Ricas e espaçosas
como as do barroco mineiro do século XVIII, simples e despidas como as do
litoral no século XVI, as igrejas compõem a paisagem obrigatória da vila
colonial: câmara, cadeia e igreja”.
Desde a Colônia até hoje, a presença da Igreja Católica não foi simples
peça decorativa na paisagem urbana e rural brasileira, e também não passou
despercebida na vida social e política do Brasil desde a Colônia até hoje. Em
Sumaré, o primeiro núcleo urbano teve como centro a Estação Ferroviária, a
Capela e o Largo da Matriz; teve como padroeira da cidade o nome de uma
santa, cuja festa litúrgica marca oficialmente o aniversário do município, e
teve como primeiro Prefeito um sacerdote.
Prefácio
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A presente edição, agora com aparência
mais bem cuidada e bonita, foi revisada, corrigida
e atualizada. Não pretende ser obra definitiva
nem completa, mas foi elaborada com seriedade e
fidelidade às fontes documentais escritas, orais e
iconográficas. A preocupação foi o rigor documental,
haurido em especial do Livro Tombo da Paróquia, dos
Livros de Atas do CPP e do EACP. Minha proposta é
que o leitor se sinta participante e construtor dessa
história.
Nessa longa caminhada de cem anos, cheia
de altos e baixos, a missão da Igreja foi cumprida.
Como seu fundador Jesus, ela às vezes foi pedra de
escândalo, foi sinal de contradição. Mas, serenadas
as turbulências sazonais, foi também o farol que
iluminou a treva, a luz que mostrou o caminho.
Neste início do segundo milênio do nascimento
de Jesus, a Paróquia celebra seu jubileu agradecida
ao Senhor pelas maravilhas que Ele operou entre
nós, e se renova na alegre esperança da construção
do Reino.
Agradecimentos à Secretaria Paroquial, à
Associação Pró-Memória de Sumaré, à Maria Teresa
pelos momentos que lhe roubei de atenção, e aos
amigos Leandro e Andressa da Editora Seta Regional
pela preciosa colaboração presenteando a Paróquia
com a diagramação deste livro.
Sumaré, outubro de 2014
Francisco Antonio de Toledo
Ao papa Francisco,
enviado de Deus para mostrar ao mundo moderno
a face alegre da Igreja,
a simplicidade franciscana do Poverello de Assis,
a ternura do bom Deus,
e a esperança de dias melhores para um mundo tão difícil.
A ele dedico este livro como minha mais cordial homenagem.
Dedicatória
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Segunda Capela de Sant´Ana (1904) com os sinos e o rancho coberto de sapé.
(Acervo Pró-Memória)
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A Igreja de Sant´Ana Origens
Diferente de muitas outras cidades brasileiras, Sumaré nasceu ao
redor da Estação, ao lado da ferrovia. Era lugar de embarque e desembarque
de mercadoria e de gente. Muito mais de mercadoria do que de gente. A
principal atividade econômica desse local era a agricultura cafeeira para
exportação. No final do século dezenove, a região de Campinas era grande
produtora de café. As fazendas de café se espalhavam por toda a região, e
com a construção da Estação, devagar foram aparecendo algumas casas nas
imediações formando o povoado. A Estação ferroviária tinha sido construída
em 1875 e se chamava Estação de Rebouças, mudando depois o nome do
povoado para Vila de Rebouças, depois Bairro de Rebouças. O nome era uma
homenagem ao engenheiro Antonio Pereira Rebouças Filho, que falecera
durante a construção da ferrovia. Passados alguns anos, os católicos
construíram sua primeira igrejinha no bairro. Foi em 1889. Até essa data,
vinha padre de Campinas ou de Monte-Mor para as missas, casamentos e
outros serviços religiosos.
A capela do povoado de Rebouças pertencia à Paróquia de Santa Cruz,
hoje Paróquia do Carmo, em Campinas. Esta paróquia foi criada em 8 de
maio de 1870, desmembrada da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de
Campinas, hoje Catedral. Até 1908 as duas paróquias pertenciam à Diocese
de São Paulo, cujo bispo era D. Duarte Leopoldo e Silva.
As primeiras referências documentais que se tem sobre a vida religiosa
em Rebouças são de 1887. No Livro Tombo da Paróquia de Santa Cruz da
cidade de Campinas pode-se ler:
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“Neste ano começou-se a edificação de uma pequena capela no bairro de Rebouças, único ponto da paróquia afetado pelo protes-tantismo”.
Era vigário da Paróquia de Santa Cruz nesse ano o Padre João Batista
Nery, que escreveu as linhas acima.
O historiador campineiro Jolumá Brito também cita essa data (dezembro
de 1887) para o início da construção “de uma capela no então incipiente
bairro”1. Mas, o historiador nada diz sobre a inauguração da capela, o que foi
feito pelo Padre Nery, que assim relata, na página 7 do referido Livro Tombo:
“No mês de dezembro, de 1889, as (sic) 15, realizou-se a inaugura-ção da pequena capela de Rebouças diante de grande concurso de povo. Houve missa cantada e procissão”.
Assim, com singeleza documental, é fora de dúvida que a primeira
capela de Rebouças é de 1889. O texto não faz supor a existência de nada
anterior. “começou-se a edificação de uma pequena capela”.
O documento não diz: “de mais uma capela”, ou de “uma nova capela”.
É pouco provável a construção de alguma capela antes de 1889, pois no
Livro Tombo da Matriz de Nossa Senhora da Conceição (atual Catedral),
à qual Rebouças pertencia antes de 1870, e no Livro Tombo da Paróquia
de Santa Cruz (1870-1914) não há nenhuma referência ao fato. Se tivesse
havido a construção de alguma capela antes de 1889, ela certamente teria
sido inaugurada com a presença de um padre da Matriz e isso constaria por
escrito no Livro Tombo. Era acontecimento religioso importante a ereção de
1 Brito, Jolumá. História da cidade de Campinas, vol. XVIII, p. 178).
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capelas.
Ainda mais: Numa entrevista dada ao jornal “A Gazeta de Sumaré”
em abril de 1955, Dona Mariquinha Raposeiro, que nasceu em Jacuba em
1863 e se mudou para Rebouças em 1879, diz que no seu tempo as missas
eram celebradas na casa de Antonio do Valle. Ora, se houvesse capela antes
de 1889, obviamente as missas seriam rezadas na capela e não numa casa
particular. As leis eclesiásticas eram rigorosas quanto a isso, e as missas ou
casamentos religiosos só eram celebrados fora da igreja em casos especiais
e com autorização do bispo.
A grande preocupação naquele momento era construir uma capela
porque o protestantismo estava avançando2.
Cabe lembrar que a origem de Americana se deve aos migrantes
americanos fugidos da Guerra de Secessão. Com eles vieram evangélicos
presbiterianos. Situada entre Campinas e Americana, o bairro de Rebouças
sofreu a influência deles, mesmo porque antes já havia aqui algumas famílias
de origem americana, como a de Guilherme Mills, por exemplo. Em 1870, já
havia a Igreja Presbiteriana de Campinas e o Colégio Internacional, fundados
pelo Reverendo Eduardo Lane.
Conforme depoimento de João Jacob Rowedder, antigo morador de
Sumaré, em 1904 foi construída outra capela porque a primeira era muito
pequena para atender a população. A primeira capela tinha ao lado um
2 No livro Sumaré – Edição Histórica. Editorial Focus, São Paulo, s/d, se lê que em 1886
Guilherme Miller “doou um terreno nesse ano para a construção de uma igreja presbiteriana” e
cita como fonte documental o Livro 4, Registro 1112 de 20 de março de 1886. Mas, o documento
citado não diz isso. Diz apenas que a Igreja Presbiteriana de Rebouças vende uma casa e terreno a
Luiz do Valle e Irmão. Essa casa era provavelmente onde os presbiterianos se reuniam, mas não era
uma igreja. De qualquer maneira, esse documento ajuda a entender a preocupação dos católicos
de Rebouças, que não tinham sequer uma capela. Isso fica claro nas palavras do vigário: “único
ponto da paróquia afetado pelo protestantismo”, para justificar a construção da primeira capela.
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Igreja de Sant´Ana, reformada em 1927, com a torre
(Acervo Pró-Memória)
Filhas de Maria, no Coreto da Praça da República - 1916
(Acervo Pró-Memória)
rancho coberto de sapé, que talvez funcionasse
como coreto e onde, na parte mais alta, estavam os
sinos. Construída a segunda capela, pouco maior
que a primeira, fez-se em cima dela o campanário
para os sinos.
A nova igreja foi reformada em 1927 e recebeu a
torre que a anterior não tinha. Conforme depoimento
de um antigo morador de Sumaré, Dr. Leandro
Franceschini, no interior dessa igreja, bem no alto,
sobre o altar, estava escrito: “Tudo no mundo passa.
Só Deus é eterno e sempre bom”. Foi demolida em
1949 dando lugar à Matriz atual.
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A Vida Religiosa em Rebouças antes de 1914
A Paróquia de Sant´Ana de Rebouças foi criada em 1914.
Pouco se sabe sobre a vida religiosa em Rebouças desde a construção
da primeira capela até 1914, quando foi criada a Paróquia. Os padres de Santa
Cruz vinham para Rebouças celebrar missas, batizar, atender confissões etc.
Alguns moradores antigos de Sumaré se referem ao Padre Abel como o mais
antigo padre de Sumaré, antes mesmo de 1889. Houve pelo menos dois
padres com esse nome em Campinas nas últimas décadas do século XIX.
Um deles se chamava Padre Abel Alves Barroso que foi coadjutor do 16º
Vigário da Catedral entre 1884 e 1885. Dele quase nada sabemos. Outro
Padre Abel, muito mais conhecido que o anterior, assinava A.C. Lacerda,
isto é, Abel Camargo Lacerda. Jolumá Brito diz que Abel era seu apelido,
pois seu nome correto era Antonio Manoel. Nascido em 1819 em Campinas,
foi um personagem curioso esse Padre Abel. Depois de algumas peripécias
interessantes, foi ser padre. Encontramo-lo vigário de Monte-Mor, Santa
Bárbara e Limeira entre 1863-1869. Era muito bom latinista, boa pessoa,
alegre, amigo de todos. Conta-se que era muito rico e dono de uma fazenda
pelos lados de Salto Grande. Tinha escravos, mas os deixava soltos e não os
castigava. Faleceu em 1902, em Campinas.
Talvez tenha sido este último Padre Abel, com sua figura simpática,
que andou por Rebouças antes de 1889 e que ficou na memória dos mais
antigos moradores de Sumaré. Não se pode esquecer que Rebouças e
Monte-Mor eram muito ligadas naquele tempo, como também, Campinas e
Santa Bárbara, lugares que o Padre Abel devia conhecer e palmilhar com
certa frequência.
Os casamentos religiosos não eram feitos aqui, mas em Monte-Mor,
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Campinas, ou raramente em alguma capela quando
autorizados pelo Bispo. No ano de 1909, temos a
notícia de uma Irmandade de Sant´Ana, no Bairro
de Rebouças, cujo presidente era Antonio Rodrigues
dos Santos, e que não durou mais que três meses. Foi
dissolvida “não por falta de espírito religioso, mas
sim por descuido dos nossos irmãos da Diretoria”,
esclarece o presidente. Na época havia também a
Irmandade das Almas do Purgatório, da qual não se
tem notícia.
Além do Padre Nery, outro que trabalhou em
Rebouças foi o Padre Miguel Angelo Ronsini. Em
1910 ele foi nomeado capelão da Igreja de Rebouças,
por um ano, “para celebrar, pregar e confessar”,
conforme se lê no Livro de Provisões3 de 1908-1911.
Em fevereiro, março e abril de 1913 começou a
haver missa aos domingos na capela de Rebouças,
com batizados, confissões etc. pelo Monsenhor
Francisco Garófalo. Em 25, 26 e 27 de julho foram
realizadas as Missões por ocasião da Festa da
Padroeira Sant´Ana e para preparar espiritualmente
o povo para a nova Paróquia. Mas o padre deixou
escrito no livro Tombo da Paróquia de Santa Cruz
que “pouco resultado conseguiu”, e se refere à
3 Provisão é um documento que antigamente a Igreja
usava para autorizar o exercício de certas funções e exercícios
ministeriais. Ainda hoje ela usa esse documento, principalmente no
desempenho da função ministerial.
“frieza dos seus paroquianos”.
A partir de 15 de maio de 1913, o Padre
Joaquim da Fonseca foi provisionado para o uso de
ordens, passando a residir em Rebouças. O Padre
Fonseca – como era conhecido – também dava aulas
particulares. Ele morava na casa de Antonio do Valle
e aí lecionava. José Lopes, um antigo morador de
Sumaré, que foi aluno desse padre se lembra:
“Bastava esquecer qualquer lição que o Padre
puxava a orelha da gente sem dó. Mas valeu a pena”,
diz José.
Nesse mesmo ano de 1913, certamente por
sugestão do Bispo e, com a ajuda do povo, construiu-
se uma casa para o Padre e, em agosto de 1914, o
Padre Miguel Guilherme passou a residir na Casa
Paroquial “recentemente construída”. Era um passo
para a criação da Paróquia. A casa paroquial ficava
no Largo da Matriz, hoje Praça da República, ao lado
do atual Restaurante Makey (2014).
Ao fundo, Igreja de Sant´Ana. (Acervo Pró-Memória)
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A Criação da ParóquiaEm 1914 Rebouças tinha 65 prédios e perto de 500 habitantes no
núcleo urbano. Na zona rural, onde havia muitos sítios e grandes fazendas,
a população era de 4 mil habitantes.Todo o território, que hoje abrange o
município de Sumaré e Hortolândia, com seus 4.500 habitantes, fazia parte
da paróquia de Sant´Ana. A economia do distrito baseava-se na produção
de café (em crise, mas ainda lucrativa), algodão, cana-de-açúcar, arroz,
milho e pecuária. Na cidade, havia armazéns de secos e molhados, açougue,
lojas de tecidos, padaria, oficina de ferreiro, máquina de beneficiar arroz,
café e algodão, serraria, pensões, pequenos hotéis e pequenas indústrias
(de macarrão, cerveja, aguardente, sabão...). Era bastante expressiva a
presença de imigrantes estrangeiros, em especial portugueses e italianos.
Rebouças tinha 3 escolas primárias, cadeia pública, Juiz de Paz, Cartório
de Registro Civil, farmácia, iluminação elétrica nas ruas, botequins, coreto,
banda musical. Em outubro de 1913 foi inaugurado o prédio da Subprefeitura
que acaba de festejar seu centenário e, é hoje, a sede da Associação Pró-
Memória.
Era bispo de Campinas Dom João Batista Correa Nery4 que conhecia
Rebouças e já trabalhara aqui. Era Vigário da Paróquia de Santa Cruz o
4 Dom Nery foi o primeiro bispo de Campinas. Foi um homem extraordinário, culto, cheio
de virtudes e de zelo apostólico. Reorganizou a vida religiosa em Campinas e deu exemplo de
extrema dedicação ao próximo quando a cidade foi assolada pela epidemia de febre amarela,
matando quase 2 mil pessoas. Campinas lhe rendeu justa homenagem com estátua em praça
pública, nome de ruas e estabelecimentos, colocando-o entre os maiores nomes de sua terra.
Sumaré ainda não pagou essa dívida.
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Cônego Otávio Chagas de Miranda, mais tarde bispo
de Pouso Alegre. Em Roma, acabava de falecer o
Papa Pio X (agosto), sendo logo substituído por
Bento XV. Na Europa explodia a Primeira Guerra
Mundial entre as potências européias (1914-1918).
No dia 9 de outubro de 1914 saiu o Decreto da
criação da Paróquia de Sant´Ana de Rebouças e no
dia 11, domingo, deu-se sua instalação oficial.
Vale a pena deixar a palavra ao Cônego Otávio
Chagas de Miranda, que assim escreveu:
“No dia 11 de outubro, com a presença do Ex.mo Visitador Diocesano Mons. Joaquim Mamede5, do Vigário desta Pa-
5 Dom Joaquim Mamede era natural de Rebouças. Sua
Bispo Dom
João Batista
Correa NeryVista de Sumaré por volta de 1920. No primeiro plano em baixo, o Ribeirão Quilombo e as lavadeiras; no
centro a Estação Ferroviária; à esquerda a Rua Sete e no alto à direita a Igreja. (Acervo Pró-Memória)
róquia de Santa Cruz, do Padre Miguel Guilherme, deu-se a instalação solene da Paróquia de Rebouças, desmembrada desta, provida de paramentos e utensílios mais necessários e com um patrimônio constante de excelente casa paroquial” (Livro Tombo).
O ponto alto da festa foi no domingo, dia 11.
Na parte da manhã, alvorada pela banda musical
“Recreativa Reboucense”; às 8 horas, missa com
cânticos e primeira comunhão de 30 crianças. Às
biografia está em outro lugar deste livro. Como Rebouças era
um bairro de Campinas, algumas biografias dele colocam seu
nascimento em Campinas.
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10 horas, Mons. Mamede cantou missa solene
e ao Evangelho leu o decreto da criação da
paróquia, pronunciando em seguida um discurso de
congratulações, ao tempo em que dava posse ao
novo vigário Padre Miguel Guilherme, que já tinha
sido pároco em Souzas.
Às 13 horas, inauguração da casa paroquial com
discurso do Cônego Otávio Chagas, que ofereceu o
prédio ao bispado. Respondendo, o Senhor Visitador
teve palavras de entusiasmo e carinho para com o
povo de Rebouças, em especial, para a Comissão
da Paróquia e para Antonio do Valle, que doara o
terreno para a construção da casa paroquial.
Observa “O Mensageiro” que para a
construção da casa paroquial e para a fundação da
Paróquia contribuíram Antonio do Valle, Antonio
Jorge Chebabi, Albino de Souza Aranha, Antonio
Joaquim de Souza, Miguel Rodrigues dos Santos,
João Francisco Ramos, Atílio Foffano, Francisco
Noveletto e Antonio Basio (sic).
Após a inauguração da casa paroquial houve
nova administração do crisma, depois procissão de
Sant´Ana, bênção do Santíssimo e canto solene
do te-déum. As cerimônias decorreram com muita
ordem e grande participação do povo, pois tratava-
se de acontecimento importante para Rebouças.
As músicas sacras ficaram por conta de um coral
de Campinas, sob a direção do maestro João
Brandemburgo, que executou músicas excelentes,
contribuindo para o realce da festa.
Às 20 horas Dom Mamede e comitiva
regressaram a Campinas em trem especial, levando
as melhores impressões dos festejos.
A nova paróquia levava o nome de “Paróquia
de Santa Ana de Rebouças”, cujo titular era Nossa
Senhora Sant´Ana6. Esse tratamento honroso,
comum no antigo devocionário católico, lembra que
Sant´Ana é a mãe de Maria e por isso leva, como a
filha, o título de “Nossa Senhora”.
Ao mesmo tempo em que se criava a nova
Paróquia, era encarregado o Padre Miguel
Guilherme, que já residia em Rebouças, de cuidar
dela “até última deliberação”. Esse sacerdote ficou
como vigário aqui até 1920. Foi o primeiro pároco de
Rebouças.
6 Conta uma antiga moradora de Sumaré – Dona Mariquinha
Raposeiro – que quando se escolhia o nome de um santo para
orago da capela de Rebouças, em 1889, Domingos Franklin
Teixeira, descendente dos velhos Teixeira Nogueira e proprietário
de terras nesta região, sugeriu o nome de São Domingos. Era
comum os fazendeiros colocarem em suas fazendas o nome do seu
santo protetor. Mas, o Padre Nery preferiu colocar a capela sob
a proteção de Sant´Ana, devoção tradicional no Brasil. Domingos
se rendeu ao argumento do Padre e mais uma igreja ganhou o
nome da mãe de Maria.
É certo que o Padre Nery foi
ordenado sacerdote em 1886 e esteve em Rebouças várias vezes,
como atestam antigos moradores. Ora, é claro que o diálogo entre o
padre e Domingos só pode ter acontecido entre 1886 e 1889, numa
de suas vindas a Rebouças, não antes. Este é mais um argumento
a favor da construção da capela em 1889 e não em 1868. Dom Neri
nasceu em 1863, e em 1868 tinha apenas 5 anos!
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Manuscrito do Decreto da
Criação da Paróquia de Sant´Ana
(Transcrição ao lado)
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Decreto da Criação da Paróquia de Sant´Ana em RebouçasCampinas, 9 de outubro de 1914
Decreto criando a parochia de Santa Anna de Rebouças
Dom João Baptista Corrêa Nery, por mercê de Deus, Bispo de Campinas, Conde Romano, Prelado Domestico de S.S.
e Assistente ao Solio Pontificio. Aos que o presente decreto virem saudação, paz e bênçam no Senhor. Fazemos saber que,
atendendo à representação que nos fez o Revmo Conego Octavio Chagas de Miranda, Vigario da Parochia de Santa Cruz
de Campinas e ao maior bem das almas, depois de termos ouvido o Revmo Cabido Diocesano, usando da nossa jurisdição
ordinaria diocesana e, em caso de necessidade da que nos é delegada pelo S. Concilio Tridentino (Sessão XXI, Cap. IX De
Reform) Havemos por bem separar, dividir e desmembrar da parochia de Santa Cruz de Campinas, o territorio que em seguida
vai indicado e nelle constituir nova parochia que se denominará de Santa Anna de Rebouças elevando a actual Capella de
Sant´Anna à cathegoria de Matriz e o território que comprehende essa filial à cathegoria de Parochia.
.A nova parochia de Santa Anna de Rebouças terá os mesmos limites dos distritos de paz de Rebouças, a saber:
Parte da linha divisoria do municipio de Monte-Mor no ponto de intersecção com a estrada pública que vai de Monte Mor a
Campinas passando pela Boa Vista, estrada esta denominada de Terra Preta e segue pela mesma estrada até a linha ferrea
Paulista, procurando um pequeno curso d´agua para o lado dos Amarais e desce por este até o tanque denominado do
“Mariano” continuando pela mesma agua, até encontrar o Ribeirão do Quilombo e por este abaixo até a fazenda do Santiago
na confluencia do corrego que vem da fazenda Deserto, à margem direita; d´ahi segue em rumo na direção do ponto de
passagem da estrada publica de Limeira, no Rio Atibaia, até à divisa do districto de paz de Villa Americana na fazenda Saltinho,
continuando pelas divisas actuais com Vila Americana, Santa Bárbara e Monte-Mor, até o ponto de partida na estrada da Terra
Preta. Terá a parochia assim constituida como titular Nossa Senhora Sant´Anna, cuja festa se há de celebrar annualmente
com pompa e religioso esplendor. Submetemos à jurisdição e cuidado espiritual do Vigario que para ella for nomeado e aos
que canonicamente lhe sucederem no Cargo, os habitantes do territorio aos quais mandamos que tanto para o Revmo Vigario,
como para a Fabrica da Egreja contribuam religiosamente com os emolumentos, oblações e benesses que respectivamente
lhes sejam devidas, por estatutos e leis desta nossa diocese. Concedemos também à Egreja de Santa Anna, que servirá de
Matriz da nova parochia pleno direito e faculdade para ter tabernaculo em que se conservará o Augusto Sacramento da
Eucharistia, com o necessario ornato e decencia e com a lampada acesa, de dia e de noite, bem como a faculdade para alli
se estabelecer o Baptisterio e Pia Baptismal, para ter os livros de Tombo, de Registro de Baptismos, Casamentos, Obitos
etc. e todos mais direitos, honras e distinções de uma igreja parochial. Dando, portanto, por erigida e constituída em nossa
Diocese a nova parochia acima descripta, o Revmo Secretario do Bispado, depois de sellar e transcrever este Decreto no
livro competente de nossa Camara Ecclesiastica, o fará publicar na integra no orgam official da Diocese e o remeta ao Revmo
Vigario de Rebouças para que seja lido à estação da missa de um dia festivo, do que passará certidão no verso deste Decreto
que também integralmente será transcripto no1º Livro Tombo da nova parochia de Rebouças. Mandamos também que officie
aos Revmos Vigários das parochias limitrofes comunicando o objeto principal deste Decreto e arquive os documentos a que o
mesmo se refere. Dado e passado na Camara Ecclesiastica de Campinas sob nosso signal e sello de nossas armas aos nove de
outubro de mil novecentos e quatorze. E eu Mons. Manoel Ribas d`Avila, Secretario Geral do Bispado o escrevi. Ass. + Dom
João Baptista Nery, Bispo Diocesano.
(Transcrito do Livro de Provisões da Cúria Diocesana de Campinas, de 1911-1914, p. 96-99 e respeitada a grafia do texto
manuscrito original)
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Os Primeiros Tempos da Paróquia
São escassos os dados sobre os primeiros 24 anos de vida religiosa
da Paróquia de Sant´Ana. A principal fonte histórica seria o Livro Tombo
da Paróquia que, por razões desconhecidas, não se encontra no Arquivo da
Cúria Metropolitana de Campinas. Talvez tenha sido perdido ou até mesmo
destruído em algum incêndio. Resta a esperança de que um dia apareça essa
preciosa relíquia, se é que ainda existe.
Sabe-se, por outras fontes, que, em 1915, a pedido dos paroquianos do
Bairro dos Amarais e vizinhanças, foram modificados os limites da Paróquia
de Rebouças. Era muito difícil para essas pessoas frequentarem a Matriz
de Sant´Ana, estando tão perto da Matriz do Carmo. Por isso tornaram-se
paroquianos do Carmo. Mas, consta que em 1922 os antigos limites voltaram
a vigorar.
Consta ainda, que em 1919, o já, então, Cônego Miguel Guilherme
recebeu provisão para benzer uma capela da família Gazzeta, situada no
Cemitério de Rebouças e que ainda existe. Não se trata da capela atual do
cemitério, que foi construída mais tarde. No ano seguinte, consta também a
provisão para ele celebrar missa na capela de Santo Antonio, em Rebouças,
e no Núcleo Colonial Nova Veneza. Provavelmente trata-se da capela de
Nossa Senhora do Rosário, construída pela família Dall´Orto, em 1917, bem
próximo à rodovia Anhanguera.
Em 1916, a Sociedade Recreativa Musical Reboucense conseguiu da
Câmara Municipal de Campinas 300.00 (trezentos mil réis) para construir um
coreto no largo da Matriz. Logo ficou pronto e nele a banda alegrava a praça
aos sábados, domingos e nas festas da igreja. O leilão era feito no coreto.
Compulsando o Relatório publicado pela Diocese de Campinas verifica-
se que o movimento religioso de Rebouças era bom. Em 1915, houve na
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Paróquia 35 batizados, 4 casamentos, 20 primeiras
comunhões e havia 38 crianças no catecismo.
A título de curiosidade, vejam-se aqui os nomes
dos primeiros batizados, dos primeiros casamentos
na Paróquia e dos primeiros encomendados.
As primeiras crianças batizadas foram
(respeitada a grafia original):
Ataliba, filho de Jacob Hoffmann Filho e
Francisca de Paula Mendes. Padrinhos: João
Gonçalves Dias e Ana Barbosa.
Amelia, filha de Manoel Francisco de Camargo
e Juventina Francisco de Jesus. Padrinhos: Frederico
Argentão e Maria Gavioli.
Francisco, filho de João Pucci e Magdalena
Lopes. Padrinhos: Jozia de Souza e Ameliça Queiroça.
João, filho de José Ignácio da Silva e Gertrude
Maria da Silva, sendo padrinhos: Atilio Foffano e
Antonia Foffano.
Vitalina, filha de José Portela Dias e Roza
Navarro Dias, tendo como padrinhos Francisco Peres
e Maraia Carnaccini.
Fioravante, filho de José Mancini e Marian
Alpina, sendo padrinhos José Noveletto e Antonia
Mancini.
Eduardo, filho de Olivio Costa de Oliveira e
Durcinda Maria de Jesus e sendo padrinhos Eduardo
Galvão e Maria do Carmo Galvão.
Maria Aparecida, filha de Joaquim Antonio e
Antonia da Silva, sendo padrinhos Francico Manoel
de Souza e Maria Francisca.
João, filho de Cesar Geraldelli e Theresa
Gaviota, sendo padrinhos Alexandre Bufferá e
Josepha Geraldelli.
Todos esses batizados foram realizados pelo
Pro-Vigário Padre Miguel de Guilherme (é como ele
assinava seu nome), no mês de outubro de 1914. No
mês de dezembro foram batizadas crianças muito
conhecidas na história de Sumaré: Francisco, filho
de Manuel Miranda e Jose (sic) Miranda, tendo como
padrinhos José Maria Miranda e Maria Piedade
Miranda; Eulina, filha de Antonio do Valle Sobrinho
e Elvira Biancalana do Valle, cujos padrinhos foram
Francisco Biancalana e Thereza Buschianeli; e
o último batizado do ano, de Durvalina, filha de
Antonio Vasconcellos e Emília Vasconcellos tendo
como padrinhos Manoel de Vasconcellos e Carlota
Vasconcellos.
Os primeiros casamentos realizados na
Paróquia foram de João Baptista e Anna Maria. Ele
era filho de Pedro Baptista e Jovina Sposito e ela era
filha de Gabriel de Campos Oliveira e Maria Angelina
das Dores.Já eram casados no civil e casaram-se com
dispensa de proclamas. Seus padrinhos foram José
Mancini e Francisco Noveletto.
Mais alguns casamentos: João Costa e Cecília
Maria. Os pais dele eram João Costa e Maria Costa,
e os dela eram Benedito Reauyyal (?), não constando
o nome da mãe. Já eram também casados no civil e
foram dispensados dos proclamas. Ele com 50 anos
e ela com 45.
Joaquim e Verdulina Baptista. Ele era filho de
Manoel do Valle e Maria do Carmo Camargo e ela era
filha de Manoel Antonio de Pinho e Maria Baptista
de Pinho. Os padrinhos foram Luiz Duardo (sic) e
Antonio do Valle.
João e Amélia: ele filho de José Marques
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e Josepha de Jesus. Ela filha de João Fructuoso e
Maria do Valle Mello, sendo padrinhos Francisco do
Valle Mello e Antonio do Valle Mello.
Carlos e Ida: ele filho de César Biondo e Maria
Busado Biondo e ela filha de Eugênio Coltro e Ana
Faiella (de Monte Mor). Foram padrinhos Mariano
Frasqueti e Angelo Padula.
Os primeiros óbitos registrados na Paróquia
só o foram a partir de 1921. O primeiro Vigário não
registrou os nomes dos mortos encomendados na
Paróquia. Os primeiros óbitos lançados no Livro são
de Maria Rita, filha de Adolfo Caetano Andrade e
Cândida Machado do Amaral; Antonio, filho de Pedro
Rodrigues dos Santos e Maria Pereira dos Santos;
José filho de Ucílio Matioli e Barbarina Bortolacci;
Gabriela, filha de Felipe Cantoso e Maria Francisca
de Moraes; Marcelino, filho de pais desconhecidos;
Ana Maria, filha de Hermenegildo Gigo e Theresa
Petroni(sic); Santo, filho de João Noveletto e Angela
Noveletto; Antonio, filho de João Secon e Joana
Basso.
Maria de Lourdes Raposeiro, demais não
identificados - 1º Comunhão-dec.1930
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As Associações Religiosas e a festa da Padroeira
Em janeiro de 1915, o Secretário Geral do bispado pediu ao padre
Miguel Guilherme que criasse na Paróquia a Irmandade de São Benedito.
Não se sabe se ela foi criada ou não. Em novembro de 1917 o Padre Miguel
Guilherme pediu licença ao bispo para fundar na Paróquia a Irmandade das
Almas do Purgatório. O bispo auxiliar Dom Joaquim Mamede parece não ter
gostado da idéia, e respondeu: “Não permitiremos fundação de Irmandade
a não ser a do Apostolado da Oração. O Revmo Pe. Vigário trabalhará para
fundar o Apostolado da Oração e não pensará em outras irmandades, a não
ser também na Liga de São José”.
O Apostolado da Oração era uma associação que existia no Brasil
desde meados do século XIX, existe até hoje em muitas paróquias brasileiras,
e foi trazida pelos jesuítas. Tem milhões de membros em todo o mundo. O
objetivo da Irmandade é rezar, evangelizar e integrar oração e vida.
No Relatório da Diocese de Campinas, de 1921, aparecem também a
Liga de São José, a Associação da Doutrina Cristã e o Apostolado da Oração.
Dessas duas últimas associações era presidenta Cândida Rodrigues.
Na época, a Igreja incentivava a criação de associações religiosas; elas
serviam de sustentação da vida cristã na Paróquia. Cada associação tinha
um objetivo específico: uma era voltada para o culto da oração, outra para a
devoção ao Santíssimo Sacramento ou à Nossa Senhora; outra para o estudo
da Doutrina Cristã, e assim por diante. Tinham normas rígidas e exigiam dos
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seus membros determinados compromissos, além
de terem uma organização regimental interna como
qualquer entidade social.
Outra associação, era a Pia União das Filhas
de Maria composta de moças, muito antiga na Igreja,
desde a Idade Média, depois incentivada por Pio
IX. As meninas eram admitidas na associação, a
partir dos 16 anos. Usavam vestido e véu brancos,
fita verde no pescoço com uma medalha de N.S. das
Graças. Depois de um certo tempo de aspirantado,
eram admitidas como efetivas e passavam a usar
fita azul no pescoço e faixa na cintura. Rezavam o
ofício de Nossa Senhora, faziam retiro espiritual,
incentivavam a devoção à Virgem e ajudavam as
crianças na Igreja. Quando se casavam, deixavam a
associação e ingressavam em outra.
A festa da Padroeira
Não havia muitas festas antigamente em
Rebouças. Mas, as poucas que havia eram muito
boas, principalmente a festa de Sant´Ana. Vinha
gente de toda a redondeza, a pé, a cavalo, de carroça,
carro-de-boi, trole, cabriolé, trem... A população de
Rebouças quase dobrava. Distâncias de cinco, seis
ou dez quilômetros não desanimavam ninguém de
ir à missa ou às festas religiosas. Os que vinham do
sítio, a pé, tiravam os sapatos e só os calçavam ao
chegar à cidade. Lavavam os pés, em alguma casa,
arrumavam-se e iam à igreja. Festa era dia de roupa
nova, chapéu novo, sapato novo.
Coreto na Praça da Matriz construído em 1916
(Acervo Pró-Memória)
Andores, Festa de Sant´Ana. (sem data)
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Os Novos Vigários a par tir de 1920
Em fevereiro de 1920, falecia o bispo de Campinas D. João Nery e logo,
em julho, era nomeado para substituí-lo outro campineiro, D. Francisco de
Campos Barreto, cuja posse foi em novembro. Nesse mesmo mês, o Padre
Guilherme deixava a Paróquia de Rebouças, sendo substituído pelo Padre
Antonio Maria Vieira.
No seu tempo, foram restituídos os antigos limites da Paróquia
de Sant´Ana, agregando-se, novamente, a ela os bairros do Matão e dos
Amarais. Logo que tomou posse, a 31 de dezembro de 1920, o Padre Vieira
pediu e obteve do Bispo a autorização para reformas na Matriz. Não consta
que elas tenham sido feitas, embora antigos moradores de Sumaré mencionem
reformas da igreja, em várias épocas. O padre pediu também autorização
para completar a escrituração dos livros de batizados, casamentos e Fábrica7
que seu antecessor deixara incompleto8.
Pelo Relatório da Diocese de Campinas de 1921, fica-se sabendo que
7 Livro Fábrica era onde se lançavam os bens e os rendimentos da paróquia.
8 Como o Padre Vieira não se refere ao Livro Tombo, é provável que esse livro estivesse
em dia. Se não estivesse em dia, ou se ele não o tivesse encontrado, o novo Vigário teria disso se
queixado. Parece então razoável supor que o primeiro Livro Tombo da Paróquia de Sant´Ana de
fato existiu, embora se desconheça seu paradeiro.
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Rebouças tinha, nessa época,
4.687 habitantes. Essa era a
população de todo o distrito,
não apenas da área central. O
certo, porém, é que a população
aumentava e o movimento
religioso também. Segundo
o Relatório citado, Rebouças
teve nesse ano 65 primeiras
comunhões e 186 batizados.
Em janeiro de 1923, tomou
posse da paróquia o Padre José
Murillo, que era coadjutor da
igreja do Carmo. O Padre Antonio
Vieira foi nomeado pároco de
Valinhos. Pouco mais de um ano
paroquiou, em Rebouças, o Padre Murillo. Criou a
Legião da Boa Imprensa, cuja primeira presidenta foi
Brasília Almeida de Carvalho.
No relatório da Diocese consta que, em 1924,
havia na Paróquia de Rebouças, quatro capelas: a
de São Luiz, no Núcleo Colonial Nova Veneza, a de
Santo Antonio (particular), a do Cemitério Municipal
(particular) e a de Nossa Senhora do Rosário, em
Nova Veneza, à margem da Via Anhanguera. A de
Santo Antonio ficava no Bairro do Cruzeiro, na
Fazenda de Laurindo Caetano. A capela do Cemitério
era da Família Gazzeta e existe até hoje.
Em maio de 1924, o Padre Murillo era nomeado
vigário de Monte-Mor. Rebouças ficou sem padre até
Padre Epiphanio Estevam.
(sem data)
setembro. Nesse período, a Paróquia de Sant´Ana
foi anexada à Paróquia de Americana. Aqui deram
assistência religiosa os Padres Miguel Andery e
Victor Randuá. Este último era vigário de Americana
e foi “encarregado” da Paróquia de Sant´Ana, não
podendo ser contado entre os seus vigários.
O quarto vigário de Rebouças foi o Padre
Epiphanio Estevam que assumiu a paróquia em
outubro de 1924 e também aqui permaneceu pouco
tempo. Um ano depois, em setembro de 1925, foi
nomeado vigário de Monte Mor. Essa frequente troca
de padres não era boa para a Paróquia, como se pode
imaginar. Os próprios relatórios da Diocese nada
publicaram de Rebouças em 1924/1925 e o número
de batizados e casamentos caiu muito. A impressão
que se tem é que a vida religiosa da paróquia caiu
bastante.
Desde setembro de 1925, o novo Vigário de
Rebouças foi o Padre Estanislau Mosciaro. Este
padre italiano ficou quase nove anos como vigário,
mas se ausentou de Rebouças por várias vezes e
longos períodos: a primeira vez, por seis meses,
a segunda, por onze e a terceira, por cinco meses.
Em sua ausência quem ajudava na paróquia eram
os padres de Campinas. De junho de 1930 a maio
de 1931, na segunda ausência do Padre Mosciaro, a
Paróquia foi anexada ao Curato da Catedral. Nesse
período quem respondeu por Rebouças foi o Cônego
João Sebastião Loschi. Ajudaram-no o Padre Manoel
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Assinando está o Padre
Epiphanio Estevam. (sem data)
Simões Lima e o Padre Francisco Marcondes9.
Foi no tempo do Padre Mosciaro, precisamente em 1927, que a Matriz
recebeu algumas reformas, quando o seu campanário foi substituído pela
torre, dando-lhe mais imponência. A igreja recebeu também nova pintura e
instalações elétricas mais modernas.
9 Nesse tempo, o bairro de Jacuba (atual Hortolândia) pertencia à Paróquia de Sant´Ana.
Ficou muito conhecida então a “Santinha de Jacuba”, que mereceu reportagens de vários jornais,
como Correio Popular de Campinas, Folha da Manhã, Folha da Noite, o Estado de S. Paulo e até de
um jornal carioca. Tratava-se da menina Maria Apolônia, que dizia ver Nossa Senhora e conversar
com ela. Multidões de pessoas das cidades mais distantes vinham em busca de milagres. Alegando
que essas manifestações populares eram contrárias à moral e aos bons costumes, as autoridades
policiais de Campinas, a mando do Juiz de Menores apreenderam a menina, que ficou reclusa por
seis meses no Patronato São Francisco, em Campinas. O pai da menina chegou a perder o pátrio
poder. Não se tem notícia da intervenção da Igreja nesse episódio, e nada consta nos documentos
da Paróquia de Sant´Ana, nem nos arquivos da Cúria Metropolitana.
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Ao centro, o coreto em frente
à Matriz e à direita barraca
construída em 1937 para
quermesse. (Acervo Pró-Memória)
De maio de 1931 a fevereiro de 1934, o Padre
Mosciaro voltou a exercer o paroquiato, mas, em
fevereiro, afastou-se novamente e a Paróquia foi
outra vez anexada à Catedral, até junho. Desta data,
até abril de 1935, Rebouças ficou sem vigário. Quem
aqui trabalhou, nesse período, foi o Padre Francisco
Marotta Schettini, que foi designado para vice-
pároco, o que não lhe confere no direito de estar
entre nos párocos de Sant´Ana.
Em 14 de Abril de 1935, tomou posse o novo
Vigário de Rebouças. Era o Padre Manoel Guinot
Bernat, o sexto Vigário na linha sucessória. Esse
sacerdote ficou apenas sete meses à frente da
Paróquia. Deixou Rebouças em novembro, quando
mais uma vez os católicos de Rebouças ficaram sob
os cuidados dos padres da Catedral.
Vale registrar que, em 1935, saiu uma Provisão
da Cúria aprovando os Estatutos da Irmandade
São Francisco de Assis, em Jacuba, que pertencia à
Paróquia de Sant´Ana. A devoção a São Francisco
fazia sentido, pois o orago da capela de Jacuba foi o
santo de Assis durante muitos anos seguidos.
Logo depois da posse do Padre Bernat foi
constituída uma Comissão para providenciar a
“reconstrução da Igreja Matriz de Rebouças”,
composta das seguintes pessoas: Sebastião Perrot
Luchini (Presidente), Ignacio de Carvalho (Vice-
Presidente), Vitório Pansan (Tesoureiro) e Libório
Pires de Almeida (Secretário). Nada mais consta nos
documentos sobre essa Comissão. O pouco tempo
à frente da Paróquia tornou impossível uma obra
desse porte. Sabe-se que a Matriz só foi reconstruída
quinze anos depois. Mas, fica o registro e a prova de
que a idéia de uma igreja maior era bem antiga.
Após três meses sem Vigário, isto é, em março
de 1936, foi nomeado para Rebouças o Padre Manoel
Soares Pinheiro. Foi o que menos tempo ficou à frente
da Paróquia: apenas cinco meses. Em julho ele se
despedia dos reboucenses.
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Nova Fase da História da Paróquia
A partir de julho de 1936, temos informações amplas e preciosas sobre
a vida da Paróquia. É que nessa data tomou posse o Padre Thiers Pelicce
Licio. Como vigário, ele começou o novo Livro Tombo da Paróquia, onde
assim se expressa:
“Após quase vinte e quatro anos de paróquia... agora somente ini-ciamos o novo Livro Tombo da Paróquia, onde, com clareza, par-ticularidade e precisão se vão lavrando aqueles mesmos aconteci-mentos e fatos...” 10.
As associações religiosas, como já vimos, existiam na paróquia
desde o início. Elas eram muito fortes e organizadas e duraram décadas. O
Apostolado da oração, a Congregação Mariana, as Filhas de Maria, a Cruzada
Eucarística e a Liga de São José duraram muitos anos e aos poucos foram
desaparecendo, após o Vaticano II. Em 1960, ainda havia a Pia União das
Filhas de Maria, a Congregação Mariana, a Obra das Vocações, a Cruzada
Eucarística, a Doutrina Cristã, a Legião de Maria (presidium) e os Irmãos do
Santíssimo.
10 Como já notamos, não foi encontrado o primeiro Livro Tombo da Paróquia. O que até aqui
se relatou foi tentativa de preencher essa lacuna, socorrendo-nos de outras fontes, quase sempre
isoladas e incompletas.
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A “Pia União das Filhas de Maria”, para as
moças, e a “Congregação Mariana” para os moços,
eram muito fortes e organizadas nesse tempo. Os
católicos mais antigos de Sumaré ainda se lembram
delas com entusiasmo.
Havia, também, a Conferência de São Vicente,
que não era propriamente uma associação religiosa,
mas um grupo de paroquianos que cuidava,
especialmente, dos pobres, num trabalho muito
bem estruturado de visita e ajuda aos mais carentes.
Ela foi fundada em 1937, tinha dez confrades e
nove famílias assistidas. Até 1947 encontram-se
referências sobre a atividade dos vicentinos, quando
havia apenas quatro confrades. Provavelmente,
a Conferência deixou de existir, só voltando a se
organizar em 1980, no tempo do Padre Ângelo
Marighetto. E persiste até o presente.
Parece que a atividade religiosa foi intensa
no tempo do Padre Thiers. Aumentou o número
de casamentos, confissões, comunhões, tríduos,
novenas, retiros espirituais, festas, catecismo às
crianças etc.
Foi também, por volta de 1937, feita a
ampliação do pátio da Igreja e a construção de uma
barraca com telhado, por Manoel de Vasconcellos,
para leilões e “kermesses”, como se escrevia na
época. Essa barraca, durante muitos anos, fez parte
da praça da Igreja e pode ser vista em fotos antigas.
A parte interna da Matriz foi decorada pelo pintor
Antonio Dedona e suas janelas foram pintadas. O
altar de mármore de Nossa Senhora ficou pronto.
Em Jacuba foi feita a reforma da capela de São
Francisco (julho de 1937) e na Matriz de Sant´Ana foi
refeita a instalação elétrica e também uma reforma
na Casa Paroquial (outubro de 1938). Esta ficava
onde hoje é o prédio nº 236 da Praça da República.
O Padre Thiers era ativo e dinâmico, mas
depois de quase cinco anos de luta, estava cansado.
Lamentava-se da indiferença dos paroquianos
e parecia sentir o peso do trabalho à frente de
Rebouças. Prova disso é que, em abril de 1940,
passou a residir em Campinas, vindo para Sumaré
só aos sábados, domingos e dias santos, ou quando
fosse necessário. Finalmente, em janeiro de 1941, ele
foi designado para Posse de Ressaca. Escreveu no
Livro Tombo:
Padre Thiers Pelicce Licio
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“Continuamos aquela vidinha de traba-lhos paroquiais sentindo ainda bem de perto o espírito frio e indiferente desta localidade, principalmente entre os ho-mens... nesse terreno duro de se plantar”.
O lamento do padre talvez se possa explicar:
a troca contínua de padres que o precederam. O
padre Epiphânio, por exemplo, tinha ficado só um
ano e meio à frente da paróquia, o padre Mosciaro
ficou 9 anos, mas ausentou-se três vezes por longos
períodos, o padre Bernat ficou apenas 7 meses e o
padre Manoel Soares que o precedeu ficou quatro
meses. Essas mudanças constantes com certeza
atrapalhavam a vida da paróquia e não propiciavam
o desenvolvimento de um trabalho continuado e
eficaz.
No mesmo mês de janeiro de 1941, tomou
posse o novo Vigário Padre Cristovam Porphirio de
Almeida Machado. Pouco consta dos dois anos que
ele ficou aqui. Segundo testemunho de uma antiga
moradora, Padre Cristovam era muito bravo e, às
vezes, áspero com o povo. Quando algum membro
das irmandades faltava às reuniões, missas ou rezas
várias vezes, ele convidava o povo para o enterro do
faltoso. Dizia que, se faltava tanto, é porque tinha
morrido. Por outro lado havia os que gostavam dele
e o admiravam pela sua rigidez e austeridade. Em
julho de 1942, na festa da Padroeira, só 23 crianças
fizeram a primeira comunhão. O padre registrou:
“Isso deveu-se à negligência dos pais”.
A vida paroquial continuava sustentada
pelas associações religiosas e irmandades. No seu
paroquiato faleceu D. Francisco Barreto, bispo
diocesano (22 de agosto de 1941), sendo substituído
por D. Paulo de Tarso Campos, em primeiro de março
de 1942.
Em 11 de janeiro de 1943, a Paróquia foi
novamente anexada à Freguesia de Americana, onde
era vigário o Padre Epiphanio Estevam, já conhecido
dos reboucenses. Nesse ano, Rebouças ficou sem
pároco, mas durante todo o ano de 1943 o Padre
Epiphanio deu atendimento aqui, ajudado por um
padre estigmatino de Nova Odessa e por alguns
padres de Campinas, como o Padre Loschi, o Padre
Albejante, o Padre Hilário e outros.
Padre Cristovam Porphirio
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Padre José Giordano
Na véspera de Natal de 1943, tomou posse
o novo Pároco da Freguezia de Sant´Ana: Padre
José Giordano. Esteve à frente da Paróquia por dez
anos e oito meses. Foi no seu tempo que a velha
Rebouças passou a se chamar Sumaré (01/01/1945),
em homenagem à bela orquídea, outrora comum, nas
matas da redondeza.
Segundo o Padre José, a igreja, a casa paroquial e o barracão (sede
da Congregação Mariana) se achavam em situação precária, mas o povo é
simples e bom. Durante os anos em que esteve como vigário, o movimento
religioso era muito bom e o povo “crescia pela fé e boa vontade”, escreveu
ele no Livro Tombo.
Em julho de 1947, foi feita, ainda na Matriz velha, a ereção canônica
da Via Sacra, pelo padre franciscano Frei Antonio Shaefer. Os quadros
foram doados por duas piedosas senhoras da paróquia. Vários paroquianos
estiveram presentes à Semana da Ação Católica organizada em Campinas
pela Diocese (junho de 1947) e no Congresso de Campinas (setembro de
1946).
Era papa o Cardeal Eugênio Pacelli, com o nome de Pio XII, era
presidente da República o General Eurico Gaspar Dutra, era governador do
Estado de São Paulo Adhemar de Barros, e era bispo de Campinas Dom Paulo
de Tarso Campos.
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Santinho da Festa de Sant´Ana em
1944 (Acervo Pró-Memória)
Pe. José Giordano, Armando Togneta e demais não identificados.
Na gestão do Padre Giordano foi criada
a paróquia de Nossa Senhora das Dores, em
Nova Odessa, (agosto de 1948) com território
desmembrado da Paróquia de Santo Antonio de
Americana e de Sant´Ana de Sumaré.
Nas realizações materiais, a ênfase foi grande
nesse período: reformou-se a casa paroquial,
compraram-se vários objetos do culto, deu-se início
à construção da nova Matriz. Em 6 de abril de 1947,
foi lançada a pedra fundamental, cuja planta era de
autoria de Benedito Calixto de Jesus Neto, o mesmo
que projetou a Basílica Nacional de Nossa Senhora
Aparecida. Em 5 de maio, do ano seguinte iniciava-
se a sua construção sob a responsabilidade do
engenheiro Dr. Eduardo Edargê Badaró. A nova igreja
foi construída na Praça Treze de maio, propriedade
de Atílio Foffano e por ele doada à Igreja com data
de 29 de abril de 1948. Em 1949 foi demolida a
antiga Matriz.
Ainda por terminar, foi inaugurada a Matriz
a 19 de março de 1950. Mas, segundo testemunho
de uma antiga moradora, a primeira missa na Matriz
nova foi em 24 de dezembro de 1949. A inauguração
oficial foi em meio a ruidosa festa, com a presença
do Prefeito Municipal de Campinas Miguel Vicente
Cury, do Bispo Diocesano D. Paulo de Tarso Campos,
de vários padres e outras autoridades. No átrio
(entrada ) da igreja foi colocada uma placa de bronze
em homenagem ao Padre Giordano.
Em 1951 prosseguiram as obras da Matriz, sendo
feita a concretagem do forro, a alvenaria da torre,
o reparo do telhado danificado por um temporal.
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Santinho comemorativo da inauguração
da Matriz (Acervo Pró-Memória)
No ano seguinte, mês de julho, foi inaugurada a
imagem de Cristo na Praça da Igreja, no mesmo lugar
onde existia a antiga Matriz e o antigo cemitério,
desativado em 1900. Foi doação dos irmãos Cia.
Lamentável incidente ocorreu em setembro
de 1953, quando um incêndio na sacristia queimou
as alfaias e objetos de culto. Muitas pessoas
correram para apagar o fogo com baldes de água e
outras vasilhas. Nesse ano, também realizou-se o
plebiscito (novembro de 1953) quando Sumaré se
emancipou,politicamente, de Campinas.
Na campanha política para a eleição do
primeiro prefeito de Sumaré, um dos candidatos era
o Padre José Giordano. Era o ano de 1954. Sendo
difícil conciliar campanha política com trabalho
pastoral, D. Paulo achou por bem exonerar o Padre
José do cargo de Vigário, em agosto. Ele foi eleito o
primeiro prefeito de Sumaré e tomou posse no dia 1º
de janeiro de 1955.
A Paróquia ficou sem Vigário de agosto de
1954 a abril de 1955. Aos sábados e domingos
vinha de Americana o Cônego Nazareno Magi
para missas, confissões, casamentos etc. Coisas
estranhas aconteceram nesse período, segundo
depoimento do Cônego Magi: muitos membros das
associações religiosas da Paróquia – mais de cem
– pediram demissão sem alegar motivo algum. Mas
a explicação era simples: a entrada do Padre José
na política dividira a população, que transferiu as
preferências partidárias para o âmbito religioso. Na
Câmara Municipal havia os vereadores que apoiavam
o prefeito e os da oposição. Os apoiadores do
prefeito eram chamados de “a turminha do padre”.
Essa situação era o reflexo do que acontecia na
cidade. Um jornal local escreveu:
“A cidade ficou dividida ao meio com duas correntes políticas disputando a preferência do eleitorado. Os grupos for-mavam-se aqui e ali, cada qual com seu banheiro, com seu armazém, com sua farmácia, e assim por diante. A paixão política era tão grande que até parentes chegaram ao ponto de romper relações”. 11
Por causa disso, várias famílias deixaram a
religião católica e tornaram-se evangélicas.
11 Tribuna da Cidade, 01/10/1963
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Esboço arquitetônico da
Igreja Matriz feito pelo
arquiteto Benedito Calixto.
(Acervo Pró-Memória)
Igreja Matriz de Sant´Ana recém-construída (1950)
(Acervo Pró-Memória)
Igreja Matriz de Sant´Ana em construção.
(Acervo Pró-Memória)
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1 |
Padre Carlos Augusto Malho
Houve claro recesso na vida religiosa da
comunidade católica, que não duraria muito. Em
maio de 1955, Sumaré tinha novo Vigário na pessoa
do Padre Carlos Augusto Gomes Malho. Porém, antes
mesmo de sua posse, o Padre recebia telegramas
anônimos de protesto contra sua nomeação, e
até ameaças. Algumas pessoas tentavam semear
discórdia jogando o padre Carlos contra o prefeito. O novo pároco iniciou
os trabalhos com coragem e prudência, mas enfrentou enormes dificuldades:
a Matriz inacabada, o salão paroquial abandonado, a Casa Paroquial em
situação precária. Além disso, as associações religiosas acéfalas, as crianças
sem catecismo por falta de catequistas, a vida eucarística diminuída. Na visita
pastoral realizada por D. Paulo em abril de 1956, o Bispo deixou lavrado no
livro do Tombo um elogio ao Padre Carlos, que assumiu “os pesados encargos
da paróquia em fase de lamentável indisciplina”.
Aos poucos a Paróquia foi se reorganizando: novas diretorias das
associações foram eleitas, incentivou-se a participação de todos na Igreja,
foram dados cursos de formação religiosa para os marianos, os jovens
começaram a frequentar mais a sede paroquial, rezava-se o terço e lia-se o
Evangelho nas casas, as crianças frequentavam a Cruzada Eucarística, foram
organizadas romarias à Aparecida do Norte.
É digno de registro outro fato acontecido por essa época. No dia 13
de janeiro de 1957, na quermesse que preparava a festa de São Sebastião,
Anúncio da Corrida
Ciclística de Sant´Ana (1957)
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Inauguração Estação Rodoviária
República - (Acervo Pró-Memória)
Anúncio da Corrida
Ciclística de Sant´Ana (1957)
Marianos no tempo do Padre Carlos Malho
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1 |
um soldado armado de revólver, atirou no Prefeito Padre José Giordano,
ferindo-o sem gravidade. Houve tumulto, corre-corre, e alguns mais exaltados
foram à cadeia para linchar o soldado, mas nada de mais grave aconteceu.
O prefeito logo voltou às atividades normais e o soldado foi, posteriormente,
julgado e absolvido.
Ainda nesse ano, foram retomadas as obras da Matriz, e em Nova
Veneza foi lançada a pedra fundamental para a construção da capela de Nossa
Senhora do Rosário, por iniciativa da Família Dall´Orto, em substituição à
antiga capelinha que ficava perto da Via Anhanguera.
Em 1958, três fatos merecem destaque na história da paróquia: a
Diocese de Campinas passou a ser Arquidiocese (julho), faleceu em Roma
o Papa Pio XII e foi eleito João XXIII (outubro). Nesse ano, inaugurou-se
também o relógio da Matriz, na véspera do Natal, às 23:45h..
Por essa época (1959-1960), são criados na Paróquia o Curso de
Noivos, que era chamado de Curso de Orientação para o Casamento e o
Curso de Preparação para o Crisma; organiza-se a Semana Bíblico-Mariana
com palestras e debates; difunde-se o costume da Entronização do Sagrado
Coração de Jesus nos lares; funda-se a Legião de Maria, realizam-se as Festas
da Juventude, muito concorridas, e as Missas dos Esportistas, que enchiam
a igreja. Foi nessa época também (1958) que se criou o Instituto Assistencial
Pio XII – a Creche - para atender as crianças de famílias necessitadas. Em
1961 foi lançada sua pedra fundamental. Os marianos celebravam todos os
anos a festa de São Luiz Gonzaga, e as Filhas de Maria a festa de Santa Maria
Goretti, com a procissão dos lírios e tríduo preparatório.
No final do de 1960, foi assentado o piso da Matriz e em abril do ano
seguinte começou a reforma da Casa Paroquial, a aquisição de bancos novos
para Matriz e os dois confessionários.
Em 8 de dezembro de 1959, foi criada a Paróquia de São Francisco de
Assis, em Nova Veneza, sendo a maior parte do seu território desmembrada da
Paróquia de Sant´Ana. A nova paróquia foi entregue aos Frades Capuchinhos
que, depois construiriam aí o Seminário, cuja pedra fundamental foi lançada
em 19 de março do ano seguinte
Inauguração Supermercado Gigo
Pe. Carlos Malho (1962).
(Acervo Pró-Memória)
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Igreja Matriz e Praça Manoel de Vasconcellos nos anos sessenta. (Acervo Pró-Memória)
Padre Carlos Augusto Malho. (Acervo Pró-Memória)
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As Mudanças Trazidas pelo Vaticano II
Para a vida da Igreja, o Concílio Vaticano II foi o acontecimento mais
importante do século XX e dos mais importantes de sua história. Cinquenta
anos depois, ainda não se pode avaliar com justeza o que ele significou de
transformação, de revisão, de reorientação pastoral no caminhar da Igreja.
Mas, pode-se falar com certeza numa Igreja antes do Vaticano II e numa
Igreja depois dele. Serviu de marco divisório. Essas mudanças se fizeram
sentir em Sumaré.
Na Semana Santa de 1960, os católicos puderam acompanhar, pela
primeira vez, as cerimônias com um folheto na língua pátria. Logo, foram
permitidas as comunhões fora da missa. Mais tarde, pôde-se celebrar missa
em vernáculo, o que aconteceu em julho de 1964. Finalmente, em maio
de 1965, começou-se a celebrar a missa vespertina, aos sábados, para
cumprimento do preceito dominical.
Continuavam as Associações religiosas. Em março 1959, foi fundado
o Presidium da Legião de Maria e no fim de 1969 tomaram posse as diretorias
da Pia União das Filhas de Maria, da Congregação Mariana, da Obra das
Vocações, da Cruzada Eucarística e da Doutrina Cristã.
Mas outras mudanças mais significativas começaram a se processar.
O Concílio fizera a Igreja abrir-se para o mundo, organizando e valorizando
a ação pastoral, chamando os leigos para maior participação na vida das
comunidades. Foi assim que, em Sumaré, as associações religiosas da
Paróquia foram convidadas a replanejarem as atividades, foram ministrados
os cursos de “Mundo Melhor”, a catequese foi revalorizada, a liturgia
começou a ser mais estudada, promoveram-se debates e estudos sobre o
Concílio Ecumênico. Havia grande preocupação em renovar a vida paroquial.
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preocupação. Pela primeira vez a Arquidiocese fala
de um “planejamento mínimo para as paróquias da
Diocese”. Em maio de 1963, saía a Encíclica Pacem
in Terris.
Foi nesse tempo que a Paróquia comprou a casa
do Padre Giordano para ser a nova casa paroquial
(agosto de 1962) ao lado da Matriz.
Mas, em junho de 1963, o Padre Carlos era
transferido para a paróquia do Bonfim, em Campinas,
alguns dias após a morte do Papa João XXIII.
Na década de 1960, Sumaré começou a
crescer rapidamente e a tomar feição de município
rico e desenvolvido. A população passava dos 10 mil
habitantes. Grandes e médias indústrias se instalam,
migrantes acorrem de todo o lado, novas famílias,
novos meios de comunicação. O padre já começa
se preocupar com o número de evangélicos que
aumentava com a vinda dos migrantes e mostrava-se
também atento com a infiltração de ideias socialistas
entre os trabalhadores. A Paróquia tinha que cuidar
de novas realidades e o Vigário deixava clara essa
Igreja Matriz de Sant´Ana, 1966. (Acervo Pró-Memória)
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Pe. Constantino Gardinalli Igreja Matriz dec.1970
(Acervo Pró-Memória)
Padre Constantino
GardinalliEm junho de 1963, o novo vigário passou
a ser o Padre Constantino Gardinalli. A vida
paroquial prosseguia em ritmo normal, mas com
novas mudanças, especialmente na liturgia: missas
com violão, missas comentadas e com leitura em
português, missas de jovens.
Em outubro de 1964, a Paróquia fez 50 anos. Houve comemorações
durante uma semana, com a presença de vários padres e do Arcebispo de
Campinas Dom Paulo de Tarso Campos.
Com o término do Concílio, em dezembro de 1965, iniciaram-se em
todo o mundo estudos sobre os documentos conciliares. Sumaré também
organizou, estando um deles a cargo do reitor do Seminário São Francisco,
Frei Lauro Maria de São Paulo.
Como obras materiais destacou-se, nessa década, a compra feita pela
Paróquia de uma casa ao lado da Casa Paroquial (1965), a troca do telhado
da nova igreja Matriz (dezembro de 1965), a construção da nova igreja de
Hortolândia (janeiro de 1966), o início das obras da Igreja de N.S. Aparecida
na Vila Sant´Ana (janeiro de 1969), depois Centro Pastoral, e a inauguração
da nova capela do Cemitério Municipal em novembro de 1970.
Na época do Padre Constantimo desenvolveram-se vários movimentos
de Igreja, como os “Cursilhos de Cristandade”, o “Treinamento de
Liderança Cristã” (TLC ou TOLOCO), o “OVISA”, (Orientação para a Vivência
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Pe. Constantino Gardinalli Igreja Matriz dec.1970
(Acervo Pró-Memória)
Inauguração da Praça Manoel de Vasconcellos
(Acervo Pró-Memória)
Solenidade Dr. Leandro Franceschini (Acervo Pró-Memória)
Inauguração da Ultrafértil. (Acervo Pró-Memória)
Inauguração da Escola
Estadual Wadih J.Maluf.
(Acervo Pró-Memória)
Pe.Constantino Gardinalli - Em Solenidade
(Acervo Pró-Memória)
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1 | Valter Pedroni recebendo hóstia
(Acervo Pró-Memória)
Praça da Republica 1967. (Acervo Pró-Memória)
Inauguração da Biblioteca
Municipal Plinio Machado da
Silva. (Acervo Pró-Memória)
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1 |
Páscoa do Serviço Social de Sumaré, abril de 1969. (Acervo Pró-Memória)
Igreja Matriz, vista noturna 1968. (Acervo Pró-Memória)Instituto Assistencial Pio XII. (Acervo Pró-Memória)
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Sacramental), o “Fermento na Massa” (FNM), dos
quais participaram centenas de pessoas e que
marcaram época pela sua organização dinâmica
e pela sua empolgação. É nesse período (1964),
que se iniciaram as “Campanhas da Fraternidade”,
organizadas pela CNBB para todo o Brasil, que
continuam até hoje em nossa Paróquia. O tema da
primeira Campanha foi “Igreja em Renovação” e o
lema: “Lembre-se: Você também é Igreja”.
No paroquiato do Padre Constantino houve
a investidura de vários leigos como Ministros
Extraordinários da Eucaristia. Eles podiam distribuir
comunhão na igreja e levar o viático para os doentes.
Era uma novidade na época.
Depois de nove anos à frente da Paróquia, o
Padre Constantino foi transferido para Americana
(junho de 1972), sendo substituído pelo Padre Pedro
Tomazini, que vinha de Santo Antonio da Posse e
assumiu a Paróquia em outubro.
Largo da Matriz no início
dos anos sessenta.
(Acervo Pró-Memória)
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1 |
Inauguração Vila Zilda Natel.
(Acervo Pró-Memória)
Largo da Matriz no início
dos anos sessenta.
(Acervo Pró-Memória)
Matéria do Jornal A Tribuna de 1964 com programação do Jubileu de Ouro da Paróquia de Sant´Ana.
1º Centenário de SumaréSolenidade na Igreja Matriz (1968) - (Acervo Pró-Memória)
Encerramento 1º Centenário de Sumaréna Igreja Matriz (1968) - (Acervo Pró-Memória)
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Padre Pedro Tomazini
Segundo relato do Padre Pedro, ele
encontrou a Paróquia com problemas financeiros,
desorganização pastoral e povo carente de formação
básica. Enquanto esteve à frente da Paróquia,
promoveu vários encontros de jovens, reuniões
com cursilhistas, visitas freqüentes às escolas,
celebração de Missas nas fábricas, nas escolas, no
Fórum local, em residências particulares e promoveu os famosos “retirinhos”
com as crianças das escolas, antes da primeira comunhão.
Embora tenham sobrevivido algumas associações religiosas antigas,
como a dos Irmãos do Santíssimo, por exemplo, o pároco não se refere
nenhuma vez à presença delas.
Em junho de 1974, após longa preparação, realizaram-se na Paróquia as
Missões Redentoristas com a presença de 8 sacerdotes, que, por 15 dias, se
dedicaram dia e noite ao trabalho na paróquia. Todo o povo se movimentou
e participou desses dias especiais. Houve muitas confissões, comunhões,
missas, rito penitencial, vias sacras, procissões, conferências, batismo de
adultos, primeira comunhão de adultos, legitimação de casamentos, visita
aos doentes, reza de terços, palestras etc. Antes das Missões, procedeu-
se a um levantamento religioso completo da paróquia, como o número de
católicos, evangélicos e de outras religiões; número de casados, desquitados,
divorciados...
Depois das Missões, foram organizados muitos grupos de reflexão
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Pe. Pedro Tomazin
Matriz Sant´Ana
Helena Breda Hungaro - Batismo
Pe. Pedro Tomazini em solenidade
Pe. Pedro Tomazini
Formatura
de Patrulheiros
Inauguração do Hospital déc.1970
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Cap
ítulo
1 | nos quarteirões. Eram as chamadas “reuniões
de quarteirão”. Era uma tentativa de achar uma
“linha nova para a renovação cristã”, como dizia
o padre. Mas, o próprio padre confessava que
essa experiência não deu tão certo, porque “os
movimentos independentes não querem aceitar a
coordenação paroquial”.
Não está claro sobre o que seriam esses
movimentos independentes. O que se sabe é que
mais de um paroquiano procurou Dom Gilberto para
se queixar da atuação do pároco e que o próprio
padre mencionou, no livro Tombo, a publicação de
artigo contra ele num jornal local.
“Hoje”, dizia o padre, “a Igreja quer a va-lorização dos leigos, proporcionado-lhes ampla participação e responsabilidade na direção das comunidades cristãs”.
Pe. Wilson Denadai
e Frei Francisco Beloto
Missa ao Trabalhador - 1º Maio
Missa de Pe. Pedro Tomazini
Novos bairros de casas populares – década de 70 (Acervo Pró-Memória)
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Nunca se deu tanta força aos cristãos. E nunca se exigiu tanto deles em formação, cultura, consciência, responsabilidade... A paróquia também vai entrar por estes caminhos novos, iniciando sua primeira Comissão Pastoral”.
Por isso, era necessário criar um grupo para
repensar a Paróquia. O Padre Pedro escolheu, então,
algumas pessoas e constituiu a Primeira Comissão
Pastoral. Porém, nem todos os escolhidos eram
pessoas totalmente comprometidas com a Igreja. No
fim do ano seguinte (dezembro de 1975), o próprio
vigário verificava que “a Comissão Pastoral está
funcionando em estado precário”, e “seus membros
não estão plenamente treinados, mas estão tomando
consciência”.
Por ocasião da visita pastoral de outubro de
1976, Dom Gilberto escreveu no Livro Tombo:
“Insisti... para que esta Comunidade Pa-roquial continue seu bom trabalho em ordem à constituição de Comunidades de Base”.
O mês de dezembro marcou também a
nomeação de D. Gilberto Pereira Lopes como
Arcebispo Coadjutor de Campinas.
No segundo semestre de 1975 esteve como
vigário coadjutor na Paróquia o Padre Wilson Denadai,
filho da terra. No primeiro dia de 1976, ele deixou
Sumaré para ingressar na Ordem dos Capuchinhos,
em Piracicaba.
No tempo do Padre Tomazini, várias vezes,
estiveram em Sumaré o escritor Neimar de Barros e o
cantor Jean Carlo, fazendo palestras para o povo que
lotava a igreja para ouvi-los. Começava a aparecer,
nessa época, o Grupo de Oração (da Renovação
Carismática Católica).
O Vigário queria elaborar um plano de
pastoral paroquial, mas encontrou dificuldades
– segundo ele - por falta de formação dos leigos.
Promoveu um Curso sobre Teologia da Libertação
e sobre Religiosidade Popular (setembro de 1976),
e escolheu quatro prioridades pastorais, porém
os resultados foram mínimos. Para ele, “não havia
corresponsabilidade do leigo”. Finalmente em 1978,
ficou decidido que os assuntos da Paróquia seriam
resolvidos pelos Ministros da Eucaristia.
Em outubro de 1976, depois de muitas reuniões
e debates, decidiu-se pela construção de um salão
comunitário na Vila Sant´Ana, aproveitando-se os
alicerces da igreja que ali tinha sido projetada.
No final do seu paroquiato, o Padre Pedro
deixou escrito:
“ Estou ciente de que não pude agradar a todos nem realizar tudo o que devia, mas convicto também de que orientei a formação de agentes e os movimentos da paróquia com muita responsabilidade pastoral” .
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Padre Angelo Marighetto
Em fevereiro de 1979, o Padre Pedro deixava
a Paróquia, sendo substituído pelo Padre Angelo
Marighetto, que tomou posse nesse mesmo mês. O
Papa era então João Paulo II, eleito em outubro de
1978.
Em outubro de 1979, era criada a Paróquia de
Hortolândia, desmembrada da Paróquia de Sant´Ana
de Sumaré.
Apesar da precária saúde, o Padre Ângelo trabalhou, incansavelmente,
em todos os setores da Paróquia. Sua atenção para com os doentes foi muito
grande, ao lado de sua enorme disposição em visitar as famílias da cidade,
sem excluir as pessoas de outros credos religiosos.
Por volta de 1980, começaram a surgir os núcleos que constituem hoje
a Matriz da Paróquia São Paulo Apóstolo, os Centros Comunitários, a Vila
Sant´Ana, a Vila Santa Terezinha, o Jardim São Carlos e a Vila Menuzzo.
Eram grupos de pessoas que ali se reuniam para a catequese, para
estudar a Bíblia, para alguma reunião enfim. Em 1992, na Visita Pastoral, D.
Gilberto pediu expressamente que se desse especial atenção à formação
de Centros Comunitários, para se iniciarem aí novas comunidades. Nesse
ano já funcionavam os citados centros, em prédios próprios, e começava-
se a construir a sede de São Benedito no Jardim Marchissolo e de Santa
Terezinha, na Vila Valle.
Enquanto isso, era dado um Curso sobre Comunidades Eclesiais de
Base (CEBS) no Centro Comunitário Santo Antonio, fundava-se, na Paróquia,
a segunda Equipe de Nossa Senhora (casais), e estimulava-se a celebração
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Pe. Angelo Marigheto na inauguração da Seccional da CPFL
Pe. Angelo Marighetto em celebração de Primeira Comunhão.
do Natal em família, realizavam-se ritos penitenciais
na Matriz, cursos do OVISA e, no começo de 1983, a
Missão Popular no Jardim João Paulo II.
Em 1983, o Padre Ângelo comemorou 40
anos de sacerdócio com muita solenidade. O
povo rendeu-lhe grandes homenagens e a Câmara
Municipal conferiu-lhe, no ano seguinte, o título de
Cidadão Sumareense. Cansado e com problemas de
Batismos Pe. Angelo Marigheto
Homenagem do Colégio Dom Jaime.
saúde agravados, o padre deixou Sumaré, em maio de
1987, indo residir em Serra Negra. Para substituí-lo foi
nomeado pároco o Padre Luiz Antonio Guedes e vigário
paroquial o Padre Júlio Cesar Calusni, empossados
no dia 13 de abril do mesmo ano pelo Arcebispo de
Campinas. O Padre Júlio foi, logo depois, transferido
para Santo Antonio da Posse. O Padre Guedes foi o
15º pároco de Sumaré.
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Padre Luiz Antonio Guedes
A fim de planejar as atividades pastorais à luz dos objetivos
da Arquidiocese, são feitas reuniões frequentes com todas as
comunidades da Paróquia, inclusive com as paróquias vizinhas,
como de Nova Veneza. Procura-se valorizar as peculiaridades
de cada comunidade e ao mesmo tempo incentivar na unidade
Paroquial. Cada comunidade tem sua catequese, prepara suas
crianças para a Primeira Comunhão, pratica suas devoções,
realiza suas festas e celebra a palavra de Deus. Em momentos
mais solenes do ano litúrgico, como Natal, Páscoa, Festa da
Padroeira, todas as comunidades se reúnem e celebram juntas, a fim de consolidar a comunhão
paroquial e eclesial. A Paróquia passou a ser vista, então, como uma “rede de comunidades”, e
a Matriz como a comunidade-mãe, centro irradiador e aglutinador de unidade.
Às antigas comunidades vão se somando outras. Em dezembro de 1986, a Paróquia tinha 10
delas: Nossa Senhora Aparecida (Vila Sant´Ana), Santo Antonio (Vila Menuzzo), Santa Terezinha
(Jardim Santa Terezinha), São Paulo Apóstolo (Vila Yolanda Costa e Silva), São Benedito (Jardim
São Carlos), São Francisco (Jardim Consteca), Nossa Senhora da Candelária (Cruzeiro), Senhor
Bom Jesus (Taquara Branca), São José (Jardim Primavera) e Sant´Ana (Matriz).
Mudança pastoral importante aconteceu no fim de 1986, quando foi reorganizado o
Conselho Paroquial de Pastoral, de maneira que dele participassem representantes da várias
comunidades paroquiais escolhidos pela comunidade. Foi também renovado o Conselho para
Assuntos Econômicos, cujos membros foram nomeados por D. Gilberto. A Paróquia organizou
ainda, pela primeira vez, o calendário paroquial com as atividades mais importantes, a fim de
evitar o acúmulo de atividades e para que todos soubessem o que estava acontecendo na
Paróquia.
O Padre Guedes ficou até 31 de maio. De junho a setembro de 1987, esteve na Paróquia
o Padre Walfrides Praxedes como Administrador Paroquial. O Padre Walfrides deixou escrito
no Livro Tombo: “Neste período exerci o ministério sacerdotal nesta paróquia no cargo de
Administrador Paroquial. Não houve nenhum fato que merecesse registro neste período”. Ele
ficou até outubro, quando foi nomeado Pároco de Sumaré o Padre Mansur Rodrigues Mansur, que tomou posse no dia 31 de outubro de 1987.
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Padre Mansur Rodrigues Mansur
Disposto a dar continuidade ao trabalho
de descentralização da Paróquia, animando os
Centros Comunitários e criando novos, o Padre
Mansur trabalhou nessa direção. Os resultados
desse esforço foram os Centros Comunitários: Divino
Espírito Santo, no Parque Virgínio Basso (hoje na Paróquia de São Pedro
Apóstolo), São Sebastião, no Planalto do Sol; Nossa Senhora de Fátima,
no Parque Residencial Casarão; Santa Rita de Cássia, (hoje na Paróquia
Santa Teresinha); Cristo-Rei, no Jardim Luiz Cia (hoje na Paróquia de Santa
Teresinha), São Judas Tadeu (hoje na Paróquia São Pedro Apóstolo), no
São Domingos; Nossa S. do Perpétuo Socorro, no Altos de Sumaré (hoje na
Paróquia de Santa Teresinha ); Sagrado Coração de Jesus, no Parque Emília;
São Pedro, no Jardim Picerno (hoje na Paróquia de São Pedro Apóstolo); São
João Batista, no Assentamento I e Santa Luzia (hoje na Paróquia São Pedro
Apóstolo).
Foram também construídas capelas nas seguintes Comunidades:
Senhor Bom Jesus (Taquara Branca), São João Batista, São Sebastião, Nossa
Senhora de Fátima, Cristo Rei, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, São
Judas Tadeu e Santo Antonio.
Essas mudanças na estrutura material da paróquia dão bem a idéia do
seu significado para a vida religiosa. A presença do Padre Mansur imprimiu
novo dinamismo às atividades religiosas e sociais. Fica difícil traçar com
exatidão todo o caminhar da Igreja nesses onze anos. O que se registra,
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porém, é bastante para se ter uma idéia do que aqui
foi feito.
Em fevereiro de 1988, receberam as Ordens
Menores (Acólito e Leitor), na Paróquia, os
seminaristas João Batista Silvestre e Sebastião dos
Santos, que aqui já trabalhavam. Em 30 de junho
de 1989, receberam o Diaconato e, na mesma data,
era ordenado sacerdote o diácono João Pereira de
Abreu, por D. Gilberto Pereira Lopes. Foi uma festa
inesquecível e a primeira ordenação diaconal e
presbiteral realizada na história da Paróquia.
O diácono João Batista continuou a trabalhar
na Paróquia e, em 15 de dezembro de 1989, foi
solenemente ordenado Presbítero, numa cerimônia
igualmente memorável, no Ginásio de Esporte da
cidade. Em 4 de março do ano seguinte, o Padre
João Batista tomava posse como Vigário Paroquial,
auxiliando o Padre Mansur.,
Outro fato marcante neste Paroquiato, foi
a passagem da imagem da Imaculada Conceição,
padroeira da Arquidiocese, por Sumaré, em
dezembro de 1987, por ocasião do Ano Mariano.
Milhares e milhares de pessoas participaram desse
evento. Ainda merece lembrada a criação da romaria
à Aparecida do Norte, realizada todos os anos
levando para lá centenas e centenas de pessoas, em
dezenas de ônibus.
Em 1992, foi feita a reforma e a ampliação
do Instituto Pio XII (Creche Santa Rita) e renovados
seus Estatutos; foi criada a Paróquia de São Paulo
Apóstolo (25/01/1992), desmembrada da Paróquia
de Sant´Ana, tendo tomado posse seu primeiro
Arcebispo Dom Gilberto Pereira Lopes
em visita à Paróquia
Pe. Mansur - Solenidade
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Pe. Mansur e Dom Gilberto Pereira Lopes
Abertura de Festa - Pe. Mansur
Pároco Padre Sebastião dos Santos (06/03/1992);
foi fundada a Associação de Sant´Ana (26/07/1992)
com a finalidade de divulgar, vivenciar a devoção à
Padroeira e rezar pelas vocações sacerdotais, além
de trabalhar pela promoção humana.
Revisão Ampla
Nesse período, a Arquidiocese viveu momentos
importantes de sua organização pastoral, numa
busca mais eficaz do que se chamou “Planejamento
Pastoral Participativo”. Todas as paróquias e as
lideranças leigas respiravam esses novos ares de vida
eclesial, repensando a prática pastoral e buscando
responder às necessidades daquele momento. Nos
anos de 1990/1991, as paróquias da Arquidiocese
desenvolveram grande esforço de participação
na Revisão Ampla, que propunha mudança nos
processos de evangelização, criando estruturas
mais participativas e de co-responsabilidade
pastoral entre leigos e padres, promovendo uma
maior diversidade ministerial. Este processo ajuda
a compreender a grande riqueza dos trabalhos
pastorais em nossa paróquia neste período.
A Revisão Ampla encerrou-se no dia 8 de
dezembro de 1991, festa da Imaculada Conceição,
com uma grande celebração e participação de muitos
fiéis de todas as paróquias da Arquidiocese. Naquela
data, foi entregue aos representantes de todas
as paróquias o documento final da Revisão Ampla
intitulado: “Uma Igreja respondendo aos novos
Organograma da
Paróquia de Sat´Ana
(1987-1998)
Homenagens - Instituto Assistencial Pio XII
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desafios”, promulgado por Dom Gilberto Pereira
Lopes, sendo assumido como orientação geral para
todos os trabalhos pastorais das paróquias em nossa
Arquidiocese.
Após seis anos à frente da Paróquia, o Padre
Mansur teve sua provisão renovada por mais um
sexênio, em 31/10/1993. Nesse ano, ocorreu na
Paróquia o encerramento da Jornada Missionária
arquidiocesana (21/11/1993) com grande afluxo de
fiéis daqui e de várias cidades vizinhas.
Dignas de registro, em 1994, foram a profissão
religiosa das primeiras noviças brasileiras das
Irmãs Carmelitas Missionárias (30/01) e a chegada
das Carmelitas para fixar residência em Sumaré
(02/02/1992). Registre-se também o lançamento
da pedra fundamental da igreja de Santo Antonio,
na Vila Menuzzo, com a presença de Dom Gilberto
(01/05) e a bênção do terreno da Comunidade de
Cristo-Rei, no Jardim Luiz Cia, na mesma data; a
Visita Pastoral à paróquia feita pelo Padre Arlindo
de Nadai, que terminou com a comemoração do 80º
aniversário da criação da Paróquia; e a entrega do
título de “Cidadão Sumareense” ao Padre Mansur
pela Câmara Municipal de Sumaré, em sessão solene,
na Escola Municipal José de Anchieta (16/12).
Quase por terminar o ano de 1996, foi
realizada a solene abertura de preparação para
o Terceiro Milênio (01/12). Também, nesse ano, o
pároco foi nomeado Juiz do Tribunal Eclesiástico da
Arquidiocese.
O ano mais rico de realizações desse
paroquiato talvez tenha sido o de 1997, seja pelo
volume de eventos, seja pela importância deles na
vida da Paróquia e da cidade. Abriu-se ano com a
nomeação, em janeiro, de Dom Luiz Antonio Guedes
para bispo auxiliar de Campinas. Como já referimos,
neste ano, foi criada a Rádio 26 de julho e aberta
a Livraria Sant´Ana. Nele também a Associação de
Sant´Ana ganhou foros de entidade civil (04/02/97)
e foi lançada a pedra fundamental da “Casa da
Associação de Sant´Ana”, na Vila Sant´Ana, ao
lado do Centro de Pastoral N. S. Aparecida (26/07);
o Padre Mansur foi indicado para Vigário Forâneo
(03/97), na capela de Cristo-Rei (23/11), em grande
concentração da Forania.
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Os dez anos de Paroquiato (31/10/1997) foram
comemorados com missa solene e jantar festivo,
reunindo parentes, amigos e autoridades. Duas
iniciativas do maior alcance social e pastoral foram
o lançamento da pedra fundamental do “Centro de
Recuperação e Nutrição” na Vila Valle (26/07/1997),
inaugurado no mês de julho de 1998, e a aprovação,
em assembleia, das “Diretrizes para uma Ação
Pastoral”, seguindo as orientações da “Revisão
Ampla” e do 5º Plano de Pastoral da Arquidiocese de
Campinas, em setembro. Ainda nesse ano recebeu a
ordenação diaconal, na Matriz, o seminarista Paulo
César Gonçalves Ferreira (16/12), que aqui prestou
serviços pastorais.
Cumpre anotar ainda a reorganização da
Secretaria Paroquial, parcialmente informatizada e
com novo mobiliário, e o início das reformas da igreja
Matriz. Elas se iniciaram com a reforma da torre e do
relógio, em abril de 1995, e prosseguiram até agosto
de 1998. Foi nesse ano, também, por iniciativa do
pároco, a publicação do livro “História da Paróquia
de Sant´Ana”, do paroquiano Francisco de Toledo.
O Padre Mansur esteve à frente da Paróquia
até agosto de 1998, por um período de dez anos e dez
meses. Em sua missa de despedida disse: “Cumpri
minhas obrigações, fui fiel a este povo santo que,
sempre direi, nos faz sacerdotes santos”. No livro
Tombo deixou consignado: “Agradeço a Deus por
ter me chamado para este ministério de Pároco aqui
nesta Paróquia de Sant´Ana – Sumaré, agradeço
a Dom Gilberto meu Arcebispo pela confiança
depositada, agradeço a todo o povo pela confiança
e paciência, agradeço a proteção materna de Nossa
Senhora - mãe de nosso Salvador – agradeço a
Sant´Ana pela constante proteção”.
Conforme depoimento pessoal do Padre
Mansur, suas maiores realizações à frente da
Paróquia foram: a elaboração das “Diretrizes
para uma Ação Pastoral” que daqui para frente
nortearão toda a atividade da Paróquia, a criação
da “Associação de Sant´Ana” e a construção do
“Centro de Recuperação e Nutrição da Criança”,
também chamado “Espaço Criança”.
Interior da Matriz de Sant´Ana
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Padre Cláudio Zaccaria
MenegazziO novo pároco Padre Cláudio Zaccaria
Menegazzi tomou posse em 13 de setembro de
1998. Tinha como auxiliar o Padre Martin, natural
do Haiti, que já estava na paróquia desde junho.
Desde o primeiro dia, o novo pároco agradecia a Deus “pela confiança a
mim depositada, no pastoreio dessa grande Paróquia” e dizia que “um dos
perfis do seu projeto evangelizador era a Missão, e que toda a Forania está
atualmente empenhada nesse processo”. Trabalhava também na Paróquia
nessa época a carmelita missionária Irmã Teresa Augusta.
A Paróquia tinha, então, o CPP (Conselho de Pastoral Paroquial),
composto do Pároco, do Coordenador de cada Comunidade, do Coordenador
de cada Pastoral e de quatro membros da Ação Missionária. Algumas
comunidades tinham o CPC (Conselho de Pastoral da Comunidade). As
pastorais eram as seguintes: Adolescentes, Catequese, Crisma, Exéquias,
Liturgia, Sociais (Criança, Saúde, Vicentinos e Carcerária), Batismo,
Comunicação, Família e Vocacional. A Paróquia estava organizada em três
setores: Santa Teresinha, São Benedito e Santo Antonio, num total de 15
comunidades, mais a Matriz, que não era considerada uma Comunidade.
Todos pensavam que ela era a Paróquia, pois não havia consciência de que a
Paróquia é uma Comunidade de Comunidades.
Nos dois primeiros meses, o Padre Cláudio se reuniu 16 vezes com
Pe. Cláudio e Zulmira
Silva Yanssen
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Pe. Cláudio e Zulmira
Silva Yanssen
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Comunidades e Pastorais. Mesmo assim, ainda faltou
conversar com o pessoal das Exéquias, Comunicação,
Ação Missionária, Equipe de Formação Política,
Acolhimento, Vicentinos e Diretoria da Creche Pio XII,
trabalho que foi realizando em seguida. Visitou todas
as Comunidades, ouviu todas as pessoas, indagou
sobre tudo o que acontecia, projetos e realizações.
Conversou sobretudo com os coordenadores,
lideranças e agentes de todas as pastorais e serviços.
Foi observando, ouvindo, anotando e sugerindo.
Projetos e propostas
Aos poucos, foi deixando claro a todos quais
projetos e propostas teológico-pastorais norteariam
sua atuação: a) a participação de todas as pessoas
e um profundo espírito de comunhão fraterna e
eclesial; b) o exercício do poder como puro serviço; c)
a colegialidade e a co-responsabilidade pastoral; d) a
partilha dos bens, dos dons, dos recursos financeiros
e materiais; e) a concreta opção preferencial e
evangélica pelos pobres, excluídos, oprimidos e
marginalizados; f) o diálogo permanente em todos
os níveis; g) a Missão como eixo impulsionador
do Evangelho; h) a criação de Ministérios Leigos
conforme a necessidade.
A partir dessa visão, a Paróquia, em todas
as atividades pastorais, em todos os serviços, na
liturgia, nos momentos celebrativos, na rotina do dia
a dia, iria procurando novos caminhos, novo modo de
ser Igreja.
Na primeira reunião com o Conselho
Econômico, o Padre deixou bem claro que a Igreja
não existe para capitalizar, mas para colocar os bens
e recursos a serviço do Evangelho e que ele não era
favorável a nenhuma cobrança de taxas para nenhum
sacramento, inclusive pelas “intenções” da Missa.
Dizia que o Dízimo bem organizado era uma solução.
Para que houvesse uma participação e mais
co-responsabilidade, foi criada (fevereiro de 2.000)
a EACP (Equipe de Animação e de Coordenação
Paroquial), com uma “estrutura mais participativa,
descentralizadora, de co-responsabilidade, de
colegialidade pastoral e ministerial”, da qual
faziam parte: os padres, religiosos e seminaristas
que trabalham na Paróquia, dez leigos (5 homens
e 5 mulheres) mais duas pessoas escolhidas pelo
Pároco. Na palavra do Padre Cláudio, começava-
se “uma Igreja mais desafiadora e mais rica na
convivência, na comunhão e na construção da
fraternidade”. Alguns meses depois, o próprio padre
Cláudio escrevia que “ a experiência da EACP estava
sendo excelente”. Contudo, o CPP, com caráter mais
deliberativo, continuava a existir.
Cuidado maior com os aspectos sociais
Com uma visão de Igreja mais voltada para a
realidade social e comprometida com as exigências
do mundo moderno, a Paróquia promoveu várias
ações importantes. Em setembro de 1998, aconteceu
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uma grande concentração de pessoas na Praça
da Bíblia, caminhando depois até a Matriz. Foi a
Caminhada da Paz. Em Sumaré aumentava o índice
de violência, o número de crimes, estupros, falta de
escola, problemas de saúde pública... Na caminhada,
as pessoas foram convidadas a vestirem roupa
branca e levarem uma bandeirinha branca, rezando
pela família, pela cidade, pela paz.
Na Campanha da Fraternidade, a Paróquia
reuniu (março de 1999) centenas de desempregados
no Centro de Pastoral N.S. Aparecida. O objetivo
era formar grupos para estudar as questões sociais
e trocar experiências. Noutra oportunidade (abril
1999) houve uma Missa na Praça das Bandeiras,
em Sumaré, em memória pelo 3º ano do Massacre
em Eldorado dos Carajás. A Paróquia de Sant´Ana
participou junto com mais 5 paróquias do Município.
Em fevereiro de 2.000, a Paróquia organizou
um encontro sobre a Dívida Externa para esclarecer
diversos pontos sobre o assunto. Para ajudar na
discussão esteve presente o deputado Renato
Simões. O evento teve repercussão nos jornais da
cidade e da região. Em março de 2000, a Paróquia
promoveu no Centro de Pastoral, um Encontro com
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trabalhadores desempregados com a participação
de todas as paróquias da Forania Cristo Rei. Havia
mais ou menos 200 pessoas. Os trabalhos foram
dirigidos por Carlos Signorelli e pela teóloga Brenda
Carranza.
Outra atividade social relevante, na linha
do social, é o serviço prestado por um grupo de
paroquianos, ligados à Renovação Carismática
Católica, que faziam visitas periódicas aos presos na
Cadeia Pública de Sumaré e às famílias deles. Em
mais de uma oportunidade, o Padre Cláudio celebrou
missa na Cadeia, quando no final houve também
confraternização entre todos.
Na linha de formação e atendimento
psicológico, o Pároco escolheu 12 paroquianos para
fazer o Curso de Escuta Cristã, em Campinas, a partir
de maio de 2.000. Da Paróquia de Santa Teresinha
e de São Paulo Apóstolo foram enviadas também
seis pessoas de cada uma. O Curso tinha um ano de
duração.
Ainda no campo social, um dos temas levantados
e debatidos, na Assembleia Paroquial, (fevereiro
de 2.000) foi a prioridade do trabalho pastoral
específico com os favelados e desempregados da
nossa Paróquia. Nessa linha de preocupação com os
excluídos, a Paróquia também aceitou (abril 1999)
o Assentamento II dos Sem-Terra - Divino Espírito
Santo - como comunidade- membro da Paróquia.
Ela nasceu em 1985 como fruto dos grupos bíblicos
dos sem-terra, mas não era oficialmente reconhecida
como comunidade. Há vários anos não era celebrada
missa, nesse local.
A Conferência de São Vicente também mereceu
a atenção da Paróquia nessa época. Em novembro
de 1998, foi inaugurada a sede do Conselho dos
Vicentinos de Sumaré. Ela foi construída no terreno
do Centro de Pastoral N.S.Aparecida. No dia da
inauguração, o Padre Cláudio frisou a necessidade
de socorrer os mais desfavorecidos, mas falou da
necessidade de conhecer as causas da pobreza e
não ficar só no assistencialismo.
Sobre a Pastoral da Saúde e da Criança, o
Pároco elogia essas atividades e diz que se trata
de um trabalho belíssimo de dedicação. É a íntima
ligação do Evangelho com a vida e a vida dos pobres.
Diz que já foi realizada muita coisa, no campo social,
e há muitos projetos, mas ainda há um campo imenso
de trabalho pela frente.
No paroquiato do Pe. Cláudio foi criada a
Paróquia de Santa Teresinha, em 1º de outubro de
1998, desmembrada da Paróquia de Sant´Ana. A
nova Paróquia compreendia as Comunidades de
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Santa Luzia, São Judas Tadeu, Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro, Cristo-Rei, São Pedro, Santa Rita
de Cássia e Santa Teresinha. Seu novo pároco, padre
Carlos Roberto da Silva, tomou posse em 11 de março
de 1999.
Novas mudanças
Uma mudança significativa em termos de
colegialidade, foi a transformação, em dezembro
de 1999, da Matriz de Sant´Ana em Comunidade:
uma Comunidade dentre as Comunidades, uma irmã
dentre as irmãs. A partir de então, a Comunidade
Matriz teve sua equipe de Coordenadores, como as
demais. O sentido da mudança é a compreensão da
prática maior de comunhão, de participação, de co-
responsabilidade e de colegialidade entre todas as
Comunidades da Paróquia.
Na Assembleia Paroquial (novembro de 1999),
o eixo principal foi Missão e “fazer da formação uma
atividade constante”. E para 2001, ficou resolvido
que a Paróquia iria tomar como Eixo Evangelizador
Missão, ponto de partida e de impulso para a vida
eclesial. A Paróquia vai priorizar o trabalho com
favelados, a Liturgia, os Jovens e os Desempregados.
Para 2002, pensou-se em elaborar o Plano de
Pastoral da Paróquia à luz dos Atos dos Apóstolos,
da realidade em que vivemos e da Eclesiologia do
Vaticano II. A prática desse projeto é a formação
e o acompanhamento de Áreas Missionárias na
Paróquia, tanto nas áreas urbanas como rurais.
Essa linha de trabalho, em que todos deverão
se enquadrar, não se coadunava com a visão eclesial
da Renovação Carismática (RCC). Procurado por seus
representantes, o Padre Cláudio conversou várias
vezes com eles e lhes deixou claro que não era
favorável ao Movimento pelas seguintes razões: 1) Os
carismáticos mostram uma fé simplista e desligada
da realidade, pois a vida não é só a fé, embora esta
seja um dos fundamentos da vida; 2) a RCC valoriza
em excesso o emocionalismo e o fundamentalismo (“o
que não está na Bíblia, não serve”), pois não levam
em conta as estruturas sociais, econômicas, políticas,
culturais e psicológicas; 3) tem visão dualista do bem
e do mal; 4) cria práticas “pastorais” paralelas à
organização da paróquia e divide a comunidade ao
invés de uni-la.
Por essas e outras razões, o Pároco disse que
não aprovava a RCC na Paróquia e que desejava
ampliar e aprofundar com a Paróquia toda “uma
espiritualidade mais própria dos anseios do ser
humano, de Cristo e da Igreja”. Disse, finalmente,
que estava aberto ao diálogo, que mantinha
boas relações com os carismáticos, que inclusive
trabalhavam em várias pastorais da paróquia, mas
que enquanto fosse pároco não aceitaria, por dever
de consciência eclesial e social, a RCC oficialmente
aprovada e organicamente vinculada à Paróquia.
O Padre Cláudio ficou na Paróquia até janeiro
de 2003. Porém, nos arquivos paroquiais, em
especial no Livro Tombo, faltam registros sobre os
dois últimos anos do seu paroquiato.
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Padre Paulo Crozera
No dia 6 de fevereiro de 2003, saiu a nomeação
do Padre Paulo Crozera para ser o novo pároco de
Sant´Ana de Sumaré. Dia 9 ele tomou posse na missa
presidida por Dom Gilberto Pereira Lopes, arcebispo
de Campinas
Ajudavam na Paróquia o Padre Israel Martinez
Sossa, missionário dos Santos Apóstolos, o diácono
José Rubens Fernandes e o seminarista Alexandre Nardari. Em 2004,
trabalhou também na Paróquia o seminarista Leonardo H. Piacenti, que aqui
ficou 3 anos e, em 2006, o diácono Marcelo de Oliveira, que em julho de
2006 foi nomeado Vigário Paroquial. Nesse mesmo ano também trabalhou na
Paróquia o seminarista Victor da Silva Filho. Em dezembro de 2006 estiveram
por aqui o diácono Luis Fernando Angelotti Junior e o Padre Marcelo de
Oliveira, que foi embora em janeiro de 2007. Em julho de 2007, o Padre Luis
Fernando foi removido e, em seu lugar, veio o Padre Angel Pedro Fernandes,
como Vigário. 12
12 Apesar da ausência de informações manuscritas no Livro Tombo da Paróquia, o Padre
Paulo Crozera deixou no Arquivo da Paróquia um Relatório de 898 páginas em papel A4, intitulado
“RELATÓRIO PARA O LIVRO TOMBO” – com subtítulo: “Acontecimentos na Paróquia Sant´Ana de
Sumaré” - Período de 2003-2007. É a principal fonte deste relato.
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No começo de 2003, a Paróquia estava assim
organizada: havia o EACP (Equipe de Animação e
de Coordenação Paroquial) e o CPP (Conselho
Paroquial de Pastoral) .
A Paróquia tinha 13 comunidades, contando
a Matriz, sendo 7 urbanas, 4 rurais, 2 em
Assentamentos e 14 Núcleos Missionários. Tinha as
seguintes pastorais: Batismo, Catequese, Liturgia,
Saúde, Criança, Carcerária, Família, Comunicação,
Dízimo, Exéquias e Escuta Cristã. Para cuidar das
Pastorais havia 15 ministros da Palavra, 20 da Saúde,
7 da Eucaristia, 5 das Exéquias e 12 da Escuta
Cristã. Havia também o Conselho Econômico e
Administrativo, a Associação de Sant´Ana e a Creche
Santa Rita, também chamada Centro Assistencial
Pio XII.
Nesse primeiro ano de gestão do Padre
Paulo, a Paróquia aprovou vários projetos pastorais,
como: Formação Bíblica e Espiritualidade, Família,
Juventude, e Desempregados. O novo Pároco se
propôs também a conhecer a realidade de cada
comunidade e de cada Pastoral, dando continuidade
ao trabalho do Padre Cláudio, ouvindo em especial a
EACP. Ele acreditava no importante papel da EACP
que assumia, com o pároco, a “co-responsabilidade
na coordenação da vida paroquial” com uma
participação efetiva nas decisões. E dizia, já em
2003, que a paróquia tinha um “laicato com grande
participação, espírito de liderança e com muita
potencialidade”.
Logo na primeira reunião com a EACP, o
novo pároco elogiou a composição dessa equipe
manifestando desejo de que ela funcionasse bem
e agilizasse a vida da Paróquia. Isso realmente
aconteceu, como se pode ler no livro de Atas das
reuniões da EACP, cuja atuação foi decisiva na vida
paroquial, durante todo o paroquiato do Padre
Crozera, até novembro de 2007.
Formação e Comunicação
No aspecto de formação, a Paróquia dedicou
seu melhor esforço para que os agentes e os
paroquianos em geral se aprofundassem em seus
conhecimentos e vivenciassem melhor sua fé e os
agentes tivessem uma atuação mais eficaz. Assim,
em maio de 2004, teve início o “Curso de Formação
Política” para os agentes da Pastoral, num trabalho
conjunto com as três paróquias da região central:
São Paulo Apóstolo, Santa Teresinha e Sant´Ana.
Houve também o Curso de Verão de Teologia
para Leigos, em São Paulo (janeiro 2004); Curso
de Formação para agentes de Pastoral da Saúde
(fevereiro e março 2004); I Encontro de Preparação
para Ministros da Comunhão Eucarística (maio de
2004); Curso de Formação de Acólitos (2005);
Encontros sobre a Dimensão Vocacional da Igreja
(agosto de 2005); Curso Bíblico sobre o Evangelho
de Marcos (setembro-outubro de 2005); Curso de
Formação Bíblica (fevereiro de 2006). Em janeiro de
2007, aconteceu o Curso de Música e Liturgia, e
palestras para os Coordenadores sobre Liderança
pelo psicólogo Laércio Barros dos Santos. Em janeiro
de 2006, a Semana de Formação Catequética. Nesse
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período, criou-se também a equipe do Cerimonial de
Casamento, introduziu-se o costume de distribuição
da Eucaristia sob duas espécies e houve o Curso de
Canto Litúrgico.
A fim de que a formação fosse divulgada e
alcançasse um público maior, a Paróquia criou, em
junho de 2005, o BOLETIM IN-FORMATIVO. Era
uma publicação mensal que formava e informava,
destinada aos agentes das comunidades, das
pastorais, aos movimentos e associações. Ele visava
uma comunicação mais eficiente entre os agentes e
ministros, favorecendo assim o espírito de comunhão,
de participação e de co-responsabilidade. O boletim
durou até dezembro de 2007. O Informativo tinha
o objetivo de completar o “Gênesis”, jornalzinho já
existente na Paróquia destinado a todo o povo.
Desde 2003, a paróquia editou o folheto
“Formação Bíblica e Espiritualidade” destinada aos
grupos da Leitura Orante. Eram subsídios de 4
páginas produzidos para os Encontros e durou até
final de 2007.
Nesse tempo do Pe. Paulo, deu-se forte ênfase
à Espiritualidade Bíblica, com a prática da Leitura
Orante da Bíblia, proporcionando crescimento
espiritual aos grupos que assumiram o projeto.
Alguns desses grupos perduram até hoje.
Em agosto de 2006, houve o Primeiro Encontro
dos “Pequeninos do Senhor”, com crianças de 4 a 8
anos. Elas participavam da missa das 10 horas, na
Matriz. Era uma iniciativa do seminarista Victor da
Silva Filho. Trata-se de um projeto que visava tornar
a liturgia dominical mais acessível às crianças.
Conduzidas e orientadas por uma casal, elas saám
da igreja antes da Liturgia da Palavra, vivenciavam
de forma mais lúdica a mensagem dominical, depois
voltavam para a Liturgia Eucarística.
No fim de 2003, realizou-se uma grande
Assembleia Paroquial com mais de uma centena
de pessoas. Eram Coordenadores, Tesoureiros das
Comunidades, Coordenadores de Pastorais, membros
da EACP, Diretores da Associação de Sant´Ana,
Coordenador dos Vicentinos, da Creche, do Conselho
Econômico, Ministros da Palavra, Equipe de Liturgia
e Coordenadores da RCC (Renovação Carismática
Católica). Foi feita a avaliação do 6º Plano de Pastoral
Orgânica e tiradas propostas para tornar viáveis os
projetos, “adequando-os à realidade do possível,
segundo os recursos existentes no momento”.
Logo no início do seu paroquiato, o grupo de
oração da RCC manifestou ao pároco o desejo de ser
acolhido na Paróquia. Ouvindo a EACP, o pároco
decidiu aceitar, cabendo a ele pároco o direito de
escolher a coordenação do grupo. Decidiu também
que o lugar das reuniões não seria a Matriz, mas o
Centro de Pastoral N.S. Aparecida; que não deveriam
ocorrer práticas que não estivessem em comunhão
com as orientações da Igreja (como curas e orações
em línguas); que deveriam ter clara a diferenciação
entre o Movimento e a Comunidade; que deveriam
permanecer como Grupo de Oração e que caberia
ao pároco aprovar o convite às pessoas de fora
para assessorarem o grupo. “A acolhida foi feita no
sentido de somar esforços no trabalho pastoral da
Paróquia” – dizia o Padre Paulo.
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De maneira geral, pode-se dizer que nesse
paroquiato, se intensificou o trabalho da EACP, que
caminhava mais próximo do padre, no sentido que
aumentava a participação de todos nas decisões
da vida paroquial. Nas Comunidades, criou-se a
Equipe de Coordenação de Pastoral (CPC) e criou-
se novo Conselho de Pastoral Paroquial (CPP)
composto agora pelo pároco e vigário paroquial,
um representante de cada um das 6 Dimensões de
Pastoral: Comunitário-participativa, Missionária,
Bíblico-catequética, Litúrgica, Econômica e Sócio-
transformadora, conforme o Organograma anexo.
Fazia parte também do CPP: o representante
da Forania, o representante do Conselho de
Organograma da Paróquia de Sant´Ana (2003-2007)
Dom Bruno Gamberini, arcebispo de Campinas
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Assuntos Econômicos, o representante da EACP,
7 representantes da Pastoral das Comunidades
maiores, o representante dos atendentes paroquiais
e algum convidados dos membros do Conselho
Municipal.Toda essa organização imprimiu à Paróquia
um dinamismo novo que fez aumentar a comunhão e
a participação.
Desde o tempo do Padre Cláudio, já se
falava na necessidade de ampliar o número de
ministros. Assim, em 2004, foram criados novos
ministérios, intensificou-se a atividade pastoral
e produziu-se muito material “para promover a
comunhão, a participação e a co-responsabilidade
nas comunidades e pastorais” (Relatório do Padre
Paulo).
Recém empossado bispo de Campinas, D.
Bruno investiu, no mês de agosto, 11 ministros da
Escuta Cristã, 21 da Palavra, 6 das Exéquias, 44 da
Saúde e 65 da Comunhão Eucarística, num total de
147 ministros, na Paróquia de Sant´Ana. Em maio do
ano seguinte, foram investidos mais 45 ministros da
Eucaristia. Já nesse ano, o pároco chegou a pedir
ao arcebispo a criação de ministros leigos para
assistência ao Matrimônio, que, porém, foi negada.
Realizações materiais
Em 2003, teve início uma pequena reforma
interna da Matriz, que não pode ser concluída, mas o
foi no ano seguinte.
Essa reforma incluiu mudança no sistema
de som, iluminação e ventilação. Trocou-se o altar,
o ambão, a fonte batismal e a cadeira presidencial.
Foi construído banheiro para uso durante as
celebrações, sala para atender confissões e para a
Escuta Cristã, um espaço devocional para a imagem
de Sant´Ana e de N.S.Aparecida, foi ampliada a
capela do Santíssimo, a sacristia foi remodelada. E
foram tirados da Matriz os quadros da Via-Sacra.
Em 26 de julho de 2004, inaugurou-se a Casa
de Sant´Ana, idealizada pelo Padre Mansur e iniciada
pelo Padre Cláudio. Em maio do ano seguinte, foram
feitas reformas na capela do Cruzeiro e a cobertura do
estacionamento no Centro Pastoral N.S.Aparecida.
Em 2006, a Paróquia comprou terreno para a
Comunidade do S. B. Jesus, na Taquara Branca, para
construção do salão, e, em 2007, comprou terreno
no Núcleo Missionário Santa Clara, área verde, no
Parque Franceschini. Em julho desse ano, teve início
a perfuração do poço artesiano do CenFEL (Centro de
Formação, Espiritualidade e Lazer N. S. Aparecida)
e em setembro, começou a terraplenagem para a
construção. Nesse mesmo ano, a Paróquia pediu
ao Conselho de Defesa do Patrimônio Municipal
(Condephaea) o tombamento da Igreja Matriz, que
não chegou a ser efetivado.
Atividades Sociais e Políticas
Ao lado das iniciativas e realizações pastorais,
a Paróquia se abria para o campo político e social,
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na certeza de que a espiritualidade não excluia o
cuidado com a vida do cotidiano.
Por isso, era necessário debruçar-se sobre a
realidade e as necessidades das comunidades e da
cidade como um todo. Assim, , desde o começo de
2004, a Paróquia promoveu um Curso de Formação
para agentes da Pastoral da Saúde. Começou
também a pensar num Convênio com a FEBEM,
mediante o Instituto Pio XII, para promover o “projeto
de liberdade assistida aos menores em conflito com a
lei”. Em junho de 2006, foi então firmado o convênio,
e o projeto se chamou “Ação para Vida”. O projeto foi
instalado na Casa de Sant´Ana, ao lado do Centro
de Pastoral N. S. Aparecida, e tinha o apoio do
Governo do Estado, do Instituto Pio XII, da Paróquia,
da Prefeitura Municipal e dos Vicentinos. Mais tarde
passou a atender na Avenida Rebouças.
Expressivo trabalho pastoral de cunho social a
Paróquia desenvolveu no Centro de Ressocialização
de Sumaré, realizado por membros da RCC, chegando
a batizar um reeducando dessa instituição.
Em junho de 2005, importante evento
aconteceu na Paróquia: encerramento da 4ª Semana
Social da Arquidiocese, com a participação de todas
as Foranias e várias centenas de participantes.
Na linha do social, a Paróquia também
mantinha o pequeno núcleo missionário na Área
Verde do Parque Franceschini, atendendo essa
clientela mais carente, com atenção especial às
crianças e com celebrações da Palavra, nos fins de
semana.
No campo político a paróquia teve importante
papel. Mais de uma vez, o Pároco se reunia com os
colegas das paróquias da cidade e promovia encontro
com o Prefeito, apresentando-lhe, pessoalmente,
e por escrito, suas preocupações quanto à gestão
pública municipal e às necessidades da população
mais pobre. Em 2006, foi fundado na Paróquia
um grupo de leigos para que, junto com o Pároco,
debatesse a situação do Município. Segundo o Padre
Paulo, o grupo foi fundado para ”refletir, debater
e assumir posicionamentos diante das necessidades
do município e da atuação dos poderes públicos”. O
grupo se chamou “Desperta Sumaré” e se reunia uma
vez por mês.
Convidado pela CNBB para trabalhar em
Bogotá, como Vice-Reitor Acadêmico do Instituto
Teológico Pastoral para a América Latina (ITEPAL),
o Padre Paulo deixou a Paróquia em dezembro de
2007.
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Padre Carlos José Nascimento
O novo pároco, Padre Carlos José Nascimento,
tomou posse no dia 4 de janeiro de 2008, durante a
celebração Eucarística, na Igreja Matriz de Sant´Ana,
presidida por Dom Bruno Gamberini, arcebispo
Metropolitano de Campinas.
Um das primeiras medidas do novo pároco foi
implantar na Paróquia, com aprovação da EACP, do Conselho Econômico e de todas as Comunidades, o sistema de Caixa Único
para todas as Comunidades, que entrou em vigor no final de fevereiro de
2008. Nesse sistema, quem faz o controle e gerencia o Caixa Unificado é um
Conselho presidido pelo pároco e composto por um coordenador de cada
comunidade da paróquia. Nas palavras do pároco, “começava um trabalho
mais profundo do ser igreja neste chão” e convidava a todos “para ajudarem
na condução do novo projeto”. 13
Ainda nessa linha de mudanças, ficou decidido (agosto de 2008),
em Conselho, o encerramento das atividades da EACP, passando suas
atribuições ao CPP (Conselho Paroquial de Pastoral) e ao CEP (Conselho
13 A escassez de informações no Livro Tombo, com apenas 12 páginas de texto manuscrito,
dificultou o trabalho do historiador.
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Econômico Pastoral).
Por sua vez, o CPP passou a ter nova
composição: um representante de cada Pastoral, um
representante do CEP, um da Forania, o Pároco, o
Vigário Paroquial e o(a) Secretário(a).
Dando continuidade a um antigo costume, o
novo Pároco participou, no ano de 2008, juntamente
com outros párocos da cidade, de vários encontros
com os candidatos a prefeito. Trataram de vários
problemas que há tempo afligem o povo, em especial
da violência e da falta de água.
Com a aprovação do Conselho, também foi
mudada a composição das Comunidades e Núcleos
da Paróquia. A partir de novembro de 2008, as
Comunidades de São João Batista, Divino Espírito
Santo e Nossa Senhora da Primavera passaram a ser
apenas Núcleos Missionários, por causa “da falta
de interesse em criarem em seu meio a estrutura
necessária para serem comunidades, pois só
acontecia missas”, como se lê no Livro Tombo. A partir
de então, a Paróquia ficou com oito comunidades.
O Centro de Pastoral N.S. Aparecida, onde
tradicionalmente um grupo de pessoas se reunia para
rezar ou participar de missas, passou a ser, desde
começo de 2009, apenas um Núcleo Missionário.
Apesar do protesto dos freqüentadores, o pároco
não voltou atrás.
Em junho desse ano, chegou à Paróquia o
novo Vigário Paroquial Padre Émerson de Almeida
Amaral, substituindo o Padre Angel Pedro Fernandez
Sanches, que era vigário paroquial desde julho de
2007. O Padre Émerson permaneceu na Paróquia
menos de um ano, vindo em seu lugar o Padre
Francisco de Assis Júnior como Vigário Coadjutor.
Este, por sua vez, ficou aqui dez meses, quando
foi substituído pelo Padre Manoel Messias Pereira
Martins, que permaneceu na Paróquia até maio de
2013. Em novembro e dezembro de 2009 foram
investidos novos Ministros da Saúde, da Eucaristia
e da Palavra, bem como novos acólitos para as
Comunidades.
Preocupado com a Família, ainda em 2009, o
Padre Carlos propôs ao Conselho que se repensasse
o trabalho da Pastoral com a Família, e dizia que
era preciso despertar mais pessoas para esse
serviço. Achava que se deveria pedir ajuda ao
OVISA (Orientação para a Vivência Sacramental) ou
ao ECC ( Encontro de Casais com Cristo), que têm
mais estrutura para preparar casais para trabalhar
com a família. Após consulta, o Conselho aprovou a
escolha do OVISA. Em outubro de 2009, a Paróquia
realizou a JUPAC (Jovens Unidos por Amor a Cristo)
com a presença de muitos jovens.
No aspecto material, nesse período, a Paróquia
adquiriu a Casa Central, vizinha à Casa Paroquial,
com uma reserva financeira guardada havia tempo
para esse fim. A aquisição do imóvel era um desejo
antigo que só não se concretizara pela resistência
da proprietária em vendê-lo. Tendo ela falecido,
no final de 2007, os herdeiros puseram o imóvel à
venda, ocasião em que a Paróquia o comprou, no
início de 2008.
Desde abril de 2009, a Paróquia começou
uma campanha para reformar o Centro de Pastoral,
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embora “com grande oposição”, segundo o pároco. A
reforma foi realizada, mas não concluída totalmente,
por falta de recursos. Também a Sacristia e a
Secretaria Paroquial foram reformadas, bem como
as paredes do presbitério.
Entre as comunidades, a obra mais importante
foi na Comunidade do Sagrado Coração de Jesus,
quase totalmente remodelada, com a construção da
capela e de anexos.
Franciscanos
Com o intuito de divulgar a espiritualidade
franciscana e ajudar nos trabalhos pastorais, há
alguns anos existia na Paróquia, sob a liderança do
Diácono Luiz Antonio Ferreira Quental e sua esposa
Cristina, a Ordem Franciscana Secular. Luiz Antonio
é diácono permanente e foi ordenado em 9 de agosto
de 2009, na Igreja de São José, em Campinas.
A Fraternidade Franciscana congrega algumas
dezenas de irmãos, que se reúnem, desde 2005, para
a Leitura Orante da Bíblia, para rezar, se aprofundar
no espírito franciscano e planejar ações pastorais
na Paróquia. Com a aprovação de Dom Bruno e do
Pároco, realizou-se, em maio de 2009, oficialmente,
a ereção canônica da Fraternidade Franciscana,
com profissão de 18 membros, no Centro Pastoral
N.S. Aparecida, numa bela celebração litúrgica.
A Fraternidade foi bem aceita na Comunidade e
cresce a cada dia com novos irmãos, que assumem
várias tarefas pastorais na Paróquia.
Diácono Luiz Antonio Ferreira Quental
Espiritualidade e Formação
Logo no começo, na gestão do Padre Carlos à
frente da Paróquia, foi inaugurado o CenFEL (Centro
de Formação, Espiritualidade e Lazer) próximo à
Comunidade da Candelária, no Bairro do Cruzeiro.
Centro de Formação, Espiritualidade e Lazer – (CenFEL)
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O espaço se destinava a sediar reuniões, cursos,
encontros e retiros organizados pela Paróquia. Em
julho de 1993, tinha sido fincado o marco – uma
cruz - da fundação do CenFEL, no tempo do Padre
Mansur, num terreno de 5 mil metros doado pelo
empresário Geraldo Bordon. A inauguração foi em
17 de dezembro de 2008.
Nas reuniões do CPP (2010), sempre vinha
à tona a discussão sobre ações para incrementar
a Espiritualidade, com Encontros, Treinamentos,
Retiros, Leitura Orante e realização de Cursos de
Oratória e Técnicas de Reuniões. Aconteceram
também cursos de Formação sobre a Bíblia, com
28 aulas duas vezes por semana (maio 2010), e
um concorrido Encontro de Jovens. Nesse mesmo
ano, em outubro, cinco paroquianos concluíram o
Curso de Formação para Escuta Cristã, e aconteceu
a investidura de mais ministros da Eucaristia. E
também, em dezembro, a investidura de Ministros
da Palavra, da Saúde e das Exéquias.
Desde abril de 2009, a Paróquia trabalhou
no sentido de se engajar nas exigências do 7º PPO
- Plano de Pastoral Orgânica – da Arquidiocese.
Foram apresentados os temas para serem estudados
na paróquia e depois serem levados para o Conselho
decisório da Arquidiocese. Os temas estudados na
Paróquia foram: ”Como a Igreja lê a Bíblia”, “Igreja
Participativa” e “Igreja Acolhedora”.
Em julho de 2009, o Padre Emerson deixou a
Paróquia, sendo logo substituído pelo Padre Francisco
de Assis Júnior, que ficou na Paróquia até junho
de 2010, quando chegou o padre Manoel Messias
Pereira Martins, agostiniano, como novo vigário
auxiliar. Este ficou responsável pelas pastorais da
Família, Noivos, Cerimonial de Casamento, Batismo,
Coordenadores de Comunidades, Catequese de
Adultos, Eucaristia e Enfermos.
Na reunião do CPP, de 11/08/2009, foram
apresentados os projetos enviados pela Paróquia ao
7º PPO: Igreja Participativa, Igreja Evangelizadora
e Igreja Acolhedora. Ficou definido que se fariam
encontros nas casas, convidando as pessoas (Igreja
participativa), trabalhando na formação bíblica com
toda a comunidade (Igreja evangelizadora) e indo ao
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encontro dos membros da Comunidade que passam
por dificuldades (Igreja acolhedora).
Em agosto de 2010, a RCC realizou na Igreja
Matriz o Cerco de Jericó. Foram oito dias de missa,
oração e exposição do Santíssimo, durante 24 horas,
com grande afluxo de fiéis.
Situação Financeira
Desde 2009, era recorrente a reclamação do
pároco sobre a situação financeira da Paróquia que,
segundo dizia, não conseguia cobrir os gastos normais
da Paróquia. Em fevereiro de 2010, voltou-se a falar
em reestruturação do Dízimo, porque a paróquia
apresentava déficit mensal enorme. Na reunião do
CPP de fevereiro de 2010, foi apresentada a situação
financeira da Paróquia com um déficit de 10 mil reais
mensais. Era preciso melhorar a arrecadação do
dízimo, pois segundo ele, as despesas aumentavam
gerando um déficit em torno de 15 mil reais (junho de
2010). Mas, em outubro, a arrecadação melhorou.
Disse que houve uma grande oposição, quanto
à reforma dos banheiros do Centro de Pastoral,
realizada em 2009.
Numa reunião do CPP, no final de 2009, o
Padre Carlos se referiu a um grupo que, segundo ele,
sempre se opôs ao seu modo de conduzir os trabalhos
da Paróquia. Apresentou, em seguida, ao Conselho
uma carta enviada por um grupo de paroquianos
ao Bispo e ao Vigário Forâneo. Disse que essa carta
tinha conteúdo semelhante a um e-mail que lhe fora
enviado pelo padre Paulo Crozera “dizendo de como
deveria ser sua conduta ao chegar aqui”.
O pároco se mostrava muito aborrecido nessa
reunião e “colocou-se à disposição do Conselho
para deixar a Paróquia”. O Conselho solidarizou-se
com ele, pediu que ele continuasse na Paróquia e
escreveu uma carta a Dom Bruno e ao Vigário Forâneo
sobre o “verdadeiro sentimento dos paroquianos”.
Em 5 de janeiro de 2011, saiu a nomeação e a
provisão do Cônego Elisiário Cesar Cabral para a
Paróquia de Sant´Ana de Sumaré.
No término do seu paroquiato, em dezembro
de 2010, o Padre Carlos deixou registrado no Livro
Tombo a seguinte mensagem:
“Com as missas de Natal e Ano Novo que houveram (sic) grande fluxo de pessoas, encerro minhas atividades na paróquia de Sant´Ana. Termino desejando ao novo pároco Pe. Elisiário Cesar Cabral e ao vi-gário Pe. Messias, muitas benção (sic) e graças de Deus para o seu profícuo minis-tério neste local e cidade”.
Em 30 de janeiro de 2011, ele foi transferido
para a Paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe,
em Campinas.
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Padre Elisiário César Cabral
Dia 10 de fevereiro de 2011, na Igreja Matriz
de Sant´Ana tomou posse o novo pároco Padre
Elisiário Cesar Cabral. Vinha com a recomendação
de Dom Bruno para que ouvisse muito as pessoas e
afrouxasse um pouco os ânimos dos paroquianos.
um tanto divididos entre si. Logo na primeira reunião
do CPP (Conselho Pastoral Paroquial) o novo pároco
se propôs a ouvir o depoimento de cada membro
do Conselho e sua função na Paróquia, mostrando o desejo de conhecer a
realidade da Paróquia e colocando-se à disposição para trabalhar junto. Ficou
assentado que, nesse primeiro momento, não haveria grandes mudanças
no andamento da Paróquia, mas se daria continuidade ao que tinha sido
planejado.
Assim, conforme combinado no ano anterior, se deveria trabalhar na
formação bíblica, seguindo a proposta do 7º PPO (Plano de Pastoral Orgânica)
da Arquidiocese. Como, porém alguns membros do Conselho não conheciam
o 7º PPO, ficou combinado que todos lessem o texto e se aprofundassem um
pouco, direcionando a atenção para a formação bíblica.
Em junho desse ano, realizou-se o Encontro de Formação dos Agentes
do 7º PPO que foi bastante proveitoso. Mas ficou claro que é necessário
retomar a Formação em outros momentos. Na continuidade dessas reflexões
e, a partir do resultados dos estudos do PPO, em 2012, o Padre Messias,
Vigário Paroquial, apresentou proposta da criação do COMIPA (Conselho
Missionário Paroquial), objetivando formar “uma Igreja que acolhe e se renova
no serviço solidário”. O Pároco apoiou a idéia e achou que “é preciso criar
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Padre Tadeu
Francisco Bonetti
um espírito missionário na Paróquia, pois a missão
principal da Igreja é ser missionária”. As reflexões
sugeridas , em especial a partir do texto: “È hora de
Ousadia” do Padre Piazza, forneceram subsídios para
novas posturas pastorais, que exigem, por exemplo,
a ampla participação de todos os agentes pastorais
nessa tarefa, inclusive a RCC (Renovação Carismática
Católica) e a Ordem Franciscana Secular.
O novo Conselho de Pastoral
A partir de outubro de 2011, o CPP ganhou
novo formato. Ele foi, durante anos, um conselho
de caráter mais deliberativo, como se coubesse
a ele a última palavra nos assuntos pastorais. Na
verdade, o Conselho deve ser um grupo que irradia
ações e provoca as comunidades e pastorais para
novos desafios. O Conselho deve ter um aspecto
mais reflexivo sobre as questões de pastoral que
a Arquidiocese e a CNBB lançam. No Conselho,
o aspecto fundamental é a espiritualidade. Seu
foco principal é evangelizar, através da Missão e
da Espiritualidade – como preconiza o 7º PPO.
Pensando assim, o Conselho terá, a partir de agora,
a seguinte composição: padre (pároco), vigário,
diácono(s), Coordenador, Secretário. Em seguida:
um representante da Iniciação Cristã (representando
a Catequese com adultos e Batismo, Catequese dos
Adolescentes, Catequese do Crisma, Comunhão
Eucarística, Catequese Paroquial, Catequese da
Primeira Eucaristia); um representante da Família
Cristã (representando a Pastoral da Família e o
Encontro de Casais com Cristo); a Caridade Cristã
(representando a Pastoral da Criança, o Instituto
Educacional e Assistencial Pio XII, a Escuta Cristã,
a Pastoral da Saúde, as Exéquias, a Associação
de Sant´Ana, os Vicentinos, o Dízimo e a Pastoral
Carcerária); Espiritualidade, Missão e Animação
Missionária (representando a Renovação Carismática
e a Ordem Franciscana Secular); Animação Litúrgica
(representando os Acólitos e o Canto Litúrgico);
Forania (representando a Forania) e um representante
de cada comunidade paroquial.
Formação
Em outubro de 2011, o Pároco apresentou
ao Conselho a proposta de um Curso de Formação
Permanente na Paróquia, com a duração de dois
anos, com início em fevereiro de 2012. A idéia teve
aprovação unânime do Conselho e levou o nome de
Escola Sant´Ana de Formação de Agentes (ESAFA).
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Familia Fuji,
abertura
da Semana
da Família 2013
Abertura da Semana
da Família 2013
Os temas do Curso foram: Sagrada Escritura,
Magistério da Igreja, Noções do Pensamento
Teológico, Ação Pastoral, e teve boa presença e
participação dos agentes de pastoral. O curso teve
muito boa aceitação e despertou o interesse para
aprender mais. Ele veio de encontro a uma antiga
aspiração de muitos paroquianos que há tempo o
esperavam. Neste ano de 2014, nova turma iniciou
o Curso que agora terá apenas um ano de duração.
Em setembro de 2012, houve três encontros
para formação de Ministros das Exéquias em nível
de cidade e, logo em seguida, a investidura deles
para o exercício dessa pastoral.
A partir de setembro de 2013 começou a
trabalhar na Paróquia o Padre Tadeu Francisco
Bonetti como Vigário Paroquial, substituindo o Padre
Messias. Desde junho de 2013 a Paróquia conta
também com a presença do seminarista Idalírio
Oliveira Olini.
Comunidades
Desde que foi desativada, os moradores da
Vila Sant´Ana, queriam reativar a Comunidade que
se reunia, há anos, no Centro de Pastoral Nossa
Senhora Aparecida. Atendendo a esse desejo, o
pároco convidou as pessoas para uma reunião
com o intuito de ouvi-las, ocasião em que sentiu a
sinceridade delas e o desejo de serem novamente
acolhidas nesse espaço. Ficou acordado então que a
celebração da festa de Nossa Senhora Aparecida, em
outubro, desse mesmo ano de 2011, seria realizada
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aí. Nesse dia, a comunidade se reuniu novamente, e
recebeu a promessa de ter missa, uma vez por mês,
o que realmente aconteceu, a partir de então. Além
disso, ficou a promessa de que, assim que fosse
possível, seria construída uma capela nesse espaço.
Quanto à importância das Comunidades na
Paróquia, o Padre Elisiário várias vezes trouxe o
assunto à baila. Repetiu, mais de uma vez, que a
comunidade não pode ser vista como uma pequena
paróquia, uma cópia da Igreja Matriz. Cada
comunidade tem sua individualidade e não precisa
imitar a Matriz. Tem espaço próprio para celebrar
a fé, formar-se e educar-se. Daí a necessidade de
haver um novo projeto para a Liturgia, que descubra
e valorize o jeito de ser de cada comunidade.
Qual é o modelo de comunidade? Deve ser
um espaço alternativo de crescer na fé, onde se
pratica a oração de modo mais espontâneo, como,
por exemplo, na prática da Leitura Orante. Mas
a Leitura Orante não é o foco da espiritualidade.
O foco é a comunidade em si. A comunidade é o
chão da Paróquia, é onde brota a água... Se não se
tiver cuidado, pode acontecer muito trabalho na
comunidade e pouca espiritualidade, advertiu ele.
Para fortalecer o vínculo entre as pessoas da
comunidade, o padre propôs, no final de 2012, que
os Ministros da Palavra e da Comunhão Eucarística
sejam membros da Comunidade e que permaneçam,
pelo menos um ano, atuando nela. A sua permanência
na comunidade permitirá que ele conheça melhor as
pessoas, identifique-se mais com elas e crie vínculos
na vivência da fé. A partir de 2013, introduziu-se
também, nas comunidades e núcleos missionários,
o uso de um folheto próprio para a Celebração da
Palavra, diferente do folheto usado para a missa. A
novidade agradou a todos, por ser um texto mais
leve e adaptado à celebração.
Pastorais e Movimentos
Por ocasião da Campanha da Fraternidade de
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1 |2012, cujo tema era Fraternidade e Saúde Pública, a
Pastoral da Saúde e a Escuta Cristã promoveram, no
dia 12 de abril, uma palestra sobre “Como cuidar dos
doentes sem ficar doente”. O tema foi apresentado
pela geriatra Dra. Renata A. S. Pupo Silveira, reuniu
mais 200 pessoas e teve grande participação dos
presentes.
Em maio desse mesmo ano realizou-se também
um debate sobre a Saúde Pública, promovido pela
Missa de Abertura das Comemorações do Centenário Paróquia (2014)
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Pastoral Familiar, quando estiveram presentes o
Secretário Municipal de Saúde e o Presidente do
Conselho de Saúde. Nele, questionou-se com
inúmeras perguntas do público presente, a situação
da saúde no município. O encontro foi esclarecedor
e teve um bom público.
A Pastoral do Dízimo, nesses quase quatro anos
de paroquiato do Padre Elisiário, tem desempenhado
bem suas funções e atingido os objetivos. O padre se
diz contente e com frequência apresenta ao CPP os
resultados do dízimo, devidos ao aumento crescente
de dizimistas. Mostra em que o dinheiro do dízimo
está sendo usado na paróquia e quais os projetos
que pretende realizar.
Em vista do desejo da RCC de melhor participar
na Paróquia, em especial no que se refere à Pastoral
Familiar, desde 2011, a Semana da Família é realizada
em conjunto com esse movimento. E os resultados
foram muito positivos.
Em abril de 2011, realizou-se o 1º ECC (Encontro
de Casais com Cristo) com casais das quatro
paróquias da cidade. Segundo vários comentários,
foi muito bom e proveitoso. Nesse mesmo ano,
em agosto, houve também o “Cerco de Jericó” na
Matriz, organizado pela RCC, que vem acontecendo,
anualmente, com boa presença dos fiéis da paróquia
de Sant´Ana e das paróquias vizinhas.
Uma nova postura vai se introduzindo na
Paróquia (a partir de 2012) quanto à realização do
batismo. É um momento importante de acolhimento
dos pais e padrinhos, uma vez que muitos não
possuem sua vida sacramental regular, e também
um momento de instrução e encaminhamento para a
catequese de adultos, para também eles receberem
os sacramentos da Iniciação Cristã.
Presença dos jovens
Quanto aos Jovens, há anos que não se pode
falar de uma Pastoral dos jovens na Paróquia. Mas
o que se pode observar é que a presença deles
na Paróquia é expressiva. Em várias pastorais e
movimentos, como na Catequese e no Crisma, eles
estão presentes trabalhando junto com os adultos.
Forte e constante é também a presença deles nas
missas de domingo à noite, fato observado há muitos
anos.
A Paróquia participou da Jornada Mundial da
Juventude ocorrida no Rio de Janeiro, em julho de
2013, onde estiveram presentes vários jovens da
Paróquia, acompanhados de um casal responsável
da comunidade. Eles voltaram felizes, cheios de
alegria e esperançosos em poder cumprir seu papel
na Igreja e no mundo.
Em abril de 2013, aconteceu a Gincana Bíblica
na Paróquia, com a participação dos jovens do Crisma
e do pessoal da Catequese. Pelo depoimento deles,
o evento foi muito bom e proveitoso.
A partir de 2014, se esboça na Comunidade
Matriz um movimento no sentido de atrair os jovens
para reuniões onde eles se manifestem a respeito
do assunto. Várias reuniões estão acontecendo e a
expectativa é que a iniciativa tenha continuidade e
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seja a semente de uma nova pastoral da juventude na Paróquia. Também em
algumas comunidades nota-se o desejo de formar grupo de jovens, como é o
caso da Comunidade do Senhor Bom Jesus, na Taquara Branca.
Comunicação
Recorrente nos relatórios das reuniões do CPP é o tema da Comunicação
na Paróquia. Sente-se necessidade de uma pastoral mais efetiva e dinâmica.
Atualmente existem na Paróquia o horário da Ave-Maria pela rádio, o
Programa “Decidindo pela Vida e Caminhando com a Igreja”, no ar há quase
vinte anos e a transmissão da Missa de sábado à noite pela emissora local.
A partir de julho de 2013, é publicado mensalmente o Boletim Informativo
da paróquia com pequenos textos, breves notícias e fotos da vida paroquial.
A Paróquia mantém ainda um site atualizado e o facebook, com quase 1 500
seguidores... A Rádio Comunitária 26 de julho, antes clandestina, a partir
2009 está com sua situação legal normalizada, transmitindo só música em
sua programação.
Fala-se do retorno da PASCOM, mas sente-se a falta de pessoal para
formar uma equipe que assuma efetivamente essa difícil tarefa.
Obras sociais
Em 2012, a Paróquia participou da coleta de assinaturas para o
“Movimento de Cidadania”. Foram dois abaixo-assinados: um propondo
emenda constitucional defendendo a vida desde a fecundação e outro
pedindo 10% da Receita Bruta da União para a saúde pública. Nesse ano, a
Paróquia também preparou e distribuiu milhares de folhetos conscientizando
a população sobre a importância do voto nas eleições municipais de Sumaré.
Continuam operantes na Paróquia algumas instituições importantes
pelo trabalho que desempenham, se não no âmbito estritamente religioso,
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especial às crianças, adolescentes e famílias. Foi
fundado em 1958, por algumas senhoras católicas
da Paróquia de Sant´Ana, para cuidar das crianças
carentes, dando-lhes desde o enxoval do neném e
tudo o mais de que as mães precisavam. A entidade,
que hoje atende por volta de 120 crianças, tem o
mas todas voltadas para o bem-estar e a promoção
social, formas legítimas de caridade e de amor ao
próximo.
Assim, o Instituto Educacional e Assistencial
Pio XII, conhecido popularmente como Creche Santa
Rita, oferece serviços de proteção básica e serviço
Instituto Educacional e Assistencial Pio XII - a Creche Francisco Bonetti Casa de Sant´Ana
Conselho Particular de Sumaré Sociedade São Vicente de Paulo
Projeto “Ação para Vida”
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Dom Airton José dos Santos, arcebispo de Campinas desde 15 de abril de 2012
pároco como seu diretor espiritual que, por força do Estatuto, participa das
reuniões da Diretoria.
Ligado ao Instituto Pio XII, há também na Paróquia o Projeto “Ação
para Vida”, de que já falamos neste livro. O projeto se dirige a adolescentes
de ambos os sexos, na faixa de 12 a 18 anos, e excepcionalmente acima
dessa idade, inseridos nas medidas socioeducativas de Liberdade Assistida
e Prestação de Serviço à Comunidade, familiares e responsáveis. A entidade
atende em média 80 adolescentes por mês.
Fundada em 1992, a Associação de Sant´Ana, tem se dedicado a
divulgar a devoção à Sant´Ana, na Paróquia, através das “casinhas” (hoje
são mais de 200) que durante 30 dias, passam de casa em casa, ocasião em
que a família se reúne para rezar. A livraria da Paróquia também está sob
os cuidados da Associação, e atende à demanda dos que procuram livros,
objetos sacros, CDs e outros.
Desde 1937, existe na Paróquia a Conferência de São Vicente. A
entidade esteve ativa nos primeiros quinze anos, e depois desapareceu. Em
1980, no tempo do Padre Angelo Marighetto, foi reativada e se estendeu por
outros bairros de Sumaré. Hoje existem 14 grupos de vicentinos no município,
com 160 voluntários que visitam centenas de famílias carentes, distribuindo
toneladas de alimentos, além de roupas, utensílios domésticos e outros.
Além da Conferência de Sant´Ana, existem a Conferência de São Benedito e
de Santo Antonio. Pelo seu importante
trabalho social, a entidade recebeu da
Câmara Municipal de Sumaré o título de
Utilidade Pública, em 1989.
Inaugurado em julho de 1998, a
Paróquia alugou o imóvel do Espaço
Criança, fundado pelo Padre Mansur,
que passou para os cuidados do
Instituto Bem Querer, a partir de 2013,
motivado por dificuldades encontradas
pela Paróquia, em desenvolver ali a
Pastoral da Criança.
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Comunidade de Sant´ana Esta é a comunidade mais antiga da Paróquia. É a mãe, a geradora
de todas elas e por isso se chama Matriz. Nasceu em 1887, quando os primeiros moradores do vilarejo de Rebouças se reuniam para rezar ou participar de uma missa numa casa de família.
Segundo o depoimento de uma antiga moradora, a missa era rezada na casa de Antonio do Valle, perto da Estação. Antes de construir a capela, os católicos conseguiam de vez em quando algum Padre de Campinas ou de Monte Mor para darem assistência religiosa à pequena comunidade que nascia. Depois que a capela foi construída, em 1889, as pessoas se reuniam na igrejinha dedicada a Sant´Ana e foram formando e consolidando a comunidade. O padre mais conhecido nessa época e que mais trabalhou aqui foi o Padre João Batista Nery, que depois se tornou bispo de Campinas.
Devagar, a comunidade foi crescendo até tornar-se paróquia, em 1914. Nesses cem anos, a comunidade paroquial cresceu tanto que precisou subdividir-se em outras comunidades, formando assim outras paróquias.
No território da antiga paróquia, que abrangia todo o atual município de Hortolândia e de Sumaré, existem hoje dezenas de outras paróquias com centenas de comunidades. É a árvore frondosa que estende seus ramos e onde os pássaros procuram abrigo. É a semente da Palavra plantada em terra fértil, que produz frutos abundantes.
A n e x o sHistórico das Comunidades da Paróquia de Sant´Ana
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Comunidade de São SebastiãoNo ano de 1990, tiveram início os Encontros de
Círculos Bíblicos nos novos bairros que iam surgindo na cidade: Planalto do Sol, Parque Florença e Parque Versalhes. A visita de Dom Gilberto Pereira Lopes, em outubro desse ano, trouxe muito ânimo a esses grupos de reflexão. Para servir de exemplo, o bispo lembrou aos fiéis o nascimento das comunidades na Igreja primitiva, como narram os Atos dos Apóstolos.
No ano seguinte, foi escolhido o nome do patrono para a comunidade nascente, quando o pároco Padre Mansur celebrou a primeira missa na comunidade, que viria a ser a Comunidade de São Sebastião. Depois disso, começaram as celebrações semanais da Palavra em cada um dos bairros e, em 1992, foi eleito o primeiro coordenador da Comunidade, na pessoa do saudoso Paulo Sérgio Paduan. Em 20 de janeiro, celebrou-se a primeira Missa do Padroeiro com procissão e grande presença de fiéis Nesse dia foi lançada a pedra fundamental da capela.
Prosseguiam os Círculos Bíblicos, a catequese e as celebrações da Palavra, até que, em 2 de junho de 1995, foi inaugurada a capela do Planalto do Sol.
Hoje, a Comunidade de São Sebastião tem celebração Eucarística todos os sábados com grande participação dos fiéis.
Celebra-se o dia do Padroeiro em 20 de janeiro.
Comunidade de Nossa Senhora de Fátima
No começo dos anos noventa, foram criadas várias comunidades novas na Paróquia, entre elas, a de Nossa Senhora de Fátima, no Parque Casarão. As famílias católicas sentiam necessidade de se reunirem para rezar. Reuniam-se então nas casas e pediam a presença do pároco para missas e celebrações da Palavra.
Devagar, foi aumentando o número de pessoas até que, em janeiro de 1993, foi eleito o primeiro Coordenador da Comunidade e um Tesoureiro. Nascia assim uma nova Comunidade na Paróquia de Sant´Ana.
Com muita dificuldade e com muito trabalho e perseverança, sempre com o apoio decidido do Padre Mansur, foram organizadas pequenas festas, até poderem comprar um terreno e construir a sede da Comunidade.
As festas eram improvisadas em barracas de lona e a água era carregada em baldes. Foi enfrentando chuvas e ventos, com choro, reza, perseverança e fé, que nasceu essa pequena comunidade.
O dia da Padroeira é celebrado em 13 de maio.
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Comunidade de Santo AntonioA comunidade nasceu, em 1974, com a realização de uma
jornada missionária dos Padres Redentoristas de Aparecida do Norte.
A partir do trabalho realizado pelas missões, um grupo de pessoas começou a reunir-se nas casas para rezar o terço, fazer a Campanha da Fraternidade e as novenas de Natal. Aos poucos o grupo foi se fortalecendo e, em 1979, por votação entre seus membros, foi designado como padroeiro Santo Antonio, realizando então nesse ano sua primeira festa num terreno vago, ao lado do DAE (depois escritório e almoxarifado da Administração do DAE).
A comunidade teve como seu primeiro coordenador o senhor Santo Denadai. Em razão do crescimento e fortalecimento do grupo, a Paróquia adquiriu um terreno na esquina da Rua Marcos Liaschi com a Av. José Ferreira Gomes, onde foi construído o primeiro ponto de encontro da Comunidade para orações, celebrações e catequese. Mais tarde, o local foi transformado em capela que só foi demolida para a construção da igreja.
Em 1º de maio de 1994, foi lançada a pedra fundamental para a construção da igreja, pelo Arcebispo Dom Gilberto Pereira Lopes, no tempo em que o Padre Mansur Rodrigues Mansur era pároco. Em 11 de setembro do mesmo ano, foi iniciada a extração da terra e feito o nivelamento do terreno, para que então, no dia 24 de outubro de 1994, se desse início à abertura dos alicerces da igreja.
Em 1º de junho de 1998, foi celebrada a primeira missa na igreja atual, presidida por D. Gilberto Pereira Lopes e a presença do Padre Mansur. O Dia do Padroeiro se celebra em 13 de junho.
Comunidade de Nossa Senhora da Candelária
Igreja de Nossa Senhora da Candelária no Bairro do Cruzeiro
O bairro do Cruzeiro, onde está a igreja Nossa Senhora da Candelária, é muito antigo na história de Sumaré. Há mais de 150 anos, o lugar se chamava Cruzeiro de Santa Bárbara, e até hoje existe uma grande cruz de madeira no cruzamento da estrada que ia em direção a Santa Bárbara e Montemor. Foi nesse cruzamento que os católicos antigos construíram a capela, num terreno doado pelo fazendeiro Horácio Lavras, dono da Fazenda Candelária.
A pedra fundamental da atual capela foi colocada em 10 de março de 1943 pelo Cônego Ciríaco, então pároco de Montemor. A construção foi em forma de mutirão pela comunidade do bairro e adjacências, bem como a doação de todo material utilizado.
A comunidade se caracteriza até os dias de hoje como um local que aglutina as famílias de pequenos e médios produtores rurais, embora o desenvolvimento e a expansão da cidade se aproximem dessa região do município cada vez mais. A sua festa anual ainda preserva algumas características do passado, como bênção dos animais, das sementes, dos equipamentos agrícola e um animado leilão com novilhos e outros animais doados pelos produtores locais. A festa da
Padroeira é dia 22 de fevereiro.
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Comunidade do Sagrado Coração de Jesus
Por volta do ano de 1.980, os católicos do Parque Emília se reuniam nas casas para rezarem o terço, fazerem os Círculos Bíblicos e a Novena de Natal. As missas eram na Capela da Comunidade São Benedito ou na Igreja Matriz de Sant´Ana. Nessa época, era pároco o padre Mansur R. Mansur e estava acontecendo uma peregrinação da Imaculada Conceição em Sumaré. Já em 1988, foi escolhido de comum acordo o nome para a nova comunidade: Sagrado Coração de Jesus.
Um paroquiano, que acompanhava a carreata visitando as comunidades, sugeriu ao Pároco que visitasse também sua comunidade. O Padre Mansur ficou surpreso e justificou não ter conhecimento dessa comunidade. Era verdade, mas prometeu dar um retorno a respeito. E ela veio logo. Durante a missa da despedida da Imagem Peregrina, o Padre saudou e agradeceu a todas as comunidades presentes, e anunciou a mais nova Comunidade da Paróquia, a do Sagrado Coração de Jesus, no Parque Emília, em dezembro de 1988. Nos anos seguintes, a Comunidade passou a ter missas e celebrações da Palavra nos lares da comunidade que abrangia o Parque Emília, a Vila Juliana e o Jardim Paulista.
Em 1992, a Comunidade recebeu a visita de Dom
Gilberto Pereira Lopes, que presidiu a Missa na casa de Jose Antonio da Rosa, no Parque Emilia. No ano seguinte, no dia do padroeiro, houve a primeira festa da comunidade, num barracão improvisado. A festa foi motivo de elogios por toda paróquia, mas sentiu-se necessidade de adquirir local próprio para a sede da comunidade. Formou-se uma comissão de moradores que pediram um lote de terra a José Basso, proprietário de extensa área nas imediações. E conseguiram dele um terreno de 496 m ali no Parque Emília.
No dia 19 de janeiro de 1993, foi escolhida a primeira Coordenação oficial da Comunidade. Aos poucos, através de festas e campanhas diversas, foram sendo construídos barracão, muros, cozinhas e banheiros. Mas havia o anseio da construção da igreja. E em março de 2003, a Comunidade recebeu o apoio do Rotary Club-Ação para o projeto arquitetônico.
Por ocasião da Visita Pastoral em Sumaré, a Comunidade recebeu a visita de Dom Bruno Gamberini, em maio de 2005. Cabe também registrar com alegria e saudade a passagem marcante dos párocos Padre Cláudio Zaccaria Menegazzi, Paulo Crozera e Padre Carlos Nascimento, que com muita competência e amor souberam conduzir esse rebanho.
Durante os anos 2007 e 2008 priorizou-se a construção da tão sonhada igreja, com recursos reforçados através do Caixa Único, na Paróquia. Em 6 de fevereiro de 2009, a Comunidade foi agraciada com a Missa inaugural da nova igreja do Sagrado Coração de
Jesus há tempo esperada.
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Comunidade do Senhor Bom Jesus
Comunidade do Senhor Bom Jesus da Taquara Branca
Por volta de 1940, um morador da Taquara Branca doou terreno aos católicos do bairro para construírem uma capela dedicada ao Senhor Bom Jesus, que logo ficou pronta.
Mais ou menos uns 15 anos depois da construção, o Padre Ciríaco de Monte Mor vinha rezar missa uma vez por mês. Essa devoção era muito antiga, motivada pela existência de uma imagem de madeira do Senhor Bom Jesus. Nas reuniões de oração o povo sempre rezava o terço na presença dessa imagem.
Segundo tradição de antigos moradores, essa imagem era do tempo da escravidão e era guardada em oratório da casa do senhor João Batista Bilis. Todos os anos, dia 6 de agosto, seus vizinhos se reuniam para festejar, fazer procissão, rezar o terço e cantar. Depois da reza havia comes e bebes para todos.
Diz a tradição também que certa vez um forte temporal derrubou a capelinha quebrando todas as imagens de santos, menos a do Bom Jesus. Imediatamente todo o povo se reuniu e começou a reconstruir a capela.
Conta-se também que, em outra ocasião, pegou fogo na capela onde estava a imagem, queimando tudo. Depois de apagado o fogo, uma surpresa: a imagem do Senhor Bom Jesus, que era de madeira, estava apenas chamuscada. Mais uma vez o povo se reuniu e restaurou a imagem, que é venerada até hoje na comunidade.
Assim, a fé tem sido o motivo dessa pequena comunidade que, na simplicidade, continua a caminhar na Igreja de Deus.
A festa do Padroeiro é celebrada dia 6 de agosto.
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Núcleos MissionáriosAlém das Comunidades, a Paróquia possui
também os Núcleos Missionários, locais em que pessoas se reúnem para rezar o terço, participar de uma celebração da Palavra ou de uma missa, fazer a novena de Natal ou praticar a Leitura Orante.
Os Núcleo são os seguintes: Nossa Senhora da Primavera (Chácaras Recreio Primavera), que começou com a reza do terço nas casas e em janeiro de 1999 foi rezada a primeira missa pelo Padre Cláudio Menegazzi. Foi então feita uma votação para escolher o nome da padroeira, que acabou sendo Nossa Senhora da Primavera, com a festa no dia 22 de setembro – início da primavera. Todo fim de semana havia celebração nas casas, até ser adquirido um terreno para a comunidade, e aos poucos se construiu Centro Comunitário. A imagem da Padroeira foi encomendada pela paróquia e feita especialmente para a comunidade.
Outros Núcleos: São João Batista (Assentamento I), Divino Espírito Santo (Assentamento II), São Francisco de Assis (Assentamento III), Santa Isabel (Vila Santana), São Vicente de Paulo (Jardim Macarenco), São Lucas (Bairro Três Pontes), Madre Teresa de Calcutá (Parque Franceschini), Santa Margarida Maria (Vila Juliana), Nossa Senhora de Guadalupe (Parque Florença) e Santa
Luzia (Dante Marmirolli).
Comunidade de São BeneditoA comunidade de São Benedito teve início em
meados dos anos 80, quando alguns moradores do Jardim Marchissolo, inspirados pelos movimentos sociais e pela experiência das Comunidades Eclesiais de Base, sentiram a necessidade de formar uma comunidade católica local, onde pudessem rezar e manifestar sua fé.
Tudo começou com quermesses na praça, em frente à comunidade, com barracas cedidas pela prefeitura. Essa festa se manteve por dois anos consecutivos e para realizá-la era utilizado o material de cozinha da Comunidade Santo Antonio.
A comunidade era para ser na Rua Abraão Jorge Maluf, mas o terreno era pequeno e não dava para construir um barracão para quermesses. Foi quando, Dona Santa, uma da integrantes da comunidade, viu o proprietário do terreno em frente à praça em que eram realizadas as quermesses e perguntou se ele fazia a troca de terreno com eles. O proprietário aceitou a troca, e então foi feita uma reunião com o pároco padre Ângelo Marighetto. Ele mandou um oficio para o bispo, que aceitou a troca.
Em 1984, um grande grupo de pessoas começou as obras da comunidade com doações do comércio local. Logo se começou a construção da capela e havia missa uma vez por mês. Também se realizava a Catequese e o estudo da Bíblia uma vez por semana.
Assim que a comunidade ficou pronta, foi realizada a primeira feijoada, com empréstimo de talheres, pratos e panelas de um restaurante local, de uma creche e da Comunidade Santo Antonio. Com essa feijoada a Comunidade conseguiu comprar 100 cadeiras de madeira e material de cozinha para fazer as próximas feijoadas que duraram anos.
Daí por diante a comunidade foi crescendo e se consolidando, e até hoje continua firme na caminhada com Deus e os irmãos. Celebra-se o dia do Padroeiro em 5 de outubro.
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Sant´Ana – Vida e Culto Quase nada se sabe ao certo sobre os pais de Maria Santíssima,
pois os livros do Novo Testamento nada dizem sobre eles. O pouco que se
sabe sobre Sant´Ana vem dos livros apócrifos, como o Proto-Evangelho de
São Tiago, o Pseudo-Mateus e o Evangelho de Maria. São livros escritos nos
primeiros tempos do Cristianismo na tentativa de completar informações não
encontradas nos Evangelhos. A Igreja não os reconheceu como inspirados,
porém não os condenou. São livros que apresentam sempre um núcleo de
verdade e de história.
Segundo esses livros, os pais de Maria foram Joaquim e Ana; o pai de
Ana chamava-se Matan e era de Belém; Joaquim era galileu. É uma tradição
muito antiga e universal na Igreja que Ana e Joaquim eram velhos e estéreis
quando Deus os premiou com o nascimento de Maria.
O nome de Ana é hebraico e se escreve Hannah e exprime a idéia de
“graça”. Joaquim também é hebraico e significa “Javé prepara e fortalece”.
Pelos seus nomes se vê que eles tinham uma missão divina: preparar o
caminho para a vinda de Jesus.
O culto de Sant´Ana na IgrejaSegundo São Gregório Nisseno (século IV) e Santo Epifânio, o culto de
Sant´Ana é muito antigo entre os cristãos orientais. Os hinos gregos e as
homilias dos Santos Padres também o comprovam.
No ano 550, o Imperador Justiniano I construiu, em Constantinopla,
uma igreja dedicada à “avó de Jesus Cristo e Mãe da Virgem Maria”, Como diz
o escritor francês Monsenhor Mermillod, “a cidade imperial não era a única
privilegiada...” Nas ilhas mais remotas do Ocidente e nas regiões longínquas
do Oriente nos séculos passados erguiam-se majestosas igrejas a Sant´Ana.
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Em 636, quando Jerusalem foi tomada pelos
muçulmanos, existia uma basílica dedicada a
Sant´Ana. Hoje essa igreja magnífica está restaurada.
No seu altar-mor, há uma estátua famosa: Sant´Ana
ensinando a Sagrada Escritura à sua filha Maria, tema
que inspirou muitos artistas, como por exemplo, o
grande pintor espanhol Murilo.
Em 705, Justiniano II construiu outra igreja a
Sant´Ana na capital do Império Romano do Oriente.
Os cristãos sírios cultuavam Sant´Ana com o
nome de Dina, no dia 25 de julho. Mas os orientais,
em geral, celebravam junto a festa da Natividade de
Nossa Senhora ou com a festa da Assunção.
No Ocidente, o culto de Sant´Ana é conhecido
só depois do século VIII. É desse século, uma
curiosa pintura existente no nicho da Basílica de
Santa Maria Antiga, em Roma, que mostra três
mães, cada uma com seu filho: Maria com o Menino
Jesus, Isabel com João Batista e Ana com a Virgem
Maria. Na Idade Média, a devoção é encontrada em
vários países da Europa Ocidental. O Papa Urbano
VI, em 1378, atendendo ao pedido de vários bispos
ingleses, permitiu que na Inglaterra fosse celebrada
com pompa litúrgica a festa de Sant´Ana. Em 1425,
Copenhagem, na Dinamarca, um Concílio Provincial
ordenou a celebração da festa de Sant´Ana, no dia 9
de dezembro. Na Áustria, Hungria, Boêmia, Polônia
e França havia templos dedicados à mãe de Maria.
Mas foi só em 1584, no tempo de Gregório
XIII, que a festa da Santa Mãe de Maria começou a
ser celebrada com Missa e festa litúrgica. Em 1621,
Gregório XIV quis que a festa de Sant´Ana fosse de
preceito.
Finalmente, em 1879, o Papa Leão XIII
determinou que a festa de São Joaquim e Sant´Ana
fosse elevada a rito de segunda classe e obrigatória
em toda a Igreja.
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O culto de Sant´Ana no BrasilForam os jesuítas que trouxeram a devoção a Sant´Ana para o Brasil
desde os primeiros tempos coloniais. Em quase todas as cidades brasileiras
mais antigas encontram-se capelas, igrejas ou imagens de Sant´Ana. Hoje,
há 29 cidades no Brasil com o nome de Santana, (só perde para São José,
com 61 municípios com seu nome), sem contar as centenas de fazendas,
sítios, paragens, colégios e instituições. O nosso caboclo se refere a ela com
respeito, dizendo: “Nossa Mãe Senhora Sant´Ana”.
Sant´Ana é padroeira principal nas arquidioceses de Botucatu e de
São Paulo e nas dioceses de Caicó, Coari, Goiás. Itupeva, Tianguá, em todo
o Estado de Goiás e na Prelazia de Óbidos. Ela é titular nas catedrais de
Botucatu, Barra do Piraí, Caetité, Coari, Feira de Santana, Iguatu, Itapeva,
Mogi das Cruzes, Óbidos, Ponta Grossa, Tianguá e Uruguaiana. É titular
também nas cidades de Caicó, Coari, Goiás, Itapeva e Ponta Grossa. É
padroeira secundária na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Na Arquidiocese de Campinas, há seis paróquias sob a invocação de
Sant´Ana: Campinas (2) Vinhedo, Valinhos, Souzas e Sumaré. Assim, fica fácil
entender porque os primeiros moradores de Sumaré construíram, há mais de
cem anos, uma capela e a dedicaram a Sant´Ana.
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Sant´Ana de Suimaré.
Em 1921 – Antenor Bianchi
Em 1923 – Sebastião Lucchi
Em 1924 - Sebastião Lucchi
Em 1935 - Oscar Nulli
Em 1937 – Nicolau Licio
Em 1938 – Francisco Lício
Em 1944 – Wadih Maluf
Em 1948 – Milton Roberto
Em 1989 - Fernando Fova
Em 1995 - Francisca Telma Bastos de Souza
De 1997 a 2014 - Aparecida Garcia Zancheta
De 2013 a 2014 – Elina Ap. Amaral da Silva
Sacristães da MatrizÉ interessante notar como o sacristão era uma figura importante na
Igreja. Antigamente, ele aparecia até nos relatórios que o Vigário enviava,
anualmente, à Cúria, e aparecia às vezes no Livro Tombo da Paróquia. A título
de curiosidade registramos aqui alguns nomes de sacristães na Paróquia de
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Dom Joaquim Mamede, o Bispo que Nasceu em Sumaré
Joaquim Mamede da Silva Leite era filho de Bento da Silva Leite e Benta de
Cravalho da Silva Leite. Bento nasceu em Atibaia (1836), e em 1876 era agricultor
em Rebouças. Nesse ano, a 18 de agosto, nasceu Joaquim, que dez dias depois,
era batizado pelo padre Francisco de Abreu Sampaio, como consta no Livro de
Batizados da Paróquia de Santa Cruz, em Campinas. Foram padrinhos Antonio
Firmino de Carvalho e Silva e Dona Luiza Monteiro de Carvalho e Silva.
Segundo o testemunho de Dona Mariquinha Raposeiro (nascida em
Jacuba em 1863 e em 1879 moradora de Rebouças), Dom Mamede nasceu em
Sumaré na fazenda que hoje (1995) é propriedade dos Vaughan. Há poucas
referências sobre a infância de Joaquim. Sabe-se que ele estudou em Rebouças
com o professor Joaquim Ladeira. Consta também que estudou em Campinas
na Escola Particular “Ghirlanda” de Malachias Ghirlanda e na “Escola Paroquial
dos Acólitos” sob a orientação do Cônego João Batista Nery, amigo da família
Leite. Conforme declaração de próprio punho, em 1889 Joaquim estudava com
o Padre Nery, na Matriz Velha, e morava na casa dele.
Em 21 de maio de 1890, morreu o pai de Joaquim e dez dias depois morreu-
lhe também a mãe, ambos vítimas da febre amarela que assolou Campinas, na
época. Joaquim e seu irmão Maximiano ficaram sob a tutela do tio Francisco
Monteiro de Carvalho e Silva, que autorizou a entrada dos dois para o Seminário.
Em agosto de 1890, Joaquim foi para o Seminário Episcopal de São Paulo, onde
ficou até 1895, quando recebeu as ordens menores. Nesse mesmo ano foi enviado
a Roma e ali formou-se em Filosofia pela Universidade Gregoriana.
Quando o Padre Nery foi sagrado bispo do Espírito Santo, convidou Joaquim
para concluir seus estudos de Teologia no Seminário da Penha. Em 1900, no
dia 24 de maio, Dom Nery conferia a ordenação sacerdotal ao diácono Joaquim
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Mamede da Silva Leite. Logo depois, ele foi nomeado
Administrador do Santuário da Penha e Vigário de Vila
Velha. Quando, em 1901, Dom Nery se transferiu para
a Diocese de Pouso Alegre (MG), o Padre Joaquim
Mamede o acompanhou como secretário particular,
depois Cura da Catedral, depois reitor do Seminário e
Diretor do Ginásio Diocesano. Em 1904, foi nomeado
Cônego Honorário da Catedral de Pouso Alegre e dois
anos depois o Papa Pio X concedeu-lhe o título de
Monsenhor e Prelado Doméstico de Sua Santidade.
Em 1908, foi criada a Diocese de Campinas e
D. Nery foi escolhido para ser seu primeiro bispo.
Dom Mamede permaneceu em Pouso Alegre até 1912,
quando, após uma viagem à Europa, em companhia
do irmão Maximiano, foi convidado pelo bispo de
Campinas para encardinar-se na Diocese. Amigo de
longa data, D. Nery nomeou-o Visitador Diocesano com
amplos poderes.
Em 1916, foi eleito e sagrado bispo Titular de
Sebaste de Laodicéia e Auxiliar de Campinas. Já
com idade avançada e saúde enfraquecida, D. Nery
teve no amigo um colaborador infatigável. Dois anos
depois, D. Mamede foi nomeado bispo de Caratinga
(MG). Sentindo o agravamento de saúde de D. Nery,
achou por bem pedir à Santa Sé que o conservasse em
Campinas. Em fevereiro de 1920 Dom Nery faleceu e
foi eleito Vigário Capitular da Sede Vacante D. Joaquim
Mamede, ocupando esse cargo até a nomeação do
sucessor D. Francisco de Campos Barreto.
Em agosto de 1920 D. Mamede foi novamente
para a Europa e, quando voltou, foi convidado por
seu amigo D. Sebastião Leme para morar no Rio de
Janeiro. Na antiga Capital Federal D. Mamede exerceu
seu apostolado, principalmente com os pobres, os
encarcerados, os inválidos, as empregadas domésticas,
infância pobre e mendigos. Disse Monsenhor Henrique
de Magalhães que “o campo predileto de ação do
saudoso bispo eram os hospitais e as prisões... os
redutos onde vão ter os vencidos da vida”.
Durante 17 anos D. Mamede foi também
Comissário da Ordem Terceira do Carmo, como ainda
foi Diretor do Apostolado da Oração e de outras
confrarias religiosas no Rio de Janeiro.
Falecendo D.Leme, a arquidiocese carioca teve
como sucessor D. Jayme de Barros Câmara, que
também muito prestigiou nosso biografado. Dom
Jayme tem seu nome ligado à História de Sumaré por
causa de uma escola com seu nome.
Em março de 1947, já com 71 anos, foi o velho
bispo convidado pelos padres Lazaristas de Petrópolis
a fazer algumas ordenações. Aceitou com satisfação.
Antes, porém, de realizar as cerimônias, faleceu na
madrugada do dia 22, no Seminário dos Lazaristas.
As Capelas Dom Joaquim Mamede da Silva Leite
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Antigas da Paróquia de Aant´Ana
A fé e a religiosidade do povo brasileiro sempre se manifestaram no
expressivo número de capelas, santas-cruzes e cruzeiros encontrados em
todo o território nacional. Sumaré não fugiu à regra. Consultando fontes
manuscritas do Arquivo da Cúria Metropolitana de Campinas e, ouvindo
algumas pessoas mais antigas, encontramos várias capelas pertencentes a
Rebouças nas primeiras décadas do século.
No Bairro de Santo Antonio havia uma capela, em 1920. Era particular.
Chamava-se Capela de Santo Antonio. Provavelmente, ficava na fazenda dos
Bordon. No Cemitério de Rebouças, havia uma capela particular desde 1919.
Era da família Gazzeta e existe ainda hoje. Não tem mais que seis metros
quadrados, mas é bonita e está bem conservada. A capela atual do Cemitério
é de data bem mais recente.
Em 1920 há uma autorização do bispo de Campinas para celebração de
missa no Núcleo Colonial Nova Veneza. Não se sabe se a missa foi celebrada
em alguma capela ou numa casa particular. O certo é que em 1924 havia em
Nova Veneza a Capela de Nossa Senhora do Rosário. Ela foi construída pelos
Campo Dall´Orto. Há referência também a uma capela de Nossa Senhora do
Rosário, na Fazenda Pindaúba, que ficava na região de Nova Veneza atual.
Será a mesma ou se trata de outra? O que se sabe é que, em 1867, existiu
essa fazenda. Por isso é difícil saber se a capela da fazenda Pindaúba é a
mesma de Nova Veneza. Outra capela, que pertencia a Rebouças, é a de
Nossa Senhora Aparecida que ficava no Bairro dos Amarais e aparece nos
documentos desde 1924. Mas, segundo José Bosco, 71 anos, que nasceu e
sempre morou no Bairro do Matão, existiu uma capela dedicada à Nossa
Senhora Aparecida desde 1908, construída por João Carlos do Amaral, pai
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do ex-prefeito de Campinas Francisco Amaral. Essa
capela durou até 1947/1948, quando foi demolida.
Ficava em frente à atual igreja da Aparecidinha, na
Via Anhanguera. A igreja atual é de 1948.
O Bairro do Matão também tinha sua capela: a
do Senhor Bom Jesus, que aparece no relatório anual
da Cúria de 1923. Ainda, segundo José Bosco, ela foi
construída em 1917, quando a maleita ceifava muitas
vidas no bairro. Foi dedicada, primeiramente, à Nossa
Senhora do Bonte Bérico e, logo depois ao Senhor
Bom Jesus. Esse templo foi tombado pelo Conselho
de Defesa do Patrimônio de Sumaré (CONDEPHAEA)
e o povo do Matão espera há tempo sua restauração
arquitetônica. Essa igreja está muito ligada à história
do lugar, pois as festas religiosas eram tradicionais,
muito concorridas, e reuniam todos os moradores do
Matão e vizinhança.
No Matão, havia outra capela, muito pequena,
mas muito antiga. Era dedicada à Santa Clara. Ficava
ao lado do antigo Grupo Escolar, na atual Avenida
Emilio Bosco. Era primitivamente uma Santa Cruz,
das muitas que existem por todo o Brasil.
No Núcleo Colonial Nova Veneza, na Fazenda
São Luiz, que fora adquirida pelo Estado, em 1910,
havia a capela de São Luiz, desde pelo menos 1923.
Não há sinais dela atualmente.
A capela de São Francisco, em Jacuba, só
é mencionada a partir de 1936, mas deve ser mais
antiga. Do mesmo modo, é a referência à capela de
Santa Cruz, no Bairro de Santa Cruz, sobre a qual
nenhuma alusão encontramos. No Bairro Paraizo,
em 1935, há indicação de outra Capela Santa Cruz.
Parece tratar-se de duas capelas distintas, pois
estão em bairros diferentes.
O Bairro da Terra Preta, hoje em Hortolândia,
também possuía sua capela. Pelo menos em 1935, há
referência à capela de Santo Antonio nesse local. No
Bairro do Cruzeiro, havia a Capela de São Sebastião,
desde 1935. Nesse ano, há notícia também da
Capela de São Gonçalo, no Bairro do Quilombo, que
ficava perto de Nova Odessa. Aliás, bem antes, em
1924, um jornal de Monte Mor anunciava “leilão de
prendas” na capela de São Gonçalo, no Bairro do
Quilombo.
No Bairro da Taquara Branca, finalmente, havia
a Capela do Senhor Bom Jesus. Ela é certamente
bem antiga, mas só encontramos referência a ela em
1942, quando o padre Cristóvão Porfirio, vigário de
Rebouças, teve procuração para recebê-la a favor da
Mitra Diocesana.
Como se vê, são bem limitadas as informações
que temos sobre as capelas antigas da Paróquia
de Sant´Ana. Todavia é preciso registrá-las para a
história, antes que essas poucas notícias se esvaiam
no tempo.
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A Pedra Fundamental da Igreja Matriz
Dentro das comemorações do 75º aniversário da criação da Paróquia
de Sant´Ana,em 1989, e com a autorização do Arcebispo Metropolitano de
Campinas, foi aberta urna contendo os documentos da pedra fundamental
da Igreja Matriz. A urna, que estava embutida numa das paredes da sacristia,
tinha sido colocada a princípio (no ano de 1947) atrás da antiga Igreja,
aproximadamente, onde hoje se encontra a estátua de Cristo Redentor, na
Praça em frente da atual Matriz.
Na urna de mármore branco havia o pergaminho do lançamento da
pedra fundamental da nova Igreja Matriz, cinco moedas de metal, a saber, de
dez, vinte e cinquenta centavos, uma moeda de um cruzeiro e outra de dois
cruzeiros; cinco medalhas, a saber, de N. Senhora Aparecida e Coração de
Jesus, do Coração de Jesus e do Coração de Maria, de N. Senhora Aparecida
e da Basílica de Aparecida, de São Domingos e de N.Senhora Aparecida e,
finalmente, uma de São José. Havia também dois exemplares do jornal “A
Tribuna”, um exemplar dos jornais “Correio Popular”, “Jornal de São Paulo”,
“Diário de São Paulo”, “Lar Católico”, um exemplar da revista ”Ave Maria” e
um “Boletim Mariano”, todos de março e abril de 1947. Havia também um
“Agnus Dei” de tecido. E finalmente, dois selos postais comuns. Tudo estava
em bom estado de conservação. No pergaminho de papel vegetal lia-se o
seguinte:
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Assinam o documento: José Ricatto, Amador
Menuzzo, Nicolau Carone, Alfredo Teixeira, Plínio
Giometti, Caetano Giordano, Antonio Hebert, Lauro
de Castro, F. Giordano Filho, Cônego José Nardin,
Dionísio Giordano, Luiz Fructuoso, Juvenal de
Vasconcellos, Pe. José Giordano, Eugênio Graupner,
Eduardo Vasconcellos (Presidente), Quintino de
Paula Mandonet, Manoel de Vasconcellos, Padre
Carlos Menegazzi, Atilio João Giordano, Sebastião N.
EM NOME DA SANTÍSSIMA TRINDADE. AMEM. ESTA PEDRA FUNDAMENTAL DA NOVA MA-TRIZ DE SANT ´ANA DE SUMARÉ RECEBEU A BÊNÇÃO LITURGICA PELO EXMO E REVMO SNR D. PAULO DE TARSO CAMPOS E FOI AQUI SOLENEMENTE LANÇADA.
NO ANO DA INCARNAÇÃO DO VERBO DE MCMXLVII NO IX ANO DO PONTIFICADO DE S.S. PIO XII NO IV ANO DA TRANSFERENCIA DE S. EXMA REVMA DOM CARLOS CARMELO DE VASCONCELLOS MOTTA CARDEAL PRESBÍTERO DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMA-NA NO TITULO DE SÃO PANCRACIO PARA TERCEIRO ARCEBISPO DE SÃO PAULO NO VI ANO DA TRANSFERENCIA DE S. EXCIA REVMA DOM PAULO DE TARSO CAMPOS PARA III BISPO DE CAMPINAS NO II ANO DO GOVERNO DO EXMO SNR GENERAL EURICO GASPAR DUTRA PRESIDENTE DA REPUBLICA DO BRASIL NO I ANO DO GOVERNO DO EXMO SNR ADEMAR DE BARROS NO ESTADO DE SÃO PAULO NO IV ANO DO PAROQUIATO DO REVMO SNR PE. JOSÉ GIORDANO PÁROCO DE SUMARÉ FALANDO NA SOLENIDADE O EXMO E REVMO SNR DR. EMILIO JOSÉ SALIM VICE REITOR DA PONTIFICIA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO NO II ANO DA INAUGURAÇÃO E NO I DE PONTIFICIA DA UNIVERSIDADE CATOLICA DE SÃO PAU-LO NO DIA 6 DE ABRIL.
RESSALVA: POR FORÇA MAIOR NÃO COMPARECEU O ORADOR ANUNCIADO USANDO A PALAVRA O REVMO SNR CGO JOSÉ NARDIN.
PAULO DE TARSO Bispo de Campinas
Bazan, Rodrigo G. Guimarães, Arquiteto B. Benedito
de Jesus Netto.
Depois de fotografada a urna, e todo o seu
conteúdo anotado e recolocado em seu lugar de
origem, ela foi novamente lacrada. Ao invés, porém,
de recolocá-la na sacristia, onde estava antes, a
sobredita urna foi embutida na parede lateral da
atual igreja matriz, à esquerda de quem entra pela
porta da frente.
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Lista dos Párocos da Paróquia de Sant´Ana de Sumaré (1914-2014)
Pe. Cristovam Porphirio de
Almeida MachadoPe. Miguel Guilherme
Pe. José Murillo
Padre AntonioMaria Vieira Pe. Epiphanio
Estevam
Pe. Estanislau Mosciaro
Pe. Manoel Soares Pinheiro
Pe. Manoel Guinot Bernat
Pe. Thiers Pellice Licio
Pe. José Giordano
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8
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10
3
8 de setembro de 1925 a 14 de fevereiro de 1934. No período de 10 de fevereiro a 10 de agosto de 1928 o Padre Mosciaro se ausentou da paróquia, ficando em seu lugar vários padres de Campinas. Outra ausência sua foi de 20 de junho de 1930 a 1º de maio de 1931. Nesse período, quem respondeu pela paróquia foram os padres de Campinas, especialmente o Cônego João Alexandre Loschi. O terceiro afastamento do vigário foi de 14 de fevereiro a 24 de julho de 1934 quando novamente a paróquia ficou anexada ao Curato da Catedral.
9 de outubro de 1914 a novembro de 1920.
25 de novembro de 1920 a 18 de janeiro de 1923.
18 de janeiro de 1923 a 7 de maio de 1924. No período de 28 de junho de 1924 a 19 de setembro desse mesmo ano a freguesia de Rebouças foi anexada à Vila Americana. O atendimento religioso era feito pelo Padre Victor Randuá, de Americana.
19 de setembro de 1925 a 8 de setembro de 1925.
14 de abril a 4 de novembro de 1935. No período de 4 de novembro de 1935 a 15 de fevereiro de 1936, a paróquia ficou anexada ao Curato da Catedral.
20 de março a 15 de julho de 1936.
17 de julho de 1936 a 7 de janeiro de 1941.
23 de janeiro de 1941 a 27 de dezembro de 1942. No período de 11 de janeiro a 11 de dezembro de 1943, a Paróquia ficou anexada à Paróquia de Americana.
11 de dezembro de 1943 a agosto de 1954. No período de 4 de agosto de 1954 a 25 de abril de 1955, quem respondeu pela Paróquia de Sant´Ana foi o Cônego Nazareno Magi, de Americana. O cargo de vigário de Rebouças estava vago.
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Lista dos Párocos da Paróquia de Sant´Ana de Sumaré (1914-2014)
Pe. Carlos Gomes Malho Pe. Pedro
Tomazini
Pe. Luiz Antonio Guedes
Pe. Cláudio Menegazzi Pe. Carlos José
Nascimento
Pe. Paulo Crozera
Pe. Elisiário Cesar CabralPe. Constantino
Gardinalli
Pe. Angelo Marighetto Pe. Mansur
Rodrigues Mansur
201411
12
13
14
15
16
17
18
19
20
25 de abril de 1955 a 24 de junho de 1963.
24 de junho de 1963 a julho de 1972.
28 de agosto de 1972 a fevereiro de 1979.
16 de fevereiro de 1979 a 13 de abril de 1986.
15 de abril de 1986 a 31 de maio de 1987.
31 de outubro de 19876 a agosto de 1998.
agosto de 1998 a 31 de janeiro de 2003.
de 6 de fevereiro de 2003 a 3 de dezembro de 2007.
2 de janeiro de 2008 a 5 de dezembro de 2010
05 de janeiro de 2011 (nomeação).
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23/03/1947 - Falece em Petrópolis Dom Mamede24/08/1948 - Criação da Paróquia de N.S. das Dores
em Nova Odessa, desmembrada da Paróquia de Santo Antonio de Americana e da Paróquia de Sant´Ana
1949 - Demolição da antiga Matriz19/03/1950 - Inauguração oficial da nova Matriz1954 - Chega de Portugal a imagem de N.S. de Fátima
doada por Joaquim Ferreira Gomes1957 - Lançamento da Pedra fundamental da nova ca-
pela de N.S. do Rosário, em Nova Veneza, depois Igreja de São Francisco
1958 - A Diocese de Campinas torna-se Arquidiocese.09/10/1958 - Falece em Roma o Papa Pio XII28/10/1958 - É eleito o novo Papa:João XXIII24/12/1958 - Inauguração do relógio da Matriz às 23h45
minutos21/04/959 - É realizado na Paróquia o primeiro Curso de
Preparação para o Casamento15/1/1959 - Lançamento da pedra fundamental da Igreja
de São Francisco de Assis, em Hortolândia (que fazia parte da paróquia de Sant´Ana)
08/12/1959 - É criada a Paróquia de São Francisco de Assis, em Nova Veneza, desmembrada da Paró-quia de Sant´Ana de Sumaré e entregue aos Fra-des Capuchinhos
13/03/1960 - Lançamento da pedra fundamental do Se-minário São Francisco em Nova Veneza
21/05/1961 - Lançamento da pedra fundamental do Ins-tituto Assistencial Pio XII no Jardim São Paulo (creche)
11/10/1962 - abertura do Concílio Vaticano II03/06/1963 - Falecimento do Papa João XXIII
1870 - Criação da Paróquia de Santa Cruz, hoje paróquia do Carmo, em Campinas, à qual pertencia Rebouças.
18/08/1876 – Nasce em Rebouças Dom Joaquim Mame-de da Silva Leite.
1887 - Início da construção da primeira capela de Sant´Ana no povoado de Rebouças.
1889 - Inauguração da capela de Rebouças.1904 - Construção da nova capela em lugar da antiga1908 - Criação da Diocese de Campinas desmembrada
da Diocese de São Paulo1910 - O Padre Angelo Ronsini é nomeado capelão de
Rebouças1913 - O Padre Joaquim da Fonseca vem morar em Re-
bouças e é construída a Casa Paroquial09/10/1914 - Decreto criando a Paróquia de Sant´Ana
de Rebouças11/10/1914 - Instalação oficial da Paróquia de Sant´Ana
por Dom Mamede1915 - São modificados os limites geográficos da Paróquia1916 - Construção do coreto no Largo da Matriz1920 - Falecimento de Dom João Nery e nomeação de Dom
Francisco de Campos Barreto para substituí-lo na Diocese de Campinas
1927 - Reformas na Matriz: torre, pintura e nova insta-lação elétrica
1937 - Fundação da Conferência de São Vicente na Paró-quia e reforma da igreja e da Casa Paroquial
1939 - 25º aniversário da criação da Paróquia de Sant´Ana
1941 - Falecimento de Dom Francisco Barreto, substtuido por Dom Paulo de Tarso Campos no ano seguinte
1947 - Inauguração da Via-Sacra na Matriz e lançamento da pedra fundamental da nova Matriz
Datas Expressivas na História da Paróquia
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21/06/1963 - Eleição do Papa Paulo VI10/07/1964 - Primeira missa em português na igreja Matriz1964 - 50º aniversário da criação da Paróquia12/1965 - É trocado o telhado da igreja Matriz por telhas
francesas24/01/1966 - Início da construção da igreja Matriz de
Hortolândia06/12/1966 - Posse de Dom Antonio Maria Alves de Si-
queira como Arcebispo de Campinas27/09/1968 - Dom Paulo de Tarso Campos renuncia e
assume Dom Antonio M.A. de Siqueira02/11/1970 - Inauguração da capela do Cemitério Muni-
cipal de Sumaré21/08/1971 - Pela primeira vez são investidos três Mi-
nistros Extraordinários da Eucaristia na Paróquia24/12/1975 - Nomeação de Dom Gilberto Pereira Lopes
como Arcebispo Coadjutor de Campinas06/08/1978 - Falecimento do Papa Paulo VI1978 - Pontificado de João Paulo por 33 dias16/10/1978 - Eleição do novo Papa João Paulo II15/10/1979 - Criação da Paróquia de Hortolândia, des-
membrada da Paróquia de Sant´Ana30/06/1989 - Ordenação diaconal dos seminaristas
João Batista Silvestre, Sebastião dos Santos, e presbiteral do diácono João Pereira de Abreu, as primeiras acontecidas em Sumaré
1989 - 75º aniversário da criação da Paróquia de Sant´Ana
15/12/1989 - Ordenação presbiteral do diácono João Batista Silvestre
25/01/1992 - Criação da Paróquia de São Paulo Apóstolo26/07/1992 - Criação da Associação de Sant´AnaJaneiro/1997 - Nomeação de Dom Luiz Antonio Guedes
para Bispo Auxiliar28/07/1998 - Entregues oficialmente aos Coordena-
dores de Comunidades e Pastorais as “Diretrizes para uma Ação Pastoral”
11/08/1998 - Aprovada pelo Conselho de Presbíteros a
criação da Paróquia de Santa Teresinha16/08/1998 - Ordenação presbiteral do diácono Paulo
César G. FerreiraAgosto/1998 - Lançamento do livro História da Paróquia
de Sant´Ana em sua primeira edição, obra escrita a pedido do Padre Mansur.
01/10/1998 - Criação da Paróquia de Santa TeresinhaFevereiro 2.000 - Criação do EACP – Equipe de Anima-
ção e de Coordenação Paroquial2001 - 14º Congresso Eucarístico Nacional na Arquidio-
cese 2003 - Reformas na Matriz: altar, pia batismal, ambão e
cadeira presidencial em granitoJulho 2004 - Inauguração da Casa de Sant´AnaAbril 2005 - morte de papa João Paulo II e eleição de
Bento XVIJunho 2006 - assinatura do projeto “Ação para a Vida”2009 - Inauguração do CenFel 2009 - Reformas no Centro Pastoral Nossa Senhora
AparecidaMaio 2009 - Ereção canônica da Ordem Franciscana Se-
cular na Paróquia09/09/2009 - Ordenação diaconal de Luiz Antonio Fer-
reira Quental28/08/2011 - Falecimento de Dom Bruno Gamberini15/04/2012 - Nomeação de Dom Airton José dos Santos
para a Arquidiocese de CampinasFevereiro 2013 - Renúncia de Bento XVI e eleição do
Papa Francisco2013-2014 - Celebração do Centenário da Criação da
Paróquia09/10/2014 - Lançamento do livro Paróquia de Sant´Ana
100 Anos.