Post on 07-Apr-2016
IZABEL SADALLA GRISPINO
A noite cai ligeira e muito fria,O dia escurece com trovoada,O planeta perde sua harmonia,A relva vem coberta de geada.
A natureza se encolhe no elã,Nuvens encobrem o céu estrelado,
Nossa mãe-terra, agora, é uma anciã, Carregando um fardo, que lhe é pesado!
Afortunados se cobrem de lã,Se recolhem ao seu bem-estar,Têm na família a proteção irmã,
Na casa, o doce aconchego do lar!
Penso nos sem-teto e nos sem-pão,Sem agasalho, expostos ao relento,
Amargando penúria e solidão,Sofrendo as frias rajadas do vento!
Sob as pontes, tantos existem, tantos!Jogados em tristes desolações,
Por eles, peço aos homens, aos santos,Que se apiedam, lhes dividam o pão.
O frio da alma do indiferenteÉ bem mais gelado que da alma excluída,
Nesta, apenas um cobertor faz frente,Na outra, não há manta pra sua ferida!
Autora:Izabel Sadalla GrispinoFormatação:Francisco Graciano Grispino