Post on 31-Aug-2020
"
I INC ULAO A A O MINIST~RI0 DA AGRICULTURA
EMBRAPA c. T. A. A.
Termos de referência para a elaboração do estudo:
n INDUSTRIALlZAÇAO DE ALlHENTOS: EVOLUÇJíO HISTORICA,
COtWICIONANTES E EFEITOS"
Rio, outubro de 1980
.U" JILftOtM eo,lN,CO. 102 •. OAVfA • "J Cff 214$0 'ONf ; 2~a..'lIOO • (NO . fel . le'1oI!lPU,""'fC rnex 212:18 :> 4 . SlCS
VI.CULADA AO M"'SIERIO DA AGR'CULIURA
EMBRAPA C. T. A. A.
sur·:~RIO
APRESENTAÇAO .................................................................. 1
1. RESULTADOS ESPERADOS DO ESTUDO......................................... 2
I I .. Co.~TEOOO DO ESTUDO ........................................ .. ........................................ .. .................. 2
1. ' Descrição do processo de industrialização de alimentos .••.•.•.•••• 2 1.1. A industrialização de alimentos e o desenvolvimento econêmi-
co .......................................... . ................................................ .. .................... 2
1.2. A importância do setor de alimentos processados na conjuntu-ra econômi ca .................................................................................... .. .. .. ........ 3
1.3. A indústria de alimentos.. •.••••.•• .... ...... •••• ••••. •••. ••. 3
1.4. A importância do setor de alimentos na geração de divisas p! ra o pais 3
2. Condicionantes do processo de industrialização ••.•.••••.••.•••••.. 4 2.1. Ao nivel de demanda .. .. ...................................... 4
2.2. Ao nivel da oferta ................................... . .......... 5
2.3. Ao nivel da po1itica governamental ••...••• •••••••••••••.••••• 5
3. Avaliação do efeito do processo de industrialização ••...••••..•.•• 6
3.1. Efeitos sobre o status nutricional da população •••••.••.•.••• 6
3.2. Efeitos sobre o nivel e a variabilidade dos preços dos a1ime~ tos ......................... ".................................................................................. 6
I
3.3. Efeitos sobre o balanço comercial do pais........... . ......... 6
111. ESTRATrGIA GERAL DA PESQUISA ............................ .. .............. .. ..................... , '
PLANO GERAL DO ESTUDO ......................................................
"UA JotAOr ... DOTJ.NICO. 10: • . GAVU . "J C[P 22.eo ' ON! : ",.ntO . lNO . TU. fW .. ...,ATi!C TH! )I 21'M 24 • SlCS
VINCULADA AO MINISTtRIO OA aORICULTURA
7
8
EMBRAPA c. T. Ao A.
APRESENTAÇAO
o presente documento contitui-se em um "Tenno de Referência" para a elaboração de uma pesquisa sobre a industrialização de alimentos.
~xistem evidências de que o desenvolvimento do setor agroindustrial de alimentos ccntitui um estãgio necessãrio no processo de desenvolvimento econômico. Diversos autores salientam a importância que esse setor teve nos estãgios iniciais do desen volvimento de países da Europa, EEUU e Japão.
A ãrea geogrãfica de abrangência do estudo é formada pelos seguintes países: Argetina, Austrãlia, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França e Iugcslãvia.
Os resultados obtidos através da pesquisa deverão permitir uma comparação entre os estãgios de desenvolvimento econômico e a industrialização de alimentos entre os diversos países estudados e o Brasil.
E: ôbvi"o que para a condução de um estudo de tal natureza, aspectos específicos e inerentes ã própria história econômica de cada pais a ser estudado, não podem ser abordados em um roteiro como o aqui proposto.
Evitou-se, também, o detalhamento extremo dos meto dos de coleta e anãlise, por P.! tarem condicionados ao conhecimento previo das informações disponíveis em cada .. palS .
Não obstante tais colocações, a seleção de produtos a serem estudados deverã obedecer um critério único para melhor refletir quais produtos alimentício> processados são relevantes para os países em estudo.
• Finalmente, é oportuno esclarecer que o marco inicial da pesquisa" deve balizar-se ã "época em que a industrialização de alimentos passou a ser um componente mais efetivo do processo de industrialização do país, não devendo necessariamente coincidir esta é?oca entre os países em estudo. desta forma optou-se pela não especificação de um período inicial.
"UA JAIIDIM eoy.u..co. 101 •. GAVI!A . lU Cf" 22 • .0 "OH!! : " ... .,10 . fl\lO . TIL. !"'B' .... ,. ... n:C Tfl!X 21231'4 . S LC S
VIICULADA AO WIMI~Tt.IO DA AORICULTURA
EMBRAPA c. T. A. A.
J. RESUL T/\oo$ Esrr.u!, :;~S DO ESTUDO
-2-
Existem evidência? esparsas de que o crescimento econômico estã associado a parcelas crescentes de produtos industrializados na alimentação da população.
Assim, o presente estudo visa obter um conjunto coerente de conclusões sobre:
1. A relação entre crescimento econômico e a industrialização' de alimentos.
2. As razões que favorecem ou inibem o processo de industrialização de alimentos.
3. Os efeitos do processo de industrialização sobre a' economia e a socie'dade. ,
O esquema do trabalho estã apresentado graficamente no anexo.
O trabalho deve ser conduzido de tal forma que permita uma clara comparação entre os diversos estãgios de crescimento econõmico,correlacionados ao grau de industria lização de alimentos observado [:,;$' p;l"rses em estudo.
J J. CONTEODO DO ESTUDO
1. Descrição do processo de industrialização de alimentos
Para efeito do estudo. uma série de dimensões relativas a processo de industrialização de alimentos necessitam ser consideradas. Entre elas, são importantes:
1.1. A industrialização de alimentos e o desenvolvimento económico:
- evolução da participação do setor de alimentos processados na oferta global de alimentos do pais;
- participação do governo no processo de industrialização de alimentos;
ltUA JAIDtII BOrAt«o. te12 •• QAvrA . ,.., ct'P'"ftO '0Ne ! ,,...ato . f NO. TtL . ,t!MI!JIIWI'AreC TlU. '.2)1, •. 1L.CS
VINCULADA AO MlllaTfWIO DA AQWICULTUftA
EMBRAPA C. T. A. A.
1. 7..
1.3.
1.4.
-3-
- evolução ela produção agrícola destinada a industrialização;
- evolução do consumo de produtos alimentícios processados.
A imporlncia do setor de alimentos processados ~a conjuntura e"conômi ca: !
- alimen'tos industrializados e renda dos consumidores;
- indúst~ia como compradora dos produtos agrlcolas; !
- indüstria de alimentos processados como geradora de emprego;
I - crescimento da produti vi dade de -mão de obra "no setor de ali mentos proces
I
sados ~omparativamente a outros setores.
A 'd-1. d l' , n ust~l a e a lmentos:
- grau Jl concentração industrial; ! " •
- estrut~ra de mercado; I I
- niveis i de produção;
- níveiJ de crescimento;
- caract~risticas das empresas produtoras (origem, tamanho, grau de tec-nologia, localização espacial); ,
1
- partilrPação das multinacionais.
l , A importância o pais: i
do setor de alimentos processados na geraçao de divisas para
, - evolução da participação do pais no mercado mundial;
- evolução da participação dos alimentos processados na pauta de exportação:
- pos i ci,onamento dos mercados importadores.
ftUA JAIiIICIIlII ao,Altco. 1024 . QAvrA . lU Cf .. 22~ PONe: ; 2,..'280 . f NO. T'!L.. !M8fII"I""nC ULfX 212)'24 . ILes
V'ICULAOA AO MII'S'[RIO DA AGRICULTURA
EMBRAPA C. T. A. A.
-4-
2. Condicion.mtcs 110 pro(csso de industrialização
Um grande numero de variãveis exerce influência sobre o processo de industrialização de alimentos. Dentre elas, pode-se considerar:
2.1. Ao nivel de demanda:
2.1.1. Renda - O aumento da renda influi diretamente no aumento da demanda de produtos industrializados.
2.1.2. Urbanização - A concentração urbana faz com que seja necessário o transporte e a estocagem de grandes quantidades de alimentos provenientes de distâncias cada vez maiores. A industrialização de
alimentos é uma forma de viabilizar o abastecimento desses centros urbanos. Comparar o consumo de alimentos industrializados, nas zonas rural e urbana.
2.1.3 .. Participação da mulher na força de trabalho - Os alimentos industrializados, pela facilidade de armazenagem e menor tempo de preparo, tom"",""Se' tr.l forma de, em parte, 'compensar o menor tempo di! pendido pela mulher nas funções domésticas.
2.1.4. Exportação - O menor grau de perecibi1idade do alimento industrializado é às vezes condição necessária para exportação, criando incentivos adicionais ao processamento industrial de alimentos. As políticas governamentais de incentivos à exportação. os hábitos alimentares dos países importadores e a agregação de valor ao produto exportado, adicionam-se a esse fator.
2.1.5. Educação'e tradição culinária - Se de um lado os hábitos e tradições podem criar barreiras para a aceitação de alimentos industria lizados, a mudança desses hábitos pela propaganda e "pelo efeito demons tração", pode tornar-se força propul sora para o aumento da demanda daqueles produtos.
RUA .,IAIIQW BOl'AMco. t02. • OAV1I!.t. • 'u ar H4eO 'ON! ; " .. "to . !NO. T!L. tt.efW"ATtC fl!L.U '12)1H • !u.cs
VINCULADA AO MIIllTfRIO DA "R'CULTURa
IEMBRAPA C. T. A. A.
-5-
2.2. ~~ nl\'d !!a (lferta:
2.2.1. Custo de eslocagcm - .0 custo elevado de estocagem de produtos "in natura" pode i ncenti var a i ndus tria li zação de alimentos. Esse fator é influenciado pela disponibilidade de infra-estrutura de armazenagem e pelos métodos de estocagem utilizados.
2.2.2. Perecibilidade - O alto grau de perecibilidade dos produtos "in natura" leva a uma necessidade crescente de industrialização. A isso ainda se associa ·a especialização da produção agri cola e a urbanização.
2.2.3. Sazonalidade - O carãter sazonal da produção agrícola conduz a uma maior industrialização de alimentos como um mecanismo de estabilização do abastecimento urbano.
2.2.4. Rede de abastecimento - As mudanças observadas nos equipamentos urbanos de abastecimento (supermercados) podem incentivar taxas maiores de industrialização, uma vez que os supermercados comer cializam pro~ a1imentares industr.ializados em maior parcela . . do que outros canais de distribuição.
2.2.5. Economia de escala - O processamento de alimentos depende da existência de um mercado que leve a uma escala de produção que se ja economicamente viãvel.
2.2.6. Progresso tecnológico - Não pode ser negligenciado o desenvolvimento tecnológico dos métodos de produção, estocagem, comercialização, transporte e gerência como condicionante do processo de industrialização de alimentos.
2.3. Ao ·nivel da politica governamental:
2.3.1. Controle de preços - No Brasil, a política de tabelamento de
preços dos produtos "in natura" pode constituir-se em incentivo ã industrialização . Por· outro lado, políticas de tabelamento de
preços dos produtos processados,podem inibir a industrialização.
IItUA JAIIIIIJIN IOTANICO. la'4 • OAYI!A . lU CI!" 2:Heo 'ONt. ; ,,, .. ,,to . II!:NO . T!l . • IM8fWI'AffC THflt 212:11'4 • SLC'
VI_tUlIDA AO U'.'lr!RIO DA AGRICULtURA
EMBRAPA C. T. A. A.
-6-
2.3.2. PnHtica de incentivos fi~c~is - (stí~\Jlos . j exportação de alill'o!n
tos indu~trializados são fatores que agem como força~ propulsoras
para o processamento de alimentos.
2.3.3. · Políticas de créditos subsidiados, de transferência de tecnologia
e outros pl'ogramas específicos (padronização e classificação, por
exemplo) - O crédito subsidiado tem tido relativa importância no
processo de i ndus tri a li zação de muitos países. A maior ou menor
facilidade no processo de transferência de tecnologia tem induzi
do ou dificultado a industrialização de diversos setores. Muitos
países tem se utilizado de programas específiCOS para induzir o
desenvolvimento industrial de alguns setores ·
3. Avaliação do efeito do processo de industrialização:
O processo de industrialização de alimentos produz efeitos que deverão ser
previstos e avaliados
tentes para o setor.
a fim de permitir o delineamento de pclíticas
Dentre estes efeitos pode-se destacar:
consis-
3.1. Efeitos sobre o status nutricional da população - A dieta alimentar é afe . -
ta da pelo a~nto do consumo de alimentos processados e precisa ser anali-
sada. I
3.2. Efeitos sobre o nível e a variabilidade dos. preços dos alimentos - A indu!,
trialização é um mecanismo que afeta os níveis de preços do.s alimentos PE.
dendo taroérn reduzi r a va ri ab i·l i dade entre os pe ri odos de safra.
3.3. Efeitos sobre o balanço comercial do país - Através da expansão das expo.!
tações elou substituição de importações.
IIIUA JAN)tM SOTÂNICO. 1024 . QAVfA . lU Ct~ '2411Cl 'ONl : 23 • .• 2.0 . I!NO . T!L. nl8ftArATtC TfL.lX 'I''''. . S l C$
VI_CULAOA AO MINISTt~IQ DA AORICULtURA
EMBRAPA C. T. Ao Ao
-7-
4. Os produtos a serem considerados
o estudo ~everi analisar os seguintes produtos bislcos: alho,
cebola, batata, vagem cenoura, ervilha, crtrlcos
so seja considerado Interessante para algum dos
e tomate. Ca
parses a In
clusão de outros casos, esses poderão ser IncluTdos nas pr~
postas relativas a cada paTs.
"UA JAftDIW BOTlMeO. '014 . GAYfA . "J Cf" U"O 'OM! ; '''''210 . INO , T!l. lM8fW""'I!C 'lLU 212"''' . SI.CS
VI.CUUDA AO .... ISfUIO OA AUICULTUU
EMBRAPA c. T. Ao Ao ·
UI.
-8-
ESTRATEGIA ~ERAl DA PESQUISA
Uma vez defl~ld~ os produtos, o estudo deveri analisar a estrutura
do processamento, desde o alimento "in natura" até o alimento pr,2
cessado. A estratégia de pesquisa consistiri em analisar os condi
cionantes da demanda pelos produtos insdustrializados e os condi
clonantes da estrutura de produção que contribuem na determinação
da oferta desses produtos.
Uma vez conhecidos os condicionantes da demanda e da oferta sera
possível definir alternativas políticas que visem a melhora do
"status" nutricional da população. O setor de processamento poderio
caso a anilise assim o sugira, vir a ser também decisivo na viabi
lização dos objetivos da política de preços para o setor.
Os virios pontos e as idéias levantadas deverão ser consubstancia
das em dados emprricos. Assim, aqueles dados passíveis de quantifl
caça0: produção agrícola e industrial, renda, taxa de urbanização,
custos, preços, participação da mulher na força de trabalho, expo~
tação e Importação, enfim, os parimetros relevantes deverão ser
quantificados para que se possa testar hipóteses sobre o comport~
mento dos mesmos.
Desta forma, o trabalho deve quantificar e qualificar o processo
de Industrialização de alimentos dos países analisados.
ItUA JAftOt" IJOTlNIC~, t~ • • OAVfA . fU CE!- :2." 'OHe: : " ... :to . (ND , RI.. . f...aRUATEC TEt,.!)C "13". . SlCS
VIICULADA AO MINISTtRIO DA AGRICULTURA
• c • ~ • ~ i 1\
P
Õ
~
<
" • .. ~
n •
e ~
• •
~
o .. n ~ , .. ~
o ~
" s .. , o .. ~
~
m
~
" ~ •
o !
o • ~
.. •
C>
~
" ~
n l"
e ~
<
e " !
• , • ;;1
n ~ ~ ~ • ~ ~ ~ ~
n ~
pL
llN
:)
GE
rlA
L 0
0
ES
'[tJD
O
I Renda
. I
' lI
rb:m
izaç
ão
I De
nand
a d
e
I-----)~ T
lliJr
en
tos
l'"r
ticip
ilçã
o d
a : :
'11J
:cr
n;J
forç
a d
e
'I'r ,
~),' l
ho
Exp
orta
ção
Háb
ito
A
lirr
enta
r
5a zo
nal i
dac
!e
I C\lsto
de
· J::stOC;)~lnn
Pere
ci j
,i U
do
c]e
J:n:
]c d
e
l\b
as
-tC
'C i
nK"n
to
Ind
ust
rin
liza
do
s
'1\
POL!
TlCA
h OO
VERN
ANEN
TAL
_.
-1 ~
IOfc
rta
dc
r---t--1
TIl I Il
Icn
tos
.' n
r:1
l1st
ri.a
liza
dn
s
I_I
r.co
no
llia
d
e
L r.
f:c .
.... Ja
I
rl'CYln~~o
'l'l'C
1101
ílC
1 i c
o
1-
.....
"7
T ... ,:.
o:., d
e·
TrY
1 11
sl'r
iali
za"ã
o )1
de
TIJ.
i rre
n to
s
.,. o~
-IID
.
li
?> ,.
."
',.
ffi'i
SE!
'.o
/eIA
s:
-E
fei t
co
sob
re
pre
ços
(n í \
1: 1
e
v:1r
iab
ilid
a
de
)
-E
fe i
te>
sob
re o
"s
tatu
s" n
utr
i ci
ona
1 da
pop
ü la
ç:io
-
-E
fci t
.. s
ob
re a
b
al:L
'h.a
corr
er
eia
l.
\
, \D