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( 1 )TAPINHA NÃO DÓI
“Técnico pop” sai como herói da guerra contra a TV Globo
Ataque do Brasil tem licença para bater
EDIÇÃO 172 | QUINTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2010
WWW.PLACAR.COM.BR
Alemanha x Inglaterra fazem o maior clássico das oitavas Estados Unidos e Gana botam uma zebra na semifinal
HEXA
FALTAM
5JOGOS
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QUINTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2010
WWW.PLACAR.COM.BR
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Elano tentou treinar e não conseguiu. Vaga dele contra Portugal pode romper o pacto com os reservas
Por Daniel Alves, Dunga ‘trai’ Ramires
CLASSIFICAÇÃO PG J SG1 ESTADOS UNIDOS 5 3 12 INGLATERRA 5 3 1 3 ESLOVÊNIA 4 3 04 ARGÉLIA 1 3 -2
CLASSIFICAÇÃO PG J SG1 ARGENTINA 9 3 62 COREIA DO SUL 4 3 -13 GRÉCIA 3 3 -3 4 NIGÉRIA 1 3 -2
TABELA - FASE DE GRUPOS
GRUPO EJogo: 9 Local: Joanesburgo Data: 14/6 Hora: 8h30
HOLANDA 2 x 0 DINAMARCAJogo: 10 Local: Bloemfontein Data: 14/6 Hora: 11h00
JAPÃO 1 x 0 CAMARÕESJogo: 25 Local: Durban Data: 19/6 Hora: 8h30
HOLANDA 1 x 0 JAPÃOJogo: 26 Local: Pretória Data: 19/6 Hora: 15h30
CAMARÕES 1 x 2 DINAMARCAJogo: 43 Local: Rustemburgo Data: 24/6 Hora: 15h30
DINAMARCA x JAPÃOJogo: 44 Local: Cidade do Cabo Data: 24/6 Hora: 15h30
CAMARÕES x HOLANDA
GRUPO FJogo: 11 Local: Cidade do Cabo Data: 14/6 Hora: 15h30
ITÁLIA 1 x 1 PARAGUAIJogo: 12 Local: Rustemburgo Data: 15/6 Hora: 8h30
NOVA ZELÂNDIA 1 x 1 ESLOVÁQUIAJogo: 27 Local: Bloemfontein Data: 20/6 Hora: 8h30
ESLOVÁQUIA 0 x 2 PARAGUAIJogo: 28 Local: Nelspruit Data: 20/6 Hora: 11h00
ITÁLIA 1 x 1 NOVA ZELÂNDIAJogo: 41 Local: Joanesburgo Data: 24/6 Hora: 11h00
ESLOVÁQUIA x ITÁLIAJogo: 42 Local: Polokwane Data: 24/6 Hora: 11h00
PARAGUAI x NOVA ZELÂNDIA
GRUPO AJogo: 1 Local: Joanesburgo Data: 11/6 Hora: 11h00
ÁFRICA DO SUL 1 x 1 MÉXICOJogo: 2 Local: Cidade do Cabo Data: 11/6 Hora: 15h30
URUGUAI 0 x 0 FRANÇAJogo: 17 Local: Pretória Data: 16/6 Hora: 15h30
ÁFRICA DO SUL 0 x 3 URUGUAIJogo: 18 Local: Polokwane Data: 17/6 Hora: 15h30
FRANÇA 0 x 2 MÉXICOJogo: 33 Local: Rustemburgo Data: 22/6 Hora: 11h00
MÉXICO 0 x 1 URUGUAIJogo: 34 Local: Bloemfontein Data: 22/6 Hora: 11h00
FRANÇA 1 x 2 ÁFRICA DO SUL
GRUPO BJogo: 3 Local: Joanesburgo Data: 12/6 Hora: 11h00
ARGENTINA 1 x 0 NIGÉRIAJogo: 4 Local: Port Elizabeth Data: 12/6 Hora: 8h30
COREIA DO SUL 2 x 0 GRÉCIAJogo: 19 Local: Bloemfontein Data: 17/6 Hora: 11h00
GRÉCIA 2 x 1 NIGÉRIAJogo: 20 Local: Joanesburgo Data: 17/6 Hora: 8h30
ARGENTINA 4 x 1 COREIA DO SULJogo: 35 Local: Durban Data: 22/6 Hora: 15h30
NIGÉRIA 2 x 2 COREIA DO SULJogo: 36 Local: Polokwane Data: 22/6 Hora: 15h30
GRÉCIA 0 x 2 ARGENTINA
GRUPO CJogo: 5 Local: Rustemburgo Data: 12/6 Hora: 15h30
INGLATERRA 1 x 1 ESTADOS UNIDOSJogo: 6 Local: Polokwane Data: 13/6 Hora: 8h30
ARGÉLIA 0 x 1 ESLOVÊNIAJogo: 22 Local: Joanesburgo Data: 18/6 Hora: 11h00
ESLOVÊNIA 2 x 2 ESTADOS UNIDOSJogo: 23 Local: Cidade do Cabo Data: 18/6 Hora: 15h30
INGLATERRA 0 x 0 ARGÉLIAJogo: 37 Local: Port Elizabeth Data: 23/6 Hora: 11h00
ESLOVÊNIA 0 x 1 INGLATERRAJogo: 38 Local: Pretória Data: 23/6 Hora: 11h00
ESTADOS UNIDOS 1 x 0 ARGÉLIA
GRUPO GJogo: 13 Local: Port Elizabeth Data: 15/6 Hora: 11h00
COSTA DO MARFIM 0 x 0 PORTUGALJogo: 14 Local: Joanesburgo Data: 15/6 Hora: 15h30
BRASIL 2 x 1 COREIA DO NORTEJogo: 29 Local: Joanesburgo Data: 20/6 Hora: 15h30
BRASIL 3 x 1 COSTA DO MARFIMJogo: 30 Local: Cidade do Cabo Data: 21/6 Hora: 8h30
PORTUGAL 7 x 0 COREIA DO NORTEJogo: 45 Local: Durban Data: 25/6 Hora: 11h00
PORTUGAL x BRASILJogo: 46 Local: Nelspruit Data: 25/6 Hora: 11h00
COREIA DO NORTE x COSTA DO MARFIM
GRUPO DJogo: 7 Local: Durban Data: 13/6 Hora: 15h30
ALEMANHA 4 x 0 AUSTRÁLIAJogo: 8 Local: Pretória Data: 13/6 Hora: 11h00
SÉRVIA 0 x 1 GANAJogo: 21 Local: Port Elizabeth Data: 18/6 Hora: 8h30
ALEMANHA 0 x 1 SÉRVIAJogo: 24 Local: Rustemburgo Data: 19/6 Hora: 11h00
GANA 1 x 1 AUSTRÁLIAJogo: 39 Local: Joanesburgo Data: 23/6 Hora: 15h30
GANA 0 x 1 ALEMANHAJogo: 40 Local: Nelspruit Data: 23/6 Hora: 15h30
AUSTRÁLIA 2 x 1 SÉRVIA
GRUPO HJogo: 15 Local: Nelspruit Data: 16/6 Hora: 8h30
HONDURAS 0 x 1 CHILEJogo: 16 Local: Durban Data: 16/6 Hora: 11h00
ESPANHA 0 x 1 SUÍÇAJogo: 31 Local: Port Elizabeth Data: 21/6 Hora: 11h00
CHILE 1 x 0 SUÍÇAJogo: 32 Local: Joanesburgo Data: 21/6 Hora: 15h30
ESPANHA 2 x 0 HONDURASJogo: 47 Local: Pretória Data: 25/6 Hora: 15h30
CHILE x ESPANHAJogo: 48 Local: Bloemfontein Data: 25/6 Hora: 15h30
SUÍÇA x HONDURAS
OITAVAS DE FINAL OITAVAS DE FINALQUARTAS DE FINAL QUARTAS DE FINALSEMIFINAIS SEMIFINAISFINAL
DECISÃO DO 3º LUGAR
2/7 - 15h30Joanesburgo
3/7 - 11hCidade do Cabo
2/7 - 11hPort Elizabeth
3/7 - 15h30Joanesburgo
6/7 - 15h30Cidade do Cabo
7/7 - 15h30Durban
26/6 - 11hPort Elizabeth
26/6 - 15h30Rustemburgo
28/6 - 11hDurban
28/6 - 15h30Joanesburgo
URUGUAI
COREIA DO SUL
ESTADOS UNIDOS
GANA
1º do Grupo E
2º do Grupo F
1º do Grupo G
2º do Grupo H
27/6 - 15h30Joanesburgo
27/6 - 11hBloemfontein
29/6 - 11hPretória
29/6 - 15h30Cidade do Cabo
ARGENTINA
MÉXICO
ALEMANHA
INGLATERRA
1º do Grupo F
2º do Grupo E
1º do Grupo H
2º do Grupo G
11/7 - 15h30Joanesburgo
10/7 - 15h30Port Elizabeth
aquecimento da copa02JORNAL PL ACAR | QUINTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2010
TEXTO
SÉRGIO XAVIER
ARNALDO RIBEIRO
RICARDOPERRONE
JONAS OLIVEIRA
FERNANDO VALEIKA
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ALEXANDRE BATTIBUGLI
ENVIADOS À ÁFRICA DO SUL
VAI PASSAR NA TV
CLASSIFICAÇÃO PG J SG1 URUGUAI 7 3 4 2 MÉXICO 4 3 13 ÁFRICA DO SUL 4 3 -24 FRANÇA 1 3 -3
CLASSIFICAÇÃO PG J SG1 ALEMANHA 6 3 42 GANA 4 3 03 AUSTRÁLIA 4 3 -3 4 SÉRVIA 3 3 -1
CLASSIFICAÇÃO PG J SG1 HOLANDA 6 2 32 JAPÃO 3 2 03 DINAMARCA 3 2 -14 CAMARÕES 0 2 -2
CLASSIFICAÇÃO PG J SG1 PARAGUAI 4 2 22 ITÁLIA 2 2 0 NOVA ZELÂNDIA 2 2 04 ESLOVÁQUIA 1 2 -2
CLASSIFICAÇÃO PG J SG1 BRASIL 6 2 32 PORTUGAL 4 2 73 COSTA DO MARFIM 1 2 -24 COREIA DO NORTE 0 2 -8
CLASSIFICAÇÃO PG J SG1 CHILE 6 2 22 ESPANHA 3 2 1 SUÍÇA 3 2 04 HONDURAS 0 2 -3
Dê uma de Big Brother e espie nossos adversários. Jonas Oliveira assistiu ao treino de ontem da seleção de Portugal — que contou com a presença de Eusébio, o maior craque português de todos
os tempos. Veja o relato em vídeo e na galeria de fotos exclusivas que Jonas preparou para o site. No blog, ele fala das semelhanças entre Joanesburgo e São Paulo e entre a Cidade do Cabo e o Rio.
A edição 15 da revista PLACAR, de 26 de junho de 1970, comemorava otricampeonato mundial conquistado no México pela inesquecível seleção de Pelé, Jairzinho, Rivelino, Tostão e Gérson. Você pode folhear essa edição histórica no site abrilnacopa.com.br.
CHUTÃO
José Vicente Bernardo
ZÉ VICENTE É EDITOR EXECUTIVO DO JORNAL PLACAR.
Assisti ao mesmo tempo aos jogos Estados Unidos x Argélia e Eslovênia x Inglaterra. Não sei o que você achou, mas pra mim os quatro times apresentaram um nível técnico bem fraquinho. Isso não quer dizer que não tenham sido divertidos, com correria, gols perdidos e um
final digno de roteiro de cinema (no caso dos americanos). À tarde, com Gana x Alemanha e Austrália x Sérvia a coisa não melhorou muito. Pelo menos, foi bacana ver a euforia dos australianos. Pra Copa, foi bom uma equipe africana seguir na competição
(Gana), apesar de ela não ter tido lá muita gana de vencer os alemães. Classificaram-se mesmo perdendo. Nas oitavas, essa moleza vai acabar. Pensando bem, nem tanto. Gana vai disputar com Estados Unidos, Uruguai e Coreia do Sul quem chega às semifinais.
PLACAR NA REDE PLACAR.COM.BR
11h: SporTV, SporTV HD, ESPN Brasil,
ESPN HD, Globo, Band e Bandsports
11h: SporTV2, SporTV 2 HD e ESPN
15h30: SporTV, SporTV HD, Band, ESPN
Brasil, ESPN HD, Globo e Bandsports
15h30: SporTV2, SporTV2 HD e ESPN
ESLOVÁQUIA x ITÁLIA
PARAGUAI x NOVA ZELÂNDIA
DINAMARCA x JAPÃO
CAMARÕES x HOLANDA
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quinta-feira, 24 de junho de 2010 | jornal pl acarf
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Por ordem de Dunga, quem bate é o ataqueComo em 94, tática é matar a jogada bem longe da área
O números dos dois jogos da seleção brasi-leira na Copa
do Mundo são emblemá-ticos: no time de Dun-ga, quem faz falta no ad-versário são os atacantes (veja abaixo).
Luís Fabiano (líder dis-parado), Kaká, Robinho e Luís Fabiano tem duas missões: fazer gols e parar o adversário
Elano estão entre os cin-co mais faltosos da sele-ção — cometeram juntos 14 das 26 faltas.
Isso não é mera coinci-dência. A instrução da comissão técnica é clara: parar as jogadas do ad-versário na nascedouro para não correr o risco de cometer uma infração próxima ao gol de Júlio César e para não deixar nossos zagueiros pendu-rados com cartões.
A solidariedade defensi-va do Brasil, com a parti-cipação efetiva dos ata-cantes na marcação, é vis-ta pela comissão técnica como um dos grandes trunfos do time no Mun-dial da África.
Arnaldo Ribeiro Ricardo Perrone
Dos enviaDos À áFrica
SELEção1503
“Falta perto da área, nem pensar. Essa bola é peri-gosa, trai os goleiros. As faltas devem ser cometi-das longe do nosso gol, longe da nossa área”, afir-mou o zagueiro e capitão Lúcio — ele completará contra Portugal seu 15º jogo em Copas, ultrapas-sando Pelé e tornando-se o sexto brasileiro com mais partidas em Copas do Mundo.
Mas uma estatística pre-ocupa Lúcio e o técnico Dunga: o Brasil sofreu gols nos dois jogos da Copa (um da fraca Coreia do Norte) e até nos amis-tosos preparatórios.
“Não é um drama porque foram gols tomados no
fim das partidas, quando o resultado já estava defi-nido. Mas ninguém gosta de tomar gol”, disse Lú-cio. “Se tomamos esses gols é porque aconteceu alguma falha.”
E agora o Brasil enfren-tará um adversário que marcou sete gols no últi-mo jogo e que conta com um dos melhores atacan-tes do mundo: Cristiano Ronaldo.
“Acredito mais na mar-cação em equipe, cada um na sua zona. Temos que impôr nosso estilo, nossa resistência, independen-temente de quem estiver do outro lado”, disse Lú-cio. Mesmo que ele seja Cristiano Ronaldo....
7 faltasLuís Fabiano
5 faltasMichel Bastos
3 faltasRobinho
2 faltasElano
2 faltasKaká
Dunga vai ‘trair’ Ramires e chutar o pactoPelo combinado antes da Copa, o meia seria o reserva de Elano. Mas quem treinou foi Daniel Alves
Oduplo desfalque que a seleção bra-sileira deve so-frer amanhã con-
tra Portugal, com a suspen-são de Kaká e a contusão de Elano, coloca em risco um dos pactos entre Dunga e seus comandados.
Se jogar como treinou on-tem, com Júlio Baptista no lugar de Kaká e Daniel Al-ves no de Elano (que não conseguiu treinar), o técni-co manterá sua palavra num caso e a quebrará no outro.
Antes da Copa, ele dei-xou claro para os jogado-res quem eram os titulares e quem eram os reservas imediatos de cada um.
Prometeu que, quando um titular estivesse suspen-so ou machucado, começa-ria a partida o reserva indi-cado. Mas salientou que a substituição durante as par-tidas era “livres”, de acordo com as circunstâncias e sua “leitura” da partida.
Com Júlio Baptista, ele cumpre o combinado. O mesmo não acontece em relação a Ramires. O subs-tituto imediato de Elano era ele, com quem revezou na última Copa das Confe-derações. Mas Ramires foi perdendo espaço nos trei-nos na África do Sul. f
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Daniel Alves deve jogar
na vaga que seria de Ramires
“Nos últimos dias, deu uma embaralhada”, afir-mou Júlio Baptista, depois da partida contra a Costa do Marfim, ao comentar suas chances de entrar na vaga de Kaká.
Apesar de ser o reserva imediato, ele não entrou na estreia contra a Coreia do Norte, jogo em que Kaká foi substituído. Dunga preferiu deslocar Robinho para a po-sição de Kaká, colocar Nil-mar no ataque e manter o “invicto” Júlio Baptista no banco — em 11 jogos como titular, ele obteve nove vitó-rias e dois empates.
O treinador gaba-se de ter um time em que todos afirmam correr por ele. Conquistou essa fidelidade graças ao hábito de cumprir suas promessas.
Mas com Daniel Alves (o reserva número 1 na prefe-rência do treinador) como provável substituto de Ela-no, Dunga dá sinais de que agora está mais preocupa-do em corrigir a rota do que manter o trato.
Como Ramires é um su-jeito simples, discreto, quase conformado com a reserva, a quebra do pacto, por enquanto, não deve ter grandes consequências.
04seleção
Elano tenta treinar, não aguenta de dor e desistekDepois da parti-
da contra a Costa do Marfim, o médico da sele-ção, José Luiz Runco, deu a pista de que Elano deveria enfrentar Portugal amanhã.
“Não foi nada grave, terça ou quarta ele já vai poder
jornal pl acar | quinta-feira, 24 de junho de 2010
Você só paga R$ 0,31 poR mensagem ReceBIda.
seleção no celularenvie a mensagem:
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Arnaldo RibeiroRicardo Perrone
DOS ENviADOS À áfRiCA
treinar”, afirmou Runco na ocasião. Ontem, porém, a realidade foi outra.
Elano, que levou uma pancada fortíssima na cane-la, chegou para treinar nor-malmente. Calçou as chu-teiras e entrou na animada
roda de bobinho que os jo-gadores fizeram para se aquecer. Depois de 15 minu-tos, desistiu. Trocou a chu-teira pelo tênis e apenas cor-reu em volta do gramado. “Ainda estou cheio de dor”, murmurou aos jornalistas.
A segunda parte do trei-no, um coletivo, foi fechada para a imprensa. Mas cine-grafistas conseguiram regis-trar imagens que mostram Daniel Alves treinando no lugar de Elano e Júlio Bap-tista na vaga de Kaká.
jornal pl acar | quinta-feira, 24 de junho de 2010
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As oitavas são logo ali!E é isso o que preocupa a seleção. Apenas três dias entre o jogo contra Portugal e o mata-mata. É pouco
Desde que a Copa do Mundo co-meçou, a seleção brasileira entrou
em campo num interva-lo exato de cinco dias entre cada jogo. Tempo suficien-te para recuperar, treinar e preparar jogadores. Mas para o mata-mata o cálculo é outro — e bem pior.
Caso garanta o primei-ro lugar da chave amanhã, o Brasil vai atuar apenas três dias depois de enfrentar Portugal na última rodada da primeira fase. Jogaria na segunda-feira em Joanes-burgo, pelas oitavas de final.Resumindo: só vai dar para recuperar os jogadores que estiveram em campo e olha lá. Treinos? Nem pensar.
O consolo é que o adver-sário do Brasil, que sai do Grupo H, terá o mesmo tempo (ou seja, quase ne-nhum) para se preparar. Menos até. Terá jogado na noite de sexta, enquanto o Brasil jogará à tarde.
Bom para Kaká?Se ficar em segundo lugar
da chave, o Brasil terá um dia a mais de intervalo para as oitavas de final. Jogaria na terça-feira, na Cidade do Cabo, contra Espanha, Chi-le ou Suíça, possíveis vence-dores do Grupo H.
O tempo curto entre o jogo de Portugal e o mata-mata parece interessar ape-nas a um jogador da seleção brasileira: Kaká. Expulso contra a Costa do Marfim, fora do jogo contra Portu-gal e precisando de ritmo
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de jogo, ele não ficaria tanto tempo assim sem atuar.
“Uma semana entre o jogo da Costa do Marfim e as oitavas não é tanto tem-po. Dá para trabalhar for-ça, velocidade, uma porção de coisas. Não vou perder o ritmo”, diz Kaká.
Para recuperar comple-tamente Elano, talvez seja pouco tempo. E para quem jogar os 90 minutos contra Portugal significará um tes-te de resistência.
Alguns times, como a Ar-gentina, optaram por pou-par jogadores na última partida da fase de grupos por conta do intervalo pe-queno para o mata-mata. Dunga, embora já classifi-cado, não vai correr o risco de “especular” o primeiro lugar da chave.
Arnaldo Ribeiro Ricardo Perrone
DOS enviaDOS À áfrica
andrés Sanches já repassou bilhetes da cBf pra camisa 12
Kaká folga na sexta e joga as oitavas; Gilberto
Silva não terá folga
com Ricardo Teixeira. Ele saía da festa de aniversário do presidente da CBF. “Pedi os ingressos pra dar pro Vagninho [antigo funcioná-rio do Corinthians]”, afir-mou. Em seguida, Vagninho encontrou Andrés na rua e pegou os bilhetes.
Atletas e a comissão téc-nica também recebem in-gressos, mas, segundo a as-sessoria da CBF, os valores são descontados nas diárias e premiações. O maior ris-co é que os bilhetes acabem na mão de cambistas, como já ocorreu em 2006.
Chefe da delegação, presidente corintiano distribui ingressos de graçakChefe da delegação
brasileira, o corin-tiano Andrés Sanchez vi-rou anjo da guarda dos tor-cedores que estão na África do Sul sem ingressos. Ele já deu bilhetes de graça para ao menos dez torcedores.
“Dei seis para o pessoal da Camisa 12 (torcida organi-zada do Corinthians)”, disse o cartola, após a partida contra a Coreia do Norte.
Na véspera do jogo contra a Costa do Marfim, ele mos-trou ao Jornal PLACAR pelo menos quatro bilhetes que acabara de conseguir
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QUINTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2010 | JORNAL PL ACAR
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BERNARDO ITRI É REPÓRTER DA PLACAR E PREFERE VER OS JOGOS DA COPA PELO TELÃO.
FALTA VÁRZEA
NA COLA DA ESPANHAPor Bernardo Itri
Depois de assistir aos jogos da Espanha neste Mundial, fi quei
pensando em algo que explicasse o fraco desempenho da seleção
que chegou à África carregando um favoritismo que ela mesma não
conhecia. Nos dois jogos até aqui, decepção: uma derrota azeda
para a Suíça e uma vitória magrinha em cima da fraca Honduras.
O que fi cou abaixo das expectativas, na verdade, foi o placar fi nal, não
o futebol. A Espanha joga bonito. Passes precisos, viradas de jogo
perfeitas, nem os fantasmas de Jabulani e Vuvuzelas atrapalham.
Mas alguém pode perguntar: futebol bonito não é sinônimo de
resultado? Defi nitivamente, não! Vide a Suíça, que tem boas
chances de se classifi car e eliminar o jogo bonito de espanhóis
e chilenos. Fui olhar os números para ver se neles poderia
encontrar alguma explicação. Nada. A Fúria deu a mesma
quantidade de chutes a gol que o Brasil. Poderia ser então que
faltasse objetividade, por ter um jogo de muita posse de bola e
excesso de passes. Também não. Os espanhóis têm uma média
de passes muito parecida com a das demais seleções.
Fui descendo o olho nas estatísticas quando vi um número que
chamou minha atenção: 17. Em duas partidas, a Espanha cometeu
17 faltas, nem dez por jogo. Na Copa, só fez mais faltas que a
inexperiente Coreia do Norte (13). Bingo! O que falta à Espanha é
viver o futebol como ele é. Com malandragem, catimba e artimanhas
naturais do jogo. Faltas também fazem parte do futebol — sem
exageros, claro. Isolar a bola na arquibancada não faz mal a ninguém.
Muitas vezes é necessário. Na ânsia de mostrar um futebol de
embalagem bonita (e que todos compravam até o início da Copa), o
conteúdo deixou a desejar. Nem Pelé viveu só de jogadas bonitas.
Ele sabia fazer uma falta, irritar o adversário. Coisas que estão na
raiz do futebol, na pelada de rua, na várzea. Aliadas ao futebol bonito,
elas dão mais chances a um time favorito se tornar um campeão.
(2)
Vitórias e guerra com a imprensa transformaram Dunga em um treinador pop, admirado até no Japão
Antes de a Copa começar, Dun-ga foi massa-crado pela opi-
nião pública. Tachado de retranqueiro e burro por não aproveitar os santistas Neymar e Ganso, além de barrar o retorno de Ronal-dinho Gaúcho, pouca gen-te o defendia no comando.
Mas duas vitórias na pri-meira fase, a liderança do grupo e os confl itos com parte da imprensa transfor-maram o sapo em príncipe.
Dunga ganhou o apoio de boa parte da opinião pú-blica no braço-de-ferro com a TV Globo. Tem rece-bido cartas de criancinhas
O sapo virou príncipe
e virou objeto de desejo de japoneses que o querem na seleção do país.
Desde a convocação, ele iniciou um trabalho para melhorar a imagem. Dei-xou as patadas na impren-sa para o auxiliar Jorginho, passou a se dirigir direta-mente aos torcedores nas respostas e posou para câ-meras ao lado de crianças.
Teste de popularidadeNada disso teria resolvi-
do se não fossem as duas vitórias em Joanesburgo, principalmente sobre a Costa do Marfi m.
O teste de popularidade de Dunga aconteceu mi-nutos depois da vitória so-bre os marfi nenses, quan-do se desentendeu com dois jornalistas da TV Glo-
bo — como Alex Escobar, que falava ao telefone na coletiva — e balbuciou pa-lavrões no microfone.
O destempero poderia ter arruinado de vez a sua imagem. Ao contrário: na internet pipocaram men-sagens de apoio. No You-tube, o movimento Cala Boca Tadeu Schmidt (o jornalista que leu um edi-torial contra Dunga no Fantástico) virou um hit.
Dunga ganhou simpatia até no segmento que en-xerga como o exército ini-migo: a imprensa. Parte dos jornalistas apoiou a atitude do técnico, que te-ria cortado três entrevistas exclusivas prometidas à Globo por Ricardo Teixei-ra após o jogo de domingo. O cancelamento irritou o
assessor Rodrigo Paiva, a quem o técnico distribuiu bordoadas por não enten-der a diferença entre trei-no fechado e privado.
Antes, contra a Coreia do Norte, Dunga já havia nega-do entrevista a Fátima Ber-nardes. E cutucou o repór-ter Mauro Naves pelo termo “treino leve”, que ele odeia. Procurada, a Globo disse que, apesar dos problemas, a cobertura não muda.
Até as ausências de Gan-so e Neymar, punidos por indisciplina pelo Santos no primeiro dia de traba-lho da seleção, foram es-quecidas. Uma nova vitó-ria contra Portugal deve fazer a torcida esquecer a cara amarrada e reveren-ciar o seu estilo zangado. Com Bruno Favoretto
Todos os treinos pra mim
são leves... Qual o problema?
Pô, me
mandaram calar a boca no Youtube!
Dá pra
me explicar o que é treino
privado?
E eu louca para saber o que ele pensava
da Coreia...
Não posso nem mais
falar no telefone, caramba!
Arnaldo RibeiroRicardo Perrone
DOS ENVIADOS À ÁFRICA
jornal pl acar | quinta-feira, 24 de junho de 2010
Defoe fez o gol da classificação inglesa, que era líder do grupo até os EUA roubar-lhe o posto
O gol que salvou a pátria americana saiu aos 46 do 2º tempo
Inglaterra fica no caminho de MaradonaGol dos Estados Unidos aos 46min do 2º tempo tirou britânicos do lado brasileiro da Copa
A Copa agradece. Thanks, Gra-cias. Se a In-glaterra passar
pela Alemanha e a Argen-tina derrotar o México nas oitavas, teremos nas quartas um dos maiores clássicos do futebol mun-dial. E com Diego Arman-do Maradona na história, de novo, como em 1986.
Mas, cá para nós, o rotei-rista que comanda os desti-nos de todos teve um boca-do de trabalho para armar essa partida. A Inglaterra começou sua partida con-tra a Eslovênia eliminada. Precisava vencer para se-guir adiante.
Nem parecia tão compli-cado. Afinal, do outro lado estava a Eslovênia, time du-rão que tem no seu cami-sa 10, Birsa, a única reser-va de talento. Só que, com Rooney ainda entrando em forma, os ingleses estão ca-rentes de criatividade. Aos 23min do 1º tempo, a torci-da respirou aliviada quan-do o melhor em campo,
Milner, colocou Defoe na cara do goleiro Handano-vic. O gol da classificação.
A partir daí, o English Team lembrou que era ca-beça de chave no Mundial e agiu como tal. Rooney, Lampard e Gerrard entra-ram no jogo. A defesa este-ve segura, Terry foi um gi-gante. E nada da Eslovênia, uma equipe apática.
Tudo parecia tranquilo para a Inglaterra encami-nhar sua classificação em primeiro lugar e ficar do lado da chave brasileira. Até os 23min da etapa com-plementar, curiosamente o mesmo tempo do gol inglês no primeiro tempo. Os es-lovenos tiveram três chan-ces seguidas do empate. O gol não saiu por milagre.
Quando o juiz apitou o fi-nal, o técnico Fabio Ca-pello abraçou seu auxi-liar como classificado e lí-der do grupo C. Quando soltou o companheiro, já era segundo colocado. Os EUA tinham marcado na-quele instante o gol da vi-tória contra a Argélia. E lá se foi a Inglaterra para a chave argentina. Muito divertido tudo isso.
(1 )
eslovêniainglaterra argéliaeua08
grupo c
No minuto final, EUA mudam de eliminados pra 1º do grupo
kUm gol heróico, no último ataque, salvou
os Estados Unidos da des-classificação ontem, contra a Argélia. Aproveitaram um vacilo dos argelinos, que se lançavam com tudo ao ata-que, e contra-atacaram os africanos em bloco.
Da jogada resultou um bate-e-rebate na área até que a bola sobrou nos pés de Donovan, o melhor do time. “Tive instinto para acompanhar o lance e ca-beça fria para concluir”, disse ao Jornal PLACAR.
(2) (3)
As duas seleções depen-diam de suas forças para se-guir adiante. Depois do gol da Inglaterra sobre a Es-lovênia, no outro jogo do grupo, o empate elimina-va as duas. O jogo foi fican- (1
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inglaterra
argélia
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23/6/2010 - Nelson Mandela
Bay (Port Elizabeth)
J: Wolfgang Stark (ALE)
P: 36893
CA: Jokic, Birsa, Dedic e Johnson
G: Defoe (21/1º)
ESloVÊnIa: Handanovic (5,5),
Brecko (5,5), Suler (4,5), Cesar (5),
Jokic (5,5), Koren (4,5), Radosavjevic
(5), Birsa (5,5) Kirm (5) (Matarz 33/2º
(s/n)), Ljubijankic (4) (Dedic 16/2º
(s/n), Novakovic (5). T: Matjaz Kek
InGlaTErra: James (5,5), Johnson
(5), Upson (6,5), Terry (6,5), Ashley
Cole (5,5), Gerrard (6), Lampard
(6), Barry (5,5), Milner (7), Rooney
(6) (Joe Cole 26/2º (5,5)), Defoe (6)
(Heskey 40/2º (s/n)). T: Fabio Capello
23/6/2010 - Loftus Versfeld (Pretória)J: Franck De Bleeckere (BEL)P: 35827CA: Altidore, Beasley, Yebda, Yahia e Lacen (AGL)CV: Yahia G: Donovan (46/2º)ESTaDoS UnIDoS: Howard (5,5), Bornstein (5) (Beasley 35/2º (s/n)), Demerit (4,5), Bocanegra (5) e Cherundolo (5); Bradley (5), Edu (5) (Buddle (5) 17/2º), Dempsey (5) e Donovan (5); Goméz (4,5) (Felharber int. (5)) e Altidore (4,5). T: Bob Bradley.arGÉlIa: M’Bolhi (6), Boughera (5), Halliche (5) e Yahia (5); Kadhir (5), Lacen (5), Yebda (5), Ziani (4,5) (Guedioura 24/2º (5)) e Belhadj (5); Matmour (5) (Saifi 40/2º (s/n)) e Djebbour (4,5) (Ghezzal 21/2º (5)) - T: Rabah Saadane.
opinião do jogo
mMilner Substituído ainda no 1º tempo na estreia, foi o melhor ontem.
kterryEle perdeu a faixa de capitão, mas segue líder pelo jeito raçudo de ser.
qrooneySem gol, o Shrek fica furioso. Ele pode muito mais.
bill clinton, ex-presidente americano, sofreu na tribuna. Depois, segundo disse a PLACAR o presidente da federação dos EUA, ele fez discurso e bebeu refrigerante no vestiário dos “heróis”
do amarrado, com ataques desperdiçando o que cria-vam. E assim, diante dos olhos nervosos do ex-presi-dente Bill Clinton na tribu-na de honra, Donovan sal-vou a pátria com seu gol.
Sérgio Xavier Filho
DO EnViADO À áfRiCA
Fernando Valeika
DO EnViADO À áfRiCA
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Kingson vê o chute de Ozil entrar. Resultado classificou os 2 times
JORNAL PL ACAR | QUINTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2010(1
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Sérvia e Austrália morrem abraçadaskApós a vitória sobre a Alemanha, a
Sérvia dependia de um empate com a Austrália, já que o time da terra da cer-veja vencia Gana. Mas, recuada, foi derro-tada pela equipe da Oceania. O resultado eliminou as duas seleções do Mundial.
No 1º tempo, os times mostraram pouca inspiração. Krasic era o melhor sérvio em campo e obrigou Schwarzer a duas boas defesas. Numa delas ele driblou o goleiro dos Soccerros, mas bateu pra fora.
Depois do intervalo, Radomir Antic ti-rou Krasic e os europeus recuaram. Foi a brecha pra Austrália marcar duas ve-zes em quatro minutos. Primeiro, Cahill, após cruzamento da direita, subiu mais alto que a zaga e tocou de cabeça para as redes. Holman, que tinha acabado de en-trar, acertou bom chute de longe pra fa-zer o segundo gol. Tosic bateu, Schwar-zer não segurou e Pantelic diminuiu. A Sérvia ainda reclamou um pênalti.
Cahill (4), de cabeça, marcou o primeiro
Alemanha vinga Ballack e vence GanaMesmo batidos, africanos passam de fase; alemães fazem clássico contra Inglaterra
Quando o telão do Soccer City mostrou o ga-nês Kevin-Prin-
ce Boateng, ouviu-se uma sonora vaia. Os alemães ti-nham um bom motivo: foi
Boateng quem tirou Balla-ck da Copa, com uma en-trada feia há um mês, na Copa da Inglaterra. Para aumentar o drama, do lado alemão estava Jérôme Bo-ateng, meio-irmão de Ke-vin-Prince (nascidos na Alemanha, fi lhos do mes-mo pai ganês). Um deles poderia ser eliminado.
GANAALEMANHA SÉRVIAAUSTRÁLIA09
grupo d
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ALEMANHA
GANA
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23/6/2010 - Soccer City (Joanesburgo)
J: Carlos Eugênio Simon (BRA)
P: 83391
CA: Ayew e Muller
G: Ozil, 14’/2ºT (0-1)
GANA: Kingson (5,5), Pantsil (5,5),
Jonathan (5,5), Mensah (6) e Sarpei
(5); Annan (5), Asamoah (5,5), Kevin-
Prince Boateng (5,5), Ayew (6,5)
(Adiyiah 45/2º (s/n)) e Tagoe (5,5)
(Muntari 11/2º (5,5)); Gyan (6) (Amoah
36/2º (s/n)). T: Milovan Rajevac
ALEMANHA: Neuer (6,5), Boateng
(5) (Jansen 27/2º (5)), Friedrich (6),
Metersacker (5,5) e Lahm (6); Khedira
(5,5), Schweinsteiger (5,5) (Kroos
35/2º (s/n)), Muller (6) (Trochowski
22/2º (5,5)), Ozil (7) e Podolski (5,5);
Cacau (5,5). T: Joachim Low.
OPINIÃO DO JOGO
m OZIL
Comandou o meio alemão, fazendo a bola rodar de um lado a outro do campo. As melhores chances passam por seus pés. Perdeu um gol feito e se redimiu com o da vitória.
k CACAU
Entrou no lugar do suspenso Klose e se movimentou bastante, mas não conseguiu marcar. É mais ágil que o alemão, que oferece mais opções na jogada aérea.
qSCHWEINSTEIGER
Fazia uma boa partida, mas aos 36min do 2º tempo sentiu uma contusão na coxa. O jogador deixou o estádio mancando e não quis falar com os jornalistas.
SÉRVIA
AUSTRÁLIA
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23/6/2010 - Mbombela (Nelspruit)
J: Jorge Larrionda (URU)
R: R$ 825 707,50 P: 37 836
CA: Carney, Wilkshire, Emerton e Lukovic
G: Cahill (23/2º), Holman (27/2º) e Marko Pantelic (38/2º)
AUSTRÁLIA: Schwarzer (6,5);
Wilkshire (5,5) (Garcia 36/2º (s/n)), Neill
(5,5), Beauchamp (5) e Carney (5,5);
Culina (6), Valeri (5) (Holman 20/2º
(6,5)), Emerton (5,5) e Bresciano (6)
(Chipperfield 20/2º (5)); Tim Cahill (7)
e Kennedy (5,5). T: Pim Verbeek.
SÉRVIA: Stojkovic (5), Ivanovic (5,5),
Lukovic (5), Vidic (6,5) e Obradovic
(5); Kuzmanovic (6) (Lazovic 33/2º
(5,5)), Stankovic (5,5), Ninkovic (5,5),
Krasic (6) (Tosic 16/2º (6)) e Jovanovic
(5,5); Zigic (5,5) (Marko Pantelic
22/2º (5,5)). T: Radomir Antic.
O jogo foi um dos melho-res da Copa. Como o empa-te não garantia a classifica-ção de nenhuma das equi-pes, as duas impuseram uma forte marcação e apos-taram no contra-ataque. A Alemanha apostava na rá-pida troca de passes no meio. Gana, na velocidade de seu ataque — Gyan che-
gou a atingir 30 km/h. No primeiro tempo, as chan-ces mais claras de gol acon-teceram em sequência. Aos 26min, Gyan tocou para Ayew, que driblou a zaga, mas deu um toque a mais na conclusão. No lance se-guinte, a Alemanha chegou com Ozil, que, livre, bateu nos pés de Kingson.
No 2º tempo, a Alemanha voltou melhor, mas foi Asa-moah quem teve a melhor chance, aos 7min, quan-do Neuer fez grande defe-sa. Mas, aos 16min, Mul-ler avançou pela direita pa-ra Ozil, que teve tempo de dominar e acertar um belo chute de esquerda, da en-trada da área. O golaço fez
Gana ir com mais ímpeto ao ataque. Quando Carlos Eugênio Simon encerrou a partida, só a torcida alemã festejou no estádio. Minu-tos depois, quando o telão do estádio anunciou a vi-tória da Austrália contra a Sérvia, a festa ficou com-pleta. Os irmãos Boateng vão juntos para as oitavas.
JonasOliveira
DO ENVIADO À ÁFRICA
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ESLOVÁQUIAPARAGUAIITÁLIA NOVA ZELÂNDIA10
grupo f
Lippi faz mistério sobre ‘tridente’
O experiente Roque
Santa Cruz comanda o ataque
paraguaio
Técnico italiano deve mudardois dos três atacantes
Quando se é o atu-al campeão do planeta, empatar com Nova Ze-
lândia e Paraguai não é o melhor dos mundos. Mas, mesmo assim, basta uma vitória sobre a Eslováquia pro time italiano passar de fase — se o Paraguai ven-cer, um empate serve.
“Também podemos olhar pra essas partidas de um ponto de vista positivo. Em dois jogos, nossos rivais só fi nalizaram duas vezes. Pre-cisamos assumir a respon-sabilidade, mas é inegável que esta equipe tem garra e coração”, discursou o trei-nador Marcelo Lippi.
Pra melhorar o futebol até agora pífi o, Lippi faz mistério em relação à esca-lação, mas deve fazer qua-tro alterações. É certo que o técnico vai apostar no 4-3-3. O tridente de fren-te, que já foi formado por Pepe, Gilardino e Iaquinta, deve ter duas mudanças.
O primeiro deve ser subs-tituído por Antonio Di Na-tale, enquanto que o segun-
do, nulo nos jogos, vai dar lugar a Gianpaolo Pazzini.
As alterações na Azzurra não param por aí. Na late-ral esquerda, Criscito perde o posto pra Zambrotta, que é lateral-direito de origem, posição que vai ser herda-da por Christian Maggio.
A raça de Gennaro Gat-tuso deve ser incorporada ao meio-campo na vaga de Marchisio. Na zaga, o ca-pitão Cannavaro, que fa-lhou nos dois gols levados pela Itália na Copa, conti-nua no time.
Weiss se desculpouO treinador da Eslováquia
está sem moral com seus jo-gadores e com a opinião pú-blica. Vladimir Weiss, que se retirou da entrevista co-letiva de anteontem 40 se-gundos depois de começá-la, pediu desculpas — mas não perdeu a pose. “Peço que me desculpem. Eu faço futebol pra quem gosta de futebol. Só que alguns de vocês ( jornalistas) querem trazer tristeza pro nosso ambiente”, cutucou.
Técnico: Gerardo Martino Paraguai
1 Villar 6 Bonet21 Alcaráz 14 Da Silva3 M. Rodríguez13 Vera 15 V. Cáceres16 Riveros 18 Haedo Valdez19 Barrios9 Santa Cruz
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técnico do Paraguai não vai poupar Enrique Vera e Victor Cáceres, que estão pendurados, mas terá até duas baixas. O meia Jo-nathan Santana, com um problema na coxa esquer-da, foi vetado. O zagueiro Antolín Alcaraz, que tem uma torção no tornoze-lo direito, é dúvida: se não jogar, entra Verón.
A Nova Zelândia, que empatou seus dois jogos, considera os sul-america-nos mais qualifi cados que os outros rivais do grupo. “Será um time um pou-co mais difícil de enfren-tar, pois tocam a bola rapi-damente”, afi rmou o expe-riente meia Simon Elliott.
Paraguai quer pôr bola no chão contra neozelandeseskUm empate com a
Nova Zelândia colo-ca os paraguaios nas oita-vas de fi nal da Copa. Mas, pra escapar de um prová-vel duelo com a habilido-sa Holanda, a seleção de Gerardo Martino precisa vencer. A estratégia é en-volver o adversário com a bola no chão.
“Buscamos alcançar o ápice, melhorar isso jogo após jogo. Vimos o que a Nova Zelândia fez nas du-as partidas com um empa-te contra a Eslováquia e com a Itália. São jogado-res fortes fi sicamente e é preciso ter cuidado com a bola aérea”, comentou o meia Edgar Barreto. O
Técnico: Vladimir Weiss Eslováquia1 Mucha 2 Pekarik3 Skrtel 21 Salata16 Durica 6 Strba 7 Weiss8 Kozak17 Hamsik 11 Vittek9 Sestak
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Hoje • 11h • Peter Mokaba (Polokwane) • J: Yuichi Nishimura (JAP)
1
Gattuso treinou
como titular no meio
de campo italiano
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Técnico: Marcelo Lippi Itália12 Marchetti2 Maggio5 Cannavaro4 Chiellini19 Zambrotta8 Gattuso6 De Rossi 22 Montolivo10 Di Natale9 Iaquinta20 Pazzini
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Hoje • 11h • Ellis Park (Joanesburgo) • J: (ING)
Técnico: Ricki Herbert Nova Zelândia1 Paston4 Reid6 Nelsen19 Smith5 Vicelich7 Elliot11 Bertos 3 Lochhead9 Smeltz10 Killen14 Fallon
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JORNAL PL ACAR | QUINTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2010
O atacante Robben se diz recuperado da contusão muscular
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Robben pede pra jogar:“Não sou de cristal
Dinamarca e Japão na ‘final’
A Holanda já ga-rantiu sua va-ga no Grupo E. Camarões per-
deu as duas, portanto o con-fronto entre Dinamarca e Japão ganha ingredientes de decisão. Ambas as sele-ções estão empatadas com três pontos, mas os japone-
ses, que possuem um gol de vantagem no saldo, jogam por um empate pra avançar.
O clima de final foi insti-tuído na delegação escandi-nava pelo treinador Morten Olsen. O ex-líbero da Dina-máquina, equipe que bri-lhou na Copa de 1986, lem-bra que os asiáticos são mui-
Quem ganhar o duelo passa de fase; empate ajuda japoneses
Bendtner sofreu uma lesão na virilha contra Camarões e vai para o sacríficio no duelo de vida e morte contra o time japonês
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camarõesdinamarca japão11
grupo e
to eficientes na defesa. Para furá-la, ele tem uma séria dúvida: Nicklas Bendtner sofreu uma lesão na virilha na vitória sobre Camarões.
Mas o atacante do Ar-senal, de 1,94 m, se diz em condições de romper a re-taguarda japonesa. “Vai ser mais difícil que contra Ca-
marões. Nós temos que ven-cer e isso permitirá a eles jogar mais taticamente. Te-mos que aproveitar nossas vantagens, como a altura”, explicou Bendtner. A mu-dança na Dinamarca é a en-trada do zagueiro Per Krol-drup no lugar do suspenso Simon Kjaer.
O poder da menteO Japão sabe que não
pode dar espaço a um jo-gador de frente. “Acho que Bendtner será o homem-chave no ataque. Será pre-ciso mais do que tática: se-rá preciso lutar com uma mentalidade muito só-lida”, ensinou o técni-
co Takeshi Okada. Ele vai manter no banco o ído-lo Shunsuke Nakamura, aniversariante de hoje (32 anos), que voltou de uma lesão no tornozelo. “Não importa o que digam so-bre mim agora, todo mun-do tem altos e baixos”, avi-sou Nakamura.
holanda
quinta-feira, 24 de junho de 2010 | jornal pl acar
Hoje • 15h30 • Royal Bafokeng (Rustemburgo) J: Jerome Damon (AFS)
Técnico: Morten Olsen Dinamarca
Técnico: Takeshi Okada japão
1 Sorensen 6 Jacobsen 13 Kroldrup 4 Agger
15 Simon Poulsen 2 Christian Poulsen 10 Jorgensen
8 Gronkjaer 19 Rommedahl 11 Bendtner 9 Tomasson
21 Kawashima 5 Nagatomo 22 Nakazawa
4 Tulio Tanaka 3 Komano 2 Abe 8 Matsui
7 Endo 18 Honda 17 Hasebe 16 Okubo
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Técnico: Bert van Marwijk Holanda
1 Stekelenburg3 Heitinga 4 Mathijsen13 Ooijer5 Van Bronckhorst 6 Van Bommel10 Sneijder17 Elia11 Robben 21 Huntelaar7 Kuyt
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Técnico: Paul Le Guen camarões
16 Souleymanou8 Geremi5 Bassong 3 Nicolas N’Koulou 2 Assou-Ekotto6 Alexandre Song 19 Mbia 18 Enoh15 Webo9 Eto’o 10 Emana
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Hoje • 15h30 • Cidade do Cabo (Green Point) • J: Pablo Pozo (CHI)
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kCamarões e Holanda protagonizam o due-
lo dos opostos. Enquanto os Leões Indomáveis es-tão com a passagem de vol-ta marcada, os holande-ses precisam de um empa-te pra garantir o primeiro lugar do grupo. Eles têm o astro Robben à disposição para a partida.
Recuperado de uma le-são muscular, o atacante do Bayern de Munique quer desesperadamente estrear no Mundial. “Quero jogar. Preciso entrar, mesmo que por alguns minutos, pra ga-nhar ritmo. Não sou o jo-gador de cristal que alguns falam. Não posso negar que me lesionei muito, mas
é pelo meu estilo de jogo, explosivo. Mas esses riscos não irão me segurar”, afir-mou Robben.
O técnico da Laranja Mecânica, Bert van Ma-rwijk, deve escalá-lo na vaga de Van der Vaart, que tem dores no pescoço. Os pendurados Van der Wiel, De Jong e Van Persie se-
rão poupados do jogo. Resta à seleção camaro-
nesa terminar a Copa do Mundo de forma digna. A promessa de vitória vai além da honra do país: eles brigaram com a imprensa. “Deveriam sentir vergo-nha de tudo o que está es-crito”, disparou o volante Alexandre Song.
JORNAL PL ACAR | QUINTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2010
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Tiago quer vingar Brasil “à europeia”Provável substituto de Deco elogia organização tática brasileira e diz que não esqueceu a goleada de 2008
Há aquele dita-do que diz que quem bate es-quece, quem
apanha não. Quando se apa-nha por 6 x 2, então, é im-possível não pensar numa revanche. O meia Tiago, que se destacou na vitória de Portugal contra a Coreia do Norte, não esconde o desejo de vencer para enfi m supe-rar a goleada sofrida em no-vembro de 2008, num amis-toso em Brasília.
“Não há ajuste de con-tas no futebol, mas quere-mos ganhar para esquecer Tiago não esquece da goleada de 6 x 2 tomada em Brasília
Jonas Oliveira
DO ENVIADO À ÁFRICA um bocado essa derrota”, disse o jogador em coletiva ontem, em Magaliesburg, quando destacou a impor-tância do confronto. “É um jogo muito especial, porque são os nossos irmãos do ou-tro lado do oceano e porque no último jogo deram-nos um quebra-cabeça.”
Naquela ocasião, entre os atuais convocados por Dun-ga estiveram em campo Jú-lio César, Maicon, Daniel Alves, Thiago Silva, Luisão, Gilberto Silva, Josué, Ela-no, Kaká, Robinho e Luís Fabiano. Do lado português jogaram Pepe, Bruno Al-ves, Paulo Ferreira, Danny, Tiago, Raul Meireles, Deco, Cristiano Ronaldo e Simão.
12grupo g PORTUGALCOREIA DO NORTEBRASIL COSTA DO MARFIMCOREIA DO NORTEBRASIL COSTA DO MARFIM
Este mês na Placar: Copa do MundoComo Dunga comanda a Seleção Brasileira
LibertadoresSão Paulo ou Inter: quem vai se dar melhor na volta da Copa?
Copa do BrasilO Santos não vai ter moleza contra o Vitória
Isso e muito mais na Placar de junho.Não perca. Já nas bancas!
Placar. Muito além das quatro linhas.
www.placar.com.br
Os gols brasileiros foram marcados por Luís Fabia-no (três), Maicon, Elano e Adriano. Danny e Simão fi -zeram os gols portugueses.
Tiago, que não levou o prêmio de melhor em campo contra a Coreia do Norte — mas foi o eleito por seus companheiros —, é o mais cotado para ga-nhar a vaga de Deco no meio-campo português.
No período acompanha-do pela imprensa do pe-núltimo treino antes do jogo contra o Brasil, o bra-sileiro naturalizado por-tuguês não treinou com bola, mas, sem dor, deve estar no banco na partida de amanhã.
O provável herdeiro de seu posto preferiu ser po-lítico e elogiou o compa-nheiro e os demais brasi-leiros do elenco. “Gostaria muito que Deco se recu-perasse porque é um jo-gador muito importante. Ele, Liédson e Pepe trou-xeram qualidade e experi-ência ao nosso grupo. São fantásticos e ainda bem que os temos ao nosso lado”, disse o meia.
Ele elogiou a organi-zação tática do time de Dunga. “Creio que o Bra-sil cada vez mais tem um modelo de jogo europeu, uma equipe bem organi-zada com saídas rápidas para o ataque.”
quinta-feira, 24 de junho de 2010 | jornal pl acar(1
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COPA1513
Quatro africanos dançam na primeira faseGana passa no susto, Costa do Marfim espera milagre. Não era a Copa da África? Por Fernando Valeika
Argelino sai no tapa com jornalistakNo final do jogo entre
Argélia e EUA, houve uma inédita troca de tapas entre o jogador argelino, Rafik Saifi, e Asma Halimi, jornalista do mesmo país.
“Não foi a primeira vez que ele me agrediu”, con-tou a repórter. “Há um ano tentou me jogar uma garra-fa com água, depois que pu-bliquei um artigo sobre sua mulher francesa, de que ele não gostou.” A perseverante Asma promete denunciá-lo nas próximas horas: “Vou à Fifa e à polícia”, prometeu.
camarões Eram os grandes favoritos do continente para fazerem bonito. Aí o craque do time, Eto’o, bateu boca com o técnico, Paul Le Guen, e com Milla — o maior ídolo do país em todos os tempos. Protagonizou um racha no grupo. Divididos e mal organizados em campo, os camaroneses deram vexame contra o Japão e a Dinamarca e foram despachados já na segunda rodada. “Cometemos erros demais, e eles nos custaram caro”, disse Eto’o.
argélia Primeiro, o goleiro titular, Chaouchi, estranhou a bola Jabulani e engoliu um frango daqueles contra a Eslovênia. Depois, veio um honroso empate contra a Inglaterra. Aí, no terceiro jogo,
quando a vitória classificava o time, os atacantes cansaram de perder gols contra os Estados Unidos e a defesa deu espaços no final. “Ficamos nervosos”, disse Yahia, capitão do time. Ele foi expulso contra os norte-americanos.
costa do Marfim Drogba quebrou o braço dias antes da Copa. E pouco esteve em campo para tentar fazer a diferença na partida contra Portugal. Contra o Brasil, o time tentou jogar de igual para igual e deu espaços que não podia dar na defesa. Agora, para ser a derradeira esperança africana, terá de secar Portugal contra o Brasil e fazer a sua parte: vencer a Coreia do Norte por uma diferença de pelo menos oito gols (caso o Brasil vença por um gol). “Temos chances, o problema é que bastará um empate entre Portugal e o Brasil para sermos eliminados”, diz o zagueiro Kolo Touré. “Não somos mais donos do nosso destino.”
África do SulAtaque nunca foi o forte dos Bafana Bafana. Para variar, na Copa a pontaria dos seus atacantes foi péssima. Desperdiçaram duas chances de ouro, mandando gols certos na trave na estreia contra o México e na última partida, contra a França. Contra o Uruguai,
a defesa, normalmente segura, se perdeu e levou três gols. “No futebol, sorte ajuda a definir um vencedor. E nós não a tivemos na hora de colocar a bola para dentro”, lamentou o brasileiro Carlos Alberto Parreira, técnico do time sul-africano.
nigéria Nem o sueco Lars Lagerback deu jeito na Nigéria. Confusos, os africanos só não foram goleados pela Argentina porque Higuaín cansou de perder gols. Contra a Grécia, venciam até que Sani Keita fez uma falta boba e foi expulso. Com um homem a mais, os gregos
viraram o jogo. Nervosos, contra a Coreia do Sul, novamente deram moleza: perderam gols feitos, como o de Yakubu. “Perdemos gols demais e no futebol são eles que fazem os resultados”, disse um desanimado Lagerback, logo depois de a Nigéria ser eliminada.
Saifi virou bicho depois
do jogo e agrediu uma compatriota
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jornal pl acar | quinta-feira, 24 de junho de 2010
Jogos da Copa são transmitidas em português em nossa central na Cidade do Cabo
Dupla campeã do mundo: Zetti e Carlos Alberto Torres
A Casa PLACAR é um dos poucos locais em que se grita “gol” na África do Sul
Ricardo Rocha e Cássio Reis com o narrador Rafael Spinelli Tuca Andrada, Lucas di Grassi e, olha ele de novo, Cássio Reis
Casa PLACAR vira point na África do Sul
14COPA
Cidade do Cabo é uma espécie de Montecarlo do continente africa-no. Cercada de montanhas, com o mar a seus pés, Cape Town é a ci-
dade mais elegante da África do Sul. O Wa-terfront, um cais que se transformou em centro comercial e gastronômico, é o lugar
Sérgio Xavier Filho
Do enviADo À ÁfRiCA mais sofisticado da cidade. E, no coração do Waterfront, está a Casa PLACAR.
São 850 metros quadrados de um espa-ço que virou o “point” brasileiro na Copa. Com o apoio dos patrocinadores do proje-to Abril na Copa, PLACAR montou a casa para receber a torcida brasileira no Mun-dial. A principal atração são as transmissões em português de todas as partidas da Copa. Na casa se grita “gol”, algo que não se escu-
ta nas transmissões sul-africanas — eles re-latam golaços como se fossem mais um aci-dente de trânsito.
Os narradores Maurício Bonato eRa-fael Spinelli estão acompanhados pelos co-mentaristas Carlos Alberto Torres e Ricar-do Rocha nas transmissões. São 12 TVs de LCD de 52 polegadas espalhadas pelo am-biente. E, quando a bola para de rolar, a fes-ta toma conta do ambiente. Celebridades
como a cantora Maria Rita e os atores Cás-sio Reis, Tuca Andrade, Marcelo Novaes e Carlinhos Vieira viraram figurinhas carim-badas na casa. Além dos jogos, uma área “fun” com mesa de botão, pebolim, Playsta-tion e Nintendo Wii diverte a a turma. Isso sem falar das geladeiras com água, cerveja e guaraná. O resultado não podia ser outro: centenas de brasileiros encontraram seu espaço na África do Sul.
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Oquinta-feira, 24 de junho de 2010 | jornal pl acar
15Mano Menezes esboça um Corinthians sem o goleiro Felipe
para jogar em Londrina amanhã. O goleiro ainda está com dores
no ombro e pediu para ser negociado com o Genoa, da Itália. FORA DA ÁFRICA
Copa “de rua” leva Brasil pra ÁfricaGarotos até 18 anos vão disputar torneio de futebol na última semana da Copa
Fábio Sassá passa o pé por cima da bola e toca para Danielle. Ela gira
o corpo e lança Emily, que afunda o goleiro adversário e marca o gol para o Brasil.
Esta é a seleção de me-ninos e meninas que, de 4 a 11 de julho, vai disputar uma outra Copa na África do Sul, a de futebol de rua. O torneio é parte do festival Football for Hope (futebol pela esperança) e aconte-ce em Joanesburgo. São 32 equipes, incluindo times do Lesoto, Taiti e Camboja.
A lógica do torneio é ou-tra. ONGs escolhidas mun-do afora vão colocar seus garotos e garotas até 18 anos para jogar. Há combinações entre “inimigos” históri-cos como Israel e Palesti-na, Bósnia e Sérvia. O Brasil manda dois times: a Epro-cad, de Santana do Parna-íba (SP), e o Instituto For-mação, do Maranhão. A Fifa paga metade dos custos das viagens dos jovens, selecio-nados por desempenho es-colar e comportamento.
O futebol de rua tem re-gras e ambiente diferentes do tradicional. Ele pode ser jogado em parques, praias e ruas. Cada jogo tem três tempos. No primeiro, as re-gras são definidas. O segun-do é de bola rolando. No último, o jogo e eventuais polêmicas são discutidos. Para vencer, não basta mar-car mais gols — a humilda-de, por exemplo, pode dar mais pontos. “Os atletas de-cidem se merecem o ponto no quesito ou não”, diz An-dré Santos, atual coordena-dor do Brasil, que já parti-cipou da competição como jogador.
A equipe brasileira tem grande experiência interna-cional — venceu o Sul-Ame-ricano em 2008 no Chile. O adversário mais difícil? “Vai ser de algum país africa-no. Eles são muito fortes”, aponta André. A seleção de Dunga também concorda.Pedro Pracchia
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A partir do alto: futebol de rua em São Paulo; três integrantes da equipe brasileira; argentinos choram queda no Sul-Americano do Chile, enquanto brasileiro domina a bola
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paulistas
palmeirasA pedido de Felipão, o alviverde procura um atacante rápido. O preferido é Taison, hoje no Internacional. Outro reforço pode ser na lateral esquerda. O clube negocia com o lateral Leonardo (ex-Portuguesa), do Olympiakos da Grécia.
prudenteO STJD decidiu tirar três pontos do Prudente no Brasileirão por escalar irregularmente o zagueiro Paulão contra o Flamengo, em 23 de maio, na terceira rodada do torneio. O Prudente é 15º, com 8 pontos. Se perder os pontos, vai para 18º.
sem pulo
Viva GozoCopa realizada pela NF-Board,
federação que existe desde 2003
com países não associados à
Fifa: Padania, Occitania, Ilha
de Gozo, Curdistão, Curdistão
Iraquiano, Duas Sicilias,
Provença, Mônaco, Lapônia,
Assírios, Verona (ITA), Sápmi
e Camarões do Sul. Primeira
final, em 2006: Lapônia 21 x 1
Monaco. Não houve torneio em
2007. Em 2008, na Lapônia,
Padania fez 2 x 0 nos Assírios e foi
campeã. Em 2009, em Verona, o
time da casa venceu o Curdistão
Iraquiano na final. Este ano,
em Gozo, Padania fez 1 x 0 no
Curdistão Iraquiano e ficou com
o troféu Nelson Mandela. Três
atletas de Sápmi foram artilheiros
com seis gols: Erik Lamøy, Tom
Høgli e Steffen Nystrøm.
Elf cup Organizada pela KTFF, Federação
de Futebol do Chipre do Norte. Só
houve uma edição, em 2006, com
oito participantes: além do time
da casa, Zanzibar, Groenlândia,
Tadjiquistão, Quirguistão, Gagaúzia,
Tibete e Criméia, que perdeu a
final pra Chipre do Norte (1 x 3).
Fifi Wild cup A Federação Internacional de
Futebol Independente (Fifi) fez
o primeiro torneio em 2006 com
as seleções do Tibete, Gibraltar,
Groenlândia, Zanzibar, Chipre do
Norte e o St. Pauli, clube alemão,
que sediou a disputa. Na final,
Chipre do Norte 4 x 1 Zanzibar.
Unpo cup O torneio só existiu em 2005
com quatro participantes:
Molucas do Sul, Camarões
do Sul, Papua Ocidental e
Chechênia. O campeão da
edição foi Molucas do Sul, que
na final fez 3 x 1 nos chechenos.
Copas alternativas reúnem países esquisitos
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JORNAL PL ACAR | QUINTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2010
Paranoia, superstição, cão herói...Já rolou de tudo na história das Copas. Em 66 a taça sumiu e foi achada por um vira-lata
k No jogo contra o Chile, pela semifinal, a comissão técnica brasileira comprou pão e frios — e fez os jogadores almoçarem sanduba. O medo era que os anfitriões da Copa contaminassem a comida do hotel.
k A taça Jules Rimet foi roubada três meses antes do início do Mundial na Inglaterra. Houve uma mobilização nacional para encontrar o troféu, mas quem o achou, enrolado em jornais em um arbusto, foi o cachorro Pickles. Seu dono, David Corbett, recebeu 3 000 libras como recompensa.
k Por superstição, os jornalistas que presenciaram a vitória do Brasil na estreia (2 x 0 sobre o México) foram obrigados a repetir a roupa em todos os jogos. Quem trocasse não entrava em campo.
k A bola de 32 gomos estreou em
70; até então, ela era
formada por 16 gomos.
k O regulamento não previa disputa de
pênaltis ou jogo extra. Caso Brasil e Itália empatassem no tempo normal e na prorrogação,
o campeão seria decidido em sorteio.
k Às 19h do
dia 3 de junho
foi registrado
o recorde de
audiência de
um evento
esportivo no
Brasil. Todos os canais transmitiam o
jogo Brasil x Tchecoslováquia. Seria,
hoje, algo perto de 100 pontos no ibope.
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k A Copa de 1966 foi a primeira a ter um mascote. O leão Willie representava a força dos inventores do futebol.
1962
1966
1970
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