Linguagens oral/escrita/ digital - VII Encontro de...

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Linguagens oral/escrita/ digital

Linguagem oral -Aquisição universal sem ensino formal

• A partir do contacto com falantes, os seres humanos dispõem de potencialidades genéticas para formar mecanismos cerebrais que lhes permitem dominar a linguagem oral (compreender e produzir).

Linguagem escrita - Aquisição universal mediante ensino formal

• Mediante um longo processo de aprendizagem formal os seres humanos formam mecanismos cerebrais que lhes permitem compreender e produzir linguagem escrita.

– traduzem os caracteres gráficos para sons da língua e atribuem-lhes significado (ler)

– utilizam estes caracteres para comunicar (escrever)

Linguagem digital – Aquisição diferente de uma linguagem

audio, scripto, visual para os nativos digitais e os imigrantes digitais (Mark Prensk, 2001)

A invenção/ aquisição das linguagens oral, escrita e digital

1. Criação/aquisição da linguagem oral

2. Criação da linguagem escrita – várias etapas

3. Alargamento do acesso à linguagem escrita

Acesso à leitura

Até ao século XX – acesso progressivo à leitura de livros e periódicos

O acesso universal à leitura depende: • Do domínio da competência leitora assegurada pela

escolarização – alfabetização universal da população – desenvolvimento da literacia

• Do acesso ao livro através – Incremento da edição – Difusão das bibliotecas públicas – Difusão das bibliotecas escolares

Acesso à leitura digital

No século XX - novas formas de acesso à leitura e à informação graças a:

– invenção e desenvolvimento do computador (1936) – criação da internet (1969) – difusão do computador pessoal (1981) – difusão andróide (2008) e de iPad (2010)

O acesso universal à leitura passa também a depender de:

– domínio de competências de leitura em suporte digital – acesso ao computador, andróide, iPad – disponibilização de informação em suporte digital

Leitura tradicional/leitura digital

Leitura tradicional – construção de significado do

texto pelo leitor, através de estratégias de abordagem para extrair a informação que o autor codificou através de escrita estática

Acesso à informação disponibilizada em textos livros e periódicos • Requer utilização de circuitos neuronais formados por um

processo de aprendizagem formal da leitura, longo e assistido

• Suscita leitura individual

• Exige concentração focada da atenção para a leitura em profundidade

Leitura tradicional/leitura digital

Leitura digital - construção de significado pelo leitor

recorrendo a múltiplos meios e integrando a informação

Acesso à informação disponibilizada através de suportes digitais e recursos de informação intermodal: textos escritos + imagens fixas + vídeos • Requer utilização de novos circuitos neuronais formados por um processo de aprendizagem informal para os chamados nativos digitais • Exige rapidez de seleção perante avalanche de informação

intermodal

• Suscita flexibilidade e atenção dispersa

Leitura de livros Leitura digital

Gary Small –UCLA 2008

Cérebro a ler um livro Cérebro a pesquisar na web

Leitura de livros Leitura digital

Adquirir competência leitora – leitura tradicional

O cérbero nasce com estruturas que possibilitam a leitura, mas requer ativação dos sistemas de forma continuada e repetitiva A aprendizagem da leitura tradicional requer leitura orientada e leitura autónoma

– Iniciação – descodificação - compreensão – Aquisição de automatismo e de fluência

– Domínio de várias estratégias – Tempo – vários anos de treino para aprofundar a competência – Experiência de leitura de textos variados: livros e artigos e

adequados a cada etapa

Exige:

– Gosto e envolvimento pessoal para assegurar a concentração e auto-domínio

– Multiplicidade e diversidade de experiências

Adquirir competência leitora – leitura digital

A aprendizagem da leitura digital está facilitada nos nativos digitais Mas o acesso à informação requer orientação para assegurar o o uso de estratégias novas :

– Procura de caminhos para obter informação

– Identificação de questões nucleares para orientar a procura

– Velocidade de processamento

– Selecão de informação relevante – – Avaliação de utilidade e validade

– Capacidade de síntese de informação disponibilizada em

múltiplos formatos e originária de diferentes fontes

Ensinar a ler e escrever no sec XXI

Exige • Competência pedagógica na iniciação e/ou no

aprofundamento

• Capacidade e induzir leitura(treino) autónomo ou assistido

• Adequada seleção e disponibilização de livros e de recursos digitais que estimulem o gosto, a curiosidade e o interesse pela leitura

• Capacidade de aproveitar a motivação que os livros e

os recursos digitais exercem sobre os alunos

• Avaliação de progressos individuais

Ensinar a ler e escrever no sec XXI

Exige medidas de política educativa e cultural Plano Nacional de Leitura

• Clareza de objetivos • Trabalho em rede com profissionais da leitura –

docentes, bibliotecários, editores e parceiros • Trabalho coordenado com o PTE -Plano Tecnológico

da Educação • Envolvimento da comunidade • Apoio aos docentes- orientações/formação • Lançamento de projetos • Disponibilização de livros e recursos digitais

Promover a leitura e a escrita no sec XXI

Plano Nacional de Leitura Recurso ao suporte digital para tornar visiveis as suas diferentes dimensões -14 sites com: • Informação

– Produção e disponibilização de informação científica

• Orientação – Sugestões para o trabalho docente – Sugestões para envolvimento das famílias, de outros atores e

das comunidades

• Disponibilização de listas de livros para apoiar escolhas adequadas

• Disponibilização de recursos digitais

Promover a leitura e a escrita no sec XXI

http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/index1.php

Recursos Digitais - PNL

http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/bibliotecadigital/

Recursos Digitais – CITI -UNL

http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/caminhodasletras/

Recursos Digitais - PNL

http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/caminhodasletras/

AVALIAÇÃO PNL

Desenvolvimento das competências de leitura/literacia dos alunos: percepções dos professores, 2006/07-2009/10 (% de “muito significativo” + “bastante significativo”)

AVALIAÇÃO PNL

Importância da Biblioteca Escolar para o desenvolvimento das actividades do PNL nas escolas:

percepções dos professores, 2006/07-2009/10 (% coluna)

Avaliação da importância das BE

2006/07

2007/08

2009/10

Muito importante 67,0 78,9 84,8

Importante 30,6 20,3 14,7

Pouco importante 2,1 0,1 0,4

Nada importante

0,3

0,6

0,1

Fonte: CIES-IUL, Inquérito PNL às Escolas, 2007, 2008 e 2010.

Avaliações internacionais

Resultados do PISA

Re

Fonte: PISA (OCDE, 2013)

Avaliações internacionais

Resultados do PIRLS

Estudo PIRLS - Avalia a literacia de alunos do 4º ano Realiza-se desde 2001. Portugal só aderiu ao em 2011.

Média obtida pelos alunos portugueses (541) Bastante superior à média internacional (500) Num conjunto de 45 países, Portugal colocou-se em 15º lugar - a par com a Alemanha e a Itália. A média de Portugal foi superior à média de 28 países. Exs: Hungria, Áustria, França, Espanha, Noruega, Bélgica.

Avaliações internacionais de Literacia

PISA e PIRLS • Os resultados de Portugal refletem progresso

• Aconselham a continuação de políticas públicas de promoção da leitura

Voluntários da Leitura

http://www.voluntariosdaleitura.org/

Resultados da promoção da leitura

Avaliação do PNL Avaliações internacionais da literacia

– PISA -2009 e 2012

– PIRLS - 2011

Príncipios gerais

A Leitura é um bem essencial • Proporciona informação, conhecimento,

• Desenvolve a atenção, a capacidade de concentração e a capacidade de compreensão

• Estimula a curiosidade, o pensamento crítico, a imaginação

O contacto precoce de crianças com livros torna a leitura gratificante e estimula muito o desenvolvimento intelectual

Fundamentação científica

Resultados da investigação sobre o cérbero:

• O cérebro nasce com estruturas que possibilitam a leitura, mas

requer ativação dos sistemas de forma continuada e repetitiva

• Ensinar a ler é preparar o cérbero para adquirir automatismos na descodificação e na atribuição de sentido aos textos

• A leitura requer um processo longo e assistido de aprendizagem e treino

• Ler bem exige muita prática de leitura, particularmente entre os 6 e os 12 anos, período muito importante

• O prazer de ler é um fator decisivo para a captação do interesse

para a manutenção da atenção

Fundamentação científica

• Ler com prazer cria hábitos de leitura

• As crianças e jovens que gostam de ler têm melhores resultados na leitura e na escrita

• O nível de leitura é mais determinante do sucesso escolar do que o nível socio-económico da família

• A leitura tem impacto positivo no desenvolvimento cognitivo, emocional e social

Princípios do projeto

Missão

• Potenciar o desenvolvimento de uma rede nacional de volutariado na área da leitura para promover a leitura e a literacia

Objetivos do Projeto

• Apoiar iniciativas;

• Estimular a adesão de voluntários:

• Disponibilizar informação;

• Assegurar recursos de formação

• Realizar investigação

Objetivos da prática do voluntariado

• Apoiar crianças na fase de aprendizagem

– Detetar dificuldades

– Intervir o mais cedo possível

• Alargar e consolidar a competência da leitura

– Estimular o gosto pelos livros

– Diversificar experiências de leitura

Áreas de desenvolvimento do Voluntariado

Instituições das áreas

• Educação

• Cultura

• Saúde

• Solidariedade social

PAPEL DOS VOLUNTÁRIOS DE LEITURA

Na Escola/Na Biblioteca

• Promover o prazer de ler, entre crianças e os jovens, dando generosamente algum do seu tempo.

• Ler com um só beneficiário, para um pequeno grupo, para uma turma, em sessões de 30 a 60 minutos, em horário a fixar por acordo com a biblioteca escolar

• Apoiar os profissionais - docentes e bibliotecários - nas atividades da biblioteca

Actividade agradável, acessível a qualquer pessoa, e com efeitos inestimáveis no desenvolvimento das potencialidades das novas gerações

Apoio do Professor-Bibliotecário

Figuras de referência no apoio ao voluntário de leitura para que assuma bem o seu papel

• Na integração no agrupamento/escola

• Na escolha dos livros adequados

• No relacionamento com os alunos

• Sempre que necessário, na resolução de imprevistos

Voluntários da Leitura

http://www.voluntariosdaleitura.org/

Formação em e-learning

Exemplos de Atividades

• Leitura a par com um ou dois alunos

Exemplos de Atividades

• Leitura em voz alta para uma turma ou para um grupo

Exemplos de Atividades

• Leitura em voz alta e debate sobre livros com grupos

Exemplos de Atividades

• Apresentação de livros

Exemplos de Atividades

• Apoio às atividades da biblioteca

• Apoio à Semana da leitura/Festas e comemorações

• Concursos e jogos de leitura

• Apoio a visitas de escritores e ilustradores

• Apoio à organização de Feiras do livro

Integração dos Voluntários

Contar com o apoio do professor/bibliotecário para:

• Conhecer a biblioteca/ a escola, a equipa

• Conhecer beneficiários - os alunos que irá apoiar e os respetivos docentes

• Compreender a cultura da biblioteca ou do agrupamento/escola

• Estabelecer um programa de trabalho – Dias/ horas/ atividades

– Realizar as atividades de leitura

– Receber apoio continuado

Enquadramento do Voluntário

Ao vivo - esclarecimentos sobre:

• as crianças que poderão estar envolvidas

• a escolha de livros adequados a cada atividade e às diferentes situações

• a flexibilidade desejável neste tipo de intervenção,

sempre alterável em função das reações dos participantes e dos resultados

Demonstração com exemplos disponíveis na Internet

Algumas regras

• Confiar no apoio dos profissionais

• Abreviar ou prolongar o tempo de cada sessão em

função da adesão dos alunos

• Verificar se na sessão, ou ao longo das sessões se há coisas a corrigir (escolha de livros, parceiros de leitura, atividades)

• Conversar com os alunos , com docentes ou familiares sobre os progressos e ajustar a atividade

Avaliação- Alguns dados

De Dezembro de 2012 a Maio de 2014

Voluntários

Inscritos 894

Colocados em Escolas 321

Colocados em Bibliotecas Municipais 50

Instituições

Escolas/Agrupamentos: 331

Bibliotecas Municipais 48

Outras Instituições: 15

Avaliação- Questionário

Número de pessoas que responderam ao questionário

Diretores de escolas 1

Coordenadores (CIBES) 31

Professores Bibliotecários (PB) 248

Docentes (Doc) 32

Bibliotecários da Rede Pública (BRP) 10

Voluntários de Leitura (VL) 108

De outras instituições de acolhimento 1

Cidadãos (Cid) 34

Total 465

Questionário de Avaliação 1º Ano

Benefícios do trabalho voluntário junto das crianças Respostas de professores bibliotecários

Questionário de Avaliação 1º Ano

Benefícios do trabalho voluntário junto das crianças Respostas de voluntários

Benefício

global Gosto

pela

leitura

Nível de

leitura

Leitura

na

escola

Leitura

em

família

Pouco 0% 0% 6% 0% 15,1%

Relativamente 1,9% 12,1% 27,3% 9,1% 30,3%

Muito 86,1% 75,8% 57,6% 81,8% 24,3%

N/r 12% 12,1% 9,1% 9,1% 30,3%

Parceiros

Câmaras Municipais