Post on 21-Apr-2017
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
1. Defender a afirmação de que a Lei não foi suficiente para a justificação do ser humano;
2. Sensibilizar-se de que quem ensina e não pratica o que ensina é um hipócrita e está debaixo da ira de Deus;
3. Demonstrar que o ritual serve apenas como um sinal externo, como exemplo da circuncisão, e não justifica o ser humano diante de Deus;
4. Aplicar o conteúdo aprendido à sua vida pessoal.
INTERAÇÃO
INTERAÇÃO • Atenção especial para o tema da hipocrisia.
• Não é possível, como diz um ditado popular, "tapar o sol com a peneira". Infelizmente, existem, no meio cristão evangélico, pessoas com atitudes semelhantes as dos judeus citados por Paulo.
• Elas querem impor sobre as demais normas e regras que a Bíblia não exige, um jugo pesado e impraticável. Pessoas boas de discurso, que falam de forma bonita sobre o Evangelho, mas que não se comporta adequadamente na igreja, no lar, trabalho, escola e na sociedade em geral.
• Crentes que têm envergonhado o Evangelho e a Igreja.
• Um debate bem conduzido sobre o assunto poderá contribuir para uma sensibilização, para a necessidade de se viver uma vida íntegra e coerente diante das pessoas e de Deus.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA • Atividade em grupo para exemplificar o ensino do tópico II.
• Solicite dois voluntários ou duas voluntárias. Enquanto as demais pessoas assistem, coloque uma venda nos olhos de um(a) voluntário(a) e peça para o(a) outro(a) voluntário(a) para guiá-lo(a) numa caminhada pela sala ou pátio, não permitindo que retire a venda, como se fosse uma pessoa cega.
• Na sequência, coloque a venda nos olhos do(a) outro(a) voluntário(a) e peça para um guiar o outro, alternadamente. Após a atividade, peça para cada voluntário(a) expressar qual o sentimento que teve nas duas funções exercidas, bem como a opinião do público que presenciou a atividade.
• Depois de ouvir a todas as pessoas, explique que os judeu-cristãos se achavam perfeitos e queriam guiar os gentios por acharem que eram cegos, mas que Paulo esclarece que também eram cegos.
• Os judeus se achavam superiores, porém diante de Deus estavam condenados como os gentios que não reconheciam a Deus. Ambos precisavam da misericórdia e graça de Deus.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
• Os judeu-cristãos de Roma não se sentiam à vontade com a mensagem da justificação por meio da fé (opressão do jugo da lei por longa data) .
• O comportamento dos judeu-cristãos colocava-os, da mesma forma que os gentios, debaixo da ira de Deus.
• Assim sendo, para estes judeus ainda era necessário:
se libertar do jugo da lei;
abandonar a vida hipócrita de se ensinar e não viver o que ensina; e
se libertar da dependência do ritualismo como se fosse requisito de justificação.
I – LIBERTAÇÃO
DO JUGO DA LEI
(Rm 2.1-16)
O julgamento mediante a lei provoca a ira de Deus (v. 1-10).
• Os judaizantes deve ter gostado do discurso anterior(1.18-32). Agora, o comportamento deles que é questionado.
• O apóstolo afirma que da mesma forma que os gentios provocaram a ira de Deus pela sua conduta pecaminosa, os judeus também estavam sob o julgamento da ira de Deus pelo legalismo.
• Eles queriam impor um jugo sobre as pessoas, que nem mesmo Deus requeria.
• Jugo que somente Jesus poderia libertar (Ver Mt 11.28-30).
Deus não faz acepção entre judeu e gentio (v. 11)
• Deus sempre vai primar pela justiça. O parâmetro utilizado para o julgamento é a prática da injustiça e não a nacionalidade ou origem das pessoas.
• Como poderia um Deus de amor e criador de todos os seres humanos privilegiarem uns em detrimentos de outros?
• O apóstolo inicia o que vai descortinar de uma vez por todas nos próximos capítulos.
• Não era uma novidade, pois essa visão já estava presente nos textos do AT, mas que os judeus ainda não haviam aprendido
Os gentios que não conhecem a lei serão julgados pela sua consciência moral (v. 12-16)
• Um questionamento comum é como serão julgados as pessoas que nunca tiveram a oportunidade de conhecer o evangelho.
• Seria justo uma pessoa que não conheceu a Cristo devido às circunstâncias de sua vida, que não por sua própria vontade, seja condenada pela ira de Deus?
• Exemplo de pessoas que nascem em comunidades regidas pelo Estado Islâmico. Qual a tendência?
• Julgamento não pelo conhecimento da lei, mas pela prática da lei de Cristo, sem mesmo o conhecer.
II – ABANDONO
DA HIPOCRISIA
(Rm 2.17-24)
Os judeus se achavam superiores por serem os receptores da lei (v. 17-18).
• Os judeus, numa linguagem jovem, “achavam que estavam podendo” por terem “por sobrenome judeu”.
• Os judeu-cristãos tinham, no mínimo, duas opções:
1) Se sentirem superiores pela recepção da revelação;
2) Se sentirem responsáveis e gratos pela disseminação da revelação .
• Os gentios = cães pelos judeus (Mc 7.24-30).
• Você têm um comportamento diferente dos judeus?
• Jesus advertiu que seremos julgados da mesma forma que julgamos (Mt 7.1-5).
Os judeus não viviam o que ensinavam (v. 19-23)
• Paulo afirma que o relacionamento entre judeus e gentios era de um cego querendo conduzir outro.
• Exemplo do treinamento vivencial.
• No sentido espiritual, quem tem a visão deve se compadecer de quem não tem e apontar a solução para seu problema, que é Cristo.
• Evidência da cegueira dos judeus = comportamento hipócrita. Ensinavam o que não praticavam.
• Ditado popular “faz o que eu mando, mas não faça o que eu faço”.
Os judeus envergonhavam o nome de Deus (v. 24).
• As pessoas estão atentas para o comportamento das outras, principalmente...
• O texto diz que os gentios blasfemavam contra Yahweh devido ao comportamento repreensível deles.
• Você tem envergonhado o nome de Deus?
• Não devemos desonrarmos a Deus para não sermos condenados com o “mundo” (1 Co 11.28-32).
• Cristianismo, entre a teoria e a prática. Fazer a diferença na sociedade.
III – LIBERTAÇÃO
DO RITUALISMO
(Rm 2.25-3.8)
Os judeus exigiam a circuncisão, mas eram incircuncisos de coração (2.25-29).
• Circuncisão: sinal externo que representa a fidelidade do judeu com sua fé e sua nação/Deus.
• Obrigatória e motivo de vanglória por pertencer ao “povo escolhido”.
• Procedimento de alguns judeus na época do império grego .
• A verdadeira circuncisão é aquela que acontece no interior do ser humano, em seu coração.
• O interior do ser humano que transforma seu exterior e não o contrário.
Os judeus transformaram somente em privilégio o que era uma responsabilidade (Rm 3.1-2).
• Paulo não desmerece o privilégio de povo judeu de receber a revelação de Deus.
• Paulo critica o comportamento deles devido a esse privilégio.
• O recebimento da revelação das escrituras foi um privilégio, mas acima de tudo, era uma grande responsabilidade.
• Abraão e sua descendência foram escolhidos para intermediar as bênçãos à humanidade (Gn 12).
• Há um grande risco em transformar responsabilidades em privilégios.
Deus transforma a maldade humana em benção (Rm 3.3-8)
• Perigo de interpretação: justificar suas mentiras e más intenções por um suposto bem para os outros.
• Israel teve uma função pedagógica para si próprio e para os não judeus. Transgrediu a Lei e comportou-se como pagão.
• A falha dos judeus foi transformada por Deus em benefício aos gentios.
• Exemplo de mal sendo transformado em bem: José (Gn 50.15-21).
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Nesta lição nos aprendemos que:
1) os judeus que se achavam perfeitos e privilegiados por serem os receptores da revelação de Deus e portadores da Lei, diante de Deus estavam na mesma condição que os gentios;
2) para alcançar a justificação os judeus precisavam abandonar a vida de hipocrisia, baseada em ritualismo e sinais externos.
3) os judeus intentavam transformar a responsabilidade de receber a revelação de Deus somente em privilégios pessoais.
REFERÊNCIAS
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Pr. Natalino das Neves
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