Post on 20-Jul-2020
Você já conhece a horta do Jardim Sossego, certo?
Hoje, vamos apresentar uma outra ideia de horta: em casa.
A NOME DA SENHORA, moradora da Vila Sossego, já
cultiva algumas espécies de temperos e hortaliças em um
pequeno espaço em casa, como na prateleira (na foto).
Você pode usar vários outros lugares, como o
parapeito da janela, para colocar os vasos com ervas e
temperos, como capuchinha, sálvia, manjericão, cebolinha,
bálsamo, sálvia e alecrim. Além disso, bastam quatro horas
diárias de sol e regas todos os dias para que se
desenvolvam (e não esqueça de fazer um furo no fundo,
para não acumular água).
Quanto mais são consumidas, maior é o estímulo à
produção de novas folhas. Se algumas murcharem ou
secarem, faça uma poda: corte as folhas e aguarde. Logo
crescerão novamente.
Contribuiram nesta edição:
Prof. Drª Alzira Lewgoy
Prof. Drª Maria Inês Azambuja
Prof. Drª Ramona F. Toassi
Anne Ferreira
Bibianna Pavim
Emily Priscilla S. Santos
Igor Espíndola
Irimara Gomes
Júlia Rombaldi
Lukas Corrêa Boff
Pamela Rossetto
Priscila Cruz
Comunidade da
Vila Sossego Ângela Maria de Abreu
Jeferson Flores Souto
Maria Clotilde da Silva
Ondina M. Machado
Geneci Friolin
Equipe 1 UBS Santa Cecília Dr. João Henrique Kolling
Dr. Marcos Vinícius Mendonça
Dr.ª Luíza Emília B. de Medeiros
Dr.ª Patrícia Torrontegui Silva
Dr.ª Marina Mantesso
Enf. Margery Bohrer Zanetello
Aux.Enf. Eusaira Beatriz Schena
Tec. Enf. Rosimar Quadros
Tec. Enf. Fernanda Norte Muller
ACS Angela dos Reis
ACS Carlos Streck
ACS Jovina Dorneles
ACS Magali Dorneles
AS Janaira Quadros
Nutri. Mariana Dihl
Nutri. Mirena Boklis
Prof.ª Ilaine Shuck
Fasc- PMPA A.S. Milene Lattuada
A.S. Oscar Pereira da Silva Filho
Diagramação
Igor Espíndola
NASCIMENTOS
SAÚDE, SOSSEGO! Um Jornal do Projeto InterSossego
Saúde Urbana
UFRGS
2ª Feira de Saúde: do lixo ao luxo!
Ano 6 – Número 14 – Fevereiro de 2016
EVENTO
COMUNIDADE
Programa Saúde Urbana
participa do Fórum Social
Temático em Porto Alegre
OPINIÃO
Página 10 Página 4
Página 9
A partir da página 3
JARDIM SOSSEGO
Contracapa
A partir da página 3
CAPITÃO SOSSEGO
3º Encontro InterVilas
integra comunidade, academia e saúde
Mãos à obra, crianças!
Vamos plantar feijão? Pegue seu kit!
A Sossego já tem horta
comunitária, mas que tal uma na sua casa?
UTILIDADE
O que você sabe sobre o Orçamento
Participativo? Para que ele serve?
A Sossego tem um representante no OP?
TIM-TIM AOS PARCEIROS DA SOSSEGO!
Um grande Projeto como o InterSossego jamais
seria grande e conquistaria tantas coisas boas sem
algumas parcerias que só acrescentam aos nossos
eventos e alimentam nossas ideias e ideais.
Por esse motivo, agradecemos imensamente ao
apoio da Coordenadoria da Saúde (CoorSaúde); do
Ponto de Cultura e Escola de Capoeira Angola
Africanamente; do Nego Joca; da Horta Comunitária da
Lomba do Pinheiro, em especial à Lourdes Ágata
Guiconi; e da Floricultura Victória, da Zona Norte de
Porto Alegre.
Nosso muito obrigado a todos vocês e contamos
com essas parcerias ao longo de 2016!
ÓBITOS
No dia 11 de janeiro de 2016, nasceu o Benjamin da Silva Souto,
filho da Lisiane Moraes da Silva. Parabéns e seja bem-vindo!
Com tristeza, lembramos do falecimento da Jandira Prestes, no
dia 13 de janeiro de 2016.
HORTA EM CASA Fonte: Revista Casa e Jardim
O sucesso de sua horta vai depender dos nutrientes da terra usada. Uma dica, é misturar duas
partes de terra comum, uma parte de composto orgânico (ou húmus de minhoca) e uma parte de areia.
Além disso, retire as pedras: o solo deve estar bem fofo para as pequenas raízes conseguirem crescer,
É interessante trocar temperos com os vizinhos e, assim, diversificar os ingredientes em sua
cozinha. Você também pode plantá-los no Jardim Sossego, para que outras pessoas possam colher ou
pegar mudas para novas hortas caseiras.
Então? Vamos botar a mão na terra? Confira a sessão Capitão Sossego (p.9).
Te liga! Combate ao agora vale por 3!
Aedes
Página 11
Neste março de 2016, reiniciando as atividades do ano letivo, os integrantes do Projeto
InterSossego saúdam a todos, desejando uma feliz Páscoa, um ano promissor e que todos da
comunidade Vila Sossego realizem seus desejos e possam comemorar novas conquistas.
Fazendo um balanço das atividades de 2015 expostas nesta edição, verificamos que elas
trouxeram vida ao Projeto, potência às lideranças da Comunidade, estímulo para novas parcerias e
fortalecimento coletivo, que favorecem novas conquistas.
Avaliamos como muito positiva a manutenção do Jardim Sossego, limpo e organizado. O espaço
devolveu a possibilidade de convivência da comunidade. Mas ele também é um símbolo vivo de sucesso
quando a comunidade traz uma ideia e se compromete com ela. Além da liderança do Jeferson, os
moradores mostraram interesse, compromisso e perseverança em manterem o local limpo, protegendo
sua saúde (olha a dengue, o chikungunya e, agora, o Zika) e melhorando a qualidade de vida.
Um aspecto de grande potência foi o diálogo que aconteceu entre as comunidades no III Encontro
Intervilas. Obteve-se sucesso por agregar pessoas que discutiram sobre o tema da violência, que
comprometeu não só nossa intervenção na Vila Sossego, mas que vem se alastrando na cidade, no país e
no mundo. Todos puderam se manifestar sobre o que estava acontecendo, sem receio. Debatemos
coletivamente estratégias de combate à violência, ideias pré-concebidas e estigmas produzidos e
disseminados no dia a dia.
Outro acontecimento de muita positividade foi a parceria do Projeto Intersossego com a Horta
Comunitária da Lomba do Pinheiro, liderada pela Lurdes Ágata Guiconi. Tivemos oportunidade de retribuir
o apoio à implantação do Jardim Sossego estando presentes na audiência de reivindicação coletiva da
preservação do espaço da horta, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Acreditamos que, ao
compartilharmos sonhos, estamos renovando esperanças e incentivando novas parcerias e Projetos.
E, por último, a convite da vereadora Jussara Cony ao Programa Saúde Urbana/UFRGS, ao qual o
projeto InterSossego está vinculado, coordenamos uma atividade no 15º Fórum Social Mundial, em Porto
Alegre, onde mais uma vez tivemos a oportunidade de falar sobre o exemplo da Vila Sossego. Como
desdobramento, esperamos trabalhar com grupo que participou na organização do IV Encontro Intervilas.
Neste início de ano, um sentimento nos anima: a esperança de ser este o caminho a ser trilhado. Tim-tim!
Profª. Drª Alzira Lewgoy - Coordenadora do Projeto Intersossego
Profª. Drª Maria Inês Azambuja - Programa Saúde Urbana
Dr. João Kolling e Equipe 1 da UBS HCPA/Santa Cecília
2 EDITORIAL
Saúde Urbana
UFRGS
UBS HCPA
Santa Cecília
11 NOTÍCIA
Projeto InterSossego floresce
porque o fertilizante vem da
comunidade
Quase sempre escutamos por aí que
funk não é cultura, que funk não é um "estilo
musical" a ser levado a sério. Mas, se dentro
das comunidades o funk é o som que domina,
por que essa expressão cultural não é
respeitada?
O funk, em sua origem, surgiu nos
Estados Unidos da mistura de sons derivados
do jazz, do soul e outros gêneros, criada por
artistas negros. Lá, o funk apareceu por volta
dos anos 60, mas, por aqui, temos o primeiro
registro quarenta anos depois, na década de
1990, quando surgiu o que conhecemos como
funk carioca. O som foi “abrasileirado” em uma
mistura bem diferente do funk original.
Tal como o rap e o samba, sons oriundos
da favela, o funk é uma manifestação da cultura
periférica que surgiu como um improviso com as
ferramentas que eram oferecidas dentro da
comunidade. Nas batidas rápidas e dançantes,
nas vozes de guris e gurias, os ditos "novinhos"
criavam rimas relatando a sua realidade sem
medo de soltar o verbo. Assim, foi-se
construindo um jeito de mostrar a todos o que a
favela tinha pra oferecer e o som, com toda a
certeza, tomou conta – afinal, quem não
conhece o trecho "é som de preto, de favelado,
mas quando toca ninguém fica parado*? A
alegria também é uma ferramenta de luta e
resistência dentro das vilas e comunidades e
não há quem fique parado quando o funk
começa a tocar.
Define-se como cultura uma forma de
arte, costume, conjunto de ideias ou
comportamentos cultivados por um tipo de
comunidade em um determinado tempo. As
vilas e periferias produzem arte quando fazem
funk, do mesmo jeito que quando fazem rap,
samba ou qualquer outra forma de expressão
cultural.
Você conhece algum funkeiro da
Sossego? Gostaria de ver ele cantar
na próxima atividade no Jardim
Sossego? Vem falar com a gente!
OS MULEQUE É LISO E FUNK É CULTURA SIM Irimara Gomes | Bolsista de Pesquisa | Acadêmica de Psicologia
ATENÇÃO BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA
Fique atento!
Seu AGENTE DE SAÚDE vai entregar a data da sua consulta nos próximos meses. Não perca
a sua consulta. Caso não possa vir, avise a equipe pelo menos 1 dia antes. Quem perder a
consulta deverá vir ao posto e remarcar com seu médico ou enfermeira, conforme a rotina da
Unidade (quinta-feira pela manhã). Em caso de dúvidas, procure seu agente de saúde.
Mirena Boklis | Nutricionista | UBS Santa Cecília - HCPA
No ano de 2015, iniciamos uma nova forma de atendimento para os
beneficiários do Bolsa Família, garantindo avaliação na forma de consulta
para todos os cadastrados no programa.
Em 2016, o acompanhamento continuará ocorrendo através de consultas
conjuntas (nutrição, serviço social e enfermagem ou medicina).
O Orçamento Participativo (OP) é um
processo pelo qual a população decide sobre o
investimento de dinheiro público em obras e
serviços do município.
Nas Assembléias Regionais e Temáticas,
que se realizam de abril a maio, nas 17 Regiões e
seis Temáticas do OP, a população elege as
prioridades para o município e seus conselheiros,
e define o número de delegados da cidade para
os seus respectivos fóruns regionais e grupos de
discussões temáticas.
Os Fóruns de Delegados são responsáveis
pela definição, por ordem de importância, das
obras e serviços que serão discutidas no período
de maio a julho e pela análise e aprovação do
Plano de Investimentos e Serviços da sua Região
ou Temática.
A Vila Sossego pertence à Região 16 –
Centro e está muito bem representada pelo líder
comunitário Jéferson Souto, que é conselheiro na
gestão 2015/2016. O envolvimento nas questões
que devem ser discutidas nos Fóruns, porém, é
de responsabilidade de toda a comunidade e, por
isso, é muito importante a participação nas
reuniões do Orçamento Participativo. Informe-se
com o Jéferson!
REGIÃO 16 - CENTRO 1º TITULAR: JEFERSON FLORES SOUTO 2º TITULAR: CÍNTIA CACERES PARODES 1º SUPLENTE: JOÃO ALBERTO DE LIMA SOUZA 2º SUPLENTE: CLAUDIO ROBERTO DA SILVA FREITAS
10 SAÚDE 3 EVENTOS
O QUE VOCÊ SABE SOBRE O
ORÇAMENTO PARTICIPATIVO? Fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre
Mais de 1,5 mil inscritos
para a plenária realizada
na Casa do Gaúcho em
agosto de 2015.
Foto: Luciano Lanes.
SOSSEGO NO FÓRUM SOCIAL Bibianna Pavim | Bolsista de Extensão | Acadêmica de Saúde Coletiva
O ano de 2016 mal começou e os eventos
que envolvem nosso projeto também já estão “a
mil". Em janeiro, ocorreu na cidade de Porto
Alegre o Fórum Social Mundial Temático, onde foi
discutido a paz, a democracia e os direitos dos
povos e do planeta.Visando a questão social e o
envolvimento do Projeto InterSossego em relação
à saúde urbana, nosso time não ficou de fora e
organizou a roda de conversa Saúde Urbana:
Investimentos Sociais e Ambientais para a
Promoção da Saúde na Cidade, junto com
Jéferson Souto (Vila Sossego), o Prof.º Aloyzio
Achutti, Dr.ª Liliane Pastoriz (Ministério Público do
RS), Lurdes Ágata Guiconi (Horta Comunitária da
Lomba do Pinheiro), Dr.º João Henrique Kolling
(UBS Santa Cecília – HCPA) e Ana Júlia
Possamai (Fundação de Economia e Estatística).
A atividade foi muito interessante e contou
com diversas pessoas que acrescentaram e
enriqueceram qualquer troca de ideias que
poderíamos ter proposto. Foi possível conversar
mais sobre o que de fato é a saúde urbana e os
problemas que cercam a nossa cidade e
interferem direta e indiretamente a nossa saúde e
bem estar, trazendo o exemplo da Vila Sossego
pela experiência do Projeto. Temos, hoje, a
sensação de que cada vez mais as pessoas e os
órgãos públicos estão envolvidos com os
problemas e questionamentos sobre a saúde.
Ao término desta atividade, garantimos
uma coisa: o Fórum não terminou por aqui. Este
ano teremos novidades e muitos projetos a serem
desenvolvidos!
AMBIENTAL INTERVILAS Igor Espíndola| Bolsista de Extensão | Acadêmico de Relações Públicas
Com o tema "Violência, Território e Saúde
Urbana: desafios para a formação e o trabalho
interprofissional na comunidade", a terceira edição
do evento novamente abriu espaço para a
discussão desses assuntos entre a academia,
profissionais de saúde, assistência social e
representantes de comunidades.
Construído, principalmente, como espaço
para a escuta das comunidades com relação às
políticas públicas nos territórios da cidade, a
primeira mesa da noite, mediada pelo historiador
Ricardo Charão, foi composta por Geneci Friolin
(Sossego), Jéferson Souto (Sossego) e Ubirajara
Cardoso (Cruzeiro), que apresentaram suas
experiências em relação à violência em seus
territórios. Ubirajara comanda o Centro Esportivo,
Cultural e Assistencial da Vila do Campinho
(CECAVIC), que trabalha com desenvolvimento
de atividades sócio-educativas e recreativas com
crianças e adolescentes em situação de risco
social.
Profissionais da saúde, da assistência e a
academia também puderam trocar experiências.
Anne Ferreira (estudante de Pedagogia e bolsista
de extensão do Projeto InterSossego), Janaíra
Quadros (Assistente Social – UBS) e Jovina
Dornelles (Agente Comunitária de Saúde – UBS),
formaram a segunda mesa do evento, mediada
pelo estudante de Relações Públicas e bolsista de
extensão do Projeto InterSossego, Igor Espíndola.
As falas levantaram diversas questões
importantes para o trabalho em comunidade,
como a importância da parceria entre UFRGS,
UBS e Sossego.
Ricardo Charão e os
convidados Ubirajara
Cardoso, Jéferson Souto e
Geneci Friolin na mesa com
as comunidades.
II FEIRA DE SAÚDE 4 9 II FEIRA DE SAÚDE
VIOLÊNCIA, TERRITÓRIO E SAÚDE: PAZ SEM VOZ NÃO É PAZ, É MEDO! | Nos dias 27 e 28 de novembro de 2015, o Projeto
InterSossego promoveu o 3º Encontro InterVilas,
na UFRGS e na Vila Sossego.
Igor Espíndola, Janaíra Quadros,
Anne Ferreira e Jovina Dornelles na
mesa sobre o ´serviço de saúde,
academia e o trabalho em
comunidades.
A horta comunitária da sossego está cada vez mais bonita e depende de nós para
mantermos ela.
Além de ser muito nutritivo e gostoso, uma mudinha de feijão deixa o nosso jardim mais
bonito e charmoso. Vamos ter o nosso na Sossego? Uma mudinha de feijão cabe em
qualquer lugar e você pode plantar sozinho.
Vamos ao plantio...
Mudando seu feijãozinho de lugar
Mas nada de deixar o feijão lá para sempre hein?
Quando o feijão atingir cerca de 20cm, é a hora de retirar o feijão do copo pois ele já esta
bem grandinho e a reserva nutritiva já acabou.
Se ele continuar no algodão, dificilmente ele irá crescer.
Você precisa procurar um local com bastante terra, como na horta do Jardim Sossego.
Nesta etapa você vai precisar da ajuda de um adulto para cavar um buraco de cerca de
10cm de largura, por 10cm de profundidade.
Regue bem e depois de alguns meses seu feijãozinho já estará lindo e bem grandão.
Você vai precisar de
• Um copo plástico descartável (pode ser uma garrafinha
PET cortada ou até mesmo um pote de iogurte ou margarina
que iriam fora).
• Algodão esterilizado (para evitar a proliferação de fungos
e bactérias), que acompanha essa edição do Jornal Saúde,
Sossego!
• Ulguns grãos de feijão, também nesse jornal.
• Água.
Como plantar
1. Umedeça o algodão com a água.
2. Forre o fundo do copo descartável
com o algodão umedecido.
3. Coloque seu feijão sobre o algodão
4. Coloque o copo em um local
iluminado e não deixe o algodão
secar. Vá colocando água sempre e
aos pouquinhos.
5. Mais ou menos em 3 dias a raiz
começará a aparecer e um pouco
mais tarde seu feijão vai começar a
nascer.
CAPITÃO SOSSEGO!
No fim do ano passado, a Horta
Comunitária da Lomba do Pinheiro corria o risco
de perder parte do seu terreno plantado para dar
espaço a novas ruas no bairro. O projeto para a
execução dessas ruas foi à votação na Câmara de
Vereadores de Porto Alegre, que rejeitou a
proposta. Em contrapartida, no dia 21 de
dezembro foi aprovado o projeto de lei para tornar
o espaço físico onde está a Horta, arroio e mata
nativa em um espaço de preservação ambiental,
manejo sustentável e atividades socioculturais.
Moradores da Lomba do Pinheiro e apoiadores da
horta acompanharam a votação na Câmara,
levando faixa e mudas de plantas para pressionar
os vereadores a votarem a favor da causa.
Mesmo com essa ação, a Horta
Comunitária da Lomba do Pinheiro enfrentava o
medo de que as ruas fossem abertas após ser
encontrada uma “brecha” na lei que permitiria, de
acordo com o Plano Diretor da cidade de Porto
Alegre, a execução das obras. Porém, em reunião
no Gabinete do prefeito José Fortunati, foi definido
que algumas alterações serão feitas no plano para
que a horta não corra risco de ser interrompida.
Além disso, o prefeito pediu desculpas aos
membros da horta e garantiu que o espaço não
sofrerá modificações. A reunião contou com
autoridades da prefeitura, representantes
comunitários, professores e outros órgãos
envolvidos na questão.
A Horta Comunitária da Lomba do Pinheiro
é uma área pública de quatro hectares, obtida via
Orçamento Participativo, está localizada em um
espaço na Zona Leste da cidade e serve como
espaço pedagógico-terapêutico para crianças,
idosos e pessoas com deficiência mental.
8 5 II FEIRA DE SAÚDE II FEIRA DE SAÚDE
SOSSEGO SERÁ EXEMPLO DE COMBATE À DENGUE EM CURSO PARA AGENTES Dr. João Henrique Kolling | Médico de Família | UBS Santa Cecília - HCPA
HORTA LOMBA DO PINHEIRO Bibianna Pavim e Igor Espíndola| Bolsistas de Extensão
MÚSICA E DANÇA MARCAM O 3º ENCONTRO INTERVILAS
No dia 27 de novembro de 2015, Daniel
Cavalheiro abriu o evento ao dançar um remix
contemporâneo e de estilo breaking da música Cálice,
de Chico Buarque. A apresentação, segundo ele
“[...] retrata todos os sonhos, felicidades,
alegrias e sentimentos que, enquanto juventude,
negros e negras, queremos expressar, mas não
podemos. Queremos gritar e somos silenciados.
Somos constantemente reprimidos, qualquer ação é
julgada e condenada ao título de ‘fora do padrão’. É
também uma forma de protesto contra o racismo, pois
tudo aquilo da cultura negra é reprimido: a religião, a
música, a dança. Temos sempre que cultuar, realizar
ou admirar o que é nosso de maneira escondida. E é aí
que Cálice (ou Cale-se) encontra seu sentido. É
quando lançamos um ‘grito desumano’, procurando por
liberdade.”
Andrea Sanabria | Acadêmica de Serviço Social | Intercambista da Colômbia
À noite, alunos em intercâmbio na UFRGS
apresentaram danças típicas da Colômbia e do
México, com músicas e coreográficas tradicionais
que vinham de diversos lugares, como da região
andina e Costa Caribe da Colômbia; e da região
oeste do México, mais precisamente do estado de
Jalisco.
Os artistas surpreenderam e encantaram,
principalmente, as crianças da Sossego que
estavam no evento. Todas queriam aprender com
Daniel a dar o “salto mortal” que ele fez durante sua
apresentação e não pouparam energia para dançar
as músicas calientes trazidas pelos intercambistas.
Da esquerda para a direita: Victor Alfonso Morón, Andrea Katherine Sanabria, Cristian Norberto Ayala, Laura Alejandra Vaca e Sandra Janeth Linares. (Foto: Mariana Torres)
O 3º Encontro InterVilas foi encerrado na Vila
Sossego, dia 28 de novembro de 2015, com duas
oficinas. A primeira, de capoeira, foi ministrada por
Guto, do grupo Ponto de Cultura Africanamente. A
segunda foi uma oficina de dança urbana, comandada
pela bolsista do projeto (e bixo em Dança pela
UFRGS!) Anne Ferreira. O encontro fechou com uma
apresentação musical de rap com Nego Joca. Além de
estudante de Publicidade e Propaganda pela UFRGS,
Joaquim Lima (Nego Joca) é cantor e compositor.
Você pode acessar as músicas gratuitamente e
conhecer mais sobre Nego Joca em seu perfil no
Facebook: www.facebook.com/NegoJocaLadoSul. Nego Joca posou para fotos com as crianças da Vila Sossego após a apresentação. (Foto: Igor Espíndola)
Daniel Cavalheiro durante sua apresentação. (Foto: Bibianna Pavim)
A Secretaria Estadual da Saúde fez um
convênio com a UFRGS e o Programa
TelessaúdeRS para treinar Agentes Comunitários
de Saúde e Agentes de Endemia no combate à
Dengue. Esse curso vai utilizar em um dos seus
materiais didáticos o exemplo do combate à
Dengue na Sossego, através do Projeto
InterSossego, contando a história de como a
comunidade se mobilizou para enfrentar a
epidemia de Dengue em 2013 por ações como o
Jardim Sossego. No dia 29 de dezembro de 2015,
em reunião de Planejamento do ano de 2016, a
equipe do TelessaúdeRS gravou depoimentos com
participantes da UBS, da UFRGS e com o
representante da comunidade, o Jeferson Flores.
Assim que o material estiver disponível, vamos
exibir na reunião na comunidade e publicá-lo no
Facebook do Projeto InterSossego.
Além dos repelentes de pele, os repelentes
elétricos ou ambientais, que colocamos na tomada,
também podem ser úteis, devendo ser usados em
ambientes ventilados e mantidos pelo menos 2
metros de distância da cama, podendo trazer
reações alérgicas a pacientes com asma ou rinite.
ATENÇÃO: não utilize repelentes
em crianças com menos de 6 meses sem
a orientação do seu médico. Para
proteção, recomenda-se o uso de roupas
compridas, telas de proteção em portas
e janelas e mosquiteiro no berço,
verificando se não há mosquitos antes
de fechá-lo.
Na Vila Sossego, em 2013, tivemos casos
de dengue e conseguimos controlar um grande
foco do mosquito, mas precisamos manter o
cuidado constantemente para que ele não volte a
nos "desassossegar". Os cuidados são os mesmos
que estamos acostumados a ouvir, mas nunca é
demais lembrar. Confira o folder informativo que
acompanha essa edição do jornal.
Os sintomas entre as doenças podem ser
parecidos, por isso é importante prestar atenção e
procurar a Unidade de Saúde da sua região. A Vila
Sossego é atendida pela UBS Santa Cecília/HCPA
que tem acolhimento todos os dias.
0800 PARA DENÚNCIAS DE FOCOS DE ÁGUA
PARADA E ORIENTAÇÕES
O Telefone 0800 6453 308 está disponível
de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h30, para
tirar dúvidas da população e para denúncias sobre
focos de mosquito. Você também pode fazer
denúncias pela internet, em
www.ufrgs.br/rscontraaedes.
Embora as denúncias às autoridades sejam
importantes, nossa experiência nos mostrou que a
mobilização da comunidade é mais importante para
conseguirmos resultado. Vamos juntos lutar contra
este mosquitinho que só faz mal, a Vila Sossego
pode ficar longe dele, basta fazermos a nossa
parte e cuidarmos das nossas casas, nossos
quintais e do Jardim Sossego!
II FEIRA DE SAÚDE 6 7
COMBATE AO AEDES AGORA VALE POR 3 Bibianna Pavim | Bolsista de Extensão | Acadêmica de Saúde Coletiva Dr. João Henrique Kolling | Médico de Família | UBS Santa Cecília - HCPA
Especialmente no noroeste e norte do Rio Grande do Sul, tem tido muita dengue. Quem viajar para
essas regiões ou para outros estados do Brasil tem que ficar ainda mais atento. Abaixo mostramos uma
comparação dos sintomas das diferentes infecções, mas na prática, sempre que tiver febre com dor no
corpo ou vermelhidão na pele, vá à UBS pelo Acolhimento para consultar.
Sinais e sintomas Dengue Chikungunya Zyka
Febre Alta Alta Sem febre ou febre baixa
Dor no corpo Comum e forte Pouco frequente mas forte Sem dor ou dor leve
Lesões de pele Pouco frequente Pouco frequente Comum com coceira
Edema (inchaço) nas
juntas/ articulações
Pouco frequente Comum Pouco frequente
Olho vermelho Pouco frequente Pouco frequente Comum
COMPARAÇÃO DOS SINAIS E SINTOMAS DE DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZYKA
Para se proteger, recomenda-se o uso de repelentes, que devem seguir algumas indicações gerais:
Faixa Etária
(idade)
Princípio Ativo (Nome Comercial) Tempo de
Duração
Máximo de
aplicações
diárias
6 meses a 2 anos IR3535 (Loção anti mosquito repelente de insetos
Johnson Baby ®)
Até 4 horas 1x ao dia
2 a 12 anos DEET - máximo 10% (OFF Kids®, Repelex Kids®) 4-6 horas Até 2x ao dia
IR3535 (Loção anti mosquito repelente de insetos
Johnson Baby ®)
4 horas Até 2x ao dia
Icaridina (Exposis Infantil®) 10 horas Até 2x ao dia
Acima de 12 anos,
Adultos e
Gestantes
(Grávidas)
DEET (OFF®, Repelex®, Out®) 4- 6 horas Até 3 x ao dia
IR3535 (Loção anti mosquito repelente de insetos
Johnson Baby®, Nexrepel®, No Inset®)
Até 4 horas Até 3 x ao dia
Icaridina (Exposis®) 10 horas Até 3 x ao dia
Fonte: Modificado de Ministério da Saúde e Telessaúde RS/UFRGS
Fonte: Modificado de TelessaúdeRS/URFGS dez/2015
Aplicar sobre a pele exposta,
íntegra e seca.
Se outro produto for aplicado sobre
a pele, como maquiagem ou protetor
solar, a orientação é aguardar em torno
de quinze minutos e aplicar o repelente
sobre a pele seca.
Lavar as mãos após o uso,
principalmente mãos de crianças.
Respeitar as orientações do rótulo
do produto (número de aplicações por
dia, evitar contato com a boca e olhos,
por exemplo).
Manter o uso de repelentes nas
pessoas sintomáticas ou com caso
suspeito.
Não dormir com repelentes sobre a
pele.
Mulheres grávidas, além de seguirem as recomendações acima, devem estar atentas a qualquer
sintoma suspeito para que comuniquem imediatamente ao seu médico. Não se recomenda o uso de
repelentes naturais, preparados em casa ou de citronela, pois eles duram pouco tempo ou não tem eficácia
comprovada. Os repelentes industriais registrados na ANVISA e com eficácia comprovada são seguros na
gestação e para crianças maiores de 6 meses. Veja o quadro:
O calor chega e, com ele, vem o medo da dengue. O mosquitinho, o Aedes
Aegypti, hoje em dia não só é motivo de preocupação contra a dengue como
também é capaz de transmitir outras doenças, como a Febre Chicungunya e o Zyca
Vírus, que quando contraído na gestação pode causar a temida Microcefalia – uma
alteração no crescimento do cérebro que afeta a vida inteira do bebê e de sua
família.