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7/26/2019 Literatura Brasileira Contempornea
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ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE A LITERATURABRASILEIRA CONTEMPORNEAem 27/05/2013
O escritor Luiz Ruffato* faz extenso panorama sobre a literatura brasileira, desde os primrdios
at a gerao atual, com foco especialmente na gerao 90 e no sculo !" #onfira$
OS PRIMRDIOS
%mbora caudat&ria da literatura portuguesa, desde cedo a paisagem e uma maneira diferente
de modular a l'ngua conformaram a mentalidade brasileira, (ue logo se manifestou em
expresso liter&ria aut)noma" o contr&rio de +ortugal, cuas fronteiras se consolidaram ainda
no -culo !!!, encapsulando de certo modo o po.o e seu idioma, o /rasil, colonizado a partir
de 100, recebeu .agas e .agas de influ2ncias estrangeiras" s primeiras, dos po.os
autctones, (ue forma.am in3meras etnias, seguida dos africanos, trazidos como escra.os
para o trabal4o forado na la.oura e no ser.io domstico" O contato entre a cultura europia e
as culturas ind'gena e africana 5banto e iorub&, principalmente6 produziu uma no.a .iso de
mundo, exigindo formas singulares de representao art'stica7i8"+odemos recuar ao -culo !! a exist2ncia de uma literatura de .is nacional, ou sea, (ue
apro.eita temas e situa:es locais e & conta com um ol4ar recon4ecidamente brasileiro, com
desta(ue para o poeta ;regrio de
@o -culo !!!, a literatura brasileira comea a despontar como ramo independente da
portuguesa" O alemo Ariedric4 /outerBeC, no (uarto tomo de sua monumental Geschichte der
Poesie und Beredsamkeit seit dem Ende ds 13s. Jahrhunderts 5Distria da +oesia e da
%lo(E2ncia desde o fim do sculo !!!6, intitulado Geschichte der Portugiesischen PoesieundBeredsamkeit 5Distria da +oesia e da %lo(E2ncia +ortuguesa6, publicado em F01,
demonstra enorme entusiasmo pela obra de #laudio
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ALENCAR
=%m fins de F1 ac4eiQme redatorQc4efe do Ii&rio do Rio de Taneiro" 5H6 o findar o ano,
4ou.e idia de oferecer aos assinantes da fol4a um mimo de festa" -aiu um romancete, meu
primeiro li.ro, se tal nome cabe a um fol4eto de 0 p&ginas>7.ii8" #om o aparecimento de 'inco
minutos, seguido, no ano seguinte, de (iu)inha, surge um dos mais importantes nomes da
cultura brasileira, Tos de lencar" -ozin4o, o escritor, morto precocemente aos NF anos, criou
todo um programa liter&rio, (ue norteou grande parte da produo subse(Eente"
@o pref&cio de Sonhos d*ouro, de FUG, lencar aponta as di.ersas dire:es de sua obra de
fico, (ue seriam, grosso modo, os camin4os desbra.ados pela literatura brasileira,
posteriormente" +ara ele, a literatura nacional no outra coisa =seno a alma da p&tria, (ue
transmigrou para este solo .irgem com uma raa ilustre, a(ui impregnouQse da sei.a americana
desta terra (ue l4e ser.iu de regaoJ e cada dia se enri(uece ao contacto de outros po.os e ao
influxo da ci.ilizao>7.iii8" ssim, concebe romances (ue cobrem os di.ersos momentos da
4istria da o.em nao$
Q +racema a fase =primiti.a>, (ue e.oca =a terra da p&tria a me fecunda>,
Q $ Guarani e,s minas de ratarepresentam o per'odo =4istrico>, =o consrcio do po.o
in.asor com a terra americana>J
Q e, no mbito da =infncia de nossa literatura, comeada com a independ2ncia pol'tica>,
determina duas estradas largas$ tramas rurais, ambientadas em locais =onde no se propaga
com rapidez a luz da ci.ilizao>, como $ tronco do i e $ Ga-choJ e narrati.as urbanas,
concebidas a partir da =luta entre o esp'rito conterrneo e a in.aso estrangeira>,
como i)a, uco&a,, ata da gae&a7ix8"
lm de indicar as .&rias possibilidades de construo ficcional, lencar se preocupou com a
edificao de uma l'ngua independente e dessemel4ada do idioma da
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primeiros de sentido .anguardista7x.8, o 3ltimo de molde conser.ador" lm disso, essa mesma
diretriz conduz dois longos poemas modernistas, 'ora "orato, de Raul /opp, e artim
'erer, de #assiano Ricardo, alm de comparecer, de forma alargada, complexa e sofisticada,
no romance de 5entendido a(ui como norteQnordeste6 o car&ter infenso Ms influ2ncias
estrangeiras e, portanto, mais genuinamente brasileiro7x.ii8" lencar mapeou o /rasil,
publicando $ ga-cho5extremoQsul6, $ tronco do i 5centro6 e $ sertane6o 5nordeste6, todos
idealizando paisagens, 4&bitos e costumes" S&.ora, & contaminado por idias cientificistas,
estuda.a o 4omem em seu meio, rude e .iolento"
O conceito alencariano de um regionalismo amplo 5ou sea, abarcando todas as regi:es do
pa's6 se sobrep)s" @a .irada do sculo, surgiram -im:es Lopes @eto no sul,fonsorinos e
aldomiro -il.eira no centro, !ngl2s de -ouza no norte e Iomingos Ol'mpio e Oli.eira +ai.a no
nordeste" li&s, ser& nesta regio de S&.ora, tragicamente marcada por secas sazonais, luta
pela terra, fanatismo pol'tico e religioso, (ue lograr& com .igor o =regionalismo>, re.elando, ao
longo da primeira metade do -culo , alguns dos nossos mel4ores escritores$ Rac4el de
Vueiroz, Torge mado, Tos Lins do Rego e ;raciliano Ramos"
MACHADO DE ASSIS
T& a lin4agem dos romances urbanos influenciaria alencarianos" 7x.iii8" %, aps c4am&Qlo de =g2nio>,
.aticina a imortalidade do autor"
+roclamado em .ida o maior escritor brasileiro,
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na literatura nacional, e Raul +ompia, (ue propaga, com $ ,teneu, a narrati.a de cun4o
psicolgico, de fundo impressionista"
ERA 'ARGAS
O per'odo compreendido entre 9K0 e 91N, (ue abrange a %ra argas7xx8, um dos mais
conturbados da 4istria brasileira" Ie um lado, argas p:e fim aos pri.ilgios das oligar(uias
agropecu&rias, incenti.a a industrializao, estabelece uma legislao trabal4ista e
pre.idenci&ria, reorganiza o aparel4o do estado, patrocina a educao e a cultura" Ie outro,
go.erna com mo de ferro, implac&.el na represso a constitucionalistas e comunistas, e
simp&tico Ms idias fascistas" #uriosamente, este tambm um momento de profunda ebulio
intelectual"
Tornais e re.istas estampa.am as pol2micas entre catlicos, comunistas, .arguistas, fascistas
e liberais" Os escritores catlicos, identificados em geral com o pensamento do ensa'sta
TacCson de Aigueiredo, discutiam, em seus romances, a crise espiritual do Domem, e
acredita.am na religio como soluo para os impasses 5Lucio #ardoso, #ornlio +enna, Torge
de Lima,
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DITADURA MILITAR
Iecorridos, no entanto, menos de duas dcadas do fim da ditadura de ;et3lio argas, outro
golpe militar sufoca a nascente democracia" O ritmo de crescimento acelerado do go.erno
Tuscelino Yubitsc4eC 5=cin(Eenta anos em cinco>6 p:e em marc4a um dos maiores mo.imentos
migratrios internos do pa's 5principalmente de moQdeQobra do @ordeste e
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ngelo 5/arbacena, $ inflao descontrolada, retrao industrial, estagnao econ)mica,
desemprego alto, aumento da d'.ida externa, dficit fiscal" O mo.imento sindical, (ue
renascera em fins da dcada de 9U0, se fortalece e d& origem a uma agremiao pol'tica, o
+artido dos Srabal4adores, (ue ser& fundamental para os rumos (ue o pa's tomar& duas
dcada depois"
@o mbito da literatura, apesar de a crise econ)mica ter (uase in.iabilizado o mercado editorial
5muitas editoras faliram6 e gerado uma estagnao do cen&rio cultural, alguns importantes
nomes foram re.elados" E se os anos >? 4ora! do!$nio dos *on"is"as- nos anos ? os
ro!an*is"as reinar,o abso#u"os" Raimundo #arrero 5-algueiro, +%, 9NU6, cua estria ocorreem 9U1 com, histria de Bernarda So&edade , tigre do sert4o, publica, a partir de 9F,
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mais romances, com desta(ue para Somra se)era,,s somrias runas da a&ma e inha
a&ma ! irm4 de eus" Cris"o&,o Te%%a5Lages, -#, 91G6 #an2a e! > #ran $irco das
Am%ricas- se1uido de ou"ros "$"u#os- en"re e#es O fot&'rafo- O fantasma da
inf(ncia e O fil)o eterno- seu !aior su*esso de (b#i*o e de *r$"i*a " Arei /etto 5#arlos
lberto Libnio #4risto, /elo Dorizonte, 9NN6, autor de mais de 10 t'tulos, entre religio,
pol'tica, memrias, literatura infantil e u.enil, estreou na fico em 9U9 com o li.ro de
contos, )ida suseita do su)ersi)o Dau& Pare&a[xxxiii], ao (ual se seguiram seis romances e
mais uma coletnea de contos, @ree contos dia&icos e um ang!&ico"
P de 9F0 a apario de Too ;ilberto @oll 5+orto legre, R-, 9N6, com a coletnea de
contos $ cego e a dan a temestade, 'omo eu se %i
or si mesmoe $s )eres da Grande eitoa Branca"
%m 9F, surge Rubens Aigueiredo 5Rio de Taneiro, RT, 916 com $ mist!rio da samamaiaai&arina o autor lanar& tr2s romances e tr2s coletneas de contos at $ assageiro do %im
do dia, (ue, em G00, o consagra em definiti.o unto M cr'tica" Sambm de 9F Bo&ero*s Bar,
de ]ilson /ueno 5Taguapit, +R, 9N9QG006, (ue re.ela.a um autor ecltico, interessado em
parodiar os mais di.ersos estilos, como em ar aragua#o, escrito em portun4ol7xxxi.8, eu tio
Doseno> a ca)a&o, M maneira das narrati.as de ca.alaria, e ,mar?te a ti nem sei se com
carcias, um romance =do -culo !>"
+d!ias ara onde assar o %im do mundo inaugura, em 9FU, a pentalogia de Too lmino
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4istrias pessoais com a 4istria do pa's, tendo a maz)nia como cen&rio e as rela:es
familiares no resol.idas como leitmoti."
ale lembrar ainda dois nomes, (ue t2m em comum a preocupao com o resgate da 4istria
do /rasil, embora utilizando estratgias completamente diferentes$ Luiz nt)nio de ssis /rasil
5+orto legre, R-, 9N16 busca refletir sobre a formao da nao a partir de sua consolidao
no extremo sul do pa's 5,s )irtudes da casa, (ideiras de crista&,$ intor de retratos6, e na
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.erdade, seu interesse pela prosa de fico & transparecia nas incurs:es pelo teatro 5 Doda
)i)a, 9FJ 'a&aar, 9UKJ Gota d*8gua, 9U1J Iera do a&andro, 9UFJ e$ grande circo
mstico, G00K7xxxix86 e mesmo na no.ela orBelliana, ;aenda mode&o, de 9UN, uma f&bula
sobre a ditadura militar7xl8" -eus tr2s primeiros romances, Estor)o, Ben6amine Budaeste,
desen.ol.em situa:es CafCianas, (uando um fato absolutamente ordin&rio desencadeia uma
srie de desencontros e estran4amentos" T& eite derramado, publicado em G009, retoma uma
narrati.a mais tradicional, apresentando a confisso de um .el4o membro da classe dirigente
brasileira, cua 4istria pessoal se confunde com a prpria 4istria do pa's"
#omeando com um li.ro de contos,,erra
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de Taneiro" T& /ellini o deteti.e de outro cultor do g2nero policial, SonX /ellotto 5-o +aulo,
-+, 906, (ue estria em 991$Be&&ini e a es%inge, Be&&ini e os demMnios e Be&&ini e os
esritos"
%m 99, #intia
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99F, Srcia " prosa de driana Lisboa,
enc4arcada de poesia, trafega entre fiapos de enredos, constru'dos como pe(uenas peas de
tapearia, com seus aparentemente fr&geis desen4os, amarrados, no entanto, em
incorrupt'.eis urdiduras",u&?cor)oexplicita as preocupa:es da autora em lidar com
personagens desenraizados, (ue es(uadrin4am o passado .isando a legitimao do presente,
e (ue terminam, na .erdade, reconstruindo suas destina:es" ltair
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-ocial do #omrcio 5-esc6 e o programa iagem Liter&ria, promo.ido pelo go.erno de -o
+aulo, (ue obeti.am, ambos, incenti.ar a presena dos escritores nas bibliotecas p3blicas"
O go.erno federal, e em menor escala algumas administra:es estaduais e municipais,
passaram a destinar .erbas exclusi.as para a compra de li.ros para as bibliotecas p3blicas e
escolares, tornando o mercado editorial brasileiro financeiramente interessante em G00
foram mo.imentados R_ N,1 bil4:es 5cerca de Z-_ G,1 bil4:es6, sendo (ue K1` deste total
representam compras go.ernamentais" #om isso, a partir de 999, grandes conglomerados
europeus passaram a ad(uirir editoras nacionais, criando megaempresas, (ue, no af de
otimizar a competiti.idade, disputam os autores para formao de seus cat&logos"
+or outro lado, curiosamente, aumenta o n3mero de pe(uenas e mdias editoras comerciais e
o sistema de autopublicao e de edi:es em cooperati.a impulsionado" O interesse
reno.ado pela literatura parece estar ligado, de um lado, M ampliao do poder a(uisiti.o da
populao em geral 5(ue pode, ento, dispor de parte do oramento para a compra de li.ros,
artigo ainda caro no /rasil6, e, de outro, ao fen)meno da internet, (ue, por suas caracter'sticas
intr'nsecas, exige um m'nimo de letramento do usu&rio7xl.ii8" ssim, os blogues, surgidos no
/rasil a partir do final do -culo 7xl.iii8, re.elam no.os autores (ue, aps uma espcie de
est&gio no mundo .irtual, migram para editoras comerciais" Os blogues so tambm
respons&.eis pela reno.ao do g2nero conto 5a narrati.a curta a (ue mel4or se ade(ua ao
espao ciberntico6, gerando subprodutos, como o miniconto e o microconto" Zma 3ltima
constatao$ o acesso M internet democratizou a produo e o consumo da manifestao
escrita, o (ue impeliu o aparecimento, com fora, de autores das periferias das grandes
cidades, em geral ligados ao 4ip 4op, aglomerados num mo.imento autointitulado =literatura
marginal>7xlix8"
@ome mais con4ecido desse mo.imento, Aerrz 5pseud)nimo de Reginaldo Aerreira da -il.a,
-o +aulo, 9U16 estria em G000 com 'a4o Dedondo, retrato cruel de personagensencurralados pela .iol2ncia na periferia de -o +aulo, sem perspecti.as, sem sa'da" Aerrz
lanou outros dois romances, anua& r8tico do dioe eus %oi a&mo
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experimenta as diferentes formas de narrati.a" %m 'ho)e sore minha in%Lnciaar(uiteta uma
dolorida autobiografia ficcional 5um encarte fotogr&fico d& maior .eracidade M narrati.a6,
expediente (ue ir& retomar em 'h8 das cinco com o )amiro, um romance de formao" O
autor ainda flertar& com a trama 4istrica emFm amor anaruistae, m8uina de madeira,
com a narrati.a policial em, rimeira mu&her" -anc4es @eto publicou ainda dois li.ros de
contos, Asede secreto e Ent4o )oc uer ser escritorN
Toca Reiners Serron 5#uiab&,
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roduir e%eito sem causa, igue& e os demMnios, "ada me %a&tar86" /izarros tambm so os
personagens dos contos e do primeiro romance de +aulo -cott 5+orto legre, R-, 96,,inda
orangotangos e (o&8teis, en(uanto emAaitante irrea& ele faz um coraoso retrato dos
desacertos da gerao (ue .i.enciou os anos 9F0, a =dcada perdida>, com seus fracassados
proetos pol'ticos e pessoais" 4istria recente do pa's o pano de fundo dos romances de
%dneX -il.estre 5alena, RT, 9106, Se eu %echar os o&hos agora e, %e&icidade ! %8ci&, (ue, por
meio de uma narrati.a (ue flerta com a trama policial, traa um retrato pungente da gerao
(ue nasceu sob a ditadura argas e cresceu sob a ditadura militar"
Os o.ens escritores, nascidos a partir de 9U0, e con4ecidos como a =gerao 00>, comeam
agora sua traetria" inda cedo para formar uma opinio definiti.a sobre suas obras, mas
alguns nomes & se destacam" baixo, uma lista dos principais nomes, (ue estrearam entre
G000 e G009$
-usana Auentes5Rio de Taneiro, RT6$ Esco&a de gigantes, uiaJ
#laudia Lage5Rio de Taneiro, RT, 9U06$, euena morte e outras natureas, undos de
Eu%r8siaJ
na
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F&isses> 'aro&ina e eu, Aistrias de &iteratura e
cegueira, Procura do romanceJ
Renata /elmonte5-al.ador, /, 9FG6$ $ ue n4o ode ser, (estgios da Senhorita B.T
#arol /ensimon5+orto legre, R-, 9FG6$ P de arede, Sinuca emai=o d*8gua"
-imone #ampos5Rio de Taneiro, RT, 9FK6$ "o shoing,, %eia noite, $ned um no)o
6ogador,,mostra com&e=a"
7i8 c4egada de mil4:es de imigrantes italianos, alemes, espan4is, aponeses, s'rios e
libaneses, no -culo !, ampliou ainda mais este caldeamento, aprofundando as diferenas
existentes entre as culturas brasileira e portuguesa"
7ii8 " #lice Serezin4a #ampos" Organizadores" Pre%8cios de romances rasi&eiros" olume !" +orto
legre, Li.raria cad2mica, 9F, p&g" U"
7ix8 Op" #it, p&g" UQF"
7x8 !n$ +!@SO, %dit4 +imentel" -eleo e presentao" $ Portugus no Brasi& te=tos crticose tericos" olume ! FG0 Q9G0 Aontes para a teoria e a 4istria" -o +aulo$ %dusp, 9UF,
p&g" 11"
7xi8 #artas a " Outro autor, anterior ao
modernismo, (ue se distinguiu no mesmo campo foi
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7xi.8 !n$ S%L%-, ;ilberto " !n$ P8ginas reco&hidas" Rio de Taneiro?/elo Dorizonte$
;arnier, 990, p&g" FQFU"
7xix8 Relegada, Tulia Lopes de lmeida tal.ez sea um dos escritores mais inustiados da
literatura brasileira" " RZAASO, Luiz" Ju&ia" !n$ Rascun4o$ #uritiba, edi:es de outubro,
no.embro e dezembro de G00F e aneiro de G009"
7xx8 ;et3lio argas c4ega ao poder em 9K0, por meio de um golpe de estado, (ue derruba a
oligar(uia agr&ria (ue domina.a a pol'tica brasileira desde F9N, e permanece at 9N1,
(uando outro golpe de estado o destitui" %m 9N, seu apoio fundamental para a eleio de
seu sucessor, %urico ;aspar Iutra" %m 910, .olta M presid2ncia da Rep3blica, eleito pelo .oto
popular, e se suicida em 91N, pondo fim, simblica e efeti.amente, a uma poca"
7xxi8 &rios outros escritores, (ue manti.eram, durante um per'odo, militncia comunista, no
produziram literatura engaada, como ;raciliano Ramos, #arlos Irummond de ndrade, nibal
ou =originalidade> do nordeste em relao ao
estrangeiro"7xx.i8 #ertamente, a experi2ncia do #entro de #ultura +opular 5#+#6 da Znio @acional dos
%studantes, ocorrida entre 9 e 9N, de criao de uma arte a ser.io da transformao
pol'tica, influenciou os fundamentos da =gerao mimegrafo>" " DOLL@I, Delo'sa /uar(ue
de" 'P'> )anguarda e desunde: 1KO0?1K70" G edio" -o +aulo$ /rasiliense, 9F"
7xx.ii8 %m 9UF, aparece o primeiro .olume dos 'adernos negros, iniciati.a de um grupo de
escritores afrodescendentes, desdobrados em .olumes anuais, publicados pela %ditora
Vuilomb4oe, e (ue & conta com KN .olumes, entre poesia e prosa"
7xx.iii8 O crescimento do interesse do p3blico pela literatura brasileira na poca se imp)s de tal
forma (ue le.ou uma grande editora, a tica, de -o +aulo, por meio de um de seus editores,
Tiro SaCa4as4i, a criar, em 9U, uma coleo dedicada exclusi.amente a publicar textosinditos" #om tiragens (ue c4ega.am a alcanar at K0 mil exemplares em primeira edio, a
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coleo utores /rasileiros lanou um total de 9F t'tulos, entre 9U e 9F" " I@S-,
Larissa de rauo" Esa
iteratura e reress4o s?OV" -o +aulo$ %stao Liberdade, 9F9"
7xxxii8 Aicaram clebres as brigas de Too ntonio para o pagamento de direitos autorais pelas
editoras de li.ros did&ticos"
7xxxiii8 %ste li.ro intitulaQse,u8rio negro, a partir da segunda edio"
7xxxi.8 +ortun4ol um pato&, (ue mistura portugu2s e espan4ol, falado nas fronteiras do /rasilcom seus .izin4os 4ispnicos"ar aragua#o foi publicado, sem traduo, no #4ile, rgentina
e
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7xli8 nteriormente, na dcada de 90, o contista Luis Lopes #oel4o 5, morte no en)e&oe ,,
id!ia de matar Be&ina6 tentou dar ao g2nero policial dignidade liter&ria"
7xlii8 %m G0G, o autor anunciou (ue iria abandonar o nome @elson de Oli.eira e passaria a
assinar seus li.ros como Luiz /ras" O primeiro li.ro adulto firmado sob esse pseud)nimo foi
lanado na(uele ano, Soinho no deserto e=tremo"
7xliii8 #om o pseud)nimo de -al.ador dos +assos,