Home - CNBB Regional Sul 1 - RENOVAÇÃO DA PARÓQUIA...anúncio da Boa Nova. Cap. III Hoje há...

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RENOVAÇÃO DA PARÓQUIA

(segundo o Texto de Estudo da CNBB n. 104,

mensagens do papa Francisco no Brasil à CNBB e

CELAM)

O que segue não é uma fala na linha da Teologia Sistemática (FÉ) nem da Teologia Bíblica (PALAVRA) ou Teologia Moral (VIVÊNCIA da fé)... Tem um pouco disso tudo, mas é uma fala sobre Teologia Pastoral e pré-supõe tudo isso...

O pano de fundo é o AMOR DE DEUS(REINO) QUE SALVA E PERMANECE PARA SEMPRE!

A) Paróquia como

“casas e escolas de

comunhão” ...

“comunidade de comunidades”.

B) Tarefa: implementar um

itinerário formativo dos discípulos

missionários, ser lugar de

formação permanente (DAp n.

306)

C) Assumir os dois

desafios pastorais:

viver em estado de

missão

compromisso social - em

especial com os pobres. (DAp. 362)

D) Conversão pastoral para a renovação missionária das comunidades (Dap. 366)

CONCLUSÃO:

Aparecida pede “conversão pastoral”

para termos uma paróquia do

discipulado e da missão solidária para que todos tenham vida plenamente.

“A conversão pessoal desperta a capacidade de submeter tudo ao serviço da instauração do Reino da Vida. Os bispos, presbíteros, diáconos permanentes, consagrados e consagradas, leigos e leigas, são chamados a assumir atitude de permanente conversão pastoral, que implica escutar com atenção e discernir “o que o Espírito está dizendo às Igrejas”(Ap 2,29) através dos sinais dos tempos em que Deus se manifesta” (DAp, n. 366).

A) Comunidade vivas e dinâmicas de

discípulos e missionários (n.57)

B) Alicerçadas na Palavra, ministeriais e

plurais (n. 61-64)

C) Setorização da paróquia (n. 62)

D) Escolas de diálogo interno e externo (n. 64)

CONCLUSÃO:

MUDAR ESTRUTURAS PARA TERMOS COMUNIDADES VIVAS E DINÂMICAS

A) Renovação interna da Igreja como comunhão e participação em vista da missão

B) A missão nasce da maravilha do encontro com Cristo: a missão precisa de motivação interna

C) Abertura e diálogo com o mundo atual

D) Pastoral como exercício da

maternidade da Igreja (1º misericórdia)

E) Servir a pessoa na sua totalidade:

Proximidade, encontro, fazer companhia

F) Necessidade da criatividade do

amor: a partir de Cristo ir às “periferias existenciais”

“Aparecida quer uma Igreja Esposa,

Mãe, Servidora, mais facilitadora da fé

que controladora da fé” (Encontro com CELAM n.5)

CONCLUSÃO:

Paróquia como “Pólo Missionário” de:

a) acolhida misericordiosa;

b) discipulado a partir do encontro com Cristo;

c) missão solidária.

Cap. I É necessário enraizar na

Palavra de Deus a experiência eclesial

que se concretiza em nossas

comunidades.

Cap. II Ao longo da história a paróquia

se consolidou como comunidade que

zelou pelo culto, comunhão serviço e anúncio da Boa Nova.

Cap. III Hoje há consenso quanto à

necessidade de renovação da paróquia

diante dos desafios de uma mudança

de época.

Cap. IV Traços fundamentais da

identidade de uma verdadeira comunidade cristã revitalizada.

Aparecida aprofunda a proposta de Santo Domingo e faz uma clara opção pela paróquia, seu valor para a experiência eclesial e pela sua revitalização transformando suas estruturas a fim de ultrapassar uma pastoral de mera conservação ou manutenção para assumir uma pastoral decididamente missionária (cf. DGAE n. 26 e 57 e DAp n. 170)

Para realizar a tarefa urgente de

transformar a paróquia em comunidade

de comunidades, o modelo que

precisamos ter diante de nós é o próprio

Jesus e sua maneira de suscitar,

organizar e orientar a vida em

comunidades em vista do Reino de Deus.

A comunidade cristã encontra sua

inspiração nas comunidades que Jesus

Cristo fundou por meio dos apóstolos, na força do Espírito Santo. (n. 6)

Jesus recupera a dimensão “caseira” da

fé... não se trata só da casa de tijolos

nem só da família, mas, sobretudo, da comunidade. ( n. 22)

Características da nova comunidade

cristã: ensinamento dos apóstolos,

comunhão, fração do pão e orações (At 2,42).(n. 36)

Na base da experiência comunitária,

proposta por Jesus, está a experiência

da “comunhão”... inspirada na Santíssima Trindade. (n. 42)

Da Igreja Doméstica, Igreja nas casas,

passa-se pouco a pouco, após o ano 381 às paróquias territoriais (n.48 – 49)

A paróquia tem resistido às tentativas de

renovação. Sua principal ocupação tem

sido o culto (liturgia) deixando de ser

missionária e profética (dimensões:

comunitária, pregação/anúncio, testemunho, serviço) (n. 54)

CONCILIO VATICANO II:

A paróquia, comunidade de comunidades, seria hoje a concretização histórica que torna visível a Igreja... A paróquia, porém, não é a Igreja Particular no sentido estrito, pois ela está em rede, com as demais paróquias que formam a diocese, que é a Igreja Particular. Para o Vaticano II a paróquia só pode ser compreendida a partir da Diocese. A Diocese é porção do Povo de Deus e a paróquia é parte da porção do Povo de Deus. (n.57).

O CONCILIO VATICANO II propõe:

› a) passagem do territorial para o

comunitário;

› b) do princípio único do pároco a uma

comunidade toda ministerial;

› c) da dimensão cultual para a totalidade

das dimensões de comunhão e missão da Igreja (servidora)no mundo. (n. 64).

Paróquias que não

assumiram a renovação

proposta pelo Vaticano

II, continuam a

concentrar suas

atividades principais na

liturgia sacramental e nas devoções (n. 91)

RENOVAÇÃO PAROQUIAL NA AMÉRICA

LATINA E CARIBE:

› A paróquia, comunhão orgânica e

missionária, é uma rede de comunidades

(SD n. 58), de discípulos e missionários (DAp

172) onde se vive a comunhão e

participação a partir da fé (batismal) em

Jesus Cristo, na perspectiva do Reino de

Deus. (n. 67 e 70).

Duas noções norteadoras para a

renovação da paróquia:

› A) Paróquia como casa de acolhida (casa

da Palavra, do Pão e da caridade/amizade)

› B) Lar dos cristãos onde se faz a experiência

comunitária de seguir Jesus Cristo

A cultura de nosso tempo desafia nossos

conceitos. Para compreender essa

realidade, é preciso considerar a

mudança de época: valores são

questionados, novos modos de

relacionamentos com a comunidade aparecem. (n.89)

A experiência paroquial atual se

caracteriza por uma realidade

fragmentada, difícil de ser concebida

em sua totalidade. Em si, a paróquia não

é um todo, pois está unida a outras

paróquias, formando a Igreja Particular, ou Diocese. (n. 93)

DESAFIOS:

› Âmbito da pessoa: intimismo religioso,

mudanças na família

› Âmbito da comunidade: nova territorialidade, estruturas absoletas na pastoral, relativismo e o fundamentalismo

› Âmbito da sociedade: sociedade pós-cristã, pluralismo cultural

CONCLUSÃO:

› Há urgência da renovação paroquial pela

conversão pastoral capaz de enfrentar o

problema da territorialidade e da

manutenção de estruturas absoletas à evangelização (n 95 – 133).

A renovação paroquial depende da

atenção dada ao princípio comunitário

da fé (n. 134). O lugar privilegiado para

as pessoas realizarem uma experiência

concreta de encontro com Jesus Cristo

é a comunidade eclesial - DAp 170. (n.136)

RECUPERAR AS BASES DA COMUNIDADE CRISTÃ (At 2,42)

Viver a Palavra: ser comunidade

profética

Viver a Eucaristia: ser comunidade

sacerdotal

Viver na caridade: ser comunidade de pastoreio em vista do Reino

Critérios para reconhecer uma

comunidade seguidora de Jesus Cristo e

pertencente à sua Igreja:

› A) exige-se que tenha a Palavra de Deus

como fonte,

› B) que viva na unidade da Igreja em

comunhão com os bispos,

› C) que celebre os sacramentos,

› D) que manifeste seu compromisso

evangelizador e missionário, principalmente

com os afastados,

› E) que seja solidária com os mais pobres”

(n.138)

Precisamos recuperar a comunidade

como espaço de iniciação á vida cristã (n.139)

COMUNIDADE DE

COMUNIDADES:

NECESSIDADE DE

FORMAÇÃO DE

COMUNIDADES MENORES (n. 153)

PROPOSTAS:

› A) Setorização das paróquias (formar

lideranças para isso) (n.154)

› B) Interação de comunidades, movimentos e grupos (n.159)

› C) Revitalização da comunidade (estabelecer relações interpessoais) (n.168)

CONVERSÃO

PASTORAL

(n.171-190)

Quem acolhe a Boa Nova do Reino de

Deus muda sua vida de acordo com os

valores que Jesus viveu e ensinou. (n. 171)

O centro de toda conversão é Jesus Cristo. A conversão pessoal e pastoral depende da conversão pessoal a Jesus Cristo (n. 173). A conversão pessoal e a pastoral andam juntas (n. 174)

Conversão dos ministros da comunidade

› A renovação paroquial depende de

um renovado amor à pastoral que os

padres podem e devem exercer

como expressão da sua própria

existência sacerdotal (n. 175). A

renovação paroquial requer novas

atitudes dos párocos e padres que atuam nas comunidades (n. 178).

Protagonismo dos cristãos leigos

› “A missão dos leigos deriva do

batismo: “a sua ação dentro das

comunidades eclesiais é tão

necessária que, sem ela, o próprio

apostolado dos pastores não pode

conseguir, na maior parte das vezes, todo o seu efeito” (AA. 10)” (n. 187)

É urgente abandonar as estruturas

ultrapassadas que não favorecem a

transmissão da fé - cf. DAp 365 ... neste

sentido é preciso agir com firmeza e rapidez – cf. DGAE n. 34. (n.191)

Valorização dos Conselhos Pastorais e

de Assuntos Econômicos Paroquiais e o planejamento pastoral. (n.192)

A questão da manutenção exige novas

posturas. Repensar a gestão da

comunidade, nos âmbitos pastoral e econômico (n. 195 – 196)

A paróquia não pode se separar da vida

diocesana. Sua unidade se faz na

oração, nos vínculos de pertença e na

ação pastoral orgânica e de conjunto. (n. 197)

PROPOSIÇÕES:

› Criatividade, pequenas comunidades,

ministérios leigos, formação,

catequese de iniciação à vida cristã,

presença e atuação dos jovens,

liturgia/piedade popular, caridade, perdão e acolhida (n.210-235)

A Paróquia é a grande escola da fé e vida, nela vive a Igreja reunida em torno de seu Senhor...contudo ela precisa de uma renovação urgente...é preciso olhar para o futuro da paróquia como comunidade de comunidades... acreditando que para Deus nada é impossível, é importante vencer o pessimismo da situação. Deus renova todas as coisas.(n. 236 - 242)

Para que seja realidade a proposta deste documento podemos perceber a necessidade de algumas medidas praticas:

1. Descentralização: as decisões não

poderão estar centralizadas na matriz e

no pároco, mas nos Conselhos de

Pastoral e de Assuntos Econômicos que,

liderados pelo padre regem a “rede” de

comunidades da paróquia, com

decisões colegiadas. Para isso é

necessário compreender a Teologia da Igreja Particular.

2. Corresponsabilidade: a partir do

batismo, tanto na evangelização/missão

como na vida comunitária, é preciso

integração, respeito e liberdade. Do

nível de assistente o fiel deve passar

para o nível de participante, integrante,

celebrante. Cessa a dependência e se

cria a inter-comunhão, que possibilita o diálogo maduro.

3. Ministerialidade: comunidade formada para ser toda ela ministerial, na unidade e diversidade, vivenciando o conjunto (junto-com). Necessidade de promover uma boa formação, tanto dos ministérios ordenados como dos não ordenados.

4. Pertença: A partir da palavra e da

Eucaristia, é o enraizamento da pessoa

na comunidade, através de atitudes de

presença responsável, frequencia às

atividades, compromisso com a manutenção da comunidade, partilha...

5. Poder-serviço (Mt 20,28): com base no diálogo: verdade na caridade, sempre se

pergunta: o que posso fazer por minha comunidade ao invés de somente perguntar o que a comunidade faz para

mim? Passar do poder eclesiástico (clerical) para o poder eclesial (comunhão responsável dos ministérios). Passar do clericalismo/centralismo para promover a comunhão e participação.

6. Missionariedade: A comunidade

deve ser missionária em si mesma e

para fora de si. Quando aumenta muito,

deve fundar outra a fim de não perder a irmandade. Protagonismo dos leigos.

7. Transformação social: está ligada ao Reino de Deus (que tenham vida plenamente: Jo 10,10). A centralização exclui os mais pobres, as periferias; Exclui

os pobres da evangelização que é também promoção do bem comum, da felicidade da justiça e da paz que brota da

fé. Superar o individualismo espiritual. Em uma sociedade excludente a paróquia deve ser profética.

8. O futuro da paróquia depende em grande parte de ela apresentar-se como comunidade de vocacionados à liberdade pois assim escreveu Paulo: "para a liberdade Cristo nos libertou" (Gl 5,1); e não como comunidade de necessidade, de obrigatoriedade, de tradição e ritos. Para isso, são necessários cristãos dispostos a enfrentar desafios, e o maior desafio é renovar-se constantemente sob impulso do Espírito Santo.

CONSIDERAÇÕES A PARTIR

DO TEXTO:

9. Três perigos que arruinam a vida paroquial:

a) supervalorização do aspécto

econômico, administrativo e institucional

b) ativismo pastoral anteposto à atenção

pessoal

c) centralização no padre (clericalismo,

que muitas vezes atinge os leigos

também, ao reproduzirem atitudes

autoritárias)

CONSIDERAÇÕES A PARTIR

DO TEXTO:

10. A evangelização no passado tinha

olhos fixos na paróquia, hoje a

evangelização deve olhar a cidade

toda, na qual está a paróquia. Assim, a

paróquia deve ser na cidade onde se

situa, um "Polo missionário": centro

de vivência do Evangelho e irradiação

missionária.

CONSIDERAÇÕES A PARTIR

DO TEXTO:

"Hoje estamos em um novo momento... uma mudança de época. Sendo assim, hoje é cada vez mais urgente nos perguntarmos: o que Deus pede de nós?“ (Papa Francisco -JMJ/Rio - Aos bispos brasileiros 27.07.2013)

1) Tanto o Documento de Aparecida (cf.

n.365-372), bem como, o Estudo 104 (cf.

171-186) propõem a “Conversão

Pastoral” para a renovação missionária

das paróquias. Como articular e levar

adiante esta “conversão pastoral”? O

que é essencial para que ela aconteça?

2) Constata-se a necessidade de

“mudar estruturas” (cf. Estudo 104 n.

191ss) para termos comunidades vivas e

dinâmicas. A partir do que foi exposto,

indique três mudanças que você acha

essencial para a renovação das

paróquias.