Internas: Letícia Vieira e Silva Marcela Gondim Borges Guimarães Universidade Católica de...

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CEFALOSPORINAS

Internas:Letícia Vieira e Silva

Marcela Gondim Borges GuimarãesUniversidade Católica de Brasília

www.paulomargotto.com.brBrasília, 6 de abril de 2014

INTRODUÇÃO

Semelhante as penicilinas do ponto de vista

químico, mecanismo de ação e toxicidade

Mais estáveis com relação à B-lactamase e maior espectro de atividade.

Introdução

Pertencem ao grupo dos ATB betalactâmicos

Giuseppe Brotzu, 1948, identificou Cephalosporium acremonium como uma substancia que inibe o crescimento bacteriano. Estratos do fungo Cephalosporium acremonium com propriedades

bactericidas Bactericidas: inibem síntese da parede celular = lise osmótica Primeira: Cefalotina

1962 Cobria Gram – entéricos e resistia a penicilinase estafilocócica Sofre ação da lactamase Cefalosporinases: produzidas por bacilos gram –

Núcleo de cefalosporina tem duas vantagens: é intrinsecamente mais resistente a clivagem por b-lactamase e possui dois sítios R1 E R2/

Introdução

Descoberto em 1961 ácido 7-aminocefalosporâmico (7-

ACA) Deu origem às cefalosporinas

1. Modificações em R1

Espectro de ação

Estabilidade às β-lactamases

Afinidade da molécula pelo alvo

1. Modificações em R2

Aumento da meia-vidavida

Introdução

Ligação com receptor PBP Inibição de tranpeptidação das cadeias de

peptidioglicano Inibição da síntese da parede celular

Mecanismo de ação

Produção de b-lactamase Sítios de ligação modificados-PBP Redução da permeabilidade da membrana

externa Bomba de efluxo

Mecanismo de resistência

Hidrossolúveis: Apresentações orais e parenterais Parenteral : IV, IM Oral: estável em meio ácido, ésteres para facilitar a

absorção

Absorção

PRIMEIRAGERAÇÃO

Cefalosporinas desta geração posssuem

atividade contra cocos aeróbicos gram-positivos como estafilococos e estreptococos

Cadeias laterais R1 protegem seu anel b-lactâmico da clivagem por b-lactamases

Úteis no tratamento de infecções causadas por muitas cepas de Staphylococcus aureus

Primeira Geração

Não se ligam as PBPs de estafilococos

resistentes a meticilina e muitos estreptococos altamente resistentes a penicilina

Não posssuem atividade contra Listeria monocytogenes e enterococos

Tem atividade limitada contra bactérias anaeróbicas e bactérias gram-negativas facultativas, algumas são susceptíveis.

Primeira Geração

Via parenteral

PRIMEIRA GERAÇÃO (IV)Fármac

oEspectro Efeitos

AdversosDose OBS:

Cefalotina

Streptoccus spp, S. aureus (não MRSA),

alguns gram – (Klebsiella

spp, E. coli, Proteus spp)

Hipersensibilidade (reação cruzada com penicilinas) e elevação das

AMT

50 a 200 mg/kg/di

a4/4 ou 6/6 IV

Não pega H. influenzae, Acinetobact

er, Enterococcu

s e anaeróbios.

Se com aminoglico

pode causar IRA

Cefazolina

Streptoccus spp, S. aureus (não MRSA),

alguns gram – (Klebsiella

spp, E. coli, Proteus spp)

Hipersensibilidade (reação cruzada com penicilinas) e elevação das

AMT

30 a 100 mg/kg/di

a8/8h IV

Profilaxia cirúrgica por maior

vida

PRIMEIRA GERAÇÃO (EV)Fármaco Espectro Efeitos

AdversosDose OBS:

Cefalexina

Streptoccus spp, S.

aureus (não MRSA),

alguns gram – (Klebsiella spp, E. coli, Proteus spp)

Hipersensibilidade (reação

cruzada com penicilinas) e elevação das

AMT

30 a 50 mg/kg/di

a8/8h EV

Uso em infecções

menos graves ou

complementar o

tratamento via EV

Cefadroxil

Streptoccus spp, S.

aureus (não MRSA),

alguns gram – (Klebsiella spp, E. coli, Proteus spp)

Hipersensibilidade (reação

cruzada com penicilinas) e elevação das

AMT

15 a 30 mg/kg/di

a8/8h ou 12/12h

EV

Uso em infecções

menos graves ou

complementar o

tratamento via EV

SEGUNDAGERAÇÃO

Resultado de pesquisas que buscavam ATB

resistentes a hidrólise da cefalosporinases OBS: MO sempre produzindo outros tipos de

beta-lactamases Gram + e Cocos Gram – Hemófilos Enterobactérias Alguns eficazes contra B. fragilis Não são eficazes contra P. aeruginosa

SEGUNDA GERAÇÃO

São divididas em dois grupos: as verdadeiras

cefalosporinas como cefuroxima, e as cefamicinas, cefotetano e cefoxitina

Cefamicinas são derivadas da bacteria Streptomyces lactamdurans. Tem um grupo metoxi no lugar do hidrogenio. São incluídas porque são semelhantes quimica e farmacologicamente.

Segunda geração

Cefalosporinas verdadeiras são ativas contra

cocos gram-positivos aeróbicos( como os de primeira) e as cefamicinas tem atividade limitada, mas boa para anaeróbios( Bacteroides fragilis )

Os de segunda geração tem atividade aumentada contra bactérias aeróbicas e gram-negativas e são mais potentes contra E.coli, K.pneumoniae e P.mirabilis. São ativos contra Neisseria spp. e Haemophilus infuenzae( para as verdadeiras).

Segunda geração

SEGUNDA GERAÇÃO

Fármaco Espectro Efeitos Adversos

Dose OBS:

Cefuroxima

S. Aureus (não MRSA),

Streptococcus, H. influenzae, N. meningitidis, M. catarrhalis, E.

coli, K. pneumoniae e Proteus spp.

Hipersensibilidade, aumento das

AMT, leucopenia e

trombocitopenia

50 a 100 mg/kg/dia 8/8h (IV)

ou125 a 500 mg/kg/dia

12/12 h(VO)

INATIVA CONTRA

ENTEROCOCCUS E P.

AERUGINOSA

Cefaclor S. Aureus (não MRSA),

Streptococcus, H. influenzae, N. meningitidis, M. catarrhalis, E.

coli, K. pneumoniae e Proteus spp.

Hipersensibilidade e distúrbios do

TGI

20 a 40 mg/kg/dia,6/6 ou 8/8h

VO

INATIVA CONTRA

ENTEROCOCCUS E P.

AERUGINOSA

Cefoxitina Boa para B. fragilis,

Menos potente para Gram +, ação igual em

Gram -

Hipersensibilidade e raros de neutropenia

100 a 400 mg/kg/dia,4/4 ou 6/6h

IV

Útil e bastante

utilizado em profilaxias cirúrgicas

TERCEIRAGERAÇÃO

Atividade moderada contra bactérias

anaeróbicas gram-positivas Inibem a maioria das cepas de S.pneumoniae

susceptível a penicilina, exceto Ceftizoxima. Esta inibe bactérias anaeróbicas.

São ativas contra o espiroqueta Borrelia burgdorferi.

TERCEIRA GERAÇÃO

Grupo aminotiazol em R1 causa aumento de

penetração desses agentes através da membrana externa das bactérias ,aumento da afinidade por PBPs, e aumento de estabilidade em presença de algumas das b-lactamases codificadas por plasmídeos de bactérias aeróbicas e gram-negativas facultativas.

Grupo carboxipropil substitui o aminotiazol, aumentando ação contra Pseudomonas. Ceftadizima e Cefoperozona para pseudomonas ,mas limitada para S. aureus.

Terceira Geração

Fármaco Espectro Efeitos Adversos

Dose OBS: Cefalotina Streptoccus spp, S. aureus (não MRSA), alguns gram – (Klebsiella spp, E. coli, Proteus spp) Hipersensibilidade (reação cruzada com penicilinas) e elevação das AMT 50 a 200 mg/kg/dia 4/4 ou 6/6 IV Não pega H. influenzae, Acinetobacter, Enterococcus e anaeróbios. Se com aminoglico pode causar IRA Cefazolina Streptoccus spp, S. aureus (não MRSA), alguns gram – (Klebsiella spp, E. coli, Proteus spp)

Hipersensibilidade (reação cruzada com penicilinas) e elevação das AMT

30 a 100 mg/kg/dia 8/8h IV Profilaxia cirúrgica por maior vida

TERCEIRA GERAÇÃOFármaco Espectro Efeitos

AdversosDose OBS:

Ceftriaxona

Enterobacteriaceae,Streptoccus spp, Neisseria

spp, H. influenzae, M. Catarrhalis e T.

pallidum, desprezível

ação em anaeróbicos e sem para P. aeruginosa

Hipersensibilidade, elevação das

AMT, “lama biliar”, riscos de kernicterus em RN (perferir a cefotaxima)

50 a 100 mg/kg/dia12/12 ou 24/24

IM ou IV

Inativa contra Enterococcus spp, MRSA, P. aerugionosa e Acinetobacter.Profilaxina

para meningite

meningocócica

Cefotaxima

Enterobacteriaceae,Streptoccus spp, Neisseria

spp, H. influenzae, M. Catarrhalis e T.

pallidum, desprezível ação para

anaeróbicos e sem para P. aeruginosa

Hipersensibilidade

40 a 100 mg/kg/dia

4/4 ou 6/6h IV

Inativa contra Enterococcus spp, MRSA, P. aerugionosa e Acinetobacter.

Escolha em RN para

meningite

TERCEIRA GERAÇÃO

Fármaco Espectro Efeitos Adversos

Dose OBS:

Cefodizima

Enterobacteriaceae,Streptoccus spp, Neisseria

spp, H. influenzae, M. Catarrhalis e T.

pallidum, desprezível ação para

anaeróbicos e sem para P. aeruginosa

Hipersensibilidade,

1 a 2g 24/24h IM ou IV

Estimula fagocitose e crescimento linfocitário.

Não usar em infecções do SNC. Inativa

contra Enterococcus spp, MRSA,

Ceftazidima

P. aeruginosa, Enterobacteriaceae e algumas

espécies de Acinetobacter

spp

Hipersensibilidade, aumento das

AMT, leucopenia e

trombocitopenia

60 a 100 mg/kg/dia

8/8hIV

Fármaco de escolha para

o tratamento de infecções

por P. aerugionosa

QUARTAGERAÇÃO

São agentes antimicrobianos poderosos Cefeptime possui cadeias laterais que

permitem penetração mais rápida através da membrana externa, incluindo P.aeruginosa

Cefeptime também se liga com alta afinidade a PBPs

Resistente a hidrolise por b-lactamase gram-negativas

QUARTA GERAÇÃO

QUARTA GERAÇÃO

Fármaco Espectro Efeitos Adversos

Dose OBS:

Cefpiroma

Enterobacteriaceae,Streptoccus

spp, P. aeruginosa,

S.aureus (não MRSA)

Hipersensibilidade, aumento das

AMT,

1 a 2g 12/12h

IV

Se por pseudomo

naou S.

aureus2g 8/8h

Enterococcus spp, MRSA, B.

fragilis e Acinetobacter

são resistentes

Cefepima Enterobacteriaceae,Streptoccus

spp, P. aeruginosa,

S.aureus (não MRSA)

Hipersensibilidade, aumento das

AMT

1g 12/12h IV

Se por pseudomo

naou S.

aureus2g 8/8h

Enterococcus spp, MRSA, B.

fragilis e Acinetobacter

são resistentes

Agentes microbianos poderosos Ceftobiprole medocaril possui ação contra

microrganismos gram + e gram – Bactericida Inibe as transpeptidases, inclusive a enzima

responsável pela resistência de bactérias aos antibióticos b-lactâmicos.

Ceftobiprole-IV-MRSA Ceftaroline-IV- VRSA

Quinta Geração

Primeira geração: ITU, pequena lesões estafilocócicas,

celulites ou abcessos de tecido mole Segunda geração: infecções do trato respiratório

inferior, otite, sinusite,amigdalites, tecidos moles e IU. Terceira geração: infecções graves, sepse, meningites

por meningococos, pneumococos e H.influenzae, doenças por gonococos, pneumonias graves associar azitromicina.

Quarta geração: infecções por gram-negativas resistentes ao de terceira, pneumococos resistentes a penicilina.

USOS CLINICOS

Alergia: mancha macula-papular Gastrointestinal: Diarreia e enterocolite Alterações na coagulação:

hipoprotrombinemia

Efeitos adversos

OBRIGADA

Tavares, Walter. Antibióticos e quimioterápicos

para o clínico/Walter Tavares.- 2. ed. rev. e atual. – São Paulo: Editora Atheneu, 2009.

Batista, Rodrigo Siqueira. Manual de Infectologia. 1. ed.- Rio de Janeira: Editora Revinter, 2003.

Referências