LeilãO De Jardim

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O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo".

A educação infantil compreende uma etapa na vida da criança na qual ela se desenvolve no meio onde está inserida nos aspectos cognitivo, afetivo, moral, social e motor, de forma quantitativa e qualitativa. A partir de tal afirmativa, observa-se a importância do brincar para essas crianças, pois através das brincadeiras, elas poderão se desenvolver amplamente, em todos esses aspectos. De acordo com Batista (2005), uma pedagogia que contemple atividade lúdica, ou seja, jogos e brincadeiras enriquecem e ampliam o universo físico, social e cognitivo da criança, contribuindo assim para a estruturação da personalidade do indivíduo apto para atuar na sociedade. A brincadeira é um ato inerente à infância, pois é um ato indispensável à saúde física, emocional e intelectual. Através dela, possibilita-se que a criança desenvolva a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima. Dessa forma, a criança estará sendo preparada para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios, que são cada vez maiores na sociedade de hoje.

Convite

Poesia é brincar com palavras como se brinca com bola, papagaio, pião.

Só que bola, papagaio,pião de tanto brincar se gastam.

As palavras não: quanto mais se brinca com elas mais novas ficam.

Como a água do rio que é água sempre nova.

Como cada dia que é sempre um novo dia.

Vamos brincar de poesia?

José Paulo Paes

Leilão de jardim

Quem me compra um jardim com flores?

Borboletas de muitas cores,

lavadeiras e passarinhos,

ovos verdes e azuis nos ninhos?

Quem me compra este caracol?

Quem me compra um raio de sol?

Um lagarto entre o muro e a hera,

uma estátua da Primavera?

Quem me compra este formigueiro?E este sapo, que é jardineiro?E a cigarra e a sua canção?E o grilinho dentro do chão?

(Este é o meu leilão.)

Cecília Meireles

A JoaninhaA Joaninha

com suas pretas pintinhase seu corpo de brasa acesaé uma graça, uma beleza.

É a coisa mais fofinhade toda a natureza.

Sabendo de sua beleza,a Joaninha se olha no espelho

cheia de vaidadee ajeita bem as pintinhascomo se fosse à cidade.

A Joaninhatá gordinha,

mas dá gosto de ver,dia e noite,noite e dia,

não pára de comer.A Joaninha

só tem grande medoquando vê um passarinho.Pra se salvar, a Joaninha

também tem o seu segredo:solta logo um cheirinho

que tonteia o passarinho.Elias José

As borboletas

Brancas Azuis

AmarelasE pretasBrincamNa luz

As belasBorboletas

Borboletas brancasSão alegres e francas.

Borboletas azuisGostam muito de luz.

As amarelinhasSão tão bonitinhas!

E as pretas, então . . .Oh, que escuridão!

Vinicius de Moraes

As abelhas

A AAAAAAAbelha mestraE aaaaaaas abelhinhas

Estão tooooooodas prontinhasPra iiiiiiir para a festa.

Num zune que zuneLá vão pro jardim

Brincar com a cravinaValsar com o jasmim.

Da rosa pro cravoDo cravo pra rosaDa rosa pro favoVolta pro cravo.

Venham ver como dão melAs abelhinhas do céu!

Vinicius de Moraes

MEMÉIA, A CENTOPÉIA

Maria Hilda

Lá vem Meméia, a centopéia,Na cabeça tem uma idéiaDeixando-a triste e nervosa:Quem levou seus sapatos cor-de-rosa?

Todos têm um laço de fitaFeito pela minhoca Rita,As solas são de ouro do solFeitas pelo senhor caracol.

Neles bordou o gafanhoto,De mão esquerda porque é canhoto,As verdes folhinhas de murtaCom linha de grama curta.

As fivelas, feitas com amor,Todas de botão de flor,Pela cigarra AzulinaNum cantinho da campina.

E foi colado cada sapato,Isso é verdade, é um fato,Com resina vinda da colméiaPara enfeitar os pés de Meméia.

Sumiram, ninguém sabe nem viu,Os sapatos no mês de abrilDeixando descalça MeméiaProcurando entre as azaléias.

- Sorri Meméia lindinha!Sou eu, o grilo, nesta banquinhaMunido de viola e de pandeiroSendo o cantor o meu velho companheiro,

O canário-da-terra soltando a voz.Tem tambor de casca de nozPara o esquilo fazer batucadaEntrando pela madrugada,

Em frenético reboladoPara não ficar bicho paradoE assim restaurar a tua alegria.Meméia, tristeza só dá agonia!

Minhoca

Há furos pequenosPor todo terreno

São casas, são tocasDas finas minhocas.

Com tantos furinhosA terra é tão boa.

Minhocas não furam A terra à toa!

Maria da Graça Almeida

A minhoca

A minhoca- Quem diria!

Faz a terra respirar.

Jardim que não

Tem minhoca

Pode ter falta de ar.

(Marciano Vasques)

Chapeuzinho Vermelho

Maquete: Chapeuzinho Vermelho

Trabalho em grupo:Dia do Circo

Dia do índio

Dia do trabalho

SANSÃO

SANSÃO do Davi

SANSÃO do JOÃO VITOR

Felipe - aluno do 1º ano

O aniversário do seu Alfabeto

Gabriel

Lorenzo

Nathan

Rafaela

Samira

Kelvy

ENTREVISTA com Chico dos Bonecos Francisco Marques Vírgula Chico dos Bonecos

O Chico nasceu Francisco Marques em Belo Horizonte (MG), em 1959. É poeta, contista e "desenrolador de brincadeiras", como ele gosta de dizer. Trabalha há vários anos com formação de professores da rede pública e privada. Publicou os livros Palavramiga, Garranchos (Paulinas), A Biblioteca dos Bichos (Formato) e Galeio: antologia poética para crianças e adultos (Peirópolis), que foi premiado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) como o melhor livro de poesia .

• O que é brincar?

Para a criança, brincar é uma questão de sobrevivência. É o recurso que ela possui para compreender a vida e interferir no mundo. A criança não construiu ainda o Pensamento Lógico, Analítico, Científico - esta maquininha de tecer idéias que caracteriza o mundo adulto. A criança pensa com a sua maquininha do Pensamento Poético – integrador, corporal, musical. Para a criança, Brincar e Pensar fazem parte do mesmo movimento. Nós, adultos, não precisamos ficar tristes... O Brincar, assim como a Infância, não são privilégios da criança. Estas duas raízes definem a própria humanidade: ludicidade e infância. E nós, adultos, pais, tios, avós e professores, precisamos aprender com a nossa infância. Quantas vezes, nós, pais, nos surpreendemos fazendo com os nossos filhos o que nós detestávamos que os nossos pais faziam conosco? Aprender com a nossa própria infância, e com a infância das crianças que nos rodeiam, ajuda a enfrentar a vida com mais jogo de cintura, mais paciência. E como nós, adultos, perdemos a paciência tão facilmente! Perder a paciência é perder o humor – e perder o humor é perder a inteligência. Quando a pessoa está brava, a gente não costuma dizer que ela está "emburrada"? Pois é! Ficou burra, perdeu a inteligência. O que é uma falta de respeito com o burro – um animal de opinião, inteligentíssimo, muito brincalhão.

"A criança é um casulo, apenas.

E não há entomologista no Universo

que possa dizer pelo aspecto exterior

deste casulo, as cores do inseto que palpita lá dentro.“

Humberto de Campos

Que lugar a brincadeira deve ter na escola?

O lugar da brincadeira na educação é, simplesmente, um lugar central. O que é a tão falada "construção do conhecimento"? Ela é, sempre, o resultado de uma atividade de investigação, experimentação, exploração.

E o que é o coração da brincadeira? Ele é, sempre, tecido por estes três verbos: investigar, experimentar, explorar. Esta maneira de compreender a educação está se espalhando e se enraizando – e de maneira muito especial nas redes públicas. Estatisticamente, podemos ser minoria ainda – mas esta filosofia é crescente. André Michelet, em "O mestre e o jogo", anuncia: "É toda uma revolução que faz cambalear o ensino: seu centro não é mais a pedagogia e sim a criança. O que é o jogo na escola? Nada mais do que um dos aspectos dessa revolução, um elemento que não pode separar-se dela, já que está intrinsecamente unido ao respeito da pessoa da criança e de suas necessidades." (Revista Brasileira de Psicopedagogia, número 17, SP.)

• As crianças de hoje brincam como as de antigamente?

Sim, porque a capacidade da criança se lançar no desafio é a mesma - a capacidade da criança mergulhar na investigação é a mesma. Mudam os contextos, mudam as tecnologias, muda a sociedade, muda a maneira da pessoa se compreender – mas a postura da criança diante do brincar é, na essência, a mesma. Entretanto, não podemos aceitar que as crianças de hoje não conheçam a cultura dos brinquedos milenares e planetários. E elas não conhecem porque, nós, adultos, não valorizamos e, por isso mesmo, não passamos adiante. Precisamos re-significar esta cultura e colocar nas mãos das crianças – deslocar estes brinquedos do espaço da memória para o espaço familiar, comunitário, escolar. Para a criança, não existe contradição entre a alta tecnologia dos computadores e estes brinquedos feitos com madeira, barbante, palavra, imaginação. Esta contradição está na cabeça do adulto. A criança adoraria transitar dos videogames para os corrupios, da internet para os jabolôs. Portanto, na verdade verdadeira, não são os jogos eletrônicos que tomaram o lugar da brincadeira – somos nós, adultos, que não estamos incluindo outros jogos na vida das crianças. As crianças estão, sempre, sempre, sintonizadas nos adultos. Elas estão sempre aprendendo com os adultos – quer tenhamos consciência disso ou não. Elas dão valor às coisas que os adultos valorizam de fato – daí as atenções exageradamente voltadas para a alta tecnologia, o consumo, a sexualidade, a violência... Portanto, não adianta mudarmos apenas o verniz, o glacê, a casca - precisamos mudar profundamente até trazer a infância à superfície.

“Contaram-me e esqueci

Vi e entendi

Fiz e aprendi”

Confúcio

Pré 2007

Cartaz das posições

Pinguim

João-de-barro

Terrário

Banda

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