Índios do Brasil

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Índios Brasileiros - Apresentação da arte e cultura indígena no norte e sudeste.

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Arte dos índios brasileiros

Arte Indígena

Estima-se que a população indígena beirava 5 milhões de pessoas

“Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas.Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim nos corpos, como nas pernas, que certo pareciam bem assim.Também andavam, entre eles, quatro ou cinco mulheres moças, nuas como eles, que não pareciam mal. Entre elas andava uma com uma coxa, do joelho até o quadril, e a nádega, toda tinta daquela tintura preta. (...) e suas vergonhas tão nuas e com tanta inocência descobertas, que nisso não havia vergonha alguma.”(Carta de Pero Vaz de Caminha dirigida a D. Manuel (Porto Seguro, Ilha de Vera Cruz, 1° de maio de 1500).

"artefatos" e "geofatos" - os primeiros sendo produtos do trabalho humano e os últimos sendo produtos da ação de forças naturais.

No sul do Piauí foram encontrados artefatos que evidenciam presença humana que datam de 45.000 anos atrás contra os 6.500 dos artefatos coletados na bacia amazônica.

Índio Pataxó

Os rios são importantes para a vida do índio.

Povo Awá-Guajá

Indumentária funerária dos índios Bororos

Guerreiros Itangapuques - 1930

Crianças Macuxis - 1912

Mulheres Bororos - 1930

Pajé kuikuro

Índios Pataxós

Tatuagem facial Karajá

Índio Kadiwéu

Índi

a Ka

diw

éu

• Existiam mais 100 nações indígenas, cada qual com crenças, língua, técnicas e costumes distintos.

• As línguas indígenas podem ser classificados em 4 grandes grupos.

Tupi – ocupava o litoral brasileiro e várias regiões do sertão (interior); Jê ou Tapuia – ocupava o Brasil Central; Nuaruaque (Nu-Aruak) – Ocupava certas regiões da Amazônia e do Estado do Mato Grosso; Caraíba (Karib) – Ocupava o Norte da Região Amazônica

• Os tupis ocupavam a região costeira que se estende do litoral do Ceará até Cananéia (SP).

• Os guaranis espalhavam-se pelo litoral Sul do país e a zona do interior, na bacia dos rios Paraná e Paraguai.

• Em outras regiões, encontravam-se outras tribos, genericamente chamados de tapuias, palavra tupi que designa os índios que falam outra língua.

• O conhecimento que temos sobre o índio brasileiro do século 16 baseia-se nos relatos e descrições dos europeus do alemão Hans Staden e do francês Jean de Lery, que conviveram com os índios por volta de 1550.

• Os dois apresentam detalhadamente o modo de vida indígena, relacionando aspectos que vão dos mais triviais, como as vestes e adornos, aos mais complexos, como as crenças religiosas. Sobre as épocas anteriores à chegada dos portugueses, os estudos históricos contam com a contribuição da Antropologia e da Arqueologia, que permitiram traçar um panorama abrangente, apesar da existência de muitas lacunas.

Jean de Lery Tearful salutations in Histoire dun voyage fait au Bresil 1580

Livro de viagens ao brasil de Hans Staden c. 1557

Execução de um prisioneiro que esta preso a com uma mussurana. Ilustração do livro 2 Viagens ao Brasil de Hans Staden 1557

Índio e a sua família. Jean Baptiste Debret

Assando os pedaços do corpo do prisioneiro ilustração do livro 2. Viagens ao Brasil de Hans Saden c. 1557

Índios Tupinambas

Hans Staden

Um combate entre os Tupinambás e os Marajás guerras de alta tecnologia

Hans Staden aparece ao fundo num ritual Tupinambá

Retirado do livro de Hans Staden

Canibalismo cerimonial

Assando os pedaços do corpo do prisioneiro ilustração do livro 2. Viagens ao Brasil de Hans Saden c. 1557

Folha de um dos livros de Jean de Lery

• No Brasil, por exemplo, os índios Tupinambás eram canibais e comiam a carne de inimigos, durante rituais. Acreditavam que, desta forma, iriam adquirir a força, coragem e conhecimentos dos inimigos.

• Os astecas também praticavam canibalismo com prisioneiros de guerra, durante rituais religiosos. Há relatos também de canibalismo em tribos africanas.

• Algumas espécies de animais também praticam o canibalismo, se alimentam de ovos ou até mesmo da carne de animais da mesma espécie, principalmente de filhotes.

Livro de Hans Staden

Livro de Jean de Lery

• As aldeias eram formadas por ocas, habitações coletivas.• eram retangulares, com o comprimento variando entre

40 m e 160 m e a largura entre 10 m e 16 m• Abrigavam entre 85 e 140 moradores

Trib

o do

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Tribo no parque nacional do Xingu MT

As ocas dos Matis

Matis no Vale do Javari - MT

Existiam características comuns entre os povos indígenas:

- A organização econômica baseava-se principalmente na caça, na pesca e na guerra- A organização social básica era a Família e os Aldeamentos- Cada aldeia (Taba) tinha vida própria e era governada por um conselho de chefes (Morubixabas)-Coletivismo- Propriedade individual de alguns objetos como as armas, as roupas e os enfeites- Ausência da propriedade privada- Xamanismo – Sociedade teocrática, o Xamã é o Pajé- Vasto conhecimento astronômico

- A Arte possui aspectos práticos os cânticos, danças e artefatos. Pintura corporal, tapiragem (mudar a cor das penas dos pássaros e das aves), trançados, a cerâmica.- A mais importante tradição indígena foi a prática do ‘MUTIRÃO’ (trabalho coletivo que buscava o benefício de toda a coletividade).- Ocas formam Aldeias, que formam Tribos, que formam as Nações Indígenas.

Divisão natural ou sexual do trabalho? Mulheres - Plantio e Colheita; Coleta; Produção de farinha; fiação e tecelagem; serviços domésticos; cuidas das crianças.Homens - Derrubada da mata; coivara; caça e pesca; fabrico de instrumentos; construção de casas, proteção da família e da aldeia; guerra.

Arte utilitária:

Colher do Uaçá OiapoBanco kumuro dos Tukano

Para o índio o objeto precisa ser mais perfeito na execução do que sua utilidade exigiria.

Escudo cerimonial dos Desana

Escudo Uaupés

Cocar – diadema cerimonial emplumado dos Bororo

“Período Pré-Cabralino”

Fase de Marajoara e a Cultura de Santarém

Fase de Marajoara

Ilha de Marajó

A característica dessas cerâmicas são a modelagem antropomorfa.

Vasos domésticos sem decoração, depois vasos cerimoniais e funerários são ricamente elaborados com várias cores relevos e inscrições.

Talha d'água Vaso cerimonial

Tapa sexo Detalhe dos desenhos

Fake comercial

Dentre milhares de objetos da cerâmica marajoara como bancos, colheres, apitos e adornos de orelha e de lábio as estatuetas representando seres humanos ainda representam uma incógnita, seriam cerimoniais ou para adorno. Esse povo sentiu um longo declínio e sumiu, sendo absorvido por outros povos.

Cultura Santarém

Essa cerâmica produzida em santarém extremamente complexa possui cores, padrões, inscrições e relevos com figuras humanas e de animais.

Cariátides

muiraquitã

?

Faziam cachimbos com a decoração que sugeria os primeiros colonizadores

Tiveram uma declínio rápido com a chegada dos europeus no séc. XVII haviam sucumbido.

Banco Kuruana

Bancos Kumoro - Tukano

Tipiti Tipiti dos Baniwa

Mandioca farinha cianureto

Rede de dormir dos kinja

Cesto para pegar peixes dos Mehinaku - giral

cesta oiapo

Rede de buriti dos Waurá Rede dos Tikuna

Peneira Tupiniquim Peneira Satere Mawe

Muito especial por não ser utilitária,Só beleza, os índios da selva faziam peças muito pequenas e delicadas e os índios do cerrado produziam peças majestosas

Índios kaxinawa cocar

Índios Bororó diadema

braçadeiras

Máscaras do sobrenatural Kokrit à direita índios Kanela à esquerda índios Krahò

Máscaras Tamokó índios Wayana-Apalay

Eram feitas por homens comuns e é a figura viva do sobrenatural. Um exemplo é a dança do aruanã feita pelos Karajás, heróis que mantêm a ordem do mundo.

Festa dos Kokrit índios Kanela

Índio Assurini

Vermelho do urucum, preto do jenipapo e o branco da tabatinga, a intenção é transmitir a alegria e a força das cores vivas para o corpo da pessoa pintada. Elas indicam o status da pessoa, aparecem também nos objetos domésticos

A fotógrafa Maureen Bisiliat no interior de uma oca com tora decorada e dois índios praticam pintura corporal, parque indígena do Xingu MT

O motivo do olho e o detalhe do couro da jibóia

São Jorge da CapadóciaPatrono de Portugal e do Reino Unido

Realeza Portuguesa dos Duques de Bragança 1640-1910

Dom Maunel Dom João III Dom Sebastião I

Dom Henrique I Cardeal Dom Felipe II Dom Felipe III

Dom Felipe IV Dom João IV Dom Afonso VI

Dom Pedro II pt Dom João V Dom José I

Dona Maria I

Arma dos Reis de Portugal

Esposo de Dona Maria Dom Pedro III

Armadura de Dom Sebastiao I

Besta medieval

Uwiwiyá kumã, yerupoho monstros antropomorfos

Príncipe Real de Portugal Brasil e Algarves

Rei de Portugal Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves Imperador do Brasil (de jure)

Dom Pedro I - Imperador do Brasil e Rei de Portugal

Imperatriz Leopoldina

Dom Pedro II Imperador do Brasil e Rei de Portugal

fim