INCLUSÃO SOCIAL E EDUCATIVA Julho 2011. EDUCAÇÃO ESPECIAL: IMPASSES E PERSPECTIVAS Superação...

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INCLUSÃO SOCIAL E EDUCATIVA

Julho 2011

EDUCAÇÃO ESPECIAL:EDUCAÇÃO ESPECIAL: IMPASSES E PERSPECTIVASIMPASSES E PERSPECTIVAS

Superação do estigma da deficiência;Superação do estigma da deficiência; Reconceitualização do conceito de eficiência; eReconceitualização do conceito de eficiência; e Necessidade de discutir a corporeidade a partir Necessidade de discutir a corporeidade a partir

de sua construção histórica (GAIO E de sua construção histórica (GAIO E MENEGHETTI, 2004).MENEGHETTI, 2004).

PRINCÍPIOS DA INCLUSÃO SOCIALPRINCÍPIOS DA INCLUSÃO SOCIAL Celebração das diferenças;Celebração das diferenças; Direito de pertencer;Direito de pertencer; Valorização da diversidade humana;Valorização da diversidade humana; Solidariedade humanitária;Solidariedade humanitária; Igual importância das minorias; eIgual importância das minorias; e Cidadania com qualidade de vida (SASSAKI, Cidadania com qualidade de vida (SASSAKI,

1997).1997).

FASES DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

EXCLUSÃO

SEGREGAÇÃO INSTITUCIONAL

INTEGRAÇÃO

INCLUSÃO

INCLUSÃO SOCIALINCLUSÃO SOCIAL

“Conceitua-se a inclusão social como o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parcerias, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos” (SASSAKI, 1997, p. 41).

TODOS SÃO BEM-VINDOS À ESCOLA?

Novo paradigma para a Educação: “Educação para Todos”.“A instituição ESCOLA é uma realidade histórica e em processo contínuo. É

preciso privilegiar aqui a abordagem de uma instituição entendida como o espaço e o tempo permitidos para a realização da prática pessoal e social, revestindo-se de caráter contraditório e complexo. É processo e não produto acabado. Neste

sentido a ‘escola não é’, e sim, ‘está sendo’” (SANTOS, 2003, p. 152). “O que significa o ‘regular’ da escola regular?” (SANTOS, 2003, p. 153).

“Regular, enquanto uma categoria, pertence a um universo conceitual que não ganhou existência gratuita ou aleatória, mas é trama tecida fio a fio nos contornos

dos espaços/tempos” (SANTOS, 2003, p. 155).

“Aí mora o perigo. Lidar com categorias naturais significa ignorar culturas, diversidades, histórias e experiências humanas (...)” (SANTOS, 2003, p. 156).

A sala de aula e a diversidade.“Uma sala de aula olhada pelo viés da diversidade confirma a existência de necessidades especiais em todos os alunos (...)” (SANTOS, 2003, p. 159).

Atenção e cautela: “exclusão inclusiva ou inclusão exclusiva”.“Escola, simplesmente Escola” (SANTOS, 2003, p. 161).

CAMINHOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO CAMINHOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVAINCLUSIVA

“O sucesso das propostas de inclusão decorre da adequação do processo escolar à diversidade dos alunos (...)” (MANTOAN, 2004, p.

79).

1. Reações dos professores à inclusãoa) Disponibilidade interna para enfrentar as inovações – mudança de atitude face ao Outro;b) Medo de enfrentar o novo – necessidade de apoio para lidar com esse trabalho pedagógico nas escolas; ec) Necessidade de criar novas maneiras de ensinar.

2. O ensino tradicional e suas limitaçõesa) Barreiras: métodos e técnicas de ensino tradicional – competição, homogeneização, pavor de errar; eb) O ensino tradicional não constrói relações de cooperação.

3. Avaliação do ensino e da aprendizagema) Obstáculos: avaliação do desempenho escolar, comparações e tarefas predefinidas; eb) Avaliação: criação, desenvolvimento de uma postura diante da vida escolar e extra-escolar, participação ativa, processo, e auto-avaliação de rotina do professor e dos alunos.

4. As atividades e recursos didáticos-pedagógicosa) Evitar a segregação do aluno; eb) Planejar atividades com objetivos amplos – sem estereotipar e/ou encurralar o aluno.

5. A formação dos professoresa) Princípios educacionais humanistas;b) Autoformação; ec) Ênfase no “o que”, no “como” e no “para que” se ensina e se aprende.

CONCEITO DE SAÚDE.SEUS DETERMINANTES PSICOSSOCIAIS

“A saúde (...) é um processo qualitativo complexo que define o funcionamento completo do organismo, integrando o

somático e o psíquico de maneira sistêmica, formando uma unidade em

que ambos são inseparáveis” (GONZÁLEZ REY, 2004, p. 01, grifo nosso).

Aspectos que devem integrar a compreensão da saúde:

Experimentar o bem-estar, sentir-se motivado para a vida e com interesses definidos em relação às pessoas e às atividades concretas;

Ser capaz de autocontrolar-se a partir de uma cultura sanitária efetiva. Ter hábitos saudáveis e desenvolver atividades concretas que ajudem no processo de otimização das funções somáticas, sentindo-se o sujeito envolvido nelas; e

Fazer que o estado atual do organismo corresponda a um momento essencial da otimização futura dos mecanismos e processos envolvidos na saúde humana.

(GONZÁLEZ REY, 2004, p. 02-03)

“Vitalidade livre”

“a saúde humana é uma qualidade objetiva, que manifesta a vitalidade

alcançada por uma população ou por um indivíduo para o desenvolvimento de

suas capacidades biológicas, psicológicas e sociais”

(HENRÍQUEZ apud GONZÁLEZ REY, 2004, p. 02).

“É preciso conceituar saúde individualmente, atendendo aos seguintes critérios:

Não se deve associar a saúde a um estado de normalidade, visto que, de forma individual, é um processo único que não se repete e que apresenta manifestações próprias. A saúde não é uma média, é uma integração funcional obtida individualmente, mediante múltiplas alternativas;

A saúde não é um estado estático do organismo, é um processo que se desenvolve constantemente, do qual o indivíduo participa de forma ativa e consciente na qualidade de sujeito do processo;

Na saúde, combinam-se estreitamente fatores genéticos, congênitos, somato-funcionais, sociais e psicológicos. A saúde é uma expressão plurideterminada e seu curso não se decide pela participação ativa do homem unilateral. Esse é um dos elementos que intervém no desenvolvimento do processo, pois muitos dos fatores da saúde são alheios ao esforço volitivo do homem;

A expressão sintomatológica da doença resulta de um funcionamento estável das funções e mecanismos que expressam o estado de saúde” (GONZÁLEZ REY, 2004, p. 02-03, grifo nosso).

“saúde”

“(...) não é a ausência de sintomas, mais sim um funcionamento integral que aumenta e otimiza os recursos do

organismo para diminuir sua vulnerabilidade aos diferentes agentes e

processos causadores da doença” (GONZÁLEZ REY, 2004, p. 03).

ALGUMAS POUCAS REFERÊNCIAS...?!

BOSSA, Nadia A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 2a Ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos ‘is’. Porto Alegre: Mediação, 2004.DEMO, Pedro. Pesquisa – princípio científico e educativo. São Paulo: Cortez, 2000.FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada – abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.PAÍN, Sara. Encontros com Sara Paín. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.PARENTE, Sonia Maria B. A. Pelos caminhos da ignorância e do conhecimento: fundamentação teórica da prática clínica dos problemas de aprendizagem. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.SASSAKI, Romeu Kamuzi. Inclusão – construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.