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Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS CAUSADORAS DE MASTITE E
TESTE DE SENSIBILIDADE AOS PRINCIPAIS ANTIBIÓTICOS
ARALDI, Jônatas Henrique¹
e-mail: jhonihenrique66@hotmail.com
CZECHOWSKI, Leonardo Dalpiva¹
e-mail: leo_d_c@hotmail.com
DELLAGOSTIN, Diego¹
e-mail: diego.m.dell@hotmail.com
LISE, Mateus Roman¹
e-mail: mateuslise7@hotmail.com
VISENTINI, Ricardo Morgan¹
e-mail: rica_visentini@hotmail.com
WINTER, Luan Junior¹
e-mail: luan_winter@outlook.com
OLIVEIRA, Daniela dos Santos
e-mail: danielaoliveira@ideau.com.br
ALMEIDA, Mauro Antonio de²
e-mail: mauroalmeida@ideau.com.br
FACCIN, Angela²
e-mail: angefaccin@gmail.com
GOTTLIEB, Juliana²
e-mail: julianagottlieb@ideau.com.br
MAHL, Deise Luiza²
e-mail: deisemahl@ideau.com.br
OLIVEIRA, Franciele de²
e-mail: francieleoliveira@ideau.com.br
ROSÉS, Thiago de Souza²
e-mail: roses@ideau.com.br
RITTER, Filipe²
e-mail: veterinária@ideau.com.br
¹ Discentes do Curso de Medicina Veterinária, Nível 7 2016/1- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.
² Docentes do Curso de Medicina Veterinária, Nível 7 2016/1 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.
RESUMO: A mastite bovina é uma doença de grande importância e frequência na pecuária leiteira, que leva a
inúmeras perdas econômicas e aumento nos custos de produção. É uma doença de aspectos multifatoriais,
decorrente da colonização do tecido secretor do úbere por agentes patogênicos. Geralmente ocorre por um
manejo incorreto na propriedade, como falta de higiene e más condições locais. Com objetivo de identificar
mastite clínica e subclínica em bovinos através do exame de cultura e antibiograma, apontar qual a melhor
conduta terapêutica a ser utilizada no tratamento, foram coletados e analisados 107 amostras de leite de bovinos
nos meses de setembro e outubro de 2015, nas cidades de Aratiba, Campinas do sul, Centenário e Getúlio Vargas
no norte do Alto Uruguai – RS. As amostras foram acondicionadas em tubos de ensaio estéreis e levadas sob-
refrigeração ao laboratório de bioquímica da Faculdade Ideau Getúlio Vargas – RS, onde realizou-se a semeadura em meio de cultura Agar nutriente para o crescimento bacteriano, após 24 horas a confecção de
lâminas histológicas e posterior teste de antibiograma das bactérias encontradas. Trinta e dois casos positivos
para mastite subclínica foram encontrados, sendo que as bactérias foram Staphylococcus aureus (17 casos),
Streptococcus agalactiae (10 casos), Corynebacterium spp. (4 casos) e Candida spp. (1 caso). O teste de
antibiograma não teve crescimento de bactérias. Desta forma, este trabalho enfatiza a importância da mastite na
produção leiteira, as perdas econômicas ocasionadas e a importância do seu controle e da sua prevenção, visando
ganhos de produtividade.
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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
Palavras-chave: Bovinos, Glândula Mamária, Perdas Econômicas, Antibiograma.
ABSTRACT: The bovine mastitis is a disease of great importance and frequency in dairy farming, which leads
to many economic losses and increased production costs. It is a disease of multifactorial aspects resulting from
the colonization of the secretory tissue of the udder by pathogens. Usually occurs by a mishandling on the property, such as poor hygiene and bad local conditions. To identify clinical and subclinical mastitis in cattle by
examining the culture and sensitivity, they were collected and analyzed 107 samples of bovine milk in the
months of September and October 2015, in the cities of Aratiba, south Campinas, Centenário and Getúlio Vargas
in northern Alto Uruguai - RS. The samples were placed in sterile test tubes and taken under-cooling the
biochemistry laboratory of the Faculty Ideau Getulio Vargas - RS, which was held on inoculation in agar nutrient
culture for bacterial growth after 24 hours the production of blades and subsequent histological antibiogram test
of bacteria found. Thirty two positive cases for subclinical mastitis were found, and the bacteria were
Staphylococcus aureus (17 cases) Streptococcus agalactiae (10 cases), Corynebacterium spp. (4 cases) and
Candida spp. (1 cases). The antibiogram test was no growth of bacteria. Thus, this work emphasizes the
importance of mastitis in dairy production, caused economic losses and the importance of their control and
prevention, targeting productivity gains.
Keywords: Cattle, Mammary gland, Economic Losses, Antibiogram.
1 INTRODUÇÃO
A mastite bovina é uma doença de grande importância e frequência na pecuária
leiteira, que ocasiona a inflamação da glândula mamária, levando a perdas econômicas por
reduzir a produção e a qualidade do leite, por aumentar os custos com mão de obra e
medicamentos veterinários, pelo menor preço pago ao leite pelos laticínios, além do descarte
precoce dos animais. É uma doença de aspectos multifatoriais, decorrente da colonização do
tecido secretor do úbere por agentes patogênicos (RIBEIRO et al., 2014).
Segundo Ribeiro et al., (2014), a inflamação faz com que as células de defesa do
animal (células somáticas) migrem para o interior do úbere para combater a infecção,
ocasionando o aumento da contagem de células somáticas (CCS), alterando a composição do
leite e reduzindo a sua produção e a sua qualidade.
Os problemas relacionados com a qualidade do leite, geralmente têm origem na
propriedade, devido à precariedade das instalações, armazenamento incorreto do produto, e à
falta de higiene da ordenha, mantendo a incidência de mastite elevada. As perdas relativas à
ocorrência da mastite são duas vezes mais elevadas que as perdas com infertilidade e doenças
reprodutivas (SCHUCH et al., 2009).
Para Radostits et al., (2002), a mastite provoca alterações físicas, químicas e
microbiológicas no leite produzido, as quais servem de critérios para a classificação da
enfermidade e indicativo de diagnóstico inicial da doença, vendo as alterações visuais diretas
no leite ordenhado (formação de grumos e alterações de cor) ou indiretas, percebidas através
do teste de CMT (California Mastitis Test).
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O CMT vem sendo usado como um método para detecção de mastite subclínica em
vacas. É um teste rápido e simples que estima a CCS no leite de amostras individuais ou
compostas dos quartos do animal (SARGEANT et al., 2001). Vários métodos de diagnósticos
podem ser empregados com o intuito de acompanhar a prevalência e incidência da mastite no
rebanho. Geralmente, a mastite clínica é detectada por observações visuais dos próprios
ordenhadores sobre condições anormais do leite e /ou do úbere das vacas. California Mastitis
Test (CMT), Winsconsin Mastitis Test (WMT) e a Contagem de Células Somáticas (CCS) são
métodos empregados para o diagnóstico da mastite subclínica (SILVA, 2006).
Fonseca et al., (2007) descrevem que esta infecção da glândula mamária pode ocorrer
de duas formas. Quando o ambiente está impróprio para o animal, ou seja, com acúmulo de
poeira, lama, fezes, urina e outras sujidades, caracterizando-se a mastite ambiental. Quando
animais doentes transmitem a infecção durante a ordenha através dos equipamentos de
ordenha ou das mãos do ordenhador, caracterizando-se a mastite contagiosa. De acordo com a
forma de manifestação da infecção, as mastites podem ser classificadas como sendo clínicas
ou subclínicas, sendo a forma mais prevalente a subclínica, e que causa maiores perdas
econômicas, representando de 5% a 25% da produção leiteira.
O controle da mastite bovina inclui a desinfecção dos tetos antes e após a ordenha, a
terapia da vaca seca, o adequado funcionamento do equipamento de ordenha, o tratamento de
todos os casos clínicos, o descarte/segregação das vacas cronicamente infectadas e
proporcionar um ambiente limpo, seco e confortável aos animais (FONSECA et al., 2007).
O presente trabalho tem como objetivo identificar mastite clínica e subclínica em
bovinos, e através do exame de cultura e antibiograma, apontar qual a melhor conduta
terapêutica a ser utilizada no tratamento.
2 MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizados 107 animais de raças Jersey e Holandês proveniente de cinco
propriedades da região do Alto Uruguai gaúcho, nas cidades de Aratiba (50 animais),
Campinas do sul (29 animais), Getúlio Vargas (12 animais) e Centenário (16 animais), nos
meses de setembro e outubro de 2015, com a finalidade de detectar mastite clínica e
subclínica nas amostras de leite.
A coleta do leite foi realizada na sala de ordenha, com os tetos e úberes previamente
higienizados com água, secados com papel toalha e desinfetados com pré-dipping (a base de
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ácido láctico 10g e clorehxidina 20%). Foram desprezados os dois primeiros jatos para evitar
a contaminação de bactérias externas e após feito o teste de CMT (California Mastitis Test)
conforme Sargeant et al., (2001). Nos animais positivos ao CMT (Figura 01) coletou-se 10
mL do leite em tubos de ensaio estéreis para serem analisados no laboratório de Análises
Clínicas da Faculdade IDEAU Getúlio Vargas - RS.
Figura 01: Placa de teste e produto CMT solução.
Fonte: Visentini, 2015.
Para o isolamento e identificação fúngica, o leite contaminado foi semeada em Agar
batata dextrose. Para o isolamento e identificação bacteriana, as amostras foram semeadas em
meio de cultura Agar nutriente preparado na placa de petri (Figura 02). Em cada placa foram
semeadas oito amostras diferentes, utilizando uma alça de platina que foi colocada no tubo de
ensaio com leite, e o mesmo semeado contendo o Agar. Estas manobras foram feitas em meio
estéril ao lado do bico de bunsen para evitar contaminação. Após, estas foram fechadas e
colocadas na estufa em temperatura de 37°C por 24 horas. As amostras que não cresceram
neste tempo ficaram mais 24 horas na estufa para ver se iriam crescer outros micro-
organismos conforme citado por Trabulsi (2008).
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Figura 02: Semeadura das bactérias em ágar nutriente.
Fonte: Dellagostin, 2015.
Após o crescimento das bactérias foi feito o teste de catalase (Figura 03), que consiste
em pegar uma colônia suspeita e misturá-la com uma a duas gotas de água oxigenada 10 vol
em uma lâmina de vidro. Se houver a presença da enzima (catalase), ocorre desdobramento de
peróxido de hidrogênio (H2O2) em oxigênio livre produzindo bolhas de ar, sendo a prova
positiva (SANTOS, 2011).
Figura 03: Teste de catalase.
Fonte: Araldi, 2015.
Para a coloração de Gram foi semeado uma colônia de bactérias na lâmina e
posteriormente foi feito a fixação por corante com o reagente cristal violeta (1 min), lavagem
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com água, lugol (1 min), lavagem, álcool-acetona (30 s), lavagem, e fucsina básica (20 s),
lavagem e após deixando secar. Essa técnica permite a classificação de amostras bacterianas
em gram-positivas e gram-negativas e a determinação da morfologia e do tamanho das
amostras analisadas (TRABULSI, 2008).
As lâminas confeccionadas foram observadas no microscópio óptico em 100X
visualizadas com auxílio de óleo de imersão para fazer a identificação das bactérias.
O antibiograma consiste numa técnica destinada à determinação da sensibilidade
bacteriana in vitro frente a principais agentes antimicrobianos (Figura 04). As bactérias foram
colhidas das suas placas, e semeadas em outra placa com Agar nutriente com auxilio de uma
alça de platina em meio estéril, e com a pinça foi colocado seis discos de antibióticos a base
de tetraciclina 30 (µg), amoxicilina/ácido clavulânico 30 (µg), neomicina 30 (µg),
gentamicina (10 µg), penicilina (10 µg), oxacilina (01 µg). Prontas, foram incubadas na estufa
á 37 °C por 24 horas para esperar o resultado de sensibilidade (OLPLUSTIL, 2010).
Figura 04: Processo do antibiograma.
Fonte: Winter, 2015.
Segundo Ribeiro et al., (2014), o tratamento com antimicrobianos deve ser selecionado
com base em testes de sensibilidade, pois o medicamento não age da mesma forma contra
todos os microorganismos. Um dos principais problemas no tratamento da mastite é a
resistência dos microorganismos, como conseqüência do uso indiscriminado e inadequado dos
medicamentos. Ao se fazer o isolamento do microorganismo envolvido nos casos de mastite,
pode-se instituir tratamento específico, conhecendo a sensibilidade e prevenindo casos de
resistência, levando a cronicidade da afecção, este seria um procedimento ideal, sempre que
depois de realizado tratamento e não se obteve resposta positiva.
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3 RESULTADOS E ANÁLISE
As análises microbiológicas das amostras demonstraram três espécies diferentes de
bactérias patogênicas a glândula mamária (Tabela 01). Das 107 amostras avaliadas,
apresentou-se frequência de 32 casos positivos (34,24%) de mastite subclínica, sendo que não
se obteve amostras de mastite clínica no teste de CMT. Os principais agentes identificados
foram Staphylococcus aureus 18,19%, Streptococcus agalactiae 10,7% e Corynebacterium
spp. 4,28%. Também foi encontrada uma amostra do fungo Candida spp 1,07% nas análises
realizadas.
Segundo estudos de Souza et al, (2009), observaram que 1.139 (30,3%) amostras não
apresentaram crescimento bacteriano e em 2.614 (69,7%) foi identificada a presença de pelo
menos um patógeno da mastite. Entre as amostras de leite que apresentaram crescimento
bacteriano, foram 826 (31,6%) para Corynebacterium spp.; 790 (30,2%) para Staphylococcus
aureus; 551 (21,1%) Streptococcus agalactiae.
Tabela 01: Principais agentes patogênicos causadores de mastite subclínica em amostras de
leite na região do Alto Uruguai - RS.
TIPOS DE
BACTÉRIAS
NUMERO DE CASOS
POSITIVOS
TESTE DE
CATALASE
PERCENTUAL DE
INFECÇÃO %
Staphylococcus aureus 17 Coagulase + 18,19 %
Streptococcus
agalactiae
10 Coagulase - 10,7 %
Corynebacterium spp
Candida sp.
4
1
Coagulase + 4,28%
1,07 %
TOTAL 32 34,24%
Em um estudo descrito por Souza et al., (2009) sobre a mastite subclínica em quatro
rebanhos, compostos por 118 vacas leiteiras e 468 quartos mamários, verificaram que o S.
aureus, foi isolado em 44,7% dos casos, sendo o agente etiológico mais frequente nas mastites
subclínicas corroborando com o presente estudo.
Nagahata et al., (2007) realizaram um estudo de mastite no sul de Hokkaido, Japão,
com 57 vacas da raça Holandesa e encontraram Staphylococcus aureus (12,8%),
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Estreptococcus coagulase negativo(12,8%), Corynebacterium bovis (16,7%) e os
estreptococos ambientais (4,0%).
Em rebanhos com contagens de células somáticas elevadas (ou com grande número de
quartos mamários com reações positivas no “California Mastitis Test” (CMT) conforme a
(Tabela 02), o problema, geralmente, é a alta prevalência de infecções subclínicas. Nestes
rebanhos, a avaliação das infecções presentes pode ser feita pela cultura de uma amostragem
de quartos mamários com base nos escores do CMT. O gasto com exames microbiológicos é
reduzido, mas pode não identificar animais infectados com patógenos primários que
apresentam baixa contagem de células somáticas ou resultados negativos no CMT (BRITO et
al., 1999).
Tabela 02: Resultados do CMT de 107 amostras de leite bovino oriundos da região do Alto
Uruguai.
Graduação do CMT Numero de animais %
Negativo 75 80,25
+ 9 9,63
++ 15 16,05
+++ 8 8,56
Ribeiro et al., (2011), levantaram a possibilidade da realização do CMT para a
estimativa da CCS do leite, sendo uma forma simplificada de verificar a qualidade do leite
recebido na plataforma do laticínio, auxiliando na sua destinação dentro da indústria.
A detecção e o tratamento dos animais com mastite subclínica, através do CMT, são
essenciais para a diminuição de perdas, pois se estima que para cada mastite clínica, ocorrem
35 de MS, que acarretam um prejuízo de 2,8 bilhões de litros de leite no Brasil por ano
(RIBEIRO et al., 2011).
3.1 Staphylococcus aureus
Conforme SOMMERHÄUSER et al., (2003) a mais importante fonte de infecção são
glândulas mamárias, ducto do teto colonizado, tetos lesionados, conjunto de teteiras, pano
comum para secar animais sendo o momento da ordenha o mais importante na transmissão
entre vacas.
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O Staphylococcus aureus é importante causa de infecção intramamária no rebanho
leiteiro. A sua transmissão é de vaca a vaca, por animais dentro do rebanho. A prevalência
como causador de mastite bovina pode estar relacionada aos mecanismos de resistência, tais
como a presença do biofilme nos equipamentos de ordenha, redução da susceptibilidade a
antimicrobianos, ao baixo percentual de cura durante a lactação e a presença deles tanto no
ambiente (fômites) quanto nos animais e no homem. Está tipicamente associado à infecção
persistente e duradoura. A maioria de suas infecções são subclínicas, geralmente não
detectadas (PICCININI, 2012).
Fatores ambientais tais como procedimentos de desinfecção, reposição de camas e
estado de higiene dos estábulos foram associados com o risco de mastite por S. aureus (Figura
05) em rebanhos leiteiros (SOMMERHÄUSER et al., 2003).
Figura 05: Staphylococcus aureus identificado por semelhança conforme CHAN et al., (2009).
Fonte: Dellagostin, 2015.
Algumas características de virulência contribuem para a persistência do S. aureus
no tecido mamário, destacando-se a produção de exotoxina, que provoca regiões de necrose e
fibrose e certa facilidade para surgimento de cepas resistentes, favorecido pelo uso
indiscriminado de antibióticos (BARBERIO et al., 2002).
São bactérias mesófilos típicos, se multiplicando bem em temperatura de 35°C, e pH
entre 4,2 e 9,3. O S. aureus está presente em mais de 50% das infecções da glândula mamária,
e é o patógeno mais importante da doença, graças a sua ampla distribuição geográfica
coerentemente, também o micro-organismo mais frequentemente isolado em leite cru. É o
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principal coagulase positivo, manitol e maltose positivos, formadores de colônias
pigmentadas, e produtores de toxinas (PICCININI, 2012).
Sabour (2004) observou que o S. aureus é capaz de invadir e se replicar dentro das
células epiteliais da glândula mamária bovina, podendo ser esse mecanismo um pré-requisito
para a infecção e uma forma de resistência no úbere durante o período em que o animal não
está em lactação, além de levar a resultados falso-negativo em exames bacteriológicos e
influenciar na eficácia dos antibióticos no tratamento da doença por esse micro-organismo,
capaz também de causar infecções intramamárias de longa duração, com tendência a
tornarem-se crônicas, com baixa cura e grande perda de produção de leite pelo quarto
acometido.
Segundo Fonseca et al., (2007), a bactéria possui uma grande capacidade de
penetração na glândula mamária, formando tecidos fibrosos, formando “bolsões” de bactérias,
que limita a ação dos antibióticos, caracterizando a infecção como de longa duração, crônica,
baixa taxa de cura.
A bactéria S. aureus esteve presente em 18,02% dos casos identificados de mastite
subclínica. Resultado semelhante foi encontrado por Oliveira et al,. (2011) que, estudando
mastite subclínica em vacas provenientes de rebanhos mestiços no Pará, encontraram uma
prevalência de 17,7%. Em proporções semelhantes, Santos et al., (2011) relataram uma
frequência de 18,7% para essa espécie bacteriana em casos de mastite na bacia leiteira de
Santa Isabel do Oeste, no Estado do Paraná.
Silva et al., (2010), analisando as cepas S. aureus, obteve a produção de coagulase
positiva em 72,5% dos casos trabalhando com rebanhos leiteiros da região Sul do Rio Grande
do Sul, resultado inferior ao encontrado neste trabalho, que foi de 100%.
Costa (2008) demonstra que, das 360 amostras consideradas como estafilococos
coagulase positiva, provenientes de rebanhos identificados com mastite na região Sul de
Minas Gerais, S. aureus foi identificado em 97,7% das vezes. A espécie também foi a
principal identificada por Santos et al., (2011), em 81% dos isolamentos, em vacas leiteiras do
Oeste do Paraná.
3.2 Streptococcus agalactiae
Streptococcus agalactiae é uma bactéria Gram positiva, catalase negativa que
apresenta morfologia de cocos agrupados em cadeias. É classificada como não móvel não
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formadora de esporo, anaeróbia facultativa (Figura 06). Esta bactéria produz hemolisinas
classificadas como beta ou gama hemolítica, que causam lise completa nos eritrócitos
(RAJAGOPAL et al., 2009).
Desde a década de 1930, é uma das principais espécies do gênero caracterizada por
colonizar múltiplos hospedeiros e se adaptar em diferentes sítios do corpo, incluindo aqueles
estéreis. A capacidade de multiplicação e colonização de diferentes ambientes depende da
expressão de genes relacionados à virulência (RAJAGOPAL et al.,2009).
Para Mendonça (2007) uma das mais importantes bactérias causadoras principalmente
da mastite subclínica, aquela que não apresenta sinais visíveis da inflamação, é o
Streptococcus agalactiae. É uma bactéria quase exclusiva da glândula mamária, ou seja, seu
ambiente ideal para colonização e multiplicação é o interior do úbere da vaca.
Figura 06: Streptococcus agalactiae identificado por semelhança conforme CHAN et al., (2009).
Fonte: Czechowski, 2015.
A infecção por este agente pode resultar em infecção clínica aguda até subclínica
crônica. O curso da infecção clínica é semelhante a da infecção crônica subclínica causada por
S. aureus, com ciclos de liberação de bactérias acompanhados de altas CCS. S. agalactiae
produz altas CCS em animais individuais, o que influencia significativamente na CCS do
rebanho, e ainda aumenta gastos com medicamentos e mão-de-obra, descarte de leite e
aumento na frequência de descarte involuntário de fêmeas (ALMEIDA, 2013).
No Brasil tem sido considerado um dos principais agentes etiológico da mastite bovina
com uma prevalência de 60% nos rebanhos. As taxas de isolamento variam entre 4,6% e
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28,05%. Desde 1999 Minas Gerais é atingido pela disseminação deste agente em 60% das
propriedades das regiões da Zona da Mata e Campos das Vertente (KEEFE, 2012).
Conforme Keefe, (2012) este foi o principal patógeno no período em que havia pouca
preocupação com higiene (antes, durante e pós ordenha). Em países onde a indústria leiteira é
emergente ele ainda é um dos principais problemas para os produtores de gado de leite. Na
América do Sul, a prevalência é de 60% no Brasil, 42% na Colômbia e de 11% no Uruguai.
A presença este agente em países onde os programas de controle estratégico contra a
mastite foram bem estabelecidos é indicativa de falhas no manejo e em programas de
biosseguridade. Nos últimos anos, entretanto, essa bactéria está sendo considerado um
patógeno reemergente nos rebanhos leiteiros da Europa (ALMEIDA, 2013).
Roesch et al., (2007) observaram de 72 casos com mastite subclínica houve uma
prevalência de 4,3% para a bactéria Streptococcus agalactiae. Estes dados corroboram com
Fonseca (2007), que submeteram 227 vacas procedentes de 64 propriedades de 14 municípios
das regiões norte e noroeste do estado do Rio de Janeiro ao CMT. Verificaram que dos 907
quartos examinados, 41,8% encontravam-se acometidos pela mastite subclínica, e 21,82% foi
encontrado S. agalactiae nessas amostras.
3.3 Corynebacterium spp.
Conforme Gonçalves (2012) as espécies do gênero Corynebacterium spp são
bastonetes Gram positivos, curtos, pleomórficos, imóveis, não esporulados, aeróbicos ou
anaeróbicos facultativos, catalases positivos e fermentadores (Figura 07).
Possuem parede celular, contendo ácidos graxos de cadeia longa, estão distribuídas em
uma ampla gama de ambientes ecológicos como: solo, esgoto e superfície de plantas, sendo
que algumas delas patógenos para os animais e o homem. C. bovis é a espécie mais prevalente
dentre as demais espécies do gênero (GONÇALVES, 2012).
A Corynebacterium spp. é uma bactéria frequentemente isolada de casos de mastite e
pode ser considerada como indicador da eficiência dos procedimentos de imersão das tetas
pré- e pós-ordenha, sendo um valioso indicador dos procedimentos de desinfecção nas
ordenhas. Portanto, o isolamento deste agente pode ser justificado pela ausência de medidas
higiênico-sanitárias na ordenha dos animais com mastite (RADOSTITS et al., 2002).
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Figura 07: Corynebacterium spp. identificado por semelhança conforme CHAN et al., (2009).
Fonte: Visentini, 2015.
A bactéria é uma das causas mais frequentes de mastite (20 a 30%), devido a sua
pouco patogênico e muito contagioso. Detectado principalmente na forma sub-clínica da
doença, o que de certa forma garante proteção a glândula mamária contra outras bactérias
patogênicas. Estas características determinam a classificação do agente como um agente
secundário (FONSECA et al., 2007).
Apresenta limitada virulência, determinando um pequeno aumento da CCS e acarreta
prejuízos econômicos, visto que deprecia a qualidade do leite. Geralmente as taxas de
isolamento deste patógeno são mais elevadas em rebanhos nos quais possuem falhas na
desinfecção dos tetos pré e pós a ordenha. Levantamentos realizados em rebanhos de
diferentes bacias leiteiras brasileiras apontaram prevalência para Corynebacterium spp. entre
9,3 e 55,19% (COSTA, 2005).
Radostits et al., (2002) identificaram bactérias do gênero Corynebacterium em todos
os 48 rebanhos estudados no Estado de Minas Gerais, sendo que em 24 deles, 21 a 40% dos
quartos mamários estavam infectados. Além de causar infecção em maior número de quartos
mamários, foi o agente mais frequentemente isolado em todos os rebanhos.
Troncarelli et al., (2011), analisaram 6066 amostras de leite provenientes de 20
propriedades localizadas no centro oeste do estado de SP, onde 1364 foram identificadas com
a presença de microrganismos, e destas 32% encontravam-se com Corynebacterium spp.
Em análise de 35 rebanhos leiteiros pertencentes a bacia da região sul do estado de
MG, e obteve amostras de leite de 1645 quartos mamários, sendo 238 oriundos de casos
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clínicos e as demais de casos subclinicos. Verificou-se o isolamento de Corynebacterium spp.
em 91,42% das propriedades, e 14,11% das amostras de leite analisadas com taxas de
isolamento que variaram de 0 a 59,25% e o envolvimento predominantemente nos casos
subclinicos (91,67%) (COSTA, 2005).
3.4 Candida spp.
As leveduras do gênero Candida (Figura 08) possuem distribuição universal, podendo
ser encontradas nos homens ou nos animais, como comensais ou patogênicas, no solo, na
água, nos vegetais, nos alimentos e em diversos ambientes. Vivem frequentemente em
saprobiose, mas em circunstâncias propícias podem desenvolver seu poder patogênico
(WAWRON & SZCZUBIAL, 2001).
Segundo Raven et al., (2001), as leveduras (o termo levedura é aplicado aos fungos
que se reproduzem principalmente por brotamento, raramente formam micélio rudimentar e
nunca o micélio bem desenvolvido) podem desempenhar importante papel na indústria de
produtos lácteos como a fermentação, mas que atuam também como patógenos oportunistas.
Dentre as leveduras isoladas de leite proveniente de vacas acometidas com mastite, as mais
frequentes são as do gênero Candida spp. Elas podem estar presentes no leite provenientes de
medicamentos contaminados para mastite, diluentes de antibióticos, oriundos da água de
lavagem dos equipamentos de ordenha, silagem ou ainda, das mãos do ordenhador.
Na mastite causada por Candida spp. é provável que a infecção seja por infusões
intramamárias ou pelo contato com o revestimento de teteiras, contaminadas. O
estabelecimento de infecções é favorecido por lesões no epitélio mamário devido à ação de
alguns antibióticos (penicilina e tetraciclina), que são fontes de nitrogênio para a levedura.
Altas taxas de isolamento das leveduras e elevados percentuais de amostras com crescimento
misto sugerem falhas no momento de coleta de amostras destinadas a análises
microbiológicas. Outro fato que pode justificar a presença do microrganismo no interior da
glândula mamária são as falhas por ocasião da medicação de animais clinicamente
acometidos, o que, ocasionalmente, tem sido relacionado como fator determinante de surtos
de grandes proporções (CRAWSHAW, 2005).
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Figura 08: Candida spp. identificado por semelhança conforme CHAN et al., (2009).
Fonte: Araldi, 2015.
A Candida spp. tem sido associada à mastite de bovinos, e em alguns casos,
predominando em relação às demais leveduras como o estudo de Costa, (2008) que
evidenciaram em 25,5% das amostras de leite analisadas em um dos rebanhos.
Segundo Radostits et al., (2002), as principais infecções na glândula mamária causadas
por leveduras, são causadas por Candida spp., Cryptococcus neoformans, Sacharomyces spp.
e Toluropsis spp.
Santos et al., (2005), em seu estudo selecionaram 40 rebanhos leiteiros localizados na
região Sul de Minas Gerais, Foi estabelecido que os rebanhos utilizados no estudo deveriam
empregar a ordenha mecânica e ter, pelo menos, 30 animais em lactação. Foi amostrado um
número mínimo de 15 animais de cada uma das propriedades. Nos estabelecimentos
selecionados para o estudo, 2.560 vacas lactantes foram submetidas ao (CMT) visando o
diagnóstico da mastite clínica e subclínica, avaliando assim 98,2% das amostras, pertencentes
ao gênero Candida.
Os dados disponíveis na literatura sobre a frequência de infecções intramamárias (IIM)
provocadas por leveduras apresentam grandes variações, encontrando-se índices variáveis
entre 0,1% e 17,3%, sendo também muito variáveis as taxas de infecções mistas envolvendo
estes agentes, em alguns casos com valores superiores a 50% (SANTOS et al., 2005).
Em São Paulo, Costa et al., (1993) observaram que 10% das 2.078 amostras de leite
correspondiam a leveduras, sendo 3,2% pertencentes ao gênero Candida. No Rio Grande do
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Sul, detectaram, em 896 amostras de leite infectado, a presença de Candida spp. em 1,3% da
amostragem, das quais 0,9% eram Candida albicans.
O teste de antibiograma realizado, não teve crescimento bacteriano para ver a
sensibilidade das bactérias aos antibióticos utilizados, provavelmente pelo tempo superior á
24 horas, que contaminou as placas com bactérias do ambiente impossibilitando o teste.
4 CONCLUSÃO
Os exames microbiológicos demonstraram 34,24% de mastite subclínica, sendo um alto
nível como já relatado na literatura utilizada. As bactérias foram Staphylococcus aureus,
Streptococcus agalactiae, Corynebacterium spp., e o fungo Candida spp. Estes são os
principais microorganismos isolados nesta patologia, e que trazem inúmeras perdas aos
produtores de leite. O teste de antibiograma não teve resultado pelo tempo excessivo esperado
para sua realização, ocorrendo assim uma contaminação das placas por bactérias do ambiente.
Estes altos números de casos de mastite demostram a importância da prevenção da mastite no
rebanho leiteiro, as grandes perdas econômicas que causa, e a diminuição na produtividade
leiteira que a mastite subclínica trás, mesmo sem demonstrar sinais visíveis ao olho do
produtor, sendo assim a principal dificuldade de sua identificação.
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