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Maio de 2005
Ano I – Nº 5
Preço: 1/2 Casquilho
ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO
A origem do nome e do símbolo da
escola - p. 4
De A a Z: nos Casquilhos
com todas as letras
Ano I, nº 5, Maio/2005
dois
Ficha técnica Coordenação: Ana Santiago (prof. 8ºB); Renato Albuquerque (prof. 10ºA). Redacção: Ana Beatriz Santos (10ºH); Ana
Arêde (10ºH); André Galvão (11ºE); Catarina Santos (11ºE); Cátia Duarte (10ºH); Daniela Ferreira (10ºH); Joana Alves (10ºH); Rute Jael (11ºD). Colaboraram neste número: Andreia Pinheiro (10ºB); Bruno Regalo (Prof. Ed. Fís.); Custódia Abreu (10ºB); Dora Pinto (Prof. 1º G.); Departamento de Línguas Germânicas; Isabel Lopes (Prof. 11ºB); Jorge Duarte (Prof. 5º G.); Lígia Varandas (GAOE); Mária Correia (Prof. 1º G.); Paula Esteves (Prof. 1º G.); Paulo Nunes (Prof. 5º G.); Renato Bessa (10ºH) Fotos: 10ºB; Ana Garrido (Prof. 8ºB); Helena Oliveira (Prof. 5º G.); Renato Albuquerque (Prof. 10ºA G.); Valérie Faucilhon (ALPC). Maquetagem: ReAl. Impressão: Serviços de Reprografia da Escola. Capa: Tratamento gráfico de ReAl. Correspondência: Jornal ESCrito. Escola Secundária de Casquilhos. Quinta dos Casquilhos. 2830-046 BARREIRO Telef.: 212148370 Fax:212140265 E-mail: jornal@esec-casquilhos.rcts.pt Horário: Sala D11 - segundas, das 12:00 às 15:00; quartas, das 8:30 às 10:00
Banco Alimentar Contra a
Fome por Renato Albuquerque
Quando falamos de fome não nos referimos
àquele apetite que nos surge quando acabámos
de digerir os cereais, o iogurte, o pão com
chouriço ou o hamburger comido à pressa.
A fome de que falamos é aquela situação
diária, permanente, endémica que afecta
milhões de seres humanos um pouco por todo o
lado, principalmente em África e na Ásia, mas
também em Portugal.
Quando se fala de fome costuma-se citar o
provérbio chinês, Quando vires um
homem com fome, não lhe dês um
peixe; dá-lhe uma cana e ensina-o a
pescar. Sábias palavras mas que não
resolvem o problema de quem não tem
sequer forças para se deslocar à procura de
ajuda.
A ideia do Banco Alimentar Contra a Fome
(um conjunto de pessoas que recolhe e distribui
voluntariamente alimentos, levando-os a quem
necessita) surgiu em 1966, em Phoenix -
Arizona, tendo aparecido na Europa em 1984 e
em Portugal em 1992 com a abertura do
primeiro Banco em Lisboa.
Nos passados dias 7 e 8 de Maio
procedeu-se a nova recolha de alimentos junto
dos consumidores das grandes superfícies,
tendo vários alunos desta escola
colaborado voluntariamente nesta
iniciativa.
Os portugueses, apesar da crise,
mostraram a sua solidariedade e
bateram os recordes dos anos anteriores.
Ficamos todos com a nossa consciência um
pouco mais aliviada até à próxima recolha…
Neste número
Banco alimentar ............................ 2 Perfil / Editorial............................. 3
As nossas origens .......................... 4
Feira Pedagógica 2005 .................. 5 O Paulo vai-se embora .................. 6
Preso por um cordel....................... 6
Cinema ......................................... 7 De A a Z ....................................... 7
Lembrando Paulo Abrantes ........... 8
Centrais – Casquilhos ................... 9
Visita de Estudo Alqueva ............ 13 Dia-a-dia ..................................... 14
Eleições ...................................... 16
Três anos se passaram ................. 17 Desporto ..................................... 18
Passatempos ................................ 19
Este é o último número do ESCrito do presente ano lectivo, pela primeira vez com 20 páginas.
Quando avançámos, cinco números e cinco meses atrás,
fizemo-lo com um estatuto editorial definido, com lançamentos
antecipadamente calendarizados (e escrupulosamente cumpridos), com propostas de temas para cada edição (por
vezes, reformuladas), com ideias precisas sobre quem devem
ser os redactores (os alunos, claro) e quem são os nossos leitores.
Cada vez que vinham ter connosco perguntando pelo
próximo número, tínhamos a certeza que este projecto ia por
bom caminho. Porque é da mais elementar justiça, não podemos deixar de
expressar neste momento o nosso reconhecimento ao Conselho
Executivo cujo apoio, nomeadamente material, foi importantíssimo. A todos os que colaboraram connosco (e
foram muitos ao longo destes meses), o nosso muito obrigado.
O fim do ano lectivo vai ser um momento de reflexão para tentar melhorar este projecto.
Esperamos voltar em Outubro, com novos temas, outras
notícias, mais ideias.
A todos, boas férias.
Ano I, nº 5, Maio/2005
tres
Perfil
por Ana Santiago
As Três Mosqueteiras
A Ana, a Vera e a Jin conhecem-se desde a primária. Resolveram chegar juntas aos Casquilhos e assim
permanecem, desde o 7.º ano até ao 12.º que actualmente
frequentam. São amigas e colegas, mas são sobretudo cúmplices de um sonho partilhado.
A Ana, a Vera e a Jin não gostam da palavra
impossível. Estão determinadas a ingressar no curso de Medicina na Universidade de Lisboa e, para isso,
estudam. A Ana e a Vera estudam muito. A primeira só se
perde um pouco com o computador; já a segunda
consegue aliar o estudo ao prazer de ouvir música ou ver televisão, o seu pecado maior. A Jin confessou-me que
não estuda assim tanto, já que trabalha diariamente no
restaurante da família. Nasceu na China, perto de Xangai, mas quer continuar por cá.
É tão pouco comum concentrar tanta excelência
(médias de 19) que apenas uma pôde beneficiar da viagem
oferecida anualmente pelos Rotários ao melhor aluno de cada escola – a Ana foi a felizarda que partiu rumo a
Nantes, dignificando o nome da escola com o seu sucesso.
A Ana, a Vera e a Jin são o exemplo de que nem tudo vai mal no ensino. Devemos pensar nelas sempre que o
pessimismo ensombra as conversas nos corredores.
Temos de pensar nelas sempre que os nossos queixumes se sobrepõem à felicidade de pertencer a esta escola.
Pensemos nelas sempre que necessitarmos de um elixir de
confiança e auto-estima.
A Ana, a Vera e a Jin estão a caminho da terra prometida, aquela onde só chega quem acredita, quem
luta. Para o ano, acredito que atravessarão o rio todos os
dias. Também acredito que a Ana vai continuar a surpreender-nos, a Vera não perderá a alegria das suas
raízes cabo-verdianas e a Jin continuará a sorrir, todas as
noites, enquanto ajuda os pais, sem um queixume.
A
Editorial por Ana Santiago e Renato Albuquerque
O editorial do último número deste ano lectivo foi escrito como o primeiro, a quatro
mãos…
Cheguei à escola em 1970. Na época eu contava três anos de vida e este
espaço feliz era um colégio – o
Externato Diocesano Manuel de Mello. Costumo dizer que nunca mais de cá saí. É
uma meia-verdade, pois sempre fui saltitando um
pouco, mas vi a escola crescer comigo. Quando adolescente, quis voltar para o Liceu,
a escola de sempre da minha mãe e o meu
palácio encantado da infância. Mais tarde, voltei
como professora. Sabem, os cheiros e as cores ainda são os mesmos e é deles que vos tento falar
em cada número do Jornal.
Em 30 anos, a escola amadureceu; com algum sofrimento vimos partir muitos dos que
construíram a sua identidade, mas continuamente
vemos chegar outros que a reforçam. É esta escola feliz que partilhamos neste número do
ESCrito.
Perguntam-me: como é que alguém que nasceu em Lisboa, que passou os
primeiros dezoito anos da sua vida a
olhar para as colunas negras de fumo e de
poluição que se levantavam do outro lado do rio e que na altura morava no Cacém vem parar ao
Barreiro e a esta escola?
O que me apaixonou foram, primeiro que
tudo, as pessoas: a Guilhermina, a Fernanda, a
Alda, a Angelina, tantos outros professores desta escola que me adoptaram como se fosse da casa;
o João, o Carlos, o Zé Paulo, a Ana, a Carla,
tantos alunos que sem serem meus alunos me
aceitaram como seu igual.
Depois, a paixão alargou-se aos espaços:
como é possível que alguém não se apaixone
pela luz, pela cor, pelo calor desta escola? Como
não gostar de uma vila/cidade tocada pelo Tejo, com a capital à distância de um barco que só se
toma quando se quer?
O empenho, o carinho que tenho posto neste
projecto de jornal escolar, nestas 5 edições em 5 meses, é, para mim, uma forma de devolver à
escola a ternura que dela recebi.
Jin Yao Yao, Ana Patrícia e Vera Lúcia, 12º B
Ano I, nº 5, Maio/2005
quatro
Casquilhos: as nossas origens por Renato Albuquerque, prof. 10ºA G.
O nome
Quando os quadros da CUF solicitaram uma escola para os seus filhos poderem estudar, o terreno
que foi cedido para esse efeito era já conhecido
como Quinta dos Casquilhos, nome que terá,
eventualmente, derivado da mata aqui existente e que forneceria madeira para a construção naval já desde
o tempo dos Descobrimentos. Desde que “nasceu”, a
nossa escola foi Colégio Diocesano Manuel de Mello, secção do Barreiro do Liceu de Setúbal, Liceu
do Barreiro e, já depois do 25 de Abril, Escola
Secundária do Barreiro.
Em 1992 o Ministério da Educação, verificando que havia várias escolas secundárias no mesmo
concelho e que tal facto provocava as inevitáveis
confusões, obrigou a que todas adoptassem um patrono ou um nome diferente do nome do seu
concelho. Verificando-se que os barreirenses
continuavam a designar a nossa escola como o Liceu ou a escola dos Casquilhos, os órgãos de gestão
propuseram ao Ministério que esta se passasse a
designar Escola Secundária de Casquilhos –
Barreiro, o que foi aprovado pelo Despacho 183/SERE/92.
Ainda hoje a escola continua a ter a sua morada
na Quinta dos Casquilhos.
O símbolo
Nos últimos anos da Escola Secundária do
Barreiro, tinha sido adoptado um símbolo (um
lápis estilizado composto pelas letras ESB) que
ficou desactualizado quando a escola mudou de
nome. A tipografia que trabalhava para a escola
chamou a atenção para esse facto e, de um dia
para o outro, foi pedido pelo Conselho Directivo
ao Jorge Gavancha, na época, aluno de artes da
nossa escola, que criasse um novo símbolo para
figurar nas folhas de teste. Esse símbolo teve
tanto sucesso que, a pouco e pouco, foi-se
transformando no símbolo da escola e passou a
figurar em todos os documentos, envelopes, etc.
Símbolo da Escola - Descrição O logótipo da Escola Secundária de Casquilhos – Barreiro inscreve-se num quadrado sem contorno desenhado.
No quadrante inferior direito, ligando-se a um arco da mesma cor castanha e dele saindo, desenham-se 4 raízes com as suas ramificações, simbolizando a ligação da escola ao seu meio envolvente, de onde vêm os seus alunos,
onde eles aprenderam os seus primeiros conhecimentos e onde a escola tem as suas raízes.
Dessas raízes arranca um arco, grafismo protector intimamente associado ao útero materno, simbolizando a
escola que acolhe os seus alunos para que aí cresçam e se desenvolvam enquanto jovens e futuros cidadãos.
Dentro desse arco, também a castanho, encontram-se as iniciais da escola. Nas letras "E" e "C" utiliza-se um
tipo de letra de bastão, em que as respectivas hastes se encontram com o resto da letra em rigorosos ângulos rectos,
simbolizando o rigor e a rectidão na aplicação dos princípios primordiais da educação: o respeito, a justiça, a equidade,...
Entre estas letras, na mesma cor castanha, desenvolve-se a letra "S", surgindo das raízes e interrompendo o arco anteriormente referido, simbolizando a abertura da escola ao mundo exterior, num movimento dinâmico, aberto à
mudança e à inovação.
O arco termina no quadrante inferior esquerdo onde 8 folhas, com contornos a verde e preenchidas na mesma
cor em metade de cada uma delas, simbolizam o florescer dos conhecimentos obtidos pelos nossos alunos e que, no
final do ciclo de estudos/final do arco, regressam à comunidade, para a enriquecer e a ajudar a desenvolver.
O logótipo representa, em suma, a ligação da escola ao meio envolvente, fazendo ainda alusão à ligação ao espaço verde existente dentro e fora da própria escola e com o qual a escola se identifica.
Ano I, nº 5, Maio/2005
cinco
Feira Pedagógica 2005
A Câmara Municipal do Barreiro vai organizar a IV Feira
Pedagógica e a nossa escola vai estar novamente presente.
A Feira decorre entre 30 de Maio e 5 de Junho no Parque da
Cidade, junto ao Auditório Municipal, com o seguinte horário: todos os dias, das 9:30 às 12:30 e das 21:00 às 22:30;
fim-de-semana, também das 16:00 às 19:00.
Por mais que seja santa… A guerra é a guerra
(Fausto, Por Este Rio Acima)
Guerra e Paz foi o mote escolhido para as actividades
desenvolvidas na escola no âmbito do Comercuzolhos 2005. Nesse sentido, os professores Ana Santiago, António Soares,
Carina Silva e Jorge Paulo Gonçalves desafiaram um grupo de alunos de várias turmas para uma apresentação
de palavras e melodias de guerra e paz. Uma vez que os ensaios ainda estão a decorrer, não queremos, para já, desvendar tudo o que vai acontecer.
Este espectáculo poderá ser visto no próximo dia 31 de Maio, às 10.00, no Auditório da escola, ou no dia 2
de Junho, às 21.00, no Auditório Municipal Augusto Cabrita (Parque da Cidade). NÃO FALTES.
O Departamento de Geografia irá apresentar duas exposições: Como cuidamos das crianças (apresentação num planisfério de alguns indicadores sobre as crianças) e Regiões deprimidas de Portugal Continental –
Problemas e Potencialidades (trabalhos dos alunos do 11º D e E, mapa com dados estatísticos dessas regiões).
Todos os departamentos irão expor trabalhos de alunos, embora se preveja que o espaço seja escasso e haja necessidade, por isso, de ir rodando os mesmos ao longo dos dias.
A professora Isabel Seruca prossegue as suas actividades de divulgação de Origamis, todas as manhãs, no
recinto da Feira.
O nosso Jornal também estará presente durante as manhãs e
irá ter todos os números deste ano à venda. Para além disso,
prometemos uma surpresa a todos os que nos queiram visitar.
O grupo responsável pela rádio da escola irá também ter o seu momento de intervenção, embora ainda não se saiba em que dia(s).
Os alunos que se apuraram para a final do campeonato de Abalone e de Ouri irão também disputar essa
prova no espaço em frente ao “pavilhão” da nossa escola. São eles: Abalone – Miguel Neves, Paulo Ferreira, Sofia Fonseca, David Pereira e Miguel Pinheiro, todos do 7.º A, e Fábio João, do 7.º D; Ouri – Telma Mota e
Luzia Lampreia, do 7.º A, Eliza Sousa, do 8.º A, e Wilson Damião, do 8.º B.
Segunda-feira, dia 30, e quarta-feira, dia 1 de Junho, a nossa escola irá apresentar o Percurso de Contadores
de Histórias, sempre às 10:30, junto ao lago. A iniciativa é da professora Carina Silva e do animador Júlio Mesquita.
Dia 3 de Junho, sexta-feira, durante a manhã, a turma de Animação Social do 11º Ano (turma D) irá
desenvolver actividades de pintura criativa com as crianças que visitarem a Feira. Esta mesma turma é também responsável pelo cenário do espectáculo Guerra e Paz de dia 31.
Mais uma vez a nossa escola promove uma Queimada Galega (festa de convívio com uma bebida típica do
norte da Península), desta vez no dia 3 de Junho, sexta-feira, à noite. Esta é a melhor maneira de terminar uma semana de trabalho.
Maqueta do pavilhão dos Casquilhos na Feira
Pedagógica 2005 (prof.ª Helena Oliveira)
Ano I, nº 5, Maio/2005
sets
Preso por um cordel por Valérie Faucilhon
Nos dias 7, 8, 14 e 15 de Maio diversos
alunos da nossa escola que têm vindo a participar no Atelier de Teatro, orientado
por Júlio Mesquita, participaram nas
filmagens da curta-metragem Preso por um cordel. Este trabalho, da realizadora
Lina Galrito, aluna do curso da Escola de
Comunicação Social de Lisboa, contou com a participação do Toni Peres (10.º C), da Soraia
Burrinha (11º B) e ainda da Tânia, do Luís e do
João.
Está previsto o visionamento da obra na escola, com a presença da realizadora, quando os trabalhos de montagem e sonorização estiverem
concluídos.
O Paulo vai-se embora Entrevista por Catarina Santos, 11.º E
Não é tanto pela sua faceta de motard, pelo brinco na orelha ou
pelo físico musculado; a sua juventude, boa disposição e linguagem
mais próxima dos alunos faz com que o Paulo, apesar de estar na escola há pouco tempo, seja já um funcionário conhecido de todos
eles. Por isso, quando soubemos que o Paulo se ia embora para
trabalhar como motorista do Ministério da Defesa, ao serviço de um qualquer general ou brigadeiro, ficámos surpreendidos e fomos
entrevistá-lo.
ESCrito - Desde quando está na escola?
Paulo - Estou na escola desde Setembro de 1999.
ESC - Quais as suas funções?
P - As minhas funções são de Auxiliar de Acção Educativa mas também faço a manutenção da escola (arranjo de estores, torneiras, etc.)
ESC - Porque decidiu sair da Escola dos Casquilhos?
P - Porque procurava estabilidade profissional e concorri a um concurso onde fiquei em primeiro lugar, tendo sido chamado.
ESC - Qual foi o aspecto de que gostou mais na Escola?
P - Gostei de todos os aspectos: de lidar com alunos, professores e com colegas.
ESC - E o aspecto de que gostou menos na Escola? P - O aspecto menos positivo foi a falta de recursos materiais e humanos para fazer tudo o que é
preciso na escola.
ESC - Do que vai ter mais saudades? P - Vou ter saudades do ambiente da Escola e do convívio com os meus colegas.
Pois é: o brinco já se foi (o Ministério da Defesa não gosta dessas coisas), a seguir há-de vir o fato e a gravata (o emprego vai obrigá-lo a isso), mas se, um dia, virmos um general a ser transportado à
pendura de uma moto creme, temos a certeza que debaixo do capacete do condutor vai o Paulo.
Felicidades para ele.
Ano I, nº 5, Maio/2005
sets
Cinema: Velvet Goldmine por Ana Beatriz Santos, 10.ºH
No dia 23 de Maio de 2005, à tarde, no auditório da escola, o clube de cinema exibiu o filme Velvet
Goldmine.
Este filme é chocante e para maiores de 18. Uma escolha um pouco desadequada à assistência que não
estava preparada para um filme daquele “porte”, colocando “em transe” muitos dos que assistiram à
projecção. Não há dúvida que este filme marcou a história do nosso auditório!
A história é aparentemente simples.
Em 1984, em Nova Iorque, o jornalista Arthur Stuart (Bale) é escolhido para realizar um trabalho de
investigação para um artigo, destinado apenas a ocupar espaço no
jornal. A peça consiste em descobrir o que aconteceu a um dos mais
importantes artistas britânicos do glam rock, Brian Slade (Rhys
Meyers) que, depois de uma carreira de sucesso nos anos 70,
desaparecera de cena, súbita e dramaticamente.
Stuart vai reviver, não só a história do glam, mas também as suas
próprias memórias de adolescente fascinado pelo movimento e por
algumas das estrelas desse firmamento, como Jack Fairy (Micko
Westmoreland) ou Curt Wild (Ewan McGregor).
Sem querer entrar em detalhes específicos ou aprofundar o enredo
do filme, podemos afirmar que o realizador Todd Haynes fez mais um
filme sobre a "aceitação" da homossexualidade do que sobre o glam
rock. Aceitação aqui deve ler-se no sentido de enfrentar e assumir a
própria sexualidade.
Como curiosidade, acrescentemos que o título do filme é retirado
de uma canção de David Bowie editada, contra sua vontade, em 1975,
no lado B de um disco.
De A a Z: a capa deste número fotos e legenda por Renato Albuquerque, prof. 10.ºA G.
A – o nosso Auditório: 50 lugares, projector VHS, DVD, PC, som B – Balneários, masculinos e femininos
C – Comeruzolhos, semana cultural da escola D – Desporto Escolar E – ESCrito, o nosso jornal escolar F –
Flores, flores por todo o lado G – (mini) Ginásio H – Hexágonos do bloco B, ideia do arquitecto Formozinho
Sanchez, 1961 L – Lago, habitat de peixes, rãs e patos do Parque da Cidade M – Minerva, a deusa da
sabedoria que saúda todos à entrada da escola N – Namoro; Ninhada de patos alimentados pela escola até
serem suficientemente autónomos para se defenderem dos ataques das gaivotas O – Ouri, jogo africano para
estimular o raciocínio Q – Química (Laboratório) R – Refeitório e cozinha; Relvado S – Sala de professores;
Sala de alunos; Secretaria, aberta mesmo à hora de almoço T – TIC (sala D10) V – Varanda sobre o relvado
com vista para o Parque da Cidade e a Quinta da Lomba W – Wir Sprechen Deutsch (Falamos alemão) na sala
A6.
Ano I, nº 5, Maio/2005
oito
Lembrando Paulo Abrantes por Mária Correia, prof.ª 1º G.
Com este artigo deseja-se apresentar, a quem não o conheceu, o professor Paulo Abrantes.
No ano lectivo de 1979/80, Paulo Manuel Caetano Abrantes leccionou na Escola e foi aqui que fez
a sua profissionalização.
Nasceu a 3 de Janeiro de 1953 e foi um excelente aluno, brilhante, dizem alguns, quer no estudo
quer no movimento estudantil. Chegou mesmo a assumir o lugar de Presidente da Associação
Académica da Faculdade de Ciências, em Lisboa. Durante 5 anos, logo após a conclusão da sua
licenciatura, foi professor de Matemática do Ensino Secundário.
Notabilizou-se pelos manuais escolares que escreveu (juntamente com o professor Raul Fernando,
que também leccionou na nossa Escola e falecido no mesmo ano), a conhecidíssima série dos MM:
M7 para o 7.º ano de escolaridade, M8 para o 8.º ano, etc. Esta série de livros assumiu um carácter
profundamente inovador e constituiu um caso de sucesso e
aceitação entre 1980 e 1993, quer pelos alunos, quer pelos
professores, dando um grande e decisivo contributo para a
inovação do ensino da Matemática em Portugal e valorizando
a resolução de problemas.
O grande interesse pela resolução de problemas e a sua
convicção de que os alunos poderiam ser fortemente
estimulados por esta actividade levou-o a assumir um papel
fundamental na organização das Olimpíadas da Matemática
no nosso país. Após deixar o Ensino Secundário ingressou na
faculdade de Ciências e organizou um outro projecto também
inovador para o ensino da Matemática, o MAT789.
Orador excepcional, pessoa de grande dinamismo e
simpatia, foi um dos elementos fundador da APM
(Associação de Professores de Matemática), assim como do
GREM (Grupo Para a renovação do Ensino de Matemática).
Nos últimos anos (1999-2002) assumiu o lugar de Director
Geral do Ensino Básico.
Com o seu falecimento, em 14 de Julho de 2003, a educação Matemática portuguesa perdeu, sem
dúvida, uma das suas figuras mais emblemáticas e destacadas.
Agora que tive o prazer de avivar a memória, penso como fui privilegiada pelo contacto que com
ele tive e pelos desafios que ele colocava.
A minha lembrança do Paulo é feita de
vários pequenos apontamentos colhidos ao
longo dos anos em que me deu o privilégio da
sua amizade: a primeira vez que o vi vinha no
seu velho FIAT 128 branco que conduzia com a
boa disposição de sempre; lembro-me dele
como fumador inveterado, sempre de cigarro na
boca; como pai “babado” quando lhe nasceu o
Manel e que contava, mais tarde, que esse filho
tinha aprendido o alfabeto através das
matrículas dos carros; como cidadão militante
que acreditava num mundo melhor e que não se
limitava a ver esse mundo passar à sua frente;
lembro-me da sua disponibilidade para os
amigos (numa das minhas mudanças de casa
grande parte da tralha ficou a aguardar na sua
garagem que a pudesse ir buscar); lembro-me
da sua paixão pela música: penso que a última
vez que o vi foi num concerto do Chico
Buarque.
Onde quer que esteja, deve andar à procura
de matematizar a realidade.
Saudades, Paulo
por Renato Albuquerque, prof. 10ºA G.
Ano I, nº 5, Maio/2005
nove
Casquilhos
A Nossa Escola por Ana Arêde, Cátia Duarte e Renato Bessa, 10.º H
Era uma vez… visto que não temos nenhuma frase inicial melhor para
falarmos deste tema, decidimos começar por esta conhecida expressão. Portanto, era uma vez o verdejante e agradável espaço da Escola Secundária de Casquilhos onde trabalham
alegremente, e em conjunto, professores, auxiliares e alunos…
Como já todos devem saber, a nossa escola está dividida em blocos individuais e possui um amplo espaço verde. Têm de admitir que é uma agradável alternativa aos labirínticos e intermináveis corredores da maior parte das escolas
secundárias desta cidade.
Comecemos então por descrever os pontos mais “quentes” da nossa escola:
O pátio – é um espaço amplo, alcatroado, com árvores que adoram deixar cair bolotas em cima das nossas cabeças. O pátio é o principal ponto de encontro e de convívio e está sempre inundado de gente. É daqui que vemos quem entra
e sai da escola, temos acesso a todos os blocos da escola e, mais importante, vemos passar os professores quando vão
para as salas de aula. O bar – tem o aspecto de um pequeno café, mas distingue-se de todos os outros graças a uma agradável esplanada,
com uma vista de bilhete-postal, onde, nos dias de calor,
sabe bem estar.
A vista para o parque – toda a nossa escola tem vista para o Parque da Cidade. O que é muito agradável naqueles
dias em que nos apetece estar em todo o lado menos na
escola. O eucaliptal – é uma instituição, um exemplo de
resistência. Faz parte do percurso de Educação Física, mas
poderia estar em melhor estado de conservação. Em toda a escola existem vários locais de passagem e
muitos outros onde podemos permanecer durante o
intervalo ou quando não temos aulas.
É caso para dizer que, apesar de não ser um reino com príncipes e princesas, a nossa escola tem um espaço de
encantar.
Bichos e rochas… por Isabel Lopes, coordenadora do Departamento de Ciências Naturais
Grande parte do interesse que as pessoas demonstram pela Biologia é devido principalmente à diversidade que os seres vivos apresentam, no desafio de tentar compreender diferenças, semelhanças, princípios, enfim, toda a
beleza e magia da Vida.
A Geologia, por outro lado, cativa pelo brilho e cor de minerais e rochas; pela curiosidade, beleza e perigo dos fenómenos vulcânicos…
Estes aspectos são uma motivação suplementar para o estudo destas disciplinas.
O departamento de Ciências Naturais tem assim a responsabilidade de, no âmbito das “suas” disciplinas, evitar a prática de uma Ciência estática e descritiva.
A nossa escola apresenta um espaço ímpar, um Parque Natural rico em vegetação e (micro)fauna, que é, desde
logo, uma mais valia para aulas diferentes, além de um recurso inesgotável de materiais biológicos para o trabalho
prático. Além disso, existe ainda um conjunto de outras infraestruturas privilegiadas com materiais e equipamentos
específicos. Podemos referir os laboratórios de Biologia (microscópios, lupas, estufa, balanças, modelos
anatómicos, mapas, diapositivos, DVDs, televisor, leitores de vídeo e DVD, computador com ligação à Internet, etc.) e de Geologia (diversas colecções de minerais, rochas e fósseis; material específico para a prática de aulas de
campo como martelos de geólogo, bússolas, etc.) que permitem uma diversidade de práticas pedagógicas.
A descrição feita está repleta de razões para a frequência destas disciplinas neste espaço privilegiado que é a
Escola Secundária de Casquilhos.
Ano I, nº 5, Maio/2005 Ano I, nº 5, Maio/2005
dez onze
Casquilhos
É preciso cá estar por Ana Beatriz Santos, 10.ºH
Quisemos saber o que se falava sobre os
Casquilhos, nos Casquilhos.
Para isso, o ESCrito saiu ao pátio, armado com o
gravador e um bloco de notas: o gravador para quem
emprestou a voz para dar opinião e o bloco de notas
para escrever as variadas razões que tornam esta escola
tão especial!
Temos de começar por algum ponto, e nada melhor
do que o espaço que nos rodeia dia após dia. Com o
Parque da Cidade e o nosso próprio verde como pano
de fundo, partilhamos diariamente um espaço
visualmente positivo, onde é um prazer conversar,
passear e aproveitar os tempos livres.
Os recantos intermináveis que se descobrem,
perdidos na nossa escola, os pontos de encontro da
“praxe” (como o pátio ou a varanda do bar dos alunos)
e os blocos que “pintalgam” a nossa escola são algumas
das imagens de marca que a tornam tão característica.
Quanto ao ensino, a escola possui ofertas exclusivas,
como os cursos de Construção Civil e de Marketing.
No ramo das Artes, os Casquilhos são também uma
escola de referência, sendo frequentemente escolhida
como a favorita dos futuros artistas:
“Além de ter de mudar de escola quando passei para
o secundário, esta escola surgiu logo como a escolhida
para o curso que eu quero seguir.” (Tânia Pacheco, 10º
D).
No entanto, muitas das razões para aqui se estar só
são descobertas quando se “está” realmente.
Núcleos de estágio
Um núcleo de estágio é constituído por um ou
dois professores orientadores e por professores
estagiários. Os primeiros são professores do quadro de nomeação definitiva ou de zona pedagógica e têm
como funções acompanhar, orientar e avaliar a
integração e a prática lectiva dos professores estagiários. Estes, por seu turno, são meio
professores meio alunos, já que continuam a
frequentar as faculdades a que pertencem, onde são
avaliados pelas suas competências científicas, ao mesmo tempo que se iniciam na aventura do ensino,
obtendo uma classificação final pelas suas práticas
pedagógicas na escola. No actual ano lectivo existem na escola três
núcleos de estágio:
Núcleo de estágio de Português/Francês, em
parceria com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Núcleo de estágio de Inglês/Alemão em parceria
com a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Núcleo de estágio de Biologia/Geologia em
parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
As artes na ESCola por Paulo Nunes, prof. 5.º G.
Os cursos de Artes Visuais do ensino secundário foram introduzidos na escola no início da década de 1990 tendo, desde então, consolidado a sua implantação no conjunto de cursos gerais que a escola oferece, merecendo uma
preferência sempre crescente por parte dos alunos. Esta tradicional vocação para o ensino das artes que a escola tem
evidenciado deve-se não só a um quadro estável de professores competentes e preocupados com a qualidade do seu
desempenho e a motivação dos alunos, como também às privilegiadas características dos espaços físicos e naturais da escola (com amplas e diversificadas áreas verdes) e às razoáveis condições das suas instalações e equipamentos que
proporcionam ambientes de trabalho muito aceitáveis.
A sublinhar o trabalho desenvolvido ao longo destes anos estão realizações como a “Semana da Escola – Comercuzolhos”, o Laboratório de Fotografia, os Ateliers e as Oficinas temáticas orientadas por professores de
formação especializada, as visitas de estudo, as exposições e intervenções e também as actividades regulares no campo
das Artes Performativas desencadeadas na Oficina de Expressão Dramática que completam todo um quadro de oferta
curricular abrangente no domínio das Artes.
Oficina de línguas pelo Departamento de Línguas Germânicas
Vivemos num mundo global onde a Língua
Inglesa tem uma importância crescente devido,
essencialmente, ao desenvolvimento tecnológico ao qual está intrinsecamente associada. Contudo, apesar
do contacto com a tecnologia ser uma constante na
vida dos nossos alunos, especialmente devido ao uso da Internet, verificamos que, cada vez mais,
apresentam dificuldades no domínio desta língua.
Assim, surgiu a ideia de se criar na escola um
espaço onde estão disponíveis professores de inglês e que permite aos alunos colmatar esta lacuna da sua
aprendizagem e, simultaneamente, motivá-los para o
estudo da língua. Para além disso, a Oficina de Línguas pretende ainda preencher os tempos livres
dos alunos de uma forma lúdica e, ao mesmo tempo,
produtiva através do contacto com materiais
atractivos e estimulantes. A Oficina de Línguas é também um espaço aberto
aos alunos que estudam a língua alemã, língua esta
que tem vindo a ganhar um papel extremamente relevante, facto que está associado à importância da
Alemanha no quadro único da União Europeia.
Salientada que está a importância deste espaço, reiteramos a ideia que a frequência da Oficina de
Línguas é algo que deves ponderar ao longo do teu
percurso escolar.
Ano I, nº 5, Maio/2005
doze
O G.A.O.E. pela psicóloga Lígia Varandas
O Gabinete de Apoio e Orientação Escolar tem como objectivo global orientar os jovens na
resolução de problemas de inserção ou reinserção
escolar e profissional, assim como intervir a nível psicopedagógico, tendo também como outras
actividades:
Aplicação de programas de orientação
escolar e profissional a alunos interessados,
em particular aos alunos do 9º ano.
Informação e Orientação aos alunos do 12º
ano sobre o acesso ao ensino superior e a
necessidade de se prepararem para o mundo
do trabalho, entre outros.
Colaboração com os professores, pais e
funcionários no sentido de apoiar o processo
de alunos, em especial, com o professor dos
apoios educativos.
É de salientar o aumento significativo da procura dos serviços deste gabinete por parte de
alunos e professores e os resultados positivos que
daí têm advindo.
O Laboratório de
Matemática por Paula Esteves, coordenadora do Departamento de Matemática
Na nossa Escola existe um Laboratório de
Matemática que se situa na sala E7. Este Laboratório
está equipado com vários computadores (com ligação à Internet), calculadoras gráficas e muitos jogos
(“Abalone”, “Ouri”, “Uno”, …), além de outros
materiais. Para aumentar o sucesso escolar, os alunos do 3º
Ciclo da nossa escola usufruem nesta sala de mais 45
min por semana da disciplina de Matemática, estando a
turma desdobrada em metade, possibilitando a utilização das novas tecnologias na sala de aula e existindo um
acompanhamento mais personalizado, mesmo em
termos de fazer desaparecer dúvidas sobre a “matéria”. Existe também um Clube de Matemática na nossa
Escola, com um horário específico, que funciona neste
Laboratório. Os alunos podem frequentar este Clube
voluntariamente e sempre que acharem necessário, quer para esclarecerem dúvidas da “matéria” de Matemática
(desde o 7º ao 12º anos), quer para jogarem os jogos aí
disponíveis, quer mesmo para fazerem os trabalhos ou consultarem a Internet. Neste horário está sempre
presente, pelo menos, um professor de Matemática. Esta
é uma oportunidade para esclareceres as dúvidas!
Ano I, nº 5, Maio/2005
treze
Barragem de Alqueva
Visita de Estudo ao Alqueva por Andreia Pinheiro e Custódia Abreu, 10.º B
Finalmente, o dia da visita, o dia 23 de Maio, chegou.
Todos os alunos chegaram à hora
previamente marcada para apanhar o
autocarro. E lá fomos em direcção ao Alentejo profundo. Às 9:30 já estávamos a
chegar a Évora, onde tivemos a
oportunidade de apreciar algumas belezas
arquitectónicas, como o Templo de Diana, a Sé e a Praça do Giraldo.
Prosseguindo a nossa viagem, fizemos
uma nova paragem, desta vez junto à povoação medieval de Monsaraz.
Infelizmente não tivemos tempo de entrar dentro das muralhas para
conhecermos as belezas que se adivinhavam.
No entanto, dada a altitude a que nos encontrávamos, pudemos contemplar a
grandiosa paisagem da Albufeira do
Alqueva, que já banha Monsaraz, bem
como terras de Espanha e a povoação de Mourão.
Seguiu-se o almoço, na Escola Secundária de Moura que, diga-se de passagem, fica muito aquém do
que é servido na nossa escola.
Após o almoço, fomos à descoberta dos nossos colegas alentejanitos com quem chegámos mesmo a criar
amizade.
A barragem surgiu-nos após o almoço. Fomos recebidos por um
representante da empresa gestora do Alqueva que nos prestou todas as informações relativas à barragem, à albufeira e à central hidroeléctrica, numa
visita que durou mais de uma hora. De seguida, subimos ao paredão e ao
miradouro para sessões de fotografia, filmagens e refrescar-nos com os
inevitáveis gelados.
O regresso à santa terrinha iniciou-se por volta das 17:00 e a chegada à escola ocorreu às 19:00. Houve bastante animação, quer na ida, quer no regresso, com canções alusivas ao novo
campeão de futebol (SLB), tanto da parte dos
alunos como dos professores. Ficamos à
espera da próxima visita.
Évora – Templo de Diana
Monsaraz
10.º B junto ao Alqueva
Ano I, nº 5, Maio/2005
catorze
Dia-a-dia
Dia 15 de Abril 42 alunos das disciplinas de Geologia (12º A) e
de Ciências da Terra e da Vida (11.os
A e B), acompanhados por 6
professores, foram visitar Sicó-Alvaiázere, um dos sítios da rede
Natura 2000. Aí puderam observar a ocupação da paisagem
calcária por ecossistemas típicos (fauna e flora). Este grupo teve a
experiência única de observar a nascente do Agroal, integrada na
bacia hidrográfica do rio Nabão. Em Avecasta, no concelho de
Ferreira do Zêzere, visitaram ainda um moinho tradicional, de
madeira, que tem a particularidade de estar assente sobre rodas e
de girar sobre si mesmo de forma a melhor aproveitar o vento. O
dia terminou com a ida ao local onde existe uma gruta com
vestígios paleontológicos, nomeadamente, a mandíbula de um
lince que, infelizmente, não pôde ser visitada pois estava fechada.
Apesar da chuva não ter ajudado, a viagem foi proveitosa.
Também em Abril, os alunos do 9ºB e 9ºC foram a Lisboa, à
Abraço, uma associação que dá apoio às vítimas do VHI/SIDA. A
Abraço tinha já colaborado com o nosso jornal ao fornecer os
preservativos que foram distribuídos com o número de Março. A
iniciativa foi das professoras de Ciências Naturais e da professora
de História. Como de costume, os alunos trouxeram desta visitas
diversas ofertas.
No passado dia 21 de Abril, decorreu na nossa escola um
Peddy Paper em que participaram alunos do Ensino Básico. Esta
iniciativa foi organizada pela turma A do 8º ano no âmbito da
Área de Projecto. Cada uma das trinta e duas equipas
participantes era constituída por três alunos que tinham de
realizar várias tarefas: responder a perguntas sobre o percurso
da prova, realizar actividades físicas na mata e no campo de
jogos, responder a perguntas sobre as diversas disciplinas e
fazer um desenho criativo.
No final, cada equipa foi classificada segundo o tempo de
realização do peddy paper ao qual se acrescentaram as bonificações ou penalizações obtidas nas
provas prestadas.
Dia 29 de Abril foi feita a entrega de prémios às equipas que se classificaram nos 1º, 2º e 3º lugares
e de diplomas a todos os alunos participantes.
O sucesso desta actividade só foi possível
graças à participação de vários alunos e
professores que contribuíram de alguma forma
para a concretização da mesma.
Classificações finais
1º Lugar Triple W – 9.ºA
2º Lugar As meninas da tarde – 9.ºC
3º Lugar Trio Ternura – 7.ºD por Dora Pinto, prof.ª 1º G.Distribuição de diplomas a uma das equipas concorrentes
Ano I, nº5, Mai/2005
quinze
Dia-a-dia
Esteve presente no bar dos alunos, no início de Maio,
uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos de
língua alemã do 10º H subordinada ao tema Zwei Städte
stellen sich vor: Barreiro und Preetz (Duas cidades
apresentam-se: Barreiro e Preetz). Estes trabalhos, que
pretendiam apresentar as respectivas cidades, resultaram de
uma troca de correspondência, por e-mail e carta, realizada
entre alunos da nossa escola e alunos do Gymnasium
daquela cidade alemã.
Encontra-se em período de discussão
pública a revisão do Plano Director
Municipal. Este documento é fundamental
para a nossa cidade pois define qual a
utilidade a dar a cada pedaço de terreno: se
é para construir prédios de habitação ou de
serviços, zonas verdes, escolas, etc.
O Departamento de Geografia aliou-se a
esta discussão trazendo para o bar dos
alunos enormes painéis alusivos a esta
temática que estiveram “pendurados” na
primeira semana de Maio.
25 alunos da nossa escola, acompanhados por 3
professores, participaram no Encontro Diocesano de
alunos do 3.º Ciclo de Educação Moral e Religiosa
Católica que se realizou, este ano, a 14 de Abril, na
Praça de Touros de Alcochete.
É já dia 4 de Junho, a partir das 19:15, a Gala de Finalistas (9º e 12º Ano). Organizada pela
Associação de Estudantes, a gala deste ano terá como tema a Pop Art.
Para além do jantar (1 pessoa 16 casquilhos, casal 30 casquilhos, espectáculo incluído), haverá um
espectáculo com 2 bandas de música, os Mind Overflow e os Nightfall’s (só espectáculo, 7
casquilhos), distribuição de prémios aos melhores da escola e muitas surpresas…
Cada finalista poderá levar dois convidados (um com direito a jantar e outro sem jantar) aos
mesmos preços.
Dia 9 de Junho, pelas 19:00, irá ser feita a
apresentação do trabalho realizado ao longo do ano
pelos alunos da disciplina de Oficina de Expressão
Dramática (blocos I e II), orientados pela
professora Carina Silva.
Esta representação é a não perder.
Sala A1 - sala de ensaios de OED
Ano I, nº 5, Maio/2005
dezasseis
Jorge Paulo Gonçalves, Carlos Pedro e Paula Neves
Eleições para a gestão da escola
De entre os vários órgãos de gestão da escola, o Conselho Executivo é o que é mais conhecido por todos
pois é aquele que toma as decisões mais importantes e está sempre disponível para resolver os problemas do
dia-a-dia: quer seja um aluno que se aleijou e é preciso acompanhar ao Hospital, um funcionário que está doente e é preciso substituir, um professor que está a faltar e é preciso avisar as respectivas turmas, tudo passa
pelo conselho Executivo e para tudo este órgão tem de arranjar solução.
O Conselho Executivo é constituído por 3 professores da escola, um Presidente e dois Vice-Presidentes, sendo eleito por períodos de 3 anos.
Este órgão é eleito pela totalidade dos professores e funcionários da escola, pelos
delegados de cada turma do ensino secundário e pelos representantes dos pais e encarregados de educação.
As eleições para o próximo Conselho Executivo serão na quarta-feira, dia 1 de Junho,
apresentando-se a votos uma única lista (lista A) composta por Jorge Paulo Gonçalves
(professor de Matemática, vice-presidente do actual Conselho Executivo, dinamizador do Clube de Cinema), Carlos Pedro (professor de Geografia, coordenador da Biblioteca
Escolar/Centro de Recursos Educativos – BE/CRE – e actual Presidente do Conselho
Pedagógico) e Paula Neves (professora de Físico- Química e actual assessora do Conselho Executivo).
Também para a Assembleia de Escola se irão
realizar eleições no próximo dia 31 de Maio.
Neste órgão de gestão estão presentes
representantes dos professores, do pessoal não-docente, dos alunos, dos pais e encarregados de
educação e da autarquia local (Câmara Municipal).
Cada corpo elege os seus representantes, isto é, os professores só votam na lista dos professores, os
alunos só votam na lista dos alunos, e assim
sucessivamente. Compete à Assembleia aprovar os grandes
documentos orientadores da escola: regulamento
interno, projecto educativo, linhas orientadoras do
orçamento, etc. Também para este órgão só existe uma lista:
Professores: Anabela Rocha (10.º B), Isabel
Rosa (10.º B), Filomena Dias (8.º A), Pedro Bernardino (Informática), Isabel Seruca (5.º), Lia
Carvalheira (11.º B) e Carlos Jorge (5.º).
Alunos: Priscila Delgado (10.º E), Débora Santos (10.º E), David Serrano (11.º D) e Manuel Paulo
(12.ºB).
Programa da Lista A (C. E.) 1. Valorizar e promover a qualidade de ensino assumindo as
orientações do Projecto Educativo;
2. Adequar a oferta da Escola às necessidades dos alunos do
ensino básico que não têm condições de prosseguimento de
estudos, sem descurar a assumpção de que a escola está
preferencialmente vocacionada para o prosseguimento de estudos;
3. Contribuir para a articulação solidária entre os vários órgãos
de gestão e administração da Escola, Associação de
Estudantes e Associação de Pais;
4. Descentralizar competências e responsabilidades,
nomeadamente através das comissões e secções do Conselho
Pedagógico e da Assembleia de Escola, e da criação de
grupos de trabalho;
5. Apoiar e divulgar os projectos em curso e fomentar o
desenvolvimento de novos projectos de índole educativa e
cultural; 6. Apoiar a realização de acções em contexto escolar para o
pessoal docente e não docente;
7. Fazer um levantamento rigoroso das necessidades de
equipamentos, espaços e materiais, em colaboração com
todos os Departamentos, para melhorar as condições de
trabalho nas salas de aula e nos campos desportivos;
8. Melhorar as condições materiais da Biblioteca/Centro de
Recursos nomeadamente no equipamento multimédia e
mobiliário;
9. Melhorar as acessibilidades tendo em consideração as
situações de emergência e o Plano de Evacuação da Escola;
10. Incentivar a utilização do espaço físico da Escola (que a caracteriza e distingue) como recurso para actividades
curriculares, extracurriculares, de cultura e lazer;
11. Contribuir para a circulação de informação em toda a
comunidade educativa;
12. Concretizar a reformulação da página web da Escola,
expandir a rede informática e fomentar a sua utilização.
Ano I, nº 5, Maio/2005
dezassete
Três anos se passaram… Em jeito de balanço
por Jorge Duarte, Presidente do Conselho Executivo (2002-2005)
Estão aí, novamente, as eleições.
Como é do conhecimento de todos, de três em três anos acontecem eleições nas escolas para a escolha dos
elementos que farão parte dos órgãos de gestão – Conselho Executivo, Conselho Pedagógico e Assembleia de
Escola. No próximo dia 1 de Junho irá decorrer na nossa escola a assembleia eleitoral para a eleição do Conselho Executivo para o triénio de 2005 a 2008. Com esta eleição encerrar-se-á um ciclo de três anos da actual equipa a
que presido.
Num balanço rápido posso garantir que não foram três anos fáceis: a juntar a toda a complexidade que é
a gestão diária de uma comunidade com cerca de
oitocentas pessoas, entre alunos, professores e
pessoal não docente, com expectativas, ambições e interesses muito diversos, temos ainda factores que
estão fora do nosso controlo. As prioridades e metas
que tínhamos estabelecido para o nosso mandato rapidamente se esfumaram por circunstâncias e
acontecimentos diversos. A
instabilidade política que se viveu no país neste período
em que decorreu o nosso
mandato foi, quanto a mim, o
maior obstáculo. Com a queda do governo, em 2002,
caiu também a esperada
Revisão Curricular do Ensino Secundário e todas as politicas que estavam
delineadas para a educação. A partir daí assistimos a
um ziguezaguear de decisões em que, o que hoje era verdade, no dia seguinte já não o era. A tranquilidade
na educação que deveria ser transversal a qualquer
ideologia governamental, foi um prazer poucas vezes
gozado! Melhores tempos virão, certamente…
Mas nem tudo foi mau…
1.º Acertámos as contas … podemos dizer com
orgulho e vaidade (porque não?) que, ao contrário do país que tem problemas com o défice, a nossa escola
dá-se ao luxo de, neste
momento, poder pagar a
pronto os seus compromissos;
2.º Melhorámos a rede
informática baseada numa
rede estruturada a 10/100Mbits, investindo em
hardware de qualidade,
potenciando melhores condições de trabalho a todos,
com o acesso recente à
Internet através de linha
ADSL.
3.º Adquirimos software – Prodesis – que eliminou problemas crónicos na gestão dos alunos,
bem como outro software de gestão financeira e de
contabilidade – JPM Abreu; os nossos horários
também são elaborados através de um programa que adquirimos – GP Untis.
4.º Instalámos o sistema de acessos e pagamentos
por cartão magnético, cujas potencialidades ainda não estão totalmente exploradas;
5.º Adquirimos equipa-
mentos didácticos e recuperámos outro que se
encontrava inoperacional.
6.º Fizemos benfeitorias
nas instalações, mesmo sendo da responsabilidade da
DREL; mantivemos a escola
com um aspecto físico agradável, apesar dos seus 4,3 hectares, da falta de pessoal auxiliar e da pouca
colaboração da autarquia;
7.º Implementámos o Plano de Emergência e Evacuação;
8.º Apoiámos com denodo, na medida das nossas
possibilidades, todos os projectos emergentes da
comunidade educativa;
9.º Procedemos à revisão do Regulamento Interno;
10.º Sobretudo, criámos condições para a melhoria
das relações interpessoais entre todos os elementos da comunidade.
Uma palavra para lamentar
a fraca participação dos
“nossos” pais e encarregados de educação nas actividades
dos seus educandos, pese
embora o empenho e dedicação que demonstrou o
seu Presidente – João Simões,
mas que sozinho não pôde fazer mais.
Em final de mandato quero, e devo,
agradecer a todos que colaboraram e ajudaram a tornar estes três anos menos “dolorosos”.
Ao Conselho Executivo que sairá das
eleições de 1 de Junho deixo os meus desejos de um óptimo trabalho e o compromisso de
colaboração e ajuda se tal for o seu desejo.
O CE cessante: professores Ilídio Pina, Jorge Duarte e Jorge Paulo (Set. 2004)
Ano I, nº 5, Maio/2005
dezoito
Desporto Dia 12 de Abril decorreram, por
iniciativa dos professores de Educação
Física, diversos jogos tradicionais. Muitos destes jogos têm vindo a
“passar de moda”, permanecendo
apenas na memória dos nossos pais
e avós. Esta actividade trouxe à escola o jogo da malha, corridas
de sacos, tracção à corda e à
corda em quadrado, jogo do balão, corridas de arcos, bola ao capitão, derrube de latas (com bola de
trapos) e jogo do burro (também conhecido como raiola nalgumas
zonas do país).
Classificações nos Campeonatos Regionais de
natação do desporto escolar:
Iniciadas: Ana Teresa Freire – 50m livres, 6º lugar; 50m
bruços, 3º lugar; Inês Guimarães – 50m costas, 3º lugar;
50m livres, 7º lugar. Juvenis: João Ascensão – 50m livres, 17º lugar; Pedro
Xavier – 25m mariposa, 4º lugar; 50m costas, 6º lugar;
100m livres, 7º lugar; Sérgio Sousa – 50m livres, 18º lugar.
Foram apurados
3 alunos para as finais nacionais de natação, que se realizaram em
Leiria nos dias 20, 21 e 22 de Maio: a Inês Guimarães
(50m costas), infelizmente, não pôde comparecer; o Pedro Xavier ficou a 1/10’ de ir à final dos 50 m costas
e obteve o 9º lugar nos 25m mariposa; a Ana Teresa
Freire obteve o 8º lugar na final de 50m bruços e o 2º
lugar na estafeta 4x50m em estilo livre, integrando uma selecção representante da região de Lisboa.
Opinião por Bruno Regalo, prof. de Ed. Física, coordenador do núcleo de natação
No passado dia 30 de Abril, na piscina
municipal de Corroios, realizaram-se os Campeonatos Regionais de natação do desporto
escolar.
Este encontro regional vem na sequência dos quatro encontros anteriores, da fase CAE
(Coordenação da Área Educativa) da Península de
Setúbal, que tiveram como objectivo definir os respectivos vencedores e apurar os dois melhores
nadadores por prova, nos escalões de iniciados e
juvenis, para representar esse CAE na referida fase
Regional. Nesse âmbito, foram seleccionados os
seguintes nadadores da nossa Escola: Ana Teresa
Freire, Inês Guimarães, Pedro Xavier, João Ascensão e Sérgio Sousa.
Perante um significativo conjunto de nadadores
a disputar o regional, grande número deles atletas federados, consequentemente, com mais tempo de
treino e provas realizadas, ainda assim, não
deixaram os nossos briosos nadadores de fazer
registos de bom nível, havendo a destacar o 3º lugar alcançado por Ana Teresa Freire e por Inês
Guimarães nas disciplinas de 50m bruços e 50m
costas, respectivamente.
A selecção de Lisboa (à direita, Ana Teresa Freire)
O Torneio de Magic, organizado pelas
Associações de Estudantes, já terminou com a
vitória do Paulo Tavares, aluno da Secundária
de Santo André.
Ano I, nº 5, Maio/2005
dezanove
Soluções no próximo número
O ESCrito errou
Por lapso, no último número, indicávamos que a
viagem de finalistas a Paris se tinha realizado entre 27 de Abril e 3 de Maio. Apesar da
qualidade dos nossos colaboradores, ainda não
conseguimos escrever as notícias antes de elas
acontecerem: a viagem ocorreu, efectivamente,
entre 27 de Março e 3 de Abril, nas férias da
Páscoa. As nossas desculpas aos leitores.
Passatempos por André Galvão
Estas duas fotos da escola parecem iguais, mas têm 7 diferenças. Descobre-as!
Encontram-se na Sopa de Letras as seguintes palavras ligadas à Escola:
ALUNOS, AULAS, CASQUILHOS,
ESCOLA, ESTUDO, PROFESSOR.
As palavras podem estar na horizontal, na vertical e de trás para a frente, nunca na diagonal.
A T E M I R F G F K N G H D U E B I S
D P Y D S J I S O N Y L E S T U D O A
Z R G Y A U K N T J R E K Y L Z N A O
U O O N M B A I L A Q Y O S E Y G C B
T F C F A U L A S Y U R N T N O K I A
M E N Y U C U Q C F E N T I P M U N I
L S F J N Q N I S A L C E D X R O S K
S S M E G A O S N H A L O C S E K M H
E O Y E M L S E R I C S O N L D P E S
S R H L I U G S A C R A L C A T E L L
N K T D Z G P A K S O H L I U Q S A C
R M A T R I U M U G I R M G I E B I S
Descobre como ler o que se encontra aqui escrito (sugestão: lê na direcção da seta
como se fosses o poeta Luís de Camões …)
(passatempo oferecido por Jorge Duarte, prof. do 5º G.)
Soluções (passatempos do nº 4) A 1. b; 2. a; 3. c; 4. a; 5. c; 6. b
B
A
B C