Post on 24-Jul-2015
I n f o r m a t i v oI n f o r m a t i v o
www.pioneersementes.com.br
MANEJOTÉCNICO
Lançamento dos
híbridos superprecoces
Pioneer para a safrinha
6
MERCADOAGRÍCOLA
Apesar da crise global,
mercado do milho ainda
se mostra atrativo
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NUTRIÇÃOANIMAL
Silagem de milho
safrinha
4
A mais nova e
eficiente combinação
de tecnologias Bt
MATÉRIAESPECIAL 10
www.pioneersementes.com.br
Ano XVI - Nº 34
Dicas para umasafrinha de rei.
ADMINISTRAÇÃO RURAL
EDITORIAL®Roberto de Rissi - Diretor-executivo da Pioneer Brasil
ano de 2011 ficará marcado na memória de todos os
produtores de milho e soja do Brasil como o ano dos
sonhos. Outro dia, conversando com um produtor, ele
me disse: “2011 foi, para mim, o melhor ano do milho desde que
comecei a trabalhar com a cultura, há 30 anos”. De fato, em
2011 tivemos uma combinação de fatores extremamente positivos para a cultura do
milho: a formação das lavouras a um custo muito favorável, o acesso à tecnologia Bt nas
genéticas de ponta, altas produtividades em larga escala e preços remuneradores. Até a
crise econômica que vem afetando o mundo, especialmente os países europeus e os
Estados Unidos, tem movimentado a taxa cambial no sentido de favorecer as exporta-
ções brasileiras, compensando a pontual queda dos preços internacionais dos grãos. Na
soja tivemos mais um recorde na área plantada e na produção. O Brasil caminha a pas-
sos largos para superar, num futuro próximo, os EUA e passar a ser o maior produtor e
exportador de soja do mundo.
O mais interessante ainda é que os fundamentos para o “sonho” de 2011 continua-
rão presentes para a próxima safra. A demanda por alimentos continua muito forte,
constituindo-se numa megatendência deste século. A população mundial continua
crescendo fortemente e seremos mais de 9 bilhões de pessoas para serem alimentadas
nos próximos 30 anos. Os riscos climáticos continuam presentes. A demanda por fontes
energéticas renováveis continua em ascensão. Os estoques mundiais de grãos estão em
níveis muito baixos, especialmente do milho. Todos esses fatores, aliados ao potencial
do Brasil para produção de alimentos, colocam a agricultura nacional no primeiro plano
do panorama internacional. O Brasil é ainda um dos poucos países do mundo cuja
produção pode crescer, tanto pela adoção de tecnologia quanto pela incorporação de
novas áreas, preservando ainda nossas reservas florestais. Nossos produtores, com sua
capacidade inovadora e empreendedora, formam sistemas de produção, - como por
exemplo Soja/Milho Safrinha -, tornando nossa agricultura cada vez mais competitiva,
mesmo havendo várias desvantagens em relação aos maiores países produtores de grãos
como fertilidade do solo, logística e infraestrutura de transportes. Para a agricultura
brasileira, o futuro chegou!
Temos que continuar nossa marcha para sermos o maior produtor e exportador de
soja do mundo. Temos que continuar desenvolvendo a cultura do milho, para que o
Brasil também se torne um grande e confiável exportador de milho. Temos todas as
condições para, em curto prazo, nos tornarmos o segundo maior exportador de milho
do mundo, superando nossa vizinha Argentina. Para tanto, precisamos de políticas
agrícolas que reduzam os gargalos logísticos da produção com aumento da nossa capa-
cidade de estocagem e melhoria da nossa infraestrutura de transporte. Dentro das
porteiras, nosso produtor está fazendo sua parte, mas fora delas ainda temos que evo-
luir muito para nos tornarmos a potência agrícola dos sonhos dos brasileiros.
Estamos plantando a safra 2011/12 e junto com ela o otimismo do crescimento.
Certamente iremos, mais uma vez, bater novo recorde de área plantada de soja, ter uma
recuperação muito forte da área de milho verão, perdida em 2009/10, e continuar em
ascensão com a área de milho safrinha. Nós, da Pioneer, continuamos investindo na
geração de novas tecnologias, apoiando, inovando e levando novos conhecimentos aos
produtores para que nossa agricultura seja cada vez mais forte.
Quero agradecer, mais uma vez, a todos os clientes pela crescente e rápida aceita-
ção de nossos produtos e serviços, fazendo com que a Pioneer seja a marca número um
do mercado brasileiro de sementes e a principal e maior operação da Pioneer fora dos
EUA.
Muito obrigado!
2
PIONEERMulticanalO
Hotsite Safrinha
Atualmente, a safrinha representa
mais de 35% da produção nacional de
milho e elevadas respostas em produti-
vidade têm sido alcançadas combinan-
do genética e biotecnologia com ade-
quadas práticas de manejo.
Diante da crescente importância
da safrinha no mercado de milho, a
Pioneer traz mais uma novidade espe-
cial para você: o Hotsite Safrinha.
Neste hotsite especial, a Pioneer
apresenta uma série de informações
técnicas para o melhor desenvolvimento
de sua lavoura; informações sobre
híbridos Pioneer indicados para a sua
região, com ênfase aos pontos fortes de
cada produto e posicionamento técni-
co; e ainda o lançamento dos híbridos
superprecoces - P3340H, P3161H e
P3431H.
Para finalizar a visita ao hotsite,
você poderá conferir mais de 300 resul-
tados de lavouras comerciais, conhe-
cendo assim produtores rurais que já
plantam Pioneer e os resultados alcan-
çados por eles.
Acesse www.pioneersementes.
com.br/pioneersafrinha/index.html e
f ique por dentro das informações
importantes para que a sua safrinha
seja um sucesso.
®GENTE QUE PLANTA PIONEER®GENTE QUE PLANTA PIONEER
Antonio Marcos Galli
Foto
: ar
quiv
o C
liente
Nascido em Palotina/PR, o filho de produtores rurais, Antonio
Marcos Galli, trabalha no mesmo ramo dos pais desde os 22 anos de
idade. Há 18 anos plantando híbridos Pioneer, o produtor comprova
no campo o sucesso e a eficiência de uma parceria de longa data.
Prova disto é que, sozinho, Antonio planta em três regiões diferentes
do Brasil: Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Em sua propriedade, no Paraná, dos 1.060 hectares de lavoura,
Antonio destina 588 hectares para o plantio de milho safrinha. A pro-
dutividade média da lavoura na última safrinha chegou em 101 sc/ha,
com população de plantas de 51.000 pl/ha no espaçamento de 45 cm.
Este resultado foi alcançado com a colheita do híbrido 30F53H.
®Utilizando a tecnologia Herculex I de controle de insetos, o pro-
dutor não encontrou maiores dificuldades para proteger sua lavoura.
“Para controle de percevejo, utilizei o
tratamento de Sementes Industrial Pioneer ®com Cruiser e, em parte das áreas, foi
necessário uma aplicação complementar
em pós-emergência devido à alta pressão
desta praga. Já para a lagarta-do-cartucho
não foi necessário fazer aplicação comple-® mentar. A tecnologia Herculex I foi sufi-
ciente para o controle”, afirma Antonio.
Dentre as vantagens observadas com o
plantio de híbridos com a tecnologia ®Herculex I, Antonio cita “a maior seguran-
ça e garantia, principalmente em anos
quando a pressão de pragas é alta ou
quando a lavoura passa por período de
stress climático. Nestes casos, o controle de
pragas nos milhos convencionais torna-se
mais difícil e oneroso”.
Além disso, a combinação do plantio
de híbridos Bt, com o Tratamento de Sementes Industrial Pioneer,
confere ao produtor praticidade e segurança na aplicação da dose
certa, garantia de produto e qualidade do tratamento.
Marca, potencial produtivo, qualidade de grãos e preço são os
principais fatores que o produtor Antonio Marcos Galli leva em consi-
deração ao escolher os híbridos que irá plantar. Ele acredita que a
diferença para um resultado satisfatório, após a escolha da semente,
está em promover melhoria constante da fertilidade do solo. Além
disso, segundo Antonio, “é necessário que o produtor fique sempre
atento às novas tecnologias, aos sistemas de manejo como espaça-
mento, formas de adubação, novos híbridos, máquinas e implementos
agrícolas. Não se deixar levar por modismos. Fazer o básico, o famoso
feijão com arroz, bem feito”, completa.
®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.
® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.
Cruiser - Marca registrada da Syngenta Crop Protection, Basiléia, Suíça.
“ É necessário que o produtor fique
sempre atento às novas tecnologias,
aos sistemas de manejo como
espaçamento, formas de adubação,
novos híbridos, máquinas e
implementos agrícolas ”
3
milho é a cultura mais expressiva
destinada à produção de silagem,
uma vez que permite produções
elevadas de Matéria Seca (MS) por área
com alta concentração energética, sendo,
por isso, ingrediente indispensável no
arraçoamento de vacas leiteiras, principal-
mente, e de boa parte dos confinamentos
de gado de corte.
Pesquisas de mercado no Brasil esti-
maram que a área da cultura de milho
destinada à ensilagem foi de, aproximada-
mente 980.000 hectares na safra de verão
de 2009/2010 e de cerca de 450.000
hectares na safrinha. Cabe lembrar, por
exemplo, que estados como Goiás e Mato
Grosso do Sul, onde se concentram confi-
namentos de gado de corte, e a região
oeste do Paraná, maior bacia leiteira do
estado, têm na safrinha a grande maioria
das suas lavouras de milho.
O cultivo de milho safrinha vem apre-
sentando grandes avanços tecnológicos
nesses últimos anos. Atualmente, ela
representa mais de 35% de toda a produ-
ção de milho nacional, ocupando mais de
4,5 milhões de hectares com produtividade 4
Foto
: ar
quiv
o P
ionee
r
NUTRIÇÃO ANIMAL
O
1João Ricardo Alves Pereira média acima de 3.500 kg/ha. Somente nos
últimos 15 anos a área de milho safrinha
teve incremento de mais de 3 milhões de
hectares e as produtividades médias prati-
camente dobraram no período. Durante o
processo de profissionalização da safrinha,
alguns aspectos técnicos foram decisivos
para o incremento de produtividade. Entre
eles, a seleção e plantio de cultivares de
soja precoce como estratégia de antecipar
o plantio da safrinha e minimizar alguns
efeitos de estresse como estiagem e gea-
das; a seleção de híbridos adequados à
época de plantio, combinando-se diferen-
tes híbridos, cujas características principais
como potencial produtivo, precocidade e
defensividade sejam complementares; a
adequação da população de plantas que,
de forma geral, apresentou os melhores
resultados numa população final na faixa
entre 55.000 e 62.000 plantas/ha; a redu-
ção de espaçamento entre linhas, de 90
para 45 cm, que tem por objetivo melhorar
a distribuição espacial das plantas na
lavoura, visando aumentar a interceptação
da radiação solar e reduzir a evaporação da
água do solo pelo fechamento mais rápido
da cultura (Seleme, 2011).
Assim, é cada vez mais evidente que
agilidade na colheita é um dos fatores
fundamentais para garantir qualidade na
silagem produzida. Se nas lavouras de
verão as temperaturas mais elevadas acele-
ram a maturação da cultura, que associada
aos períodos frequentes de chuva dificul-
tam e atrasam a colheita, nas lavouras de
safrinha a colheita deve ser rápida em
função do ciclo precoce da cultura e aos
maiores riscos de perdas por doenças ou
geadas. Outro fator importante é que as
lavouras de safrinha, ou mesmo de verão,
plantadas com espaçamento entre linhas
reduzido, exigem plataformas de colheita
apropriadas, com discos de corte rotativos
independentes da orientação da linha de
plantio. A vantagem nesse aspecto é que é
cada vez mais comum a terceirização de
serviços para empresas especializadas que
utilizam máquinas forrageiras autoprope-
lidas.
“ É cada vez mais evidente
que agilidade na colheita é
um dos fatores fundamentais
para garantir qualidade na
silagem produzida. ”
Silagem demilho safrinha
Quando comparados os custos de
colheita por área de uma lavoura de milho
para produção de silagem (Tabela 1),
verifica-se que a colheita com forrageira
autopropelida tem custo cerca de 15%
menor que o uso de ensiladeira acoplada
de uma linha e 9% menor que a de duas
linhas. Isso se deve ao maior rendimento de
colheita, o que acaba compensando o
maior custo por hora máquina. Contudo, é
possível a produção de silagem de boa
qualidade utilizando-se ensiladeiras acopla-
das (uma ou duas linhas). Ciente da menor
eficiência de colheita, o produtor deve fazer
um bom planejamento de plantio, visando
escalonamento da colheita.
Trator 70-90cv 4x4
Trator 90-110cv 4x4
John Deere 7350/
New Holland 9050Ensiladeira 1 linha
Ensiladeira 2 linhas*
6,10
6,90
8,60
89,50
12,20
Deprec.Equipamento
Componentes do custo - R$/hora
0,20
0,80
1,00
10,00
0,40
Seguro
3,30
6,10
7,50
72,70
6,50
Juros
5,50
6,50
8,10
76,70
10,80
Manut.
-
18,90
24,60
104,00
-
Comb.
15,10
39,20
49,80
352,90
29,90
Total/hora
107,501
-
-
90,801
1100,00
Total/ha
Tabela 1. Custos de máquinas e equipamentos empregados na produçãode silagem de milho
Fonte: Fundação ABC (2011) * Acoplada a um trator de 110 cv
Figura 1. Sistema de Combinação de Híbridos para produção de silagemde milho na safrinha
Híbrido C
Híbrido A
Ponto de corte
Janeiro fevereiro março abril maio Junho
Híbrido B
JanelaJanela
JanelaJanela
JanelaJanela
Cabe lembrar que os principais benefí-
cios decorrentes da agilidade na colheita
estão na possibilidade de obtenção de
forragem de melhor qualidade. O milho
quando colhido no momento ideal, expres-
so pelo teor de Matéria Seca da planta e
pelo estágio de maturação do grão, tem
impacto significativo sobre a qualidade da
silagem. Em geral, esse ponto na lavoura
de milho se dá quando os grãos atingem o
estádio de farináceo-duro, tendo a planta
inteira teores de Matéria Seca variando
entre 32 e 38%, quando já tem na planta
cerca de 95% do seu potencial produtivo
de grãos.
Trabalhos de pesquisa evidenciaram
que técnicas de manejo de lavoura, asso-
ciando-se redução de espaçamento e popu-
lação adequada ao híbrido recomendado,
possibilitaram aumento nas produtividades
de silagem de milho de 8 a 12% em média.
Para melhor se avaliar as opções de
terceirização de serviços de colheita, na
Tabela 1 são apresentados custos de opera-
ção para máquinas forrageiras para ensila-
gem de milho. Quanto ao valor cobrado
pelas empresas prestadoras de serviço de
colheita com forrageiras autopropelidas, o
valor médio gira em torno de R$ 420,00 a
480,00/hora máquina.
Foto
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r
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Zootecnia UEPG/Castro-PR. (jricardouepg@uol.com.br)
Professor Adjunto do Depto. de Zootecnia - Curso de
No entanto, fica evidente a dificuldade
de colher lavouras dentro dessa faixa ideal
consideradas as dificuldades como perío-
dos frequentes de chuva e a maturação
acelerada da cultura no verão e a precoci-
dade e riscos de perdas, por doenças ou
geadas, na safrinha. As formas de amenizar
esses riscos consistem, basicamente, em se
fazer um bom planejamento agronômico a
fim de se possibilitar maior janela de corte
associando-se práticas como a combinação
de híbridos de diferentes ciclos com escalo-
namento de plantio, de modo que apresen-
tem, de maneira sequenciada, os momen-
tos ideais para corte (Figura 1). Numa
segunda, etapa proceder todas as etapas
da ensilagem como corte, transporte e
compactação, de maneira rápida e eficien-
te, o que certamente tem reflexo positivo
sobre a qualidade da silagem produzida.
Foto
: ar
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r
6
MANEJO TÉCNICO
dos híbridossuperprecoces
para a
Lançamento
o longo dos anos, a observação do comportamento dos
híbridos de milho plantados nas regiões de safrinha tem
revelado que a opção por defensividade com potencial
produtivo tem sido a decisão técnica e econômica mais correta
nestes ambientes. Além da defensividade com produtividade já
conhecida e aprovada pelo agricultor, agora o Sistema de ®Combinação de Híbridos da Pioneer para a safrinha ficou ainda
mais forte. Chegaram os híbridos superprecoces P3340H, P3161H ® e P3431H que, combinados com a tecnologia Herculex I, propor-
cionam maiores produtividades com estabilidade.
Desenvolvidos a partir do programa de melhoramento genéti-
co da Estação de Pesquisa de Toledo/PR, cujo foco é desenvolver
híbridos superprecoces para as áreas de safrinha do Paraná, sul do
MS e região do Vale do Paranapanema/SP, os híbridos P3340H,
P3161H e P3431H foram testados em mais de 350 locais durante 4
anos. Mais do que isso, durante este período, profissionais da
assistência técnica e produtores destas regiões, através dos Times
de Avanço de Produtos Pioneer, visitaram os ensaios, participaram
das avaliações e discussões sobre os híbridos, contribuindo e vali-
dando o lançamento dos mesmos para o mercado de safrinha.
A
1Rafael Barbieri Seleme
Safrinha Estação de Pesquisa
Toledo
Área de cobertura/ação:
Foco de trabalho:
Oeste e Norte do Paraná
Sul do Mato Grosso do Sul
Vale do Paranapanema/SP
Precocidade
Potencial Produtivo
Defensividade
®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.
®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.
® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.
safrinha
®Pioneer
Foto: arquivo Pioneer
Especialmente na safrinha 2011, cuja instabilidade climática
foi muito grande, onde se observou uma forte estiagem durante o
desenvolvimento da cultura seguido de fortes geadas, os híbridos
superprecoces P3340H, P3161H e P3431H comprovaram seu alto
rendimento e estabilidade frente os principais competidores deste
segmento. Confira os resultados:
Fonte: Pioneer Sementes, safrinha 2011, 48 locais nos plantios do cedo, normal e tardio
Gráfico 1. Produtividade média do híbrido P3340H
versus híbridos concorrentes na safrinha
6.500
6.200
5.900
5.600
5.300
5.000Pro
du
tivid
ad
e (
kg
/ha)
5.89
5
5.65
3
6.10
3
P3340H
P3340H DKB330YG AG9010YG
Fonte: Pioneer Sementes, safrinha 2011, 48 locais nos plantios do cedo, normal e tardio
Gráfico 3. versus híbridos concorrentes na safrinha
Produtividade média do híbrido P3431H
7.000
6.500
6.000
5.500
5.000
Pro
du
tivid
ad
e (
kg
/ha)
5.89
5
5.65
3
6.34
3
P3431H
P3431H DKB330YG AG9010YG
Fonte: Pioneer Sementes, safrinha 2011, 48 locais nos plantios do cedo, normal e tardio
Gráfico 2. versus híbridos concorrentes na safrinha
Produtividade média do híbrido P3161H
6.300
6.100
5.900
5.700
5.500
5.300
Pro
du
tivid
ad
e (
kg
/ha)
5.89
5
5.65
3
5.98
5
P3161H DKB330YG AG9010YG
P3161H
CONTINUA NAS PÁGINAS 8 E 9.
®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.
®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.
P3340H
P3161H
P3431H
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® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.
8
MANEJO TÉCNICO
Veja ainda os resultados da combinação dos híbridos P3340H,
P3161H e P3431H em comparação com os competidores em duas
épocas de plantio na safrinha passada.
Observe que, nos plantios do cedo e normal, a combinação
dos híbridos superprecoces P3340H, P3161H e P3431H resultou
num incremento de produtividade de 4,9 sc/ha em relação ao
DKB330YG e cerca de 12 sc/ha em relação ao AG9010YG. Já nos
plantios tardios, as diferenças ficaram ao redor de 3,3 sc/ha e 4,3
sc/ha, respectivamente. Os resultados comprovam: os híbridos
superprecoces Pioneer oferecem maior estabilidade e segurança
para a safrinha.
Fonte: Pioneer Sementes, safrinha 2011, 24 locais
Gráfico 5. Produtividade dos híbridos nos plantiosde março (normal/tardio)
5.600
5.400
5.000
5.200
4.800
Pro
du
tivid
ad
e (
kg
/ha)
5.23
1
5.17
4
5.43
2
SCH Pioneer DKB330YG AG9010YG
P3431H
P3161H
P3340H
Fonte: Pioneer Sementes, safrinha 2011, 24 locais
Gráfico 4. Produtividade dos híbridos nos plantiosde janeiro e fevereiro (cedo/normal)
7.000
6.600
6.800
6.400
6.200
6.000
5.800
Pro
du
tivid
ad
e (
kg
/ha)
6.55
9
6.13
2
6.85
5
P3431H
P3161H
P3340H
SCH Pioneer DKB330YG AG9010YG
®A Pioneer ofereceuma linha completa
de produtos paraa safrinha
®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.
®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.
® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.
Foto: arquivo Pioneer
No seu planejamento, considere a utilização de híbridos com
características complementares aos híbridos superprecoces como
forma de reduzir os riscos e proteger o seu investimento. Para ®
isto, a Pioneer oferece uma linha completa de produtos para a
safrinha. Veja abaixo:
Nos plantios de janeiro até meados de fevereiro (cedo/normal),
os melhores resultados são obtidos em populações de plantas ao
redor de 60 a 65 mil plantas/ha. Já nos plantios de final de
fevereiro e março (normal/tardio), recomenda-se população de
plantas entre 55 mil e 60 mil plantas/ha.
Para mais informações sobre o posicionamento e recomenda-
ções técnicas dos híbridos de milho da Pioneer contate o seu
Representante de Vendas local/distribuidor ou acesse www.pioneer
sementes.com.br
30F53H P3646HPOTENCIAL PRODUTIVO
P3340H P3161H P3431HPRECOCIDADE
30K73H P4285HDEFENSIVIDADE
®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.
®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.
® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.
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Técnico da Pioneer Sementes
Engenheiro Agrônomo, Gerente de Marketing
10
Foto
: ar
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o P
ionee
r
MATÉRIA ESPECIAL
A mais nova e eficientecombinação de tecnologias Bt
introdução do milho Bt no Brasil
é um exemplo global do profis-
sionalismo do agricultor brasilei-
ro, sempre disposto a adotar tecnologias
que lhe tragam novas soluções a problemas
graves como o ataque de lagartas no mi-
lho, reduzindo riscos e aumentando as pos-
sibilidades de incrementar a sua produti-
vidade, melhorar a qualidade do produto
final e a lucratividade.
Fiel à sua tradição de parceira com o
agricultor e ao seu perfil de empresa inova-
dora como canal de novas tecnologias, a ®Pioneer inovou, combinando dois produ-
tos testados e aprovados pelos produtores - ® ®o milho Herculex I e o milho YieldGard -,
TMgerando a tecnologia Optimum Intra-TMsect , uma nova geração e, portanto, uma
evolução da tecnologia Bt em milho.TM TMA tecnologia Optimum Intrasect é
a mais nova e eficiente tecnologia Bt, com a
mesma segurança e com benefícios adicio-
nais obtidos pela combinação de duas
diferentes proteínas Bt: a Cry1F e a Cry1Ab.
Esta combinação de duas diferentes proteí-
nas, eficientes e estáveis, traz ao mercado
1Goran Kuhar
A
melhor espectro de controle de lagartas
que atacam a cultura do milho. A tecnolo-
gia foi obtida por cruzamento convencional
das tecnologias individuais, sendo caracte-
rizada como uma combinação de eventos.TM TMA tecnologia Optimum Intrasect ,
como todo novo produto da Biotecnologia
Agrícola, foi submetida à aprovação da
Comissão Técnica Nacional de Biossegu-
rança (CTNBio), órgão ligado ao Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação, formado
por especialistas de diversas áreas da ciên-
cia e representantes de diversos órgãos
governamentais, que atestou sua seguran-
ça para saúde humana e animal, bem
como para o meio ambiente.
A presença nas plantas de milho,
simultaneamente, das proteínas Cry1F e
Cry1Ab, propicia excelente controle das
principais pragas tais como a lagarta-do-
cartucho (Spodoptera frugiperda), a broca-
da-cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) e a
lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus).
Ainda, complementado com melhor con-
trole da lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea)
e da lagarta-rosca (Agrotis ipsilon), e o
controle de pragas secundárias como a
lagarta-das-vagens (Spodoptera eridania) e
a lagarta-do-trigo (Pseudaletia sequax), que
podem aparecer na lavoura e, assim ganhar
importância econômica em virtude do
controle das pragas principais.
As recomendações de manejo perma-
necem as mesmas já conhecidas para os
produtos que contêm apenas uma pro-
teína: utilizar o Tratamento de Sementes
Industrial, que controla pragas não atingi-
das pelo Bt tais como os percevejos e asso-
ciar a essas tecnologias, um correto manejo
de insetos na palhada pré-plantio, o que
aumenta a probabilidade de sucesso na
produção. Também não se pode deixar de
fazer o monitoramento constante da lavou-
ra para verificar a presença de insetos e
danos nas plantas e, caso seja identificado
um nível de dano econômico, fazer uso de
inseticidas químicos devidamente registra-
dos para esse uso junto ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Para a preservação da eficiência da
tecnologia, também não podemos es-
quecer as medidas de manejo da resistência
de insetos aos métodos de controle. No TM TM caso do milho Optimum Intrasect
recomenda-se o uso de uma área de
refúgio equivalente a 5% (cinco por cento)
da área total plantada, em distância não
superior a 800 metros.
P1630YH
P1630YHR
Além das duas proteínas Bt, o milho TM TMOptimum Intrasect ainda tem ferramentas
que auxiliam no melhor manejo das plantas
daninhas. Uma delas é a tecnologia Liberty ®Link de tolerância a herbicidas formulados
com Glufosinato de Amônio presente no ® milho Herculex I. A outra tecnologia que
poderá ser incorporada como ferramenta ®adicional é a tecnologia Roundup Ready de
®tolerância aos herbicidas Roundup , aumen-
tando ainda mais o espectro de controle das
plantas daninhas.®Os híbridos da marca Pioneer , que tra-
TM TMzem a tecnologia Optimum Intrasect ,
serão identificados pela combinação de letras
YH quando a combinação for constituída ® ®pelas tecnologias Herculex I e YieldGard , ou
pelas letras YHR quando a combinação for ® formada pelas tecnologias Herculex I,
® ®YieldGard e Roundup Ready . As letras sem-
pre ficarão após o seu respectivo número num
tamanho 40% menor do que os números.
Veja os exemplos: P1630YH ou P1630YHR.
Vários híbridos da marca Pioneer estão
em fase de registro no Registro Nacional de
Cultivares do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento e já deverão ser
comercializados a partir desta próxima safri-
nha, em pequena escala.
Da mesma forma que com outros milhos
geneticamente modificados, no uso do milho TM TMOptimum Intrasect é fundamental obser-
var a norma de coexistência entre milho con-
vencional e milho transgênico, estabelecida opelo Governo Federal (Resolução Normativa n
4 da CTNBio). Ela estabelece as distâncias que
devem ser observadas entre seu campo de
milho geneticamente modificado (Bt ou outras
tecnologias) e o campo de milho convencional
do seu vizinho. É importante ressaltar que essa
prática não tem nada a ver com segurança do
produto, atestada por sua aprovação para uso
comercial e, sim, simplesmente respeitar o
direito do vizinho de não ter seu milho polini-
zado por plantas de milho transgênico.
A norma prevê apenas o isolamento por
distância, sendo que os campos devem ser
separados por cem metros de distância, ou
alternativamente por 20 metros, caso se colo-
que uma bordadura de dez linhas de milho
convencional, de mesmo porte e ciclo do TMhíbrido, contendo a tecnologia Optimum
TMIntrasect . Essa bordadura pode contar como
área de refúgio, desde que atenda ao tama-
nho de área necessário. Importante ressaltar
que o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento está fiscalizando a adoção das
medidas de coexistência.
11
P1630 ®
+ YieldGard®
+ Herculex I ®+ Roundup Ready
P1630 ®
+ YieldGard ®+ Herculex I
® Roundup Ready é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.® Roundup Ready é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.
®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pelaDow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.
®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.
®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pelaDow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.
®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.
® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.
® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.
1 Gerente de Registro e Regulamentação da Pioneer Sementes
12
MATÉRIA
Escala Davis - Visual Rating Scales for Screening Whorl-Stage Corn for Resistance to Fall Armyworm, F. M. Davis, USDA-ARS, Crop Science Research Laboratory, Mississippi State University, MS 39762
De 4 a 7 lesões alongadas grandes, maiores que 2.5 cm de comprimento, em algumasfolhas do cartucho e folhas expandidas e/ou alguns furos pequenos a médios, de formato uniforme a irregular (membrana consumida), no cartucho enas folhas expandidas5
De 4 a 7 lesões alongadas pequenas oumédias de 1.3 a 2.5 cm em algumas folhas do cartucho e folhas expandidas
MÉDIO
Lesões muito pequenase pequenas circulares nas folhas do cartucho2
De nenhum dano até 3 lesões muito pequenas nas folhas do cartucho
8 ou mais lesões alongadas de todos os tamanhos presentes na maioria das folhas do cartucho, além de muitos furos médios a grandes de formato uniforme a irregular nas folhas do cartucho e expandidas8
8 ou mais lesões alongadas de todos ostamanhos presentes em várias folhas do cartucho, além de furos de formato uniforme a irregular nas folhas do cartucho e expandidas
nível de dano
BAIXO nível de dano
ALTO nível de dano
1
7
4
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6
3
9
Evento
YHR
YH
acima de 90%
entre 60% e 90%
entre 40% e 60%
abaixo de 40%
EXCELENTE
BOM
REGULAR
FALHO
NÍVEIS DE CONTROLEDE INSETOS:
Nota: os níveis de controle das pragas-alvo e pragas secundárias podem variarem função do híbrido, condições de manejo, clima e pressão dos insetos
Excelente Excelente BomExcelente
® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.
Lagarta-do-CartuchoSpodoptera frugiperda
Lagarta-elasmoElasmopalpus lignosellus
Lagarta-roscaAgrotis ipsilon
Broca-da-cana-de-açúcarDiatreae saccharalis
Bom Bom Bom
Tolerância a herbicidas
Glufosinatode amônio
Glifosato
Sim
Sim
Sim
Não® Roundup Ready é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.
®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.
® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.
Pragas Secundárias
Lagarta-da-espigaHelicoverpa zeae
Lagarta-das-vagensSpodoptera eridania
Lagarta-do-trigoPseudaletia sequax
Época ideal de controle
1º ínstar (3mm)
2º ínstar (5-7mm)
3º ínstar (8-10mm)
4º ínstar (11 a 15mm)
5º ínstar (até 25mm)
(até 40mm)
Du Pont do Brasil - Estação Experimental.
Lagarta neonata
Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)
ESPECIAL
Momento de decisão de aplicação
17% de plantas no nível de dano 4Dano nas folhas (até V8)
3% de plantas cortadasDano rente ao solo (até V6)
De 4 a 7 lesões alongadas em várias folhas do cartucho e expandidas e/ou vários furos uniformes a irregulares nas folhas do cartucho e expandidas
Pequenas lesões circulares e algumas pequenas lesões alongadas (formato de retângulo), lesões de até 1.3 cm de comprimento nas folhas do cartucho
Cartucho e folhas expandidas quase ou totalmente destruídos
13
14
ADMINISTRAÇÃO RURAL
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produção de milho no Brasil tem
se caracterizado pela divisão da
produção em duas épocas de
plantio. Os plantios de verão, ou primeira
safra, são realizados na época tradicional
durante o período chuvoso, que varia entre
fins de agosto, na região Sul, até os meses
de outubro/novembro, no Sudeste e Centro-
Oeste. A safrinha refere-se ao milho de
sequeiro, plantado em fevereiro ou março,
quase sempre depois da soja precoce, pre-
dominantemente na região Centro-Oeste e
nos estados do Paraná e São Paulo.
Atualmente, a cultura do milho safrinha
no Brasil é responsável por aproximadamen-
te 40% da produção nacional deste cereal.
1Luis Carlos Tessaro
A
Com essa vasta região de cultivo de
milho safrinha, observa-se que o período de
cultivo é bem diferente quando comparado
ao verão, principalmente pela disponibili-
dade hídrica, que é bem menor, além da
redução na quantidade de horas de luz
durante o desenvolvimento da cultura.
A região do Brasil Central é uma das
que mais cresceu na produção nos últimos
anos e um dos estados que mais vêm ampli-
ando a área e com aumentos de produtivi-
dade é o estado do Mato Grosso. Um dos
fatos mais marcantes e responsável pela
grande expansão do milho safrinha, neste
estado, foi o aparecimento da ferrugem da
soja em 2002.
A ferrugem obrigou as empresas a
investirem em pesquisa para obter mate-
riais com alto potencial de produção e com
ciclo mais precoce, permitindo, desta forma,
aos produtores continuarem a produzir
soja, porém com número menor de pulveri-
zações para o controle da doença. Em
função do encurtamento do ciclo dos mate-
riais de soja, abriu-se uma janela muito
interessante para um segundo cultivo,
ocupado com o milho safrinha.
O grande desafio está na colheita de
soja no mês de janeiro, normalmente em
condições de muita chuva, e a semeadura
do milho safrinha, com a melhor janela indo
até o final de fevereiro. Isto é, um período
aproximado de 40 a 50 dias. A capacidade
operacional e o planejamento são requisitos
fundamentais nas propriedades que pos-
suem a oportunidade do duplo cultivo.
A importância da capacidade operacional e do planejamentono sucesso da
safrinha
Um dos pontos principais para o
sucesso da safrinha está relacionado à
época de plantio. O ciclo do milho é defini-
do pela soma térmica diária - acúmulo de
graus dia - , intervalos de apenas 7 dias
podem significar diferenças de até 20 dias
no ciclo final da cultura do milho, decisivo
no sucesso ou insucesso da lavoura.
Pela capacidade operacional de plan-
tio e colheita é que deverá ser feito o pla-
nejamento do tamanho da área de soja,
que servirá para o cultivo de milho safrinha
na sucessão.
Como comentado anteriormente, a
janela de plantio do milho safrinha é de
aproximadamente 40 a 50 dias, num
período em que o clima chuvoso dificulta
as operações de colheita da soja e o plantio
do milho. No Brasil Central, a restrição da
data-limite de plantio da safrinha é pelo
período de seca e na safrinha do Sul do
Brasil a limitação é, principalmente, pela
geada.
Todos esses detalhes fazem com que o
agricultor tenha especial atenção na opera-
ção de plantio, de forma a assegurar a
população de plantas desejada na ocasião
da colheita. Neste contexto, as plantadei-
ras/semeadoras representam importante
elemento dentro do processo de produção,
uma vez que a produtividade de milho é
afetada de forma significativa pelo fator
estande.
Planejamento
a) Conhecimento do clima e época de plantio
b) Capacidade operacional
Para isso, o planejamento e a estratégia
são fundamentais nesse processo. Com a
integração dos processos e cultivos, não se
olha mais a cultura isolada - soja e milho -,
mas sim o sistema de cultivo e os resultados
por área e ano agrícola.
É fundamental para o produtor conhe-
cer o regime de chuvas da região. Com as
informações de precipitação é possível
planejar a época ideal de plantio da soja,
além de estimar a data-limite de plantio do
milho safrinha, sem comprometer a sua
produtividade, principalmente pelo período
sem chuvas, no caso do Brasil Central.
15CONTINUA NAS PÁGINAS 16 E 17.CONTINUA NAS PÁGINAS 16 E 17.
A plantadeira pode atuar como ele-
mento restritivo ao desenvolvimento da
cultura do milho, uma vez que de pouco
adianta utilizar sementes de alta qualidade
genética, fazer bom preparo do solo, man-
ter a fertilidade adequada e controlar pra-
gas e plantas daninhas, se não se obtém a
quantidade de sementes distribuídas para
um estande final adequado por híbrido e
por hectare. Dessa maneira, se o objetivo é
aumentar a produtividade da cultura, a
regulagem da semeadora passa a merecer
atenção especial.
Dimensionar o número de plantadeiras
destinadas ao plantio de milho bem como a
quantidade de máquinas para a colheita da
soja, além de estrutura de secagem e arma-
zenagem, já que a soja não suporta muito
tempo no campo no período de colheita
com umidade/chuva, são pontos funda-
mentais para o planejamento e sucesso do
sistema soja precoce + milho safrinha.
Com a colheita de soja em janeiro sob
forte condição de chuva e com solo enchar-
cado, produtores, técnicos, agrônomos e
consultores têm que ficar atentos ao pro-
blema de adensamento/compactação dos
solos. Isso especialmente no Brasil Central,
onde a condição climática com altas tem-
peraturas e umidade favorecem a rápida
decomposição da palhada produzida,
deixando o solo exposto em pouco tempo.
Portanto, não existe uma camada significa-
tiva de palha para absorver o peso das
colhedeiras de soja, em solos que variam de
30 a 60% de argila. Esse adensamento
exerce forte influência negativa no desen-
volvimento radicular do milho.
Outro ponto importantíssimo é a
capacidade operacional de pulverização
que tem que ser muito bem dimensiona-
da/avaliada, uma vez que após a colheita
da soja permanece grande quantidade de
percevejos nos talhões. Paralelamente ao
plantio do milho, o produtor deverá realizar
o controle dos percevejos nos estágios
iniciais de desenvolvimento da safrinha.
16
ADMINISTRAÇÃO RURAL
Além do conhecimento do clima, o
produtor deverá fazer a correta escolha de
materiais de soja, visando atingir o máximo
potencial produtivo das lavouras.
Dificilmente o produtor fará 100% de
plantio de milho safrinha sobre a sua área
de soja. Portanto, a escolha de diferentes
ciclos de soja e características de tolerância a
pragas, doenças, nematoides e chuva na
colheita são pontos importantes para alcan-
çar altas médias de produtividade em toda a
propriedade.
A área plantada com materiais de soja
com ciclo precoce permitirá uma janela
maior de plantio de safrinha. O produtor
tem que estar atento ao período de plantio
na melhor janela, adquirir sementes de alta
qualidade e protegê-las com fungicidas e
inseticidas para garantir o correto estande
da lavoura, uma vez que o plantio no cedo,
em condições de poucas chuvas, será propí-
cio ao ataque de pragas e doenças nestas
sementes.
A escolha por materiais de soja transgê-
nicos também tem facilitado a questão
operacional porque permitirá sua colheita
praticamente no limpo. Desta forma, per-
mite agilidade no plantio da safrinha.
Sem contar que as lavouras de soja com ® o gene Roundup Ready não deixarão resi-
dual de herbicidas que poderiam prejudicar
o desenvolvimento e potencial do milho que
c) Conhecimento e escolha dos materiais de soja e híbridos de milho
será plantado na sequência. Com a liberação
comercial do cultivo de milho com o gene ® Roundup Ready e a aplicação do herbicida
glifosato em pós-emergência, facilitará mais
ainda o manejo de ervas no talhão. A ®Pioneer já está comercializando vários
híbridos de milho com combinação das ® ® tecnologias Herculex I e Roundup Ready
para a próxima safra verão e safrinha.
No caso da escolha dos híbridos de
milho, que serão plantados após a colheita
da soja, esta deverá levar em consideração
alguns aspectos fundamentais. O ambiente
de safrinha está associado à irregularidade
climática, à imprevisibilidade de ocorrência
de fatores climáticos como seca e geada e
da intensidade das doenças.
Entender que estes fatores interagem
entre si, fazendo com que a opção que
considera apenas a característica de produti-
vidade ou precocidade, pode ser de alto
risco, principalmente quando não está
associada à defensividade.
O Sistema de Combinação de Híbridos
(SCH) é a mais segura opção, pois leva em
consideração potencial produtivo, precoci-
dade, estabilidade e sanidade/defensi-
vidade, já que infelizmente ainda não se
conseguiu desenvolver um híbrido que
reúna todas estas características.®A Pioneer possui programas de melho-
ramento específicos para a obtenção de
híbridos para a safrinha. Atualmente, vários
híbridos têm se destacado como o 30F90H,
30S31H, 30P70H, 30F35H, P3646H, P3340H,
P3161H, P3431H, dentre outros.
® Roundup Ready é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.
® Roundup Ready é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.
®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.
®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.
® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.
Pelo pequeno período de colheita da
soja e plantio da safrinha, ganhar alguns
dias é fundamental para o sucesso das duas
culturas. E inúmeros trabalhos têm de-
monstrado perda de rendimento na safri-
nha pelo atraso no plantio.
Apesar disto, “acelerar” o plantio não é
a melhor alternativa. Para o milho, a veloci-
dade ideal de plantio é de 4 a 6 km/h
independente do espaçamento entre linhas
e sistema de distribuição de sementes.
Portanto, uma das técnicas para garan-
tir alguns dias no melhor período do plan-
tio da safrinha é realizar a dessecação da
soja, quando esta atinge o estágio de
maturação fisiológica. Desta forma, é possí-
vel antecipar a sua colheita em até 7 dias.
d) Antecipação da colheita da soja
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O período de plantio da safrinha é
pequeno e sob condições de clima, normal-
mente, desfavorável. Por isso, é importante
que o parque de máquinas esteja adequado
ao tamanho de área que se pretende culti-
var com as culturas de soja precoce e milho
safrinha.
Como atualmente a área de cultivo
com milho safrinha está em expansão, é
aconselhável que os produtores observem se
o número de tratores e plantadeiras é sufi-
ciente para executar as atividades de plantio
dentro das recomendações técnicas.
Além da quantidade de máquinas e
equipamentos, é fundamental que as
mesmas estejam revisadas e calibradas para
a perfeita execução do plantio e demais
tratos culturais.
Atualmente, no Brasil Central, em
função do tamanho das propriedades, os
produtores estão adotando estratégias
para conseguirem plantar grandes áreas,
aumentando o rendimento operacional na
melhor janela da safrinha como, por exem-
plo, o plantio sem adubo na linha.
Já é frequente a não utilização de
adubação na linha de plantio do milho
safrinha, priorizando o rendimento opera-
cional. O adubo normalmente é jogado na
e) Capacidade operacional versus
Qualidade operacional
17
Em função de tudo o que foi apresen-
tado, fica claro que o bom planejamento, a
escolha de variedades de soja e híbridos de
milho, a data de plantio, a capacidade ope-
racional e a qualidade operacional são fato-
res importantes no resultado final das la-
vouras de milho safrinha. E que, cada vez
mais, a safrinha se mostra uma excelente
alternativa de segundo cultivo para uma
boa parte dos produtores de soja do Brasil.
Conclusão
cultura da soja, que antecede ao milho ou
a adubação é feita após o plantio do milho
e é denominada de adubação de cobertura.
Importante deixar claro para produto-
res, técnicos e consultores, que não são
todas as áreas que permitem fazer tal
técnica de adubação, apenas nas áreas
classificadas de alta fertilidade.
Feita a avaliação da capacidade opera-
cional, também é importante observar a
qualidade operacional, começando pela
mão-de-obra que irá executar as operações.
Os profissionais que operam as máquinas e
equipamentos devem estar bem treinados e
qualificados.
Todo o investimento em insumos, au-
mento de área, oportunidades de negócio
deverá também passar pela reciclagem/trei-
namento dos funcionários da fazenda.
Cada vez mais o potencial produtivo
das lavouras de soja e milho dependerão de
sementes de excelente qualidade, na quan-
tidade exata por hectare, atingindo o estan-
de adequado para cada condição de solo e
data de plantio. Para isso, a qualidade de
plantio será determinante para o sucesso ou
insucesso de cada safra.
1 Gerente de Produto e Tecnologia da Pioneer Sementes
18
MERCADO AGRÍCOLA
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hik
á um bom tempo o mercado do
milho não atravessava um período
tão favorável de preços quanto o
momento atual. O cenário de preços altos
ocorre tanto no âmbito internacional quan-
to no âmbito doméstico e, apesar da turbu-
lência no mercado financeiro global, os
preços do milho têm sido resistentes a
maiores quedas - ao contrário do que
acontece com outras commodities em
momentos de pânico - o que demonstra a
solidez de seus fundamentos.
A queda na expectativa da produção
norte-americana de milho na safra 2011/
2012 está dando sustentação aos preços
do cereal em função da manutenção dos
estoques apertados nos Estados Unidos. A
relação estoque/consumo (relação que
demonstra o percentual da demanda que
pode ser atendida pelo nível atual dos
estoques de passagem) de milho estaduni-
dense é estimada em apenas 6,7% contra
uma média histórica de 22,4%.
Neste cenário, os preços futuros do
milho negociados na Bolsa de Chicago
(CBOT) estão se mantendo em patamares
bastante elevados. O preço médio do pri-
meiro vencimento em 2011 (até o dia 11
de novembro) foi de US$ 6,91/bushel, o
que representa uma valorização de 61,4%
em relação ao mesmo período de 2010.
1Leonardo Sologuren
H
A valorização dos preços internacio-
nais do milho também estão relacionados
à demanda aquecida pelo grão, principal-
mente por parte da China. Estima-se que o
país asiático poderá importar cerca de 3,0
milhões de toneladas de milho no ano
safra 2011/2012, o que superaria todas as
expectativas do mercado, já que tal mon-
tante era aguardado apenas para daqui a
5 anos.
A alta dos preços internacionais do
milho é totalmente favorável ao mercado
brasileiro, uma vez que gera competitivi-
dade às nossas vendas externas. Esta
competitividade pode ser observada pelo
resultado das exportações brasileiras de
milho em 2011. No acumulado deste ano
(janeiro a outubro), as exportações bra-
sileiras de milho totalizaram 7,74 milhões
de toneladas, o que representa um cres-
cimento de 9,8% em relação às vendas
externas registradas no mesmo período de
2010.
A competitividade das vendas exter-
nas deverá pressionar ainda mais os esto-
ques de milho no Brasil, que já se mostram
apertados. Caso o país exporte cerca de
9,2 milhões de toneladas de milho em
2011, os estoques de passagem do cereal
serão de apenas 4,3 milhões de toneladas,
o que representaria cerca de 25 dias de
consumo (considerando a demanda ex-
portadora).
A demanda aquecida aliada a um
quadro de oferta apertada tem mantido
os preços do milho no mercado doméstico
em patamares elevados. No estado do
Mato Grosso, os preços médios praticados
Fonte: CBOT Elaboração: Clarivi 0Obs.: preços do 1 vencimento
900
720
540
180
360
0
01/10 05/10 09/10 01/11 05/11 09/11
US$
¢/b
ush
el
Gráfico 1. Preços do milho na CBOT
Apesar da crise global, mercado do milho ainda se mostra atrativo
vada com safrinha, por sua vez, deverá
totalizar 6,2 milhões de hectares, o que
representaria uma alta de 5,8% frente à
área cultivada no ano agrícola 2010/2011.
O aumento da área cultivada não,
necessariamente, implica dizer que os
preços deverão recuar. A permanência dos
preços altos no mercado internacional
continuaria gerando competitividade às
vendas externas de milho por parte do
Brasil, o qual escoaria o seu excedente de
produção. No entanto, é aconselhável
aproveitar os atuais preços praticados no
mercado para as operações de travamento
de preços.
neste ano (até o mês de outubro) estão
100% superiores em relação ao mesmo
período do ano passado, enquanto os
preços médios no Rio Grande do Sul supe-
ram em 56,8% os preços praticados no
mesmo período de 2010.
A valorização dos preços no mercado
doméstico deverá ocasionar aumento da
área plantada na campanha agrícola
2011/2012, tanto na safra de verão quan-
to na safra de inverno. Estima-se que a
área cultivada com milho na safra de verão
deverá registrar um crescimento de 12,9%
em relação à safra passada, o que totaliza-
ria 8,65 milhões de hectares. A área culti-
Isto implica dizer que os preços do
milho no mercado internacional (os quais
impactam diretamente na competitividade
de exportação do Brasil) ainda estão sujeitos
a fortes oscilações em virtude do delicado
quadro econômico do mundo (principal-
mente das economias desenvolvidas) e esta
oscilação pode vir na forma de queda das
cotações.
Buscando evitar o risco de preços,
passa a ser interessante ao produtor rural a
busca de ferramentas de gerenciamento de
risco. Neste cenário destacam-se os merca-
dos a termo e os mercados de opções sobre
futuros.
Apesar do cenário favorável ao merca-
do, há um risco macroeconômico global
que não pode ser ignorado. O agravamento
da crise na zona do euro, aliado à dificulda-
de de recuperação econômica dos Estados
Unidos, ainda poderão ocasionar graves
consequências aos mercados financeiros
globais.
Este temor poderá levar os investidores
a um processo de venda generalizada dos
contratos futuros, tanto em virtude da inter-
pretação de que a demanda será arrefecida
em um contexto de desaceleração econô-
mica no mundo quanto em virtude de um
quadro de menor liquidez financeira.
Fonte: Clarivi Obs.: mercado disponível
25,00
21,00
17,00
9,00
13,00
5,00jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
R$
/sc
de 6
0 k
g
Gráfico 2. Preços do milho no MT
201120102009
Fonte: Clarivi Obs.: mercado disponível
35,00
30,00
25,00
15,00
20,00
10,00jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
R$
/sc
de 6
0 k
g
Gráfico 3. Preços do milho no RS
201120102009
19
O mercado a termo nada mais é do
que a pré-fixação de um preço estabeleci-
do com a ponta compradora, onde o preço
pré-acordado será honrado no momento
de entrega do produto. Empresas proces-
sadoras de carnes e tradings estão realizan-
do este tipo de modalidade em diversas
regiões do país.
Já o mercado de opções sobre futuros
pode ser realizado através da Bolsa de
Mercadorias e Futuros (BM&F) e a ferra-
menta funciona como um seguro de pre-
ço. Adquire-se a opção de venda do milho
a um determinado preço, cuja referência é
o valor de algum contrato futuro do cereal
negociado na Bolsa. Caso o preço do con-
trato futuro fique abaixo do preço de exer-
cício da opção, então pode-se exercer a
opção e ganhar a diferença entre o preço
cotado no contrato futuro e o preço esta-
belecido na opção. Caso o preço do con-
trato futuro fique acima do preço de exer-
cício da opção, então a mesma não será
exercida e o comprador da opção terá
como único gasto o valor do prêmio pago
no momento da aquisição do contrato.
1
diretor da Consultoria Clarivi
Engenheiro-agrônomo, Mestre em Economia e Sócio-
Foto
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r
Há muito tempo vem se falando da mudança de poder econô-
mico, em que os países considerados emergentes passaram a ocupar
uma fatia ainda maior do PIB mundial. Há pouco tempo, a OCDE
(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)
divulgou estudo, mostrando que a participação dos países emergen-
tes no PIB mundial passou de 38% em 2000 para 49% em 2010 e
deverá atingir 57% em 2030. O estudo divulgou ainda que na déca-
da de 2000, o número de países emergentes saltou de 12 para 65.
Este estudo analisou as transformações estruturais na economia
nos últimos 20 anos, mostrando a migração da riqueza econômica
dos países historicamente ricos para os países emergentes, fenôme-
no denominado de “Deslocamento da Riqueza”. O PIB da China e da
Índia cresceu na década de 2000 de três a quatro vezes mais do que
a média dos 31 países que integram a OCDE.
Em setembro de 2008, quando o mundo se deparou com a
quebra do Lehman Brothers, a grande pergunta que se fazia era:
quais seriam as consequências para economia mundial, principal-
mente como seria o comportamento dos países emergentes diante
de uma crise surpreendente e sem precedentes? E, neste contexto,
além de conceitos e termos das áreas de economia e finanças, incluí-
mos no nosso vocabulário diário, novas palavras e adaptamos ex-
pressões de outras áreas distantes para tentar avaliar o cenário
econômico. Termo emprestado da física, Resiliência é um conceito,
que se refere à propriedade de que são dotados alguns materiais de
acumular energia quando exigidos ou submetidos a estresse sem
ocorrer ruptura. Este termo define bem o comportamento da econo-
mia brasileira diante da crise de 2008/2009, pois nossa economia foi
a última a entrar e a primeira a sair dela.
Concluímos 2010 como a sétima maior economia do planeta
com um PIB ligeiramente superior a US$ 2.0 trilhões e crescimento
de 7,5%, o maior desde 1986. E, segundo o Goldman Sachs, deve-
mos nos tornar a quarta maior economia em 2050.
Agora, diante de um novo cenário turbulento na economia
mundial, a Revista Exame, em sua edição de outubro/2011, trouxe
uma matéria onde seus editores conversaram com 8 dos mais con-
ceituados analistas econômicos internacionais. Nesta conversa, as
“perguntas-chave” foram: O que acontecerá com o mercado global?
A velha Europa terá forças para se levantar? Os Estados Unidos
mostrarão, mais uma vez, sua notável resiliência para lidar com
momentos críticos? O que acontecerá com a máquina chinesa, hoje
o grande motor do crescimento da economia mundial? E a mais
importante: como o Brasil se comportará diante de um cenário
global mais hostil e complexo?
Ao ouví-los, segundo a reportagem da Revista Exame, chega-se
a duas conclusões:
1. Na melhor das hipóteses, o mundo desenvolvido andará de
lado nos próximos anos, com inescápaveis consequências para
o crescimento;
2. O Brasil e suas empresas sofrerão, sim, os efeitos da crise,
mas hoje estão no lado mais ensolarado da economia global.
E, para o agronegócio, o que esta crise pode representar para o
Brasil? Com certeza teremos desafios, mas teremos muito mais opor-
tunidades. Mesmo com menor crescimento na economia mundial,
alguns fundamentos permanecem inalterados, pois a combinação do
aumento de população, aumento de renda e mudança de hábito
alimentar, especialmente no continente asiático, exige que o mundo
aumente a produção de alimentos em 70% para atender uma popu-
lação que deverá chegar a 9,3 bilhões de pessoas em 2050. É neste
cenário que o agronegócio brasileiro mostra a sua força, principal-
mente quando olhamos os números alcançados no primeiro semestre
de 2011, quando a balança comercial do agronegócio brasileiro
registrou superávit de US$ 34,7 bilhões de janeiro a junho. O valor
representa crescimento de 20,5% no saldo de negócios externos do
setor em relação ao mesmo período de 2010, quando o total foi de
US$ 28,8 bilhões. As exportações totalizaram US$ 43,1 bilhões, o que
representa elevação de 23,4% em relação ao mesmo período de
2010. Destaque mais uma vez para o complexo soja, carnes, setor
sucroalcoleiro, produtos florestais e café que, juntos, representaram
82,4% do total das exportações.
Diante de todas estas considerações, enxergamos um horizonte
de oportunidades para o agronegócio brasileiro, pois quando o assun-
to é produção de alimentos, as duas maiores potências econômicas,
China e EUA, dormem com muitas perguntas e acordam sem nenhu-
ma certeza. Dentre elas, podemos destacar as duas principais questões:
1. Na disputa dos dois “Fs”, (FUEL e FEED), como os EUA irão
equilibrar a balança por demanda de milho? Deixar de exportar
milho para atender a demanda interna, ou importar etanol do
Brasil?
2. Como a China atenderá a demanda interna de proteína ani-
mal? Nos últimos 20 anos, enquanto o mundo elevou o consumo
de ração em 33,7%, a China aumentou em 162,3%.
Enquanto chineses e americanos convivem com estas dúvidas, o
agricultor brasileiro convive com a certeza de que o AGRONEGÓCIO
BRASILEIRO É DEFINITIVAMENTE RESILIENTE.
Portanto, com ciclos econômicos cada vez mais curtos e intensos,
cabe ao produtor brasileiro manter a postura de sucesso que o trouxe
até aqui. Este sucesso foi construído pautado em fundamentos sóli-
dos, buscando o controle de variáveis que estão em suas mãos.
Dentre elas podemos destacar:
- Rotação de culturas e sistema integrado de produção
- Opção por genética superior
- Manejo para altos rendimentos
- Adoção de tecnologia de vanguarda como OGM
- Escolha por empresas que fornecem sementes de alta qualidade
e disponibilizam tratamento industrial.
A História tem provado que os produtores, que assim planejam
suas lavouras, superam com LUCRATIVIDADE todas as adversidades e
vencem todos os ciclos. Para tanto, lembramos:
PLANTAR É OPCIONAL...
MAS...PLANTAR COM TECNOLOGIA É OBRIGATÓRIO!
Pois, não há CRISE QUE RESISTA À PRODUTIVIDADE!20
CENÁRIO INTERNACIONAL
PANORAMAINTERNACIONAL
®Francisco Sampaio - Diretor Regional de Vendas da Pioneer Sementes
s empresas e o trabalho no meio
rural estão num processo de
permanente transformação e
aprimoramento. Conforme especialistas, o
trabalho rudimentar, baseado na mão-de-
obra dos agricultores e na tração animal,
era o recurso para se trabalhar com agricul-
tura até a década de 1950. O cenário
começou a mudar com a introdução da
mecanização na década de 70 e a busca de
produtividade, o que tornou o Brasil um
expoente na produção agrícola.
SEGURANÇA NO TRABALHO
A
1Marco Aurélio Juliano
Conhecendoum pouco da
O Capítulo V da CLT (Consolidação das
Leis Trabalhistas), através da Portaria
3214/78, editou as Normas Regulamenta-
doras, entre elas aquelas que visavam
atender particularidades do meio rural
(NRRs). Mais tarde, a partir de 3 de março
de 2005, foi publicada a Portaria nº 86,
denominada Norma Regulamentadora de
Segurança e Saúde no Trabalho, Agricultu-
ra, Pecuária, Silvicultura, Exploração Flores-
tal e Aquicultura, concebida a partir da
formação de uma comissão permanente
com representação do Ministério do Traba-
lho, Confederação Nacional da Agricultura
e representações dos empregados. Vale
ressaltar que a Constituição Federal de
1988 igualou os direitos sociais e trabalhis-
tas dos trabalhadores urbanos e rurais.
As estatísticas oficiais mostram dados
assustadores com relação ao número de
acidentes e doenças ocupacionais, aquelas
que o trabalhador adquire no ambiente de
trabalho. Ações de fiscalização do Ministé-
rio do Trabalho e Emprego no campo e
necessidade de atender a Convenção 184
da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) fizeram com que se estabelecesse
uma legislação específica para o meio rural.
Por conseguinte, diante da variedade
de exigências, um tanto inovadoras, trazi-
das pela NR-31, resta ao empregador rural 21
ou equiparado cumprir as regras estabeleci-
das para garantir a boa saúde e a seguran-
ça pessoal dos seus empregados. Dentre as
providências mais importantes a serem
tomadas, destacam-se as seguintes: garan-
tir as condições adequadas de trabalho,
higiene e conforto bem como avaliação dos
riscos e causas de acidentes e doenças
relacionadas com o trabalho. Para auxiliar o
empregador rural neste processo, a norma
prevê a formação de uma Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes no Trabalho
Rural (CIPATR), obrigatória nos estabeleci-
mentos rurais com mais de 20 funcionários,
dimensionada conforme tabela da NR-31.
O objetivo desta Norma Regulamenta-
dora é o de compatibilizar o planejamento
e o desenvolvimento das atividades no
campo com as condições de segurança e
saúde no meio ambiente do trabalho. Para
reforçar este objetivo, a norma traz em seu
conteúdo regras que referem à responsabi-
lidade solidária, incluindo cooperativas de
produção ou parceiros rurais que se juntem
para desenvolver tarefas.
Portanto, a evolução das relações de
trabalho passa, certamente, pelas melho-
rias de condições de trabalho no campo,
que visa manter a saúde de seus colabora-
dores.
1 ®Técnico de Segurança da Pioneer Sementes
22
SEÇÃO
Foi aprovado em 11 de agosto de 2011 pela CTNBio, o pedido de liberação comer-TM TMcial da tecnologia Optimum Intrasect , que combina duas tecnologias de milho Bt
® ® TM TMconhecidas como Herculex I e YieldGard . A tecnologia Optimum Intrasect de
proteção contra insetos representa uma evolução da tecnologia Bt, pois oferece maior
espectro de controle das lagartas que atacam a cultura do milho. Esta tecnologia
possui excelente nível de controle para a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda),
lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) e broca-da-cana-de-açúcar (Diatreae saccha-
ralis). Ainda, oferece bom controle da lagarta-rosca (Agrotis ipsilon) e lagarta-da-
espiga (Helicoverpa zeae), além de ser eficiente contra as pragas secundárias: a lagar-
ta-das-vagens (Spodoptera eridania) e a lagarta-do-trigo (Pseudaletia sequax). Esta
combinação poderá ser comercializada em associação com a tecnologia Roundup ®Ready , resultando ainda em lavouras de maior potencial produtivo, comodidade e
TM TMconveniência para os produtores. A tecnologia Optimum Intrasect de proteção
contra insetos estará disponível nos híbridos Pioneer a partir de 2012.
Em fevereiro deste ano, a Pioneer abriu as portas das suas unidades
de produção e estações de pesquisa de milho e soja localizadas em
Formosa/GO e Brasília/DF para receber um grupo de 15 produtores e
agrônomos provenientes dos EUA. Os americanos tiveram a oportunidade
de conhecer todos os trabalhos e investimentos realizados pela Pioneer
Brasil desde a pesquisa genética, desenvolvimento de produtos até a pro-
dução de sementes. Presenciaram o empenho da Pioneer na busca do
aprimoramento de seus produtos e estrutura para atender a demanda do
mercado, oferecendo ao produtor alta tecnologia, logística, suporte ao
cliente e, principalmente, melhor qualidade genética, física e fisiológica das
sementes. Visitaram alguns clientes e parceiros da Pioneer em Goiás,
Distrito Federal e Minas Gerais e, também, participaram de dias de campo.
O grupo ficou entusiasmado ao saber dos resultados atingidos pelos
produtores brasileiros.
Já no mês de agosto, a Pioneer recebeu um grupo de 26 peruanos,
formado por produtores, agrônomos e técnicos de revendas, que tam-
bém estiveram presentes nas unidades em Formosa/GO e Brasília/DF e
visitaram alguns parceiros, onde tiveram a oportunidade de ver na
prática os trabalhos e investimentos realizados no país. A tecnologia e
maquinário utilizados no campo surpreendeu a todos os integrantes
do grupo.
®
Pioneer Brasil recebe grupo de agricultoresdos Estados Unidos e da América Latina
® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.
®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.
®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.
® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.
Pioneer tem pedidode liberação comercial aprovado pela CTNBio
®
PIONEER
Repetindo o sucesso dos anos anteriores, a Pioneer levou, durante
o ano de 2011, produtores de soja e milho de todo Brasil para conhe-
cerem a maior feira agrícola dos Estados Unidos - A Farm Progress
Show. Além de terem a oportunidade de conhecer a feira, onde pude-
ram visitar estandes de empresas de sementes, defensivos, maquinários
e universidades americanas, os produtores tiveram acesso a uma agen-
da montada especialmente para seus interesses. Os grupos puderam
conhecer a Bolsa de Chicago, onde são realizadas as negociações de
contratos de grãos, visitaram propriedades de produtores de milho e
soja americanas e conheceram a sede da Pioneer e suas lideranças.
Foram 6 grupos que puderam trocar informações e fazer amizades
durante a viagem. Para 2012, a Pioneer está programando ofere-
cer essa possibilidade novamente, uma vez que as visitas são
muito bem avaliadas pelos produtores participantes.
Após o lançamento do híbrido P3340H na última safrinha, o
Sistema de Combinação de Híbridos ficou ainda mais forte com o
lançamento dos híbridos superprecoces P3161H e P3431H. Com
características especiais para a safrinha, principalmente do Paraná,
Mato Grosso do Sul e São Paulo, como o pendoamento e ciclo
superprecoce, os híbridos P3161H e P3431H apresentam elevado
potencial produtivo aliado a um excelente nível de tolerância às prin-
cipais doenças. O P3161H é um híbrido simples, superprecoce com
elevado potencial produtivo e tolerância à ferrugem polissora. Já o
P3431H é um híbrido simples que combina superprecocidade com
alto potencial produtivo e qualidade de grãos.
®
Pioneer levagrupo de produtores
aos Estados Unidos
®Tecnologia de proteção contra insetos Herculex I desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred.
®® Herculex I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.
® Liberty Link é marca registrada e utilizada sob licença da Bayer CropScience.
Lançamentos Pioneerpara a safra 2011/2012
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Editor: Cláudio de Miranda Peixoto
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Dezembro de 2011
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