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7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
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Este é um livro interessante e valiõsíssimo para o
povo batista brasileiro. É um relato precioso, uma visão
histórica, ain da que sintética, pois seria impossível retratar
todo o t r aba lho de uma convenção ba t is ta e s tadua l , ao
longo de 100 anos, em um só volume. Contudo, a obra
põe em des taque os ma is prec iosos momentos de nossa
história batista f luminense.
Na realidade, a impo rtância d o livro pode ser sentida
em dois aspectos principais:
1 ? — A obra foi escrita pelo Pr. Ebenézer Soares
Ferreira. Este ilustre homem de Deus viveu intensamente
a vida batista f luminense, com raízes profundas na cidade
de Campos, onde exerceu o ministério pastoral por vários
anos. Além disso, foi Diretor Geral do Colégio Batista
F luminense , professor do Liceu de Humanidades de
C a m p o s e R e i to r d ò S e m i n á r i o T e o l ó g i c o B a t i s t a
Fluminense e professor da Faculdade dc Filosof ia , Ciên-
cias e Letras dessa cidade. "
E necessário lembrar que além de desempenhar todas
essas tarefas pedagógicas," o autor foi redator de
O Escu-
deiro Batista , e presidiu a Conv enção Batista Es tadu al
quinze vezes, sendo seu atual presidente.
O Pr. Ebenézer Soares Ferreira, com a sua tend ência
natural pelos assuntos históricos, e com o seu acentuado
espír i to de pesquisa , ofe rece uma contr ibuição mui to
preciosa para o povo batista em geral.
2? — A Convenção Batista Fluminense é, sem
sombra de dúvida , a ma ior Convenção Ba t is ta Es tadua l
do Bras i l e da Amér ica La t ina . A tua lmente , a C onvenção
registra em seu rol de igrejas cooperantes mais de 900
igrejas.
Desc revendo a magni tude dessa grande Convenção
Centená r ia , o autor a f i rmou: "E opulenta , r eple ta de
lances emocionantes, desafiadores, cheia de exemplos
dignif icantes e de sacrif ícios. E uma epopéia envolta em
rasgos de fé e amor, escrita com suor, lágrimas e sangue
pe los consagrados se rvos do Senhor que não mediram
esforços para legarem ao povo batista f luminense um
glor ioso pa t r imônio mora l e e spi r i tua l . "
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BIBLIOTECA PARTICULAR
FabJano de Oliveira Fialho
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EBENÉZER SOARES FERREIRA
(Membro da Academia Pedralva de Letras, da Academia Evangélica de Letras do
Brasil, da União Brasileira de Escritores, da Sociedade Brasileira de Romanistas,
da The Baptist Historical Society (Inglaterra), da The Am erican Schools of O riental
Research e membro correspondente da The Academy of Letters of London.)
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b i b l i o t e c a p a r t i : u l a r
FaWano de Oliveira Fialho
DEDICATÓRIA
À Junta de Missões Estrangeiras da Convenção Batista do Sul dos Estados U nidos,
com sede em Richmo nd, Virgínia, que se dignou de enviar missionários para evan-
gelizar nossos patr ícios;
A memória dos missionários pioneiros que, arrostando toda sorte de sacrif ícios,
se entregaram, de corpo e alma, à gloriosa faina de pregar o evangelho de Jesus
Cr is to aos nossos coes taduanos;
A mem ória dos obreiros nacionais que pug naram a boa peleja da fé, e, com ext rema
dedicação, se incorporaram aos missionários, formando a grande falange do exér-
cito santo, aguerrido, co ntra as hostes do Maligno, em favor da salvação das almas
perdidas;
À juventude de hoje do nosso que rido estado, que recebeu a tocha sagrada do evan-
gelho para passá-la às gerações porvindouras com o fogo crepilante do amor a
Cristo;
dedico esta obra.
O autoi .
1
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ÍNDICE
Dedica tór ia 7
Prefacio 31
Int rodução 33
C a p ít u lo I — P R I M Ó R D I O S D O E V A N G E L H O N O B R A S I L
1. Preliminares 37
2. Funda ção do Trabalho Batista no Brasil: Batistas Alem ães e Letos 39
3. Fun dação do Trabalho Batista no Brasil: Batistas do Sul dos Estados Unido s 40
4. Uma Grande Por ta É Aber ta 42
C a pí tu lo I I — P E R Í O D O D E A S S E N T A M E N T O D A O B R A B A T I S T A
(1891-1892)
1. O Início do Traba lho Batista no Cam po Flum inense 45
1.1 Providên cia Divina .em Ação 46
1.2 Alu gada a Prime ira Casa Para Cultos 46
1.3 Um Gran de Ape lo 46
1.4 Ura Gran de Evange lista 47
2. Organização da Igreja Ba t is ta em Camp os 47
3. Primeira Igreja de Cam pos — Vários Pastores em Pouco Tempo 48
C a p ít u lo I II — P E R Í O D O D E G R A N D E A T I V I D A D E E V A N G E L Í S T I C A
(1893-1900)
1. Pas torado de Sa lomã o Ginsburg 49
2. Conversão de Joaquim Fernandes Lessa 50
3. Jorna l "As Boas-No vas" 51
4 . P r i m e ir a E s c o la D i á r i a — " E s c o l a A m e r i c a n a " 51
5. Escola Not urna 52
6. Escola Indus tr ial 52
7. Perseguições em São Fidélis 53
8. Out ras Vítimas da Perseguição 58
9. Perseguições em Mac aé 59
10. A Gran de Con tribu ição dos Evangelistas 61
11. Opo sição do Clero 63
12. Lança mento da Pedra Funda menta l do P r ime iro Templo Ba tis ta no Bras i l 64
13. C le ro Ca tól ico Rom ano Reage Contra a Cons t rução do Templo Ba t is ta 67
14. Inauguração do Pr ime iro Templo Const ru ído no Bras il 68
15. Os Bravos Colp ortore s 68
16. Mud ança do Miss ionár io Ginsburg Pa ra Pe rnamb uco 69
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17. Cr iação d" 'O Jorna l Ba t is ta" 69
18. Cr iação do "Br isas do Ca mp o" 70
Capítulo IV — PERTURBAÇÕES INTERNAS
1. A Questão Antônio F .Campos 71
1.1 A.EC ampo s Cr ia a União Ba t is ta F luminense 72
1.2 A.F.Cam pos, o Pivô de uma Dissidência 72
1.3 Conseqüênc ias do Espír i to Facc ioso dc A.F .Campos 73
1.4 Declaraçã o e Prote sto 74
1.5 A Igre ja Anula a Exc lusão In jus ta do Miss ionár io Dunstan 75
Capítulo V — MISSÃO DO RIO
1. Organ ização da Prime ira Igreja Batista de Niterói 77
1.1 A Igreja É Dissolvida 78
1.2 Segun da Orga nização da Igreja 78
2. Igreja Metod ista e Seu Pasto r Se Torn am Batistas 79
3. Evange l is ta Que im ado com Querosene 81
C a p ít u lo V I — P E R Í O D O D E R E A J U S T A M E N T O , S O L I D I F I C A Ç Ã O D O
T R A B A L H O E D E G R A N D E S P E R S E G U I Ç Õ E S
1. Orde nação de Dois Grand es Obreiros 83
2. Perseguições em Cam buc i 84
3. Perseguições em Niteró i 84
4. Perseguições em Cam pos 85
5. Perseguições em Ape ribé 86
6. Manoe l Nunes Sara iva , um Már t i r do Evange lho no Estado do R io 87
7. Organização da Assoc iação Ba t ista F luminense 90
8. Assoc iação do Hosp ital Evangélico 93
8.1 Primeira Tentativa de Orga nização 93
8.2 Organização do Hospi ta l Ba t is ta 94
9. Cam panh a de Comb ate ão Fumo 96
10. Usad os por Deus Tais Com o Eram 97
10.1 Joaq uim Coelho dos Santo s 97
10.2 Man oel Avelino de Souza 98
C a p ít u lo V I I — P E R Í O D O D E O R G A N I Z A Ç Ã O D E V Á R I A S E N T I D A D E S E
C O O P E R A Ç A O
1. Perseguições em Fribu rgo 99
2. A Missão Cam pista Abre Trabalh o em Min as Gerais 102
3. Junt a Estad ual 103
4. Os Batistas Flumin enses e Seus Jornais 104
5. Surgimento do Cam po Ba t is ta F luminense 106
6. O Trabalho Feminino 107
6.1 As Pioneiras 107
6.2 Presidentes da U FMB F 107
6.3 Missio nárias Prestam Gran de Auxílio ao Trabal ho Femini no 108
6.4 Novas Secretárias-Exccutivas 108
6.5 Progresso no Trabalho da UF MB F 109
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7. A Obra Educacio nal dos Batistas Flumin enses 109
7.1 Fun daçã o do Institu to: Primei ro Período 109
7.2 O Ins t i tu to Muda-se Pa ra Campo s Com Novo Nome 110
7.3 Segun do Períod o 112
7.4 Terceiro Per íod o 113
7.5 Qua rto Períod o 113
7.6 Qui nto Período 114
7.7 Sexto Per íod o 115
7.8 Pastor Barreto — Home m de Larga Visão 117
7 . 9 C o n t r i b u i ç ã o d o C o l é g i o P a r a o P r e p a r o d e F u t u r a s E s p o s a s d e
Pastores 118
7.10 O Progresso do Colégio 119
7.11 Sétimo Períod o 120
7.12 Casa do Est uda nte Batista 121
8. Integraç ão de Igrejas Dissidentes 122
9. Perseguições em Mari cá 123
10. Sociedad e Patr i mon ial Batista 123
11. D. Anna Ch ristie — O Trabalho com as Senhoras e com o Colégio Batista Flu mi-
nense 125
12. O Progresso das Escolas Domin icais 126
13. Cam panh a Pa ra Reorganização do Traba lho 126
14. Assistiu à Perseguiç ão ao Missi onário Salo mão Gin sburg em 1918 127
Capítulo VIII — PE RÍODO DE PROGRE SSO FINANCEIRO, NO PRINCÍPIO,
E D E D E P R E S S Ã O F I N A N C E I R A , N O F I N A L , C O M O
REFLEXO DAS CONDIÇÕES MUNDIAIS (1919-1929)
1. A Corag em dos Bravos Missi onário s 131
2. Const ru ção de Templos Maiores na Década de 20 134
3. Instit uto Batista Flum inens e 134
4. Escola de Verão 135
5. Orga nizaçã o das Assoc iações 136
6. P r ime iros P roblem as Assoc iac iona is 137
7. A Igreja de Pião É "D esfr ater niza da" por Algun s Ano s e Retorn a em 1923 137
8. Perseguições em São Francisco de Paula 137
9. A Grande Cam panh a 138
10. Caixa de Beneficên cia dos Obreiros 138
11. Conv enção Batista Flum inens e 139
12. União dos Obre i ros do Campo Ba t is ta F luminense 139
13. Depressão, Endividam ento e Desânimo 140
Capítulo IX — INÍCIO DA ORIENTAÇÃO PRÓP RIA E REAVIVAMENTO
1930-1941)
1. Curs o de Exte nsão 141
2. A "Zo na Neu tra" 141
2.1 Quem Era Elias Portes Filho? 142
3. Miss Blanche Simp son e a Edu cação Religiosa e Teológica 144
4. Jubileu de Our o da Primeira Igreja Batista de Cam pos 146
5. A Ação do Intregalismo no Seio das Igrejas 146
6. O Povo Zom bava dos Crentes 149
7. Conversão do Ex-Pa dre Gentil de Castro Faria 149
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C a p í t u l o X — F I R M A N D O A S E S T A C A S N A B E N E F I C Ê N C I A 1 EM
O U T R A S O R G A N I Z A Ç Õ E S
L Colégio Batista dc Niterói 151
2. Período de Transição Missio nária 152
3. A Obra de Beneficên cia 153
3.1 Organização do Or fana to Ba t is ta F lum inense
3.2 Transferência da Sede do Or fan ato 154
3.3 Encam pamen to do Or fan a to 155
3.4 A Nova Fase e o Prim eiro Diretor 155
3.5 Gestão Pr. Nilson Godoy 156
3.6 Doações de Imóve is Fe i ta s ao Lar Ba t is ta
Ferreira 156
4. União Mascul ina Miss ionár ia Ba t is ta F luminense
C a p í tu l o X I — P E R Í O D O D E R E E S T R U T U R A Ç Ã O
1. Rees t ru turação do Traba lho no Campo Ba t is ta F luminense
2. Assoc iação F i lant rópica Rui Barbosa 160
3. Sagração de Bispos em Templo Batista 161
4. Ordem dos Pas tores Ba t is ta s do Estado do R io de Jan e i ro
4.1 Secretário- Executivo da Ord em 162
4.2 Novo Secretário-Executiv o 163
4.3 A Obra da OPB ERJ 163
4.4 Algumas Impor tantes Dec isões da Ordem dos Pas tores
5 . O Problema Deno minad o "Reno vação Espi r i tua l" 164
5.1 Assemblé ia Extraordiná r ia da Convenção Ba t is ta F luminense 167
5.2 Realização da Con vençã o Batis ta Brasileira em Niterói 168
5.3 Reto mad a do Templo 170
6. Sus tada a Representação de Três Igre ja s na Assemblé ia Convenc iona l de
1958 170
7. Relatório da Com issão Sobre o Prob lem a das Três Igrejas 171
8. Reconduçã o de Pastores ao Mini stério 171
C a p í t u l o X II — P E R Í O D O D E E X P A N S Ã O E V A N G E L Í S T I C A E
M I S S I O N Á R I A
1. Ca mp anh a de Evang elização na Déca da de 60 173
2. Semi nário Teológico Batista Flum inens e 174
2.1 Aula Inau gural 174
2.2 Mud ança de Dire tor do Seminár io 175
2.3 Formado s pe lo Seminár io Teológico Ba t is ta F luminense 175
2.4 Corp o Docente do Seminár io Teológico Ba t is ta F luminense 178
3. Out ras Instituições de Ens ino Teológico 178
4. Sede da Convenção Ba t is ta F luminense em Nite ró i 179
5. Miss ionár io Harold Renf row 179
6. Tentativas de Divisão da Con venção 180
C a p í tu l o X II I — P E R Í O D O D E G R A N D E S C A M P A N H A S E D E
D E S E N V O L V I M E N T O D A S O R G A N I Z A Ç Õ E S
1. Fusão dos Estados da Guanab ara e R io de Jane i ro 183
2. Est udo Sobre a Fusão das Conve nções 183
154
P a s t o r A n t ô n i o S o a r e s
157
159
6
163
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3. P rograma In tegrado de Missões e Evange l izacão — PRO IME 184
4. Secretários-Executivos da JU NC OR D 184
4.1 Elias Vidal 184
4.2 Secretário-In terino 185
4.3 Joaq uim de Paula Rosa 185
4.4 Daniel de Oliveira Cân dido 185
4.5 Edgard Barreto An tune s 186
5. Aco rdo do Ingá. 186
6. Cen tro Batista Flum inense 187
7. Reencontro — Obr as Sociais e Educ acionais 187
8. Enc ontr o de Filhos de Pastores 189
9. DIA COP BER J 189
10. Socied ade de Espos as de Pastores Batistas Flum inenses 190
11. O Trabal ho da Juve ntud e 190
11.1 Dé cad a de 50 191
11.2 Página da Moc idad e n ' " 0 Escude iro Ba t is ta " 192
11.3 Déc ada s de 60 e 70 192
11.4 Nov as Dire trizes 194
Capítulo XIV — A INFLUÊNCIA DA OBRA DOS BATISTAS
F L U M I N E N S E S
1. A Influência dos Batistas Flumin enses 195
2 . " P r o j e t o A m o r " 2 0 0
3 . " P r o j e t o A m a i - v o s " 2 0 0
4. Colégios Fund ados por Igre ja s e Pa r t icula res 200
5. Líderes Associacionais
202
6. Obre i ros F luminenses , Miss ionár ios da Junta de Missões Mundia is 205
7. Obre i ros F luminenses , Miss ionár ios da Junta de Missões Nac iona is 206
8. Ba t is ta s F luminenses que Se Sobressa í ram na Denomina ção 207
9. Miss ionár ios da Junta de R ichmond que Cooperam com as Juntas Es tadua is
Fluminenses 212
10. Quadro His tór ico da Convenção Ba t is ta F luminense 213
11. Relação dos Pastores da Conv enção Batista Flumine nse — 1991 216
12. Cente nário da Primeir a Igreja Batista de Cam pos 222
Capítulo XV — O SEGRE DO D O CRES CIMENT O DO CAM PO BATISTA
F L U M I N E N S E 225
Epí logo 229
No tas e Citações 233
Bibliografia 247
índice Onom ást ico 251
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A.L.Dunstan
Dr. Chris t ie, emseu burro, que era carinhosamente por
ele chamado "Diácono", porque o mesmo o servia
muiíu bem em suas viagens pelo campo fluminense.
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Casal A.B.Christie, "alma-mater" do trabalho no Camp o Batista Fluminense. Atuaram durante 39
anos no listado do Rio de Janeiro.. A eles devem os batistas fluminenses grande parte do sucesso de
se u
crescimento.
Uma "Casa de Cultos", no passado. Muitas igrejas se reuniram em casas como estas , e até mais humildes .
Houve igrejas queforam organizadas em galinheiros , ou debaixo de árvores . Hojejá possuímos templos
magníficos como os da Primeira Igreja Batista em Niterói, Primeira e Segunda Igrejas Batistas de
Campo s, Primeira Igreja Batista de São Gonçalo, Igr eja Batista de Fonseca , etc.
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A Primeira Igreja Batista de Campo s teve
o privilégio de construir o primeiro
templo no Brasi l , inaugurado em 21 de
abri de 1898.
Templo atual da Primeira Igre ja Batista
de Campos. .
ffi 11
m
• 1
Templo da Segunda Igreja Batis ta de Campos.
"íi
Fac-simile da ata de organ ização da
Primeira Igreja Batista de Campo s.
Templo da Primeira Igreja Batista de Niterói.
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O S P R E S I D E N T E S
D A C O N V E N Ç Ã O
^ - r
i
Joaquim Fernandes Lessa
Alonzo Bee Christie
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Antônio Charles
Raphael /.umbrotti
Erodiee bontes de Queiroz
Waldemar 7.arro Osmar Soares
João Barreto da Si lva
Ebenézer Soares Ferreira
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Joaquim Rosa José Joaquim da Si lveira
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O S S E C R E T Á R I O S D A
J U N T A C O O R D E N A D O R A
Harold Renfrow
John I Riffey
E/ias Vida/
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Joaquim de Pauta Rosa
M I S S I O N Á R I O S
N O R T E A M E R I C A N O S
Q U E A T U A R A M E M
Á R E A S E S P E C Í F I C A S
Daniel O. Cândido, sucedido pelo
Pr. Edgard Barreto Antunes , cuja
foto se acha no grupo de presidenta
da Convenção.
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Sorve Welch
II.KM
ÍIC .
V
í j í ív
Clint Kimbrough
I N S T I T U I Ç Õ E S B A T I S T A S
D E E D U C A Ç Ã O S E C U L A R
E T E O L Ó G I C A
Prédio onde funcionou o Colégio Batista Flumi-
nense, em Nova Friburgo, de 1910 a 1913.
-3S
Prédio principal do Seminário Teoloçico Batista Prédio principal de aulas do Colégio Batista Flum i-
I luminerise. Anteriormente, Joio prédio prmcipaldo nense, em Campos, inaugurado em 1962, coma
Colégio Batista Fluminense. presença do então Governador do Estado do Rio,
Dr. Celso Peçanha, ex-aluno da casa.
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Grupo de alunos infernos do Colégio Batista Fluminense, em
1932,
na gestão do
Dr,
Christie, em p arceria
comoDr. Lmgerfeld. Sessa Joto, podemos destacar: Pr. Rui Franco de Oliveira, Pr. Ageu \eto, Pr. Bene-
dito Manhüe s, P r. Francisco Rosa, Pr. Dodanim Gonçalves , Pr. Raphue lZainbrotti. O último, na terceira
f la, à direita, é o Dr. Celso Pe çanha, que foi Governa dor do Estado do Rio, em 196 2.
Inauguração do busto do Pr. João Barr eto da Silva, em frente ao edifício do Colénio Batista Fluminense ,
por ocasião da Assembléia da Convenção Batis ta B rasi leira, real izada em Campos, em janeiro de 1971.
l utando está o historiador Barbosa Guerra. À sua direita, o Pr. Rubens l.opes, e ã sua esquerda, o Pr.
Ebenézer Soares Ferreira, então Presidente da Convenção Batis ta Brasi leira. Com a mão no rosto, o Dr.
João. E Soreii. Ao seu lado, o Pr. Samuel de Souza.
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Inauguração do buslo do Missionário
A.B.Christie, em 1951, em frente ao
amigo prédio de aulas do Colégio Batista
Fluminense. Sentados, estão as missio-
nárias Blanche Simpson, Sophia Nicho/s,
Cristal Enete e Letha Sande rs; pastores
Joaquim Coelho, Edmundo Antunes ,
Ubaldino de Souza, José Mu r ia. Em pé,
do lado direito do buslo: Pastores Cons-
tem tino. Vonkaco v, Argênio Gonçalves ,
GedorM eto, Fidélis Benlancô i; W .Fnete,
Gutenberg Faria Guedes, José Herdy,
Manoel Bento, Isaac Moreira, Osvaldo
Soares, Francisco Rosa, Manoel de Brito,
Daniel Carvalho de Almeida, Elias
Vidal, Alberto Araújo, Salvado r Borges
e W.MacNeally. Do lado esquerdo do
buslo, em pé: Pastores Edinézer Faria,
Adelino Coelho, Norivat tranco,
Arsênio Gonçalves , Nilo Cerqueira
Bastos , 1 amar Francisco de Souza, Henrique Gomes, Francisco Ribeiro, Nilo Sales, Joaquim Vlanano
Pereira, Samuel de Souza, João Barreto da Silva, Manoel Avel ino de Souza, José
Ferreira
da Silva, Antônio
Soares Ferreira, Henrique Marinho N unes, Cússio Peçanha.
r
- h i
Grupo de formandos do Seminário
Teológico Batista Fluminense em 1978,
com a presença do paraninfo, Dr. Rubens
Lopes, que pregou sobre "Manias de
Pastor''. A direita está o então deã o Pr.
Jurandir
G.
Rocha e os ormandos: Elias
de Souza Moll ino, Evaris to Lacerda,
Helvane Rodrigues Surto, Dr. Rubens
t opes, Luiz de Souza N eto, Salvador
Mende s de Oliveira, Prof. Obadias
d Alcântara, que foi o professor home-
nageado pela turma, e o então Diretor
do Seminário, Pr . Ebenézer Soares
Ferreira.
. . . • - C C Í
Muitos jornais surgiram no campo batista
fluminense. Dois, porém, se destacaram :' 'As
Boas-Noí-as"; que surgiu em
15
de marco de
1894 e durou ate 1900; e "O Escudeiro
Batista", q ue surgiu em
V:
de janeiro de 1909
e é publicado até hoje 1991), como órgão
oficial da Conven ção Batista Fluminense
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Pr Joaquim Coelho dos Santos — Orde-
nado em 1908, pastoreou até 1957, tendo
sido um dos maiores evangelis tas do
Estado do Rio de Janeiro.
Luís Ovídio F irmo — Muito perseguido na regii
de Macaé, onde, na década de 10, o obrigaram
comer areia. Já velho e. cego, enchia os bolsos i
folhetos e, em companhia dos netos, saía a distribu
-tos.
Pr. Sitas Silveira — Foi o
primeiro batista a ser
eleito deputado estadual,
peto Estado do Rio.
A.B.Deter — Grande coope-
rador da chamada Missão do
Rio. Em 1918, essa missão
deixou d e existir para, junto
com a Missão Campista,
formar o Campo Batis ta Flumi-
nense.
II Alice Reis — Pioneira
do trabalho das senhoras
no Estado do Rio, lendo
exercido grande influ-
ência em sua época.
Pr. Antônio Soares
Ferreira — Fundador do
Lar Batista Pr. Antônio
Soares Ferreira.
Pr. Elias Portes Filho —
Primeiro batista a ser
nomeado miss ionário
estadual.
Gentil de Castro Faria — Ex-
padre catól ico romano.
Balizado pelo Pr. João
Burrelo da Silva, foi consa-
grado, mais tarde, ao
ministério da Palavra. N a
foto, o Pr. Gentil aparece ao
lado do Pr. Barreto.
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Pr. Virgílio Paria — Por
várias vezes, dirigiu a
Sociedade Patrimonial
Batis ta de Campos
Pr. ObadiasF. d'Alcãntara — Desde Pr. Sebast ião Angélico de
1959, pastoreia a Primeira Igreja Souza — Primeiro aluno a
Batista de Campo s. ser matriculado no Colégio
Batista, em Friburgo, em
191
Dr. Adiei Pereira Pinto —
Primeiro órfão recebido nu
Orfanato Batista, em
Aperibé, hoje "Lar Batista
Pr. Antônio Soares
Ferreira", localizado em
Rio D 'Ouro.
Óthon Á vi la do A maral —
Primeiro leigo a ser orador
numa assembléia da
Convenção Batista Flumi-
nense.
Prof" Ne/l
v
Soares Ferreira
— Primeira mulher a ser
oradora numa assembléia
da Convenção Batis ta
Fluminense.
Prof." Marlene
Bahhazarda Nóbrega
Gomes — Primeira
f luminense a ocupar a
presidência da União
Feminina Missionária
Batista do Brasil
Pr. Nilson üimárzio — Grande líder batista.
Por mais de 15 anos, pastoreou a Primeira
Igreja Batista de Petrópolis. A tualmente, é
pastor da Igreja Central de Volta Redonda .
F o Diretor d'O Jorn al Batista.
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Pr. José de Souza l lerdy —
J'rírneiro batistafluminense
a criar uma universidade .
Pr. Leobino da Rocha
Guimarães — Diretor do
Hospital Batista Flumi-
nense
Pr. Leonel Fyer— O grande
idealizador do Hospital
Batista Fluminense.
Pr. F.F'.Soren — Grande
líder da Missão do Rio, que
abrangia as regiões de
Maricá até Paraíba do Sul.
Pr. Alcides Cunha —
Dinâmico l íder dos homens
batistas no Estado do Rio
e no Brasil.
Represen tantes das igrejas à Ass ociação,
hoje Convenç ão Batista Fluminense,
reunidos em
1910,
em Friburgo, na sede
do Colégio Batista Fluminense . Na
primeira fila, da direita para a esquerd a,
aparece o Pr. Antônio Charles . Outros
podem ser identificados: Pr . A ntônio
Morales Bentancôr, Pr . Joaquim Coelho
dos Santos e Pr. Joaquim Fernandes
Lessa.
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Obreiros do Campo Batista Fluminense, em 1930. Sentados, da esquerda para a direita: Manoel Brito,
Manoel Monteiro, Joaq uim C oelho dos Santos, Virgílio
Faria,
A Ifredo Reis, Joaquim Fernand es Lessa,
Elias Portes Filho, Carlos Mendonça, Joaquim José Pinheiro. Em pé, na mesma ordem: Joaquim Rosa,
Abelar S.Siqu eira, Duque P. Carvalho , José Lóta, (a seguir, um obreiro não identificado), Joaquim
M ariano, Alfeu Gomes, Benedito Firmo, Leobino G uimarães, Salva dor Borg es, Artur Mou lin, Antônio
Mendes. Nas escadas, ainda na mesma ordem: F.B.Stover , Cícero Góspeler , Honório de Souza, Bene-
dito Araújo, F rancisco Lopes, José Ferreira da Silva, Fidélis M.Bentancô r, João Peratva, Antônio
Bernardes Júnior , Antônio Soares Ferreira, Cândido de Jesus , Manoel Avel ino
de.
Souza, ErodiceF.de
Queiroz.
Cinqüentenário da Convenção Batis ta Fluminense. Foi celebrado com a real ização de sua assembleia
em Petrôpo/is, em 1957. Na frente, vê-se o casal John Riffey, m issionários da época. Atras e stão os
membr os da diretoria da Convenç ão e a presidente de honra, Mrs. Christie.
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PREFÁCIO
Ao compulsa r a s páginas da HISTÓRIA DOS BATISTAS FLUMINENSES
o leitor ver-se-á cond uzido por um guia seguro, o Pr. Dr. Ebenézer Soares Ferreira,
autor da obra e um dos mais ilustres artíf ices dos feitos históricos que tão bem
soube documentar . Ele relata o que os seus olhos viram, seus ouvidos ouviram
ou suas mãos apa lpa ram.
Revestido da humildade que o caracteriza, ética pessoal e extrema modéstia ,
o h is tor iador f az ques tão dc se omit i r enquanto um dos pr inc ipa is protagonis ta s
da história que escreve, a exemplo de João, o quarto evangelista . Ele deixa de
ressaltar a obra notável que, por sua mão ou liderança, Deus tem feito em nosso
estado, no Brasil e no mundo, no terreno do evangelismo, da educação geral
e teológica, na administração eclesiástica e denominacional, na página impressa
como escritor fértil e laureado que é, isto tudo sem falar dc sua inegável contr i-
buição para o mundo econômico, social e político cm que tem transitado com
reconhec ida mest r ia .
Em futura história que alguém vai escrever há que sc lhe fazer justiça
contando, esse outro historiador, tudo o que nós, os batistas f luminenses, devemos
ao Pr. Ebenézer Soares Ferreira
É ele que, na condição de perfeito anfitr ião que é, faz-nos sentir à vontade
na Casa da História, a que a pertencemos e de que às vezes não nos damos
conta , abr indo-nos , des ta r te , amplas jane las pa ra o passado, pa ra que compre -
endamos os fundamentos de nossa he rança .
Põc-se a inda como ve rdade iro por te i ro do amanhã , n is to cm que consegue
levar os personagens que f izeram e fazem o campo batista f luminense a passarem
para nós, os leitores, toda a visão, zelo, consagração espír ito de sacrif ício e traba lho
dedicado que caracterizaram a gloriosa trajetória centenária dos batistas da Velha
Provícia a f im de que lhes sigamos os passos na feitura da obra até que venha
o Senhor da seara a recompensar a cada um conforme o seu labor, seja os que
trabalharam na primeira, terceira e sexta horas ou os que estejam em serviço
no f inal dos tempos terrenos.
31
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O livro é informativo, formativo, inspirativo e motivador. Por isso que
o recomendamos a todos. A jovens, adolescentes, adultos e pessoas encanecidas.
A líderes e a liderados, a evangélicos ou não, a todos os que quiserem ter uma
idéia real da contr ibuição dos batistas f luminenses na formação histórica, econô-
mica, cultural, moral e espir itual da gentes f luminenses.
A obra vem a públ ico no momento em que se comemoram os 100 anos
de h is tór ia dos ba t is ta s f luminenses por encomenda do Grupo de Traba lho
nomeado pe la Convenção pa ra prepa ra r o programa de ce lebração onde es te
proje to se r ia de ext rema opor tunidade e r e levânc ia .
Sendo parte integrante do GT, o autor , historiador renomado que é, aceitou
a incumbência que seus pares lhe deram e, à custa de muito sacrif ício pessoal
e a juda famil ia r , nos premiou com es te l ivro que nos acompanhará ao longo
de todo este século batista em que estamos vivendo.
Assim sendo, inspirados pelo passado histórico dc que nos dá conta o autor
e a quem agradecemos, estejamos f irmes no presente e preparados para o novo
tempo de ma iores r ea l izações com que o fu turo nos desa f ia
Pr. Joaquim de Paula Rosa
Relator do GT do Centenário
Super in tendente Gera l da JUERP
32.
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INTRODUÇÃO
No m oment o em que é colocada nas mãos dos ba t is ta s bras i le i ros a
História
dos Batistas Fluminenses,
mister se faz informar que só cuida essa história do
traba lho desenvolvido pe los ba t is tas do ant igo Estad o do R io de Jane i ro . Embo ra
tenha havido a fusão do Estado da Guanabara com o ant igo Estado do R io , a s
convenções batistas existentes nesses dois estados não se uniram visto terem cheg ado
à conclusão de que cada uma delas tinha as suas peculiaridades, sua própria psico-
logia, süa tradição. Assim, continuaram a existir a Convenção Batista Carioca e
a Convenção Ba t is ta F luminense .
Quando escrevemos esta história há, na Convenção Batista Fluminense, 900
igrejas batistas. Se som ássem os a este núm ero o de igrejas existentes na Co nvenç ão
Bat is ta Car ioca , loca l izada também no Estado do R io de Jane i ro , te r íamos, então ,
1210 igrejas.
É opulenta, repleta de lances emocionantes, desafiadores, cheia de exemplos
dignif icantes e de sacrif ícios a história dos batistas f lumin enses. É uma linda epopéia
envolta em rasgos de fé e amor, escrita com suor, lágrimas e sangue pelos consa-
grados servos do Senhor que não mediram esforços para legarem ao povo batistas
f luminense um glor ioso pa t r im ônio mora l e e spi r i tua l — o campo ba t is ta f lumi-
nense, a maior convenção batista estadual da América Latina.
Em 1917, foi nom eada a primeira comissão p ara escrever a história dos batistas
f luminenses . Era composta pe los pas tores : Joaquim Fernandes Lessa , José Nigro
e A.B.Christie . Em 1919, a comissão foi acrescida de mais dois nomes: John Mein
e J.Ulisses de Moraes. Em vir tude de vários problemas, somente em 1920, subsídios
começara m a ser coligidos pela comissão. C oube, principalm ente, a J.F. Lessa, coa d-
juvado pelo missionário A.B.Christie , a responsabilidade desse trabalho. Saturados
pe los mui tos t r aba lhos , os demais membros da comissão nada pu deram lazer .
J.F. Lessa escreveu, então, os Subsídios para a História d os Batistas cio Campo
Fluminense, obra que foi, após a sua morte, em 1936, refun dida e aum enta da p or
A.B.Christie . É pena que tivessem parado em 1936. Com a aposent adori a do m issio-
nário A.B.Christie , em 1946, o trabalho f icou interrompido.
Atendendo ao convite que, em 1955, me fez a então Junta Executiva da
Convenção Batista Fluminense, comecei a coligir dados e documentos, aqui e ali,
33
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fazendo pesquisas em vários lugares, ouvindo crentes idosos, visitando, para escla-
recimento de dúvidas, igrejas, redações de jornais em Friburgo, Macaé, Niterói,
Rio dc Janeiro, Camp os, etc. c busc ando , em biblioteca s várias, li vros já esgotad os.
O s Anais da CBF, O Escudeiro Batista e o s Subsídios, já referidos, foram as prin-
cipais fontes de pesquisa, além do Foreing Mission Board Report, de vários anos,
As Boas-Novas, e Roteiro H istórico dos Batistas Fluminenses, de Óth on Ávila do
Amara l . D ezenas de outras obras e jorna is usados como fontes dc informações e
pesquisa apa recem na bibliografia.
O capítulo I , sobre os Primó rdios do E vangelho n o Brasil, retiramo-lo da obra
inédita Subsídios Para a História dos Batistas do Campo Fluminense. Foi escrito
por Sa lomão Ginsburg .
ODr. A.B.Christie enviou, cm 1950, uma carta, que foi publicada n'"O Escu-
deiro Batista ' ' , inform and o que, ao ser publicada a história dos batistas f luminenses,
deveria ser reconhecida a generosidade da ex-missionária Maud e Croslan d, que havia
ofe r tado 800 dóla res pa ra a publ icação da mesma .
Recomendam os ao le i tor a le itura das NOTAS e CITAÇÕES, colocadas no
final desta obra. Ali há muita coisa interessante que deixamos de inc orporar ao texto.
O impacto qu e a história batista f luminense ca usa àqueles que dela se inteiram
é inegavelmente grande. Tem sido assim, através dos tempos até hoje. Já na década
dc 30, o bispo de Campos sentia que o trabalho estava crescendo e ameaçando a
sua paró quia com a deserção de seus f iéis para as igrejas batistas. Assim ele escrevia:
"Nada poderá haver , que ma is conf ranja o coração dc um bispo, nas
suas excursões pastorais, do que encontrar , em lugares onde, léguas à
roda não há o menor vestígio da mais simples capela, uma 'casa de culto' ,
donde a heresia faz incursões ao redil de Cristo.
"Ao entra rmos, de uma fe i ta , num impor tan te povoado do in te r ior da
diocese, logo se nos deparou um templo metodista. Ao chegarmos à
praça, outro templo batista . E o templo católico? Ali, a poucos passos
do templo protestante. Este, de boa construção; aquele, o católico —
flagran te contraste — em ruínas. . . a pon to de ter o bispo que oficiar
ao tempo, deba ixo de um to ldo improvisado. . . " .
(l)
"O protes tant ismo pa rece mesmo que tem o seu quar te l genera l e
assentou as suas mais poderosas baterias no terr itório de nossa diocese,
aproveitando-se da falta dc pregações nas capelas distantes das m atrizes.
A inoculação da heresia. Dessa verdadeira calamidade decorrem os
maiores males, as mais profundas misérias espir ituais. Dentre estas,
destacaremos duas que mais nos preocupam: a infiltração de heresia
protestan te e a iniciação do j uramento c ivi l , quan do não concubiná r io ,
dc grande núm ero de famílias, com obliteração quase abso luta do m atri-
mônio ca tó l ico" .
(2
>
Jus to é r e lembra rmos aqui os nomes daque les que , usand o tempo, ta lentos ,
vocação, souberam construir a história dos batistas f luminenses:
Vindos da outra América, dedicaram-se à obra da evangelização e educação
do povo fluminen se , os miss ioná r ios : W .B .Bagby, J .L .Downin g, E .H.Sope r ,
S a l o m ã o G i n s b u r g , A . L . D u n s t a n , D . F . C r o s l a n d , A . B . D e t e r , J . J . T a y l o r ,
W .E.Entzminger , O.P .Maddo x, J . J .Cowser t , S . J .Por te r , T .C .Joyee , E .Jackson,
A.B.Christie , F.A .R.M organ , Paulo Porter , John Riffey, que já se encon tram no
lar celestial usu fruin do a glória do Sen hor e a recomp ensa de seus trabalh os. Alguns
34
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deles passaram po uco tempo no camp o fluminense, tendo -se transferido para outro s
camp os. Nem po r isso deixaram de tecer as marcas de seus serviços à obra do Mestre
110 Estado do Rio.
Miss ionár ios da Junta de R içhmond v ieram mais tarde, substituir os que pres-
taram ao estado serviço pioneiro. Estes, tendo retorn ado à sua terra natal, deixaram,
també m, grandes marcas de seu trabalho em nosso campo. São eles: W .B.Mac Neally,
Harold Renf row, Alvin H a t ton , Norve l W e lch , Kl int Kimbrough . Ainda hoje , o
Estado do R io conta com a a tuação de miss ionár ios nor te -amer icanos . Os pas tores
Gregory Deer ing , Thornas H earon e Nolan Pr idemore empres tam, hoje , a sua cola -
boração ao t r aba lho ba t is ta f luminense .
Desde os primórdios, o trabalho batista no campo fluminense tem contado
com a colaboração de obre i ros nac iona is que , demonstrando amor pe la pá t r ia e
pela propagação do evangelho dc Cristo entre seus compatriotas, dedicaram o
melhor de seus e sforços no t r aba lho de evangel ização, doutr in amento e educação
em nosso estado. Seus nomes f iguram indelevelmcnte gravados na história do povo
batista f luminense. Já receberam eles o seu galardão pela dedicação de suas vidas
ao t r aba lho do Mestre : Joaquim Fernandes [ .e ssa , Car los Mendonça , Kléber
Martins, Francisco Fulgêncio Soren, Herman Gartner, Leonel Eyer, Când ido Ignácio
da Silva, Alberto Lessa, Ant ônio Rod rigues Maia, Joa quim Rosa, Joaqu im Mariano,
Manue l de Br i to , Antônio Mora les Bentancôr , Joaquim Alves P inhe iro , Manoe l
Joaquim Carneiro, Antônio Ribeiro Fernandes, Antônio Charles, Antônio Teixeira
Barreto, Orlando Alves, Manoel Avelino de Souza, Elias Portes Filho, José Jo aqui m
da Silveira, Otávio Dionízio da Costa, Virgílio Faria, Gabriel Mota, Zeferino
Cardoso Neto, Florentino Rodrigues da Silva, Florentino Ferreira, Alberto Portela,
Leobino da Rocha Gui marães , Benedito Borges Botelho, Fidélis Morales Bentancô r,
Antônio Soares Ferreira, Joaquim Coelho dos Santos, Erodice Queiroz, Duque Poli-
ca rpo de Carva lho, Ass is Cabra l , João Bar re to da Si lva, W a ldemar Zar ro , Abe la r
Suzano de Siqueira, José Alves Drumond, José Nigro, Cassiano Basílio de Souza,
Vital Cabral, Aristóteles Queiroz, Silas Silveira, Antônio Coelho Varela, José
Larrúbia de Abreu, Benedito Peçanha, Francisco Ribeiro da Silva, Plácito Moreira,
Achilles Barbosa, Jos é Ferreira da Silva, Sebastião Faria de Souza, Evód io Q ueiroz,
Dja lma Cun ha , Hon ór io de Souza , Sa lvador Borges , Emil iano Boecha t , Tibur t in o
do Nascimento, Avelino Figueiredo, Artur Venâncio, Benedito Geraldo de Araújo,
Benedito Moreira, Francisco J.Mendonça, José Galdino da Silva, Luís Laurentino
da Silva, Nilo Salles, Nilo Cerqueira Bastos, Silas Batista, Alfeu Melo, Antônio Vala-
da res , Jáde r Mala fa ia , Juveni l Melo , Ant íd io de Souza , Anton ino José de Sou za ,
José da S i lva Lóta , Henr ique Mar inho Nunes , I saque Mar t ins , Danie l Carva lho
de Almeida, Gutenberg Faria Guedes, Antô nio Bernardes, Mano el Antô nio da Silva,
Antô nio Loure i ro Be lota , Antônio M ore i ra Porte s , Benedi to Sampa io , Ernes to G.
Araújo, Axel Frederico Anderson, Ismail Gonçalves, Francisco Moreira, Arsênio
Gonçalves, Jurandir Gonçalves Rocha, Albino Veríssimo.
Estes são obreiros que laboraram em nosso estado. Alguns, por muitos anos; _
a té á mor te . Outros , por pouco tempo. Todos , porém, ent rega ram-se à obra com
amor c sacrif ício.
Há obre i ros que têm operado por décadas ; encanece ram na obra . Ainda
permanecem conosco. Seus nomes devem ser registrados com grande alegria e
respeito neste histórico: Ageu Neto, Adelmo Coelho, Alberto Araújo, Antônio João
Cr ispim, Cáss io Peçanha de Souza , C lé r io Boecha t , Durva l ino José Lopes ,
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Edm und o Antun es da S i lva , Emanue l Fontes de Que iroz , I saac da Costa More i ra ,
Israel José Pinheiro, I tamar Francisco de Souza, João Teixeira de Lima, Jovelino
Luís Coelho, Manuel Bento da Silva, Nemésio Fernand es de Carvalho, N ilo de Souza
Coelho, Osma r Soares, Paulo da Rocha Sias, Raphael Zambro tti, W aldir Rocha,
W alvique Soares Henriques, Zózim o Durval, Oswald o Ronis, José Basílio de Souza,
Daniel S. Faria, Francisco Rosa, Otávio Felipe Rosa, Benjam im Montei ro, W aldir
Gomes Vilarinho, Antônio Rodrigues Bcrmudes, Manuel Bittencourt. Alguns deles,
transferindo-se de estado, atuam ainda na Causa do Mestre.
Sabemos qu e até hoje — 1991, já foram pu blicada s as histórias, ou pa rte delas,
dos seguintes campos estaduais do Brasil batista: mineiro, maranhense, r iogran-
dense do nor te, pe rnam bucano , a lagoan o, ba iano, pa ranaense , f ede ra l e goiano.
Faltava a nossa história — a História dos Batistas Fluminenses.
Aí está ela. Sentir-nos-emos recompensados dos esforços dispendidos se ela
atingir a f inalidade a que nos propusemos: mostrar a obra de fé c amor realizada
pelos nossos missionários, pastores e leigos que se entregaram de corpo c alma à
louvável missão de evangelizar nossos patr ícios. Em nossa obra Cem Minibiogra-
fias, que se rá publ icada em futur o próximo, procura remos des taca r nomes de cem
obreiros — missionários, pastores e leigos, que ajudaram a forjar a nossa gloriosa
his tór ia .
Plínio, o moço, já dizia: " Historia quoque modo scripta deleetat." (Se jaqua l
for o método como se escreve a história , ela sempre encanta.)
São grandes os feitos, são inumeráveis os episódios de fé, são portentosos os
rasgos de amor nesta história escrita ao longo de cem anos. Nada mais poderíamos
dize r nes ta in t rodução, senão conco rda r com o grand e épico lus i tano:
"Porque de feitos tais, por mais que diga,
Mais me há-de f icar ainda por dizer".
(Camões , Os Lusíadas, III, 5)
36
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Capítulo I
PRIMÓRDIOS DO EVANGELHO NO BRASIL
Preliminares
O historiador Baneroft diz que "A liberdade de consciência e de pensa-
mento é o t roféu dos ba t is ta s" . Desde a sua fundação, o Cr is t ianismo fo i
perseguido pelos judeus e pelos gentios. Estabelecido como religião oficial pelo
Imperador Constant ino , em 324, o Cr is t ianismo, na forma da Igre ja Romana ,
tornou-se perseguidor da liberdade. Os primeiros reformadores eram intolerantes.
Sattler , que escreveu o primeiro credo em que foi pedida a liberdade de cons-
ciência, foi levado à fogueira com a sua língua arrancada. O apóstolo da liberdade
dc consc iênc ia na Alemanha fo i Ba l taza r Hübmaie r , que fo i decapi tado e que i -
mado. Consta que o Imperador F i l ipe pe rdeu 300.000 soldados na sua tenta t iva
de sufocar a liberdade religiosa.
Na Inglaterra, havia intolerância por parte de todos os religiosos. John
Smyth (pas tor da igre ja sepa ra t is ta de Ga insboroug h, na Ingla te r ra) , com Tomaz
Helwys, e mais 36 pessoas, saíram da sua terra e formaram uma igreja na Ho land a,
que, a princípio, foi batista . Depois da morte de John Smyth, Tomaz Helwys
e outros voltaram à Inglaterra e , em 1611, organizaram a primeira igreja batista
em terras inglesas. Em 1641 e 1654, foi publicada a Confissão de Fé dos Batistas,
na qual f icaram esclarecidos os princípios batistas.
Os pur i tanos sa í r am da Europa pa ra a Amér ica em busca da l ibe rdade
e, em vez dela, encon traram p erseguições no novo continente. Roger W illiams,
banido por haver ensinado que o poder político limitava-se somente aos corpos
c bens dos homens, fundou um governo sem rei e uma igreja sem bispo, cujas
bases eram a liberdade religiosa em uma democracia civil. Em março de 1639,
Roger W i l l iams, depois de ba t izado por Ezekie l Hol l iman, ba t izou mais dez
pessoas e organizou a primeira igreja batista na América do Norte. Pelos esforços
de Roger W illiams e John C lark foi conseguida de Charles II a carta pate nte
que garantia a liberdade religiosa e civil para a colônia de Rhode Island, isso
em 1663. O artigo VI da Constituição Americana, sobre a liberdade religiosa,
foi introduzido pelos esforços dos batistas, em 1789. Assim estabelecido o trab alho
37
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ba t is ta nos Estados Unidos , começou a desenvolve r - se r apidamente a denomi-
nação ba t is ta . W i l l iam Carey fundo u uma soc iedade m iss ionár ia ba t is ta e, em
1793, foi à índia, como seu primeiro missionário. Adoniran Judson e Luther
Rice foram os fundadores da pr ime ira junta de missões nos Estados Unidos
da Amér ica do Nor te . A Conv enção Ba t is ta do Sul dos Estados Un idos fo i orga -
nizada em 1845. A sua junta de missões, com sede em Richmond, Virgínia,
man tém m ilhares de missio nários ativos em mais de 100 países estrangeiros.
O Brasil era e é católico. Os batistas não foram os primeiros evangélicos
a se estabelecer no Brasil. Em 1557, 82 anos antes da organização da primeria
igreja batista nos Estados Unidos, chegaram ao Rio de Janeiro três pastores
e 14 estudan tes, enviados pela Igreja Reform ada de Genebra, sob a orientaçã o
de João Calvino, para cuidarem da vida espir itual da colônia francesa e para
pregarem o evangelho aos índios. Esta missão durou somente dez anos. Nicolau
Durand de Villegaignon, chefe da colônia francesa, que tinha pedido os missio-
nários, revoltou-se contra o evangelho e, depois de matar cinco dos seus pregadores,
acabou com a missão, em 1567.
Os primeiros colonos holandeses chegaram ao Brasil em 1624. Com eles,
vieram também alguns pastores. Em 1637 veio ao Brasil o pregador Francis Plaute
e, algum tempo depois, mais outros oito pastores. Esses ministros eram fiéis
à sua missão, cuidando dos seus rebanhos e pregando o evangelho aos indígenas.
P regavam em por tuguês e t r aduz iram o Evange lho na l íngua tapuia . Com a
mudança de um governo para outro, desfavorável ao evangelho, cessaram os
t raba lhos da Igre ja Evangé l ica Holandesa . Seus templos na Bahia , em Olinda
e no Recife passaram a ser usados pelos católicos.
Em 1720, foi estabelecida uma lei proibindo a entrada de estrangeiros no
Brasil. Por muito tempo, o Brasil não teve comunicação com os países da Europa,
senão com Portugal, que era mais favorecido. Em 1810 houve um tratado com
a Inglaterra, abrindo as portas da nação ao comércio estrangeiro e o governo
concedeu, aos ingleses residentes no Brasil, o privilégio de manterem cultos em
casas particulares, mas só para oS ingleses, proibindo-lhes toda atividade missio-
nária. Chegou ao Brasil, em 1816, o primeiro ministro evangélico britânico —
o Rev. Crane.
Em 1863, os seminár ios de Basle e Marmem começaram a mand ar p as tores
para servir às igrejas protestantes alemãs que emigraram para o Brasil. Os evan-
gé l icos a lemães da Un ião das Igre jas Lute ranas e Reformadas da A lemanha são
do Sínodo Evangélico do Rio Grande do Sul, do Sínodo Central do Brasil e
do S ínoco Lute rano Evangé l ico de Santa Ca ta r ina , Pa ran á e outros e s tados . Há ,
também, um grupo de igre ja s lu te ranas do S ínodo de Missour i , Ohio , e de outros
estados dos Estados Unidos que organizou o seu trabalho no Brasil, em 1847.
A Igreja Metodista Episcopal estabeleceu um trabalho no Rio de Janeiro,
em 1835. Os missionários F.E .Pitts, R. J.Spau lding e Daniel Kiddcr trab alha ram
até 1842, quando te rminou a obra des ta missão .
A Igreja Metodista Episcopal do Sul abriu trabalho no Brasil em 1867.
O bispo W ightman nomeou o Rev. Junius E .Newman pa ra t r aba lha r ent re os
nor te -amer icanos na colônia em Santa Bárba ra . Nos pr ime iros anos , os miss io-
ná r ios me todis ta s foram: J .E .Newman , J .H.Ne lso n, W i l l iam Taylor Ransom,
J.W .Roger, Miss M.Watts, J.L .Kcnnedy. O primei ro bispo foi J.W .Tarboux. O
primeiro bispo nacional foi o Rev. César Darcoso Filho, eleito em 1934. Os
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pr ime iros miss ionár ios da Igre ja Episcopa l P rotes tante forma James W a tson
Morr is e Luc ian Lee Kingsolving, no meados pe la Soc iedade Miss ionár ia Amer i -
cana, em 1889. O Rev. Kingsolving foi o primeiro bispo, tendo sido consagrado
em 1900.
A primeira igreja congregacional foi organizada por Robert Reid Kalley,
em 1858. Foi organizada uma igreja em Recife, no ano de 1873 e uma em Lisboa,
pela Sociedade da União Evangélica da América do Sul, cm 1908. As igrejas
congregacionais têm-se desenvolvido sem auxílio e influência de missionários
estrangeiros.
A primeira igreja presbiteriana foi organizada no Rio dc Janeiro, em 1862.
O primeiro missionário foi A.G.Simonton, que chegou ao Brasil em 1859. O
segu ndo foi A.L .Bla ckfo rd, qu e veio em 1860 e o terceiro, E J.C. Schneider, qu e
chegou em 1861. Em 1866, foi fundada a colônia americana em Santa Bárbara,
de onde se irradiou o trabalho metodista, batista e presbiteriano. Os presbite-
r ianos estabeleceram o trabalho cm Campinas, em 1868 e, em 1869, o Colégio
Inte rnac iona l de Campinas fo i fundado. Havia dois grupos de presbi te r ianos .
Esses abriram um seminário no Rio de Janeiro, cm 1867, e a Escola Americana,
de São Paulo, em 1870. Os dois grupos se uniram, em 1888, para formar a Igreja
Presbiteriana do Brasil.
As Soc iedades B íbl icas Amer icana e Br i tânica têm cooperado com todas
as denominações e são indispensáveis na evangelização do Brasil. Os nomes do
Dr.Tucker, na Sociedade Bíblica Americana, e o do Dr. Telford, na Sociedade
Bíblica Britânica, serão sempre lembrados pelos serviços prestados na evangeli-
zação do nosso país.
F U N D A Ç Ã O D O T R A B A L H O B A T I S T A N O B R A S I L
Batistas Alemães e Letos
A 15 de outubro de 1881, vindo da Alemanha, chegou ao Brasil o casal
Carlos Feuerharmel, com seus nove f ilhos. Faziam parte da Igreja Batista em
Retz. A filha mais velha do casal vir ia a ser , mais tarde, a progenitora do Pastor
Rica rdo P i t rowsky.
Não tardaram em pregar o evangelho a quem quisesse ouvi-lo. A 3 de
setembro de 1884, converte-se o casal Germano Neitzke. No dia 29 do mesmo
mês, convertiam-se os quatro f ilhos do casal. E, um pouco mais tarde, as famí-
lias Boecher e W aldow, Ricard o Reinke e Elisa e Gusta vo Pitrowsky, pais do
Pastor Ricardo Pitrowsky.
Sem pastor e não tendo quem fizesse os batismos, os novos convertidos
enfrentaram oposição e perseguições. Frederico Mueller , um dos dois únicos
já batizados, fez os primeiros batismos. Somente em 1893, chegou um jovem
pregador — Augusto Matschula t , que fo i consagrado ao minis té r io logo após
a organização da Igreja Linha Formosa, o que se deu em 5 de novembro de
1893, com 45 membros.
Mais igrejas foram organizadas e, em 1901, a Sociedade Missionária de
F i ladé l f ia , nos Es tados Unidos , enviou o miss ionár io Car los Roth pa ra t r aba lha r
no sul do Brasil. Em Porto Alegre, ele organizou uma escola teológica, onde
es tudaram: João Ne t tenberg , R ica rdo J . Inke , Alexandre Klavin , F rede r ico
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Leimann, Guilherme Leimann, Pedro Salit, Paulo Malaquias e Ricardo Pitrowsky,
que havia se convertido em 1903.
Com a re t i r ada do miss ionár io Car los Roth , a Soc iedade Miss ionár ia de
Filadélf ia enviou Frederico Matschulat para substituí- lo, em 1909. A Sociedade
Missionária retirou-se do campo e, em 1921, os batistas alemães e letos foram
obrigados a sustentar o seu próprio trabalho. De 1925 a 1928, alguns obreiros
chegaram da Alemanha e da Polônia .
Os primeiros imigrantes letos chegaram ao Brasil em 1890. Entre eles havia
mui tos ba t is ta s . A Igre ja de R io Novo, organizada nesse mesmo ano, t r aba lhou
durante dez anos sem pastor . Para realizar os batismos, escolheram um irmão
que havia sido diácono em seu país. De 1890 a 1899, foram organizadas mais
quatro igrejas. Os obreiros que cooperaram no trabalho foram: Guilherme Butler ,
Alexandre Klavin , Car los Anderman, F rede r ico e Gui lhe rme Le imann, Hans
Ara ium, Pedro Graudin , Jacob lnke , R ica rdo J . Inke , And ré Ixeknin g, Joã o Inke ,
Carlos Kraul e A. Pintcher. Ricardo Inke e Guilherme Leimann, além de atuarem
no sul do Bras i l , depois de e s tuda rem nos Estados Unidos da Amér ica , foram
professores no Colégio Batista do Rio de Janeiro.
F U N D A Ç Ã O D O T R A B A L H O B A T I S T A N O B R A S I L
Batistas do Sul dos Estados Unidos
Em 1850, os ba t is ta s do sul dos Estados Unidos da Amér ica do Nor te
voltaram as suas vistas para a terra do Cruzeiro do Sul. Nada f izeram, porém,
para estabelecer trabalho nestas plagas, até 1859, quando uma comissão reco-
mendou à convenção que o Bras i l fosse inc lu ído como um dos seus campos
miss ionár ios .
A seu pedido, o miss ionár io T.J .Bowen, juntamen te com sua esposa , funda-
dores da missão yorubana , na Áf r ica , foram t ransfe r idos pa ra o R io de Jane i ro ,
Brasil. Depois de um ano, foram obrigados a desistir do trabalho, por causa
da sua saúde.
Depois da guer ra c ivi l nos Es tados Un idos , a lgum as pessoas do sul daque le
pa ís , contra r iadas com o re sul tado pós-guer ra , im igra ram para o Bras i l , fundan do
uma colônia amer icana em Santa Bárba ra , no Estado de São Paulo . Havia ent re
essa colônia alguns batistas . Estes se orga nizar am em igreja, em 10 de setem bro
de 1871. A Igreja de Santa Bárbara foi a primeira igreja batista organizada no
Brasil. Desta saíram membros para a organização de uma outra igreja, a de
Station, em princípios dc 1879.
A Igra ja Ba t is ta de Santa Bárba ra f ez um ape lo à Junta de R ichmond,
pa ra que e la fosse contada como campo miss ionár io daque la junta , indepen-
dente de qua lquer auxí l io f inance i ro que pudesse r eceber . A junta a tendeu o
pedido fe i to e E .H.Qui l I en , pas tor da Igre ja de Santa Bárba ra , fo i nomeado
missionário aos brasileiros em 1879.
O t r aba lho em Santa Bárba ra fo i abandonado em 1888. Nesse tempo, o
general A.T.Hawthorne visitou o Brasil com a idéia de aqui implantar uma colônia.
Escolheu um lugar onde pretendia fundá-la. Não lhe foi permitido, porém, realizar
o seu ideal. Tendo-se convertido ao evangelho, tornou-se um sincero amigo da
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evangelização no Brasil. Em 1880, ele recomendou à Convenção Batista do Sul
dos Estados Unidos que enviasse missionários ao Brasil.
Inf luenc iados pe lo genera l Hawtho rne , que representava a Junta do Estado
do Texas , onde t r aba lhava o jovem pregador W .B .Bagby, foram encamin hados
a esta encantad ora terra os casais: W .B.Bagby e An na Luther Bagby, e Z.C.Taylor
c Catarina Taylor.
O Dr.W .B.Bagby foi nom ead o missi onário ao Brasil em janeiro de 1881,
aqui chegando com sua esposa no d ia 2 de março daque le mesmo ano, depois
de uma viagem de 48 dias em navio-à-vela. Foram a Santa Bárbara, onde f icaram
até o mês de agosto do ano seguinte.
A 4 de março de 1882, os missionários Z.C.Taylor e D.Catarina Taylor
chegaram ao Rio de Janeiro. Foram parar cm Santa Bárbara, onde se encon-
traram com os Bagby.
Depois de longas viagens e muita meditação, os missionários resolveram
fundar o seu trabalho na antiga cidade da Bahia. Chegaram os dois casais de
miss ionár ios à Bahia , em agosto de 1882, acompanhados por Antônio Te ixe i ra
dc Albuquerque, ex-padre e primeiro batista brasileiro.
A primeira igreja batista no Brasil foi fundada aos 15 dias dc outubro
de 1882 e, com ela, a primeira missão aos batistas brasileiros.
O traba lho estend eu-se da Bahia para o norte do país. A 17 de maio de
1885, organizou-se uma igreja em Maceió, e a 4 de abril de 1886, uma em Recife.
As igrejas de Alagoinha e a de Valença foram organizadas, aquela, em 1888
e esta, em 1889. Os missionários e obreiros nacionais que cooperaram com a
Missão da Bahia, desde a sua fundação, cm 1882, até 1893, data da fundação
da Missão Ca mpista , foram os seguintes: W.B.Bagby, Z.C.Taylor, Ant ônio Teixeira
d e A l b u q u e r q u e , C . D . D a n i e l , M i n a E v e r e t t , J . A . B a k e r , J o ã o B a t i s t a ,
W . E . E n t z m i n g e r , T . W . B a ti s t a, S ó c r at e s B o r b o r e m a , A n t ô n i o M a r q u e s ,
S.L.Ginsburg, Francisco Borges, Sallie Johnson, R.E.Neighbour, S.J.Porter , José
Domingues , Pedro Degiovanni , Melo Lins e Joseph Aden.
Em 1884, W .B .Bagby re t i rou-se da Bahia pa ra o R io de Jane i ro , fu nda ndo
ali a Missão da Capital Federal. Chegou ao Rio aos 24 dc julho de 1884. Em
24 de agosto do mesmo a no fo i fun dad a a pr ime ira igre ja ba t is ta naque la c idade ,
contando qua tro membros fundadores . Do Rio , o t r aba lho se e s tendeu pa ra
Campos, para Minas e, mais tarde, para São Paulo.
A Missão de Minas foi organizada em 1889, com a organização da Igreja
de Juiz de Fora. A Igreja de Campos foi organizada cm 23 de março de 1891
e as de Barbacena e Niterói, em 1892.
Com o in tu i to de me lhora r o t r aba lho, os miss ionár ios , r ecebendo apoio
de junta , t r ansfe r i r am a sede de Missão Mine ira pa ra a c idade de Campos, no
Estado do Rio de Janeiro. A zona de Niterói e a linha da Central do Brasil
f ica ram fazendo pa r te da Missão do R io . Os miss ionár ios e obre i ros nac iona is -
que coop eraram com a Missão do R io, de 1884 a 1893, foram : W .B.Bagby ,
Mesqui ta , Barce los , B .C . I rv ing, E .H.Soper , Mina Evere t t , E .A.Puthuf f , Maggie
R i c e , C . D . D a n i e l , E m m a M o r t o n , T . T . M a r t i n , J . L . D o w n i n g , J . J . T a y l o r ,
S.L.Ginsburg, Joseph Aden, S.J.Porter , J.J.Alves e Domingos de Oliveira. Os
irmãos Tomaz Costa, convertido em 1889, F.F.Soren, convertido em 1890, o
Teodoro Teixeira, convertido em 1891, dedicaram-se, a partir de sua conversão,
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ao t r aba lho do Mestre , cooperando com aque les que já se preocupavam com
a obra de evangelização no Brasil.
Da Bahia, do Rio de Janeiro e de Campos, o evangelho se espalhou para
o norte e para o interior do Brasil. A Convenção Batista Brasileira foi organizada
em 22 de junho de 1907. Desenvolveu-se o trabalho, e com ele a convenção,
sendo c r iadas suas juntas , como se jam: a Junta de Missões Nac iona is , a Junta
de Missões Estrangeiras [hoje, Junta de Missões Mundiais] , a Junta de Bene-
ficência, os dois seminários, um no norte e o outro no sul, e suas demais
organizações, visando-se a servir à causa do Mestre em todo o Brasil e no estran-
geiro. Existem hoje, em 1991, no solo brasileiro, mais de 4.500 igrejas batistas
com mais de 800.000 membros.
A primeira igreja batista na Inglaterra foi organizada em 1611, a primeira
nos Estados Unidos, em 1639, a primeira no Brasil — a de Santa Bárbara, em
10 de setembro de 1871. A primeira igreja batista brasileira — a da Bahia, foi
organ izada em 15 de outu bro de 1882, a primeira n a Missão do Rio — a Prim eira
Igreja da Capital Federal, em 24 de agosto de 1884 e a primeira no Estado do
Rio — a dc Campos, em 23 de março de 1891.
U M A G R A N D E P O R T A É A B E R T A
A 15 de novembro dc 1889, era proc lam ada a Repúb lica, ideal há muito s
anos acalentado por muitos porque com ela vir ia a liberdade de cultos e a sepa-
ração entre a igreja e o Estado. Esse ato, porém, só se efetivaria com o decreto
de 7 de janeiro de 1890. Quando isso aconteceu, o coração dos crentes trans-
bordou de alegria, sabendo que o progresso do Reino do Senhor em nossa terra
dependia, em grande parte, da liberdade de cultos.
Bagby se d i r ig iu à Junta de R ichmond, comentando o grande evento:
"Deus tem nos abençoado es te ano com per fe i ta l ibe rdade re l ig iosa .
O evangelho tem livre curso em toda vasta república. Todas as outras
denominações e s tão re forçando as suas missões . Os me todis ta s e os
presbi te r ianos têm 60 miss ionár ios e nós temos apen as se te (em to do
o Brasil) . Eles têm obreiros treinados, boas casas de cultos, edif ícios
próprios para o trabalho e nós estamos perdendo por falta de obreiros,
recursos e edif ícios. Se não recebermos auxílio em breve, só a eter-
n idade reve la rá a nossa pe rda" ." '
A proclamação da República trouxe, realmente, muitas esperanças para
os evangélicos. Aliás, esses muito lutaram também para o advento da República,
com seus ideais de plena liberdade para todos cultuarem a Deus segundo os
ditames de sua consciência, influenciaram muitos políticos, juristas, militares,
etc. que confessavam ter recebido dos evangélicos grande apoio aos ideais repu-
blicanos que esposavam. Quintino Bocaiúva, o grande propagandistas da liberdade
de consciência, referindo-se aos evangélicos, com os quais mantinha bons rela-
c ionamentos , pr inc ipa lmente com W .B .Bagby, ce r ta f e i ta dec la rou: "As pa lavras
destes homens (os missionários) se enraízam no solo brasileiro onde quer que
c a i a m " . '
2
'
O grande Rui Barbosa recebeu grande influência dos evangélicos. É do
notável catedrático da Universidade de São Paulo, T.H.Maurer Júnior, a asser-
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tiva: "Temos em todo o pensamento e na vida do grande estadista, os traços
de uma profunda influência cristã evangélica, que transpira de quase todas as
suas páginas" .
U )
43
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Capítulo II
PERÍODO DE ASSENTAMENTO
DA OBRA BATISTA (1891-1892)
O I N Í C I O D O T R A B A L H O B A T I S T A N O C A M P O F L U M I N E N S E
Os bravos miss ion ár ios W .B .Bagby c E .H.S oper sent iam imensa pa ixão
pelas almas perdidas. Para traze-las ao redil do Senhor, envidaram todos os
esforços necessários. Com a alma a arder-lhes pelo desejo de evangelizar nossos
patr ícios, eles decidiram fazer incursões evangelísticas pelo interior do Estado
do Rio de Janeiro. Assim c que, no ano de 1888, ambos empreenderam várias
viagens de evangelização, visitando, para isso, várias partes do interior do
es tado.
No f ina l do ano de 1890, o miss ionár io W .B .Bagby, acom panh ado do evan-
ge l is ta Domingos de Ol ive i ra , f az uma viagem a Campos, impor tante c idade
do nor te - f luminense . Depois de longas horas passadas num t rem da Leopoldina ,
chegaram à c idade e hospedaram-se no Hotel Gaspar, que, ainda hoje, existe ,
e se localiza na Praça São Salvador. A este hotel estava reservado o grande privi-
légio de hospedar aque les dois se rvos do Senhor , dois anjos , que "passa ram
a noi te em oração, pedindo a d i reção de Deus quanto à abe r tura de um t raba lho
naque la r egião ."
Bagby, intrépido homem de fé, sabia que as portas daquela cidade já
se r iam aber ta s com o poder da oração. Ele v is lumbrou um grande fu turo
naque la r egião açuca re i ra . O te r reno da região é f é r t i l , apropr iado à p lantação
de cana-de-açúcar, principal fonte de r iqueza local. O r io Paraíba do Sul —
o legendário Paraíba — empresta à cidade uma grande beleza. Banha-lhe os
pés, deixando na vastíssima planície goitacá o humus fertilizante que fecunda
aque la g leba re sponsáve l pe la produção da cana-de -açúca r .
"Com o meio telúrico por ele criado, é que os campistas, instalados
nas te r ra s da a luvião da cauda l pa ra ibana , se torna ram empreende-
dores, ousados e inteligentes, resolvendo os problemas sociais,
pol í t icos e econômicos , graças a seus inúmeros r ecursos mane jados
e valorizados por populações que, na luta das competições e das adver-
s idades , aprenderam a comba te r soz inhos" .
( l )
45
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Sobejava razão ao ilustre vate eampista, Azevedo Cruz, para derramar todo
o seu amor pela bela cidade no poema Amantia Verba, que, como destaca o
grand e poeta W alter Siqueira, é "a mel hor ode que, em língua portugues a no
Brasil, já se escreveu, em louvor a uma cidade". A primeira estrofe é cheia de
"musica l idade e dc abundânc ia de imagens sonoras e f e l izes"
<2)
" C a m p o s f o r m o s a , i n t r é p i d a a m a z o n a
do vir idente plaino goitacá
Predileta do Luar como Verona,
terra feita de luz e madrigais "
Era dessa cidade dc tradições, encantos e cultura que começaria a irradiar-
-se a bendita luz do evangelho para todo o r incão f luminense.
Providência Divina em Ação
As orações abriram as portas da casa do norte-americano Joseph Beale,
que residia em Campos, fazia algum tempo, para as primeiras pregações do
evangelho. As mensagens de Bagby atraíram a atenção de muitas pessoas que
se mostravam interessadas em saber mais a respeito do Plano de Salvação que
lhes era apresentado.
Os resultados não demoraram a aparecer. Logo, Bagby estaria imergindo
nas águas do Paraíba do Sul sete crentes que se tinham decidido com suas
mensagens evangelístícas. Este fato encheu de ânimo o coração do missionário.
Pôs, porém, em evidência a ira dos inimigos da obra de Cristo Jesus. As perse-
guições aos crentes logo começaram a surgir .
Na tentativa de intimidar Bagby, os perseguidores começaram a divulgar
o seu intento de, na próxima ida do missionário a Campos, algo lhe acontecer.
E que promet iam lançá - lo num tacho fe r.vcnte da us ina de açúca r do Que imado .
Como Bagby não se deixava intimidar, ele retornou à cidade c nada do
que haviam promet ido aconteceu. Deus o e s tava protegendo.
Alugada a Primeira Casa Para Cultos
Sent indo que o t r aba lho do Senhor naque las pa ragens c resc ia maravi lho-
samente , o miss ionár io dec id iu a luga r uma casa pa ra que , com mais e spaço e
maior liberdade, pudessem ser realizados os cultos. Os novos crentes estavam
cheios de entusiasmo e até os interessados no evangelho tudo faziam para que
o t r aba lho prospe rasse . Joaquim Fernandes Lessa , nosso pr ime iro h is tor iador ,
r e la ta : "Consta que um bras i le i ro deu uma ofe r ta pa ra a luga r a casa de cul tos" .
Como residisse em Niterói, então capital do estado, Bagby resolveu deixar
na c idade de Campos o evange l is ta Domingues de Ol ive i ra , com a re sponsa -
bilidade de liderar todo o trabalho que começava a nascer naquela região. O
miss ionár io vol tou , então , à sua casa , onde pregava constantemente a um grupo
de pessoas interessadas no evangelho, que comparecia às reuniões que realizava
em sua re s idênc ia , pa ra ouvir a mensagem das boas-novas de Sa lvação.
Um Grande Apelo
A c idade de Campos m ostrava se r luga r de grande fu tu ro pa ra o evange lho.No entanto, Bagby sentia que, só tendo um missionário nela residente, a cidade
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veria crescer o trabalho evangélico. Sentia ele a dif iculdade do trabalho, já que
era o único a militar ali e , residindo em Niterói, ao mesmo tempo em que
atendia ao trabalho da Igreja Batista do Rio, que fora organizada, com quatro
memb ros, 110 dia 24 de agosto de 1884, não podia dar assistência s atisfat ória
ao t r aba lho em Campos.
Bagby escreveu à Junta Missionária, em Richmond, Virgínia, nos Estados
Unidos , exp ondo as grandes opor tun idades e a necess idade de obrei ros :
"E zona de lavoura , a ma ior c idade no Estado do R io , com
exceção da capital. É cercada por cinco ou seis cidades importantes
e outras menores. Seria um centro ótimo de operações missionárias
da metade do Estado do Rio, que tem um milhão de habitantes.
Desde o Estado do Espír ito Santo — que f ica ao norte — e até a
pa r te or ienta l do Estado de Minas Gera is , não há nenhum pregador
do evangelho. Meu coração está cheio de esperança por esse grande
campo. Oxalá houvesse um missionário para dir igir este trabalho tão
auspic ioso pa ra os ba t is ta s" . '
1
'
Um Cirande Evangelista
Foi sábia a escolha feita por Bagby. O evangelista Domingos Joaquim dc
Oliveira, membro da Primeira Igreja Batista do Rio, permaneceu em Campos,
procurando desenvolver a obra do Senhor. Trabalhou ali, de julho de 1889 a
janeiro de 1890, visitando e fazendo serviço de colportagem, pela Igreja Batista
do Rio, que lhe pagava cinqüenta mil réis.
Já em novembro de 1890, vemo-lo em Juiz de Fora, MG, ajudando o missio-
ná r io C .D.Danie l , na implantação do t r aba lho ba t is ta naque la c idade .
ORGANIZAÇÃO DA IGREJA BATISTA EM CAMPOS
Como resul tado do t r aba lho de Bagby e da operos idade do evange l is ta
Domingos Joaquim de Ol ive i ra , em pouco tempo se r ia organizada , em Campos,
a primeira igreja batista em solo f luminense.
Aqueles sete irmãos que Bagby havia batizado foram aceitos como mem-
bros da Igreja Batista do Rio, no dia 22 de janeiro de 1891. Eram operosos.
Queriam se organizar em igreja para melhor propagarem o reino de Cristo naquela
cidade e por toda a verde região. Assim, marcaram o dia 23 de março de 1891
para a organização da igreja. '
11
Na noite do dia 22 de março, Bagby realizou o batismo de três novos
convertidos, no Paraíba. No dia seguinte — 23, aquele grupo de crentes se reuniu
no sa lão de cul tos , que t inham a lugado à Rua dos Andradas , 88 , pa ra a so le -
nidade de organização, tendo Bagby s ido escolhido como seu pas tor .
Bagby se dir igiu à Junta de Richmond, apresentando-lhe um excelente rela-
tório de suas atividades, do qual destacamos o trecho:
"F ique i mui to animado na minha ú l t ima vis i ta a Campos. O
nosso obreiro tinha feito um trabalho excelente e me escreveu dizendo
que havia mais cinco pessoas para serem batizadas. Preguei três vezes
a congregações numerosas que pres ta ram boa a tenção. No f ina l do
se rmão da pr ime ira noi te qua t ro pessoas apresenta ram-se pa ra f aze r
a profissão de fé. Depois de um exame meticuloso, foi a opinião dos
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onze crentes presentes que as quatro pessoas deviam ser recebidas
para o batismo. Às 23 horas, naquela mesma noite, descemos o r io
e os convertidos foram batizados, regozijando-se no privilégio de
seguir a Jesus".
(2 )
A novel igreja denominava-se Egreja Evangélica Buptista. Na sua primeira
sessão ou assembléia, recebeu cinco novos membros. A igreja f icou, deste modo,
composta dos seguintes i rmãos: Domingos Joaquim de Ol ive i ra , Ana Franc isca
de Oliveira, Júlia de Oliveira Santiago, Eufrásia Maria Manhães, João Bernar-
d ino Manhães , Antônio Assunção, Cor ina Mar ia Manhães , Rosa Lima ManhãesAssunção, Amél ia Lima dos Re is , Luiz de Souza , Antônio Carva lho Por te la ,
Maria Rute Pinto, Flauzina Pereira.
P R I M E I R A I G R E J A D E C A M P O S — V Á R I O S P A S T O R E S
E M P O U C O T E M P O
A ins tabi l idade de obre i ros na P r ime ira Igre ja Ba t is ta de Camp os fo i f ru to
de vários fatores, sobressaindo-se, entre eles, as doenças.
Após dois anos de sua organização, a igreja tr iplicou seu número de
membros. Começara, em 1891, com dez membros e estava, em 1893, com 30
membros. Era um grande progresso. Lessa atr ibuiu esse desenvolvimento à opero-
sidad e dos mission ários W .B.Bagby, Downin g e Soper. Bagby dir igira a igreja
desde a sua fundação até 17 de julho de 1892. O Dr. J.L.Downing, de 17 de
julho de 1892 a 23 de julho de 1893. Sucedeu-o o missionário E
.H .
Soper , que
pas toreou apenas de 23 de ju lho a 30 de outubro de 1893. No pe r íodo do pas to-
rado de Downing, a igreja contava com a cooperação do evangelista José Alves,
que viera de Vitória para Campos.
4 8
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Capítulo III
PERÍODO DE GRANDE ATIVIDADE
EVANGELÍSTICA (1893-1900)
PASTORADO DE SAIXJMÂO GINSBURG
Em 1893, t ranfe r indo-se pa ra a c idade de Campo s, o miss ionár io Sa lomão
Luís Ginsburg inaugura uma nova fase no trabalho batista . No dia 30 de outubro
daquele ano, é empossado no pastorado da igreja, que, mais tarde, seria a
Primeira Igreja Batista de Campos.
Or iundo da Polônia , f i lho de judeus poloneses , Sa lomão Ginsburg es-
tudou em dois grandes centros cul tura is do mundo — Ingla te r ra e Alemanha .
Seu pai era rabino e, como tal, cioso de sua religião. Convertido ao congrega-cionalismo, Salomão foi deserdado por seus pais. Veio ao Brasil como missionário
congregacional. Aqui travou dura polêmica com o missionário Zacarias Clay
Taylor, o segundo missionário batista a vir trabalhar no Brasil, e que atuava
na Bahia. A polêmica girava em torno do batismo. Convencido de que o ba-
tismo legítimo é o batismo por imersão, Salomão sc deixou batizar biblicamente,
tornando-se ba t is ta . Sua ordenação ao minis té r io ba t is ta ocor reu na Bahia , em
1891. Em breve se tornaria missionário da Junta de Richmond.
Joaquim Fernandes Lessa relata:
"Em setembro de 1893 a Armada Brasileira revolta-se, e , na sua faina
de de r rubar o governo que lhe e ra desa fe to , ent rou a bombardea r
o Rio de Janeiro e Niterói, com o que muitos habitantes da capital
tiveram que se retirar para lugares longínqüos, refugiando-se muitos
deles em Campos. Pois bem. Entre os muitos foragidos estava o Rev.
Sa lomão Luís Ginsburg , de saudosa memór ia , que a inda em se -
tembro chegou a Campos para onde decidiu transferir sua residência.
F ixando-se de f in i t ivamente na te r ra goi tacá , onde o amado obre i ro-
fora recebido pela igreja com inequívocas provas dc amor e carinho,
inicou, sem perda de tempo, um trabalho evangelístico ativo e agres-
s ivo. Sendo por ta dor de um temperamento todo espec ia l, que , a l iado
à sua sinceridade e fé robusta, muito o auxiliou na realização de um
grande trabalho, o missionário Ginsburg foi um poderoso instrumento
nas mãos de Deus para Sua honra e glória. No primeiro ano de seu
4 9
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pas torado, houve mui tos novos conver tidos , que foram ba t izados nas
águas do Pa ra íba . Recentemente casado com D. fm m a Mor to n, o
miss ionár io Ginsburg mui to se dedicou ao t r aba lho em Campos.
D. Emma Morton chegou ao Brasil cm 1889 e fez um rápido pro-
gresso no es tudo da l íngua por tuguesa . Ela começou com D. Anna
Bagby um trabalho nas escolas dominicais, que muito concorreu para
o estudo da Palavra de Deus. Casou-se no primeiro dia de agosto
de 1893, com o missionário Salomão Luís Ginsburg, o qual, em sua
autobiografia, diz: 'O que esta boa mulher me tem sido, para mim
e para o meu trabalho, é impossível dizer . Se não fosse ela, sua
coragem, conselhos e orações, eu nunca teria feito o serviço que o
Senhor me tem habilitado a fazer ' . Com a chegada do missionário
S.L.Ginsburg, a Missão Campista foi definitivamente estabelecida." '
1
'
C O N V E R S Ã O D E J O A Q U I M F E R N A N D E S L E S S A
Foi mui to prof ícuo o minis té r io de Sa lomão Ginsburg em Campos. Entre
os jovens que se converteram com sua pregação, e que foram por ele batizados,
está Joaquim Fernades Lessa, que vir ia a ser um grande líder batista no Brasil.
De ixemos que o própr io Sa lomão nos na r re :
"Quando chegue i a Campos, em 1893, logo começamos os nossos
cultos num salão de primeiro andar para o qual era dif ícil conseguir
atrair o povo para nos assistir , não somente pela inconveniência dc
subir escadas, como também porque o padre espalhara por toda cidade
que os protes tante usavam uma ce r ta subs tânc ia , um pó ou ungüento
que espalhavam sobre os bancos e cadeiras, de modo que, alguém,
sentando-se para assistir às suas reuniões, tornava-se protestnte, quer
quisesse ou não. Esta notícia afugen tava o povo das reuniões. Desco bri
que a melhor coisa a fazer seria levar a efeito reuniões ao ar- livre,
nas praças públ icas. Ass im, t ínhamo s mul t idões que v inham e ouviam
atenciosamente. Mas, para logo, o padre, sabendo o que se fazia,
deu ordem ao sacristão para repicar o sino da igreja junto às praças,
e que de tal modo tinia que superava a minha voz e abafava o que
eu dizia.
"Num domingo à tarde, eu estava no meio de um discurso e uma
grande mul t idão me ouvia , quando aque le enorme s ino começou a
retinir de tal forma que tive de parar o meu sermão. O povo que
me ouvia mostrou-se impaciente. Então, eu os convidei a todos a
irmos ao salão para ouvir o resto do sermão. Muitos vieram e, entre
eles, Joaquim Lxssa. Ele, de logo, me interessou e pedi ao Senhor
que o abençoasse pa r t icula rmente naque le d ia . Converse i longamente
com ele. Era um jovem negociante e com muita prosperidade, perten-
cente a uma família muito conhecida. Seu coração foi tocado e sua
alma se esforçava por uma vida melhor. Não demorou muito e ele
se decidiu a Cristo. Fez sua pública profissão de fé e estava pronto
para o ba t ismo. Então começou sua grande lu ta , A igre ja não t inha
ba t is té r io e todos os candida tos e ram ba t izados no R io Pa ra íba do
Sul, um dos maiores do sul do Brasil.
"Toda vez que t ínhamos ba t ismos faz íamos anúnc ios pe los jorna is
e milhares de pessoas vinham assistir , inclusive padres. Desse modo,
t inha opor tunidade de expl ica r o a to , como também de prega r o
evangelho eterno a milhares de pessoas. Para ser batizado diante de
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tanta gente, era necessária muita coragem da parte do novo conver-
tido. Especialmente as pessoas de famílias da alta sociedade e bem
relacionadas. Os pais e os parentes, uma vez sabendo do intento dos
candidatos, faziam todo esforço ao seu alcance para demovê-los do
propósi to . Mas o maravi lhoso é que nunca nenhum candida to ao
ba t ismo re t rocedeu.
"O irmão Lessa ter ia que passar por essa prova. Seu pai, logo que
soube de sua resolução, procurou-o e começou a argüí- lo, ameaçá-lo
e a insistir em que abandonasse aquele ideal. Em prantos, pediu-lhe:
'Meu filho, não desgrace sua família; não negue o seu batismo'. Do
mesmo modo, o jovem, chorando, disse-lhe: 'Meu querido pai, eu
nunca o desobedeci, nem o desrespeitei. Mas neste caso o senhor
tenha paciência porque, em primeiro lugar, devo fazer a vontade do
meu Salvador. E breve chegará o tempo em que o senhor saberá que
obre i ace r tadamente e , en tão , o senhor me abençoará e não me amal-
diçoa rá ' . '
1
'
JORN AL AS BOAS-NOVAS''
No dia 15 de março de 1894, surgiu na arena evangélica o primeiro jornal
dos batistas do sul do Brasil . Chamava-se As Boas-Novas c era impresso em
Campos. Foi fundado pe lo miss ionár io Sa lomão Luís Ginsburg . Es te sabia do
grande valor da palavra impressa. Nesse periódico, ele publicava notícias das
igrejas, as lições internacionais da Escola Bíblica Dominical, ar tigos variados
e or ientação pa ra o povo evangé l ico . ' "
Não obstante ser designado para servir à parte sul do país, o As Boas-
Novas ia , tamb ém, m uitas vezes, até algum as regiões do norte, onde o miss ionário
Zacar ia s C . Taylor t inha fundado o Eco da Verdade, em 1886, na Bahia, que
passou, depois , a chamar - se A Verdade, e , por f im, A Nova Vida.
" O
As Boas-Novas
e ra b imensa l , de pequeno formato . . . e pres tou bons
serviços à causa do Mestre." '
2
' "Por acordo com os miss ionár ios , f icou ace r -
tado que, tanto a tipografia de Taylor, como a de Salomão Ginsburg, em
Campos, deveriam deixar de existir c , bem assim, os jornais nelas publicados,
a f im de que houvesse uma só editora e um só jornal batista para o Brasil
t o d o . " '
3
'
"Felizmente, os redatores do As Boas-Novas souberam guarda r vá r ias
coleções de todos os anos ." '
4
' O autor desta obra tem a honra de possuir , em
sua b ib l io teca , uma coleção encadernada , com 43 exempla res do d i to jorna l ,
referente ao ano de 1898. Parece-nos que na JUERP ficaram algumas outras
coleções de outros anos. Elas se constituem uma preciosidade.
P R I M E I R A E S C O L A D I Á R I A — E S C O L A A M E R I C A N A
A i lus t re miss ionár ia Emm a M or ton G insburg organizou a pr ime ira e scola
ba t is ta cm solo campis ta , dando- lhe o nome dc Escola Americana. Casada há
pouco tempo com o intrépido missionário Salomão L.Ginsburg, sentia essa missio-
nária que um dos melhores meios para promover a evangelização seria a abertura
de escolas para ensinar as crianças a ler , e , daí, poderem ler a Palavra de Deus.
O N o m e Escola Americana traria certa receptividade, já que todo s sabiam
que os norte-americanos, em matéria de educação, estavam na dianteira entre
os países civilizados.
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A escola foi organizada no mês de fevereiro de 1896, à Rua Marechal
Floriano, n" 3, Era de nível primário e secundário. Eoi ela o primeiro marco
do ensino elementar e secundário projetado pelos batistas, sob os auspícios da
grande missionária Emm a Ginsbu rg. A influência da escola é descrita por .Joaquim
Lessa:
"Esta escola deu excelentes resultados, pois nela havia f ilhos de
muitas das principais famílias de Campos. Era para o ensino primário
e secundário. Por instrumentalidade dessa escola, o evangelho alcançou
fundas s impa t ia s no coração do povo campis ta" .
( I )
E S C O L A N O T U R N A
"A 'Associação Cristã da Juventude' foi organizada em junho de 1894,
no templo da Primeira Igreja Batista de Campos, imbuída dos melhores ideais
e manteve , por a lgum tempo, cm uma casa a lugada , uma escola noturna , como
também sessões religiosas para discussão e exposição de assuntos de interesse
do evange lho." '
1
'
A criação dessa escola noturna já demonstrava o dese jo que mant inham
os crentes de verem todos alfabetizados. Isso é digno de nota, pois estavam,
há três anos apenas, do início do trabalho batista na urbs camposina.
E S C O L A I N D U S T R I A L
O miss ionár io Albe r to Lafaye t te Dunstan chegou ao campo f luminense
em fins de setembro de 1901, para substituir o missionário Salomão L.Ginsburg,
que se retirava para trabalhar em Pernambuco.
Deveria residir em Campos. Mas, naquela ocasião, a peste bubônica se
alastrava por toda cidade. Daí ter ido residir em Macaé, por algum tempo.
Homem de visão, começou ele a procurar jovens que o auxiliassem na
obra . Naque le tempo havia , na Missão Campis ta , t r ê s pas tores : Joaquim
Fernandes Lessa , Antônio Fe r re i r a Campos e Herman Gar tnc r , que t inha s ido
metodista, e os Dunstan. Urgia, então, convocar obreiros para a seara do Mestre.
"O Rev. Dunstan, no afã de conseguir obreiros idôneos, entra a esco-
lher moços que pareciam aproveitáveis com estudo, a seu cargo. Para
isso , cham a o jovem Eduard o W ass imon, que ent ra logo a f azer
viagens evange l ís t icas . O miss ionár io Dunstan pensa na fundação
de uma escola industr ial, o que não se conseguiu por não serem favo-
ráveis os e lementos que o rodeavam. M anoe l Gu imarães fo i um outro
moço que mereceu também os cuidados do ze loso miss ionár io como
estudante '
Pena que um idea l tão grande e de impor tânc ia pa ra o t r aba lho não tenha
se concre t izado Naque le tempo, qu ando o Brasi l era de f in ido como um pa ís
essencialmente agrícola, uma escola industr ial trar ia enormes benefícios. Não
sabemos os pormenores do que impediu a efetivação desse plano. Lessa só diz
que "não conseguiu por não se rem favoráve is os e lementos que o rodeavam".
E sempre assim. Há sempre aqueles que dão para trás, que não sabem ver, além
das nuvens, o sol brilhando.
Em 1906, sa ía de Campos o miss ionár io Dunstan . Es ta r ia desanimado?
Ou es ta r ia f rus t r ado?
O plano da criação do Instituto Batista Industr ial vir ia a ser uma realidade
no P iauí .
f2)
52
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P E R S E G U I Ç Õ E S E M S A O F I D E E I S
Os crentes foram, desde o princípio, alvo dc perseguições movidas pelo
clero católico romano, que não podia admitir que outros pensassem diferente-
mente deles e que pudessem cultua r a Deus segundo os ditames de sua consciência.
P rocuravam, por todos os me ios , coloca r obs táculos à propagação das boas-
- novas, pois temiam se defr ont ar com a verdade que esplende do pu ro evang elho
de Cristo, que traz benefícios de ordem moral, social c espir itual.
Em São Fidélis, Campos e Macaé, e em outros lugares do interior , os inofen-
sivos servos do Senhor Jesus eram sempre molestados. As maiores perseguições
foram, nesse primeiro período da história dos batistas f luminenses, levadas a
efeito nas cidades de São Fidélis e Macaé.
A cidade de São Fidélis foi palco de uma perseguição aos crentes no ano
dc 1894, envolvendo pr inc ipa lmente o miss ionár io Sa lomão Luís Ginsburg . A
irmã Alice Reis, que era casada com o Pastor Alfredo Reis, e que morreu em
1989, na avançada idade de 104 anos, foi testemunha ocular de perseguições.
Era menina a inda quando se desencadeou a pe r seguição e não conhec ia nada
do evange lho, sabendo apenas que os poucos c rentes e ram t ra tados quase como
margina is .
De ixemos que o própr io miss ionár io Sa lomão Ginsburg na r re os f a tos :
"Começando em S. Fidélis — Depois de estabelecer o trabalho em
Campos, eu vol te i a a tenção pa ra outro centro dos ma is impor tantes
do estado: a cidade de São Fidélis, distr ito r ico e cafeeiro, onde havia
alguns interessados. Aluguei uma casa no centro da cidade e arranjei
uns bancos e uma mesa. Levei comigo meu inseparável harmônio.
Fui àquela cidade iniciar o trabalho para o Mestre. Minha senhora
também foi, e um dos nossos obreiros nativos que levou uma filha
consigo para nos auxiliar nos cânticos de hinos. Só havia ali três
pessoas in te ressadas — um hom em, sua senhora e uma empregadinha .
Éramos sete, ao todo, e começamos o trabalho. Perto das sete horas
da noi te , começamos a r eunião cantando a lguns h inos . Logo a f lu iu
uma mul t idão dumas mil pessoas e f ica ram em f rente da casa . O
salão era uma sala de frente com três janelas e uma porta que abria
pa ra a rua . Chef iando essa mul t idão es tava um ve lhinho mui to v ivo
que, me informaram depois, era o chefe político do lugar. Ser chefe
político era de muita importância no Brasil. Ele tinha um filho como
delegado e outro como tabelião. Os três eram os principais políticos
da cidade, da região e talvez do estado. Como tais, eram hábeis para
cobr i r uma pa r te de sua pe rve r s idade . Enquanto se cantavam hinos
não houve aposição, exceto algumas pedras, capim c lixo, que nos
atiraram. Logo que comecei a pregar, uma grande confusão se esta-
b e l e c e u . P a l a v r a s o b s c e n a s e i n j u r i o s a s n o s e r a m a t i r a d a s .
Imposs ib i l i tado de se r ouvido, cantamos h inos . Ainda hoje não se i
por que não pene tra ram no sa lão e nos a taca ram, nos agrediram e
quebraram tudo que estavam na sala. O Senhor, porém, os reteve
fora. Uma vez disse ao chefe político enquanto ele estava em pé, junto
à porta: 'Por que o senhor não entra? ' . A única resposta que deu
foi levantar um forte rebenque que tinha na mão e dizer com termos
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insultuosos: 'Se eu entrar , é para quebrar a tua cabeça ' . Eu disse:
'Pois bem, entre e quebre a minha cabeça, mas primeiro ouça o que
eu tenho a lhe dizer ' . Finalmente, uma pedra alcançou a fronte do
nosso irmão auxiliar . Então, encerrei a reunião e anunciei outra para
o dia seguinte.
Na prisão outra vez — No dia seguinte, logo cedinho, veio ao hotel
onde eu estava um emissário do delegado de polícia c convidou-me
a aparecer no seu gabinete. Eu suspeitei que não poderia retornar.
Tendo a lgum dinhe iro comigo, ent regue i-o à minha senhora , d izendo-
-lhe que não temesse e que, se eu não voltasse, ela telegrafasse para
o Rio de Janeiro e avisasse aos irmãos o ocorrido. Chegando ao gabi-
ne te do de legado, encontre i -o sentado à ponta de uma mesa mui to
comprida, tendo a um lado seu secretário e do outro o seu irmão,
tabelião, e o velho pai, andando de um para outro lado. 'Qual é seu
nome e profissão? ' , perguntou. Tirei o meu cartão de visitas e dei- lho.
'O senh opes tá proib id o de prega r sua ne fas ta r e l ig ião ', te rminou com
sua voz cheia de ira . 'O senhor está proibido de pregar sua nefasta
religião neste município . ' Eu estava de pé, em f rente a ele e respon di-
- lhe , ca lmamente e com aspec to r i sonho: 'Senhor De legado, s in to
não poder atendê-lo a esse respeito. O senhor sabe — eu disse —
eu sou batista e nós, os batistas, não aceitamos ordens em matéria
de religião de qualquer autoridade civil, nem do senhor, nem do Presi-
dente do Estado, nem mesmo do Presidente da República. Nós
obedecemos às ordens de um super ior a todos vós ' . O pobre homem
entendeu que eu tinha ordens do Presidente da República dos Estados
Unidos , porque re spondeu com fúr ia , a la rmad o e indignado: 'E quem
é superior ao presidente do meu país? ' . Felizmente, eu tinha comigo
o meu Novo Testamento e, abrindo-o em Mateus 28.18-19, li- lhe as
seguintes palavras: 'Todo o poder me foi dado no céu e na terra.
Portanto ide e fazei discípulos em todas as nações, batizando-as em
nome do Pa i , do F i lho e do Espír i to Santo , ens inando-as a gua rda r
todas as coisas que vos tenho dito. ' 'Esta é a minha autoridade. E
eu estou aqui em obediência à ordem do meu Senhor e Mestre Jesus
Cristo. Estou aqui cumprindo esta ordem.' Declarei- lhe e sentei-me.
Ele de certo não esperava esta resposta porque um silêncio profundo
caiu sobre todos eles. Minutos depois, mais furioso do que antes,
começou a insul ta r -me usando l inguagem abusiva contra o ba t ismo
que eu havia celebrado no r io. Dizendo que aquelas línguas maliciosas
perverteram-no em uma cerimônia indecente, como ele se expressava.
Eu lhe disse que em matéria de religião não estava disposto a justi-
f ica r os meus a tos . Se houvesse comet ido um c r ime ou quebrado
a lei, estaria disposto a aparecer perante o competente juiz e responder
por mim mesmo. Mas quanto ao que f iz e pra t ique i no meu t r aba lho
religioso ele nada tinha com isto. Perdendo a calma, não esperando
tão claras e plenas explicações dos princípios batistas, ele me disse
que eu estava preso, à disposição do Presidente do Estado. E,
chama ndo um soldado com grossa ca rabina , mando u que me vig iasse,
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dizendo que ele responderia com a sua vida se me deixasse desapa-
recer. Aquele dia c aquela noite f iquei num salão espaçoso, como
prisioneiro. Não admitiu que ninguém me visse. Contudo, consegui
receber a comida que minha senhora mandara. Passei a noite sobre
um banco duro e nada dormi por causa da grande quant idade de
ratos que infestavam o lugar. No dia seguinte, antes do trem partir
para Niterói, a capital do estado, o delegado veio ver-me e permitiu
à minha senhora vir também. Eu supuz que ele esperava que eu implo-
rasse misericórdia. Mas, como passeávamos pela sala, palestrando
e r indo de alegria por ser nos permitido sofrer pelo Mestre, ele me
chamou e disse, muito gentilmente: 'Ora, Sr . Salomão, o senhor podia
facilmente evitar todo este inconveniente ' . 'Bem, que devo fazer para
evitá-lo? ' , perguntei. 'Se o senhor me prometer que não voltará a
esta cidade para pregar a sua religião, eu deixarei o senhor voltar
a Campos' . Eu me ri e disse-lhe que não havia pregado na noite ante-
r ior porque estava preso. Mas logo que fosse solto, ele podia f icar
certo de que eu ia pregar. Logo que saísse da prisão ele podia me
espera r que vol ta r ia pa ra cont inua r o t r aba lho anunc iado. Desgos-
toso com a minha contumác ia , chamou mais qua t ro so ldados com
carabinas e ordenou-me que marchasse pa ra a e stação. Minha senhora
me acompanhou também. Ainda que não soubéssemos o que nos
ia acontecer, a mim e a ela, ela nunca me advertiu que atendesse
à autoridade. Pedi- lhe que fosse para Campos, mas ela não concordou.
E se colocou ao meu lado, exa tamente como uma esposa amer icana ,
e parecia perfeitam ente feliz e satisfeita pelo fato de sofre r pelo M estre.
A população gos tou e aplaudiu , insul tando-nos e apedre jando-nos .
Mas eu não dei atenção a essas coisas porque nos sentíamos felizes.
Escol tados por c inco soldados , de ixamos a c idade e pa r t imos pa ra
a capital do estado, onde chegamos à tarde. Os soldados nos deixaram
inte i ramente à vontade . Sem dúvida , nos t r a ta ram melhor que o de le -
gado. Quando o t r em chegou a Ni te ró i , os mar inhe iros que es tavam
comb atendo os so ldados , qu ando vi ram a lguns deles , a t i r a ram contra
os que estavam conosco. Esses tiveram que fugir e nós corremos após
eles.
Perante o Vice-Presidente — Chegando ao quar te l-genera l da pol íc ia ,
fomos apresentados ao vice-presidente do estado. Este, depois de ler
os documentos, disse a um dos oficiais que me levasse para o xadrez.
O meu coração esfr iou quando ouvi o que ele disse. Então, perguntei-
- lhe: 'Diga-me, senhor, qual o meu crime?' . 'O senhor não sabe,
disse-me ele, que desrespeitou as autoridades e perturbou a ordem
públ ica? ' . Humildemente , r e spondi : 'Senhor , eu fu i pas tor de uma
igreja aqui em Niterói por muito tempo. Tenho pregado o evangelho
em toda pa r te des ta c idade . O senhor pode pe rgunta r a qua lquer de
seus oficiais se algum dia perturbei a ordem pública, ou se desres-
peitei de alguma maneira as autoridades' . 'O senhor quer dizer , então
— disse, que o delegado de São Fidélis me pregou uma mentira neste
ofício? ' . Eu respondi-lhe, chamando-me à inocência: 'Se ele mentiu
55
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ao senhor oficialmente ou não oficialmente, não lhe posso dizer . Mas
eu quero dizer ao senhor o q ue aconteceu ' . Rntão, ele me ouviu pacien-
temente. Quando terminei, ele confirmou a ordem de me levarem
para o xadrez. Então perguntei- lhe: 'E a minha senhora? Eu gostaria
de mandá-la para a casa de um amigo, visto que a cidade está agora
como uma praça de guerra c eu não tenho onde deixá-la ' . Ele chamou
um soldado de pol íc ia e ordenou- lhe que tomasse conta de la . Eu,
porém, ter ia que ir para o xadrez. Agradeci- lhe a oferta , mas disse-
lhe que ela preferia ir sozinha. Despcdimo-nos sem saber se seria
pe rmit ido que nos v íssemos outra vez . Recomend ando-nos ao Senhor ,
nos separamos. Fui metido no xadrez. O tal xadrez era um lugar
terr ível. Imaginem um quarto pequeno, de dois metros por quatro,
com jane las gua rnec idas por grades , dando pa ra uma á rea su ja , com
uma única porta e sem qualquer outra ventilação. Nesse quarto deviam
esta r juntos , confusamente , de qua renta c r iminosos pa ra c ima . O
mau che i ro que me pene trou nas na r inas quando o ca rce re i ro me
int roduz iu no ta l xadrez quase que me sucumbiu e me pros t rou por
terra. Hesitei um pouco. E estava para entrar à porta quando o senhor
me mandou um dos seus anjos , na pessoa de um soldado que e ra
crente. Reconhecendo-me, ele me disse: 'Pastor , se o senhor me
promete r que não fugirá , nós o de ixa remos f ica r conosco no sa lão
dos soldados ' . Pode-se imagina r com o ace i te i prontamente a propo sta
e quão agradecido f iquei pelo favor, louvando o meu Pai Celeste por
aquela bondade. No dia seguinte, estando em pé, à porta da delegacia
de pol íc ia , v i o cônsul por tuguês , um meu amigo pessoa l . Chamei-o
e contei- lhe o meu caso, pedindo-lhe que se interessasse por mim.
Ele me prometeu esforçar-se o mais possível. Mas me avisou que talvez
não fosse bem sucedido porqu e os por tugueses e s tavam sendo suspe i-
tados de auxi l ia rem a a rmada , na sua campanha contra a Repúbl ica
brasileira. Ele foi ás autoridades e, quand o se retirou, o chefe de polícia
mandou um of ic ia l r emover -me pa ra a de tenção, onde f icasse inco-
municável, como um preso político perigoso. Por que eles não me
mal t ra ta ram como f ize ram com mui tos antagonis ta s pol í t icos , eu só
atr ibuo ao meu bondoso Pai Celeste. O processo que eles usavam
para se livrar dos inimigos políticos era fardá-los e colocá-los na praia,
onde os mar inhe iros os a ssass inavam imedia tamente . Eu c re io que
essa era a idéia do delegado de polícia de São Fidélis, quando me
mandou pa ra o qua r te l -genera l como desrespe i tador das autor idades
e pe r turbador da ordem públ ica .
Solto depois de dez dias — Mas o Senhor t inha a inda a lgum t raba lho
para eu fazer . Minha boa esposa, brava como um leão, cheia de fé
c de coragem, andava pelas ruas de Niterói, sob o estrondo de bombas
que explodiam sobre a sua cabeça. Trabalhou até que chegou aos
ouvidos do Pres idente do Estado. Depois da me ia -noi te da déc ima
noi te da minha pr isão , e le me mandou busca r . E , desculpando-se
pelo que sucedera, disse ter sido um engano. Pediu-me que dissi-
mulasse o caso, pois que isso acontecera exclusivamente por causa
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da revolução que assolava aquele país. Prometeu cuidar de mim logo
que a ordem se restabelecesse. Eu disse ao Presidente que quanto
a isso eu nada tinha a dizer e que, pessoalmente, já não levaria em
consideração aquele fato. Mas que o que eu desejava saber era se
pode ria voltar a São Fidélis e con tinu ar a pregar o evangelho. Ele,
então, me disse: 'E exatamente por isto que lhe mandei chamar.
Queremos pedir- lhe um favor. Agora nosso estado está em estado
de sítio. Cada delegacia tem pleno poder em suas mãos. Se o senhor
fosse a São Fidélis antes de terminar a revolução, nós ter íamos de
mudar mui ta s coisas que exa tamente agora e s tamos imposs ib i l i tados
de fazer . Se o senhor nos f izer o favor dc não voltar a São Fidélis
enquanto durar a revolução, estaremos ao seu lado e providenciaremos
para que o senhor tenha toda a proteção necessária ' . Eu respondi
ao Presidente: 'Sim, senhor. Desde que V.Exa. me pede um favor,
eu não recusarei atendê-lo. Se fosse uma ordem, meu caro senhor,
eu teria que dizer a V.Exa.o que disse ao delegado de polícia —
Que, como batista , não aceito ordens, em matéria de religião, de
nenhuma autor idade c iv i l ' .
Voltando novamente a São Fidélis — E m 13 de mar ço de 1892, a
revolução te rminou com a submissão da f ro ta . No dia 20 do mesmo
mês eu voltei a São Fidélis. As perseguições continuaram enquanto
a mesma autoridade estava no poder. Um dia, estando no Rio de
Janeiro, recebi uma carta de meu auxiliar , comunicando-me a grande
perseguição que se dera em São Fidélis no domingo anterior . Indo
ao Vice-Presidente do estado, perguntei- lhe se lembrava de mim. Ele
disse: 'Sim ' . 'V.Exa. se lembra da p romess a que m e fez acerca de
São Fidélis ? ' 'Sim ' , disse-me ele. 'Entã o, tenh a a bond ade de ler
esta carta. ' Ele leu-a e me perguntou quando eu esperava estar naquela
cidade. Eu lhe disse: 'No domingo próximo'. 'Muito bem', ele disse,
'o senhor vá e eu providenciarei para que o senhor seja plenamente
garant ido na sua missão . ' Quando tomava o t r em, no sábado pe la
manhã , v i um grupo de ce rca de c inqüenta so ldados da br igada pol i -
cial embarcar para São Fidélis. Eu falei com o oficial encarregado
e e le me informou que iam pa ra de fender um pas tor protes tante que
estavam sendo perseguido por um político católico. Todos esses
soldados, ele me disse, ou eram protestantes, ou eram amigos da causa
deles. Eu lhe disse que cu era o pastor referido c pedi- lhe que não
deixasse o delegado saber para que f ins os soldados estavam sendo
enviados e que esperássemos os acontecimentos. O que lhe pedi prin-
c ipa lmente fo i que evi ta sse de r ramamento de sangue . Chegando a
São Fidélis, os soldados se apresentaram ao delegado, que entendeu
que e les e s tavam sendo m andad os pa ra qu e acabassem com os protes-
tantes. No domingo, nós tivemos nosso culto regular . No culto da
noite, um grande grupo de perseguidores foi trazido à cidade pelo
chefe pol í t ico pa ra acabar com o nosso t r aba lho, agora que t inham
a força pública para auxiiiá- los, como pensavam. Pode-se imaginar
a surpresa quando descobriram que a força estava ali exatamente para
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manter a paz. O fato é que alguns deles voltaram para casa feridos,
cortados, e com membros quebrados. Depois disso, nunca mais fomos
per turbados .
A vingança do missionário — Ante s de f indar esta história , eu desejo
dizer como me vinguei desse delegado de policia. Creio que poucos
dos meus le i tores concorda r iam em que um miss ionár io pensasse em
vingança. Mas eu mc vingo e pratico a vingança, às vezes. Leiam
o que se segue e vejam como o f izemos e qua nto n os alegramos daquela
parte de nossa corrida. Não muito depois da última perseguição, o
partido político chefiado pelo pai desse delegado perdeu o poder,
c ele e sua família perderam o prestígio. O chefe da oposição era
meu amigo pessoal e uma de suas f ilhas era membro de nossa igreja.
Quando o novo partido assumiu as rédeas do poder, eu lhe pedi um
simples favor: que se aquele delegado de polícia chegasse a ser preso,
me fizesse saber. Aconteceu que, durante as eleições, foram desco-
be r ta s f r audes . Houve um t i ro te io no mesmo lugar onde fu i preso
durante vinte e quatro horas. Três pessoas foram mortas. O chefe,
um dos que me prenderam, foi preso. No dia seguinte, recebi um
telegrama avisando-me do fato. Apressei-me em ir a São Fidélis e
pedi ao chefe político (o novo) que me deixasse ver o preso e fazer-lhe
o que desejava.O homem temeu que eu pudesse fazer justiça com
as minhas própr ia s mãos . Mas assegure i - lhe que não t inha in tenção
de fazer qualquer mal àquele homem e, que se ele quisesse, poderia
me acompanhar e ver o que eu queria fazer . Tendo a permissão, fui
à pr isão e d isse ao homem que o tempo de minha desfor ra havia
chegado e que teria o prazer de restituí- lo à sua esposa e f ilhos. De
certo f icou mudo e se esqueceu de me agradecer. Foi para casa e,
no dia seguinte, desapareceu, temendo a vingança de outros piores
do que eu. Hoje há em São Fidélis uma igreja muito próspera. Um
bom negociante converteu-se e fez presente de um terreno no centro
da cidade, onde se edif icou o templo. '
( l )
O U T R A S V Í T I M A S D A P E R S E G U I Ç Ã O
No mesmo dia em que Salomão Ginsburg foi preso (9 de janeiro de 1894)
e enviado para Niterói, onde f icaria dez dias detido, foi também preso e enviado
para Campos o i rmão José de Souza . Humilha ram-no, despreza ram-no e , em
seguida , fo i amar rado com se amar ra um porco e jogado num vagão de t r em
da Leopoldina .
No seu afã de destruir a causa do Mestre, os perseguidores usavam de
todos os r ecursos que se podem imagina r . Eram va ias , apupo s , pedradas , pr isões ,
e tc. A jovem Co r ina Manh ães r ecebeu uma ped rada na cabeça , o que lhe causou
um grande fe r imento . Seu sangue fo i de r ramado em plena rua . Os in imigos ,
porém, não se comoviam , vendo-a a ss im ensangü entada .
O sangue derramado pelas vítimas de perseguições ao evangelho fertilizou
a terra para que a semente das boas-novas pregada germinasse e viesse a dar
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muitos frutos. Já dissera o grande apologista cristão Tertuliano que 'o sangue
dos mártires é a semente de cristãos' .
P E R S E G U I Ç Õ E S E M M A C A É
Embora já e s t ivéssemos na Repúbl ica , e com uma Const i tu ição l ibé r r ima
que dava plenos direitos a todos os cidadãos de seguirem o credo religioso que
quisessem, o pá roco da c idade de Macaé , con hec ido por F re i Ignác io , promovia
perseguições aos inofensivos crentes, com o f ito de evitar que fossem realizados
cultos para atrair convertidos ao evangelho santo de Jesus Cristo.
O mês de julho de 1899 f icará na história como o mês das cruentas perse-
guições promovidas pelo referido clérigo.
Joaquim Fernandes Lessa comenta que, no referido mês, os crentes foram
"novamente pe r seguidos de modo bá rba ro e sem precedentes naque la c idade ' .
O Fre i Ignác io r ecebia cober tura do jorna l O Século, de Mac aé. Por isso
se sentia senhor da situação e com direito a desrespeitar a Constituição e a cons-
ciência das pessoas bem esclarecidas.
O caso que estamos relatando está ligado ao batismo no mar, na Praia
da Conc ha . Al i se r ia ba t izado o i rmão João Hug o Kopp que de ra , publ icamente ,
a profissão de sua fé no evangelho de Cristo Jesus, a quem ele reconheceu como
Sa lvador e Senhor .
Sabendo o Frei Ignácio que os crentes ir iam realizar tal batismo, preparou
um grupo para, não só hostilizar com vaias, impropérios, etc . os crentes, como
a inda apedre já - los .
No dia e hora marcados, lá estava o frei com seu grupo realizando seu
intento . Mas os c rentes não se in t imida ram. P re fe r i r am sof re r pe lo evange lho
os apupos, as vaias e as pedradas. Deus estava com eles e também o povo sensato
de Macaé fa r ia o ju lgamento dos a tos do f re i . O a ludido jorna l O Século, a inda
gabando do que o f r e i conseguira com um grupo de a r ruace i ros , f ez publ ica r
a sua 'glória ' , sob o título Os Protestantes Vaiados:
"Na tarde de domingo passado (16), quando os protestantes se reuniam
à Pra ia do Concha pa ra ba t iza rem João Hugo Kopp e outros que
renegaram a religão católica para abraçarem a seita do frade Lutero,
o povo em massa, pleno de indignação, vaiou-os até à noite , quer
na praia, quer pelas ruas da cidade e até na Rua Mesquita. Os protes-
tantes , amedrontados , n ão conseguiram faze r os ba t ismos pa ra aque la
ta rde marcados , só os r ea l izando no d ia seguinte pe la madrugada .
A polícia compareceu prontamente, apaziguando os ânimos exaltados.
O ba t izando João Hugo Kopp, d isse ram-nos , teve um braço bas tante
contundido com uma pedrada , na ocas ião em que , mergulhado no
santo elemento, rezava de olhos fechados ( )"
(1
>
Felizmente nem todos concordavam com as perseguições do frei e seus
apaniguados . A a t i tude do f re i fo i r epudiada pe los jorna is O Lince e O Diário
Macaense, ambo s publ icados em Macaé . Além de les , out ros jorna is da capi ta l
verberaram o ato de intolerância praticado pelo Frei Ignácio.
O j o r n a l O Lince se pos ic ionou ao lado dos c rentes , por tanto da jus t iça ,
e combateu com energia a maneira como o frei agia desrespeitando a Consti-
tu ição e a f rontando consc iênc ias a lhe ias .
5 9
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O Lince, conhecendo o ca rá te r do reda tor de O Século, que pa t roc inava
a causa do frei, resolveu desnudá-lo perante todos. Tratava-se do Sr. Antônio
de Souza Melo que, já sexagenário, não exibia conduta regular .
O Lince
retratou-o como ele era:
"É um ve lho sem vergonha , avô, quase sexagenár io e com numerosa
famíl ia cons t i tu ída em Macaé , composta de f i lhos homens , que têm
mais necessidade de bons exemplos de seu chefe do que assistir à
descompo stura e imora l idade a t i r adas do mesmo, a t i r adas contra um
públ ico que o tem supor tado mise r icordiosamente em seu se io há
mais de 30 anos . Esse homem. . . sabem-no todo s: é o bandido Antônio
de Souza Melo".*
2
)
Salomão Ginsburg era de coragem indômita e sempre lutava para que a
força do direito prevalecesse contra o direito da força — tese, aliás, defendida
mais ta rde , em Ha ia , Holanda , pe rante grandes potênc ias , pe lo grande jur is -
consul to bras i le i ro , Rui Barbosa , que de ixa r ia o mundo des lumbrado com sua
in t repidez e ta lento mul t i f ace tado.
O miss ionár io Sa lomão Ginsburg reba teu , pe lo jorna l O Lince, os a taques
q ue
O Século
veiculara contra o pugilo de crentes daquela cidade. Eis uma parte
do que ele publicou:
"Não somos covardes , nem há nada que nos amedronte , mui to menos
moleques a ssa la r iados pe lo O Século ou por quem quer se ja . Porque
diga-se o que era necessário, não é a popu lação em m assa qu e persegue
os evangélicos em Macaé, como insultosamente avança O Século (que,
des te modo, preza pouco o bom senso dos d ignos macaenses) ; são
os garotos, os imbecis, os bêbados abundantes em todas as cidades
e em todos os tempos , sempre prontos ao acesso dos provocadores
e desordeiros, que executam essa vaia deprimente com que temos sido
h o n r a d o s " .
(3 )
Ora nas praças, ora nas ruas, ora nas praias em ocasiões de realização
de batismos, ora em ca"sas particulares, quando se realizavam cultos a Deus,
os in imigos e s tavam procurando des t ru i r a obra do Senhor .
Sa lomão contava com um evange l is ta mui to a rdoroso , F lorent ino Rodr i -
gues da Silva, jovem intimorato que não se deixava intimidar com as perseguições
que moviam contra os crentes.
Como naquele começo só Salomão e Antônio Ferreira Campos eram pastores
ordenados e não po diam a tender a todos os t r aba lhos que iam se desenvolvendo,
Florentino Rodrigues da Silva foi autorizado pela Igreja Batista de São Fidélis
a realizar batismos sem ser pastor ainda. Foi nessa condição de evangelista que
ele começou a batizar em vários lugares.
O episódio referido acima se deu quando ele ia imergir nas águas batis-
mais, na Praia do Concha, alguns que já tinham professado a fé no Senhor Jesus.
Havia em Macaé, nos idos de 1899, um homem conhecido pelo apelido
de Minga Ribeiro, que vivia sempre embriagado e, por essa razão, fazia certas
estrepolias que, no f inal, o conduziam à cadeia. Dai só saía quando um parente,
que era crente, pagava a chamada 'carceragem'. Apesar de ser beneficiado por
esse crente, Minga Ribeiro, que era conhecido como 'mau elemento' , era utili-
zado pelo Frei Ignácio e pelo jornal O Século para promover as desordens nos
cultos c a espalhar boatos contra os crentes.
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Ocorre que, no dia 23 de julho de 1899, Minga Ribeiro saiu pelas ruas
de Macaé , a c idade que é uma pé rola engas tada no At lânt ico , e spa lhando o
seguinte boletim: 'Ao povo. O abaixo-assinado dissertará hoje, à Praça Visconde
do Rio Branco, sobre religião católica, Macaé, 23 de julho de 1899. Domingos
Ribeiro' .
A intenção era provocar distúrbios porque, para a mesma praça, o Pastor
Salomão já havia anunciado a realização de pregações.
À hora marcada, Salomão, com os crentes, estava na praça, cantando,
quando um grupo liderado por Minga Ribeiro começa a gritar e 'a dar vivas
à religão católica ' , não deixando de lançar impropérios terr íveis contra o protes-
tant ismo.
Tal foi a perturbação, que a polícia foi chamada a intervir . Joaquim Lessa
afirma que ' foi geral a indignação da parte do povo que assitia à conferência
evangélica'.
Com a presença do De legado de Pol íc ia , tenente Ga leno Camargo, com
força a rmad a , fo ram dispe r sos os causadores do problema . Ass im, o miss ionár io
pôde realizar sua pregação.
A G R A N D E C O N T R I B U I Ç Ã O D O S E V A N G E L I S T A S
No passado, eram reconhecidos como evangelistas os irmãos que se dedi-
cavam à evangelização, fazendo o trabalho como um pastor , sem, contudo terem
autor idade pa ra ba t iza r e ce lebra r a Ce ia do Senhor . Eram pessoas de consa -
gração comprovada, dispostas ao sacrif ício, quer do ponto-de-vista f inanceiro,
quer do ponto-de-vista de viagens sacrif iciais, que eram feitas, ora a pé, ora
a cavalo, com sol ou debaixo de grandes e pequenas chuvas. Eram eles verda-
deiros desbravadores, pois, tudo então era dif ícil na realização da Obra. Diminuto
era o número de pastores. As estradas eram raras. As escolas só existiam nos
grandes centros.
Foi nessas circunstâncias que o evangelista Florentino Rodrigues da Silva
chegou da Bahia , convidado que fora pa ra colabora r na Missão Campis ta , onde
a tuava apenas um obre i ro — o miss ionár io Sa lomão Ginsburg . Por causa da
falta de obreiros, os que se iam convertendo na região, frutos do desenvolvi-
mento do t r aba lho do evange l is ta , prec isavam espe ra r durante mui to tempo a
visita do missionário para que pudessem ser batizados.
Para solucionar esse problema, no ano de 1897, a Igreja Batista de São
Fidélis resolveu autorizar o evangelista Florentino Rodrigues da Silva a realizar
batismos e a celebrar a Ceia do Senhor. Para solucionar o mesmo problema,
também ali existente, a Primeira Igreja Batista de Campos autorizou o diácono
A.R.Melo a celebrar a Ceia.
Anteriormente, segundo se lê no livro de atas da Associação Centro
F luminense , houve caso dc i rmãos que , pos tu lando ao pas torado, t inham s ido
impedidos pela Junta Regional. Eram evangelistas que, indiscriminadamente,
que r iam torna r - se logo pas tores . Ace i tando o pos ic ionamento da junta , a s igre ja s
impediram que isso fosse feito.
A carência de pastores sentida no Estado d o Rio era problema vivido também
61
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em outros estados, no início do trabalho batista . Assim é que, em Minas Gerais,
o diácono João Tiburcio Alves foi autorizado a celebrar a Ceia e a realizar
batismos. Entre aqueles que foram por ele batizados, naquela época, estava o
jovem Florentino Ferreira, batizado em 4 de outubro de 1911, que vir ia a ser
pastor da Igreja Batista de Natividade de Carangola, no Estado Rio de Janeiro.
A colônia alemã, no Rio Grande do Sul, viveu situação semelhante. Por
falta de obreiros, o irmão F rederico Mueller , um dos dois únicos ba tizados naquele
local, realizou os primeiros batismos, antes de 1890. O mesmo sucedeu com
a colônia leia no Brasil. A falta de obreiros levou os irmãos letos a escolherem
um diácono que emigrara para o nosso país, autorizando-o a celebrar essas duas
ordenanças do Senhor Jesus .
Mais tarde, alguns irmãos que haviam atuado como evangelistas em diversas
regiões do nosso estado foram ord enad os pastores: José Alves, Emilio W .Kerr,
J.F.Lessa, Jaime Soares Curvelo, Corindiba dc Carvalho, Cândido Ignácio da
Silva, Joaquim Melo Policarpo, Valério Gomes, Manoel Antônio da Silva e outros.
Muitos desses irmãos se revelaram como pastores e foram bem aprovados como
obre i ros no campo ba t is ta f luminense .
No início da obra do Senhor, no Estado do Rio, destacaram-se como evan-
gelistas: Domingos Joaquim de Oliveira (de 1890 a 1891), José Alves (de 1892
a 1893), Vjcente Morais (1897), Joaquim FLessa (de 1895 a 1901), Bento de
Souza (1897), Manoel Tiago (de 1899 a 1900), Pedro Barbosa e Florentino Rodri-
gues da Silva (de 1896 a 1898).
Depois de 1900, aparecem na arena batista f luminense os seguintes evan-
gelistas: Acelino Corrêa (Rio Preto) , A lberto Mendes d e Oliveira (Maricá) , Alfre do
Dias De lgado (Sana) , Alexandr ino Cunha (Sa l to) , Almiro Campos Nogue ira
(Barão de Aquino) , Antônio Fe rnandes Por tuga l (Cór rego do Ouro) , Be lmiro
Basílio de Souza (Três Rios) , Benedito Firmo (Salto) , Bernardo Ferreira Neto
(Firme), Cantan do Ferreira Pinto (M aricá) , Carlos Rodrigues de Oliveira (Valença),
Carolino de Oliveira (São José do Rio Preto) , Clemente Teixeira Pinto (Campos
Elísios) , Dário da Silva Branco (Cachoeiras de Maca bu), Dionísio Loureiro (Salto) ,
Domingos José Fe r re i r a (P i ra í ) , Emerenc iano Nunes Machado (Pádua) , Ernes to
Nogueira Penido (São Fidélis) , Eunuco Santana de Abreu (Taquarussus) , Fidélis
Carneiro (Pureza), Francisco Alves Ferreira (Carapebus), Francisco Antunes de
Oliveira (Araruama), Fortunato dos Santos (Neves) , Honesto dc Almeida Carvalho
(Correntezas) , Ideal de Souza Bastos (Piabetá) , I ldefonso Silveira (São Gonçalo).
Ja ime Soares Curve lo (R io Dourado) , João Alves (Cambue i) , João Franc isco
de Paula (Barra do I tabapoana), João Freitas (Tercsópolis) , João Moura da Silva
F i lho (Mar icá ) , Joaquim Franc isco de Souza (Carmo) , Joaquim Melo Pol ica rpo
(Trajano de Morais) , José Martins Gomes Fayal (Cacimbas), José Rodrigues
Corrêa (Carapebus), Lino de Paula (Pureza), Leopoldo Alves Feitoza (São João
de Mcriti) , Luiz Ovídio Firmo (Alto Macabu), Manoel Couto da Cunha (Glicério) ,
Miguel Galdino da Silva (Taquarussus) , Otávio Farias (Sapucaia) , Otávio Florêncio
Pereira (Pião), Panfílio Teixeira Barreto (Capim Angola) , Raul Alves de Abreu
(Paraíba do Sul) , Sebastião Freitas (Carmo) Silvino Ferreira de Souza (Imbaú).
De alguns evangelistas narram-se episódios jocosos. Por exemplo, o evan-
gelistas Emerenciano Machado, membro da Igreja Batista dc Pádua, indo pregar,
certa feita , na roça, perdeu, à noite , o caminho. Começou a andar no meio
do matagal, buscando aqui e ali um lugar por onde pudesse sair . Como nada
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conseguisse, começou a cantar o hino 2,07 do Cantor Cristão, que tem como
t í tu lo Mensagem Real, e cuja primeira estrofe e o estr ibilho dizem assim:
Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou;
Do reino lá do céu embaixador eu sou
Meu Rei e Salvador vos manda em seu amor
As boas novas de perdão.
Eis a mensagem que me deu
Aque le que por nós mor reu:
"Reconciliai-vos já", é ordem que Ele dá,
"Reconc i l ia i-vos já com Deus " .
Ia repetindo "Sou forasteiro aqui, em terra estranha estou.. ". De repente,
no meio do mato, uma janela sc abriu e uma luz brilhou. Alguém queria atender
ao c lamor do " foras te i ro" .
Aquele encontro com aquela família , naquela noite , resultou em frutos
para o evangelho.
Não foram, porém, só episódios pitorescos os vividos pelos bravos evan-
gelistas. Muitos deles arrostavam muitas peripécias e perseguições. Há os casos
daque les que foram mal t r a tados , pe r seguidos c tor turados pe lo único"c r ime"
de terem abraçado o puro evangelho de Cristo Jesus, nosso Senhor.
Exemplo disso é o que aconteceu com o irmão Luiz Ovídio Firmo que,
ao se converter , tornou-se uma grande arauto do evangelho que abraçara. Em
conseqüência disso, foi alvo de motejo, desdém e, até , perseguições.
Certo dia, foi pregar no lugar denominado Arraial do Frade, que se loca-
liza na região do Glicério, município de Macaé.
Um grupo soube que ele ia ali pregar e resolveu encontrar-se com ele para
fazê-lo voltar do caminho. Mas ele não se intimidou. Após tê-lo xingado muito,
deram-lhe doze cacetadas. Ele caiu. Ao invés de receber ajuda, vieram outros
malvados que, abrindo-lhe a boca, f izeram-no comer areia, deixando-o semi-
-mor to .
Foram embora , de ixando-o ca ído c sangrando. Q uand o e le r ecobrou forças ,
levantou-se e, assim mesmo, ensangüentado, se dir igiu para o local onde ir ia
pregar. No caminho alguém o reconheceu e disparou três tiros. Mas o Senhor
os desviou dele.
A palavra do Senhor se cumpre a cada momento. Luiz Ovídio Firmo podia
dizer: "O anj o do Senhor acam pa-se ao redor dos que o temem e os livra"
(Salmo 34:7).
O P O S I Ç Ã O D O C L E R O
Os inimigos da propagação do evangelho não mediam esforços para
emba raçar-lh e o desenvolv imento. U savam de todos os meios que podiam para
atingir o seu objetivo.
O ano de 1896 foi de muitas lutas para os crentes. Passaram, durante aquele
ano, por muitas provações e experiências.
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Joaquim Fernandes Lessa registrou:
"Em Campos, em 1896, o trabalho sofreu algum abalo devido a uma
grande epidemia de varíola que assolou quase toda a população, sendo
grande o número de mortos, entre eles, alguns crentes. Quando os
ânimos se estavam levantando, e os crentes exercendo plena atividade,
o Diabo se lembrou de um ardil que pudesse neutralizar o serviço
dos servos do Senhor. Influiu a alguns gatunos a roubarem a igreja
matriz de Campos em diversas jóias e a quebrarem imagens e outras
coisas do templo católico, com o evidente propósito de responsabi-
lizarem os evangélicos batistas por tal ato de selvageria, o que surtiu
o efeito desejado pelo inimigo das almas. No culto de quarta-feira,
no dia 21 de outubro de 1896, à Rua Marechal Floriano, n? 13, postou-
-se em frente ã porta do salão de cultos uma grande multidão em
atitude francamente hostil . O salão estava repleto de ouvintes atentos
quando uma pedrada fo i a r remessada pa ra dentro do rec in to . Como,
p o r é m , a s d i g n a s a u t o r i d a d e s h a v i a m t o m a d o a s n e c e s s á r i a s
precauções, o movimento foi logo repelido pela polícia de cavalaria
que guardava a casa de cultos. O pastor Salomão fez distr ibuir pela
cidade um boletim explicando ao povo a atitude dos protestante em
todos os tempos e protes tando contra ta is monst ruos idades . Os jorna is
da cidade — Monitor Campista e A Gazeta do Povo — foram
unânimes em defender os evangélicos, dizendo um deles: 'Estamos
plenamente convencidos de que não se trata de uma questão religiosa,
mas s implesmente de roubos , e que a profanação das imagens não
é ato de fanatismo, mas o resultado da precipitação com que os ladrões
procura ram despoja r a s mesmas imagens de obje tos de va lor com
que es tavam adornadas" ." '
L A N Ç A M E N T O D A P E D R A F U N D A M E N T A L D O P R I M E I R O
TEMPLO BATISTA NO BRASIL
Campos, que se ufana de ser a primeira cidade na América do Sul a possuir
luz elétr ica
(1)
e, também, de construir a primeira ponte de ferro, teve o privi-
légio de ver solenemente lançada a pedra fundamental do primeiro templo batista
em solo brasileiro. (Esse fato é narrado mais adiante, cm outra parte desta obra.)
As igre ja s ma is ant igas que a de Campos reuniam-se em casas adaptadas pa ra
o seu func ionamento .
Depois de ter se reunido, por algum tempo, no salão alugado, que f icava
na Praça da Redenção, e que fora a sede da tipografia do jornal Vinte e Cinco
de Março, a igreja passou a se reunir em uma casa no Beco do Barroso.
Foi em 1895 que os crentes, sob o pastorado de Salomão Ginsburg,
compraram um terreno na Rua Formosa (hoje, Rua Tenente Coronel Cardoso),
com o propósito de nele erigir um templo. Deste modo, devolveram o terreno
que tinham comprado à Rua do Mafra, da Igreja Presbiteriana, que, na ocasião,
estava inativa por falta de liderança. Assim agindo, estavam satisfazendo a lide-
64
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rança presbiteriana do Rio de Janeiro que nao concordara com a venda daquele
terreno.
Comprado que fo i o te r reno da Rua Formosa , r e solve ram, imedia tamente ,
levar avante o plano de construção. Resolveram, então, lançar a pedra funda-
mental, no dia 21 de abril de 1897, data q ue relembra o aniversário do p roto-m ártir
Tiradentes, que hoje, é considerado Patrono Cívico do Brasil.
A solenidade foi empolgante, pelo que descrevem os jornais. A Gazeta
do Povo, um dos jornais insuspeitos, fez uma reportagem do evento:
"Igreja Evangélica — o protes tant ismo pod e d ize r - se uma ins t i tu ição
formada entre nós. Prova-o tocante solenidade com que foi anteontem
lançada a pedra fundamenta l da igre ja ba t is ta que se rá dentro em
breve uma realidade, graças ao espír ito trabalhador e infatigável de
seu i lus t r e pas tor , nosso d igno amigo Sa lomão Ginsburg .
"Não somos protes tantes . Educados no regime ca tó l ico , no doce
remanso do la r domést ico , ouvimos, como um hino de e spe rança
e amor , o canto ba lsâmico de nossas mães , num hosana dulçuroso
ao Deus Pai, Senhor invencível dos mundos e dos exércitos. . .
"Não somos protes tantes , r epe t imos . Mas a c rença de que devemos
ser católicos contra a igreja, ou apesar dela, crença que se avigorou
em nosso espír ito pelos múltiplos vexames e erros da tirania espir itual
acas te lada em Roma, e pe lo quase sagrado respe i to ao nosso es tado
político, que garante a liberdade do culto, fez-nos acorrer à Praça
da Redenção, onde, entre galhardetes e folhas, se acotovelava uma
mult idão compac ta de f ié is , ans iosos pe la execução do programa ,
que fo i obse rvado capr ichosamente .
"Q uan do chegamos, a mul t idão es tava toda descober ta , e , da t r ibun a ,
especialmente levantada para tal f im, falava o nosso digno colega
Dr. Azevedo Cruz, que mais uma vez honrou os foros de orador f luente
e correto, calmo e imponente, eletr izando com a magia dc sua palavra,
ungida de encantam ento e entus ia smo, tod a a f ibra sens ível da g rande
massa popular que o cercava. Foi um discurso feliz , cheio de rasgos
de e loqüênc ia , de h ipé rboles a r ro jadíss imas , de medi tado fundo f i lo-
sófico. Foi talvez pouco religioso; mas suas últimas palavras, numa
apoteose des lumbrante ao pape l da r e l ig ião na ha rmonia pol í t ica do
futuro , foram recebidas por uma prolongada sa lva de pa lmas , mere -
cendo o nosso i lus t r e companhe iro ge ra is cumpr imentos e mui tos
abraços.
"Em seguida , o pas tor f ez uma prá t ica adequada ao grande acon-
tecimento, lendo a ata que foi assinada por todas as pessoas presentes,
sendo a to cont ínuo lançada a pedra fundamenta l .
"Seguiu- se depois animado le i lão de prendas , mui to d ispos tas ,
enca r regando-se obsequiosamente des te se rviço o S .B .Lopes , honra do
e conhecido leiloeiro da praça.
"A nossa folha esteve representada por todo o seu pessoal de redação,
sendo oferecida ao nosso chefe uma artística pasta, em que estavam
bordadas a s seguintes pa lavras : A Gazeta do Povo.
"Ao te rminarmos es ta r ápida not íc ia , devemos de ixa r cons ignados
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os nossos protestos de reconhecimento ao digno Sr. Ginsburg pelas
maneiras cavalheirosas por que nos recebeu".
(2)
Mas a melhor homenagem seria prestada aos batistas campistas pelo grande
historiador Júlio Feydit, que reservou página e meia em sua magnífica obra Subsí-
dios Para a História dos Campos dos Goitacazes, pa ra na r ra r o acontec imento:
"A concorrência de espectadores foi regular . Uma menina recitou
uma poesia, e um menino, um discurso. Ambos mostraram que haviam
decorado bem, e que nos seus tenros cérebros as palavras dos que
os ensinaram, haviam ficado gravadas corno em uma lâminas sensível
de fonógrafo. Seguiram-se os cânticos, ou hinos, cantados pelos
meninos . Depois o pas tor Sa lomão, com o braço d i re i to e s tendido,
olhos baixos, fez ao Criador uma prece para que ele abençoasse os
t r a b a l h o s c o m e ç a d o s n a q u e l e d i a .
"Convidado, o Dr .Azevedo Cruz , subiu a um pequeno tablado a l i
feito, que servia de tr ibuna, e , dir igindo-se aos espectadores, em
resumo, disse: 'Que da Alemanha é que saíra a voz de protesto contra
a tirania dos papas, dali é que Lutero lançara o grito de desobediência
ao Vaticano, o poder mais formidável que então havia; tendo lido
e estudado o que dizem os f ilósofos cristãos, e também Conte, Malles-
chor e Spencer; tem estudado a história do passado e do presente,
e tem notado que os espanhóis do México, os ingleses no Transwal,
os italianos, que acabam de ser vencidos pelo herói Menelik, enfim
a Europa col igada , t r aba lhando pa ra sufoca r um punhado de bravos ,
faz o bloqueio da Grécia e se torna, sob o pretexto de razão de estado,
a protetora do crescente muçulmano contra a cruz dos cristãos.
"Da Espanha, a terra de Cide, de Lopes da Veiga, de Calderon de
Labarca , de Campoamor , que vemos? Vemos o apósto lo da l ibe r -
dade, o tr ibuno da fé se tornar apóstata e incoerente com suas idéias,
tornar-se o chicote, o azorrague, com que retalha as carnes de pérola
das Antilhas e ferir no seio a cabocla cubana
"E quem poder ia ac redi ta r que Emíl io Cas te la r , o pa ladino da re l i -
gião cristã , se tornass e o apó stata contra a liberdade? Co mo acred itar
na sinceridade desses evangelizadores, dessa Europa coligada, contra
a liberdade dos povos?
"Ainda não assentei minha tenda, ainda estou estudando. Se vós poucis
com vossa fé, com vossa crença, torn ar a Repúb lica feliz , se vós podeis
contraba lança r o e fe i to funes to do fana t ismo; então eu se re i um dos
vossos irmãos em crença, eu vos ajudarei a carregar esta pedra, para
a fundação de ma is um templo que , p lantado no d ia do anive r sá r io
do proto-mártir da República brasileira, se tornará mais um foco
de luz espancando as trevas que obscurecem o azul infinito do céu
da terra do cruzeiro. '
"Este discurso não é mais do que um resumo, que, de memória, repro-
duzimos; deve ter muitas lacunas, e , talvez, pela pobreza do nosso
vocabulá r io , tenhamos amesquinhado as f r a ses bur i ladas de um dos
mais distintos oradores campistas.
"Antes da colocação da pedra comemora t iva , fo i t i r ada a fo togra f ia
das pessoas que se achavam presentes.
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"O te r reno em que se cons t ru iu o templo deve te r ap roximadam ente
90 palmos de largura e 180 de fundos, e custou 4.500S000. Para a
construção da igreja foram obtidos donativos no Brasil, no valor de
20 contos de réis; e a Sociedade das Missões Evangélicas, dos Estados
Unidos, remeteu 730 dólares, que, pela baixa de câmbio, produziram
mais de cinco contos de réis". '
3
'
C L E R O C A T Ó L I C O R O M A N O R E A G E C O N T R A
A CONSTRUÇÃO DO TEMPIX) BATISTA
Salomão Ginsburg era um espír ito jovial, simpático. Logo ganhava a amiz ade
das pessoas com quem se encontrava.
Na cidade de Campos fez muitos amigos. A imprensa campista lhe dava
cober tura quando necessá r io . Mesmo com o apoio do povo e da imprensa , o
clero não deixava de persegui-lo e ao pugilo de crentes que com pun ham a prime ira
igreja da cidade.
O lançamento d a pedra - fundamen ta l do templo provocou no c lero um ce r to
ciúme. Por isso, seu porta-voz, o vigário da paróquia, publicou na imprensa
loca l uma nota demonstrando o seu desagrado:
"Freguesia de São Salvador. O abaixo-assinado, vigário da freguesia
de São Salvador, tendo lido hoje nos jornais desta cidade um apelo
da comissão dc obras do templo evangé l ico à população campis ta ,
vem por dever de consciência prevenir os seus paroquianos que de
modo a lgum podem concor re r com dona t ivos , se rv iços ou qua isquer
outros meios para a ereção de templos heréticos. E também lhes faz
saber que a Santa Igreja Católica proíbe os f iéis de tomarem parte
nas prédicas ou nos ofícios que neles se fazem.
Campos, 22 de dezembro de 1897. O vigá r io-padre , Antônio Mar ia
Cor rêa de Sá ." '
1
'
Salomão Ginsburg acudiu logo em defesa dos batistas e publicou nos jornais
rebate àquela nota. Em seu livro Um Judeu Errante no Brasil, ele registrou:
"Um dia achei que devia levar ao conhecimento dos habitantes da
cidade o que a igreja estava tentando fazer. Beneficiá-la seria bene-
ficiar a cidade. Eu não apelei a ninguém, mas f i- los saber que
receberíamos com alegria qualquer auxílio se alguém se sentisse dese-
joso de fazê-lo. No dia seguinte, o vigário da cidade, padre e aferrado
jesuíta , publicou um artigo em que denunciava a religião protestante,
classif icando-a de tudo que era vil e terminou sua tirada com a seguinte
conclusão: 'Se alguém auxiliar de algum modo ou forma, a construção
do templo protestante, será, ipso facto, por aquele ato, excomungado' .
"Aque le a r t igo me a judou a te rminar a cons t rução da be la casa de
cultos, uma das melhores do Brasil. Dia após dia, depois do artigo,
chegavam-me cartas pelo correio trazendo cheques, dinheiro ou ordem
de quarenta a duzentos e mais mim réis, quase todos concluíam assim:
'Sr . Ginsburg, faça o favor de publicar o meu nome e que lhe remeti
a lgum dinhe iro porque eu dese jo se r excomungado ' . " '
2
'
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I N A U G U R A Ç Ã O D O P R I M E I R O T E M P L O
C O N S T R U Í D O N O B R A S I L
Fato auspicioso para os batistas de todo o Brasil foi a inauguração do
templo da Primeira Igreja Batistas de Campos. O fato ocorreu no dia 21 de
abril de 1898, à tarde, com uma assistência calculada em mil pessoas. O sermão
oficial foi profe rido pelo missio nário W .B.Bagby, o pioneiro do trabalho batista
no Brasil.
Por se r um fa to inédi to , a t r a iu a a tenção de toda a comunidade campis ta ,
estando ela representada principalmente pela Loja MaçOnica Goitacás, na pessoa
do Dr. Pedro Landim, pela Associação Comercial, na pessoa do Sr. João Batista
Lopes, e pela Sociedade Musical Lira de Apoio, que abrilhantou a cerimônia
com várias peças de alto valor .
Os jorna is campis ta s Gazeta do Povo, Monitor Campista e Segundo Distrito
publ ica ram a not íc ia "de modo entus ia s ta e bondoso" .
D o j o r n a l Segundo Distrito extraímos:
"Esteve imponente a, f e s ta r eal izada anteontem para a inauguração
deste templo, construído ao lado da E.F.de São Sebastião, no Largo
do Rocio. O templo não é muito vasto, é construído em estilo gótico,
medind o 40 pa lmos de f r ente sobre 80 de fundo . O in te r ior é de um a
simplicidade digna. As paredes são caiadas de alto a baixo, sem a
mais l ige i ra ornamentação.
"À fes ta de inauguração comparece ram mais de mi l pessoas , sendo
pequeno o templo para conter a inúmera massa de povo que concorreu,
tendo f icado do lado de fora mais de 300 pessoas. A nossa melhor
sociedade achava-se ali representada". '
1
'
A const rução desse templo provou a têmpera do miss ionár io Sa lomão L.
Ginsburg . Um número tão pequeno de c rentes , e pobres , não te r ia condições
de e r ig i r ta l templo . Mas Sa lomão, empreendedor como e ra , conseguira com
seus amigos maçons ofe r ta pa ra a cons t rução. Ape la ra à soc iedade campis ta .
Publicara na imprensa local o plano de construção e promovera até leilão. Isso
provocou reação
(2)
-
OS BRAVOS COLPORTORES
Missão das mais dif íceis, porém mui gloriosa, era a do colportor . Ele se
ocupava em espalhar, difundir , propa gar o evangelho através da literatura. Naqu eia
época , do in íc io do t r aba lho ba t is ta no es tado, e ra o colpor tor o bande irante
da fé, que viajava de cidade em cidade, de vila em vila , de aldeia em aldeia,
de fazenda em fazenda, ora de trem, ora a cavalo, ora em canoas pelos r ios,
ora a pé, subindo montes, descendo vales, à procura de alguém para quem pudesse
oferecer, como um mascate, o seu produto. Ele era o burifarinheiro.
Nos pr imórdios da obra , os poucos obre i ros que havia f az iam, a lém da
obra evangelística, pessoal ou em reuniões, a obra de colportagem. Não havia,
naque la época , a s f ac i l idades de pedidos pe lo cor re io , como hoje nós temos.
Tudo era dif ícil. Era preciso, então, levar ao evangelizando a Bíblia , pois, podia
se r que , por aque las p lagas nunca ma is vol ta sse a lguém t razendo um exempla r
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da Palavra de Deus. Assim, f icaria o novo convertido com dif iculdades para
arranjar meio de estudar a Bíblia e fazer crescer a obra, também.
Entre homen s de Deus que se entregaram ao serviço da colportagem, destaca-
-se o destemido irmão Bento de Souza e Silva. Um desbravador. Um herói
anônimo. Embrenhava-se pelas roças, ia de fazenda em fazenda, vendendo Bíblias
e livros religiosos, ao mesmo tempo em que evangelizava. Em 1898, ele escreveu
ao reda tor do pe r iódico As Boas-Novas:
"Não tenho espa lhado mais B íbl ia s porque tenho t ido fa l ta de las .
Na Aparec ida , uns padres a lemães tenta ram mandar prender -me por
um sargento, mas o Senhor não deixou. Depois de terem me levado
a uma casa e me fechado dentro cerca de meia hora, pensei aquela
vez que ia ser preso ou açoitado pelo evangelho. Mas quis Deus que
a porta se abrisse e disse-me um deles: 'Senhor, adeus' . Então,
perguntei- lhe: 'Que é do padre que me queria prender? ' . Ele me disse:
'Ele não vem mais. Não quer mais falar . Senhor, adeus' . E assim,
me de ixa ram só no quar to ."*"
Os nossos pr ime iros pas tores como Joaquim Fernandes Lessa , F lorent ino
Rodrigues da Silva e os evangelistas como Cândido Inácio da Silva trabalharam
como colpor tores .
Aqui destacamos os nomes de Camilo Roig, Cícero Góspeler e Sebastião
Ignác io da Cunha que , por décadas , exe rce ram essa tão á rdua quanto honrosa
missão de difundir a Palavra de Deus.*
2
'
Glass diz que: "Foi q uase invariável o caso em que a Bíblia chegava primeiro
nos lugares onde, depois, chegaria o pregador, exceto nos casos em que sendo
o colportor também um evangelista , Bíblia e pregador chegavam juntos".*
3
'
M U D A N Ç A D O M I S S I O N Á R I O G I N S B U R G P A R A P E R N A M B U C O
Em fins do ano de 1900, o missionário Salomão Luís Ginsburg deixa a
Missão Camp is ta e va i coopera r com o cam po pe rna mbucan o. Pa ra subs t i tu í- lo ,
no Esta do do R io , é convidado o miss ionár io W .E.Entzminger , que exe rce ra
grandes a t iv idades evange l ís t icas no Estado de Pe rnambuco. Embora a tuando
na região de Camp os, o miss ionár io En tzminger pe rmaneceu res id indo na c idade
do Rio de Janeiro, capital federal, onde, meses depois, seria criado o O Jornal
Batista.
CRIAÇÃO D' O JORNA L BATISTA
Entzminger e ra um diplomata . Com mui to ta to , conseguiu a união dos
dois jornais que circulavam entre os batistas brasileiros. O primeiro — As Boas-
-Novas — era editado em Ca mpo s, servindo aos batistas do sul do país. O segundo -
— O Echo da Verdade — era editado na Bahia e servia à parte norte do Brasil
batista . A f im de ser publicado um jornal de âmbito nacional, os referidos jornaisL
deixaram de existir . E, no dia 1? de janeiro de 1901, aparecia n a arena evangélica
batista de nosso país o O Jornal Batista, sendo como que uma fusão voluntá r ia
dos dois jorna is antes c i tados , que t inham um cunho mais r egiona l .
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C R I A Ç Ã O D O B R I S A S D O C A M P O
Não obstante haver sido criado o O Jornal Batista, apareceu, no mesmo
ano, em Campos, cr iado por Alberto Vaz Lessa e Antônio Ferreira Campos,
o jorna lz inho
Brisas do Campo
, que tinha o objetivo de atender a todo o terr i-
tório nacional, com a f inalidade, ao que tudo indica, de publicar notícias de
igre ja s e a r t igos informat ivos . Lamentamos que nenhum exempla r da r e fe r ida
publ icação tenha s ido a rquivado.
Aliás, muita coisa que ajudaria às igrejas, e aos historiadores, foi perdida.
Há igrejas que perderam seus livros de atas, as escrituras, etc . Estive numa igreja
onde o primeiro livro de atas estava todo comido pelas traças. Noutra, o livro
de atas estava rasgado, com falta de muitas folhas. Agora que estamos celebrando
um centenário de obra batista no campo batista f luminense, mister se faz que
cada igreja tenha em dia toda a sua documentação. É necessário que se nomeie
a lguém para tomar conta de seus documentos h is tór icos .
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Capítulo IV
PERTURBAÇÕES INTERNAS
A Q U E S T Ã O A N T Ô N I O F . C A M P O S
Antônio Campos e ra um fe r renho controver s is ta . Em suas ve ias cor r ia o
sangue da polêmica. Dava sempre vazão a este instinto, aceitando, ou mesmo
promovendo, controvér s ia s com ca tó l icos ou com aspe r s ionis ta s . No a rdor de
sua argumentação, usava uma linguagem virulenta e satír ica, e , por tal motivo,
nasce ram mui tos desgostos ent re os campeões da imprensa , como também do
ministério. Utilizava-se ele do jornal Boas-Novas para dar resposta aos que
gostavam de polemizar.
Certa feita , foi ele muito cáustico com ilustre presbiteriano que redatoriava
o j o r n a l O Puritano. Os ba t is ta não concorda ram com a l inguagem usada por
ele em seu polêm ico artigo. Daí, ter o missio nário W .B.Bagby publicado uma
jus t i f ica t iva , a f i rmando não endossa rem os ba t is ta s ta l l inguagem. Os a taques
de A.Campos eram dir igidos ao Pastor Álvaro Reis, que era uma das glórias
do presbiterianismo brasileiro.
Acontece que A.C ampo s parece ter reconhecido o excesso em sua lingu agem,
e resolveu ensarilhar as armas. Em assim pensando, fez publicar em As Boas-
-Novas u m a carta aberta ao Rev.Álvaro Reis, mostrando sua disposição em dar
por l iquidadas suas ques tões , "pedindo pa ra v ive rem em paz" .
Bagby, que se havia manifestado contra os ataques de A.Campos ao Rev.
Álvaro Reis, sabendo que esse tomara a decisão de suspender seus ataques,
propondo fazer as pazes, não escondeu seu regozijo. Escreveu uma carta ende-
reçada a A.Campos, aprec iando- lhe a a t i tude de te rminar aque la polêmica que ,
em nada, vinha edif icando. Felicitava-o pela conclusão a que chegara.
O inesperado, porém, aconteceu. A carta escrita por Bagby, endereçada
a A.Campos, em lugar de seguir de Friburgo para a cidade de Campos, foi parar
em Nova York. Lá recebeu carimbo dc 23 de maio de 1900. Foi, então, enviada
para o Rio de Janeiro, onde foi carimbada no dia 20 de junho. Do Rio, enviaram-
-na para Campos, no dia seguinte.
Es te inespe rado e involuntá r io extravio ve io contr ibuir pa ra o rompim ento
comple to das r e lações de Antô nio C ampos com o miss ionár io W .B .Bagby. Tendo
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ele lido a justificativa, por parte de Bagby, ao redator de O Puritano, revelando
que os batistas não se responsabilizavam pelo que A.Campos eserevera, de crítica,
ao ministro presbiteriano, antes que lhe chegasse às mãos a carta que lhe reme-
tera Bagby, bilioso como era, dá por cortados os liames que o ligavam ao
missionário, fazendo publicar em As Boas-Novas a r t igos ae desabafos que , a inda
mais , o incompa t ib i l iza ram com os miss ionár ios .
A.F.Campos Cria a União Batista Fluminense
Estava para se realizar no mês de julho, na Igreja Batista de São Fidélis,
a assembléia da União das Igrejas Batistas do Sul do Brasil. Os acontecimentos
que envolviam A. Campos e os miss ionár ios , porém, f ize ram com que igre ja s
deixassem de enviar seus mensageiros à referida reunião. A ela compareceram
unicamente r epresentantes da Missão Campis ta .
Sentindo-se incompatibilizado com todas as igrejas do sul do Brasil,
A.Campo s promove a organização de um órgão indepen dente das igre ja s daque la
região, cujo nome seria União Batista Fluminense. A ela se f iliar iam as seis
igre jas já exis tentes na Missão Ca mpis ta : Camp os, São F idé lis , Guand u, Ernes to
Machado, Macaé e Pac iênc ia .
A.F.Campos, o Pivô de uma Dissidência
O pivô de todo o movimento e ra Antônio Fe r re i r a Campos, cujo e spí r i to
nacionalista era muito extremado. Ele era um homem inteligente e muito versátil .
Conseguiu incutir na mente dos crentes que a novel igreja poderia prescindir
do concurso dos miss ionár ios nor te -amer icanos . Quer ia uma igre ja só de nac io-
nais.
Horác io de Souza informou que Antônio Fe r re i r a Campos e ra "um espí-
r i to comba t ivo , o qua l , com Ginsburg , publ icou o jorna l evangé l ico As
Boas-Novas".
O grupo que f icou com A.F .Campos f icou se r eunindo no mesmo loca l
da igre ja , à Rua Formosa , en quanto que o que pe rmaneceu f iel à obra r ea l izada
pe lo miss ionár io Dunstan passou a se r eunir na Serraria da Coroa, ou melhor,
na casa do Sr. Julião Guedes Pereira, situada à Rua Quinze de Novembro.
Horácio de Souza comenta que "os crentes nativistas, contudo, obstinavam-
se em repe l ir os enviados nor te -amer icanos , tanto qu e fo i publ icado no Monitor
Campista" o seguinte:
" Igre ja de Cr is to em Campos — Na sessão ordiná r ia des ta igre ja
em 7 do corrente ( janeiro) , foi apresentada a seguine proposta, assi-
nada por Cr is t ino Rodr igues de Mel lo , d iácono: 'P roponho que es ta
igreja declare-se independente, qu e dispense qualquer auxílio da Missão
de R ichmond, que não aca te missionário batist a , seja quem for, no
sent ido de te rminar contend as ; e que se ja a presente r e solução publ i -
cada pe la imprensa loca l ' , lendo s ido aprovada es ta proposta que
só teve um voto contra, faça publicar que de ora em diante a igreja
de Cr is to em Campos, com sede no templo , à Rua Formosa , n? 74 ,
torna - se independente da Missão Ba t is ta de R ichmond. O 1? Sec re -
tá r io — Eduardo de Vass imon"
( l )
7 2
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Conseqüências do Espírito Faccioso de A.F.Campos
A igreja f icou cindida, dividida e, por esse abalo, muito prejudicado o
t raba lho do Senhor .
A imprensa campis ta r egis t rou os f a tos porque A.Campos fez ques tão de
publicá-los.
" Igre ja de Cr is to em Campos. Fundada em 1891.
Sede: Templo Evangélico. DECLARAÇÃO:
Os aba ixo-ass inados , ant igos of ic ia is des ta congregação, dec la ram
em nome da igreja que, por voto da maioria em sessão extraordi-
ná r ia , foram disc ip l inados e expulsos da igre ja, como pe r turbadores
da sua paz e possuidores de sent imentos que os incompa t ib i l izavam
com a se r iedade e jus t iça d 'u ma co rporação c r is tã , o m iss ionár io
amer icano Albe r to Dunstan , há meses chegado a e s ta c idade , e seus
auxi l ia res a ssa la r iados Car los de Mendonça , ex- func ionár io da
E.ELeopoldina , e Pedro de Andrade , impor tado pa ra e s ta c idade
pe lo miss ionár io . Outross im , foram demit idos , como coniventes nos
planos sinistros dos disciplinados, os membros de suas famílias e
a lgumas o utras pessoas , bem como uma pa r te dos professos r e s identes
na f ronte i r a na roça de Santa Rosa , aos qua is fo i concedida ca r ta
demissór ia .
Igua lmente protes tam os aba ixo-ass inados contra a l inguagem gros-
se i ra e desumana do assalariado da Junta Americana, Rev. So ren,
vindo a esta cidade para dizer que 'preferia saber que todos os
campis ta s t inham s ido v i t imados pe la pes te bubônica , do que sabe r
que o missionário*havido sido expulso de uma igreja de Cristo' , e
outras coisas de igual jaez, a favor de um homem ignorante e incivil
que nes ta c idade tem dado provas abundantes d isso , como consta rá
d o Manifesto, que esta igreja vai publicar .
Igua lmente dec la ram os aba ixo-ass inados que a igre ja de Cr is to que
fundaram e a té aqui sus tenta ram com os seus e sforços , cont inua a
se r o que e ra e a mante r to dos os r i tos , cos tumes e governo ad otado s
desde o pr inc íp io e, por tanto , que não reconhecem co mo organização
legal, segundo as leis do país, o agrupamento revoltoso que fez seu
quar te l na Serraria da Coroa, deba ixo do nome de Igre ja Ba t is ta ,
enquanto tal igreja não provar que foi organizada lícita e decente-
mente . Igua lmente dec la ram os aba ixo-ass inados que dispensam o
auxílio da Junta de Richmond (a qual, aliás, são agradecidos) enquanto
aqui estiver o missionário grosseirão, antipático e ridículo que teve
a infelicidade de nos enviar; que por isso declaram a igreja de Cristo
des ta c idade , como corporação independente e nacional, sendo reco-
nhec idos como seus membros todos aque les dos a tua is que em próx ima
sessão ext raordiná r ia se conformarem com isso .
Igua lmente dec la ram os aba ixo-ass inados que todas e s ta s coisas se
de ram desgraçadamente , por pre tender o missionário assalariar um a
minoria, pa ra a r ranca r -nos o templo evangé l ico , nossa propr iedade ,
levantada com os nossos e sforços , e com o d inhe iro em maior pa r te
fornec ido pe los humani ta r ianos campis ta s , acontecendo que nes ta
7 3
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operação não t r aba lh a ram os indiv íduos expulsos , que nem ba t izados
foram por esta congregação nem filhos são desta cidade.
Assumimos inteira responsabilidade desta declaração por ser tudo
verdade.
Cam pos , 18 de janeiro de 1903.
A.Campos, pas tor ; Berna rdino Manhães , d iácono;
A.Rodr igues Mel lo , d iácono; Jac in tho Lima , sec re tá r io" .
12
'
Declaraçao e Protesto
Os pastore s W .E.En tzming er, F.F.Soren, Floren tino Rodrigues da Silva,
W .B.Bagby, A.B.Deter , Herm an Gartner, José Nigro e Alb erto Lafayette Dun stan
fizeram publicar pelo jornal campista, no mês de abril de 1903, uma Declaração
e Protesto contra a reintegração de A.F.Campos ao ministério em qualquer tempo
e em qua lquer pa r te do mundo como empregado da missão . Eis o texto :
" D E C L A R A Ç Ã O E P R O T E S T O
Devido às tr istes ocorrências que se têm dado na Igreja Evan-
gélica Batista em Campos, nós, abaixo-assinados, ministros do santo
evangelho nos Estados d o Rio de Janeiro, São Paulo e Distr ito Federal,
e pertencentes à Denominação Batista , julgamos necessária a seguinte
declaração:
1? ) Que o S r . Antô nio C ampos, que fo i durante se te anos empregado
na Missão de Campos, não é ma is empregado dessa Missão, nem
faz ma is pa r te de nossa Denominação;
2 ? ) Q U E O C O N S I D E R A M O S E X C L U Í D O D O M I N I S T É R I O , E
N Ã O M A I S F A Z P A R T E D E I G R E J A A L G U M A ;
3?) Que não reconhecemos o grupo de pessoas que se reúne no templo
evangélico da cidade de Campos, e que tem por pastor o mesmo Sr.
Antônio Campos, cons t i tu ído igre ja de denominação a lguma , mas
s implesmente como um grupo de c ismát icos r e f ra tá r ios , exc lu ídos
da igreja batista daí;
4? ) Que ju lgamos a condenação do templo evangé l ico pe lo S r. Antô nio
Campos e o grupo que o rode ia uma ve rdade ira usurpação e u l t r a je
aos direitos da f iel igreja Batista em Campos".
<3)
A Igreja Anula a Exclusão Injusta do Missionário Dunstan
Em breve a cisma deixaria de existir , pois o espír ito conciliador de vários
crentes e a diplomacia dos missionários, f izeram com que tudo voltasse ao normal.
Assim, no dia 7 de dezembro de 1903 era publicada na imprensa a seguinte decla-
ração:
"A igre ja de Cr is to em Campos, que func iona à rua Formosa n? 7 ,
resolveu em sessão ordinária, de 7 do corrente, anular todos os atos
que a tornavam separada da Junta de Missões de R ichomond. . . com
a deliberação acima desapareceram as contendas nessa igreja, que
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reconhece não ter nenhum motivo de ter sido hostil à Junta de Missões
e a seus enviados ao Brasil.
Faço a presente declaração para ciência dos interessados, Antônio
Maia, 2° Secretário". '
4
»
As igrejas de São Fidélis, Ernesto Macha do, Rio Preto, Aperibé e Rio Negro,
e seu pastor , J.Lessa, que, não cientes de todos os detalhes que envolviam o
impasse existente em Campos, apoiaram A.F' .Campos e seus seguidores, ao
tom arem ciência da decla ração qu e estes f izeram em 10 de setembro, ond e a
igreja de Campos dizia-se independente e recusava qualquer auxílio da Missão,
prontamente r e t rocederam naq ue la a t i tude e providenc iaram o re torno das igre ja s
à Missão, r econhecendo que haviam comet ido um engano.
A igreja de Campos, em dezembro, votou unanim imente conv ida r o miss io-
nário Dunstan para reassumir a direção dos trabalho, convite este aceito com
alegria.
Deste modo terminou o grande impasse criado por A.F' .Campos e outros.
(5)
Horác io de Souza ac rescenta :
"Vár ios membros de ixa ram a denominação: Antônio Melo , pouco
depois faleceu e o ex-pastor A.Campos foi para São Pulo e lá se fez
ca tó l ico" .
(6 )
75
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Capítulo V
MISSÃO DO RIO
O R G A N I Z A Ç Ã O D A P R I M E I R A I G R E J A B A T I S T A D E N I T E R Ó I
Situada junto à capital federal, que, na época, era o Rio de Janeiro, a
cidade de Niterói, capital do Estado do Rio, poderia ter tido a honra de ver
organizada ali a primeira igreja batista do estado. A presença da Primeira Igreja
Batista do Rio de Janeiro, organizada em 24 de agosto de 1884, deveria ter sido,
também, forte estímulo para que, como capital do estado, Niterói fosse o berço
do t r aba lh o ba t is ta . N o entanto , ta l não acon teceu. Esse pr iv i légio fo i da c idade
de Campos, distante 250 quilômetros da capital. No dia 23 de março de 1891,
Cam pos ass is t iu à organização de sua pr ime ira igre ja ba t is ta , pr ime ira do es tado,
t a m b é m .
A organização da Primeira Igreja Batista de Niterói se daria um ano depois.
No dia 1? de ma io de 1892, conforme documento da P r ime ira Igre ja Ba t is ta
do R io . Já uma ca r ta do miss ionár io Bagby à Junta de R ichmond, dec la ra te r
s ido e la organizada em abr i l daque le ano. De acordo com not íc ia d ivulgada
por Antônio Manoe l de F re i ta s , membro fundador , a Igre ja Ba t is ta de Ni te ró i
fo i organizada na casa do m iss ionár io W .B .Bagby, s i tuada à R ua São Franc isco ,
n? 11. Foram seus membros fundadores: Emília Cândida de Freitas, Ana Leandro,
Rosa Ramos, Isabel Trigueira da Costa, Maria Trigueira, Sara Ester Freitas e
Antônio Manoe l de F re i ta s .
De acordo com documentos da P r ime ira Igre ja Ba t is ta do R io de Jane i ro ,
que foi a organizadora, consta terem sido concedidas por ela cinco cartas para
a organização da Igreja Batista de Niterói:
"A de Ni te ró i , que fecharia em 1896, foi organizada em 1? de maio
de 1892, com cinco cartas concedidas pela igreja do Rio".
( I )
O his tor iador A.R .Crabtree r egis t r a :
"O trabalho de Niterói apresentou uma perspectiva prometedora desde
o princípio. No ano anterior , diversas pessoas foram batizadas e ofere-
ceram uma casa para a pregação do evangelho. A pequena igreja
era zelosa e f iel. Muitas pessoas da cidade ouviram respeitosamente
77
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a proclamação do evangelho. Desde a organização, os membros
pagaram todas a s despesas do t r aba lho. O Pas tor Ginsburg tomou
a direção da igreja no f im do ano".
(2 )
Bagby tornou-se o pastor da igreja até o f im do ano, quando passou o
pas torado ao miss ionár io Sa lomão Ginsburg , q ue v ie ra do nor te do pa ís . A essa
altura, a sede da igreja já havia sido muda da para a "R ua V isconde I tab oraí,
canto da rua São José" .
Nessa época, a cidade de Niterói apresentava uma população de 30.100
habitantes.
A Igreja É Dissolvida
Como já foi citado, a Igreja Batista de Niterói seria dissolvida em 1896,
conforme regis t r am os documentos da P r ime ira Igre ja Ba t is ta do R io .
Joaquim Fernandes Lessa dá a informação seguinte :
"Niterói: organ izada em abril de 1892, com sete mem bros . Conse lho:
Pr. W .B.Bagby. Pastores: W .B.Bagby, de abril de 1892 a dezemb ro
de 1892; S.L.Ginsburg, de dezembro de 1892 a maio de 1894; S. J.Porter,
de maio de 1894 a agosto de 1894; visitada do Rio de agosto de 1894
a 1896. Desapareceu em 1896".<"
Segunda Organização da Igreja
Israel Bello de Azevedo, f irm ado em docu mentos , declara no capítu lo Crono-
logia: "1900 — 30 dc dezembro. Reorganização da Igreja Batista de Niterói,
com a concessão de 18 ca r ta s demissó r ia s" ( l ) e , em outra pa r te , conf i rm a :
"Em bor a tenha se desenvolvido [P r ime ira do R io] in ternamente , com
liderança mais bem preparada e com organizações sólidas, o cresci-
mento fo i também para fora pois a igre ja formou só nesse pe r íodo
onze novas igrejas, duas das quais, (Niterói, agora definitivamente,
e Barra do Piraí) fora da cidade".
<2)
J o a q u i m
I
.essa observa que, pelo Anuário Batista Brasileiro, de Tomás da
Costa e Alfredo Magalhães, do ano de 1910, a Igreja Batista de Niterói foi orga-
nizada no dia 30 de dezembro de 1900, pela segunda vez, sendo convidado para
pas toreá - la o miss ionár io W .E.Entzminger .
David Mein escreve:
"Após a revolta, alguns batistas voltaram para Niterói, reiniciando
os cultos, tendo como pastor durante os primeiros seis meses o missio-
nário Samuel J.Porter .
W .B .Bagby assumiu depois , novamente , o pas torado, mas em 1896,
igreja deixou de existir. Foi reorganizada em 30 de dezembro de 1900
com W .E.Entzminger , r ecentemente t r ansfe r ido de Recife, como
pastor" .
<3)
A Primeira Igreja Batista de Niterói veio a tomar grande.desenvolvimento
com o Pr. Manoel Avelino de Souza, que começou a pastoreá-la em 5 de agosto
de 1917 e a dir igiu até sua morte, em 1? de setembro de 1962, portanto, por
78
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45 anos . Em seu pas torado foram const ru ídos dois grandes templos pa ra sua
época .
O Pr. Manoel Avelino sempre reconheceu que a data de organização da
igreja não era a da primeira organização. No boletim da igreja, O Mensageiro
(número especial de 18 de junho de 1964), quando a igreja comemorou 61 anos,
o Dr. Clodowil Fortes Cavalcanti, que é historiador da igreja, escreveu:
"A primeira organização ocorreu em maio ou junho de 1892,
em casa do Pr. Bagby e durou cerca de 16 meses, quando a igreja
se desfez por força da Revolta Armada, ocorrida em 1893. A segunda
organização se verif icou 4 anos mais tarde, mas devido aos obstá-
culos intransponíveis ela voltou a se dissolver em 1899. Finalmente,
em 18 de julho de 1903, com cerca de 25 membros, sob a direção
do Pr . W .E.Entzminger , fo i organizada a 1 ? Igreja Batista de Niterói,
tendo por templo uma casa na Rua São Lourenço" .
Pelo livro Coluna e Firmeza da Verdade; história da Primeira Igreja Batista
do Rio de Janeiro (1884-1984), f icamos sabendo:
1. A Igreja de Niterói foi organizada no dia 1? de maio de 1892, com cinco
membros transferidos da Primeira Igreja do Rio. (página 22)
2. No dia 02 de junho de 1896, a Igreja de Niterói é dissolvida, (página 48)
3. No dia 20 de dezembro de 1900 é reorganizada a Igreja de Niterói, pela
Primeira Igreja Batista do Rio, com a concessão de 18 cartas demissórias. (página
49)
De acordo com os documentos da Primeira Igreja Batista do Rio, a Primeira
Igreja Batista de Niterói está com 91 anos. Naturalmente, por ausência de dados
mais f idedignos, tem sido levada em consideração a data de 1? de maio de 1892,
sem se levar em conta a longa interrupção havida.
A Primeira Igreja Batista de Niterói estava fadada a se tornar a maior
igre ja ba t is ta da Amér ica La t ina . Com o pas torado do Dr . Ni lson do Amara l
Fanini ela experimentou um crescimento fenomenal. Ele a pastoreia desde 21
de março de 1964. Ern seu pastorado foram organizadas várias igrejas-f ilhas.
Depois da Primeira Igreja Batista de Niterói, as dez maiores igrejas no
camp o f luminense são: P r ime ira de São Gonça lo , Segunda de Campo s, P r ime ira
de Nova Iguaçu, Primeira de São João de Meriti , Barra do Imbuí, Primeira
de Nilópolis, Primeira de Alcântara, Segunda de Macaé, Fonseca e Primeira
de Petrópolis.
IGREJA METODISTA E SEU PASTOR SE TORNAM BATISTAS
Apesa r das pe r seguições que lhe moveram, e depois de a fanoso t r aba lho
de pregação e visitação, o Reverendo Antônio Vieira da Fonseca pôde organizar
uma igre ja me todis ta , com posta de 15 membros , em Para íba do Sul , no d ia
02 de novembro de 1899. A Igreja foi crescendo, ao ponto de, ao f im de 28
meses, já contar 63 membros.
Algum tempo mais tarde, em vir tude de o Pastor A.V.Fonseca ter neces-
sidade de ausentar-se da cidade, a igreja sofreu uma cisão, passando a existir
em Paraíba do Sul duas igrejas metodistas.
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Em 1895, época em que havia na imprensa evangélica muitas polêmicas
sobre o batismo bíblico, o evangelista batista Manoel de Souza e Silva, que,
anteriormente, fora presbiteriano, passou a manter fortes discussões com os
crentes, sobre esse assunto. Esses debates, mantidos pela imprensa e pelo irmão
Manoel, acima citado, levaram o Pastor A.V.Fonseca e sua igreja a estudarem
profundamente tão d iscut ido assunto .
Joaquim Fernandes Lessa comenta des te modo o ocor r ido:
"Após profundos e s tudos sobre o ba t ismo, e f e rvorosas orações , a
igreja, reunida juntamente com o seu pastor , A.V.Fónscca, reconheceu
ser a imersão a verdadeira forma de batismo cristão, resolvendo
submete r - se ao ba t ismo e comunicando es ta re solução à denom inação
ba t is ta do Bras i l . Tendo recebido a denominação ba t is ta o pedido
de batismo feito por toda a igreja e seu pastor , vieram a Paraíba
do Sul os representantes das igrejas batistas da Capital Federal, Niterói,
Ju iz de Fora , Campos, São F idé l is e Guandu, sendo os pas tores
W .B.Bagby, J.J.Taylor, Salom ão Luís Ginsb urg e os evangelistas
A.Campos, J . J . Alves , Dr . Honór io Benedi to Otoni , José Rodr igues
e Manoel Souza e Sifva. Após comovedora reunião da igreja local,
com os r epresentantes da denominação ba t is ta , foram ba t izados no
f io Pa ra íba v in te e um c rentes de que se compunha a igre ja , no d ia
18 de junho de 1895. No dia seguinte, quarta-feira, 19 de junho, pelas
seis horas da tarde, na casa de cultos, à Rua Tiradentes, n? 4, estando
presentes os representantes das ditas igrejas batistas, e os crentes ba t i -
zados na véspera, foi aberta a sessão pelo Pastor A.V.Fonseca, que,
depois de expor os f ins com que foi convocada a reunião, leu a Palavra
de Deus e invocou as bênçãos divinas sobre a reunião. Foi eleito mode-
rador o Pastor J.J.Taylor que, com palavras de agradecimento e
congratulação, deu início aos trabalhos daquela noite . Falou o Rev.
W .B .Bagby sobre os e lementos cons t i tu ídos da igre ja de Cr isto . Em
seguida , f a la ram o Dr . H.B .Otoni , o i rmão Manoe l de Souza e S i lva
e o Pastor A.V.Fonseca, que apresentou a relação dos 21 crentes que
queriam organizar-se em igreja. Todos os representantes presentes
aprovaram es ta organização. O moderador f a lou , então , sobre os
oficiais da igreja, fr izando a necessidade de eleger-se logo o pastor .
O i rmão, Dr . Mat tos , propôs , apoiado por d ive r sos i rmãos , e unani-
mimente aprovado, o nome do Pr. A.V.Fonseca, que agradeceu e
ace i tou o ca rgo. O moderador leu a lgumas pa lavras de Paulo a Ti to
e a Timóteo, e cham ou o pas tor pa ra se r in te r rogado. F ize ram pergu-
ntas os Revs. Bagby e Salomão Ginsburg e o irmão Souza e Silva.
Em seguida , fo i o Pas tor Antônio V.Fonseca consagrado pe la impo-
sição das mãos, orando o Rev. Salomão Ginsburg. Após a consagração,
fa la ram os r epresentantes das d ive r sas igre ja s ba t is ta s . O Pr .
A.V.Fonseca termina, agradecendo. Foi assim organizada a Igreja
Batista em Paraíba do Sul, a qual tem passado por diversas fases
e cont inua se rvindo ao Senhor naque la c idade" .
(1 )
80
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E V A N G E L I S T A Q U E I M A D O C O M Q U E R O S E N E
Um dos grandes heróis do trabalho batista em solo f luminense foi o evan-
gelista Pedro Sebastião Barbosa. Ao se converter ao evangelho, tornou-se ele
ardoroso evangelista e colportor . Atuou, principalmente, na zona sul do estado,
sobretudo, cm Paraíba do Sul, Sapucaia, Valença, sendo que, nesta cidade, foi
hor r ive lmente pe r seguido, quando a í chegou pa ra abr i r um t raba lho ba t is ta .
Foi apedre jado, va iado e , ce r ta vez , que imado com querozene . "Outra vez" ,
escreveu Lessa, "ele foi alvejado com dois tiros dos quais felizmente escapou,"
Isso teria ocorrido no ano de 1908.
Logo de início, quando se tentou levar o evangelho para a cidade de Ma rquês
de Valença, o povo se mostrou bem hostil às pregações e trabalhos de evangeli-
zação que ali eram realizados. Foram os irmãos Francisco Pinheiro, sua esposa,
D. Odília Pinheiro, e a Irmã Alzira Pinheiro, membros da Primeira Igreja Batista
do R io de Jane i ro , que pr inc ip ia ram a promoção de pregações , em sua própr ia
residência, nessa cidade. Mesmo assim, com a realização dos cultos em sua resi-
dência, esses irmãos foram perseguidos e apedrejados. Precisaram sair da cidade,
para se livrarem das perseguições. Deixaram, porém, ali duas famílias conver-
tidas ao evangelho.
Em 1908, foi organizada na cidade de Valença uma igreja batista . A igreja
que promoveu a organização foi a Igreja Batista de Paraíba do Sul. Entre os
membro s fund adores daque la igre ja e s tava o i rmão Joaqui m Evange l is ta Pe re i ra
Mariano que, mais tarde, vir ia a ser um grande pastor , lutando, durante muitos
anos , pe la promoção da mensagem de Cr is to .
A Igreja Batista de Sapucaia foi, também, alvo dos perseguidores do evan-
gelho. Em 1904, o templo dessa igreja foi invadido e destruído por um grupo
enfurecido. Nele não f icou nada que não fosse quebrado. Foi verdadeira cena
de vandalismo. Os crentes, perseguidos, precisaram deixar suas casa, fugindo
dali para escaparem com vida. Diante disso, porém, a polícia não deu cobertura
aos pe r seguidores , como aconteceu em outras pa r te s do es tado, onde as que ixas
dos crentes eram tratadas com verdadeiro desinteresse e abandono. Ali, em Sapu-
caia, as autoridades agiram dentro da lei, conseguindo prender os perseguidores
e levando-os para a cadeia.
Seguindo o mand amen to d o Mestre, f azendo o que Jesus ens ina ra , o evan-
ge l is ta Pedro Sebas t ião Barbosa , c i tado no in íc io des ta página , e dando t í tu lo
a este artigo, ia à cadeia levar comida para aqueles que o haviam perseguido.
O chefe político conseguira um advogado que defendesse os crentes e , natural-
mente , acusasse os ma lfe i tores . Quando o advogado pe rguntou ao i rmão Pedro
o que ele queria que se f izesse com os seus inimigos, ele , bondosa e cristãmente,
respondeu que desejava para eles o que desejava para si mesmo. Prosseguiu,
dizendo que vivia num país de liberdade e desejava liberdade para todos os seus
in imigos . Essa dec la ração envergonhou, ao mesmo tempo em que comoveu, os
perseguidores. Foram postos em liberdade a pedido do referido irmão que mostrou -
ser verdadeiramente um servo do Senhor. Com esse episódio, terminaram as
pe r seguições naque la c idade .
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Capítulo VI
PERÍODO DE REAJUSTAMENTO,
SOLIDIFICAÇÃO DO TRABALHO E
DE GRANDES PERSEGUIÇÕES
O R D E N A Ç Ã O D E D O I S G R A N D E S O B R E I R O S
No dia 28 de fevereiro de 1901, no templo da Primeira Igreja Batista do
Rio de Jane i ro , ocor reu a ordenação de dois jovens ao minis té r io sagrado. E ram
eles: Francisco Fulgêncio Soren e Herman Gartner. O conselho examinador se
comp ôs dos miss ionár ios W .E.Entzminger e J .J .Taylor e do Pas tor Ant ônio
Fer re i r a Campos.
Francisco Fulgêncio Soren era f luminense, natural de São Gonçalo. Traba-
lhava no comércio, quando se deu a sua conversão. De tal maneira se desenvolveu
que , vendo sua capac idade e progresso , os miss ionár ios amer icanos r e solve ram
enviá - lo pa ra os Es tados Unidos da Amér ica do Nor te , a f im de obte r me lhor
prepa ro . Soren es tudou n o W i l l iam Jewel l College , no Estad o de Missour i . A pós
vários anos de estudo, voltou ao Brasil. Aqui se dedicou ao pastorado da Primeira
Igreja Batista do Rio de Janeiro. Pastoreou-a de 1901 a 1933, ano em que faleceu.
F .F .Soren contr ibuiu , de vá r ia s mane iras , pa ra a propagação do t r aba lho
do Senhor no Estad o do R io . Uma de las fo i a boa imagem que de ixou no W i l l iam
Jewell College. A.B.Christie nunca escondeu a influência de F.F.Soren em sua
decisão de vir para o Brasil. Passando por aquele colégio, o jovem brasileiro
desper ta ra a a tenção do miss ionár io pa ra o campo bras i le i ro .
Fazendo o necrológio do Dr. F.F.Soren, A.B.Christie confessava:
"Lo go depois de minha en t rada no W i l l iam Jewel l, ouvi f a la r em
Francês Soren. Nas aulas do Dr. Richmond, nas do Dr. Clark e nas
do Dr. Park, ouvia-se falar de Soren. Nas reuniões de oração, que
usavam ter uma meia hora antes da abertura do Colégio, onde os
pregadores como também os outros e s tudantes f a lavam das suas expe-
riências no trabalho e faziam orações a favor dos seus colegas e dos
missionários, o nome de Soren foi sempre lembrado.
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"Nas reuniões dos voluntá r ios pa ra o t r aba lho miss ionár io , Soren
ainda estava presente e, na abertura do colégio, nas manhãs, o Dr.
J.P.Green, diretor do colégio, como pai que era de todos os alunos,
usava citar o nome de Soren para ilustrar as verdades que pregava
do palco e o elogiava como filho ideal e predileto. No fim dos três
anos de meus estudos no Colégio Jewell, cheguei à conclusão de que
o jovem brasileiro F.F.Soren deixara o seu nome de modo inesque-
cível gravado naquela instituição e que valia a pena conhecer mais
de perto esta personalidade que tivera o poder de tão simpaticamente
se impor na vida de seus colegas e professores. (O grifo é do auto r
desta obra.)
"Procurei conhecer mais de perto o Dr. Soren. Era pastor da Primeira
Igreja Batista do Rio de Janeiro. Só pude conhecê-lo por tradição.
Fui e s tuda r no seminár io , porém, não onde o Dr . Soren es tudou.
Esqueci-me dele. No último ano dos meus estudos, resolvi dedicar
a minha vida à causa no estrangeiro. Aonde? No Brasil? Sim. Porque
ali estava o meu pastor , A.B.Deter , o missionário S.L.Ginsburg e
porque ali havia de conhecer o Dr. Soren e a Primeira Igreja Batista
do R io de Jane i ro ."
(1 )
Herman Gar tne r e ra me todis ta e , como ta l , f e r renho de fensor do pedo-
ba t ismo (ba t ismo infant i l ) . Com o os ba t is ta s e s tavam sempre fa lando que o único
batismo válido era o batismo por imersão, e somente para convertidos, ele passou
a sustentar a sua posição com referência a isso em seu jornal. A polêmica se
es tendeu por a lguns jorna is . Homem de consc iênc ia , depois de examinar bem
a Bíblia , convenceu-se de que estava errado e pediu o batismo bíblico. Deixou,
então , a igre ja me todis ta , tornando-se ba t is ta .
P E R S E G U I Ç Õ E S E M C A M B U C I
A 4 de agosto de 1901, visitando a Vila de Cambuci, o Pastor Joaquim
Fernandes Lessa, ardoros o e arroja do evangelista que era, resolveu realizar reuniões
ao ar- livre, próximo à estação da Leopoldina. Ao que parece, nessa ocasião tudo
cor reu normalmente .
No dia 27 de outubro desse mesmo ano, porém, quando pregava o Pas tor
Antônio F .Campos na casa de cul tos , a lugada , os in imigos do evange lho
investiram-se contra os crentes. Tal foi o tumulto levantado, que as autoridades
loca is se sent i r am incapazes de "dominar os amot inados" .
P E R S E G U I Ç Õ E S E M N I T E R Ó I
A Igreja Batista de Niterói, que se achava instalada em uma casa à Rua
São L ourenço, 80, sofreu terr ível perseguição, n o perí odo d e 10 a 17 de abril
de 1901.
Inimigos do evangelho, cheios de ódios, arrombaram o salão de cultos
e pegaram todos os móveis, inclusive púlpito e órgão, e os queimaram em plena
rua. Até galinhas que havia no local não escaparam ao vandalismo. Foram quei-
madas junto com os móveis. Não satisfeitos com tão terr ível ato, os perseguidores
84
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feriram o Pastor Florentino Rodrigues da Silva, quando este viajava num
b o n d e . ' "
Foram grandes os prejuízos, caleulados em cinco contos de reis, Para uma
comu nidade nova , e cons t i tu ída de gente f r aca de pecúnia , i sso t rouxe um ce r to
abalo, já que, para uma igreja tão fraca de recursos f inanceiros, tal prejuízo
se mostrava mui to ma ior .
O clero, infelizmente, não respeitava a Constituição. A imprensa indepen-
dente, porém, condenou tal ato de agressão, mesmo tendo esse partido do clero
ca tó l ico romano
Depois desse fato tão desagradável, a igreja mudou sua sede para a Rua
Itaboraí, 173.
P E R S E G U I Ç Õ E S E M C A M P O S
Em Rio Preto
Em julho de 1905, na loca l idade denominada R io P re to , o P r . Joaquim
Fernandes Lessa realizaria , como resultado de seu esforço evangelístico, onze
ba t ismos. Não sa t is fe i to com essa v i tór ia do evange lho, Sa tanás const ru iu uma
de suas artimanhas. Usou o jovem Francisco Nunes para perseguir o pastor Lessa.
No dia em que seriam realizados os batismos, entrou ele no salão de cultos,
insul tand o o pregador . I sso ofendeu um dos mem bros da igre ja , i rmão do pe r se -
guidor . Os dois d iscut i r am for temente e , tomando conhec imento de que o P r .
Joaquim Lessa r ea l iza r ia outros ba t ismos no d ia seguinte , F ranc isco Nunes
afirmou estar ali para matá-lo e que, no dia seguinte, à hora dos batismos, já
lá estaria para alcançar o seu objetivo.
No dia seguinte, à hora marcada para os batismos, lá estava Lessa, junto
à cachoeira, e , com ele os candidatos que seriam imersos. Lessa não se inti-
midava, mesmo percebendo que chegava ali o perseguidor, armado com um grosso
pedaço de pau. Vendo que Lessa se preparava para realizar os batismos, se pôs
de cócoras , sobre uma pedra , a uns dois me tros do pregador , empunhando a
a rma , como que a f aze r - lhe ameaça . Ca lmamente , I .essa realizava a cerimônia,
conf iando só em Deus . O coração do jovem foi tocado. "Ele f icou como pe t r i -
f icado e e s tá t ico" . Deus o dominara .
Quando o Pr. Joaquim Lessa retornou à igreja, para a realização de sessão
espir i tua l e de negóc ios , quem é que encontrou lá , apresentando-se pa ra da r
prof issão de f é? Era o "pe r seguidor Francisco Nunes, que tornou-se se rvo f ie l"
ao Deus a quem perseguira com tanto r ancor .
Em Dores de Macabu
Em 18 de outub ro de 1906, o Pr. Joaqu im Fern andes Lessa chegou a Dores
de Macabu, para realizar trabalhos de evangelização e pregação do evangelho.
Chegando à c idade , fo i , imedia tamente , ce rcado por uma turba mul ta que , l ide -
rada pe lo á rabe José B i ta t , negoc iante loca l , que t inha como guarda -cos tas um
farmacêut ico de sobrenome Athayde , começou a desa f ia r e a taca r Joaquim
Fernandes Lessa. O sub-delegado local, Sr . Francisco Barbosa Paes, havia tomado
todas as providências necessárias para que o Pr. Lessa não fosse molestado. Ap esar
85
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de suas providências, ninguém pôde impedir que, em meio ao ataque, o tal árabe
tomasse a pa lavra ameaçando, com o seu por tuguês ma l t r a tado, o pas tor :
"Se vemos que veiu aqui bara cornbra e vendi nos está bronto recebe
senô. Mas bara bregar religião brodestante de misséria, de beste e
braga , senor não pode ."
Pensan do que, assim, levantaria os ânim os da pop ulaçã o contra Joaquim
Lessa, prosseguiu em suas ameaças:
"Meu povo tudo tá qui . Não é ca tó l ico abostó l ico romano? Viva
Nossa Senhora das Dores " .
O povo pror rompeu num ges to único e demo rado: "Viv a " .
Lessa não se impacientou, nem se amedrontou. Somente sorriu. Isso desa-
gradou o árabe que, irr itado gritou:
"Sen or não sor r i , não " .
(1 )
P E R S E G U I Ç Õ E S E M A P E R I B É
A cidade de Aperibé seria palco de muitas perseguições aos crentes, como
também, local de realização de grandes eventos do trabalho batista f luminense.
No dia 6 de janeiro de 1902, foi organizada a Igreja Batista de Aperibé.
Contava com 25 membros. A organização deu-se na residência do Sr. Evaristo
Reis, pai de Alfredo Reis, um dos fundadores da igreja, que vir ia a ser , em 1909,
consagrado ao minis té r io sagrado. Outro membro fundador dessa igre ja fo i o
fa rmacêut ico Antônio Te ixe i ra Barbosa , pa i de D.De janira Barbosa , que v i r ia
a ser , mais tarde, missionária dos batistas brasileiros a Portugal, juntamente
com o seu esposo, o Pr. Achilles Barbosa.
Em 21 de novembro de 1902, uma tr iade composta de um negociante portu-
guês , de nome Abreu, um fa rmacêut ico , também por tuguês , de nome Bragança ,
e o agente dos correios, Sr . Castro, começaria a atacar os "inofensivos batistas,
por conta e influência da primeira pessoa, cujo trabalho de sapa estendia-se
a té aos munic íp ios v iz inhos" .
Souberam eles que, naquele dia, os pastores Joaquim Fernandes Lessa,
A.F.Campos e José Nigro estariam em Aperibé. O plano era expulsar da cidade
o irmão Antônio Teixeira Barbosa, que, por ser farmacêutico, gozava de certa
influência local, bem com o dua s dezenas e meia de outros crentes que ali residiam.
A reunião seria realizada na casa do Sr. Carlos Boechat (de quem são
parentes os pastores Emiliano e Clério Boechat) . A casa permaneceu vigiada,
por ordem do sub-de legado dc pol íc ia , o S r . Deodoro Sa rdenberg , "por moços
possantes pa ra que não consent issem entra r n inguém su spe i to" . P ropa la ram que
a referida tr íade tinha conseguido, em Pádua, arregimentar "alguns malfeitores",
em núm ero de 200, que viriam para realizar a pretendida expulsão do farmacêutico.
Quando o cul to já caminhava pa ra o f ina l , e is que chega um por tador ,
da c idade de Santo Antônio de Pádua , t r azendo uma ca r ta do Sr . Otávio Diniz ,
amigo do evangelho que lá residia, dir igida ao sub-delegado de Aperibé, infor-
mando que os in imigos e s tavam reunidos pa ra marcharem para Aper ibé e que
ele, o sub-delegado, deveria tomar as providências que o caso exigia. Imedia-
tamente, o policial enviou a Pádua os jovens Suetônio Sardenberg e Joaquim
Rosa, para requisitarem força embalada a f im de garantir a vida dos crentes.
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Joaquim Rosa veio a ser ordenado ao ministério sagrado, no ano de 1917. É
ele o pai do juiz Eliézer Rosa e do brilhante causídico F.liasar Rosa, que foram
membros da Igreja Batista de São João de Meriti .
No expresso daquele dia, chegaria a Aperibé o reforço policial pedido.
Eram oito soldados que foram colocados à disposição da autoridade local. Os
inimigos só não viajaram, dc Pádua para Aperibé, porque, naquela noite , caiu
forte tempestade naquela cidade.
É assim que Deus age. Mesmo porque oito soldados não dariam conta
de uma turba mul ta amot inada .
Outro episódio ocorrido em Aperibé com o Pastor Kléber Martins revela
bem o poder da oração feita com fé para livrar-se das perseguições.
O Pr. Kléber Martins, vindo residir em Aperibé no ano de 1908, "alugou
uma casinha de uma senhora pobre e velha". Pobre como cie também era, só
podia a luga r uma cas inha . O s pe r seguidores do evange lho que não t inham desa -
nimado de suas tramas contra os crentes, acharam que era uma boa oportunidade
para eles expulsarem dali o jovem pastor e sua família . Resolveu o chefe dos
perseguidores, o Sr. Major Abreu, comprar a tal casinha, para, desse modo,
expulsar mais facilmente o pastor da localidade. Logo que comprou a casinha
intimou o pastor a mudar-se.
O Pr. Kléber Martins então marcou o dia de mudar-se. Ir ia residir em São
Fidélis. Acontece que no dia marcado ele não pode mudar-se porque o Rio Paraíba
t inha t r ansbordado c inundado São F idé l is .
O perseguidor foi implacável e lhe disse: "Depois do dia marcado nem
mais um dia . Mandare i pôr tudo na rua , porque a casa é minha" .
Kléber Martins f icou com a alma abatida e comentou o fato com o Pr.
Daniel Crosland e J.F.Lessa. Esses buscaram o auxílio da autoridade das auto-
ridades — Deus. Entraram em uma floresta e aí se recolheram para orar . Rogaram
muito ao Senhor para que o Pr. Kléber não viesse a sofrer tal vexame.
Deus respondeu as orações, do modo que ninguém esperava, pois no dia
seguinte (9 de janeiro de 1908) a notícia se espalhou rápida: "O Major Abreu
mor reu repent inamente e s ta noi te" .
Joaquim Lessa comenta :
"Foi um choque para todos, porque, apesar de perseguidor, era, dizem,
um bom homem. Mais ta rde desapareceu também o segundo pe r se -
guidor, um Sr. Bragança, que, também, dizem, não era mau. E, por
fim, o último da tr indade que dominava o lugar foi assassinado dentro
de seu própr io la r nos braços da e sposa . De mane ira nenhuma nos
gloriamos disso. Mas bem se pode ver que a justiça a Deus
per tence" ." '
M A N O E L N U N E S S A R A I V A , U M M Á R T I R D O E V A N G E L H O
NO ESTADO DO RIO
Conver t ido ao evange lho a inda jovem, Manoe l Nunes Sa ra iva tornou-se
propagador a rdoroso das boas-novas que ace i ta ra . Recebeu o t í tu lo de "evan-
gelista", como todos os bravos colaboradores que, nos primórdios do trabalho
batista no Brasil, saíam a anunciar a mensagem salvadora do Senhor Jesus.
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Embora mui to doente , mas impuls ionado pe lo a rdor evange l ís t ico e imbuído
de um grande desejo de levar a semente santa a todos os reeantos, este jovem
se punha a pregar, aqui e ali, perto ou longe, com sol ou chuva.
Em maio de 1906, em meio ao trabalho de propagar o evangelho, ele vir ia
a sofrer uma das mais cruéis perseguições de que temos notícias no Estado do
Rio. Em suas incursões evangelísticas, foi pregar cm Imbaú, lugarejo do interior ,
próximo a Cesário Alvim, município de Silva Jardim. Por ali passava apenas
o trem da Estrada de Ferro Leopoldina Railway, hoje Rede Ferroviária Federal.
Na mesma região de Imbaú, se localizava a Igreja Batista de Lavras de
Rio Bonito, organ izada n o dia 3 de maio de 1903, com 18 mem bros, c omo resul-
tado do "esforço ingente do Pastor José Nigro".
(1 )
Os irmãos dessa igreja
es tavam sof rend o te rr íveis pe r seguições , ao pon to de quase todos mudarem para
outras loca l idades . Lessa a f i rma que e le s se mudavam "por causa das pesadas
per seguições por pa r te dos ca tó l icos ext remados" . '
2
' Tamanhas foram as perse-
guições , tan tos foram os membros que mudaram para outras c idades , que a
Igreja de Lavras de Rio Bonito se dissolveu em 1906.
Manuel Nunes Saraiva era sabedor de toda essa situação, de todos os
maltrados sofridos pelos crentes, de todos as perseguições que lhes movia o povo.
Mesmo ass im , o "a r ro jado se rvo do Senhor" , como o c la ss i f icou A.R .Crabtree ,
começou a t r aba lha r em nosso es tado, em 1904. Nada o demovia da vontade
de pregar o evangelho. Estava disposto a arrostar as perseguições, afrontas, injú-
r ias, por amor a Cristo.
Os efeitos das perseguições já haviam chegado a Imbáu. O povo criara
um ódio terr ível contra os crentes porque tinham espalhado por lá a idéia de
que eles eram contra os santos c, onde chegavam, os santos eram destruídos.
Os pe r seguidores iam pe los caminhos , gr i tando pa ra os que pensavam se rem
convertidos ao evangelho: "Vocês vão ver, seus comedores de santo ".
O culto foi na casa do irmão Antônio Silva. Manuel Nunes Saraiva pregava,
ungido pe lo Espír i to Santo . Suas pa lavras tocavam os corações de mui tos que
se mostravam dispostos à conversão. Em meio à pregação, entraram os perse-
guidores , quebrando a pauladas tudo o que a l i havia .
(3 )
Passa ram a da r
bordoadas no pregador , levando-o pa ra fora e f azendo-o monta r de cos tas num
animal , como os pa lhaços que anunc iavam uma exibição de c i r co no in te r ior .
Amar ra ram-no no animal e , como obse rva J .F .Lessa , "num percurso de t r ê s
léguas , o acompanharam a té à e s tação de Cesá r io Alvim. Durante o pe rcurso ,
tanto davam varadas no animal e no evangelista , que este f icou horrivelmente
machucado. Sa ra iva só não ca iu porque es tava amar rado ao animal . Na es tação,
puse ram-no num t rem e o in t imaram a seguir pa ra Campos. Durante o pe rcurso ,
ent re tanto , Sa ra iva conseguiu mudar de t r em e seguiu pa ra Ni te ró i /
4
'
Sendo Manoe l Nunes Sa ra iva por tuguês , d iante do acontec ido, a lgumas
pessoas o aconse lha ram a pedir proteção ao cônsul de Por tuga l . Em resposta
a esses, Saraiva dizia que preferia as bem-aventuranças de Cristo que se acham
registradas em Mateus 5:10-11. E, àqueles que presenciavam o seu sofrimento,
dizia: "Não deixem de pregar neste lugar, pois vai dar muito fruto".
Não mui tos d ia s depois de sof re r aque le a tentado, a not íc ia se propagava
entre os crentes: "O irmão Saraiva morreu. Não resistiu às conseqüências do
espancamento ." Diante da f ibra evange l ís t ica de Manoe l Nunes Sa ra iva , nós
dir íamos: "E le não mo r reu . Foi r eceber o ga la rdão de sua f ide l idade ao Senhor ."
88
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Depois de experiência tão terr ível, quem teria coragem dc voltar a esse
lugar? Joaquim Fernandes Lessa escreve: "Houve um caso que é bem digno
de referência, pois é edif icante. Depois da perseguição que o evangelista Manoel
Nunes Saraiva sofreu em Cesário Alvim, ninguém mais voltou ali para pregar.
Mas a semente lançada naque le luga r ge rminou e deu f ru tos . Nada , porém,
se conseguia saber de como estavam os irmãos passando ali, depois das perse-
guições. Mais tarde, isto é, em 1? de agosto de 1907, O Jornal Batista publicava
a seguinte notícia do irmão José Nunes do Amaral, crente residente naquele
local: 'Tenho a dizer-vos que, sendo apenas um lavrador, não tenho grandes
habilitações para a pregação do evangelho de Jesus. Todavia, confiado cm Deus,
e nas suas promessas, tenho posto em prática o meu pequeno talento, e o Senhor
tem s ido mise r icordioso pa ra comigo, f azendo-o render . Segundo min has f r acas
forças, tenho anunciado a salvação a uns e outros, e já há alguns prontos a
receber o batismo, alguns dos quais já haviam dado o seu testemunho perante
o saudoso i rmão Sara iva . Temos também bom número de in te ressados . Es tamos
dese jando mu i to que o Senhor nos mande um p as tor ou evange lis ta pa ra an imar
e desenvolver esta obra ' ."
(5 )
Tive o privilégio de conhecer o irmão José Nunes do Amaral, na Igreja
Batista de Araruama, em 1950, quando eu ali trabalhava como seminarista . Ele
es tava com mais de 70 anos . Era o e s t imado i rmão conhec ido por "Digo do
Amaral". Eu o ouvia, com alegria, narrar muitos fatos relacionados com a implan-
tação do evange lho naque las p lagas .
A sua carta, publicada em o O Jornal Batista naquele ano dc 1907, apelando
por ajuda, teve resposta na pessoa do secretário e do missionário. É Lessa, ainda,
que escreve: "O pastor Lessa e o missionário Crosland seguiram, de Campos,
para visitar aqueles irmãos. Ali chegaram a 1? dc outubro daquele ano. Como
continuassem as ameaças de morte, e não tendo esses obreiros achado autori-
dade em Capiva r i pron ta pa ra de fendê- los , procura ram o ca r tór io de paz , de ram
seus nomes e demais informações para que, no caso de serem atingidos por perse-
guições, poderem ser dadas notícias a seu respeito. Nunca tinham eles ido àquele
lugar . Ar ranja ram um guia que os conduz isse à casa de José Nunes do Amara l .
Tempo chuvoso e caminhos ruins, cuja distância era de quase quatro léguas,
a pé , subindo e descendo montanhas . Anoi teceu em meio da v iagem. Às 10
horas da noite , chegaram à tal casa. Mas ali não encontraram os donos. Acen-
deram uma vela e, enquanto o guia incrédulo segurava a vela, eles cantaram
um hino para se fazerem conhecer. Mas ninguém apareceu. Por f im, o guia foi
embora e eles passaram aquela noite chuvosa do lado de fora, no terreiro da
casa. Pela manhã, cedo, viram uma outra casa ali perto. Era a residência de
um interessado no evangelho que, ao vê-los, recebeu-os com alegria. Realizaram
algumas reuniões , ba t iza ram 12 pessoas que t inham professado a f é pe rante o
saudoso irmão Saraiva. Naquele lugar, mais tarde, foi organizada uma boa
igreja."
(6>
Hoje existe em Imbaú uma forte igreja, organizada em 18 de março de
1917, com 142 pessoas. Quando ali esteve o autor desta obra, em 1976, teve
o prazer de palestrar com um dos fundadores daquela igreja, o irmão Alcides
de Oliveira Quintanilha, que naquela época contava 75 anos de idade. Ele fora
batizado pelo missionário A.B.Christie , na Igreja Batista de Correnteza, que
fora organizad a em 10 de novembro dc 1908, de ond e vieram cartas demis sórias
89
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para a organização da Igreja em Imbaú, cujo primeiro pastor foi o missionário
Christie (18/3/1917/ — 3/6/1920). Essa igreja teve pastores da estirpe de Christie ,
Cândido Inácio da Silva, Honório de Souza, Assis Cabral, José I .óta e David
Francisco de Oliveira, que a pastoreia por mais de 20 anos.
Não foi em vão que o sangue do irmão Manoel Nunes Saraiva foi derra-
mado naquele campo. Sua profecia, de que ali seriam colhidos muitos frutos,
veio a se cumprir . É que a semente, por ele lançada, fora regada com sangue.
Já dizia Tertuliano que "o sangue dos mártires é a semente do cristão".
,7 )
Referindo-se ao caráter do irmão Saraiva, Joaquim Fernandes Lessa acen-
tuou: "Esse moço foi sempre de grande valor pelo seu zelo espir itual e pela
extremada dedicação à Causa de Deus" .
<8 )
Crabtree, o grande teólogo e histo-
r iador batista , comentou sobre o caráter de Saraiva- "Era um dos mais arrojados
evangelistas do Brasil. Era tão abnegado que não cuidava devidamente da saúde,
estudando a Bíblia e passando noites quase inteiras no chão duro, tendo apenas
um lençol para o proteger das intempéries. . . deixou um exemplo de zelo, sacri-
f ício e consagração que impressionou a seus colegas e amigos."
191
Imbaú estava mesmo predestinada a dar muitos frutos. Senão, vejamos:
O município dc Silva Jardim tem várias igrejas. Todas são f lorescentes, não
obstante te rem sof r ido com o êxodo rura l . Doze pas tores a tuantes na obra do
Senhor são f ilhos dessa terra — Isaac da Costa Moreira, ex-diretor do Lar Batista
Pastor Antônio Soares Ferreira e , atualmente (1991), pastor da Igreja Batista
de Caramujo, Niterói; Jessé Moreira, ex-presidente da Ordem dos Pastores do
Distr ito Federal, residindo em Brasília; Isaías Moreira de Farias, pastor da Igreja
do Fonseca, Niterói; David Francisco de Oliveira; Dario de Oliveira, formado
pelo Seminário Teológico Batista Fluminense; Silas da Costa Moreira; Enete
Francisco de Ara újo ; Militão Pereira de And rade; W alter Gom es Pereira; José
Quintani lha Costa Lea ; Oz imar Mac hado Leite; David Pereira de Andrade.
Na cidade, os evangélicos gozam hoje de grande conceito. Muitos crentes
têm passado pela Câmara dos Vereadores, atestando a confiança do povo da
região nos servos de Deus. Glória a Deus por isso
O R G A N I Z A Ç Ã O D A A S S O C I A Ç Ã O B A T I S T A F L U M I N E N S E
Sentiram os líderes do campo batista f luminense que deveriam promover
a organização de uma entidade que viesse a congregar todas as igrejas para
poderem melhor expandir a obra do Mestre.
Assim é que, no dia 5 de janeiro de 1907, no templo da Igreja Batista
de Aperibé, foi organizada a Associação Batista Fluminense, entidade que vir ia
a ser uma grande força no progresso da obra batisia no Estado do Rio.
O O Jornal Batista, de 24 de janeir o de 1907, publico u um a resenha histó-
r ica do evento que veio da lavra do pastor Kléber Martins. Aqui transcrevemos
o histórico:
"Primeira Reunião Anual da Associação Batista Fluminense, reali-
zada no dia 5 de janeiro de 1907, com a Igreja Batista de Aperibé
"A organização dessa associação marca uma época na história da
Missão de Campos. Do principio ao f im foi uma das mais notáveis
reuniões de batistas a que jamais assisti no Brasil.
90
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"Na pr ime ira oração sent imos a presença de Deus . A ha rmonia que
prevaleceu, o poder espir itual que encheu os corações de todos os
oradores, o amor fraternal que reinou, foram a feição característica
de todas as reuniões. Às 10 horas da manhã do dia 4 de janeiro,
no templo da Igreja Batista de Aperibé, o pastor Lessa inciou os
trabalhos da associação com a leitura da Palavra de Deus e oração.
O Rev. D.F.Crosland expôs as razões e a necessidade de organizar
uma Associação Batista na Missão de Campos. Para dir igir os traba-
lhos da Associação foi eleita a mesa seguinte: Pr . Joaquim Lessa —
presidente; Evangelista Alfredo Joaquim dos Reis — vice-presidente;
Pr. D.F.Crosland — tesoureiro; Evangelista Kléber Martins — Secre-
tário.
"Às onze horas da manhã conseguiu- se acabar a organização, tendo
sido eleita uma mesa de oficiais, adotados os Estatutos e Regimento
Interno e recebidas as cartas-credenciais dos representantes das nove
igrejas que se f izeram representar na organização. São eles: da igreja
de Aperibé — diácono Antônio T.Barbosa, evangelista Kléber Martins,
Antônio A. Re is , Antônio G. Nogue ira , Joaquim Rosa , Pamphi l io
Ludolf , Leônc io G. Nogue ira ; da Igre ja de Campos — Pr . Joaquim
Lessa, Daniel F. Crosland, A.Maia, Vicente Barreto; da Igreja de
S. Fidélis — diácono João C.P.Peixoto, Laurindo P.Leão, Benedicto
Pereira Antunes, Antônio Américo da Silva; da Igreja de Ernesto
Machado — Eurico Gambeta Pereira dc Almeida, Luís Alves; da Igreja
do Rio Negro — João Menezes, Júlio Martins Vianna; da Igreja de
Bom Ja rdim — diácono Joaquim C .dos Santos , P r . C .de Mendonça ,
Leonel Eyer, Manoel de Menezes, Augusto de Menezes; da Igreja
de S.Antônio de Pádua — João Caetano de Oliveira; da Igreja do
Alto Macabu — diácono Luiz Ovídio F i rmo, Domingos F ranc isco
dos Santos; da Igreja do Rio Preto — diácono Josué de Souza Filho,
Domingos José de Souza , Joaquim Mar t ins da Mot ta , Virg ín io José
Villement. Outras igrejas, por diversos motivos, não puderam fazer-
-se representar .
"Tudo foi feito em pouco tempo, com ordem e método, e em tão
boa harmonia que nos parecia estar assistindo aos trabalhos de uma
associação estabelecida c bem organizada. O tema do estudo na Asso-
ciação foi: 'Os requisitos para ser um verdadeiro ministro do
evangelho' , apresentado pelo evangelista Kléber Martins.
"Esse i rmão fo i logo ao âmago do assunto . Não podemos de ixa r
de pôr em relevo aqui uma frase feliz que ele teve no decorrer do
seu tema, que é esta: 'Quem não quer dormir na esteira, não é ministro
verdadeiro' .
A expressão é jocosa, mas o conceito é real e verdadeiro. É este espí-
r ito que tem levado o evangelho aos confins da terra. É este espír ito
que abr iu o coração negro da Áf r ica . O grande Livings tone mor reu
a joe lhado no in te r ior da Áf r ica , orando pe la a lma do seu próximo,
depois de passar dias e até meses sem ter uma esteira em que dormir.
"Nosso irmão Leonel Eyer fez um bom discurso sobre o tema: 'Que
91
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faremos para promover o desenvolvimento espir itual das igrejas da
associação?' . O orador, a nosso ver, revelou ser excelente pregador
se Deus o chamasse para esse f im. Que o Senhor faça uso dele por
muitos anos na associação, é o nosso desejo.
"O Pr . Car los de Mendonça pregou um bom se rmão sobre I Cor .
1, com o que f indou o primeiro dia — um dia fértil em trabalhos
e bênçãos.
"A pr ime ira pa r te do d ia c inco fo i ocupada com a d iscussão sobre
como da r impulso ao Jorna l Ba t is ta e à nossa edi tora . Mui to gra tos
f icamos pe las bondosas r e fe rênc ias f e i tas ao nosso jorna l , que então
ouvimos de nossos i rmãos; bond ade ma nifes tada não só em pa lavras ,
mas em fatos, pois que todos os representantes das igrejas, acima
menc ionados , não somente a ss ina ram o jorna l , como também se
comprom ete ram a a r ranja r , cada u m, du as a ss ina turas ent re os inc ré -
dulos. Foi uma idéia, cremos, original e muito útil.
"Às onze horas desse dia falou o diácono Joaquim Coelho dos Santos,
sobre 'O que ensinam as Escrituras acerca do dízimo?' . O seu discurso
foi impress ivo , porque e le pra t ica aqui lo que pregou. Es tamos infor -
mados que no ano cor rente e s ta missão fez mui to progresso no que
respeita às contr ibuições. Esperamos que haja muitos outros na mesma
missão possuídos da mesm a l ibe ra l idade pa ra com a causa do S enhor
de que es tá possuído o i rmão Joaquim Coe lho dos Santos . Ele sabe
o que a Bíblia ensina sobre este assunto e dispõe-se a viver e a ensinar
de acordo com ela.
"O Pr . Mendonça falou sobre as vantagens de uma verdadeira
educação. Falou da necessidade de escolas diárias e mui particular-
mente de educação de c r ianças na Pa lavra de Deus . Esperamos que
os i rmãos daque la missão tomem em conside ração as pa lavras do
irmão Mendonça , e outros que fa la ram sobre o mesmo assunto , e
mandem seus f i lhos r egula rmente à Escola D ominica l , e que se vulga -
rizem as escolas diárias onde as crianças aprendem a ler e a escrever.
"Necess i tamo s de e s tabe lece r colégios ond e nossos f i lhos possam se r
educados l ivres do conta to do romanismo, onde aprendam a pensa r
em vez de aprenderem a rezar . E se os batistas não se dispõem a
fazer alguma coisa em prol da instrução de seus f ilhos, quem o fará
por eles? Por que não poderemos ter uma boa escola diária em cada
igreja batista? Precisamos de uma nação de batistas educada e prepa-
rada para a vida por mestres batistas. Quando chegará esse dia?
"Respondemos: Quando nós , como denominação, nos unirmos e
coopera rmos juntamente pa ra e sse f im . O i rmão Alf redo Joaquim
dos Reis falou sobre a necessidade de uma verdadeira evangelização;
falou com clareza e com espír ito de um verdadeiro pregador. Espe-
ramos que esse i rmão es te ja em caminho de i r aos Es tados Unidos ,
onde poderá realizar em si mesmo tudo que disse sobre a verdadeira
evange l ização. O i rmão Alf redo é um dos moços ma is e spe rançosos
que temos em nosso trabalho no Brasil
"Não podemos de modo a lgum, nes te breve esboço, f a la r de tudo
que se passou na Assembléia da Associação Batista Fluminense. O
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i rmão Joaquim Lessa , moderador da sessão , em todos os a ssuntos
discutidos teve uma palavra de conselho, uma sugestão sábia e provei-
tosa . Mostra - se um hábi l adminis t r ador que promete grandes coisas
no t r aba lho da a ssoc iação. Não podemos de ixa r de menc ionar aqui
uma sentença sua: 'Alguns de nossos irmãos não gostam de dar o
seu voto para exclusão, das igrejas, dos espir itualmente mortos,
lembrando uma pessoa que , depois de lhe mor re r uma pessoa em
casa, guardasse o cadáver até apodrecer e largar um fétido insupor-
tável ' . O irmão Lessa tem se esforçado pela pureza das igrejas,
exercendo uma ativa disciplina. É notável que durante o ano passado
foram excluídas das igrejas das missão 135 pessoas, e ainda assim
foi o ano mais próspero de todos, mostrando um considerável aumento
no número to ta l de membros . A igre ja que ma is prospe ra é aque la
que em tudo procura f aze r a vontade de Deus . O i rmão Cros land
f icou content íss imo por ve r um ano de t r aba lho pe r s is tente coroado
com tão glorioso sucesso. Que Deus abençoe esta associação." '
1
)
A S S O C I A Ç Ã O D O H O S P I T A L E V A N G É L I C O
O ideal de se organizar um hospital evangélico surgiu logo nos primórdios
do t r aba lho ba t is ta no campo f luminense . O que compe l ia os ba t is ta s a e sse
ideal era: 1) o mal tratamento que recebiam os crentes nos hospitais em que
eram atendidos, dada a sua conversão ao evangelho; 2) um hospital seria exce-
lente meio de evangelização, pois que, nele, crentes ou não crentes seriam
igua lmente bem t ra tados , te s tem unhando-se , a ss im , do evange lho; 3) os c rentes
poder iam receber ma iores benef íc ios , em te rmos f inance i ros .
Com esse ideal em mira, um grupo de irmãos se reuniu, em 1909, orga-
nizando a Assoc iação do Hospi ta l Evangé l ico , tendo s ido e le i to como seu
pres idente o i rmão An tônio Rodr igues Maia , que v i r ia , não mui to tempo depois ,
a ser ordenado ao ministério da Palavra.
Foi , porém, em 1913, quando fo i c r iada a denominada Caixa de Socorros
Mútuos, cuja f ina l idade e ra a jud a r a s f amília s dos a ssoc iados f a lec idos , que
a Assoc iação do Hospi ta l Evangé l ico começa mesmo a ganhar corpo. O movi-
mento em favor da Caixa dc Socorros Mútuos foi de grande valor , visto que,
naquela época, nem se pensava em assistência social vinda da parte do governo.
Os c rentes , então , se mostra ram cÔnsc ios de suas r e sponsabi l idades de se socor -
re rem mutuamente . A Ca ixa de Socor ros Mútuos conseguiu , de in íc io , a r ro la r
600 sócios. Isso prova o grande interesse daqueles crentes no estabelecimento
de uma obra de cunho benef icente e soc ia l .
Primeira Tentativa de Organização
Corria o ano de 1920. Os crentes estavam ansiosos para verem instalado
o tão almejado hospital. Decidiu a Assembléia do Hospital Batista que, até que
se conseguissem as verbas necessárias para a construção de um edif ício onde
o hospi ta l func ionasse pe rmanentemente , e le se r ia ins ta lado, a inda que a t í tu lo
precário, na cidade de Cantagalo. O ardor do Pastor Leonel Eyer e de um pugilo
93
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de idealistas contagiava o nosso povo, no sentido de contr ibuir para essa cons-
t rução.
Cantagalo seria a cidade privilegiada. É que ali residir ia o principal mentor
do movimento pró-hospi ta l , o Pas tor Leone l Eyer , que , de ixando o pas torado
da Igreja Batista de Duas Barras, aceitaria o da Igreja de Cantagalo, em janeiro
de 1920.
Movido por um grande ideal, meteu ele mãos à obra, como secretário-
-cor réspondente - te soure i ro da Assoc iação do Hospi ta l Ba t is ta . Cremos que as
grandes lutas o desgastaram muito f isicamente. Por isso, em pouco tempo, adoeceu
e, em 13 de janeiro de 1922, ele passava ao s braços do seu ben dito Salvador,
o Senhor Jesus Cristo. Tinha 34 anos quando faleceu. Partira muito jovem o
grande idealista . Mas deixara uma grande impressão em todos, porque sua vida,
totalmente entregue à causa do Mestre, falara alto do seu amor à obra.
Leone l Eyer fo i um dos jovens ba t izados pe lo miss ionár io A.L.Dunstan .
Seu batismo ocorreu no dia 15 de janeiro de 1905, no Rio Negro, próximo à
c idade de Cantaga lo .
Jovem entusiasta, logo se revelou na obra do Mestre. De tal modo se desen-
volveu que, no dia 17 de setembro de 1908, ele passou a exercer a função de
evange l is ta . Dois anos depois , fo i ordenado ao minis té r io sagrado, a pedido da
Igreja Batista de Sana. Foi pastor das Igrejas de Sana, Bom Jardim, Conceição
de Macabu, Pádua , Duas Bar ras e Cantaga lo .
A morte de Leonel Eyer foi uma enorme perda. Com ela, abriu-se uma
grande lacuna. Agora, como prosseguiria o ideal de um hospital batista? A morte
do grande líder parece ter arrefecido o ideal que os batistas mantinham. Elegeram
para sec re tá r io- te soure i ro in te r ino da a ssoc iação do hospi ta l , o i rmão Joaquim
Teixeira, que residia em Cantagalo, até que pudessem escolher quem ocupasse,
definitivamente, o cargo. Isso se deu no mês de maio de 1922. Foi eleito o Pastor
Leobino da Rocha Guimarães .
Organização do Hospital Batista
Apesa r de marchas e contra -marchas , des i lusões , desapontamentos , se r ia
organizado, em 1923, o tão sonhado hospi ta l ba t is ta .
"Depois de mui ta s lu ta s , desapontamentos e a té desânimos, f ina l -
mente fo i marcada a inauguração do tão a lme jado Hospi ta l Ba t is ta .
C i tamos um resumo do h is tór ico publ icado em O Escudeiro Batista,
de 15 de agosto de 1925, e a ata da instalação do Hospital Evangélico.
Foi em agosto de 1908, quando uma crente interna na Santa Casa
de Campos faleceu sem assistência espir itual e foi sepultada sem que
a igreja batista , da qual era membro, fosse avisada, que surgiu a idéia
de fundar um hospital batista . Aceita a sugestão, os estatutos provi-
sórios foram redigidos, e em 01 de janeiro foi organizada na Igreja
de Campos a Assoc iação do Hospi ta l Evangé l ico da Missão Ba t is ta
de Campos. A sua pr ime ira d i re tor ia compunha-se dos seguintes
irmãos: Antônio Rodrigues Maia, presidente; Aristides Lessa, vice-
-presidente; Alberto Vaz Lessa, primeiro-secretário; Carlos Gonçalves,
segundo-sec re tá rio ; Tibúrc io M anhães , te soure i ro ; José Ar ru da S i lva
e Antônio Portela, vogais. Até 25 de janeiro de 1913, a Associação
94
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do Hospital Batista existia como corpo separado da Associação Batista
Fluminense. Naquela data, porém, ela começou a ter as suas reuniões
| anuai s com a Asso ciação Batista Flumine nse, da qual passou a fazer
; parte integrante. De 1909 a 1915, a direção da Associaç ão do Hos pital
I passou por diversas mãos e, em abril daqu ele ano, o irmão Leonel
í Eyer foi eleito seu secretário-arqu ivista e , em 1916, seu tesoureiro e
1 secretário-c orrespo ndente , cargo que ele exerceu com tal atividade,
[ fazend o tud o com tant a precisão, que nad a escapava às suas vistas,
sac r i f icando-se em tudo e tudo sac r i f icando em favor do Hospi ta l
Batista . O irmão Leonel foi chamado à presença de Deus em 13 de
í janeiro de 1922. Em maio do mesm o ano, foi eleito secretário-
- te soure i ro do Hospi ta l Ba t is ta o Pas tor Leobino Rocha Guimarães ,
j a quem cabia o privilégio de levar o hospital à sua realização. Final-
| mente, pela qua ntia de Cr$ 50.000.00, foi com prad a em Niterói, à
Rua Dr. Martins Torres, 245, Santa Rosa, a propriedade em que foi
ins ta lado o hospi ta l .
'Aos dezenove dias do mês de julho de 1925, às três horas da tarde,
na cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, com a presença dos
Drs. Getúlio Pereira de Macedo, representante do Exmo. Sr. Dr. Feli-
c iano Sodré , M.D.Pres idente do Estado do R io de Jane i ro , João
W almer, r epresentando o Corpo Adm inis t r a t ivo do Hospi ta l Evan-
gélico, Alcides Figueiredo, ex-diretor do Hospital São João Batista ,
j Mul ulo da Veiga, Faria Júnior, do Gabi nete Médico -Legal, Paulo
Césa r , pres idente da Assoc iação do Hospi ta l Evangé l ico , Agost inho
| Bretas, Diretor Técnico interino, Pasto r F.F.Soren, Diretor do Colégio
Batista Feminino da Capital Federal, Prof. Júlio César de Noronha,
> profes sor no Colégio Batista e no Colégio Militar do Gov erno Brasi-
| le iro, memb ros da diretoria e representantes de muitas igrejas do Estad o
do Rio e da Capital Federal, da imprensa e demais pessoas, foi, com
um bom programa e, depois de uma fervorosa súplica pelo presidente
da assoc iação, inaugurado, so lenemente , o Hospi ta l Ba t is ta , e f r an-
queado ao público, pelo Exmo. Sr. Representante do Presidente do
Estado.. . '
"Durante os t r ê s pr ime iros meses , houve o seguinte movimento no
hospital: receita — Cr$ 39.210,80; entrada de doentes — 30; curados
— 05; melhorados — 16; mortos — 10. O princípio foi bom, a pers-
pectiva foi boa, mas era evidente, desde o começo, que a manutenção
do hospital seria dif ícil.""
1
Quanto às propr iedades adquir idas , o Hospi ta l Ba t is ta e s tava fadado a
tornar-se em um grande hospital. Vários fatores, no entanto, concorreram para
impedir- lhe a marcha. Assim, em 1932, ele fecharia suas portas, deixando grande
dívida para o campo batista f luminense. Este levou muitos anos para resgatá-la .
O Pastor Manuel Avelino de Souza, que foi presidente daquele hospital, ao fazer
o necrológico do Pr. Leobino da Rocha Guimarães, alinhou as razões que levaram
j o hospi ta l a se r descont inuad o:
i "Se o hospital não pôd e contin uar, não foi pela falta de esforço e
providência, mas por causa de diversos fatores alheios à sua e nossa
vontade. A visão errada de ser instalado em um bairro um tanto longe
I
95
e
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e de dif ícil condu ção, a gran de depress ão cau sada pela guerra de 14-18,
a fundação de instituição congênere em local muito mais accessível,
a falta de frutos suficientes e permanetes — tudo isso concorreu para
fechar o hospital ."
(2 )
C A M P A N H A D E C O M B A T E A O F U M O
"Naqueles dias os crentes fumavam", escreve o pastor Sebastião Angélico
de Souza . E prossegue : "Meu pa i fumava quando fo i ba t izado. De ixou porque
achou que crente não deve ter vício nenhum. Mas, agora, sob a orientação do
Pastor Alfredo Reis, a igreja deliberava combater o fumo. Aos fumantes foi
dado o prazo de 90 d ias pa ra aband onare m o v íc io . Esgotado o prazo, não houve
pror rogação. O resul tado fo i a exclusão de mui tos membros . N ão soube quantos
deixaram o vício e voltaram à igreja". '
1
'
A campanha antitabagista começou com os nacionais. Sentiam que a pessoa
que se convertia realmente devia desprender-se de qualquer vício.
O i rmão Pedro Gomes, membro da Igre ja Ba t is ta de Aper ibé , avô do
br i lhante advogado, Dr . Ce lso de Ol ive i ra , fo i um do s p ione iros nessa cam panha .
Lutou para que as primitivas igrejas do estado combatessem o vício do fumo
e só aceitassem como membros aquelas pessoas que houvessem se libertado desse
vício.(2)
Comentando sobre a obra de evangelização, em 1905, J.F.Lessa assim se
refere ao irmão Pedro Gomes:
"Entre eles contava-se o irmão Pedro Gomes da Silva, de Pádua,
mas membro de Aper ibé . Era um i rmão de cor , ana l fabe to , mas de
uma dedicação invejável, por isso que no seu trabalho, todo volun-
tário, conseguia atrair muitas almas para o Senhor Jesus". '
3
'
Diz-se que missionário A.B.Christie foi questionado, lá pelo ano de 1911,
mais ou menos, sobre a possibilidade dele engajar-se de corpo e alma nessa
Campanha Antitabagista. Na tura lm ente que e le não se opôs à mesma , como
se devia esperar , tornado-se seu grande defensor. Teria dito a alguém que ele
se achava numa situação meio constrangedora, de vez que o seu sustento vinha,
justamente, de pessoas que eram cultivadoras de tabaco em sua terra natal.
O fa to é que a Cam panh a sur t iu e fe i to c a s igre ja s , ze lando pe la doutr in a ,
iam, também, ze lando pe la saúde do corpo.
Igreja houve como a Primeira de Monção (I talva) e a de Tabua, que resol-
veram não excluir os que já fumavam por ocasião da conversão e os deixaram
no rol de membros até falecerem; mas foram, aos poucos, impedindo o ingresso
na igreja de pessoas que se diziam convertidas mas não estavam dispostas a
vencer o vício do fumo.
Hoje o governo es tá numa campanha ce r rada contra o uso do fumo. Todos
sabem dos terr íveis malefícios que ele tem causado à saúde. O fumo prejudica
o corpo do indivíduo, sua mente, suas economias, a sociedade e sua vida espi-
r i tua l . Uma es ta t í s t ica publ icada nos EUA informa que o aumento de casos
de cânce r no pulmão é a ssus tador .
"As descober ta s dos doutores E .L.W ynder e Evar ts A.Graham indicam
que 96,5% dos homens com cânce r no pulmão e ram fumantes . É
mui to r a ro encontra r cânce r de pulmão entre pessoas que não
f u m a m " . '
4
'
96
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Por saber dos grandes males que o uso do fumo causa à saúde é que os
crentes combatem, sem tréguas, esse terr ível vício, A Bíblia diz: "Não matarás"
(Êxodo 20:13). Se em cada cigarro que o homem fuma ele perde 12 minutos
de vida, ele está, desse modo, cometendo suicídio, o que Deus abomina.
Uma grande contr ibuição que os c rentes têm dado à pá t r ia é o comba te
aos vícios em geral. Os vícios do fumo, do alcoolismo, das drogas, do jogo,
etc. têm sido grandemente combatidos pelas igrejas do Senhor Jesus.
U S A D O S P O R D E U S T A I S C O M O E R A M
A obra do Senhor tem sido realizada por servos seus que, simplesmente,
se têm disposto a dcdicar-se sem barreiras, sem limites, sem reservas, ao seu
traba lho. Deus os tem usado como são: le t r ados , ou não; com uns ou outros
talentos; tendo feito cursos completos ou abreviados; vindos de grandes ou de
pequenos seminár ios ; aos o lhos humanos , r econhec idos ou não. Ta is como são ,
Deus os tem usado na sua seara.
Não tem s ido d i fe rente no campo ba t is ta f luminense . Desde o in íc io do
trabalho, vemos servos do Senhor sendo usados das mais diversas maneiras,
entre as mais diferentes circunstâncias de vida.
Obre i ros como Joaquim Coe lho dos Santos , José da S i lva Lóta , Antônio
Te ixe i ra Bar re to , Corundiba de Carva lho e mui tos outros que , não tendo opor -
tunidade de f r eqüenta r ma is que um curso pr imár io , formaram-se na e scola da
experiência de uma vida cristã toda entregue ao trabalho do Senhor e ao Senhor
do t r aba lho. Foram, poderosamente , usados na obra de Deus , ta is como e ram,
a despe i to da l imi tação de cul tura , compensada pe la consagração de que e ram
revestidos. Eles representam um belo grupo de obreiros, que ressaltam o que
Deus pode fazer através de pessoas que, embora humildes, se colocam inteira-
mente em suas mãos .
(1)
Obreiros como Man oel Avelino de Souza, Fidélis Morales Bentancôr, Erodice
Fontes de Queiro z, Abe lar Siqueira, João Barreto da Silva, W aldema r Zarro
e tantos outros que vieram depois de 1920, formados peto seminário do Rio
de Janeiro, tiveram a dita de um preparo mais esmerado para enfrentar as
condições culturais de sua época.
Ambos os grupos , r epresentando es t i los cul tura is d i f e rentes , foram pode-
rosamente usados pelo Senhor da obra. A ele estavam entregues. A ele se
dedicavam. Por e le foram usados .
Para homenagear essas duas classes de obreiros, escolhemos dois perso-
nagens — Joaquim Coe lho dos Santos e Manoe l Ave l ino de Souza . Es te ,
r epresentando o grupo de e s t i lo cul tura l ; aque le , nos f azendo lembra r do grupo
de obre i ros que contava , quase que apenas , com o prepa ro d iv ino pa ra o obra
do Senhor , nem por i sso de ixando de representa r grande bênção pa ra o t r aba lho
ba t is ta f luminense .
Joaquim Coelho dos Santos
Joaquim Coelho dos Santos se converteu em 1899. Foi tocado pelo cântico
convid ativo do hino que diz: "Oh tão cego eu andei , e perdid o vaguei. . ." (n?
396 do Cantor Cr is tão) , e pe la mensagem do Rev. Henr ique Louro de Carva lho.
97
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Foi um trabalhador infatigávcl, quando era diácono e evangelista . Por isso
mesmo, decidiram ordená-lo ao ministério da Palavra. Foi consagrado no dia
30 de maio de 1909, tendo logo assu mido o pastor ado d a Igreja Batista de Aperibé,
onde permaneceu por dez anos. Fm 1919, passou a pastorear a Igreja Batista
de Macuco, onde pe rmaneceu por 38 anos .
Em seu longo pastorado, organizou treze igrejas e viu se entregarem ao
ministério vinte jovens, entre os dois mil crentes que ele batizou. O Pr. Erodice
de Queiroz foi um desses jovens.
Era um grande evangelista . Por isso, em sua época, era o pregador mais
convidado para conferências evangelísticas. Ouvi-lo era um prazer. Homem de
pouca cul tura , mas de grande unçáo espi r i tua l , que sempre a r rancava lágr imas
daque les que o ouviam.
Em tempos em que o evange lho susc i tava pe r seguições , sof reu , quando
da realização de doze batismos no Rio Paraíba do Sul, na localidade de Portela.
Aparece ram c inqüenta homens a rmados , com o f i rme propósi to de t i r a r - lhe a
vida . O Senhor , porém, o poupou.
O nome de Joaquim Coelho dos Santos simboliza a vida de pastor real
e inteiramente dedicado à causa ' do Mestre.
Manoel A^Iino de Souza
Man oel Avelino de Souza nasc eu a 10 de novemb ro de 1886, no munic ípio
de Santa Inês, na Bahia. Foi batizado no dia 09 de dezembro 1906, pelo Pr.
Alexandre de Freitas. Depois de formado pelo Seminário Teológico Batista do
Sul do Brasil, em 1916, doutourou-se também em Filosofia, e passou um ano
es tudando nos Estados Unidos da Amér ica do Nor te .
Assumiu o pastorado da Primeira Igreja Batista de Niterói em 1917,
di r ig indo-a a té 1962, quando o Senhor o chamou pa ra s i .
Teve o privilégio de construir dois templos para sua igreja. O primeiro
era, na época, um dos maiores do Brasil, e serviu por muitos anos à igreja.
Sent indo que aque le já se tornava pequeno pa ra a igre ja , começou a cons t ru i r ,
na década de 50, o segundo templo que é, hoje, um dos maiores do Brasil.
Conhece-se o gigante pelo dedo. E Avelino, pelas obras que realizou em todas
as esferas, portou-se como um verdadeiro gigante espir itual
Foi grande pregador, grande líder , grande educador. Foi, por várias vezes,
presidente da Convenção Batista Brasileira, e , por mais de duas vezes, da
Convenção Batista Fluminense. Pena rutilante, legou-nos ótimos livros que têm
servido mui t íss imo à denominação.
Líder genuíno, Avelino transmitiu aos f luminenses uma orientação segura
e sadia. Graças à sua liderança e à de homens como Christie e Lessa, o Estado
do Rio conseguiu chegar ao ponto de desenvolvimento que alcançou e que a
tantos empolga e admira .
98
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Capítulo VII
PERÍODO DE ORGANIZAÇÃO DE VÁRIAS
ENTIDADES E COOPERAÇÃO
P E R S E G U I Ç Õ E S E M F R I B U R G O
Em 16 de agosto de 1908, a cidade de Nova Friburgo foi palco de perse-
guições aos batistas quando estes realizavam pregações na Praça do Suspiro.
Pregava o Pastor Kléber Martins, destemido obreiro, de grande consagra-
ção, quando um grupo açulado pelo clero católico, começou a dar vaias e a
fazer algazarras usando latas velhas, pedras, etc .
Quando chegou o momento do miss ionár io A.B .De te r prega r , a s i tuação
se complicou mais ainda. O missionário disse que tinha ido ali para levar ao
povo as luzes do evangelho. Os inimigos se aproveitaram dessas palavras e se
sent i r am a f rontados .
O jorna l O Friburguense, que de fendia os ca tó l icos, comentou :
"Foi nesse momento que chegou o Monsenhor Miranda sem acom-
panhamento nenhum, obje tou pac i f icamente que luzes já a s t inha :
povo de sobra, e ato contínuo, com dois ou três argumentos, deixou
sem fa la seu antagonis ta .
"As pr ime iras pa lavras do monsenhor acenderam o povo, como que
por encanto , de todos os lados , e s tabe lecendo a confusão. Eram
aplausos que entravam delirantes de toda aquela massa que se acer-
cava de seu quer ido v igá r io , v i tor iando-o e secundando-o na repulsa
aposta aos homens da se i ta ba t is ta .
"É dif ícil descrever o que foi aquela apoteose, o mais belo e merecido
florão que poderia receber de Maria em recompensa dos seus mara-
vilhosos esforços em prol da Igreja c da fé".
(1 )
Já na terça-feira, dia 18, os católicos começaram a espalhar pela cidade
um folheto, convidando o povo a se unir para perseguir os crentes. O tal folheto
cont inha :
"Contando que os ba t is ta s pre tendem repe t i r , hoje , na v ia públ ica ,
uma pregação que const i tu i uma a f ronta à nossa p iedade , aos nossos
99
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brios de povo civilizado, aos nossos mais caros afetos e sentimentos,
a f ronta que não puderam leva r a e fe i to , no domingo úl t imo, d iante
da energia de nossa atitude, convidamos a população católica desta
cidade para uma reunião hoje, às quatro e meia da tarde, na Praça
15 de Novembro, para nosso protesto.
Basta de provocações
Os ca tó l icos de Nova Fr iburgo" .
Os batistas voltaram a pregar na praça. A Constituição da época, a de
1891, no artigo 1?, parágrafo 3?, rezava que todos os indivíduos tinham o direito
de l ibe rdade de consc iênc ia . Es tavam, p or tanto , os ba t is ta s e scudados na Pa lavra
dc Deus e na Car ta Magna .
Os católicos ferrenhos não queriam nem sonhar que houvesse crentes em
Nova Friburgo. Desejavam, a todo custo, sufocar o avanço do evangelho. Daí
recorrerem ao expediente de "vaias, insultos, pedras, corridas deveras nesses
a t revidos in jur iadores do Bras il que os hospeda" , como p ubl icou o Friburguense
de 26 de agosto 1908.
Joaquim Fernandes Lessa comenta :
"Os cabeças pr inc ipa is do movimento e ram, a lém do padre , o ve rda -
de i ro mentor , o prof . B i jú , do Colégio Anchie ta , e o sub-de legado
Barber.
"Os ânimos entre o povo se exasperavam, pois duas correntes se esta-
be lece ram na opinião públ ica . Eram os miss ionár ios D.F .Cros land
e A.B.Deter e suas famílias e também o evangelista Kléber Martins
os que tinham grande interesse em que a liberdade de consciência
e o respeito à Constituição Brasileira fossem garantidos. Seguindo
de Campos o Pr. J.Lessa, para auxiliar os irmãos em Friburgo, o
evangelista Kléber Martin s foi para Camp os, enqua nto estivesse ausente
o Pr. Lessa. Por uns 12 dias consecutivo s os batistas não c onseg uiram
rea l iza r confe rênc ias na praça . Ape la ram ao Pres idente do Estado,
ao Chefe de Pol íc ia , ao Minis t ro do Exte r ior com uma apresentação
do saudoso Dr . Ni lo Peçanha . Nada conseguiram porque todas a s
providênc ias que as d ignas autor idades tomavam e ram anuladas por
um certo deputado e chefe político em Friburgo que dizia não ser
prec iso mandar forças , porquanto tudo es tava em paz , e que os
batistas estavam pregando com toda a liberdade. Cada dia se espe-
rava a força na hora do trem. E era repugnante ver-se gente de gravata
levada de mis tura com a ga rotada em plena Estação da Leopoldina
daquela cidade, a darem vaias aos batistas, especialmente ao nosso
irmão Leonel Eyer, que sempre ia à chegada do trem. Eram gaitas,
e assobios que eles usavam. A fim de resolverem tal situação, foram
a Niterói os Revs. Crosland e Lessa e, falando ao Dr. Chefe de Polícia,
Dr. Veríssimo de Melo, este pediu que eles não se retirassem para
Friburgo sem que a força fosse.
"Efe t ivamente no d ia 31 de agosto embarcava pa ra F r iburgo, de
expresso, uma força de uns 50 soldados de infantaria e cavalaria .
Ao chegar o trem à estação, lá estava o irmão Leonel Eyer. Os garotos
de grava ta , vendo a força , gua rda ram, bem desapontados , os a sso-
100
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bios no bolso . Como De legado Espec ia l acompanhava a força o Dr .
Nascimento Silva, que tinha como escrivão o Sr. Manoel Gomes de
Oliveira c Souza. Combinada a reunião para as 4 horas da tarde desse
mesmo dia na praça pr inc ipa l , onde os ba t is ta s já t inham s ido pe r -
turbados pe lo Monsenhor Miranda e o professor P lác ido de Melo
(Bijú) , com a banda de latas vazias pelos garotos, repetimos: combi-
nada a hora, o Delegado Especial fez f ixar nas esquinas da praça
um edi ta l pro ib indo qua lquer pe r turbação à r eunião dos ba t is ta s .
"Quando se aproximava a hora , os in imigos mandaram para a r e fe -
r ida praça uma porção de e s tantes e outras coisas de uma banda
musica l , pa ra uma função na praça . Uma senhora de nac iona l idade
por tuguesa ve io ao de legado e pediu- lhe l icença pa ra a banda toca r
ali às 4 horas da tarde. Ato contínuo, ordenou ele que tudo aquilo
fosse r e t i r ado da praça porquanto ia se r o luga r ocupado pe los ba -
t i s ta s e que não pe rmit i r ia nenhuma pe r turbação. Dis t r ibuída a força
pelas esquinas da praça, foi realizada a conferência na melhor ordem,
fa lando o pas tor J .Lessa e o miss ionár io A.B .De te r .
"Foi uma vi tór ia comple ta . Es tava , pois , desmora l izado o mandar im
Miranda, que para honrar a sua palavra tinha que se retirar de
Friburgo. Mas, para que a cidade não perdesse tão ilustre f igura,
o sub-de legado Barbe r , segundo constou, a r ranjou uma grande reu-
nião de desabafo pa ra pedir ao monsenhor Miranda que não se r e t i -
rasse de Friburgo, dizendo que contra a força não há resistência.
Ass im aque le padre , que sempre teve F r iburgo como uma fazenda
sua, deixou-se f icar ali. O sub-delegado Barber fez tudo para que
os ba t is ta s fossem desa lo jado s daque la c idade se r rana . Inventou, por
meios capciosos, que os batistas eram contra os italianos, para que
a grande colônia desta nacionalidade ali existente tivesse a devida
reação. Na noite em que souberam os batistas que os italianos iam
atacá-los, se reuniram todos na casa de cultos, e pediram ao amigo
Dr. Raul de Oliveira, digno delegado da cidade, um soldado para
guarda r a casa durante a noi te . Enquanto os homens ve lavam, a s
senhoras e c r ianças foram guardadas no in te r ior da casa .
"Nesse mesmo dia , à me ia noi te , o sub-de legado passou com a sua
ordenanç a em f rente à casa de cul tos e pre tendeu des a rmar o so ldado
que no por tão guardava os ba t is ta s , a legando que o comandante da
força é que havia ordenado que e le ent regasse a a rma . O soldado
recusou e, por f im, disse que a entregaria se o comandante viesse
apanhá-la e o retirasse dali. Em vista de tal envergadura o Sr. Barber
disse: 'Deixa, vamo-nos embora ' .
"O plano e ra , segundo ouviu- se depois , que , desa rmado o soldado
que guardava os batistas, viessem os inimigos a atacá-los. Soube-se
no dia seguinte a esse atentado que, numa venda de um amigo, em
frente à casa de cul tos , e s tavam 20 homens , gua rdados e prontos
para, ao primeiro gesto, saírem ao socorro dos batistas. Igualmente,
na Loja Maçônica , que e ra junto à casa de oração, havia também
um grande grupo a f avor dos ba t is ta s . Todo o a rdor do in imigo
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terminou com a estrondosa vitória da reunião em praça pública garan-
tida pela polícia".
<2)
O Dr. Carlos de I .aet, católico até à medula e muito intolerante, era reco-
nhecido como um intelectual de proa. Manteve polêmica com o pastor pres-
biteriano Álvaro Reis.
No episódio sobre as perseguições aos batistas em Nova Friburgo, ele não
se conteve, e , escrevendo para o O Jornal do Brasil de 6 de setembro de 1908,
que era carolíssimo, disse o seguinte:
"Em Friburgo, então, já se elevaram os fatos à categoria de uma
guerra religiosa. Imaginações ardentes f iguram na aprazível cidade
se r rana , dois pa r t idos a rmados , f e roc íss imos , c f e r indo pugnas mor -
tíferas. Ainda bem que nisto nada mais há que o nervosismo de
alguns cérebros enfermiços Reduzin do às suas verdadeiras proporções,
o inc idente em Fr iburgo não passa de minúscula agi tação hábi lmente
provocada pelos batistas da localidade.
"A chamada igreja batista ali goza da mais ampla liberdade de culto
e propaganda . . . Ul t imamente , porém, organiza ram aque les protes-
tantes uma série de prédicas ao ar livre, levando para as ruas e praças
um harmônio ou realejo, o que não deixava de ser original.
' 'Em seus discursos o pastor protestante invectivava o clero católico,
chegando ao ext remo de mostra r à mul t idão um f ragmento de pano
e exc lamar em assomo de pa t r io tagem: 'E is o pedaço de bande ira
espedaçada no Rio pelo vigário católico ' . Ridículo expediente para
açular injustas paixões, e que só por si dá a medida dos sentimentos
evangélicos de quem a isso recorreu.
"A reação, como era natural, não tardou a manifestar-se, e , em torno
do pároco de Friburgo, que é um ilustrado e vir tuoso sacerdote,
reuniram-se os católicos, e a efervescência foi crescendo quando se
propa la ram os in tu i tos dos ba t is ta s , cu jas prédicas se i r iam e fe tu ando
em lugares cada vez mais próximos da igreja matriz . Daí protestos
estrepitosos, e aclamações ao pároco e aos oradores católicos.
"A pol íc ia f r iburguense cor re tamente se l imi tou a impedir qua lquer
violência a pessoas ou coisas, mas não sorria isso aos provocadores
que , dando-se como ameaçados , obt ive ram a in te rvenção de outras
mais a l ta s autor idades pol ic ia is e um apara toso re forço de t ropas .
"Eu não quero aqui d iscut i r o que contra o bom senso e a impar -
c ia l idade ha ja nessa proteção of ic ia l d ispensada a uma propaganda
impor tuna e provocante . Os poderes públ icos , nes ta s ingula r demo-
cracia, têm dois pesos e duas medidas, conforme lhes dá na gana.
Quando operários, aqui do Rio de Janeiro, querem em local fechado,
em uma sala, discutir seus interesses, a polícia lho proíbe, com arre-
ganho autor i tá r io . Em Fr iburgo manda-se força numerosa pa ra
asegurar ao protestante o direito de heresia e do acinte à opinião
religiosa do povo.. ."
A M I S S Ã O C A M P I S T A A B R E T R A B A L H O E M M I N A S G E R A I S
A Igreja Batista de Pádua sempre teve grande ardor evangelístico. Como
o munic íp io de Pádua faz l imi te com o Estado de Minas Gera is , r e solve ram
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os irmãos daquela igreja estender seus trabalhos evangelisticos até aquela região
da Zona da Mata . Pedro Gomes e Emerenc iano Machado, ent re outros , foram
servos do Senhor que, como autênticos evangelistas, pregavam em fazendas
situadas no Estado de Minas, mas que se localizavam próximo ao seu município.
Era preciso ir mais longe, porém. O missionário Daniel Franck Crosland
que, em 1907, passou a residir cm Pádua, era muito zeloso no sentido de atrair
jovens para auxiliá- lo na obra de evangelização. Tendo ele verif icado que os
crentes de Pádua estava ansiosos para ampliar as tendas do evangelho naquela
região, providenciou para q ue fossem enviados vários evangelistas à região mineira
referida.
(1)
Outro obreiro que impulsionou o início da obra em Minas Gerais foi o
evangelista Antônio Rodrigues Maia que, mais tarde, vir ia a ser pastor . Deixando
o t r aba lho que rea l izava em Campos, onde e ra bom cooperador , fo i a juda r o
miss ionár io Cros land, em Pádua . Al i sent iu a grande necess idade de prega r o
evange lho no Es tado de Minas . Com esse pensamento em mente , t r ansfe r iu- se
para Santa Rita do Glória. Após ingentes esforços, conseguiu ver cinco pessoas
prontas p a ra o ba t ismo. Esse fo i minis t r ado pe lo miss ionár io D.F .Cros land, nas
águas do R io Caparaó.
Como o t r aba lho em Minas "ganhava ra ízes" , novos e sforços foram
ma nda dos p ara aque la região. Assim é que, em julho de 1909, o evangelista
Arquimedes de Roure se t r ansfe re de Macaé pa ra São Paulo dc Mur íaé .
Na terceira Assembléia da Associação Batista Fluminense sentiram os irmãos
que os l imite s da Missão Camp is ta dever iam ul t r apassa r o Es tado do R io , a lcan-
çando os Es tados de Minas Gera is e Espír i to Santo .
O jovem Pas tor Alf red o Re is vai aumenta r o grupo do s que es tavam coope-
rando na obra do Senhor naquela região. Ele aceitou o desafio e, com sua dedicada
esposa, D. Alice Reis, deixou a cidade de Pádua e foi residir em Santa Rita
do Glór ia , a l i pe rmanecendo por a lgum tempo.
Como incent ivadores do t r aba lho de evange l ização no Estado de Minas
Gerais, outros nomes devem ser mencionados, como os de Joaquim Alves Pinheiro,
Augusto Magro e Antônio Dias da Costa .
(2 )
Como resul tado dos e sforços empreendidos naque la r egião , organiza - se ,
no dia 29 de outubro de 1911, a Igreja Batista do Glória, contando no seu rol
71 membros . Foi convidado pa ra pas toreá - la o miss ioná r io C ros land, a té a orde -
nação e posse do evangelista Antônio Rodrigues Maia, ocorrida em 5 de setembro
de 1912.
Outros se rvos do Senhor dedica ram-se ao t r aba lho no Estado de Minas ,
cooperando mui to pa ra o desenvolvimento do evange lho a l i , contr ibuindo pa ra
a formação de outras igre ja s naque las p lagas .
Mais tarde, já com o missionário Harold Renfrow como secretário-executivo,
foi aberto um trabal ho em Estrela d'A va e Pirapitin ga.
J U N T A E S T A D U A L
Como o trabalho experimentava certo progresso, foi decidido que se criasse
uma junta que se r ia formada de obre i ros d ispos tos a da r boa pa rce la de seu
ta lento e cooperação no desenvolvimento da causa do Senhor no campo
103
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f luminense. Essa decisão foi tom ada na Assemblé ia da Asso ciação B atista
Fluminense, reunida com a Igreja Batista do Bom Jardim, no dia 7 de janeiro
de 1911.
Com punh am a junt a pas tores e miss ionár ios . As reuniões se r ea l izavam
de três em três meses. O objetivo era ajudar as igrejas na solução dos problemas
que enf rentavam, sem com isso in te r fe r i r na sua autonomia . A junta não e ra
uma autoridade eclesiástica, mas um meio de prestar esclarecimento e ajuda geral.
"A jun ta sustenta o secretário estadual e paga as despesas de suas viagens,
f ac i l i tando também as igre ja s na con st rução de suas casas de cul tos ,
através de empréstimos. A ela está afeto o movimento dos relatórios de
es ta t í st ica do campo e a manutençã o do jorna l O Escudeiro Batista".^
OS BATISTAS FLUMINENSES E SEUS JORNAIS
I. Os Precursores
São precursores todos os jorna is fundados na época da chamada Missão
Campista. Ei-Ios: As Boas-Novas, já referido em págin as anteriores; Diário Evan-
gélico, surgido com A.F .Campos, com a f ina l idade de de fender o seu reda tor ,
tendo s ido publ icados dezoi to núm eros desse jorna l ; Brisas do Campo, que surgiu
com o idea l ismo de Albe r to Lessa e Cr is t iano Apostó l ico . Aparece ram também
no cenár io ba t is ta f luminense : O Evangelista, União Batista Fluminense e Evan-
gelista.
Esses, porém, tiveram vida meteórica.
II. O Órgão Oficial da Convenção Batista Fluminense
Com a organização da Assoc iação Ba t is ta F luminense , n o d ia 3 de jane i ro
de 1907, em Aperibé, os batistas f luminenses sentiram que era necessário criar
um jorna l que pudesse a judá - los na d ivulgação de seus p lanos e no doutr ina -
inento em geral. Com essa f inalidade, foi cr iado o O Escudeiro Batista, no dia
1" de janeiro de 1909, com sede à Rua Saturnino Braga, 11, na cidade de Campos.
Como reda tores foram escolhidos o miss ionár io D.F .Cros land e o P r . J.F.Lessa.
Na pr ime ira página do pr ime iro número do jorna l , os r eda tores apresen-
ta ram o mot ivo da c r iação do órgão:
"O que determinou a publicação deste nosso periódico não foi nenhum
esforço pa r t idá r io , ou qua lquer sent imento de oposição ao nosso ú t i l
e bem representado Jornal Baptista, ao qua l r e spe i tamos e apoiamos,
mas, sim, as necessidades urgentes que se apresentam em a nossa
Missão Campis ta , cu jo g lor ioso desenvolvimento requer ma is cuidado
na propaganda , e ma is ce r rado comba te na de fesa dos santos ens inos
da Palavra de Deus."
(1 )
O O Escudeiro Batista teve os seguintes redatores: J.F.Lessa, de parceria
com D.F' .Crosland; Alípio Dória; A.B.Christie , em parceria com J.F.Lessa; John
Mein e Lessa; A.B.Christie; L.M.Bratcher e Antônio Charles; Fidélis Morales
Bentancôr, W aldemar Zarro, Ebenéz er Soares Ferreira; lomae j San t'An na, Nilson
Dimárz io , Pedro Made ira , Ja i r Vargas , Óthon Ávi la do Amara l . Atua lmente
(1991), o O Escudeiro Batista é dir igid o pelo Pasto r Sócrates O.de Souza.
(2 )
104
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III . Jornais Regionais (de 1923 a 1930)
1. O Boletim — Órgão da Asso ciação Para iban a, cr iado em 1924, em
Valença. Redatoriava-o o Pr. Joaquim Rosa. Em 1928, já haviam sido publi-
cados 16 números .
2. O Batista da Baixada — Órg ão da região niteroiense, redatoria do po r
Juvenil F. Melo,
3. Almenara — Órg ão da região centro. Redatoriav a-o Erodice de Queiroz.
4. O Regional — Órgão da região macaense. Foi seu redator o Pr. José
Joaquim da Silveira.
5. O Evangelista — Dirigido pelo Pr. Fidélis Morales Bentan côr, era jornal
da Assoc iação Nor te -F luminense .
IV . Jornais Regionais (surgidos depois da década de 30)
1. O Batista Macaense — Dir ig ido pe lo P r . Edm und o Antunes da S i lva.
2. O Batista Suburbano — Fu nda do em 1955, teve com o redatores, em
épocas d i fe rentes , os seguintes i rmãos: João Danie l do Nasc imento , Apol iná r io
de Souza , Manoe l de Deus Nasc imento , Óthon Ávi la do Amara l , Jógl i Fe i toza .
3. O Repórter — Segundo órgão da Assoc iação Pa ra ibana , e ra d i r ig ido
pelo Pr. Assis Cabral.
4. O Norte Batista — Segundo jorna l da r egião nor te - f luminense , subs-
t i t u i n d o O Evangelista. Era r eda tor iado por Henr iq ue Que iroz Vie ira .
5. O Destemido — Órgão da região centro. Dirigiu-o o Pr. I tamar F. de
Souza. Ao que parece, substituiu o O Batista Central, órgão da Associação Centro,
de 1931 a 1939.
6. Teresópolis Evangélico — Criado em 1968, era dir igido pelo Pr. Assis
Cabra l .
7. O Batista Merítiense — Reda tor iado pe lo Dr . Gi lbe r to Garc ia .
8. O Batista da Planície — Órgão da Associação Batista da Planície. Dirigia-
-o o Pr. Ebenézer Soares Ferreira.
9. O Batista Iguaçuano — Fun dado em 1978, é o Órgão da Assoc iação
Ba t is ta Iguaçuana . Reda tor iou-o o Jorna l is ta Óthon Ávi la do Amara l .
10. O Batista Sudestino — Órgão da Assoc iação Ba t is ta do Sudes te
Fluminense, foi fundado em 1970. Era redatoriado pelos pastores Romildo Gomes
Ribeiro e Vanildo Cavalcanti.
11. O Extremo-Norte Batista — Órgão da Assoc iação do Extremo-Nor te
Fluminense. Foi seu redator o Pr. Josué Garcia Cerqueira.
12. O Leste Fluminense — Órgão da Assoc iação Les te F luminense .
V. Jornais Dirigidos pela Mocidade
1. Juventude — Fun dad o por Juvenil Lessa, em 1921.
2. O Arauto Fluminense — Reda tor iado por He lena de Souza , Eli F ran-
cioni de Abreu, Ebenézer Soares Ferreira, Arides Martins da Rocha.
3. O Herói — Órgão da juventude suburbana . Dir ig i ram-no os jovens Hé lc io
Vieira e Abdiel Duarte.
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4. Jornal Jovem — É o atual jornal da JUBKRJ (em 1991). Criado em
1978, têm sido seus redatores: Ellen Márcia Berez, Luiz Roberto Silvado, Rogério
da Veiga, Nélio W ilson Lopes Sobral, George Barb osa, Gilson An tôn io de Paiva
Bifano, Josué Ebenézer de Souza Soares, Clemir Fernandes da Silva.
S U R G I M E N T O D O C A M P O B A T I S T A F L U M I N E N S E
Com o surgimento da pr ime ira igre ja em Campos e em munic íp ios v iz i -
nhos, foi cr iada a Missão Campista, que era or ientada por miss ionár ios
nor te -amer icanos . No pr inc íp io , ma is de 90% do sus tento do t r aba lho dependia
dos r ecursos que v inham de R ichmond.
Tendo o trabalho batista brasileiro se dividido em Missão do Norte e Missão
do Sul, a Missão Campista fo i t r ansf orma da em Campo Batista Fluminense.
Isso ocorreu em 1918.
Exis t iam duas missões , no pr inc íp io do t r aba lho em nosso es tado: a
Campista e a do Rio. Esta, se com pun ha de nove igrejas localizadas desde M aricá
até Sapucaia, e , aquela, de 37 igrejas.
Os miss ionár ios A.B .Chr is t ie e O.P .Maddox, que representavam a Missão
Campista e a Missão do Rio, r e spec t ivamente , acha ram por bem unir a s duas
missões numa só a f im de que fosse c r iado o Campo Ba t is ta F luminense . Esse
desejo, que já vinha sendo alimentado há alguns anos, vir ia a tornar-se reali-
dade, em 1918, quando as seguintes igrejas pediram sua inclusão no Campo
Bat is ta F luminense :
Niterói, organ izada em 18 de julh o de 1903, com 25 membro s;
Paraíba do Sul, organ izada em 19 de jul ho dc 1895, com 21 membros ;
Sapucaia, organ izada em 13 de març o de 1904, com 34 membro s;
Barão deAquino, organiz ada em 18 de dezem bro de 1904, com 60 membros;
Valença, organizada em 22 de dezembro de 1908, com 19 membros;
Aparecida, organ izada em 23 de novem bro de 1910, com 38 membros;
Maricá, organ izada em 19 de novembro de 1916, com 40 membro s;
Entre Rios, organizada no dia 3 de outubro de 1915, com 38 membros;
Barra do Piraí, organizada em 18 de fevereiro de 1917, com 32 membros.
Na época da fusão, o número de membros dessas igrejas já atingira 760.
O missionário A.B.Christie muito se rejubilou com o fato e escreveu, em
O Escudeiro Batista, número de janeiro de 1918, o seguinte:
"A Assoc iação se rá composta de 44 igre ja s e o campo se rá todo o
Estado do Rio de Janeiro. Temos a oportunidade de desenvolver o
Estado do Rio c tomá-lo para Cristo se soubermos trabalhar em verda-
deira cooperação. Com essas igrejas vieram os zelosos e dedicados
pastores Manoel Avelino de Souza, com a igreja de Niterói; Floren-
tino R.da Silva, com a igreja de Valença; J.E.Mariano Pereira, com
as igrejas de Paraíba do Sul e Entre Rios; e Sebastião Faria de Souza
com as igre ja s de Sapuca ia , Aparec ida e Barão de Aquino. É com
prazer que recebemos estas igrejas e trabalhadores e esperamos ser
mutuamente auxi l iados na obra do Mestre . "
De modo que , por ocas ião da organização do Campo Batista Fluminense,
as igrejas somavam 4.265 membros.
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O T R A B A L H O F E M I N I N O
As mulheres sempre ocuparam um lugar de destaque na obra do Mestre.
Basta lermos os Evangelhos, os Atos dos Apóstolos e as Cartas Paulinas para
nos certif icarmos dessa verdade. Através dos séculos tem sido assim, quer nos
trabalhos locais, quer na obra missionária nacional ou no estrangeiro.
Lottie Moon, a grande missionária à China, continua a ser uma inspiração.
No Brasil, entre centenas de mulheres, citamos Noêmi Campeio, a Heroína de
Craonópolis, cuja vida tem sido uma inspiração para muitas moças.
Na obra batista do Estado do Rio de Janeiro, não poderia ser diferente.
As senhoras dec id i ram coopera r , a rdorosamente , com a chamada Missão
Campis ta , v indo logo ao encontro da mesma .
"A pr ime ira Soc iedade Auxi l iadora de Senhoras na Missão Campista
foi organizada pela igreja de Campos em 19 de agosto de 1896, e
reorganizada em 20 de julho de 1899, sendo presidente D. Emma
Ginsb urg, secretária , D. Balbin a Me ndo nça e tesoureira, D. Rosa
Assenço" .
(1 )
Depois da igreja de Campos, foi a vez da Igreja Batista de Macaé, que,
com entus ia smo, passou também a conta r com essa notáve l organização. Aos
poucos, as igrejas iam se conscientizando da necessidade de organizarem socie-
dades auxi l iadoras dc senhoras .
Quando já havia um bom número dessa organização nas igre ja s , r e solveu-
-se, então, cr iar um órgão que pudesse aglutinar todas as sociedades auxiliadoras
de senhoras. Com esse ideal em mira, reuniram-se as irmãs representantes de
várias igrejas e organizaram, no dia 25 de janeiro de 1913, no salão de cultos
da Igreja Batista de Nova Friburgo — que se reunia, temporariamente, no edif ício
d o
Instituto Batista Fluminense
— e organiza ram a
União Geral de Senhoras.
A diretoria da recém-organizada entidade f icou assirn constituída: presi-
dente — Ernestina Rezende Retto; vice-presidente — Eugênia Teixeira; tesoureira
— Joaquina Alves Coelho; secretárias — Elizabeth Lessa e Francisca de Souza.
As Pioneiras
D. Alice Reis, que assistira à organização da União Geral de Senhoras,
em 1913, e participara, ativamente, dos seus trabalhos ao longo dos anos que
o Senhor lhe concedeu de vida, fez, há algum tempo atrás, um retrospecto da
obra r ea l izada pe las senhoras no campo ba t is ta f luminense . Destacamos aqui
aquelas irmãs que ela considerava como pioneiras nesse trabalho: Altina Rezende,
Ernestina Rezende Retto, Alvina Gomes de Oliveira, Alice Rosa, Rodolpiana
Ludolfo Reis, Lira Sales, Leonor Barros, Cora Barros, Laura Eyer, Isabel Avelar ,
Joaquina Almeida Coe lho, I sabe l Ave la r Guimarães .
(2 )
Presidentes da UFMBF
De 1913 até agora (1991), ocuparam a presidência da União Feminina Mis-
s ioná r ia Ba t is ta do Estado do R io de Jane i ro ( ant iga União Gera l de Senhoras) ,
as seguintes irmãs: Ernestina Rezende Retto, Eva de Souza, Florentina R.Barre-
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to , S te la Borges de Araújo , Ruth Matheus , W a ldemira Mar t ins , Alz i ra P rucol l i ,
Jú l ia Codeço dos Santos , Mar ia Amál ia Carva lho de Souza , Na ir Araú jo Por te s ,
Elly Bess d'Alcântara, Denir Luz Fonseca, Marlene Baltazar Nóbrega Gomes,
Zeny Santos, Norma Lee Van Eyken, Erly B.Bastos, Carmem Lúcia de Aguiar
Cerqueira e Cosete Pevidor de Carvalho.
Algumas dessas irmãs foram presidente por mais de duas vezes, como é
o caso da professora Mar lene Ba l taza r Nóbrega Gomes, que ocupou o ca rgo
por quatro vezes.
Missionárias Prestam Grande Auxílio
ao Trabalho Feminino
D. Ana Chr is t ie , ou Mrs . Chr is tie , como tam bém e ra cham ada , fo i a lguém
que , com grande denodo, conseguiu , desde o in íc io do t r aba lho feminino, em
1913, formar a menta l idade das senhoras ba t is ta s f luminenses no sent ido de co-
opera rem com as convenções f luminense e bras i le i r a , em todos os seus empre -
endimentos . Mui to quer ida ent re a s senhoras , v is i tava , juntamente com o Dr .
Christie , seu esposo, as igrejas, associações, trabalhos especiais, por todo o Es-
tado do R ip . Grande fo i a sua pa r t ic ipação na obra das senhoras em nosso es-
tado.
Miss B lanche S impson fo i out ra i rmã mui to que r ida e a tuante no t r aba lho
feminino do campo ba t is ta f luminense . Executava com amor a sua função de
secretária-executiva e todo o trabalho que lhe estava afeto. Operosa, Miss Sim-
pson procurou da r ao t r aba lho das senhoras e s t ru tura adequada às c i r cuns tân-
c ias da época . Podemos a f i rmar que , juntamente com Mrs . Chr is t ie , Miss B lan-
che S impson fo i , a té o ano de 1950, a a lma do t r aba lho ba t is ta f eminino no
nosso es tado.
Com a v inda do Dr . John R if fey , como miss ionár io ao Estado do R io ,
sua esposa, a Profa. Esther Prudence Riffey, passou a ser a secretária-executiva
da UFMBERJ. D. Es the r e ra mui to c iosa de suas r e sponsabi l idades e procurou
melhora r , a inda ma is , o t r aba lho que já v inha sendo fe i to por suas antecessoras .
Sua a tuação fo i mui t í ss imo aprec iada pe las senhoras ba t is ta s f luminenses .
Novas Secretárias-Executivas
D. Luc inda Tavares , que e ra por tuguesa de nasc imento , mas que há anos
vivia no Brasil, exerceu, com muito amor, o cargo de secretária-executiva da
UFMBERJ. Seus t r aba lhos e ram preparados com esmero. Mui ta s apoteoses fo-
ram por e la e laboradas . Com sua ges tão teve in íc io uma nova d inâmica no t r a -
ba lho das senhoras do Estado do R io .
Em vir tude de sua vol ta a seu pa ís de or igem, Por tuga l , fo i subs t i tu ída
pela Profa. Marlene Baltazar da Nóbrega Gomes, que exerceu o cargo de 1977
a 1978. A Profa. Marlene, com tato, operosidade e eficiência, colocou a secre-
ta r ia numa posição de des taque .
Ocuparam , em seguida , a sec re tar ia -execut iva da UFM BER J as professoras
Linéa Dias (que de ixou o ca rgo pa ra casa r - se com o ta lentoso jovem, Pas tor
Vítor Hugo Mendes de Sá) e Esther Godoy (que deixou o cargo para se entrega
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ao t r aba lho miss io nár io no nor te do pa ís ) . Embora e ssas duas ú l t imas sec re tá r ias
tenham t ido cur tos pe r íodos de a tuação, se e sforça ram para desempenhar , com
amor, a tarefa que lhes cabia.
Ocupa, atualmente (1991), õ cargo de secretária-executiva da União Femi-
nina Missionária Batista do Estado do Rio de Janeiro a Profa. Aildes Soares
Pereira, que vem realizando, a contento, o trabalho que lhe compete fazer .
Progresso no Trabalho da UFMBF
1. Divisão da UFMBERJ em regiões , f ac i l i tando a a tuação da sec re tá r ia -
executiva a quem não era possível dar assistência a todas as associações em que
se dividia o trabalho estadual. Em 1991, são contadas onze regiões, com uma
representante da UFMBERJ em cada uma , r epresentando tenta t iva de apo-
io tão necessário à aglutinação das forças esparsas.
2. Realização de dois acampamentos por ano: um para líderes de crianças
e ouro pa ra senhoras .
3. Grande ênfase à formação de líderes para as igrejas.
4. Realização de congressos de Mensageiras do Rei.
5. Realização, de dois em dois anos, de congressos para senhoras e moças.
6 . Comemoração do Jubi leu de Ouro da UFMBERJ, r ea l izada no Ginás io
Caio Martins, em Niterói, no dia 21 de maio de 1988, com a apresentação de
programa e apoteose que a todos causou impac to .
'7 . Cr iação do cora l da UFMBERJ, organizado pe la P rofa . Eunice S i lva ,
da P r ime ira Igre ja Ba t is ta de Pe t rópol is , sendo, depois , apr imorado pe la P rofa .
Adé l ia Darc í l ia Mar ins da S i lva , formad a em música sac ra pe lo Seminár io Teoló-
gico Batista do Sul do Brasil, e membro da Primeira Igreja Batista de Rio Bonito.
8 . Desper tamento de vocação miss ionár ia , a t r avés do t r aba lho das senho-
ras , como a tes tam Noêmia Barbosa e Mar ia He lena Leão Santos , que se torna -
ram miss ionár ia s após te rem se rvido como l íde res e s tadua is da UFMBERJ.
9. Surgimento de líderes pelo trabalho das senhoras. Elza Lessa Pinto,
sec re tá r ia -execut iva in te r ina e líde r no t r aba lho d a UFM BER J, a te s ta e ssa inf lu-
ênc ia . Além dessa , out ras i rmãs se des taca ram no t r aba lho feminino es tadua l :
Mar ia Fe rnandes M ore i ra , Nona Renf row, Adosina Borges , Ar t ie Bra tche r , He lga
Fanini ( r eda tora da Página das Senhoras em O Escudeiro Batista), Dorcas P inhe-
i ro de Souza , Mar ia V arol, Pea r l -W hi te Boecha t , Sol i ta Re t to Que iroz , N oêmia
Veiga, Arith Barreto Rocha, Julieta Sales, Jesuína Antunes, Loyde Zarro.
A O B R A E D U C A C I O N A L D O S B A T I S T A S F L U M I N E N S E S
Fundação do Inst ituto: Primeiro Período
Destacand o fa tores que inf luenc ia ram o c resc imento d a obra ba t is ta no ~
Estado do Rio de Janeiro, o Dr. José dos Reis Pereira, então diretor do O Jornal
Batista, dec la rou, r e fe r indo-se ao Colégio Ba t is ta F luminense : "U m seg undo
fator é a influência exercida pelo Colégio Batista de Campos, uma colméia de
grandes obre i ros e pas tores" .
Realmente, ao Colégio Batista Fluminense estava reservado dar uma grande
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parcela de contr ibuiç ão no progresso do reino de Deus no cam po fluminense.
A obra educacional já vinha sendo objeto de interesse e atuação dos batis-
tas em nosso campo.
(1 )
Mesmo que l imi tadamente , já func ionavam, junto à s
casas de culto, em várias localidades do estado, o que era chamado escolas
anexasS
2)
F ica ram famosas a s escolas anexas de Aperibé, Monção (hoje, ltalva) ,
Sana , Cer ro F r io , Macaé , Murundu, Ernes to Machado, e tc . O grande ju iz , El ié -
zer Rosa, escreveu admirável página sobre a influência dessas escolas. Ele mesmo
fora aluno de uma delas — a de Macaé, onde seu pai, o pastor Joaquim Rosa,
era pastor .
Em 1909, os batistas f luminenses decidiram dar um passo agigantado no
te r reno da educação. Quer iam organiza r um colégio de ma ior por te . Uma
comissão, composta dos obre i ros Alf redo Re is , Joaquim Coe lho dos Santos ,
Leonel Eyer, A.B.Christie , Kléber Martins, Daniel Crosland, estudaram com
af inco o a ssunto . Tomados do idea l de te r, no ma is aprop r iado loca l , um colégio
batista , resolveram que o melhor seria abri- lo na cidade de Nova Friburgo.
No dia 11 de janeiro de 1910, era solenem ente ins talado , no cen tro da ci-
dade se r rana de Nova Fr iburgo, na P raça XV de N ovembro, hoje , P raça Ge túl io
Vargas, o Instituto Batista Fluminense, ocupando ali um espaçoso edif ício. Os
seus fundadores foram os miss ionár ios W .H.Ca nada e A.B .Chr is t ie .
Nota t r i s te , do in íc io dessa obra , fo i o ac idente sof r id o pe lo Dr . W .H.Ca-
nada . Ao abr i r uma ca ixa de made ira que cont inha ca r te i r a s v indas dos Estados
Unidos, para serem usadas no colégio, foi ferido por uma farpa no olho direito.
Como fosse grave o acidente e, no Brasil, não houvesse recursos necessários,
o miss ionár io prec isou v ia ja r à sua Pá t r ia , buscando t r a tamento adequado. Não
mais retornou ao Brasil, porém.
Com a matrícula de 17 de alunos, de ambos os sexos, teve início a insti-
tuição. E Joaquim Lessa quem escreve a respeito do colégio:
"Eram c inco os professores do colégio , no d ia da inauguração. O
progresso a lcançado pe lo colégio em Fr iburgo, sob a sábia d i reção
do Dr. Christie , foi de molde a impressionar, muito agradavelmente,
o público e provocar mais e mais as iras dos jesuítas, que não dormi-
tavam em seus p lanos maqu iavé l icos . Tudo e les f ize ram para n eutra l i -
za r os p lanos dos ba t is ta s com re fe rênc ia à cont inuação do Ins t i tu to
em Friburgo. Por f im, pretenderam alugar, por um preço elevado,
o prédio onde func ionava o e s tabe lec imento ba t is ta . Nada , porém,
conseguiram, pois o ins t i tu to func io nou no m esmo prédio a té 1913.
(3)
O Instituto Muda-se Para Campos com Novo Nome
O Colégio Ba t is ta F luminense , a té então Ins t i tu to Ba t is ta F luminense , pe r -
maneceu em Nova Fr iburgo a té junho de 1913, quando se ence r ra ram as aulas
do pe r íodo escola r . Não pôde cont inua r ma is a l i . O Pas tor Joaquim Lessa , que
t raba lhou no colégio , enquanto em Fr iburgo, na r ra , do seguinte modo, a sua
mudança pa ra a c idade de Campos:
"Os t r aba lhos da Assoc iação Ba t is ta em Fr iburgo provocaram a i r a
dos jesuítas locais, pelo que reiteraram as suas clandestinas maqui-
nações contra o colégio ali. Não foi, portanto, sem motivo que o
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miss ionár io A.B .Chr is t ie começou logo a providenc ia r a mudnça do
colégio para Campos. Mas, para realização de tal intento, ipunha-se
a necess idade da aquis ição de um edif íc io que bem compor tasse o
estabelecimento, e , ao mesmo tempo, servisse de padrão de honra
à causa batista do estado. Não era, pois, fácil o empreendimento,
pr inc ipa lmente , pe la f a l ta de numerá r ios — as igre ja s não podiam
assumir r e sponsabi l idades super iores à s suas forças e tão despropor -
c ionadas à sua capac idade . Mas a mudança e ra uma necess idade
inadiável e passos tinham que ser dados. Em fins de 1912, o missio-
ná r io Chr is t ie v is i tou Campos pa ra pesquisa r a poss ib i l idade de
mudança pa ra um lugar própr io . Passando e le pe la Rua da Const i -
tu ição , com o pas tor Lessa e o menino Danie l , f i lho do pas tor Al-
berto Lessa, viram um lindo palaccte. O menino disse, por gracejo:
'Dr. Chirstie , vamos comprar este palacete para o colégio? ' . O Dr.
Chr is t ie , t i r ando do bolso uma pequena moeda , r e spondeu: 'Eu dou
estes 20 réis '.
"De fa to , dentro de poucos meses , compra ram o d i to pa lace te Be l i -
zá r io , de propr iedade do Sr . Domingos Ba t is ta da Gama, da F i rma
Santos More i ra & Cia . , que o havia adquir ido , se não es tamos enga-
nados , de pa rentes do saudoso campis ta Dr . Ni lo Peçanha . A compra
foi f e i ta por pagamentos pe r iódicos , sendo que as duas pr ime iras
pres tações foram de c inco contos cada uma . Pa ra o pagamento to ta l ,
os ba t is ta s ent ra ram com 20 contos , tendo os i rmãos nor te -amer ica -
nos comple tado os 65 contos .
"Em maio daque le ano, o miss ionár io Chr is t ie seguiu com a famíl ia
pa ra os Es tados Unidos , em gozo de fé r ia s e também com o obje t ivo
de angar ia r ve rbas pa ra os ú l t imos compromissos com a re fe r ida
aquis ição . Grandes foram as lu ta s pa ra conseguir - se um emprés t imo
nas igre ja s pa ra o segundo pagamento de c indo contos , o que fo i
alcançado entre os irmãos e amigos e pelas igrejas, as quais, de boa
vontade , empres tavam pequenas quant ia s ou faz iam ofe r ta s .
"São d ignos de menção a lguns episódios que se passa ram na tenta -
tiva da compra do edif ício, para que se aprecie como o Senhor Deus
cumpre as promessas para com os seus servos. Para a compra do
referido prédio, a jurita americana tinha enviado dez mil dólares. Co-
mo a crise se acentuasse, e os irmãos f icassem desanimados, o dinhei-
ro fo i devolvido pa ra os Es tados Unidos . P a rec iam te rminados os p la -
nos dos batistas e inutilizados os esforços de alguns anos de trabalho.
Contudo, jamais deixaram de orar , apesar de visível desfalecimento.
Pouco tempo depois , d iv isa ram a lguns s ina is que os animaram e os
incitaram a seguir . Houve apelos, correspondências e telegramas, soli-
c i tando a r emessa do d inhe iro novamente . Os i rmãos amer icanos ,
sempre bondosos , nos a tenderam. Mal , porém, os dez mi l dóla res
chegaram ao R io , out ra vez a s coisas tomaram ta l caminho que os
batistas f luminenses resolveram desistir da compra e perder os dez
contos que já haviam dado.
"Nes se ín te r im , o S r . Doming os Ba t is ta da Gam a, a tend endo à c r ise,
resolveu fazer uma diferença dc dez contos no preço. Por sua vez,
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o câmbio baixou e os dez mil dólares renderam tr inta e nove contos
e duzentos mil réis. Foi assim salva a situação. E, como foi conso-
ladora e edi f icante a exper iênc ia Na mesma sa la em que um inimigo
dos batistas dissera não ter a religião batista quem a representasse
e ser somente abraçada por viúvas pobres c por ignorantes, sim, nessa
mesa sala, pregava-se o evangelho cada dia, na abertura das aulas.
"No mês de agosto desse ano, o pas tor J .F .Lessa mudou-se de F r i -
burgo pa ra Campos, f azendo também t ranspor ta r pa ra a r e fe r ida
cidade todos os haveres do colégio, sendo tudo instalado à Rua da
Const i tu ição , ant igo n? 99.
"A abertura das aulas deu-se em 2 de fevereiro de 1914, com verda-
de i ro des lumbramento e sucesso" .
<4)
O pr ime iro pe r íodo do C olégio Ba t is ta F luminense va i da sua inauguração
até o f inal de 1913. Quatro anos, apenas. Um curto período, mas que deixou
bons f ru tos . Dos a lunos ma tr iculados desde 1911, t r ê s se torna ram pas tores . E
bon s líderes São eles: Sebasti ão Angélico de Sou za, Antô nio Cha rles e Nilo
Sales.
Segundo Período
O segundo período vai de 1914 a 1919. Durante esses anos, o colégio foi
dir igido por três pastores: J.F ' . Lessa, em 1914, enquanto o missionário Christie
estava nos Estados Unidos; A.B.Christie , de 1915 a 1916; John Mein, de 1917 a
1919.
Durante e sse pe r íodo, ent re os a lunos do Colégio Ba t is ta F luminense ,
e s tavam os seguinte jovens que , ma is ta rde , torna ram-se pas tores , a tuando no
campo f luminense : Antônio Armindo, Evódio Que iroz , F idé l is Mora les Bentan-
côr e Honór io de Souza .
Grande fo i a inf luênc ia do colégio na v ida e spi r i tua l de seus a lunos . Alu-
nos não c rentes foram levados a Cr is to durante o tempo em que f reqüentavam
os bancos escolares ali. Evódio Queiroz, acima citado, foi um desses alunos.
Recebeu grande influência cristã da professora Genoveva Vorheis que, domini-
calmente, levava os internos para a Primeira Igreja Batista de Campos, a f im
de assistirem à Escola Bíblica Dominical. Era seu costume, após as reuniões,
levar muitos dos alunos à sua casa, para um lanche. Ia , assim, cativando os
não c rentes . O pas tor Evódio fo i mui to inf luenc iado, tam bém, em sua conversão
e chamada pa ra o minis té r io , pe lo pas tor Erodice de Que iroz que , naque la épo-
ca, era seu colega no Colégio Batista Fluminense, e pelo pastor Manoel Avelino
de Souza .
Eis o te s temunho do pas tor Evódio Que iroz :
"Em 1917, ma tr icule i -me no Colégio Ba t is ta F luminense , na c idade
de Campo s. Tinh a os meus 14 anos de idade . Era d i re tor do Colégio
o saudoso missionário Dr. A.B.Christie . Pela primeira vez tive contato
com os crentes evangélicos batistas, por intermédio do colégio, tendo
sido evange l izado pe lo então es tudante e seminar is ta Erodice Fontes
de Queiroz. Lembro-me da visita que fez àquela cidade, e ao colégio,
o pas tor Dr . Manoe l Ave l ino de Souza , em campanha pa ra levanta r
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recursos para construção do templo na cidade de Niterói, ao mesmo
tempo que procedia a uma serie de conferências na igreja de Campos,
hoje Primeira Igreja daquela cidade. Fiquei impressionado com o
pregador. A sua pessoa simpática de mensageiro das boas-novas do
evange lho do nosso Senho Jesus Cr is to chamou-me a a tenção.
"Fui ba t izado na P r ime ira Igre ja Ba t is ta de Campos, pe lo saudoso
missioná rio Dr.L.M.Bra tcher, contan do 19 anos de idade. Como semi-
na r is ta , r ecomend ado pe la junta , e coin ca r ta de apresentação daque-
la igreja, ingressei no colégio e seminário do Rio de Janeiro, freqüen-
tando a igreja do pastor Manoel Avelino de Souza, com os demais
seminar is ta s do campo f luminense : Erodice de Que iroz , Gê Sarden-
berg, Fidélis Morales Bentancôr, Ageu Neto, Antônio Zeferino e Sil-
va, Juvenil Fernades Lessa e Dionísio Loureiro." '
5
'
Terceiro Período
Podemos chamar de terceiro período o tempo que vai da metade de 1919
a 1925. L.M.Bratcher e Alfredo Reis foram os diretores do colégio. O primeiro,
de 1919 a 1923, e o segundo, de 1924 a 1925.
Este pe r íodo fo i mui to abençoado. O Dr . Bra tche r mostrou se r homem
de grande visão como diretor do colégio. Na sua gestão foi adquirida a chácara,
com um prédio de dois andares , onde se ins ta lou o in te rna to f eminino. Contava
o pastor Antônio Soares Ferreira, genitor do autor desta obra e aluno do Colégio
Ba t is ta F luminense nesse pe r íodo, que mui ta s noi te s foram passadas em o ração,
porque o Dr. Bratcher pedia aos alunos que insistissem com Deus para que Ele
lhes desse aquela propriedade, do lado direito do prédio dc aulas. E as orações
foram ouvidas .
Estudaram nesse período do Colégio Batista Fluminense os seguintes alunos
que, mais tarde, tornaram -se pastores: Joã o Barreto da Silva, W aldemar Z arro,
Vi ta l Cabra l , Antônio Soares Fe r re i r a , Antônio Berna rdes Júnior , José Abraão
do Nasc imento e Abe la r Suzano de S ique ira .
Quarto Período
Vai de 1925 a 1930 o tempo que pode ser chamado de quarto período na
história do Colégio Batista Fluminense. Foram seus diretores nessa época os
pastores: Alberto Portela, de parceria com o pastor Vitorino Moreira, de 1924
a 1926. P rocura ram dota r o e s tabe lec imento de bons professores , contra tando
a lguns que lec ionavam no famoso "Liceu de Humanidades de Campos" . Pas tor
Fidélis Morales Bentancôr, de 1928 a 1929. Procurou ele manter um alto padrão
moral e intelectual na instituição. (Foi nessa época que se converteu a professora
Evange l ina Guedes , que v i r ia a se r uma famosa educadora em Campos. ) Pas tor
Erodice Fontes de Queiroz, que assumiu a direção do estabelecimento durante
dois meses apenas, pois achava que sua principal função era a de pastor .
Durante esse período, estudaram no colégio os pastores: José Basílio de
Souza , Albe r to Araújo , Emanue l Fontes de Que iroz , João Te ixe i ra de Lima .
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Quinto Período
O quinto período vai de 1931 a 1936. Foram diretores do Colégio Batista
Fluminense, nesse tempo, os seguintes irmãos: Dr. F.F.Morgan, de 1931 a 1932
— uma grande a lma , grande amigo da moc idade , ao mesmo tempo que d i re tor
do colégio, pastor da Primeira Igreja Batista de Campos; missionário A.B.Chris-
tie , de parceria com o missionário J.E.Lingerfelt, de 1932 a meados de 1936.
Nesse período, passaram pelo colégio os seguintes pastores: Ageu Neto,
Dod anin Gonçalv es, W alvique Soares Henrique, Silas Silveira (primeiro b atista
a ser eleito deputado estadual) , Francisco Rosa, Raphael Zambrotti, Gutenberg
Faria Guedes, Rui Franco de Oliveira, Benedito Manhães:
Tes temunho do Pr . Raphae l Zambrot t i :
"Raphae l Zambrot t i chegou ao Colégio Ba t is ta F luminense a
7 de fevereiro de 1927, último ano da administração do pastor
Albe r to Por te la . Eram apenas 25 a lunos no in te rna to mascul ino . Ele
não estava familiarizado com o evangelho. Nunca havia assistido a
um culto. Era católico praticante. Seus pais planejavam interná-lo
em Leopoldina, Minas Gerais, num colégio de padres. Nas férias
daque le ano, porém , dois r apazes , que lá e s tudavam, apa rece ram em
Nat iv idade de Carangola , sua te r ra na ta l . Com o e ram fum antes , seus
pa is mudaram de opinião quanto à d isc ip l ina do re fe r ido educan-
dá r io e dec id i ram mandá- lo pa ra o Colégio Ba t is ta em Campos.
Houve sérios protestos de alguns familiares, mas seus pais não
cederam.
"Tudo pa receu in te i r amente e s t r anho ao rapaz inho que chegava do
interior . Seu primeiro interesse pelo evangelho deveu-se à atração que
sentiu pela beleza dos hinos que alguns rapazes cantavam em coro.
Pela primeira vez ouviu falar em candidatos ao ministério. Gostava
de ouvir as preleções de Joaquim Lessa, Orlando Alves, Alberto
Portela, Fidélis Morales e outros pastores que falavam nas assem-
bléias. Decidiu ler a Bíblia . Começou pelo Apocalipse. Nada enten-
dia, mas sentiu que sua vida religiosa não estava certa. Quando
visitou seus pais e lhes deu ciência disso, viu-se ameaçado de não
retornar ao Colégio Batista .
"Em 1929, devido à morte de seu pai, não pôde prosseguir nos
estudos. Com 16 anos foi declarado maior para cuidar de seus irmãos
menores .
"Conver teu- se no ano seguinte . Foi ba t izado em Nat iv idade de
Carangola , pe lo pas tor Erodice de Que iroz , em 31 dc dezembro de
1930.
"Em 1932, sentiu-se chamado para o ministério. Dr. A.B.Christie
abriu-lhe as portas do Colégio Batista , e , de novo, retornava à velha
casa. O rapazinho que de lá saíra, levando no coração a semente
que, no tempo próprio, ao germinar, pela graça de Deus ir ia deter-
minar os rumos de sua v ida ."
(6 )
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Sexto Período
Este é considerado o período mais longo da história do Colégio Batista
Fluminense. Durante esse período foi seu diretor o Pr. João Barreto da Silva.
Não foi diante do primeiro convite que o Pr. Barreto aceitou o desafio
de dir igir o Colégio Batista . Exercia ele muito bem o pastorado da Igreja Batista
de Pádua , quand o o miss ionár io Chr is t ie procurou-o , convidando-o pa ra a ssumir
a direção do colégio. Ele não aceitou. O Dr. Christie não demorou muito a
voltar a convidá-lo. De maneira insistente, disse ele ser o Pr. Barreto a solução
para os problemas em que se achava envolvido o colégio. Comentou, muito inci-
sivamente: "Barreto, ou você vai ser o diretor ou o colégio será vendido".
A maneira objetiva com que o Dr. Christie lhe falou chocou muito o Pr.
Barreto. Foi visitar o colégio. Entristeceu-o ver que a chácara, onde havia frutas
em quant idade , e ra mot ivo pa ra t r ansformar o colégio cm ve rdade ira"q ui tanda" .
As frutas eram retiradas dos pés e vendidas, em tabuleiros, expostos em frente
ao prédio pr inc ipa l .
A cena o comoveu. Doeu-lhe o coração. Pôs-se a orar . A decisão não
demorou a se r tomada . Embarcou pa ra Campos, com a e sposa , a professora
Florentina Rodrigues Barreto, ex-aluna do colégio, onde haviam sido contem-
porâneos e onde começaram o namoro.
Ao chegarem a Campos, com as duas f ilhas — Élcia e I lcéia, o casal teve
a sua primeira decepção: ninguém os esperava. Isso, porém, não fez arrefecer
o seu ânimo. Era homem de têmpera for te e começou a enf renta r a lu ta .
Viu que o colégio não poder ia cont inua r só com o cur so pr imár io . Esse
contava apenas com menos de cem alunos, além de ser terr ivelmente atacado
na imprensa secular , por um jornalista intolerante.
Começou a planejar a criação do curso ginasial. Era preciso, para que
esse curso pudesse funcionar, requerer a inspeção prévia. O Pr. Barreto não
descansou enquanto e ssa inspeção não fo i r equer ida .
Imbuído de e levado idea l , lançou mãos à obra , o que despe r tou em
inimigos da causa a inve ja , f azendo-os desfecharem contra o colégio cam panhas
negativas e perseguições.
O governo nomeara um técnico para fazer a inspeção do colégio, verif i-
cando se preenchia os requisitos exigidos pelo Ministério da Educação e Saúde
para a implantação do novo curso. No dia em que esperavam o inspetor oficial
para proceder à inspeção, para surpresa geral, verif icaram que as duas pilastras
do portão de frente do colégio estavam crivadas de cartazes berrantes, fazendo
acusações contra o colégio. Haviam eles sido colocados ali pelo Sr. Horácio
de Souza , um dos a r t iculadores do movimento nac iona l is ta que , descobr indo
a vinda do inspetor ao colégio, fora, bem cedo, fazer o seu movimento contra
a ins t i tu ição , pensando que ass im amendronta r ia o técnico .
Os e fe i tos do movimento foram outros , porém. Torna ram-se pos i t ivos os -
resultados da perseguição. O técnico, ao chegar ao portão do colégio e ler os
ca r tazes a l i a f ixados , ent rou s ubindo cor rendo a e scadar ia de mármo re e , encon-
t rando os d i re tores , os t r anqüi l iza : "Não se preocupem. Aqui lo que a f ixa ram
naquelas pilastras é uma propaganda a favor do colégio. Já vi que o colégio
obte rá sucesso quanto ao seu requer imento . . . " .
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Em fevereiro de 1937, dois meses, portanto, depois do requerimento, o
ministro assinava uma Portaria concedendo ao Colégio Batista Fluminense a
Inspeção Prévia. Apesar de toda a propaganda contra o colégio, feita por
inimigos da obra, naquele mesmo mês, 35 alunos f izeram exame de admissão
para o curso ginasiaL Era o alcance da vitória . Contentes com essa grande
bênção, os d i re tores do colégio publ ica ram uma repor tagem n ' O Escudeiro
Batista, narr and o a vitória alcança da, o que veio aum enta r ainda mais a ira
daqueles que já eram inimigos do colégio.
A carta que agora transcrevemos, mostra como o inimigo atacava:
"Campos, 23 de abr i l dc 1937.
limo. Sr. João Barreto da Silva,
Colégio Batista .
PAX. Um duplo acaso pe rmit iu-me receber de Murundu, eapeando
um embrulho, pa r te do jorna lz inho 'O Escude iro Ba t is ta ' , cu ja edição
não pude consta ta r , no qua l V.Sa . publ icou um re tumbante a r t igo
de loas ao Colégio Batista , onde V.Sa., com os norte-americanos,
e s tão inf ru t i f e ramente tentando sus tê - lo .
"Nada teria eu que repisar do vosso artigo-reclame, se não fosse
aquele tópico que remata a descrição com que V.Sa. fez do interes-
sante exame-de-admissão pres id ido pe lo inspe tor e ' t r aba lhad o ' pe los
senhores desconhec idos 'professores ' ba t is ta s adrede prepa rados . . .
"O tópico é o seguinte : 'Ma is uma vez F ICOU DE PÉ o conce i to
que goza ( "somente ent re ba t is ta s" ) o e s tabe lec imento na obra de
E D U C A Ç Ã O N A C I O N A L ( " e m p r o l d a e d u c a ç ã o d a m o c i d a d e
BRASILEIRA") conc lui o Bentancôr Mora les . '
"Vê-se bem que naque las l inhas t r açadas por V.Sa . e s tá o pensa -
mento do Sr . Chr is t ie , nor te -amercano como o S r . Linger fe l t , pa ra
a rmar o e fe i to , não em Campos, c idade onde todas a s f amíl ia s
dis t in ta s e in te l igentes EVITA M o ta l 'CO LÉ GIO AM ER ICA NO
BATISTA', mas sim no meio dos roceiros dos nossos distr itos, onde
somente circula tal jornal. Sendo eu um dos brasileiros que combate
pe lo jorna l e pe lo l ivro o suspe i to ENSINO DE ESTRANGEIROS
sustentados pelos dólares da Junta de Richmond, que, ainda em 1935,
remeteu de uma só vez 69:887$600 conforme declaração d' Escudeiro,
venho declarar a V.Sa. que estou ao seu inteiro dispor para ventilar-
mos o caso pela imprensa, onde V.Sa. poderá valer-se da Folha do
Comércio...
"Aguardando a vossa pr ime ira a r remet ida , subsc revo-me com a ten-
ciosa consideração.
Ot to . Obrgo.
Horác io de Souza — Av. XV de Novembro, 938."
(7)
Outras cartas e artigos desse teor se acham em nosso poder e mostram
como o jornalista Horácio de Souza lutava para destruir o colégio. Felizmente,
ele não alcançou o seu intento. O colégio cresceu, chegando a ter mais de dois
mil alunos. Em 1938, por ocasião de um comício na Praça São Salvador, em
Campos, no momento em que d iscur sava o e s tudante Ce lso Peçanha , que v i r ia
a ser , mais tarde, o Governador do Estado do Rio, ele , o Sr. Horácio de Souza,
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fo i mor to por uma ba ia que surgiu de um t i ro te io ocas ionado por comunis ta s .
Por ironia da história , ocorreu que, tempos depois, quando era diretor do Colégio
Batista Fluminense o Pr. Ebenézer Soares Ferreira, ali esteve estudando uma
neta do Sr. Horácio de Souza, •
Pastor Barreto — Homem de Larga Visão
Como dire tor do Colégio Ba t is ta F luminense , v is i tando igre ja s , f a lando
em associações e convenções, o Pastor João Barreto da Silva procurava promover
a obra educac iona l no campo f luminense , ao mesmo tempo em que , em suas
mensagens , procurava despe r ta r jovens vocac ionados , tanto pa ra o minis té r io ,
quanto pa ra o magis té r io .
Mui tos moços chegaram ao colégio desprovidos de qua lquer r ecurso e
encontravam no pas tor Bar re to o amparo de que necess itavam. Num m oço po bre ,
num "capiau' , e le via o valor que ninguém conseguia ver . Vai daí que muitos
dos a lunos que passa ram pe lo Colégio Ba t is ta F luminense e s ta r iam hoje na
obscur idade , não fora a a juda que receberam daque le educador . Ao le rem es ta s
páginas , mui tos e s ta rão concordando com o autor , quando a f i rma que o P r .
Barreto era um grande descobridor de vocações e talentos, e o Colégio Batista
F luminense um grande Iapidador de d iamantes .
Cremos que não há no Bras i l um colégio que ma is tenha contr ibuído pa ra
a denominação, no prepa ro de pas tores , e sposas de pas tores e professores do
que o Colégio Batista Fluminense. A seguir , citamos os nomes de pastores que
es tudaram no Colégio Ba t is ta de Campos, n a ges tão do Pr. Bar re to : Jáde r Mala -
faía, Otávio Felipe Rosa, José F.Murta, Elias Gomes Vidal, Erodice Gonçalves
Ribe i ro , Aylpton de Jesus Gonça lves , João Ant ôn io Am or im, W a ldi r Rocha ,
Franc isco Mancebo Re is , Osva ldo Mancebo Re is , Oc tac iano Lourenço Gomes,
Valter Velasco, José Pinto, Argênio Eugênio Gonçalves, Clério Boechat, Antônio
Moreira Portes, João Portes, Eimaldo Alves Vieira, Isaías Moreira de Frias,
Osva ldo Gomes Bar re to , Edinéze r Fa r ia , João José Soares F i lho , Eduardo Fran-
cisco Filho, José Pereira da Silva, Jorge Francisco Dias, Augusto Soares Gui-
marães, Filenilo Vicente Neves, Elmar Camilo dos Santos, Aurecil Santos, Alceir
Faria Pereira, Carlos Oliveira Varela, Teobaldo Silva Fraga, Antônio Borba,
Manoel Bento da Silva, Roberto Oliveira, Ismail de Oliveira Rodrigues, Isaías
de Castro, Diocesir Alberto, Jaci de Matos Tostes, Valdir Lopes, Saulo Luiz,
Durval Borges, Oséias Alves Batista , José Maria Tougeiro, Antônio Assis
Carvalho, Geneci Farizel, Geraldo Braz Laiassa, Eli Xavier de Pina, M oisés C unh a,
José Júnior dos Santos, Lélio Barros, Jadir Félix, Osvaldo Soares dos Santos,
Emil iano Boecha t , Gera ldo Gomes, Jabnie l S i lva , Al tani r Alves de F re i ta s ,
Alcides Velasco, Aderbal Barreto da Silva, Aloísio Barreto da Silva, Samuel de
Sou za Leite , W altir Pereira da Silva, Jefté Vicente Figueiredo, Hélio Rangel,
El iéze r Ba t is ta Araújo , C iro de Souza , Al len de Almeida , Jurandir Gonça lves
Rocha, Hélcio da Silva Lessa, Gentil Teixeira, Carlos Márcio Portela, Paulo
Maf r a , José Ânge lo , W ander ley Pacheco Bar reto , Eli Lace rda , João Nazareno
Lemos, Rubem Coelho dos Santos, Ebenézer Soares Ferreira, Joélcio Rodrigues
Bar re to , Rena to Zambrot t i , I sae l Peçanha de Souza .
Além desses, podemos citar os seguintes pastores de outras denominações:
F ranc isco Cardoso, Joadir P i re s , Ar i Barbosa Mar t ins , C láudio W agner, Élbem
7
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.M. César, Éber M. César, Clcbem M. César, Clcos M. César (presbiterianos);
Enilar Tinoco Botelho (adventista) .
Contribuição do Colégio Para o Preparo de Futuras Esposas de Pastores
Muitas a lunas do Colégio Ba t is ta F luminense torna ram-se e sposas de
pastores. Grande foi a influência recebida ali, durante os anos de estudo, na
vida espir itual de cada uma delas.
Não poderem os d ize r o ano exa to em que todas e s tuda ram. Mas de mui ta s
podemos c i ta r a época , pe lo menos . Ass im é que podemos começar com a i rmã
Talita Portela, esposa do pastor Alberto Portela, que estudou em nosso colégio,
em 1914, na gestão do Dr. A.B.Christie .
Pa ra evi ta r r epe t ição das pa lavras "casada" e "pas tor" , da remos ent re
pa rêntes is o nome do esposo de cada i rmã .
Na gestão do Dr. Bratcher e do Pr. Alfredo Reis,
estudaram as seguintes
irmãs: Florentin a R. Barreto (João Barreto da Silva) , Loyde R. Zarro (W aldcmar
Zarro), Solita R. Queiroz (Evódio Queiroz), Eponina Peçanha (Benedito Peçanha),
Dejanira Barbosa (Achilles Barbosa).
Na gestão do Dr. Christie, estudaram as seguintes irmãs: Stela Borges Araújo
(Alberto Ara újo), Célia Reis Soares (Osmar Soares) , Lígia de Souza M ota (W aldo-
miro Mota ) , Eunice S i lve i ra Monte i ro (Benjamim Monte i ro) .
Na gestão do Pr. Barreto, e s tuda ram as seguintes i rmãs: Dorcas P inhe iro
(Israel Pinheiro), Pearl-W hite Boechat (Clério Boechat) , Ruth Faria Rosa (An tôn io
Rosa), Anita Soares Bertrand (Haroldo Bertrand), Lourdes Santos Soares (Osvaldo
Soares Santos) , I r ene Guimarães (Augusto Soares Guimarães) , Edna Machare t
(Ari Macharet) , Idalina Evangelista (Edgar Evangelista) , Denir Luz Fonseca
(Samuel Leite Fonseca), Elda Gomes Zambrotti (Renato Zambrotti) , Elma Gomes
Barreto (Joélcio R. Barreto) , Abigail Faria Moreira (Jessé Moreira) , Jandira Fortes
Lamóglia (Álvaro Lamóglia) , Esmeralda Camargo (Nery Camargo), ír is de Souza
Ara újo (El iéze r Araújo ) , I rene de Souza D omingues (Hi la r ino Do mingues) , Ana-
-Held Gouveia Gonçalves (Argênio Conçalves) , Neusa Vieira de Castro (Isaías
de Castro) , Jonila Crispim Pereira (Alceir Faria Pereira) , Eth F. Borges da Luz
(Jonas Borges da Luz), Esther Ferreira Purens (Teófilo Purens) , Flor-de-Liz Go mes
(Otaciano Gomes), Odete Lessa (Hélcio da Silva Lessa) , Nair Portes (Antônio
Portes) , Janete Barreto (Osvaldo Barreto) , Aída Gouveia Bastos (Francisco
Cerqueira Bastos) , Ana Maria Paes Louzada (Adiei Louzada), Telma Fiaux Rodri-
gues (Ismail Oliveira Rodrigues) , Creuza Rangel de Souza (W illiam de Souza),
Nalva Gonçalves Rocha (Jurandir Rocha), Egmar Fernandes Santos (José Júnior) ,
Mar ia An tônia N asc imento D ias (Jorge F ranc isco Dias) , Nessy P imente l Mendes
(Estêvão Mendes), Eth Sarlo Dutra (Gélson Dutra) , Irene Porto (Antônio F.
Por to) , Mír iam Maf ra (Paulo Maf ra ) , Mar ia da Penha P . Marques (Al t ino
Marques) , C lé l ia Contage P into (Dá lson T. P in to) , Geni Soares Amor im ( João
Antônio Amorim), Anterina de Souza (Sebastião de Souza), Lecy Barros Silva
(W altir Pereira da Silva) , Elza Lessa Oliveira (Ageu Pi nto de Oliveira) , Leny
Azevedo Gonçaves (Aylpton de Jesus Gonçalves) , Hilda Francisco (Eduardo Fran-
cisco Filho), Ruth M anhã es Alves (Eim aldo Alves) , Leiva Soares Silva (Gil Silva),
Dilma A raújo O liveira (Jorge Oliveira) , Nilce Macedo Ribeiro (Erodice G. Ribeiro) ,
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Laudelina Neves (Filenilo Vicente Neves) , Cely Lontra Faria (Gentil de Castro
Faria) , Telma Farizel da Silva (Gumercindo Cesário da Silva) , Judith Soares (João
Soares Filho), Maria Amália de Souza (Samuel de Souza), Mary Lúcia F. Luiz.
(Saulo Luiz) , Maria Dalva Bastos F raga (Teobaldo Fraga)," Élcia Barreto Soares
(Ebenézer Soares Ferreira) , Marília Rangel (Hélio Rangel) , Jacy Carvalho Souza
(W ashington Antenor de Souza) ; Mar ia Mada lena N. Lopes ( José Lopes), M ar ta
Jales Menezes (Gelson Lopes de Menezes) , Maria Madalena Portes (João Portes) ,
Maria da Conceição C.F.da Silva (José Silva) , Heloísa Helena Pimentel (Belardim
Pimentel) , Etelvina Borges (Durval Borges) , Luciana Mancebo Manhães (Bene-
dito Manhães) , Maria José G. Pires (Isidoro Pires) .
Além destas, que se casaram com pastores batistas, podemos apresentar
nomes de outras irmãs que foram alunas do Colégio Batista Fluminense e que
casa ram com pas tores de outras denominações : Ol ív ia Corde i ro (F ranc isco
Cordeiro, pastor presbiteriano), Olinda Borges Santos (Teodoro dos Santos, pastor
congregacional) , Dulce Barcelos Martins (Ary Barbosa Martins, pastor presbi-
te r iano) .
O Progresso do Colégio
O professor João Bar re to , como e ra ma is conhec ido em Campos, conse -
guiu dotar o colégio de recursos tais que o tornaram um dos maiores e melhores
do norte f luminense. Na sua gestão foi cr iado o curso ginasial noturno, e , mais
tarde, o científico, diurno e notu rno. Depois, vieram a Escola Técnica de Comércio
e o Curso Normal .
O colégio fo i p ione i ro na c r iação do cur so noturno em todo o nor te
f luminense . Foi mui to c r i t icado quando c r iou o cur so normal noturno. Houve
uma professora do Liceu de Humanidades de Campos, out ro colégio na c idade ,
que esc reveu vá r ios a r t igos , comba tendo o Colégio Ba t is ta F luminense porque
criara o referido curso. A melhor resposta foi dada, após quatro anos de exis-
tênc ia do cur so normal noturno, pois no concurso pa ra ingresso ao magis té r io
do es tado, a pr ime ira a luna colocada fo i do cur so noturno do Colégio Ba t is ta
F luminense .
Mas a grande ob ra de ixada pe lo pas tor Bar re to fo i a cons t rução do edi f íc io
de quatro pavimentos com frente para a Rua Dr. Alberto Torres. É, realmente,
uma obra imponente e que cus tou mui to sac r i f íc io . O edif íc io fo i inaugurado
com a presença do Governador Celso Peçanha, ex-aluno da casa, que, enalte-
cendo a obra da ent idade , dec la rou:
"N ão sei se poderei vos falar nesse mom ento q uan do ele é todo emoç ão
para mim porque revive fatos de minha vida, de dias idos e vividos,
aqueles que alicerçaram toda a minha vida espir itual, aqueles dias
que me prepa ra ram para os d ia s de hoje . E a pa r desses acontec ia
mentos que são revividos, há também a considerar que o ex-aluno
desta casa, casa tão querida e amiga, que, à sua sombra viveu oito
anos , vol ta hoje aqui pa ra inaugura r um magníf ico , um esplêndido
prédio onde se abr iga rão as ge rações porvindouras . Tudo fa re i por
dizer da imensa alegria que o Governador do Estado tem em pisar
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este solo e reencontrar esta boa gente, em reviver aqueles dias tão
agradáveis dc sua vida. Há como se fora uma visão caleidoscópica
a desfilar quadros, paisagens que não se perderam, que, se vivem
à distância do tempo, perduram para se f ixar no coração, no senti-
mento . E já um grande pensador a f i rmava que a amizade que se
conqu ista entre os 15 e 16 ano s é a que mais f ica, é a que mais perdu ra.
E depois que eu saí desta casa, ela f icou em mim para viver nos meus
sent imentos pa ra que os ens inamentos que eu aqui r ecebi cons t i tu-
íssem base de minha formação moral e política para que eles
es t ru turassem toda a minha ca r re i r a , e f icassem presos a mim, como
se ent ranhados e s t ivessem no meu se r e pronunc iando toda a minha
projeção pol í t ica a t r avés dos ens inamentos que eu aqui colh i . S im,
uma casa que f icou no meu coração. Não há período, não há passagem,
não há d ia sequer que eu possa e squece r do Colégio Ba t is ta
F l u m i n e n s e . " '
8
'
Sétimo Período
O sétimo período do Colégio Batista Fluminense vai de julho de 1963 a
dezembro de 1984.
Subst i tu indo o P r . Bar re to , que fa lece ra em ac idente automobi l í s t ico no
dia 09 de julho de 1963, assumiu a direção do colégio o Pr. Raphael Zambrotti,
que permaneceu até dezembro daquele ano. Foi substituído pelo Pr. Fidélis Morales
Bentancôr , que d i r ig iu o colégio daque la da ta a té meados de agosto do ano
seguinte , quando renunc iou ao ca rgo. O então pres idente da Junta de Educação,
Pr. Samuel de Souza, assumiu, por quatro dias, a direção, até a posse do Pr.
Ebenézer Soares Ferreira, que ocorreu no dia 24 de agosto de 1964.
Em vir tude do pouco tempo que passa ram na d i reção da ins t i tu ição , os
pas tores Raphae l Zambrot t i e F idé l is Mora les Bentancôr não puderam rea l iza r
obra de vul to . Dedica ram-se , porém, à sua ta re fa , dando o me lhor de s i no cur to
pe r íodo de sua d i reção.
O Pr. Ebenézer Soares Ferreira dir igiu o Colégio Batista Fluminense durante
vinte anos e quatro meses, deixando-o para ocupar o cargo de Reitor do Semi-
nário Teológico Batista do Sul do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, para
o que fora convidado pe la Junta Adminis t r a t iva daque la ins t i tu ição de ens ino
teológico . Durante sua ges tão no Colégio Ba t is ta , em Campos, r ea l izou, ent re
outras, as seguintes obras:
1. Equipou a parte térrea do novo edif ício do colégio, onde estão locali-
zados a secretaria , a tesouraria, o gabinete da orientadora educacional, a sala
dos professores e o gabinete do diretor .
2. Construiu o ginásio coberto que serve para atividades de educação f ísica
e para a realização de assembléias, conferências, convenções e reuniões de massa.
O ginás io f icou conhec ido como o "Ba t is tão" , quando a l i se r ea l izou a Assem-
bléia da Convenção Batista Brasileira, em 1971.
3 . Const ru iu o prédio de aulas do Seminár io Teológico Ba t is ta F luminense ,
apresentando esse prédio base pa ra cons t rução de outros pavimentos .
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4. Adquiriu uma casa na Rua Gil de Góis, n? 262, em Campos, que fora
sede da Soc iedade Pa t r imonia l de Campos, e que é , hoje , a sede da " repú bl ica"
que hospeda moças que es tudam no Seminár io Teológico Ba t is ta F luminense .
5. Adquiriu um sítio, de quase três alqueires, em Morro do Coco, para
futuras ins ta lações de um acampamento .
6 . Equipou o labora tór io p a ra a c r iação do Curso Técnico em Labora tór io ,
investind o boa quan tia em 11 microscó pios, estu fa e outro s aparelhos necessá-
r ios ao func ionamento de um labora tór io .
7 . Const ru iu e equipou um "play-ground" , pa ra a tender à s c r ianças .
8. Equipou a biblioteca e a secretaria com dezenas de arquivos e estantes
de aço.
9 . Cr iou o chamado quar to ano normal .
10 . Implantou o cur so de Educação F ís ica .
Na gestão do Pr. Ebenézer Soares Ferreira, pode-se salientar o interesse
direcionado p ara a evangelização de professores e funcio nários não crentes. Alguns
de les se conver te ram. Mui tos a lunos , pr inc ipa lmente in te rnos , ouvindo o evan-
gelho e recebendo a influência do colégio, aceitaram a Cristo como Salvador.
A distr ibuição de Bíblias era uma constante entre alunos, professores e funcio-
nários. Tanto assim que, em certo ano, foram entregues no colégio mais de mil
Bíblias.
Após ter f icado vinte anos e quatro meses na direção do Colégio Batista ,
o Pr. Ebenézer Soares Ferreira foi sucedido pelo Pr. Joélcio R. Barreto, que
só f icou um semestre na direção do mesmo, crendo que devia se entregar mais
ao minis té r io pas tora l .
O Pr. Alceir Faria Pereira, que era então o tesoureiro, foi eleito diretor
da ins t i tu ição , função que vem ocupando desde o segundo semestre de 1985.
Tem desenvolvido uma grand e obra . O colégio cresce a cada ano, d emons trando
assim seu tirocínio.
É com grande honra que citamos, nesta página, nomes de alguns dos grandes
professores do Colégio Batista Fluminense, com as disciplinas que cada um minis-
t r ava : J .Ul isses de Moraes (Por tuguês) , An tônio Char le s (Por tuguês) , W adi th
Gazen (F rancês) , Benjamim L.A.Césa r (Por tuguês e Geogra f ia ) , Elv i ra Césa r
(Matemát ica ) , Lic ín io dos Re is (La t im) , Cé l ia Drum ond (Geogra f ia ) , Evange l ina
Guedes (Ciências) , Joadélio Codeço (Matemática) , Judith Gomes Brasileiro
(Francês) , Manoe l Gonça lves (Matemát ica ) , Antônio Nunes (Por tuguês) , José
Luiz Glória (Português) , Leontina Berenger Viana (Matemática) , Celita Barcelos
Rosa (Curso de Admissão) .
Dois ilustres funcionários não podem ser esquecidos. Trabalharam por mais
de 30 anos: Aristóbolo C, Ferreira da Silva e Loyd Barreto da Silva.
Casa do Estudante Batista
Uma das grandes r ea l izações da Junta de Educação fo i a inauguração da
Casa do Estudante Batista , em Niterói, à Rua Andrade Neves, 261. Isso se deu
no dia 4 de agosto de 1962.
O diretor da Casa do Estudante Batista foi o Pastor Paulo Sias que, junta-
mente com sua devotada esposa, D. Maria Francisca Sias, se entregaram à obra
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dc ajudar estudantes que vinham do interior para estudar em Niterói e no Rio
de Janeiro. O Pastor Paulo e sua esposa haviam sido missionários da Junta de
Missões Nacionais, durante alguns anos.
Depois de prestar grandes serviços cooperativos com a obra de educação,
a Casa do Estudante Ba t is ta teve seu t r aba lho descont inuado. Achou a Junta
de Educação que e ra prudente suspender a s a t iv idades daque la ent idade .
I N T E G R A Ç Ã O D E I G R E J A S D I S S I D E N T E S
Nos dias 08 de dezembro de 1909 e 24 de outubro de 1910, foram orga-
nizadas, respectivamente, a Igreja Batista de Canudos, com oito membros, e
a Igre ja Ba t is ta de Imburo, com 53 membros . Ambas s i tuadas no munic íp io
de Macaé foram organizadas pe lo evange l is ta Antônio Cor indiba de Carva lho
que , d iss idente , opunha-se ã or ientação do miss ionár io A.L.Dunstan , que , na
época, atuava no Estado do Rio.
Como essas duas igre ja s progredissem, e seus membros e pas tor demons-
t r a ssem espír i to de ordem e ha rmonia , em assemblé ia da Assoc iação Ba t is ta
Fluminense, realizada em Macaé, em 1916, apresentaram-se os irmãos Antônio
Ribeiro Fernandes e Desidério Francisco de Souza, aquele, da igreja indepen-
dente de Canudos e este, da igreja independente de Imburo, solicitando que
a Assoc iação as acei ta sse na com unhã o da Missão Campis ta , p a ra o que es tavam
eles devidamente credenciadas.
Foi nomeada , então , pe lo pres idente da Assoc iação, uma comissão pa ra
es tudar a so l ic i tação e da r pa rece r sobre o a ssunto . A comissão se compunha
dos seguintes irmãos: Dr. A.B.Christie , Cândido Ignácio da Silva, Manoel de
Brito, Leonel Eyer, Antônio da Costa Resende e Francisco Branco.
Apresentado à Assoc iação Ba t is ta F luminense , fo i votado, u nanimimente ,
o seguinte parecer:
"Considerando que estas igrejas, apesar de serem batistas, são o fruto
de desinteligências e revoltas;
considerando que os resultados dessa revolta ainda perduram no espí-
r ito dessa missão;
conside rando que a ace i tação ou reconhec imento dessas igre ja s como
se acham, v i r ia provocar descontentamento no campo;
considerando, f inalmente, que tal ato poderia vir a facilitar novas
dissidências no futuro;
recomenda es ta comissão q ue a Assoc iação aconse lhe aque las igre ja s
a se dissolverem e se organizarem n uma igreja com os antigos m embros
da Missão, para que essa igreja, que será organizada com a presença
de um conselho de outras igrejas, aceite todos os membros que foram
batizados durante o tempo da separação. Um vez feito isto, esses
mesmos membros poderão tomar demissór ia s e organiza r a igre ja
em Imburo e em outros luga res . " '
1
'
As igrejas em questão acataram esse parecer e , em conformidade com o
mesm o, se dissolveram p ara serem reorganiz adas. A ssim, em 16 de julho de 1916,
era reorganizada a Igreja Batista de Canudos, com 82 membros, e , em 24 de
outubro de 1916, com 69 membros, era reorganizada a Igreja Batista de Imburo,
assumindo o pas torado de ambas o pas tor Antônio R ibe i ro Fe rnandes .
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P E R S E G U I Ç Õ E S E M M A R I C A
Orga nizad a em 19 de novembro de 1916, com qu arenta m embros , a Igreja
Batista de Maricá foi alvo de muitas perseguições, principalmente durante a
segunda década do século. O povo usava de várias maneiras para mover perse-
guições contra os crentes. Uma delas eram grandes prejuízos causados por lascas
de madeira que eram lançadas ao telhado do templo, pelos perseguidores,
quebrando telhas e causando outros danos. Esse era um dos sinais de que os
crentes não tinham a simpatia do povo.
A maior das perseguições, entretanto, foi a sofrida pela igreja, em janeiro
de 1918. Os crentes estavam reunidos, quando invadiu o templo um grupo de
ca rnava lescos , por tanto e s tandar te , promovendo ve rdade ira e to ta l des t ru ição ,
colocando em pânico os que a l i e stavam reunidos . Pedras foram a t i r adas contra
as pessoas e contra o te lhado, ocas ionando fe r imentos em mui tos .
Naquela ocasião, era pastor da igreja o Dr. Manoel Avelino de Souza,
que pastoreava a Primeira Igreja Batista de Niterói. Procurou ele as autoridades
e, no domingo seguinte, pôde pregar em Maricá, com as garantias oferecidas
pelas autoridades locais.
Em 19 de dezemb ro de 1943, a igreja pass ou a ser pastorea da pelo Pr.
Clério Boechat. Pastoreou-a por vários anos, tendo se desligado do seu pasto-
rado por um pouco de tempo, a f im de a tender a outras a t iv idades . Re tornou,
porém , a dir igi-la , algum tem po depois, estan do a ela ligado, praticamente até hoje.
O Pr. Boechat preocupou-sc, ainda, em granjear amizades entre as pessoas
não crentes, com o objetivo de trazê-las à igreja, também. Entre essas pessoas,
estava o Padre Batalha que, em certa época, foi um dos que moviam perseguições
aos crentes de Maricá. Com a amizade cultivada entre ele e o Pr. Clério Boechat,
a atitude de hostilidade contra os crentes foi diminuindo e a intolerância foi
acabando. I sso mostra o f a to de te r s ido o P r . C lé r io chamado pa ra socor re r
o padre, quando este se achava mal.
O evange lho é a ss im . Desfaz in imizades . Muda hos t i l idade em amizades .
Quebranta corações .
SOCIEDADE PATRIMONIAL BATISTA
Procurando a tender à s necess idades das igre ja s de então , mui to pobres
e que " func ionavam em acanhadas e modestas habi tações , a Junta Es tadua l
de nosso campo começou a pensa r em como conjura r ia ta l s i tuação" .
( I )
A sa ída proposta e ra a seguinte : A Junta Es tadua l se torna r ia pessoa jur í -
dica e, assim, estaria , perante as leis do país, em condições de receber, em seu
nome, as propriedades que as igrejas iam, aos poucos, adquirindo. Mas só isso
não daria solução ao problema. Faltava o principal — os meios para as igrejas
conseguirem as propr iedades .
Esse assunto foi tratado na assembléia convencional, realizada em 1916, -
em Macaé . Os pontos pr inc ipa is r e ssa l tados no Parecer foram os seguintes:
1 . Que a Jun ta Es tadu a l se cons t i tua em pessoa jur íd ica pa ra poder adquir i r
propr iedades .
2 . Que a Junta Es tadua l forme um a ca ixa de const rução, r ecebendo ofe r ta s
das igrejas e de irmãos e amigos para o referido f im.
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3. Que todo o d inhe iro a r recadado pa ra o fundo de const rução se ja depo-
s i tado em banco de conf iança de Junta .
4. Que, quando a caixa tiver um fundo regular , empreste às igrejas que
dese ja rem const ru i r , mediante juros , e quant ia que ju lga r necessá r ia , de acordo
com o fundo.
5. Que a Junta, tornando-se pessoa jurídica e resolvendo a criação da dita
caixa, formule um regulamento interno, aprovado pela Associação Batista Flumi-
nense, que proporcione todas as garantias a si mesma e às igrejas.
Os assuntos sobre as igrejas se tornarem pessoas jurídicas e sobre a criação
de um órgão pa ra a judá - la s nas t r ansações comerc ia is não f ica ram resolv idos
na assembléia convencional de 1916. Somente na assembléia seguinte, realizada
em Duas Barras, em 1917, é que o ideal se concretizou. Achou-se ser de bom
alvi t r e organiza r - se uma ent idade pa t r imonia l e não t r ansformar a Junta Es ta -
dual em pessoa jurídica para atender às necessidades das igrejas. Assim
pensando-se, decidiu-se criar a Sociedade Patrimonial Batista. Seu prime iro esta-
tuto foi elaborado pelo Pastor Dr. José Nigro. Sobre o estatuto e os associados,
escreveu J.F.Lessa:
"Os estatutos foram aprovados em sua íntegra, pela 'Assembléia Geral ' ,
em sessão de instalação, realizada em 7 de abril, na casa de cultos
da Igreja Batista de Duas Barras, sita na 'Fazenda de São João' , no
município que dá nome à referida igreja, no Estado do Rio de Janeiro.
A mesa foi composta pelo Dr. José Nigro, presidente e Alberto Vaz
Lessa, secretário. Os sócios instaladores foram: A.B.Christie , José
Nigro, Alfredo Reis, Leonel Eyer, Joaquim Coelho dos Santos, Antônio
Mora les Bentancôr , John Mein , Joaquim Rosa , Joaquim Fernandes
Lessa, Jesuíno Vieira, Benedito Firmo, Virgílio Antônio de Faria,
Manue l Fur tado de Melo , Antônio R ibe i ro Fe rnandes , Ber to l ino
Gomes dos Santos, Francisco J. Pereira, João Gonçalves da Silva,
Cesá r io Teóf ilo Mar ia , João d a Mata Xavie r , Otávio Lopes da Cunh a ,
Domingos F ranc isco dos Santos , Cândido Ignác io da S i lva , Honór io
Car los de Ol ivei ra , Albe r to R ibe i ro Fe rnandes , Amânc io José Sodré ,
Elias Portes Filho, Josino João da Cunha, Vítor José Pinheiro, Manoel
Fer re i r a Lima , Emerenc iano Nunes Machado, Enedina Borges de
Lima , Sebas t ião Almeida , Benedi to Borges Bote lho, Evar is to Santos
de Abreu, João M ala fa ia , Dom ingos José Bar re to , F ranc isco Fe r rei r a
Gomes, José Abraão do Nasc imento , Manoe l Suzano de S ique ira ,
André de Souza Araújo , Manoe l Marques de Souza Br i to , Custódio
Cardoso, Lino Manoe l Jac in to , Cr isant ino P ires , Albe r to Vaz Lessa ,
Filadelfo Cunha e José da Silva Lóta. A Sociedade Patr imonial Batista
fo i cons t i tu ída em 'pessoa jur íd ica ' nes te ano e começou a angar ia r
fundos pa ra f aze r emprés t imos às igre ja s . Com es ta organização, a
pos ição das igre ja s me lhorou conside rave lmente com respe i to à aqui-
s ição de propr iedades pa ra o ens ino re l ig ioso" .
(2)
Inestimável é o serviço que esta entidade patr imon ial tem presta do ás igrejas.
Sua sede de f in i t iva e foro foram sempre na c idade de Campos.
Antônio Neves de Mesqui ta acentuou:
"Mesmo antes de exis t i r a Junta Pa t r imonia l do Sul do Bras i l , já
os ba t is ta s f luminenses t inham a sua agênc ia imobi l iá r ia . O s is tema
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adotado e ra o mesmo que se adota nas organizações do nor te e do
sul. . . Foi desta forma que se tornou possível er igir um número tão
grande de templos no es tado." '
3
'
Foram presidentes desta instituição os seguintes pastores: José Nigro, Virgílio
Faria, Fidélis Morales Bentancôr, João Barreto da Silva, Ebenézer Soares Ferreira.
Ho je, 1991, A Sociedad e patr im onia l Batista é presidid a pelo Pastor Alceir Faria
Pereira. Essa entidade, porém, está fadada a extingúir-se, em vir tude de as igrejas,
em quase sua totalidade, já terem personalidade jurídica. Por causa de algumas
igrejas bem pequenas, do interior , que não podem passar seus bens para seu
próprio nome, é que esta sociedade ainda existe.
A única propr iedad e que a Soc iedade Pa t r imonia l Ba t is ta possuía e ra uma
casa em Campos, À Rua Gil de Góis, n.
a
261. Esta foi vendida ao Colégio Batista
F luminense , que a u t il iza pa ra a lo jamento das moças que es tudam no Seminár io
Teológico Batista Fluminense.
D . A N N A C H R I S T I E — O T R A B A L H O C O M A S S E N H O R A S
E COM O COLÉGIO BATISTA FLUMINENSE
Desde 1908, Mrs. Chistie , ou D. Anna Christie , como era também chamada,
desempenhou prof ícuo t r aba lho no campo f luminense . Ora e s tava e la ao lado
do esposo, na realização de institutos, ora realizava ela viagens evangelísticas,
ora a judava no doutr inamento das senhoras , nas igre ja s .
Quando Mrs. Christie chegou ao Estado do Rio, havia somente onze igrejas
ba t is ta s no es tado. Nem todas t inham o t r aba lho das senhoras e s t ru turado. No
afã de ver , em cada igreja, uma Sociedade de Senhoras bem organizada, cia
se entregou de corpo e alma a essa obra.
"Quase nada existia antes de Mrs. Christie . Ao chegar ao campo,
ela começou a cooperar com o esposo no trabalho das senhoras. Desde
1908, passou a se interessar por essa obra e pela criação de uma orga-
nização que pudesse reunir todas as senhoras, em cada igreja batista .
Esse seu ideal foi consubstanciado.
"O t r aba lho das senhoras fo i sempre uma bênção pa ra a obra do
Senhor no Estado do Rio. Era ele um dos impulsionadores do trabalho
evangelístico. Mrs. Christie não med ia esforços para estimular as irmãs
a se tornarem cada dia mais zelosas. O Dr. Christie , em suas NOTAS,
assim declarava: 'A União de Senhoras foi sempre um dos mais
e f ic ientes e lementos do t r aba lho da Missão Campis ta ' . Também os
trabalhos das moças e das crianças, em geral, eram alvo de sua cogi-
tação.
"Este fo i um grande t r aba lho de Mrs . Chr is t ie no Estado do R io .
Ela viu o trabalho das senhoras crescer , de um pequeno grupo a uma
grande convenção. Com ela, se sobressaíram as senhoras: Deocleciana
Ferreira, Enedina Lima, Carlota Silva Ramos, Izabel Avelar , Geno-
veva Voorheis, Cora Barros, Elisabeth Messias, Albertina Oliveira,
Dinorá Lessa, Elizabeth Kennedy, Alice Reis, Talita Portela, Eva de
Souza, Julieta Sales, Florentina Barreto, Alice Rosa, Adozina Borges,
Firmina Seixas, Artie Bratcher, Cleonides Maia e outras." '
1
»
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Além de se dedicar à obra com as senhoras, Mrs. Christie foi o braço forte
do miss ionár io Chr is t ie na adminis t r ação do Colégio Ba t is ta F luminense . Ela
era a diretora do internato feminino. As alunas tinham nela uma mãe. Mrs.
Chr is t ie fo i uma grande he roína . Traba lhou por 39 anos no campo f luminense .
O P R O G R E S S O D A S E S C O L A S D O M I N I C A I S
Entre os grandes movimentos que sacudiram os ba t is ta s , a começar de
1918, está o estabelecimento de escolas dominicais nas igrejas.
Pa ra d inamiza r e sse movimento , fo i e scolhido o miss ionár io John Mcin ,
um dos mais ativos missionários que militaram no Estado do Rio. Para alcançar
o seu propósito, Mein se lançou a escrever bem elaborados artigos publicados
em o O
Escudeiro Batista,
nos an os 1917 e 1918. Neles enfocava o grande valo r
das escolas dominicais. Esse artigos surtiram grande efeito. Esses, aliados à reali-
zação de institutos que, no períod o de férias, enfatizavam nas igrejas a necessidade
de treinamento de professores para as escolas dominicais, foram de grande valia
para o trabalho batista no estado.
Em 1919, foi cr iada a Junta de Escolas Dominicais e Mocidade, que "apre-
sentou bons r e sul tados" . Ela fo i e lemento preponderante no c resc imento do
trabalho do Senhor, na edif icação das igrejas, especialmente nos institutos.
Em 1920, só existiam três igrejas com União de Mocidade: Campos, Niterói
e Murundu. Com a c r iação da Junta , c resceu bem o número de uniões . Lessa
escreve: "Faz-se gosto ver-se e assistir-se a uma dessas reuniões. E uma verda-
deira escola de treinamento."
As uniões de mocidade e as escolas dominicais no Estado do Rio de Janeiro
receberam grande contr ibuição do dedicado miss ionár io nor te -amercano, P r .
Ernest A. Jackson, que trabalhou no campo fluminense de 1924 a 1928. Foi grande
cooperado r na causa de Cristo. Gran de foi a tr isteza do povo qu e com ele conviveu,
quando, em 12 de novembro de 1928, O Pr. Jackson, sua esposa, D. Janet, e
seu f ilho, Carey, de 14 anos, pereceram no naufrágio do navio Vestr is, quando
retornavam de suas ferias, em sua terra natal. Foi grande a lacuna aberta com
essa perda.
C A M P A N H A P A R A R E O R G A N I Z A Ç Ã O D O T R A B A L H O
Tendo como desa f io o c resc imento e o progresso do t r aba lho, o campo
batista fluminense prec isou passa r por uma reorganização e adapta ção no seu
trabalho denomínacional. As ênfases estavam colocadas nos princípios seguintes:
autonomia das igrejas, sustento próprio e cooperação. Sentia-se que esses três
pr inc íp ios dever iam se r sempre e for temente subl in hados a f im de que o ca mpo
experimentasse um crescimento maior.
Os p lanos de l ineados foram ass im s in te t izados:
"1 . Que as igre ja s pagassem o orde nado do sec re tá r io-cor respondente ,
pa ra da r à J unta Es tadua l ma ior o por tunid ade de abr i r novos t r aba lhos ;
2 . Que houvesse cooperação f inance i ra no desenvolvimento da Soc ie -
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dade Pa t r imonia l , uma necess idade pa ra segurança das propr iedades
das igrejas;
3. Que fosse construído um prédio para o hospital, para o qual a
diretoria já tinha um p|ano delineado, a f im de levantar o dinheiro
necessário;
4 . Que houvesse ma ior cooperação na educação, e spec ia lmente na
educação ministerial e na organização de escolas anexas;
5. Que houvesse, pelo menos, quatro institutos durante o ano, para
o desenvolvimento de escolas dominicais;
6 . Que todos se informassem das r e soluções tornadas na Assoc iação
de 1917 e se preparassem para a de 1918;
7. Que não se esquecessem da convenção nacional e suas necessi-
dades ."
A S S I S T I U À P E R S E G U I Ç Ã O A O M I S S I O N Á R I O S A L O M Ã O
GINSBURG EM 1918
1 9 8 4 — C E N T E N Á R I O D E D . M O C I N H A
Em 1984, D. Celina V.Lustosa, mais conhecida como D. Mocinha, completou
100 anos de existência. Em vir tude da seca que, em 1906, assolava o Ceará,
seu es tado na ta l , e la emigrou, juntam ente com seu pa i , pa ra Cachoe iro do I tape -
mir im , no Espír i to Santo e , da l i , pa ra Bar ra do I tabapoana , no Estado do R io
de Janeiro.
Naque le ano do seu centená r io , fu i à Vi la de Bar ra do I tabapoana , no
município de São João da Barra, na divisa com o Estado do Espír ito Santo,
pa ra conhece r e ent revis ta r D. Moc inha , cuja pa les t r a se mostrou mui to agra -
dável. Transcrevo aqui aquela proveitosa entrevista:
Pr. Ebenézer — Irmã Celina, sei que a senho ra é mem bro da Igreja Batista de
Bar ra do I taba poana , desde 1916, quando e la fo i organizada . Pode conta r a lguma
coisa sobre o trabalho batista nestas paragens?
D. Mocinha — O meu m arid o se batizo u em 1910, na Igreja Batista de Rio
Novo, no Estado do Espír i to Santo . Eu me ba t ize i a lgum tempo depois , pois
queria, antes, estudar melhor a Bíblia .
No ano de 1918, houve uma grande perseguição aos primeiros crentes daqui.
Um cul to fo i marcado pa ra a casa do subde legado, F ranc isco Nunes , cu jo f i lho ,
Cesário Nunes, era crente. O pregador era o missionário Salomão Ginsburg.
Quando os crentes estavam cantando, veio uma multidão que, aos gritos,
exigia: "Bota fora esse careca que nós queremos matá-lo". Foi uma cena muito
tr iste .
O subdelegado saiu e pedia ao povo compreensão e que se dispersassem.
Mas e le s e stavam mui to enfurec idos . Sa lomão quis i r a t r á s do subde legado pa ra
a judá- lo . Porém, a f i lha do subde legado o segurou. Sa lomão começou a lu ta r
para se livrar dos braços da moça, que o segurava fortemente. Ela dizia: "O
senhor não sai porque eles não querem nada com o papai. Eles querem é o
senhor" . Sa lomão se e sforçava a inda ma is . Ass im, já pe r to da por ta , os dois
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lutavam. Ela se interpôs, na porta. Nesse momento, ouviram-se vários tiros.
Uma das balas passou entre a cabeça do missionário e a da moça. Por um tr iz ,
não atingia um dos dois.
Pr. Ebenézer — A irmã se lembra de outros fatos ocorridos aqui?
D. Mocinha — O que es tou na r rando, Sa lo mão Ginsburg na r rou no seu l ivro
Um Judeu Errante no Brasil. Ele só não diz as datas nem os nomes.
Pr. Ebenézer — A irmã sabe que já li esse fato tamb ém no livro do histo riador
João Oscar? Referindo-se a Salomão Ginsburg, ele diz:
"Foi e sse miss ionár io , a l iá s, o in t rodutor do Protes tant ism o no muni-
cípio de São João da Barra. Tarefa que lhe trouxe sérias dif iculdades,
preocupações , como se deprende da le i tura dessa not íc ia publ icada
num jorna l sanjoanense , o Diário da Manhã, de 15 de fevereiro de
1918: Bar ra do I tabapoana . O nosso a t ivo de legado pol ic ia l , S r .
Joaquim Neves, recebeu ontem de Barra do I tabapoana o seguinte
te legrama: 'Grupo faná t ico insul ta , in te r rompe minha missão . Refu-
giado casa subdelegado; ontem grupo fanático atacou casa, destruindo
por ta s , jane las , te lhado, e scapando se r a ssas inado devido he roísmo
subde legado e f amíl ia . Minha v ida em pe r igo . Autor idades sem forças
para garantir . Peço providências urgentes, (a) Salomão Ginsburg,
miss ionár io amer icano. '
"P ron tame nte" , d iz a not íc ia , "o S r. de legado Joaq uim Neves enviou
força policial para aquela localidade, tomando as necessárias provi-
dênc ias . "
( l )
D. Mocinha — A ba la f icou enc ravada na pa rede e Sa lomão m ando u t i r á - la
e engastá-la no seu relógio, pois aquilo era prova da providência de Deus. Era
um troféu . . .
Pr. Ebenézer— Salom ão narra isso mesmo . Mas a senhora, que viu, está narrand o
com pormenores .
Agora , copio do l ivro o f ina l da na r ração de Sa lomão Ginsburg:
' 'A porta era do sistema antig o, com a pa rte superio r de ven ezianas.
Enquanto nos e sforçávamos, e la , em mante r a por ta f echada , e , eu ,
a pelejar para abrí- la , uma bala, atravessando a veneziana, passou
entre nossas cabeças. Viesse um pouco mais à direita ou à esquerda,
um de nós te r ia f a ta lmente mor r ido . Oh quão maravi lhoso é o poder
de Deus Ele sabe muito bem co mo proteger os seus. '
(2)
D. Mocinha — O senhor quer saber de outra s perseguições?
Pr. Ebenézer — Sim. Pode narrá-las.
D. Mocinha — Essa persegu ição de 1918 foi mui to dura, mas houv e outras bem
terríveis, também . Eu me converti por causa de uma perseguição. À tarde, Salom ão
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tinha leito batismos no r io. E os perseguidores jogaram tijolos, pedras, etc . e
quebra ram mui ta coisa .
Mas vou contar outras perseguições. Foi Joaquim David, um analfabeto,
quem trouxe o evangelho para Barra do I tabapoana. Um dia, os inimigos se
reuniram e deram-lhe uma coca com bagaços de cana. Ele era obrigado a moer
para os perseguidores.
As própr ia s autor idades apoiavam os pe r seguidores . O de legado Gastão
Fontão mandava os comissários proibir os crentes de irem aos cultos. Quando
os crentes sc reuniam, vinham os inimigos e jogavam lenha no telhado, quebrando
as telhas. Os inimigos espalhavam que os crentes se reuniam com intenção de
faze r macumba .
A perseguição era tão intensa que muitos crentes fugiram para o mato
e a í cons t ru í ram choças . Alguns foram para Gur i r i , Am ontad o, e tc . Uma sen hora
teve que dar à luz a seu f ilho na f loresta. Seu f ilho chamou-se Jovelino Gomes.
José l io , f i lho da i rmã Joana , nasceu no ma to , também.
Um dia, um dos perseguidores, André Rosa, foi a cavalo com a tala na
mão e esporas nos pés. O crente que dir igia o culto lhe disse: "Entre amigo.
Veio nos dar o prazer de assistir ao culto, hoje? '
O André Rosa , não demorou mui to tempo, se conver teu , quando cantavam
o hino: "Quem é que vai com Jesus estar lá no céu? Lá no céu? / Quem dessa
graça vai desfrutar? Vais tu? Vou eu? / Quem vai provar esse santo amor, longe
de toda a tr isteza e dor, / Junto com Cristo seu Salvador? Vais tu? Vou eu?"
(Cantor Cr is tão , n? 257) . O André , que andava com uma espingarda , ia com
capangas . Eles e spe ravam um s ina l pa ra a t i r a r quando o "bicho" apa recesse
no cul to . O André não v iu "bi cho " nenh um. D epois de ouvir o h ino, e le dec la rou:
"Lá não vi 'bicho' nenhum. De hoje em diante, vou seguir essa religião.".
Pr. Ebenézer — A senhora tem mais a lguma coisa a conta r?
D. Mocinha — Sim, eu me recordo mu ito do senhor seu pai, o Pr. Soares, qu e
foi pastor aqui, cm 1926. Nós gostávamos mu ito dele. Até hoje, na igreja, can tamo s
um hino em recordação dele. É o hino 314, do Cantor Cristão, que começa
ass im: "Que consolação tem meu coração descansando no poder de Deus . . . " .
O meu hino predileto é o de número 407: "Ditoso o dia em que aceitei
do meu Senhor a salvação.. .".
Pr. Ebenézer — I rmã Moc inha , h á ma is a lguém que a inda v iva e que possa
contar alguma dessas perseguições nessa região?
D. Mocinha — O Alf redo Gomes, que é membro da Igre ja Ba t is ta de Amonta do.
Creio que a irmã Delfina Gomes, que está com mais de 100 anos e mora no
Rio . A f i lha de la , Euza , é a e sposa do Pas tor Emanoe l Que iroz . Há também
o i rmão Manoe l Caboc lo F i lho , que é o membro da Igre ja de Ar ra ia l do Cabo.
Conclusão:
Fui a Amontado, à procura do i rmão Alf redo Gomes. Ele nasceu em 14
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de outubro de 1899. Foi ba t izado pe lo Pas tor Fe rnando Druminond, quando
estava com 18 anos de idade.
O i rmão Alf redo conf i rmou tudo o que fo i d i to pe la i rmã D. Moc inha .
Acrescentou, a inda , que se conver teu também o pe r seguidor Manoe l Eduardo
Cae tano. Agora , com a conversão des te s — André Rosa e Manoe l Cae tano,
o povo passou a respeitar o evangelho porque, como diziam, "eles têm agora
dois valentes...'.
Em sua entrevista, D. Mocinha recordou-se muito, também, do jovem Almir
dos Santos Gonçalves, que se batizou na mesma época que cia. Ele foi sempre
um dos acompanhantes do Pas tor Reno, no Estado do Espír i to Santo . "Era
muito bom moço", disse ela. Em 1981, depois de combater o bom combate e
acabar a carreira, o Dr. Almir Gonçalves foi receber o galardão dos f iéis.
Com muita razão, dizia a irmã Mocinha aos jovens: "Vocês, hoje, aceitam
o evange lho num mundo de f lores , mas nós o ace i tamos num mundo de dores" .
A irmã Celina V. Lustosa já recebeu sua coroa de glória, nos céus, por
sua v ida de te s temunho c r is tão aqui na te r ra .
Esta entrevista foi publicada originalmente em
Revista de Estudos Bíblicos
e Históricos, n. 2, em Camp os, no mês de jul ho de 1984, cuj o editor da mes ma
é o autor dessa obra.
130
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Capítulo VIII
PERÍODO DE PROGRESSO FINANCEIRO,
NO PRINCÍPIO, E DE DEPRESSÃO
FINANCEIRA, NO FINAL, COMO REFLEXO
DAS CONDIÇÕES MUNDIAIS (1919-1929)
A CORAGEM DOS BRAVOS MISSIONÁRIOS
Viajar pelo Estado do Rio de Janeiro, há 70 ou 80 anos passados, visitando
igrejas, principalmente pelo interior , era mesmo um sacrif ício para os missio-
nários. Que dirá, então fazer essas viagens há 100 anos passados
Para que se possa aqui la ta r a coragem daque les bravos miss ionár ios de
então , na r ramo s aqui exper iênc ias v iv idas por L .M.Bra tche r , miss ioná r io amer i -
cano, enviado ao Bras i l pe la Junta de R ichmond, que a tuou por c inco anos
no Estado do Rio. Essas experiências são narradas por ele mesmo, em seu livro
Mules Tales from Inland Trails (Histórias de Mulas nas Picadas do Interior) .
Foi na década de 20. Bratcher dir igia o Colégio Batista Fluminense (função
que exerceu de 1919 a 1923) e fazia, de vez em quando, incursões evangelísticas
pelo interior do estado.
Resolveu e le v ia ja r em companhia do incansáve l pas tor Cândido Ignác io
da S i lva , conhec ido por pas tor Candinho, na r egião em que t r aba lhava — Bana-
neiras, Lavras, Silva Jardim, Cabo Frio, etc . Certa feita , foi o pastor Candinho
quem plane jou o ro te i ro da v iagem. Acostumado que e ra àque las v iagens , f aze r
o que p lane ja ra e ra pa ra e le "ca fé pequeno" . Mas pa ra Bra tche r , o miss ionár io ,
se r ia "dose pa ra e le fante" , como se d iz popula rmente .
O incidente se dá em Bananeiras. Ap ós longa viagem a cavalo, chegaram
à vila , iniciando logo grandes atividades evangelísticas. O povo começa a descer
as montan has , aqui e a l i, pa ra ve r e ouvir o miss ionár io nor te -amer icano, aque le
homem alto e forte. Era gente que marchara muitas léguas (E uma légua tem
seis quilômetros ) , sequiosa para ouvir o evangelho. Algumas pessoas já estavam
só aguarda ndo o b a t ismo. Bra tche r ba t izou-as num cór rego e o f ez com mui ta
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alegria e emoção. Desde cedo se entregara à tarefa que lhe fora pedida: pregar
e batizar . À noite, cansado, é- lhe servido o jantar — pão feito de mandioca
e banana f r i ta .
O missionário não se queixara de coisa alguma. Tarde vão para a cama,
que era muito humilde. Estava exausto por ter pregado várias vezes e ter viajado.
Pensou, então, que não sentir ia a limitação da cama tão simples. Com certeza,
dormir ia bem, tendo o corpo tão cansado. Mas qua l não se r ia seu desaponta -
mento Mui to tempo após se deitar , sente que estão correndo pelo seu corpo
dezenas de pulgas. Parecia que elas tinham escolhido aquela noite para uma
grande fo l ia Bra tche r tentou agüenta r o quanto pôd e . Não quer ia da r mot ivo
para que o pastor Candinho viesse a zombar dele. Tentou matar algumas pulgas,
mexendo-se e remexendo-se na cama. Começou a r ir baixinho, pensando na festa
que as pulgas faziam no seu corpo.
De repente, Bratcher percebeu que Candinho estava, também, a se mexer
mui to na cama . Ele , que e ra homem acostumado a dormir naque las bandas
As pulgas não o r e spe i ta ram e pa rec ia que t inham vindo com força to ta l
As t r ê s horas da madrugada , Candinho não agüentou mais . Chamou o
miss ionár io , que , também, não dormira a té àque la hora , enf rentando as pulgas ,
sem dar o braço a torcer .
— Irmão Bratcher, está acordado?
— Como poderia eu dormir desse jeito? — respondeu Bratcher.
— Eu também a inda não pude dormir . É me lhor i rmos embora
— Mas como, agora?
— Sim. Nós sairemos pela janela, pegaremos os animais e , então,
diremos que precisamos sair mais cedo.
Foi o que f izeram. Pegaram as mulas e caíram na estrada. Era cansaço
sobre cansaço. Só tiveram, no dia anterior , uma xícara de café, pela manhã,
e nada ma is , a té a hora de dormir , quando lhe ofe rece ram pão de mandioca
e banana f r i ta .
Depois de v ia ja rem um pouco, Bra tche r f icou espe rando por a lguma pa rada
onde pudesse encontra r a lgo pa ra comer . Seu es tômago es tava " roendo" . "Eu
não e ra como Candinho, que podia comer um dia e passa r outros dois d ia s
sem comer, se necessário", dizia Bratcher.
O seu coração se encheu de alegria, quando chegaram a uma casinha onde
perguntaram se havia algo para comer.
— Somente banana , d isse o dono da casa .
— Quanto cus ta uma dúz ia?
— Dois vinténs.
— Então , me venda uma dúz ia .
"Jamais comi bananas tão gos tosas em minha v ida . Eram tão de l ic iosas ,
que até me esqueci de oferecer ao Cand inh o. Com i sozinho as doze Felizmente,
não me f ize ram mal . Também, nã o havia ma is coisa a lguma p a ra comer naque le
dia Era só banan a e nada ma is "
Bratcher narra outro incidente inesquecível:
"Durante os dez d ias em que es távamos v ia jando nas vá rzeas , a s e s t r adas
es tavam che ias de água , porque t in ha chovido d urante quase tod os aque les d ia s .
"Não sof r i nenhum ac idente , mas Candinho não fo i tão f e l iz quanto eu .
Ele sof reu um ac idente ocas ionado por uma mulhe r que es tava sentada no me io
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do caminho. Ela pa rec ia embr iagada . Recusava-se a sa i r do caminho pa ra que
pudéssemos passar . A mula de Candinho, que ia à frente, se espantou com a
tal mulher e , para desviar-se dela, tentou subir num barranco ao lado. Ao fazer
isso , t ropeçou e deu uma camba lhota , jogando Candinho ao chão. Foi grande
a sorte dele, pois a grama estava grande e macia. Se não fosse isso, ter ia saído
bem machucado. A mulhe r embr iagada , vendo o que causa ra , r e solveu sa i r do
meio do caminho para que a minha mula passasse. Eu passei sem problemas
e pus-me a r ir à toa."
Um ou dois anos ma is ta rde , Candinho não se r ia f e l iz como das outras
vezes. Cair ia e morreria , levando para o túmulo as marcas das quedas que tivera
na obra do Mestre.
Outro miss ionár io que passou, também, por mui ta s pe r ipéc ias , quando
de suas visitas às igrejas do campo fluminense, foi o Pr. A.B.Christie . Dos vários
incidentes por ele vividos nesse trabalho, narraremos apenas três.
N ' 0 Escudeiro Batista, de agosto de 1914, encontra mos :
"Este dedicado miss ionár io , Dr . Chr is t ie , do nosso campo, na sua
última viagem para a zona de Pádua, foi vítima de um desastre que
lhe ia custando a vida. É que o animal em que viajava jogou tanto
que fê-lo cair de cabeça para baixo, pelo que o nosso irmão f icou
um tanto machucado '
11
'
Em suas viagens, o grande amigo do missionário Christie era o seu burro,
a quem, ca r inhosamente , chamava dc "Diácono" . Mas nem sempre o animal
es tava de bom humor . Nar ra o Dr . Chr is t ie o d ia em que o bur ro "Diácono"
lhe a r ranjou "um mau negóc io" :
"Disse ram que o i rmão que es tava comigo poder ia vol ta r pa ra casa .
E que eu tinha somente que percorrer a colina e descer do outro
lado, e estaria em Friburgo, em minha casa. Quando atingi o cume
da montan ha , começou a chover e o "Diá con o" emp acou. N ada
o fazia andar. O vento era tanto que rasgava o meu guarda-chuva,
e a minha capa de borracha quase de nada valia . Desci e cortei uma
vara para bater no animal. Bati- lhe, mas ele nem se moveu do lugar.
Bati novamente, e ele deu um coice tão forte no meu tornozelo, que
cotou a minha pesada bot a . Sent i mui ta dor e quase desmaie i . Depois
de a lguns minutos , puxando da pe rna , monte i no bur ro e e spe re i
que resolvesse ir embora. Passava de meia-noite quando cheguei em
casa. Minha senhora estava-me esperando e ajudou-me a tirar as botas
cheias de água. Uma delas estava cheia de água misturada com sangue.
Minha esposa quase desmaiou e supl icou-me que não andasse ma is
no "Diácono" . Essas v iagens e ram á rduas . Mas eu as amava . Amava
o t r aba lho. E cont inue i na jornada , mesmo quando a lgumas vezes
as viagens eram árduas e dif íceis." '
21
O Dr . Chr is t ie t inha , também, o senso da re sponsabi l idade da obra que -
Ihe estava afeta. Não deixava de ir a qualquer lugar onde houvesse tratado de
i r . Até mesmo com mui ta chuva , ou tendo a lgum membro da famíl ia doente .
Cer ta f e i ta , e le t inha marcado uma viagem a Conce ição de Macabu. Sua
filha Margarida, que estava com um ano de idade, estava bem doentinha. Embora
sentindo muita dor, por ter de deixar a f ilha assim naquele estado, Christie partiu
133
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para fazer o trabalho e cumprir a obra do Senhor. F.ra uma viagem bem longa.
Naque le tempo, os t r aba lhos cos tumavam te rminar bem ta rde . Algumas vezes ,
eram feitas duas ou três pregações durante a noite . H, quando não eram as
pregações, eram as festas sociais que costumavam realizar . Naquele dia, só foram
dar cama ao miss ionár io lá pa ra as duas horas da madru gada . Enqu anto Chr is t ie
dormia, entrou no quarto um crioulo e deitou-se ao seu lado, na mesma cama,
pondo os pés para a cabeça do Dr. Christie . Desde quando saíra de sua casa,
Christie estava muito preocupado com a enfermidade de sua f ilhinha, Não pensava
noutra coisa. Depois de orar , pôs-se a dormir . Após um ligeiro sono, ei- lo agar-
rando as pernas do crioulo descalço, querendo beijá-las, na esperança de que
fosse sua f ilhinha. O crioulo logo gritou: "Que é Dr., que é?". O Dr. Christie ,
então, acordou e verif icou que estava sonhando. As preocupações o faziam sonhar
assim.. .
C O N S T R U Ç Ã O D E T E M P I X ) S M A I O R E S N A D É C A D A D E 2 0
No início do trabalho batista , as igrejas não tinham condições f inanceiras
para erigir templos espaçosos, capazes de acomodar bem os seus membros e
visitantes. Em sua maioria, reuniam-se em casas alugadas, em salões próprios
ou pequenos templos , que ma is se a ssemelhavam a sa lões pa ra i sso adaptados .
Havia igrejas, até , que foram organizadas não tendo nem casa para se reunir .
O Pr. Elias Portes Filho escreveu sobre uma igreja que se reuniu, durante três
meses, debaixo de árvores, até que conseguiu um salão, muito simples, para
ser usado como sua sede.
O t r aba lho do Senhor começa sempre a ss im: humilde e s imples . Mas não
se conforma à ausência de progresso, à falta de crescimento. Assim é que, na
década de 20, houve um despertamento entre as igrejas do Estado do Rio de
Janeiro, no sentido de serem erguidos templos maiores e mais condizentes com
a obra do Senhor . Dessa forma , durante o pas torado do Pr . Manoe l Ave l ino
de Souza, a Primeira Igreja Batista de Niterói inaugura, no dia 17 de abril de
1921, um belo templo. Um ano depois, no dia 29 dc abril de 1922, a Igreja Batista
de Pádua inaugura, também, o seu templo. E, no dia 3 de maio de 1923, a Igreja
Batista de São Fidélis vê inaugurado o seu templo, que recebeu a 17a. Assem-
blé ia da Convenção Ba t is ta F luminense naque le ano.
(1)
INSTITUTO BATISTA FLUMINENSE
Foi uma grande bênção para o progresso da obra do Senhor a instalação
do Instituto Batista Fluminense. Suas atividades eram realizadas nos períodos
de férias e costumavam durar duas semanas. Algumas vezes, realizou-se, também,
durante o mês de março, alcançando o ano letivo. O promotor desse curso era
o secretário-executivo do campo. Durante a gestão do Pastor José Joaquim da
Silveira, dedicado obreiro, que se entregou de corpo e alma à sua função dc
secretário-executivo, o Instituto Batista Fluminense recebeu grande impulso.
A finalidade desse Instituto era oferecer aos líderes das igrejas, impedidos
de progredir pe lo pouco conhec imento in te lec tua l que possuíam, e sem acesso
aos grandes centros, o treinamento necessário para a sua atuação na igreja local.
Os professores recrutados pelo Pastor Silveira eram pastores co m ex periência
134
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no treinamento de membros de igrejas e que estavam em dia com os manuais
que regiam a e s t ru tura denominac iona l .
O curso do Instituto se resumia no estudo de livros e manuais batistas,
tais como: O que Crêem os Batistas, C omo Ganhar Almas, A Doutrina do E spí-
rito Santo, De Abraão a Malaquias, Nossas Doutrinas, O Lar Cristão, As Igrejas
do Novo Testamento, A Suprema Conquista, Ensina-nos a Orai; Paixão Pelas
Almas, De Belém a Patmos, E sboço de História Bíblica, Lottie Moon, Treina-
mento dos Membros da Igreja, Manual da União Geral, O Departamento de
Primários, Palestra com a Classe Normal, Pescadores de Almas, Não Sou Meu,
O Líder dos Intermediários, e outros. Além dos conhecim entos teológicos básicos,
oferecidos pelos estudos de tais livros, o curso ministrava, também, noções de
por tuguês prá t ico .
O Instituto se realizava anualmente no Colégio Batista de Campos. Durante
um ce r to pe r íodo, o P rofessor José Joaquim da S i lve ira , juntam ente com outros
professores, passavam uma semana em outras regiões, ministrando o curso, através
do ens ino de a lguns dos l ivros que compunham o cur r ículo . O Ins t i tu to , em
Campos e em outras regiões, era visitado pelo colportor Cícero Góspeller que,
desde 1925, oferecia para venda os livros comprados na Casa Publicadora Batista ,
hoje JUERP, aos l íde res que f r eqüentavam o cur so .
Naque le tempo, de mui ta pobreza e s impl ic idade , os a lunos se hospedavam
em sa las dos templos , dormindo em es te i r a s que e ram colocadas nos bancos ,
ou mesmo no chão as quais, pitorescamente, foram chamadas pelo Pastor Virgílio
Far ia de "mapas" dos a lunos .
Embora tão limitados em recursos, o fàto é que os Institutos, realizados
em igrejas tão carentes de liderança melhor preparada, trouxeram grande contri-
buição pa ra o doutr inamento dos c rentes daque le tempo.
E S C O L A D E V E R Ã O
Uma ent idade que ve io também contr ibuir pa ra o desenvolvimento da obra
do Senhor no campo f luminense fo i a denominad a Escola de Verão.
"Fundada em 1923 pe la Junta do Colégio e Seminár io do R io , A
instituição assim estendeu as suas atividades de tal modo a servir
à causa geral da instrução, especialmente pelo preparo sólido de
pastores, evangelistas, professores de escolas anexas e colégios primá-
rios e secundários, c bem assim professores e professoras das Escolas
Dominica is c outros obre i ros , proporc ionando- lhes o pr iv i légio de
cursar com lentes experimentados desse estabelecimento sem deixar
a atividade de seu trabalho permanente". '
1
»
A Escola de Verão se reuniu, por muitos anos, em Friburgo. Havia o curso
teológico, o curso pedagógico e os cursos rápidos, além do curso normal das
Escolas Dominica is , onde adotavam mui to bons l ivros , como As Sete Leis do
Ensino, de M.Gregory, o Manual Normal, e outro s.
No primeiro ano do curso da referida escola, estudaram 20 alunos do campo
fluminense e alguns do antigo campo federal. O curso se realizava durante todo
o mês de janeiro e ia até meados de fevereiro. Era intensivo.
135
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O c o r p o d o c e n t e e r a o q u e d e m e l h o r s e p o d i a d e s e j a r . C o m p u n h a m - n o
d o cen tes d a es t i rp e d o s Drs . A .B .Lan g s to n , T .B .S to v er , W .E.AI len , E .A. J ack so n ,
A.B .Ch r i s t i e , S .L .W at so n , o p as to r A n tô n io Ch ar l es e a p ro fes so ra Ed i th Al l en .
Do s a lu n o s q u e s e mat r i cu la ram e , mai s t a rd e , s e fo rmaram, d es tacamo s
o n o me d o s s eg u in tes p as to res : Jo aq u im Ro sa , Man o e l d e Br i to , Jo sé Jo aq u im
d a S i lv e i ra e Vi rg í l io Far i a . Es tes q u a t ro o b re i ro s v ie ram a rea l i za r g ran d e o b ra
n a l id e ran ça d o camp o b a t i s t a f lu min en se .
O R G A N I Z A Ç Ã O D A S A S S O C I A Ç Õ E S
Sen t iu -se q u e , p a ra melh o r p ro g red i r o t rab a lh o b a t i s t a n o to r rão f lu min en se ,
s e r i a d e b o m a lv i t re c r i a r a s so c iaçõ es em v ár i as reg iõ es d o es t ad o . A as so c iação
fa r i a in c remen ta r o re in o d o Sen h o r e d a r i a o p o r tu n id ad es d e t rab a lh o a mu i to s .
Fe i to s o s es tu d o s , fo i o Es tad o d o R io d iv id id o em c in co reg iõ es . As as so -
c iaçõ es p io n e i ras s ão a s s eg u in tes :
Norte,
co m o n ze ig re j as ;
Centro,
co m d ezo i to ;
Macaense,
c o m q u i n z e ;
Baixada,
co m d ez e
Paraibana,
co m o n ze .
A q u e p r imei ro s e o rg an izQu fo i a
Paraibana.
A so len id ad e d e in s t a l ação
d a as so c iação s e d eu n o d ia 2 7 d e o u tu b ro d e 1 9 2 3 , n a casa d e cu l to s d a Ig re j a
Bat i s t a d e Sap u ca ia , co m v in te e o i to men sag e i ro s q u e v ie ram d as ig re j as d e
Barão d e Aq u in o , D u as Barras , Ap arec id a , Pa lmi ta l , Sap u ca ia , En t re R io s , Para íb a
d o Su l , Va len ça , Bar ra d o P i ra í , No v a Ig u açu e P ião .
A
Associação Norte
fo i o rg a n izad a n o d ia 25 d e j an e i ro d e 1 9 2 4 , co m
a Ig re ja d e Camp o s . F i l i a ram-se a e l a 1 2 ig re j as .
A
Associação Centro
s e o rg an izo u em Po r te l a , n o d ia 2 1 d e março d o
me smo an o , co m 1 8 ig re j as . Fo i a as so c iação q u e co meço u co m maio r n ú mero
de igrejas .
A Associação Baixada-Eíuminense
fo i orga nizad a em Niterói , com 11 igrejas
a ela fi l iadas .
A
Associação Macaense
fo i a ú l t im a d as c in co p r imei ras as so c iaçõ es a
se o rg an iza r . Su a fu n d ação s e d eu n o d ia 1 2 d e ju lh o , n a Ig re j a Ba t i s t a d e Óleo ,
com 15 igrejas .
Secretários Regionais
Imp u l s io n ad as p e lo id ea l d e c resc imen to , cad a as so c iação e l eg eu lo g o u m
secre tá r io - reg io n a l . Fo ram e les :
Asso c iação No r te : F id é l i s Mo ra les Ben tan cô r
A s s o c i a ç ã o P a r a i b a n a : J o a q u i m R o s a
Asso c iação Cen t ro : Ero d ice d e Qu e i ro z
Asso c iação d a Ba ix ad a : Jo sé d a S i lv e i ra
Asso c iação Macaen se : Man u e l M. d e Br i to
A f in a l id ad e p r in c ip a l d a c r i ação d o ca rg o d e s ec re tá r io - reg io n a l e ra ' ' a liv i a r
o s ec re tá r io -es t ad u a l d o ex ces so em su as resp o n sab i l id ad es , e sp ec ia lmen te a
resp e i to d e v iag en s , o rçamen to s , re l a tó r io s e n a ed i f i cação e t re in amen to d as
ig re jas " .
O Escudeiro Batista,
em o n ú m ero d e s e t emb ro d e 1 92 3 , d ec la ro u : " Ben d i t a
a h o ra em q u e s e p en so u em d iv id i r o Camp o Bat i s t a F lu min en se em as so c iaçõ es
reg io n a i s , ab en ço ad o o o b re i ro q u e s e es fo rço u e p ô s em ev id ên c ia o q u e su a
m e n t e e s b o ç o u " .
( 1 )
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P R I M E I R O S P R O B L E M A S A S S O C I A C I O N A I S
Joaquim Fernandes Ix:ssa registrou:
"Estas a ssoc iações e ram uma novidade na organização ba t is ta bras i -
leira, e deram um grande impulso e ânimo geral ao trabalho no estado.
Porém, era dif ícil fazer-se compreender que não eram convenções,
nem es tavam subordinadas à convenção es tadua l , ou que e ram para
alguns, organizações tão independentes que chamaram para si o direito
de controlar as igrejas dentro dos seus limites terr itoriais, como bem
quisessem. Só se aprende por experiência. E as associações tendiam,
ora pa ra o to ta l i ta r ismo, ora pa ra a ana rquia como nul idade . Os
ba t is ta s e ram mar inhe iros de pr ime ira v iagem que se de ram ao mar
com todas a s ve las içadas e desf ra ldadas , e spe rando que Deus os
a judasse a té que chegassem ao por to dos ace r tos . ' "
A IG R E J A B A T IS T A D O P I Ã O É D E S F R A T E R N I Z A D A
P O R A L G U N S A N O S E R E T O R N A E M 1 9 2 3
A Igreja Batista de Pião, no município dc Teresópolis, foi organizada no
dia 21 de dezembro de 1904, com 53 membros. O conselho que a organizou
era composto do Pas tor A.B .De te r e os i rmãos A.Gomes Lea l , Pedro Sebas t ião
Barbosa , M.L.Monte i ro e João D. Machado.
O Pastor A.B.Deter pastoreou aquela igreja até o f inal de 1905. Depois
de sua saída, a igreja resolveu empossar como seu pastor o Sr. José Carneiro
Fonseca, no dia 8 de fevereiro de 1906, "sem a devida imposição das mãos do
presbitério, cirscunstância essa agravada com o fato de ser ele excluído da Igreja
de Niterói". '" Por ter tomado tal atitude, a igreja foi, segundo o que diz
J.F.Lessa, em seus Subsídios, "desf ra te rn izad a pe las igre ja s v iz inh as" '
2
'.
Em 1? de março de 1908, o Sr. José Carneiro Fonseca foi desligado da
membresia da Igreja Batista do Pião, tendo, então, deixado o pastorado da mesma.
Ainda , segundo o h is tor iador J .F .Lessa , em seus Subsídios, "o e spí r i to
separa t is ta que nasceu na Igre ja Ba t is ta do Engenho de Dentro [hoje , Segunda
Igre ja Ba t is ta do R io de Jane i ro] , a la s t rou-se pa ra o in te r ior do es tado" . '
3
'
A Igreja Batista do Pião só voltou a cooperar com a convenção em 1923,
tornando-se, então, operante. Veio a ter à sua frente obreiros corno os pastores
João Te ixe i ra de Lima e Ass is Cabra l , ambos tendo a tuado em f ins da década
de 30.
P E R S E G U I Ç Õ E S E M S Ã O F R A N C I S C O D E P A U L A
São Francisco de Paula, município de São João da Barra, era lugar gran-
demente hostil ao evangelho. Os católicos romanos, instigados pelo clero, que
desfechou terr ível campanha contra os crentes ali, se utilizavam de todos os meios
que podiam para desmoralizar e enxotar dali os evangélicos.
Tal era o vulto das perseguições, que, em certa feita , um grupo de fanáticos
invadiu a Casa de Oração, tratando de incendiar tudo o que ali havia. Dos móveis,
só sobrou um banco, mui to que imado, que , a té a lguns anos a t r á s , pe rmanec ia
guardado, como que a recordar aos crentes as perseguições por eles sofridas.
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Mesmo que tentassem, os crentes não conseguiram organizar , naquela vila ,
a igreja que desejavam. Tais eram as perseguições sofridas na localidade de São
Francisco de Paula, que eles se viram obrigados a passar a se reunir no local
conhec ido como "Fazendinha" , que d is tava t r ê s qui lômetros da v i la . Al i conse -
guiram erguer um templo, onde cultuavam ao Senhor sem receberem os maltratos
de antes.
A igreja ali organizada, em 20 de abril de 1924, com vinte e oito membros,
tomo u o nom e de Igreja Batista de Cacimbas . Vários irmãos, que hoje são pastores,
foram membros daquela igreja. Entre eles, os pastores Manoel Bento da Silva
e Valério Gomes.
Passados mais de 50 anos, pôde ser construído o templo em São Francisco
de Paula , t r ansfe r indo-se pa ra aque la v ila a igre ja organizada na "Fazen dinha" .
A G R A N D E C A M P A N H A
Com o nome de "Grande Campanha" , fo i lançado, em 1919, um grande
movimento com a f inalidade de atingir alguns alvos evangelísticos e f inanceiros.
Ao Campo Ba t is ta F luminense , cabia a r recadar a "quant ia de 620 contos
de réis, de 1920 a 1924".
O Dr. A.B.Christie , no entanto, ponderou que, embora esse alvo fosse prepa-
rado pela comissão do Rio, os irmãos f luminenses deveriam se esforçar para
preparar um alvo bem mais alto. Assim, foi o alvo elevado para 943.000S000,
pa ra se r a t ingido durante o qüinqüênio da Grande Campanha .
O Dr. Adrião Bernardes, que era do Recife, era o encarregado de promover
a propaganda do movimento nas igrejas. De modo que ele e o Pr. Manoel Avelino
de Souza visitaram muitas igrejas no afã de levá-las a se conscientizarem de
que os alvos deviam ser atingidos.
Nesse pe r íodo da Grande Campanha foram organizadas M igrejas, houve
3.800 batismos, construíram-se 32 casas de culto e ultrapassado foi o alvo de
943.000S000, pois chegaram a 1.404.124$977. Foram consagrados ao ministério
14 pas tores . Houve um aumento l íquido de 2 .451 membros .
Lessa afirma que foi maravilhoso o progresso do Campo Batista Fluminense
com o movimento da Grande Campanha .
C A I X A D E B E N E F I C Ê N C I A D O S O B R E I R O S
Em assembléia convencional, realizada em São Fidélis, no ano de 1923,
foi organizada a Caixa de Beneficência dos Obreiros da Convenção Batista
Fluminense.
Surgi ra e s ta ent idade , com o resul tado d o que presenc ia ram a lguns i rmãos
com o falecimento do consagrado obreiro, Pr . Leonel Eyer, que acontecera no
mês de janeiro daquele ano. Morreu bem jovem aquele obreiro, deixando para
sua família apenas um grande nome, como dedicado e zeloso servo do Senhor.
Financeiramente, deixara em situação dif ícil sua viúva.
Para a Caixa de Beneficência dos Obreiros da CBF, passaram a contr ibuir
os pastores que dela se faziam sócios, através de contr ibuição dada, pessoal-
mente, ou através de suas igrejas.
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Acentua Joaquim Fernandes Lessa :
"Foi um começo, apenas, mas um princípio que deverá crescer e esti-
mular o coração dos interessados. Era, por ora, local, limitando-se
aos obreiros dc um estado da Federação Brasileira. Mas era a porta
aberta para se tornar nacional, para arregimentar todos os obreiros
do Brasil, de norte a sul. Esta organização, conquanto fosse local,
não fechou a porta a obreiros de outros campos. Tornou-se, assim,
precursora de oraganização nacional, que, de fato, se deu mais tarde.
A diretoria da Caixa de Beneficência compõe-se dos seguintes irmãos:
presidente — Manoel Avelino de Souza; primeiro-secretário — L eobino
R, Guimarães ; segundo-sec re tá r io — Joaquim Rosa ; te soure i ro —
A.B.Chr is t ie . " '
1
'
C O N V E N Ç Ã O B A T I S T A F L U M I N E N S E
Com o correr dos anos, chegou-se à conclusão dc que se deveria criar a
Convenção Ba t is ta F luminense . Foi quase só mudar o nome .
No dia 6 de maio de 1923, por ocasião da reunião anual da Associação
Batista Fluminense, na Igreja Batista de São Fidélis, foi votado, solenemente,
que a Assoc iação passasse a denominar - se "Convenção Ba t is ta F luminense" .
Nessa época, o campo fluminense contava com 67 igrejas.
Nova fase de t r aba lho é inaugurada , pois , mui tos p lanos , v isando ao desen-
volvimento do trabalho em geral, são delineados. Os trabalhos já existentes sofrem
modif icações com o f i to de a tenderem "a os r ec lamos do seu desenvolvimento" .
U N I Ã O D O S O B R E I R O S D O C A M P O B A T I S T A F L U M I N E N S E
Ocorre u no dia 16 de janeiro de 1929, no Salão N obre do Co légio B atista
F luminense , em Campos, a organização da União dos Obre i ros do Cam po Ba t is ta
Fluminense. Para presidir tal organização, foi escolhido o Pr. Joaquim Fernandes
Lessa. A finalidade da entidade era congregar os pastores e evangelistas para,
juntos , e s tuda rem como melhor desenvolve rem suas r e sponsabi l idades e como
fazer progredir o trabalho do Senhor.
Naque la época , a tuavam como evange l is ta s mui tos se rvos do Senhor que ,
mais tarde, vieram a ser consagrados ao ministério. Não podemos deixar de regis-
t r a r a lguns nomes daque les ze losos obre i ros que , com grande amor , a juda ram
a erguer a obra que é hoje o campo batista f luminense: A.B.Christie , J.F.Lessa,
Joaquim Coe lho dos Santos , José Joaquim da S i lve i ra , Joaquim Rosa , Joaquim
Mar iano, A ntônio Mora les Bentancôr , F idé l is Mora les Be tancôr, Antô nio Soares
Ferreira, Virgílio Faria, Elias Portes Filho, Ubaldino Faria de Souza, Alberto
Lessa, Joaquim Alfredo Reis, Leobino da Rocha Guimarães, Manuel Avelino
de Souza .
Vár ios f a tores inf lu í ram na cont inu ação do t r aba lho da U nião de Obre i ros
do Campo F luminense . Infe l izmente e ssa organização se d issolveu. Graças ao
Senhor, porém, o trabalho feito por esses servos de Deus não sofreu solução
de cont inuidade . Cont inuou sendo abençoado por Deus e , como se vê adiante ,
é instituída, anos mais tarde, organização similar , para assistir os pastores do
campo.
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D E P R E S S Ã O , E N D I V I D A M E N T O E D E S Â N I M O
O final da década de 20 trouxe para o Brasil uma grande depressão f inan-
ceira. O grande economista, Josué Furtado, escreve:
"A grande acumulação de e s toques de 1929, a r ápida l iquidação das
reservas metálicas brasileiras e as precárias perspectivas de f inancia-
mento das grandes safras previstas para o futuro aceleraram a queda
de preço in te rnac iona l do ca fé in iciado conjun tamente com a de todos
os produtos pr imár ios em f ins de 1929" .
(l)
Tal foi a crise, que, para ver se conseguiam fazer subir o preço do café, os
ca fe icul tores usavam do expediente da que ima do grão . Ass im, tone ladas e
mais tone ladas de ca fé foram que imadas; mas nada se conseguiu do que se
esperava.
Como o ca fé e ra o for te no Estado do R io , pr inc ipa lmente na zona nor te ,
os habitantes dessas e de outras regiões, se transferiram para outras regiões do
país. Era o começo do grande êxodo rural. Muitas famílias trocaram a roça pelos
centros urbanos e loca is próximos a e sses, form and o o que o soc ió logo Gi lbe r to
Freyre denominou ruriurbanismo.
Com o acentuado êxodo começado no pe r íodo re fe r ido , c que se fo i e s ten-
dendo pe los anos subseqüentes , mui ta s igre ja s foram perdendo m ui tos m embros .
Igrejas como a de São Luis, na região Norte, e a de Bananeiras, na Associação
Be te i , que t inham centenas de membros , f ica ram quase desoladas com a sa ída
da maioria de seus membros para outras localidades, em busca de serviços para
se mante rem. A Igre ja Ba t is ta de Miraccma , que havia exper imentado u m grande
desenvolvimento , em pouco tempo, chegando a ba t iza r pe r to de 100 pessoas
em um ano, f icou mui to aba lada com a c r ise do ca fé . Mui tos de seus membros
trabalhavam nas propriedades onde o cultivo do café era o forte, e , para sobre-
viverem, tiveram que procurar outras paragens. Pastoreava-a, nesse período, o
Pr. Antônio Soares Ferreira, que foi obrigado a deixá-la e assumir o pastorado
da Igreja Batista de Portela.
Com a d iminuição de membros , em mui ta s igre ja s , ve io, r apidamente , como
conseqüênc ia , ce r to desânimo. Com o desânimo espi r i tua l , ve io também o
desânimo na participação eclesiástica e, conseqüentemente, na participação f inan-
ce i ra . Decor reu da í um per íodo de endividamente dentro da denominação.
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Capítulo IX
— INÍCIO DA ORIENTAÇÃO PRÓPRIA E
REAVIVAMENTO (1930-1941)
C U R S O D E E X T E N S Ã O
Dcnominava-se Curso dc Extensão o ens ino ofe rec ido, durante a s f é r ia s
de julho, em Italva, aos pregadores leigos que não tivessem feito o Primeiro
e o Segundo Graus .
O n o m e extensão advinh a do fa to de o cur so ser minis t r ado em nom e
do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Funcionava nas dependências
do templo da Igreja Batista Central de I talva, que, na época, era pastoreada
pelo Pr. Virgílio Faria.
Seu pr ime iro d i re tor fo i o Dr . H.H.M uirhe ad, home m de vas ta exper iênc ia
no ensino teológico c autor de várias obras, sobressaindo-sc, entre elas, a
História do Cristianismo, prep arad a em três volumes.
Subs tituiu-o o missio nário J.L. Riffey, que esteve na direção desse curs o
de 1938 a 1955. Além de dir igi- lo, o Dr. John Riffey ministrava as matérias de
que se compunha o curso. No início, o Dr. Riffey era professor de muitas disci-
p l inas . Vez por outra , porém, conseguia que a lgum professor do seminár io o
auxiliasse, pelo menos, em algumas palestras.
(I)
A Z O N A N E U T R A
Era assim que os batistas f luminenses chamavam a região sul do estado,
onde, até o ano de 1939, não havia qualquer igreja batista organizada.
Mas agora , o c la r im soa ra Era a conc lamaçã o pa ra o despe r tamento do
povo ba t is ta f luminense que podia , então , contempla r , naque la r egião , magní-
f ica oportunidade de evangelização. Ali estava um grande desafio, um grande
potenc ia l : a ins ta lação da Com panh ia S ide rúrgica Nac iona l , em Vol ta R edonda ,
o que t r a r ia também grande desenvolvimento pa ra toda a zona sul f luminense .
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Os batistas do estado ouviram o soar do clarim e decidiram fincar as
estacas e estender as cortinas do evangelho ali, como apregoava o profeta Isaías.
Na assembléia convencional, realizada em Campos, em 1937, foi nomeado
um missionário para cuidar da evangelização no sul do estado. O escolhido para
ocupar esse cargo foi o Pastor Elias Portes Filho. Nesse ínterim, morreu-lhe
a esposa querida, irmã Laura Portes. O Pastor Portes f icava viúvo, com quatro
filhos — três meninas e um menino. E agora, o que fazer?
O missionário A.B.Christie se propôs a ajudá-lo. Os f ilhos foram colo-
cados no in te rna to do Colégio Ba t is ta F luminense , em Campos. Deste modo,
com a cooperação f inanceira do missionário Christie e o auxílio do Colégio
Batista , estariam os f ilhos recebendo a assistência necessária.
Quem Era Elias Portes Filho?
Elias Portes Filho foi ordena do ao M inistério d a Palavra no dia 10 de-
agosto de 1920. Quando fo i nomeado miss ionár io pa ra o su l do Estado do R io ,
já era bem conhecida a sua experiência pastoral, uma vez que havia exercido o
pastorado das seguintes igrejas: Miracema, São Gonçalo, Barra do Piraí,
Maricá, Águas Claras, Liberdade, I taperuna, Bom Jesus. Era obreiro capacitado,
idôneo e com longa experiência como evangelista .
Foi da Igreja de Bom Jesus que ele saiu para ser missionário na "Zona
Neutra". Nessa igreja, ele passara dez anos, realizando ali profícuo ministério.
Apó s 19 ano s de exercício pastoral, sai do norte par a o sul do estado, região
bem diferente daquela em que, até então, atuara. Ao chegar ao novo campo,
o missionário Elias Portes Filho, como ficou sendo chamado, escreveu:
"Sa ímos do nor te pa ra o su l do Estado do R io . Foi a tendendo a
um impera t ivo da causa de Deus . Desde há mu i to que se vem p ensan-
do na necessidade de se completar a evangelização do Estado do Rio
de Jane i ro . E a Junta Es tadua l r e solveu t r ansformar em rea l idade
este pensamento. Por isso nos designou. E já estamos a postos.
Queremos agir sem perda de tempo. Todavia, o resultado desse
trabalho, não sabemos quando vai aparecer. Se cedo ou tarde.
Sabemos, porém, que o sucesso depende de nosso esforço com a
bênção de Deus. Temos que viver. Temos que proclamar. Temos que
evangelizar , a grandes e a pequenos. Sou batista , e , como tal, creio
na doutr ina da e le ição . Da í , nenhuma i lusão nutr imos: o evangelho
épara todos, m as nem todos são para o evangelho. A tarefa é dif ícil,
não re s ta dúvida . Mas não é minha , apenas , senão de todos os ba t is -
tas do estado, de quem espero a cooperação franca e leal. O que
queremos é a s impa t ia de todos . É a contr ibuição m one tá r ia pa ra
que a junta possa sus tenta r o t r aba lho, a té ao tempo de sua f ru tes-
cênc ia . E nessa concepção, ent ra remos no t r aba lho."
(1)
O impertérr ito missionário se entregou de corpo e alma ao afã de evan-
gelizar toda a extensa região.
O t r aba lho va i se desenvolvendo paula t inamente . Os pr ime iros pontos de
pregação são organizados. Desenvolvem-se estes e tornam-se em congregações.
Ao lado da evange l ização, o miss ionár io procedia ao doutr inamento . Era
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doutr inador -or todoxo. Cr ia que só com uma base bem sól ida o t r aba lho podia
pe rmanecer .
Dois anos de trabalho intenso e c organizada a primeira igreja da região,
na cidade dc Resende, no dia 27 de julho de 1941, contando, então, 18 membros.
O concilio, ou conselho, como se chamava na época, se compôs dos seguintes
pastores: José Jaoquim da Silveira, Cantanilo H.Pinto, A.B.Christie , J.J.
Cowsert, T.B.Stover, Elias Portes Filho e Augusto F.Costa.
O Pastor Elias Portes Pilho foi o pastor convidado e dir igiu o rebanho
até 07 de julho de 1944, quando entregou o pastorado ao Pastor Benedito Peça-
nha, que veio a se tornar um grande obreiro nessa região.
Após a organização da Igreja Batista de Resende, seguiu-se a organização
das seguintes igrejas: Mangaratiba, no dia 12 de janeiro de 1941, com 18 mem-
bros. Volta Redonda, no dia 20 de setembro de 1942, com 27 membros, tendo
o Pas tor El ia s Por te s F i lho pas toreado a mesma , po r a lguns meses, a té emposs a r
o Pasto r W alvique Soares, no dia 07 de fevereiro de 1943. Piraí, que se organizou
no dia 26 de novembr o de 1944, com 13 mem bros. B arra Man sa, no dia 24 de
abril de 1945, com 25 membros.
Depois de uma décad a de t r aba lhos miss ionár ios desenvolvidos pe lo Pas tor
Elias Portes Filho, nessa região, ele escreveu e publicou no órgão oficial da
convenção es tadua l um a r t igo sob o t í tu lo "As Vi tór ia s do Traba lho M iss ionár io
na Zona Sul". Um belo artigo sobre como Deus realizou sua obra ali:
"Vai fazer em maio próximo dez anos desde de que se iniciou o
trabalho de evangelização da zona sul. Essa região a que nos propu-
semos evangelizar era, até então, distinta e singular para os batistas
fluminenses. Distinta, porque achava-se separada como "zona neutra";
e singular , porque f icou sem o trabalho dos batistas até aquela data.
"Foi na segunda quinzena de maio, do ano de 1939, que f izemos
a nossa primeira viagem de inspeção evangelística. Nesse itinerário,
chegamos à conclusão de uma coisa: nossa tarefa seria , realmente,
um começo dif ícil de trabalho.
"N o entanto , passados e sses nove anos , o que pa ra nós , naque le tem-
po, e ra uma in te r rogação, um sonho, uma espe rança , hoje é uma
rea l idade concre ta . Podemos a f i rmar , com sa t is fação: o t r aba lho de
Deus , pe los ba t is ta s , e s tá e s tabe lec ido também na região sul -
- f lumin ense.
"Recapitulemos, agora, as vitórias desse trabalho. Primeira vitória:
proteção de Deus. Essa não nos faltou, em nenhum instante. Veri-
f icamos, desde logo, que o t r aba lho e ra promovido sob a providênc ia
divina. Isso, pela maneira como as portas se nos abriam, e como
as autoridades regionais e municipais nos recebiam. Um deles chegou
a me dizer: 'A polícia está às suas ordens' . Um outro disse aos seus
subordinados: 'Façam tudo pa ra que es te s homens não se jam desfe i -
tiados aqui' . Foi no tempo do governo ditatorial. Não havia liberdade
política, mas a religiosa nos foi assegurada. Outro sinal da sanção
divina ao nosso trabalho foi a oposição secreta, sistemática e persis-
tente que Satanás nos fez.
"Segunda v i tór ia : o apoio do nosso povo — os batistas fluminenses.
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Esse apoio , que r mora l , que r f inance i ro , também não nos f a l tou .
Sem ele, nos seria muito dif ícil manter-nos nesse trabalho.
"Terceira vitória: articulação de elementos nossos por batismos e car-
tas demissórias, em congregações e igrejas. Essa vitória nos foi dada
nos nossos primeiros esforços evangelísticos. O primeiro ato de batis-
mo fo i em Mangara t iba . O segundo fo i em Ser ra d 'Água , e s tando
presente o saudoso irmão Ângelo Manzolilo. O terceiro foi em Piraí.
E o quarto foi em Resende. Assim por diante.
" Q u a r t a v i t ó r i a: encaminhamento de obreiros. Não obstante ser essa
região a menor e mais nova do campo fluminense, creio, em relação,
se r a que conta o ma ior número de obre i ros . Não se contand o Bar ra
c Valença, somos seis, se não me engano. Afora os obreiros anônimos
que são os crentes convertidos, sem os quais pouco se poderia fazer
na Seara.
"Quinta v i tór ia : consolidação do trabalho. Essa vitória está em meio.
O nosso f ito é ver que as igrejas que se vão organizando se f irmem,
a lcançando o sustento próprio, pela prátic a do dízimo. E estão
marchando pa ra e sse a lvo .
"Sexta v i tór ia : aquisição epatrimônio. O trabalh o, em vários lugares,
iniciou-se sem casa e sem equipamento. Em Resende, por exemplo,
reunimo-nos, por uns dois meses, debaixo da copa de uma mangueira.
Hoje , porém, vá r ia s igre ja s da zona sul já possuem seu pa t r imônio .
Entre elas, a Primeira Igreja de Volta Redonda, Piraí, Resende, que
já contam com órgão, mobília , etc . É verdade que outras, como Barra
Mansa , Angra , Mangara t iba , pe rmanecem a inda em casa a lugada .
"Gra ças a Deus por tudo quanto no s tem dado, no seu t r aba lho,
no sul - f luminense ."
(2>
SS B L A N C H E S I M P S O N E A E D U C A Ç Ã O
R E L I G I O S A E T E O L Ó G I C A
Após te r passado dez anos no Estado do Espír i to Santo , a miss ioná r ia
Blanche Simpson passou a atuar em nosso estado em janeiro de 1939.
Miss S impson t r aba lhou como i t ine rante da União Feminina do Estado
do Rio. Nessa função, realizou institutos bíblicos promovidos pelas igrejas das
diversas associações, e o instituto estadual, que se realizava anualmente no Colé-
gio Batista Fluminense. Escolhida como secretária-executiva da UFMB do campo
fluminense, transferiu-se do Rio de Janeiro para a, então, Vila de Monção que
é, hoje, a cidade de I talva.
B lanche S impson rea l izou obra d igna da aprec iação dos ba t is ta s do Estado
do Rio. De sua biografia, extraímos:
"Algumas moças , minhas a lunas no colégio em Campos, haviam se
oferecido para trabalhar entre as igrejas do estado, durante as férias,
como itinerantes da União Feminina. Levei-as, então, para a minha
casa, dei- lhes um treinamento especial, orientei e organizei o itine-
rário de cada uma. O plano deu ótimos resultados e eu comecei a
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pensa r num t raba lho semelhante pa ra os moços , e spec ia lmente pa ra
os que desejavam se preparar para o ministério.
"Estudando as necess idades de cada assoc iação, ache i que a Maca-
ense era a que sofria maior carência dc obreiros. Transferi, então,
minha re s idênc ia pa ra o munic íp io de Santa Mar ia Mada lena , onde
não havia até aquela data nenhum crente batista , e iniciei logo cultos
em minha casa .
"No munic íp io v iz inho havia duas igre ja s , uma com se te membros
e outra com doze. Ambas estavam, há dois anos, sem pastor . No
intu i to de promover o desenvolvimento do t r aba lho naque la zona ,
convidei o Pastor Nilo Salles e esposa, de I talva, para virem mc aju-
dar. Pouco mais tarde, comprei uma casa antiga, mas bem espaçosa,
e prosseguimos em nossas atividades evangelísticas. Continuei ensi-
nando minhas classes de educação religiosa no colégio de Campos,
ofe recendo aos jovens que dese javam t raba lha r na Causa um curso
pré - tcológico pa ra a lunos a t r a sados ( a lguns a inda cur savam o pr imá-
r io) e o teológico pa ra os ma is adiantados . Lembro-me de um a luno
vindo de Portela, moço da roça e de família muito pobre. Ele tinha
vinte anos e nunca f r eqüenta ra uma escola . Foi ma tr iculado no
pr imer io ano do cur so pr imár io . Embora quase não pudesse le r ,
coloquei-o no curso pré-teológico. No seu primeiro ano teve de fazer
ora lmente todos os examos, pois , mesmo sabendo responder sa t i s -
f a tor iamente à s pe rguntas , não podia e sc revê - la s . Desse modo,
comple tou nove l ivros . No segundo ano, comple tou onze , passando,
então , pa ra o cur so teológico . Era profun da a convicção que Otac iano
t inha de sua cham ada p a ra o minis té r io e enf rentava com ra ra d ispo-
sição e alegria as dif iculdades que surgiam. Com dois anos de estudo
conseguiu ent ra r no g inás io . Nunca fo i um a luno br i lhante , mas
a lcançou notas pa ra passa r . Quando começou a prega r , r eve lou-se
um excelente ganhador de almas; sua mensagem era simples, mas
pregada com s ince r idade , entus ia smo e segurança . Ao te rminar o
ginás io , em Campos, ma tr iculou-se no Seminár io do R io , onde se
formou. Casou-se com uma dc minhas a lunas . Tornou-se um e f ic i -
ente pastor .
"Na ocasião em que se reunia a Associação Macaense, apresentei
à a ssemblé ia um grupo de meus a lunos e propus enviá - los semana l-
mente às igrejas sem pastor , para que eles pregassem e f izessem o
trabalho de evangelização nas imediações. Eu mc responsabilizaria
pelas despesas de viagem e daria a cada jovem uma pequena grati-
f icação. Se fosse possível, as igrejas beneficiadas deveriam dar,
também, alguma coisa ao moço. Isso, entretanto, seria facultativo
e as igre ja s poder iam te r a mesma cooperação, fornecendo apenas
a hospedagem.
"De 1947 a 1950, muitos jovens viajaram de trem ou de ônibus,
sa indo de Campos sábado à ta rde e r e tornando segunda- fe i r a de
manhã, em tempo de assistir às aulas. Esse era um modo prático
de treinar jovens e auxiliar as igrejas. Era também um meio de prover
aos estudantes algum recurso; quase todos eles vinham de lares muito
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pobres e não contavam com nenhum auxílio. Davam horas de trabalho
no colégio, em troca da pensão, mas não dispunham de dinheiro
a lgum para a s pequenas despesas" .
(1)
JUBILEU DE OURO DA PRIMEIRA IGREJA
BATISTA DE CAMPOS
Ocorreu em 23 de março de 1941 o Jubileu dc Ouro da Primeira Igreja
Ba t is ta de Campos. Por extensão, comemorou-se , também, o Jubi leu de Ouro
do campo batista f luminense, já que este teve a sua organização vinculada à
organização daque la igre ja . Pa ra comemora r tão impor tante da ta , dec id iu- se
que, naquele ano, a assembléia convencional seria realizada em Campos, no
templo da Primeira Igreja, nos dias 18 a 22 de julho.
O orador oficial das comemorações foi o Pastor Dr. João Fílson Soren,
na época, pastor da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, que, no tempo
em que era past oread a pelo miss ionári o W .B.Bagby, organiz ara a Prime ira Igreja
Ba t is ta de Campos. No seu se rmão of ic ia l , o Pas tor Soren abordou o tema A
Certeza Cristã.
Apresentando re la tór io h is tór ico dos 50 anos do t r aba lho ba t is ta f lumi-
nense , o miss ionár io A.B .Chr is t ie informou te rem s ido organizadas , durante
aquelas cinco décadas, um total de 148 igrejas. Naquele momento, porém, o
número de igrejas do campo fluminense era de 124, em vir tude do êxodo rural,
que levou a lgumas de las a f echa rem suas por ta s . O número de membros a r ro-
lados nessas igrejas era, naquela época, de 16.000.
O pas tor da igre ja anive r sa r iante , Pas tor Leobino da Rocha Guimarães ,
apresentou, também, em resumo, o t r aba lho rea l izado por sua igre ja naque les
50 anos de a t iv idades
(, )
Na ocasião, encontravam-se vivos ainda alguns membros
fundadores, entre eles, o que lavrou a ata de organização da igreja, o irmão
Luiz de Souza.
(2)
Esse marco glorioso da história dos batistas f luminenses levou a convenção
a traçar novos planos para o desenvolvimento da Causa. Naquela assembléia
convencional, foi aprovado o alvo de 3.100 almas ganhas para o Senhor Jesus
Cristo, sendo que 2.500 seriam de novos convertidos e 600 seriam de excluídos
trazidos outra vez para o rol de membros das igrejas.
As comemorações do Jubi leu de Ouro foram mot ivo de grande regoz i jo
entre os ba t is ta s f luminenses . Pa ra marca r aque le acontec imento , fo i inaugurad o
e colocado na pa rede de fund o do templo da P r ime ira Igre ja Ba t is ta de Camp os
o busto do casal Christie , esculpido em bronze.
A A Ç Ã O D O I N T E G R A L I S M O N O
SEIO DAS IGREJAS
O movimento pol í t ico denominado Integralismo, que teve suas raízes na
década de 30, e ra de inspi ração fa sc is ta . O própr io fundador do movimento
no Brasil, que tomou o nome de Ação Integralista Brasileira, estivera com Benito
Mussol in i , o Duee, na I tália , em 1930, de quem recebeu grande influência. De
lá escrevera:
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"Tenho es tudado mui to o f a sc ismo. Não é exa tamente o r egime que
precisamos aí, mas é coisa semelhante. . . O fascismo não é propria-
mente uma di tadura , mas um regime . O Minis té r io das Corporações
é a máquina mais perfeita . . . O parlamento é constituído pela repre-
sentação de classes. Esta última coisa seria preciosa para um país
novo como o Brasil".
(1)
Pl ín io Sa lgado fo i o fundador e condutor desse movimento , por vá r ios
anos, nc Brasil. Escritor brilhante, entre muitas obras, escreveu a Vida de Jesus,
obra que atraiu a atenção de muitos evangélicos, pelo estilo límpido com que
foi escrita .
A mensagem doutr iná r ia do Integralismo atingiu todo o Brasil e os métod os
que usavam de propagação do movimento empolgavam mui tos in te lec tua is .
"Usavam distintivos com as seguintes características: a letra grega
sigma,
s ina l ma temát ico de soma ou produ to in tegra l, ma iúscula ,
em prata, sobre o mapa do Brasil, em azul real, dentro de um círculo
em pra ta . O uniforme , de uso obr iga tór io nas ce r imônias públ icas ,
constava de calça escura e camisa verde, gravata preta, co rrida, e braça-
deira no braço esquerdo, com o sigma em pre to sobre o fund o branco.
Os integralistas saudavam-se uns aos outros com a palavra tupi anauê
(ave ou salve), erguendo o braço direito com a mão espalmada. Deus
era saudado com quatro anauês, o 'chefe nacional ' , com três, os chefes
provinciais, com dois e os municipais, com um".
(2)
Vários batistas, sentindo-se atraídos e simpáticos ao movimento, começaram
a usa r o u niform e obr iga tór io — ca lça pre ta , camisa ve rde e grava ta pre ta . C r iam
que esse movimento político era a solução para os problemas do país.
Foi na região
Centro-Fluminense
que as igrejas batistas se viram mais
afetadas pelo Integralismo. A Primeira Igreja Batista de São Fidélis era pasto-
reada pelo Pastor Antídio de Souza, ex-pastor presbiteriano, que se tornou o
pr inc ipa l mentor dos idea is do In tegra l ismo na re fe r ida região . P romovia encon-
tros, desfiles dos camisas-verde, sauda ções com os anauê s, etc .
Suas mensagens na igre ja já e ram mis turadas com idé ias pregadas pe lo
Integra l ismo. Co mo resul tado, surgi ram discussões e desentendimentos . Diz iam
os adeptos da ideologia que os líderes religiosos que se lhes opunham seriam
cast igados ou mor tos quando essa t r iunfasse .
Entre os obreiros que combatiam a ideologia, estava o Pastor João Barreto
da Silva, que, na ocasião, pastoreava a Igreja Batista de Pureza, e o Pastor Ant ônio
Soares Ferreira, que pastoreava a Igreja Batista de Portela.
Mui ta s igre ja s sof re ram com as inf luênc ias do movimento . A Igre ja Ba t is ta
de São Fidélis, por exemplo, foi atingida por dissensões, disse-me-disse e uma
série de problemas que, causando um mal-estar geral, traziam escândalo para
o evange lho. Gérson de Souza , membro dessa igre ja , em ca r ta ao Pas tor Ant ônio
Soares Ferreira, datada de 12 de maio de 1935, informava que o "Fidélis de-
Sou za" — seu i rmão ca rna l — "es tava de fendend o o ex-pas tor Ant íd io de Souza
c o Integralismo e que o mesmo Fidélis tinha levado à redação do jornal O
São Fidélis, um artigo intitulado "Bagunce iras Baptistas".
Ainda em ca r ta endereçada ao Pas tor Antônio Soares Fe r re i r a , com da ta
de 20 de maio do mesmo ano, o irmão Gérson de Souza conta que "o Fidélis
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pediu a pa lavra e a tacou o comunismo fe rozmente ; mas todos nota ram que e le
só faltou dizer que todos deviam ser integralistas para salvação da pátr ia".
( J)
Tal foi a confusão no seio da igreja, que o Pastor Antídio foi excluído
do rol dc membros. Furioso, saiu debatendo-se e escrevendo artigos contra colegas
e contra a igre ja . Publ icou a r t igos a tacando também o reda tor de o O Jornal
Batista,
Teodoro Rodrigues Teixeira, cha man do- o de, entre outras coisas, "ve lho
c h a p a d o " ,
Teodoro Teixeira profligava os erros do Integralismo e admo estava os crentes
quanto ao pe r igo de se f i l ia rem ao mesmo. Da í te r s ido mimoseado com mui tos
elogios, como o de velho chapado.
N o editorial de 7 de março de 1935, Teodoro Teixeira assevera:
"O que o Integralismo promete na verdade em matéria religiosa não
é coisa nova, mas uma coisa velhíssima — nada mais, nada menos,
que a r e ssur re ição do es tado teoc rá t ico , com nova indumentá r ia e
a lguma mod if icação, mas e ssenc ia lmente o mesmo, com o seu cor te jo
negro de intolerância, compressão, perseguições, etc , etc . A liberdade
religiosa que ele oferece, temo-la exemplif icada na Alemanha Nazista,
com a elevação de um bispo protestante a uma espécie de papa,
forçando uma unidade de corporações , sem consul ta r a s mesmas ,
e a expedir decretos por cima dos sín odos regionais protestantes; contra
o que grande parte do clero protestante mais representativo e idôneo
se tem levantado em revolta, arr iscando a liberdade e a própria vida.
Libe rdade re l ig iosa e Es tado professadamente r e l ig ioso , or ientador
de religião, são coisas de todo antagônicas".
(4>
Mas não era só o O Jornal Batista que estava fazendo a clarinada para
desper ta r os c rentes contra o In tegra l ismo que v inha avassa lador como uma
ava lanche . Outros jorna is , como o O Puritano, órgão da Igre ja P resbi te r iana
do Bras i l , r eda tor iado por G a ldino M ore i ra , também verbe rava os e r ros do In te -
gralismo e aconselhava:
"Achamos que os crentes, pelo menos por enquanto, não devem tomar
parte no Integralismo nem a ele filiar-se, por i sso que é a tua lmente
uma ideologia confusa , não pe r fe i tamente de f in ida nas suas te ses
religiosas. Falam em liberdade de crenças, mas há livros e outros
documentos , que já v imos, que tomam Roma como a r e l ig ião of ic ia l .
Além disso, há nele princípios que o crente não pode admitir , como
este: 'Ou pela razão, ou pela força". Tamb ém há teses sociais muito
per igosas que o c rente não pod e abraça r" . <
5
>
O Integra l ismo provocou também ce r ta s d issensões em a lgumas igre ja s no
nor te do Bras i l . O Pas tor Cor io lano Costa Duc le rc , um dos va lentes obre i ros
do Senhor naquela região, em artigo intitulado Em Defesa da Verdade, ponderava:
"O Integra l ismo vem fazendo a sua ca tequese mi l ita r is ta e pe r tubando
a paz das nossas igrejas, arrastando à sua grei vários dos nossos irmãos
novos e inexperientes, atraídos pelo espetáculo dos camisas-verde.
Este nobre jorna l , " — O Jornal Batista — "sent ine la avançada de
nossa causa no Bras il , em vá r ios números deu b rado de a la rme , pu bl i -
c a n d o a r t i g o s i m p o r t a n t e s e v a l i o s o s c o n t r a a i n o v a ç ã o
político-religiosa do Sr. Plínio Salgado, prevenindo todos os crentes
pa ra não ca í rem no pe r igo de adotá - la" .
(6)
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O Integralismo se "baseava no lema: 'Deus, pátr ia , família ' , isto é, na reli-
gião católica, na organização cooperativista do Estado e na organização patr iarcal
da soc iedade"
(7)
e, se tr iunfasse, ter ia feito muitos mártires, pois ir ia impor,
a fogo e ferro, o seu domínio. Seus adeptos tudo fariam para o estabelecimento
da Igreja do Estado, como fora no pe r íodo do Impér io .
Com o golpe de Estado , dad o por Getú lio Vargas, em 10 de novem bro
de 1937, o Integralismo, com os outros partidos, foi dissolvido.
O POVO ZOMBAVA DOS CRENTES
I taocara era uma cidade fechada ao evangelho. O padre daquela localidade
exercia grande influência sobre a população, proibindo-a de participar de qual-
quer a t iv idade promovida pe los c rentes .
Por várias vezes, o Pastor Antônio Soares Ferreira, que pastoreava a Igreja
Ba t is ta de Por te la , ten tou compra r , ou mesmo a lugar , uma propr iedade pa ra
a r ea l ização de cul tos naque la c idade . Nada conseguia , pois o povo, temendo
as reações do Padre Ananias, que mandava até nas consciências alheias, fugia
a qualquer envolvimento com evangélicos.
Ai de quem, em Itaocara, abrisse suas portas para a realização de um culto
evangé lico Estava marcado Era colocado na "ge lade i ra" , desprezado e cons i -
d e r a d o persona non grata ao município.
Depois de muitos esforços, conseguiu o Pr. Antônio Soares Ferreira realizar
a lguns cul tos . Como houvesse a l i um senhor , por nome Alde r ico , cons ide rado
pelo Pr. Soares como pronto para batismo, resolveu o pastor batizá-lo, no Rio
Para íba , que banha a c idade . Houve apupos , va ias e toda espéc ie de "chacota" .
A ta l ponto , que a lguns e lementos da c idade pegaram o i rmão Alde r ico pe los
braços e pelos pés e, carregando-o pelas ruas da localidade, gritavam:
"Olhem
o Alderico Pinico protestante... Olhem o Alderico Pinico...".
Cenas como essas, outras piores ainda, foram registradas no trabalho batista
em solo f luminense . Mas os crentes não se a temor izavam. Pa ra I taoca ra mud ou-
-se a família do Sr. Sóther Lanes, cuja esposa, irmã Gersoni Lanes, conhecida
por D. Nininha , e ra mui to consagrada . O t r aba lho ba t is ta começou a te r ma is
aceitação pelos habitantes daquela localidade. Hoje, há ali uma igreja f lorescente.
C O N V E R S Ã O D O E X - P A D R E G E N T I L D E C A S T R O F A R I A
A conversão do ex-padre Gentil de Castro Faria trouxe um certo reboliço
entre o clero católico campista, ao mesmo tempo em que provocou grande alegria
para os evangélicos, principalmente, para os batistas.
Gentil de Castro Faria deu a sua pública profissão de fé no salão nobre
do Colégio Batista Fluminense, onde se reunia a Segunda Igreja Batista de
Campos. O pastor e professor João Barreto da Silva, então diretor do colégio _
e pastor da Segunda Igreja, foi quem o ouviu em sua profissão de fé. Depois
de aceito pela igreja, foi ele batizado, juntamente com o então estudante, hoje
pastor , Erodice Gonçalves Ribeiro, num tanque existente nos fundos do colégio.
O ex-padre Gentil de Castro Faria era casado com D. Cely Manhães Faria.
Grande era o desejo do novo convertido de testemunhar da graça de Cristo
em sua vida. Assim, começou a aceitar convites, aqui e ali, para realizar confe-
149
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rências. Percorreu muitos estados, dando o seu testemunho de conversão a Jesus
Cristo.
Osias Gomes, desembargador na Paraíba, escrevendo sobre Padres Cató-
licos que Abraçaram o Evangelho, a certa altura declara :"Rece nteme nte, dois
padres aceitaram o Salvador, no Rio e em Campos: o padre Tarcísio Leal e o
notável orador sacro Gentil de Castro Faria, que está deslumbrando os crentes
em Campos com sua obra miss ionár ia . "
Muito envolvido com a obra educacional, em Campos, Gentil Faria foi
diretor do Colégio Salesiano, professor de Filosofia no Liceu de Humanidades,
fundador do Instituto Castro Faria, e , mais tarde, proprietário do Colégio Rui
Barbosa, o qual dir igiu até a sua morte. Foi, também, vereador à Câmara Muni-
cipal de Campos.
Ordenado pastor em 1958, exerceu o pastorado das igrejas, de Ururaí e
Baltazar , no município de Campos.
Atuante na obra batista local, foi professor no Colégio Batista Fluminense,
membro da Junta de Educação da Convenção Ba t is ta F luminense e professor
de Filosofia no Seminário Teológico Batista Fluminense.
O padre Antônio Ribeiro do Rosário dá sua impressão sobre o Pr. Gentil
de Castro Faria em seu livro de memórias. Veja em NOTAS E CITAÇÕES
150
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C apí tu lo X
FIRMA NDO A S ESTACAS NA BENEFICÊNCIA
E EM OUTRAS ORGANIZAÇÕES
COLÉGIO BATISTA DE NITERÓI
Na assembléia convencional realizada em Campos, em 1941, quando os
batistas f luminenses comemoravam o seu cinqüentenário, pareceres de grande
interesse foram apresentados, visando ao progresso da causa do Senhor. Entre
aqueles que mais atraíram a atenção dos convencionais, estava o que se referia
à organização de um colégio batista em Niterói, então, capital do estado.
Na ocas ião , o Pas tor Manoe l Ave l ino de Souza , juntamente com outros
líderes estaduais, sentiu que já não se poderia mais adiar a organização desse
colégio. Para que os ideais se colimassem, foi cr iada a Associação Batista de
Educação, que logo te r ia bom número de a ssoc iados .
Recebendo o apoio que esperava, o pastor Manoel Avelino de Souza saiu
a campo, providenc iando a c r iação da ins t i tu ição .
A organização do Colégio Batista de Niterói desgostou o bispo da cidade,
que expediu uma Circular, prevenindo seus d iocesanos contra o t r aba lho do
reccm-organizado colégio. O diretor , Pastor Manoel Avelino de Souza, escreveu
um a r t igo , publ icado no jorna l O Estado, do dia 14 de fevereiro de 1942, comen -
tando e agradecendo ao bispo a emissão daquela circular .
Na assembléia de 1948, realizada no auditório da Faculdade de Direito
de Niterói, veio à tona, no plenário convencional, o assunto relacionado com
a administração do Colégio Batista de Niterói. Pretendeu-se que o colégio fosse
administrado pela própria Convenção Batista Fluminense. Meses depois, reunindo-
-se em Campos, a Junta Executiva tratava desse encampamcnto e da escolha
do diretor para o colégio. Tanto o Pastor Avelino, como o Pastor Alberto Araújo,
t inham habi l i tação pa ra d i r ig i - lo . Es tando div id idas a s idé ias dos componentes
da junta, quanto à escolha do diretor para o colégio, houve nessa reunião um
cer to agas tamento , achando a lguns que o processo usado pa ra i sso não fora
legítimo.
151
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Terminada a reunião da junta, o Colégio Batista de Niterói f icava como
a té então — a Assoc iação Ba t is ta de Educação cont inua r ia a mantê - lo .
O Colégio Batista dc Niterói prestou bons serviços à obra educacional.
Em 1962, com a morte do Pastor Manoel Avelino de Souza, passou a ser dir igido
pe lo Pas tor Samue l de Souza , coadju vado por sua e sposa , a P rofa . Mar ia Amál ia
de Carvalho Souza e, também, por D. Eva de Souza, viúva do Pastor Manoel
Avelino de Souza. Em 1976, as circunstâncias que envolviam os colégios parti-
culares eram desfavoráveis. E, porque a dívida do colégio com o INPS fosse
preocupante , a Assoc iação Ba t is ta de Educação dec id iu desa t ivá - lo , passando
suas propr iedades pa ra a Convenção Ba t is ta F luminense , mediante o Acordo
do Ingá, que previa a criação do "Fundo Memorial Pr . Manoel Avelino de Souza".
Sobre esse acordo, discorreremos em outra parte desta obra.
A obra educacional do Estado do Rio contou com relevantes serviços pres-
tados, mais especif icamente na cidade de Niterói, pelo Colégio Batista de Niterói,
no período de 1942 a 1976. Sua influência cristã c moral alcançaram professores
e alunos que a ele estiveram ligados.
P E R Í O D O D E T R A N S I Ç Ã O M I S S I O N Á R I A
Com a retirada de A.B.Christie do Brasil, em 1946, após 39 anos dc atuação
missionária no campo batista f luminense, e um ano no Rio, onde lecionou, os
batistas f luminenses, através de sua Junta Executiva, convidaram o missionário
W .B.Mac Neally para substituí- lo.
Como sói acontecer, quando há tr inta anos de liderança, sempre surgem
problemas de relacionamento, não foi outra coisa o que sucedeu no campo batista
f luminense. Era bem diferen te da person alida de do Dr. Christie a do missio nário
W .B.Mac Neally. E, não tend o havido o necessário tat o e o bom senso q ue se
requeria, logo surgiram, entre esse e os nossos m ais destacado s líderes, os primeiros
choques .
Como o problema se agravasse e tomasse vulto, a Junta Executiva da
Convenção Batista Fluminense enviou um ofício à Missão Batista do Sul do
Brasil, que é a representante da Junta de Richmond na parte sul do Brasil,
na r rando- lhe o problema e so l ic i tando que o miss ionár io fosse t r ansfe r ido de
campo de a tuação, sendo enviado pa ra ou tro e s tado. O of íc io e ra a ss inado pe los
pas tores F idé l is Mora les Bentancôr e Henr ique Mar inho Nunes .
A Missão Ba t is ta do Sul r e spondeu informando que lamentavam "que
houvesse um desentendimento tão grande ent re um miss ionár io da nossa Missão
e a conce ituada Jun ta Es tadua l d a Convenção Ba t is ta F luminense" . A pós tece rem
vários comentários, os signatários da carta encerravam-na: "Concluindo, podemos
afirmar que a Missão f icaria muito contente, caso fosse possível, se a Junta
F luminense conseguisse uma solução pa ra o desentendimento havido ent re e la
e o irmão Mac Neally". Assinaram-na T.B.Stover, presidente da Comissão Execu-
tiva da Missão do Sul, e J.J.Cowsert, secretário da mesma.
1
"
Como conseqüência dessa desinteligência, o missionário Mac Neally deixou
a função que lhe fora atr ibuída pela junta e se transferiu para Volta Redonda,
onde vir ia a fundar a Igreja Batista Central e , em seguida, o Colégio Batista ,
que é, hoje, uma das grandes instituições educacionais do sul f luminense. Aí
152
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adquiriu mais dez terrenos, com vistas à construção dc templos para futuras
igrejas na cidade.
A O B R A D E B E N E F I C Ê N C I A
Desde os primórdios do seu trabalho, os batistas f luminenses sentiram a
necessidade de manter uma obra beneficente. Primeiro se pensou em organizar
uma entidade que viesse ao encontro das necessidades das viúvas dos pastores.
Naquela época, não havia os benefícios oferecidos pelo governo. Os pastores
ganhavam muito pouco, mal podendo sustentar suas famílias. Nem era possível
pensa r que poder iam junta r r ecursos pa ra um futuro f inance i ramente ma is t r an-
qüilo. Viviam mesmo pela fé. Não foram poucas as famílias que, perdendo o
seu chefe, precisavam de ajuda para sobreviver. Diante dessa situação, foi orga-
nizada uma entidade que recebia dos sócios contr ibuições f inanceiras que tinham
em vista formar lastro f inanceiro para atender às necessidades dos obreiros.
A obra cresceu. E, no desejo de ver todos os crentes amparados, em caso
de morte do chefe da família , foi cr iada a Caixa de Socorros Mútuos, para a
qua l contr ibuíam e pe la qua l e ram benef ic iados qua isquer membros de igre ja s
batistas que a ela quisessem se f iliar .
Desde cedo, também, se começou a pensa r no amparo às c r ianças ór fãs .
A idé ia se d ivulgou paula t inamente . As senhoras ba t is ta s t r a tavam com mui to
zelo c carinho desse assunto. Obreiros como Leonel Eyer, Kléber Martins, Alfredo
Reis, estavam sempe na linha de frente, propugnando pelo ideal de um orfanato.
Mas nada conseguiram.
Mais tarde, outros obreiros se incorporaram a esses irmãos na propagação
do mesmo ideal. Joaquim RoSa é um deles. Chegou a quase instalar um orfa-
nato. Seu f ilho, o brilhante causídico Eliasar Rosa, preparou, em 1943, o opúsculo
Exaltação, no qual enfeixou muita s poesias de vários de nosso s literatos, que
escreveram sobre o órfão. É uma preciosa coletânea. Mas, ainda assim, o plano
não logrou ir avante.
O Pas tor Alf redo Joaquim dos Re is , que possuía uma propr iedade em
Aper ibé , ins ta lou naque la c idade o Patronato. Esse, porém , teve vida efêmera.
Alf redo Re is achava que o pa t rona to poder ia se r sus tentado, em grande pa r te ,
com o trabalho produzido pelos que ali estivessem abrigados. Havia a ferraria ,
que era dir igida pelo irmão Rogério Grassini. Nela se fabricavam cavadeiras,
f oices, facas, garfos, etc . Na época, f icaram fa mos as as foices RG (Rogério Gras-
s in i ) , f abr icadas na " fe r ra r ia do Pas tor Alf redo Re is" .
Entre os jovens que , durante a lgum tempo, auxi l ia ram o Pas tor Alf redo
Reis , em seu pa t rona to , des tacamos o miss ionár io Dodanim Gonça lves . Todos
os esforços foram insuficientes para alcançarem o ideal. O Pastor Alfredo Reis
sofreu um acidente, tendo de lançar mão de grande parte de seus recursos para
atender à sua saúde prejudicada. Isso tudo serviu para fazer arrefecer o alvo.
A última tentativa que, parecia, daria certo, foi a nomeação do casal Alfredo
e Alice Reis para serem diretores do orfanato a ser cr iado. Isso se deu por ocasião
da assembléia convencional, realizada em Petrópolis, no ano de 1945
(1)
. Quando,
porém, estavam para ir para Aperibé, para alcançar o acalentado ideal, o casal
recebeu carta da Junta Executiva informando a falta de recursos para obra de
tal envergadura. Foi uma decepção
(2)
153
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Organização do Orfanato Batista Fluminense
Durante vinte anos, a idéia de se organizar um orfanato surgiu nos plená-
rios da Convenção Batista Fluminense. Empolgava os mensageiros, mas, após
as reuniões das assembléias convencionais, a idéia voltava a ser esquecida.
Vendo que baldados eram todos os esforços no sentido de se organizar
o or fana to , o miss ionár io W .B .Mac Nea lly , durante a s r euniões da Assoc iação
Centro-Fluminense, realizadas em 1946, na cidade de Portela, propôs que, em
vista da impossibilidade de a convenção e a associação poderem levar avante
o plano de organização do orfanato, que a iniciativa fosse entregue à Igreja
Batista de Aperibé, da qual era obreiro o Pr. Antônio Soares Ferreira. Usando
linguagem dramática, o missionário Mac Neally disse, diante da associação:
"Entreguemos o assunto a essa igreja, para que o Pr. Soares, que já vem traba-
lhando em prol desse ideal, com o casal Reis, organize o orfanato. Ele vai
organizá-lo e vai morrer . Mas o orfanato f icará criado."
O Pastor Antônio Soares Ferreira e a Igreja Batista de Aperibé aceitaram,
então, o desafio. Todo o dinheiro que possuíam eram vinte mil cruzeiros. A
igreja cedeu a casa, onde funcionava a escola e começaram, então, a dar os
primeiros passos no sentido de instalarem o orfanato.
A organização se deu na tarde do dia 20 de outubro de 1946, na Vila de
Aperibé, nas instalações do templo da igreja local. Era um domingo. O orfanato
recebeu o nome de Orfanato Batista Fluminense.
A programação de organização do or fana to deu-se à s 13 horas , após a
realização da EBD, incluindo as seguintes partes:
1. Ab ertura — Prof. David Coelh o
2. Palavra do pastor da igreja
3 . Música — orques t ra
4. Oração — Pr. Israel Pinheiro
5. "Um olha r r e t rospec t ivo" — Pr . Antô nio Soares Fe r re ir a
6. Música — orquestra
7. Instalação solene — pastor da igreja
8. Oração inaugural — Pr. Alfredo Reis
9. Discurso — pré-seminarista Ebenézer Soares Ferreira
10. Sermão — Pr. Antônio Coelho Varella
11. Oração f inal — Pr. José Silveira
As irmãs Pro fa. Ana Karklin e estudante Eth Pires Ferreira (hoje, Eth Ferreira
Borges da Luz, por ter-se casado com o missionário Jonas Borges da Luz) abri-
lhantaram a solenidade com a apresentação de várias músicas e poesias alusivas
ao ór fão .
Os primeiros órfãos chegaram no dia 14 de fevereiro de 1947. São eles:
Adiei, Aneirce e Anzi Pereira Pinto que tinham vindo de Cardoso Moreira. Adiei
é hoje médico bem sucedido em Cabo Fr io , t r aba lhando, também, no Hospi ta l
dos Servidores do Estado no Rio.
Transferência da Sede do Orfanato
Sentindo que a Igreja Batista de Aperibé não estava mais interessada em
manter em suas instalações o orfanato, o Pr. Soares, com grande sacrif ício, conse-
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guiu adquirir uma propriedade de seis alqueires na localidade de Três Irmãos
onde já havia três casas. Ali instalou o orfanato.
Em Aperibé, o seu braço forte foram sua f ilha Esther Ferreira (hoje, casada
com o Pr. Teófilo Purens) , D. Maria Salgado e D. Maria Ferreira da Silva, esposa
do Pr. José Silva.
Em Três Irmãos, a grande ajudadora foi a irmã Nadir Cordeiro, que veio,
depois, a se casar com o Pr. Francisco Quirino da Costa.
Encampamento do Orfanato
Com a saúde abalada, o Pr. Soares, após quase dez anos dc lulas, resolveu
ape la r à convenção no sent ido de encampar o or fana to , a ssumindo o a t ivo e
o passivo. A propriedade em que se encontrava o orfanato, se vendida, na época,
daria para pagar a dívida várias vezes. Mas o Pr. Soares não quis fazer isso
e entregou tudo à convenção que elegeu, em 1955, uma Junta de Beneficência
para administrá-lo, sendo seu primeiro presidente o Pr. Fidélis Morales Bentancôr.
Naque la ocas ião e ram 76 ór fãos que v inham sendo sus tentados pe la f é .
(3)
A Nova Ease e o Primeiro Diretor
O jorna l is ta Óthon Ávi la do Amara l f ez um his tór ico des te pe r íodo e o
publ icou em O Jornal Batista. Demos-Ihe a palavra:
"Com o surgimento da Junta de Benef icênc ia o Or fana to Ba t is ta
Fluminense começa uma nova etapa de sua história no mesmo espí-
r ito que marcou a sua fundação: servir à causa da criança des ampa rada
c órfã. Sucedeu ao Pr. Antônio Soares Ferreira na Secretaria Admi-
nistrativa da instituição o Pr. Osvaldo Soares dos Santos que, por
sinal, era sobrinho do Pr. Soares. O Pr. Osvaldo f icou naquela função
três anos. Foi na sua gestão que tiveram início os estudos para trans-
ferir o orfanato para outra localidade e, na sua administração, coube
a cie e ao presidente da junta, Pr . Fidélis Morales Bentancôr, sanar
as f inanças da instituição. Deixou o orfanavo com 80 crianças e as
dív idas pagas
A Administração do Pr. Isaac da Costa Moreira
"O casal Moreira, Pr . Isaac e D. Maria, foi empossado na secretaria
executiva do Orfanato Batista Fluminense no dia 20 de novembro
de 1957, lá permanecendo até o dia 20 de dezembro de 1970, portanto,
durante treze anos. Grandes coisas aconteceram nesse período: 1. A
Assemblé ia da Convenção Ba t is ta F luminense aprovou, na c idade
de Campos, no dia 28 de julho de 1958, o novo nome da instituição:
' L a r Batista Pastor Antônio Soares Ferreira' ; 2. A junta vendeu a
propr iedade de Três I rmãos e adquir iu novas propr iedades em Rio
Douro, onde hoje está localizada a sede do Lar; 3. No dia 08 de
maio de 1960 foi inaugurado o ' La r Para a Velhice Desamparada'';
4. No dia 1? dc maio de 1961 foi lançada a pedra fundamental da
nova sede; 5. A instituição mudou-se de Três Irmãos para Rio Douro,
no dia 12 de junho de 1962; 6. Inaugurou-se o prédio no dia 16 de
155
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outubro de 1965, r ecebendo o mesmo o nome de Pr. Alfredo Reis;
7. Inaugurou-se a of ic ina grá f ica , que fo i uma doação do Colégio
Batista . A oficina servia para a publicação do jornal do colégio. Achou-
-se que ela seria mais útil ao Lar Batista Pr. Antônio Soares Ferreira;
8 . A junta encampou o or fana to 'P r ime iro de Maio ' , ex is tente em
Mazomba , mant ido pe la Assoc iação I tagua i t iba .
Administradores Interinos da Inst ituição
"Com o a fas tamento voluntá r io do Pr . I saac , o P r . Osva ldo Tinoco
fica algum tempo à frente do Lar. Posteriormente, o Pr. João Batista
Paulo G uedes també m ficou um an o e sete meses à frente da instituição.
Administração do Pr. João Antônio Amorim
"Assumiu o Pas tor Amor im a função de sec re tá r io-execut ivo no d ia
I
o
de maio de 1971. Lá esteve por mais de 15 anos. Sua administração
foi do agrado dos ba t is ta s f luminenses . 1 . Ampliou o abas tec imento
de água para a instituição; 2. Concluiu a Casa do Ancião, iniciada
na administração do Pr. Isaac; 3. Instalou telefone na sede; 4. Adquiriu
kombi pa ra o Lar ; 5 . In ic iou programa radiofônico na Rádio Copa-
cabana ; 6 . Fundou o jorna l Lar Batista; 7. Instalou serviços médicos
e odontológicos; 8. Iniciou a biblioteca do Lar; 9. Iniciou a orga-
nização da Assoc iação dos Ex-Alunos do Lar" .
Gestão Pr. Nilson Godoy
O Pr . Ni lson Godoy assumiu a d i reção do "L ar Ba t is ta P r. Antôn io Soares
Fer re i r a" no d ia 09 de dezembro de 1989 e acumulou, também, a função de
secretário-executivo da Junta de Beneficência.
Está com muitos planos. Que eles se concretizem logo. Em sua curta gestão,
com o grande apoio da Associação Batista da Planície, foi inaugurado em Campos,
no dia 23 de março de 1991, o "Lar Batista Profa. Élcia Barreto Soares". Que
cada associação procure criar também uma obra de tal jaez.
Doações de Imóveis Feitas ao
Lar Batista Pastor Antônio Soares Ferreira
As pessoas abaixo relacionadas f izeram doações de imóveis ao Lar Batista
Pastor Antônio Soares Ferreira. Essas têm seus nomes ligados à obra social ali
mant ida . Suas doações pe rmanecerão por toda a exis tênc ia daque la ins t i tu ição ,
produzindo frutos incontáveis, através das vidas de órfãos que lá receberem,
além da assistência f ísica e social, a orientação cristã que aquele lar se preocupa
em oferecer àqueles que se tornam seus f ilhos.
O Senhor espera que outros sejam inspirados a dar , também, de seus bens
para a obra realizada no "Lar Batista Pastor Antônio Soares Ferreira".
1.Anuar Aragão de Góis — Dois terrenos em Nova Iguaçu e um em
A r a r u a m a .
2.Ebenézer Soares Eerreira — Cinco te r renos em Campos, sendo que nào
se encontravam to ta lmente pagos , tendo a junta te rminado de faze r os paga-
mentos que restavam.
156
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Uma propr iedad e eom uma casa e uma meia -água , med indo 12mX70m,
situada à Rua Tancredo Neves, 153, em Campos, onde foi instalado o Lar Batista
Profa. Élcia Barreto Soares.
I.Evangelina Guedes — Um apartamento em Campos, já vendido pela junta.
A João Baptista Bittencourt — Um apar tame nto , dc 130m2, s i tuado à Rua
Marechal Deodoro, 174, Macaé, e duas lojas comerciais situadas nos números
176 e 178 da mesma rua. A doação tem cláusula de usufruto.
5 .José Luís Gonçalves — Um prédio , eom t rê s apa r tamen tos , em Macaé .
6 .Ma rcelin o Lima Pereira — Uma casa em Ja rdim Ca ta r ina , São Gonça lo ,
com a c láusula de usuf ru to .
1 .Moisés Silveira — Um te r reno, cm Rio Dourado.
U N I Ã O M A S C U L I N A M I S S I O N Á R I A B A T I S T A F L U M I N E N S E
A a tua l União Mascul ina Miss ionár ia Ba t is ta F luminense teve sua gênese
nas r euniões promovidas pe lo P r . Henr ique Mar inho Nunes , por ocas ião das
assembléias convencionais. Ele aproveitava os períodos vagos, os hiatos, e reunia-
-se com a liderança dos homens batistas de várias igrejas para orarem, louvarem
ao Senhor e e s tuda rem planos pa ra o seu t r aba lho.
Foi na 35a. Assembléia Convencional, realizada em Macaé, em 1943, que
foi c r iado um grupo de t r aba lho composto d os pas tores Henr ique M ar inho Nunes ,
Alberto Araújo e Fidélis Morales Bentancôr, com a f inalidade precipua de estudar
a possibilidade de organizar o trabalho dos homens batistas no estado, nos moldes
do que era feito pelas senhoras.
Os que se interessavam pelo assunto apelavam no sentido de que a convenção
lhes desse também opor tunidade de rea l iza rem seus t r aba lhos tendo o r e spa ldo
da própr ia convenção. O apoio que sol ic i tavam não e ra só mora l , mas também
de ordem f inance i ra .
Como sói acontecer em muitos casos semelhantes, a organização não contou,
de pronto , com o f ranco apoio que todos e spe ravam.
Mas, f ina lmente , fo i organizada . Começou com passos débe is . Foi , porém,
se desenvolvendo.
Uma das promoções que ma is contr ibuíram para o seu desenvolvimento
foi a c r iação do Congresso dos Homens Ba t is ta s F luminenses , r ea l izado anua l-
mente, por ocasião da Semana Santa, em locais com capacidade para hospedagem
de um bom cont ingente de congress is ta s. Ass im, Campo s, Caxias , Pádua , I tape -
runa, Três Rios e outras importantes cidades do estado têm sido palco das
rea l izações dos congressos que têm apresentado boa programação. Pa ra ma ior
interesse de todos os homens têm sido convidadas para preletores pessoas de
reconhec ido mér i to na deno minaçã o es tadua l e nac iona l . À noi te têm s ido real i -
zadas pregações evangelísticas por pregadores de renome vindos, alguns deles,
de outros estados brasileiros.
Já se realizaram 28 congressos. O primeiro foi realizado em Cachoeiras
de Macacu, de 26 a 29 de março de 1964. O último foi realizado em Fonseca,
Niterói, tendo como orador oficial o Pr. Jair Garcia.
Nos seus congressos os homens ba t is ta s f luminenses têm procurado, de
quando em quando, t r aze r oradores de fora . Ass im é que t rouxeram da Vene-
157
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zue la , o P r . Ar tur e , do Pe ru , o P r . Car los Schumann. Dos Estados Unidos
já falaram em congressos da UMMBF os Drs. Eloyd Harris, membro do Conselho
Geral da Aliança Batista Mundial e Kennedy Cooper, famoso pelos exercícios
Cooper.
Muito f ize ram pe lo desenvolvimento da UMM BF pessoas como Nicodemos
Barreto, membro da Primeira Igreja Batista de São Gonçalo, Alcides Cunha,
que veio, mais tarde, a ser pastor e , no momento, labora no Estado de Mato
Grosso do Sul .
Es ta ent idade tornou-se mo de lo p a ra a c r iação dc outras em vá r ios e s tados .
A criação da União Masculina Missionária Batista do Brasil é fruto da visão
de vários líderes do trabalho dos homens em igrejas f luminenses, sobressaindo-
-se, entre eles, esse denodado obreiro, Pr . Alcides Cunha, que se empenhou de
corpo e alma para que essa organização fosse criada, e para que ela tivesse seu
congresso anua l . Como o P r . Alc ides Cunha , podemos c i ta r também os nomes
do Dr. Ophir Pereira de Bairos, Dr. Ampliato Cabral, Dr. Eudóxio Azevedo,
líderes que ocupam posição de saliência no estado e vieram a ser presidentes
do Congresso dos Homens Ba t is ta s do Bras i l .
Atua lmente a União M ascul ina M iss ionár ia Ba t is ta F luminense é pres id ida
por José Pimentel Júnior. Faz alguns anos que é seu secretário-executivo o Prof.
Levi Silva, que não tem med ido esforços para q ue a organização cresça a cada an o.
Houve vá r ios pas tores que t r aba lha ram mui to dand o apoio à União Mascu-
lina Missionária. São eles: W aldem ar Zarro, Assis Cabra l, Isaac Morei ra, Paulo
Mainh ard , He nr ique M ar inho Nunes , David F^ de Ol ive i ra, Antôn io More i ra
Portes.
Outros i rmãos têm contr ibuído pa ra o desenvolvimento da ent idade re fe -
r ida : Custódio Romualdo dos Santos , Pa t r íc io Por te la , Danie l Arna ldo do
Nasc imento , Manoe l Juvent ino Sant 'Anna , Hermilo Gomes da Cruz , Jacy Fruc -
tuoso, Ga ldino de Ol ive i ra , Rhoe lmcr Abreu Louzada , Abdie l Duar te , El ia s
Pessanha, Kléber Faria, Almir Rodrigues, Giovani S. Oliveira, Dioceles Patr ício,
Antônio Fausto de Oliveira, Ivair Simões, Florentino Nogueira.
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C apí tu lo X I
PERÍODO DE REESTRUTURAÇÃO
R E E S T R U T U R A Ç Ã O D O T R A B A L H O N O C A M P O B A T IS T A F L U M I N E N S E
De quando em quando, é necessá r io que aconteçam mudanças no t r aba lho,
pois o desenvolvimento da obra requer a aplicação de novos métodos, novas dire-
t r izes , que acompanhem o mundo também em desenvolvimento .
Sempre há aque les que se apegam ao status quo e não dese jam mu dança
a lguma . N o entanto , out ros sentem que es t ru turas que foram boas em d e te rminadas
épocas podem deixar de produzir como se espera. Mister se faz estudar todos os
envolvimentos e procura r descobr i r se outra e s t ru tura t r a r ia ma io r progresso pa ra
a obra .
No campo ba t is ta f luminense ocor re ram mudanças , também. Por exemplo ,
alguns líderes sentiram qu e a existência de uma única junt a já não atendia ao d esen-
volvimento do t r aba lho. A obra da educação requer ia ma ior a tenção. O mesmo
acontecia com a obra de evangelismo e beneficência. O trabalho se desenvolvia e,
com ele, a necessidade de reestruturação.
Com o resul tado dos idea is propostos em convenções e em a r t igos publ icado s
em O Escudeiro Batista, veio a surgir no camp o batista f luminens e, uma s egund a
junta : a de Educação. Isso ocorreu no dia2 7 de julh o de 1954. Seus 15 componentes
foram os seguintes: por um ano — Pr. Jabs dos Santos, W .B.Mac Neally, Pr . Isaac
Martins, Pr . José Fernandes Murta e Pr. Virgílio Faria; por dois anos — Pr. Abelar
Suzano de Siqueira, Pr . Isaac da Costa Moreira. Miss Blanche Simpson, Moisés
Henr iq ue dos Santos e Gê Sardenberg; por três anos — Pr. Samuel de Souza, Pr .
W a ldemar Zar ro , P r . Ageu Ne to , P r . José de Souza Herdy e P r . José Joaquim da
Silveira.
Foi, porém, na Assembléia da Convenção Batista Fluminense que se realizou
em 1959, na Primeira Igreja Batista em Macaé, qu e foi votada to da a reestru turação.
Estudo s foram apresentad os, várias propostas fo ram feitas e discussões se suce-
deram. Chegou-se f inalmente a um consenso, em que a Junta Executiva era extinta
e qua t ro ou tras juntas e ram c r iadas . O camp o ba t is ta f luminen se fo i o pr ime iro no
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Bras il a conta r com qua tro ju ntas :
Jurila Coordenadora, Junta de Evangelizaçao,
Junta de Educação e Junta de Beneficência, Cada qual teria seu cam po específ ico
dc a tuação.
Ao missionário Dr. John Riffey caberia ordenar todo o trabalho. Auxiliando-
-o, como tesoureiro, e , ao mesmo tempo, pastoreando a Primeira Igreja Batista em
Macaé , e s ta r ia o consagrado obre i ro , P r . Edmundo Antunes .
Ao se organizar , cada junt a elaborou e registrou seus próp rios estatu tos, a f im
dc poder se torna r pessoa jur íd ica .
A Junta Coordenadora f icou ass im const i tu ída : por um ano — Pr. Ncmésio
Fernand es de Carvalh o, Pr . W alter Velasco, Pr . Rubem Coel ho dos Santos, Pr .
Aylpton de Jesus Gonçalves, Pr . Daniel de Almeida; por dois anos — Pr. Manoel
Avelino de Souza, Pr . I tamar Francisco dc Souza, Pr . Erodice Gonçalves Ribeiro,
Pr. Fidélis Morales Bentancôr, Pr . Luiz Laurentino da Silva; por três anos — Pr.
W aldemar Zarro, Pr . Ant ônio Co elho Varella , Pr . Osm ar Soares, Pr . Oswald o Viana,
Pr. Salvador Borges.
A
Junta de Evangelização
fo i comp osta dos seguintes membros:
por um ano
— Pr. Albino A dol fo Veríssimo, Pr. Silas Batista , Pr . Ismail de Oliveira Rodrigues,
Pr. Samuel Leite Fonseca, P r . Ageh de Oliveira Pinto; por dois anos — Pr. Demerval
Silva, Pr . João Barreto da Silva, Pr . Nilo Cerqueira Bastos, Pr . Antônio Ferreira,
P r . Paulo Mainhard; por três anos — Pr . Edm und o Antun es da S ilva , P r . W a l ter
Santos , Pr . José Ferreira da Silva, Pr . W altir Pereira da Silva e Pr. Ary M achar et.
A Junta de Beneficência f icou ass im const i tu ída : por um ano — Pr . Osmar
Soares, Laurindo Nolasco, Pr . Dalson Pinto Teixeira, Pr . Manoel Bento da Silva,
Pr. Oswaldo Soares dos Santos; por dois anos — Francisco Rosa, Pr . Inácio José
Pinheiro, Gen. Mário Barreto França, Pr . Benedito Sampaio, D. Julieta Sales; por
três anos
— Pr. Fidélis Morales Bentancôr, Pr . Antônio Soares Ferreira, D. Floren-
tina Rodrigues Barreto, D.Stela Borges de Araújo, Pr . Nemésio Fernandes de
Carva lho.
A S S O C I A Ç Ã O F I L A N T R Ó P I C A R U I B A R B O S A
Nasceu essa entidade f ilantrópica em 1952, com o irmão Manoel Bernardes
de Ol ivei ra , na loca l idade denom inada Ponto de Cac imbas , no mun ic íp io de São
João da Bar ra .
Narra ele que se inspirou no idealismo do Pr. Antônio Soares Ferreira que
fund ara , em 1946, o Or fan a to Ba t is ta de Aper ibé . Resolveu e le, en tão , fun dar u m
abrigo para velhos desamparados. Orou ao Senhor Deus e, logo, a obra era orga-
nizada .
Hoje, além do abrigo para velhos, de ambos os sexos, a Associação Filantró-
p i c a R ui B a r b o s a m a n t é m s e r v i ç o s m é d i c o - h o s p i t a l a r e s , a m b u l a t o r i a i s ,
f i s io te rápicos e odontológicos . -
Naquela região não há nenhuma instituição de beneficência ou serviço social,
que r po r pa r te do governo fede ra l , e s tadua l ou munic ipa l . Ass im, é e ssa a ssoc iação
a pioneira e, no momento, a única. Isso, graças ao espír ito humanitário, de despren-
dimento e de ze lo pe la obra do Senhor demons trado pe lo i rmão Manoe l Berna rdes
de Oliveira.
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São inestimáveis os serviços que essa entidade tem prestado àquela região,
atendendo, às vezes, a pessoas vindas até da fronteira com o Estado do Espír ito
Santo .
Merece aplausos e nossa cooperação o i rmão Manoe l , a quem o Senhor tem
usado pa ra a manutenção dessa obra mer i tór ia , grande inspi ração pa ra tantos
quan tos a têm conhecido. Todos devíamos visitá-la e procurar imitar o irm ão M anoel
B e r n a r d e s d e O l i v e i r a .
SAGRAÇÃO DE BISPOS EM TEMPIX) BATISTA
Ocasionou ce r to cons t rangimento ent re os ba t is ta s f luminenses o episódio
que se verif icou no templo da Primeira Igreja Batista de Petrópolis, em 1954. Por
sua própr ia in ic ia tiva , o Pas tor W i lson Régis autor izou a cúpula da " Igre ja Ca tó-
lica Livre" a realizar a cerimôn ia de "sagr ação de bis pos " que a ela estavam filiado s,
usand o pa ra i sso o templo daque la igre ja ba t is ta .
O assunto prendeu a atenção dos mensageiros à assembléia convencional que
se realizou em Itaperuna, em julho de 1954, os quais se mostraram surpresos, estra-
nhando o procedimento daque le pas tor e sua igre ja .
O assunto fo i levado, também, ao p lená r io da Ordem dos M inis t ros Ba t is ta s
do Estad o do Rio de Janeiro. Depois de sabatinad o, o Pastor W ilson Régis fez apre -
sentar suas explicações. Da ata daquela reunião, realizada em 10 de julho de 1954,
extraímos:
' ' Disse (o Pastor W ilson Régis) que autoriza ra, realmente, tais ceri-
môn ias no temp lo de sua igreja, sem julgar que isso viesse a trazer tan ta
ce leuma e tantos comentá r ios desfavoráve is . "
Logo após a r ea l ização da a ssemblé ia convenc iona l em I tape runa , em ju lh o
de 1954, o Pr. Fidélis Morales B entanc ôr escreveu um art igo para o O Norte Batista,
órgão da Assoc iação Ba t is ta Nor te , sob o t í tu lo "Qua tro Passos Pa ra Trás" .
O pr ime iro "passo pa ra t r á s" comentado por e le fo i o r e fe rente ao caso da
sagração de um bispo da Igreja Católica Livre no templo da Primeira Igreja Batista
de Petrópolis.
Acho u o Pr. Fidélis que foi pou co o aperto dad o pelos pastores ao Pr. W ilson
Régis que, ainda, lhe deram, depois, posiç ão saliente na convenção. O Pr. W aldemar
Zar ro r e spondeu, em O Escudeiro Batista, de 30 de novembro de 1954, em du as
páginas, ao "Quatro Passos Para Trás", dizendo que a União de Pastores (esse era
o nome na época) "agiu c r i te r iosamente , r eprovando o ma l , abraçando o obre i ro
e amparando-o numa hora d i f íc i l" .
ORDEM DOS PASTORES BATISTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Em julho de 1951, por inspiração do Pastor João Barreto da Silva, foi orga-
nizada, em Camp os, a União de Pastores Batistas do Estado do Rio. O Pastor Barreto -
foi, por mais de dez anos, o seu presidente, tendo sido sucedido pelo Pastor W aldemar
Zarro, que esteve, por vários anos, à frente dessa entidade.
Esses dois presidentes levaram essa organ ização a promover, anualm ente, um
re t i ro pa ra os pas tores , que foram rea l izados em Camp os, no ac ampam ento de R io
Dourado, e em Santa Maria Madalena. Para esses retiros, foram convidados prele-
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tores como : Reynaldo Purim , Mano el Avelino de Souza , Knéas Tognini, W crner
Kaschel, Ebenézer Soares Ferreira, Harold Renfrow, John Riffey, Fidélis Morales
Bentancôr.
Apó s alguns anos à frente da entidade , o Pastor W aldemar Z arro foi suce-
dido pe lo Pas tor Ni lson do Amara l Fànini , que procurou da r nova or ientação aos
retiros. Esses passaram a ser realizados no Acampamento Batista Fluminense, em
Rio Bonito. Novos assuntos eram trazidos para debate e, até , preletores da outra
América foram convidados para estarem nesses retiros.
Com a posterior eleição do Pastor Antônio Moreira Portes, para presidente,
uma nova fase foi iniciada, retratada na mudança do nome de União de Pastores
Batistas Fluminenses para Ordem do s Ministros Batistas do Brasil, seção do E stado
do Rio.
Em per íodos subseqüentes , ocuparam a pres idênc ia da Ordem os Pas tores
Arides Martins da Rocha, Diocezir Alberto, Francisco Cerqueira Bastos, Edgard
Bar re to Antunes , Joaquim de Paula Rosa , José de Souza Gama, El ia s Carva lho
de Sá, Nilson Dimárzio e João Batista Paulo Guedes.
Secretário — Executivo da Ordem
Por vinte anos, o Pastor João Batista Paulo Guedes ocupou o cargo dc
secretário-executivo da Ordem dos Ministros Batistas do Brasil, seção do Estado
do Rio. Foi sempre muito atuan te, pod endo ser destacadas, no período d e sua gestão,
as seguintes atividades:
1. Criação do FUNAPAS, que era um fun do de auxílio aos pastores. Esse
fund o chegou a a lcança r qua t ro mi lhões de c ruze i ros .
2. Cond ecoração nas assembléias convencionais — Eram momen tos de grande
solenidade, promovidos pela Ordem para homenagear os obreiros que completavam
25, 30, 40 e 50 anos de ministério. A esses era entregue uma comenda, de acordo
com o número de anos de minis té r io que a lcançavam. Havia qua t ro comendas pa ra
serem entregues, em homenag em à mem ória dos pastores: A.B.Christie , João Barreto
da Silva, Monoel Avelino de Souza e Elias Vidal.
3. Instituição d a carteira de sócio. Antes dessa, só era aceita a da Ordem dos
Ministros Batistas do Brasil.
4. Criação da Biblioteca da Ordem, com o acervo que lhe fora doado pelo
Colégio Batista de Niterói, quando do seu fechamento.
5. Promoção de intercâmbio entre a Ordem Flu minens e e a Paulista . Os f lumi-
nenses participaram de um retiro de pastores paulistas e esses, de um retiro de pastores
f luminenses .
6 . Cr iação do DIACOPBERJ — Esse depar tam ento agrupava os d iáconos
de igrejas batistas f luminens es. Houv e resistência, por parte de alguns líderes deno-
minac iona is , qu anto à c r iação desse depar tamento . Apó s se te anos dc e sforços , ele
foi formado . O Dr. Paulo Ribeiro foi eleito o primeiro presidente dessa organização,
e o Pas tor F idél is Mora les Bentancôr fo i r econhec ido como p a t rono da mesm a .
7. Instalação da sede oficial da Ordem , em duas salas do extinto Colégio Batista
de Niterói, logo após a assinatura do Acordo do Ingá.
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Novo Secretário-Executivo
Substituiu o Pastor Paulo Guedes na secretaria-exeeutiva, o Pr. Dario Braga,
que f icou na função durante cerca dc três anos. Depois dele, tomou posse o Pr.
Judson Garcia Bastos, que está na função de secretário-executivo da OMERJ, de
1986 até a presente data (1991). O Pastor Judson tem procurado imprimir um dina-
mismo especial ao trabalho, que teve sua nomenc latura mu dad a. H oje ela é cham ada
Ordem dos Pas tores Ba t is ta s do Estado do R io de Jane i ro — OPBERJ.
A Obra da OPBERJ
É inestimável a obra realizada pela Ordem dos Pastores Batistas do Estado
do Rio de Janeiro. Anualmente, durante o mês de maio, ela promove um retiro que
é bem concorrido. A ele têm comparecido até cerca de trezentos pastores.
A OPB ER J estabelece seções associacionais. Assim, tem-se tornad o mais fácil
o congraçamcnto entre os obreiros e o trabalho tem-se desenvolvido mais c melhor.
Os retiros têm sido dc grande proveito para todos os pastores que deles têm
par t ic ipado. A lém de se r um per íod o de descanso e laze r, é também uma opor tu -
nidade para que os colegas troquem idéias, apresentem seus planos, problemas, etc.
Além da cam aradagem desfru tada, há o grande privilégio de se fazer uma reciclagem,
ouvindo-se mensagens e f azendo-se os e s tudos apresentados pe los pre le tores . É
sempre um período que o obreiro aproveita para aumentar sua bagagem cultural
c espir itual.
Algumas Importantes Decisões da Ordem dos Pastores
Muitos foram os a ssuntos t r a tados na Ordem dos Pas tores Ba t ista s do E stado
do Rio de Janeiro. Salientamos os seguintes:
1. Recondução de ex-pastores ao ministério sagrado. Se o pastor foi excluído,
ele perde a investidura ministerial. Reconciliando-se, ele é , apenas, um membro da
igreja. Caso uma igreja deseje vê-lo investido na função pastoral deve, então,
convocar um concilio para dar seu parecer sobre a possibilidade de restaurá-lo, ou
não, ao ministério.
2. Quanto à ordenação de pastores. Deve a igreja, que pretende promov er a
ordenação de a lguém ao minis té rio , proceder do mod o seguinte:
a) Publicar , com muita antecedência (quem sabe de quatro meses, no mínim o),
em o O Escudeiro Batista e em o O Jornal Batista, a Convocação de Concilio, dando
as qua l i f icações do candid a to e informa ndo que espe ra que a lguém que sa iba de
algo que desabone a sua conduta se pronuncie em tempo hábil, a f im de se evitar
const rangimentos de ú l t ima hora , ou mesmo futuros .
b) Evi ta r promover a ordenação, se no conc i l io não houver unanimidade .
3 . Quanto aos pas tores d ivorc iados . A Ordem se pos ic ionou contra r iamen te
à ordenaçã o de pessoas que sejam divorciadas, recordando que, para exercer o minis-
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tér io sagrado, o obreiro tem que ter um caráter ilibado e ser exemplo em tudo,
pr inc ipa lmente em sua v ida conjug a i .
O P R O B L E M A D E N O M I N A D O R E N O V A Ç Ã O E S P I R IT U A L
De quando em quando, surgem movimentos que têm cm mira o ape r fe iço-
amento espir itual dos crentes. Esses movimentos parecem cíclicos. Eles ocorrem
sempre quando os crentes começam a f icar meio apáticos quanto à vida espir itual.
Por volta do ano de 1958, surgiu o movimento que f icou denominado como
"Renovação Espir itual". Até que, no princípio, cie conquistou a simpatia de ilus-
tres líderes da denominação, tendo cm vista que o que ele buscava era uma maior
pureza na vida dos crentes e um maior fervor espir itual.
A missionária Rosalel Appleby já vinha, há anos, trabalhando e orando nesse
sentido e esperando que o "avivamento viesse à pátr ia brasileira". Ela era, real-
mente, a grande animad ora de um desp ertame nto n o seio das igrejas. Com seus livros
maravi lhosos como Ouro, Incenso e Mirra, Melodias na Alvorada, Vida Vitoriosa,
folhetos e palestras, ela ia , paulatinamente, semeando um ideal que, há muito, acalen-
tava.
O Pastor José Rego do Nascimento, que se formara no Seminário Teológico
Batista do Sul do Brasil, em 1951, estava pastoreando a Igreja Batista de Vitória
da Conq uis ta , Bahia , qu ando começou a sent ir - se inc l inado a leva r a bande ira que
a missionária R osalel desfrald ava. Por isso, começou a dedicar-se, de corpo c alma,
ao assunto.
A Igreja Batista de Lagoinha, em Belo Horizonte, o convidou, em maio de
1958, para pastoreá-la. Aí já havia um fermento do movimento que, logo depois,
vir ia a eclodir com grande ímpeto.
O movimento t r az ia no seu bojo um a grande espe rança . Era como que uma
lufada de novos ventos na d i reção de um grande des pe r tamento espi r i tua l .
Quand o mui tos já e s tavam entus ia smados com o movimento em curso , desco-
br i r am que , no mesmo, pe rmeavam dou tr inas de cunho pentecos ta l . José Rego do
Nasc imento pregava e esc revia sobre a "segu nda bênção" , que e ra o ba t ismo do
Espírito Santo, o que estava em desacordo com o que as igrejas batistas ensinavam.
O problema foi levado ao plenário da Convenção Batista Brasileira, pelo
grande líder mineiro, pastor Muryllo Casseti, que pediu a nomeação de uma
comissão para estudar o m ovimento q ue nascia e dar o parecer na assembléia conven-
c iona l seguinte . Como conseqüênc ia dessa proposta , foram nomeados , pe lo
presidente, Pr . Rubens Lopes, 12 pesso as para compo rem a comissão solic itada.
O plenário achou que o presidente deveria fazer parte da mesma. Assim, ela foi
form ada eom 13 elementos . F icou conhec ida como a "Comissão dos Treze". Dela
fizeram parte três que esposavam, abertamente, os ideais da "renovação espir itual"
— José Rego do Nascim ento, E néas Tognini e Achilles Barbo sa; e mais os seguintes
pastores: João Filson Soren, Harald Schally, Delcyr de Souza Lima, Reynaldo
Puri m, David Mein, W erner Kaschel, José dos Reis Pereira, David Gom es, R uben s
Lopes e Thurmon Bryant .
Enquanto a comissão prosseguia nos e s tudos ( após a apresentação de seu
primeiro relatório à assembléia convencional, em Vitória, em janeiro de 1963) os
pastores José Rego do Nascimento e Enéas Tognini resolveram deixar a ' ' Comissão
dos Treze ' ' .
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Por aí já se podia verif icar que rumos as coisas tomariam. Nesse ínterim, o
problema da " renovação" e s tava t r azendo mui tos d issabores ent re os obre i ros e
igrejas no Estado de Minas Gerais. A Igreja de Lagoinha, da qual o Pastor José
Rego do Nascimento era pastor , fora desligada da Convenção Batista Mineira, em
virtude de considerarem que ela estava com dou trinas pen tecostais. Algum as igrejas
simpatizantes da "re nov ação" se solidarizaram com a Igreja de Lagoinha c, em breve,
tr inta delas se desligavam da Convenção Batista Mineira.
O fermento atingiu nosso campo fluminense, através da Igreja Batista do
Fonseca, que, na ocasião, era liderada pelo Pr. Samuel Chagas, recém chegado
dc São Paulo, onde já havia manifestado as idéias de cunho carismático que
ir ia difundir no seio da referida igreja.
Ele fo i ganhando a s impa t ia de mui tos e de ixando pene tra r na membres ia
elementos oriundos da igreja pentecostal. Como alguns líderes se opuseram a
isso, ele levou a igreja a conceder-lhes carta compulsória ou exclusão. Assim,
os irmãos Osvaldo Gomes, Daniel Matta, Fidélis de Oliveira Rosa, Saliel do
Couto, Stênio Velasco e Jetro Maia foram alijados da igreja.
O grupo referido, excluído que fora, e outras pessoas mais, passaram a
se reunir , provisoriamente, em um salão na Rua Alzira Vargas, n? 72, Fonseca,
Niterói.
As igrejas de Niterói estavam apreensivas e perplexas com o que se passava.
Em conseqüência disso, em 12 de novembro de 1963, a Associação Batista Nite-
roiense enviou à Igreja do Fonseca uma carta pedindo que ela se definisse, no
prazo de t r ê s meses , sobre seu compor tamento doutr iná r io . "O pas tor comentou
sobre a carta dizendo que era iníqua e que não se devia responder". É o que
ficou em ata lavrada pelo irmão Daniel J.Matta, em 12 de novembro de 1963.
Uma comissão, pres id ida pe lo pas tor Dr . Erodice G.Ribe i ro , encaminhou
uma carta à igreja, já que ela não dera atenção à carta da associação, "sugerindo
que se exonerasse e excluísse do seu rol de membros o Pastor Samuel Chagas".
Como não chegassem a bom te rmo as conversações no âmbi to da a sso-
ciação, a Convenção Batista Fluminense foi chamada a participar , a f im de ajudar
a salvar aquela boa igreja, que tinha sido liderada, por muitos anos, pelo Pastor
Osmar Soares , grande l íde r fluminense.
O presidente da Convenção Batista Fluminense, Pastor Ebenézer Soares
Ferreira, se reuniu com o grupo da Igreja Batista do Fonseca, em 29 de julho
de 1964, cm Niterói, para buscar uma solução para o problema. O Pastor Samuel
Chagas compareceu com um grupo de i rmãos que já e s tavam bem "ch um bad os"
com os ensinos e práticas pentecostais, trazendo um memorial no qua l ,
de fendendo-se , acusava-se ma is a inda . Em ce r ta pa r te do documento e le a f i r -
mava : " O b a t ismo do E spír i to Santo é exper iênc ia d is t in ta do novo nasc imento
(regeneração e conversão). É a segunda bênção, pela submissão, total entrega,
segundo a obra da graça, plenitude do Espír ito. . .".
Foi feita uma ata dessa reunião, secretariada pelo Pastor Nilson do Amaral
Fanini. Ei- la:
"Às 22hl0m do dia 29 de julho de 1964, a convite do senhor presi-
dente, reuniram-se no gabinete pastoral da Primeira Igreja Batista
de Niterói, para apreciar a carta-resposta d a Igreja Batista do Fo nseca,
os seguintes pastores: Ebenézer Soares Ferreira, Osmar Soares, Guten-
berg Faria Gued es, Haro ld Renfrow, W altir Pereira da Silva, Ant ôni o
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Moreira Portes, Edmundo Antunes da Silva, Elias Vidal, Isaías
Barcelos, José de Sá, Joélcio Barreto, Belardim de Amorim Pimentel,
Neri Camargo, Nilson do Amaral Eanini, João José Soares Eilho
e mais um grupo de irmãos da referida igreja, inclusive o seu pastor ,
i rmão Samue l Chagas .
"O senhor presidente, pastor Ebenézer Soares Ferreira, convidou o
Pastor Fanini para secretariar a reunião. Em seguida, o Pastor João
José Soares Filho leu o documento da referida igreja. O presidente
historiou os fatos desde a associação, concilio, etc . Ouvindo aqueles
irmãos, chegou-se às seguintes conclusões:
1. Que fosse usada linguagem serena;
2. Que esta seria a última palavra da Igreja do Fonseca;
3. Que a decisão seria votada por unanimidade;
4. Que, segundo acha o próprio grupo da Igreja do Fonseca, certas
expressões da carta são injuriosas à igreja e ao seu pastor;
5. Que o parecer da Convenção Batista Brasileira transcrito no
documento do concilio, e endereçado ao rebanho, é criticado pela
Igreja do Fonseca;
6 . Que o pas tor não sabia o número exa to de membros a r ro lados
na Igreja do Fonseca, em vir tude de haver vários irmãos reunido-se
numa congregação;
7. Que a Igreja do Fonseca tem estatutos mas só poderão ser forne-
cidos mediante votação da referida igreja;
8 . Que são infundadas a s acusações cont idas no documento;
9. Que a carta-resposta foi elaborada por uma comissão eleita pela
igreja mas não foi submetida à mesma depois de redigida;
10. Que a Igreja do Fonseca discorda frontalmente do "Parecer da
Comissão dos Treze", aprovado pela Convenção Batista Brasileira;
11. Que a igreja não está em sintonia com a Convenção Batista Brasi-
leira;
12. Que a igreja ditou as linhas principais do documento e delegou
poderes à comissão para redigi- lo;
13. Que seja feito um apelo para cessarem os ataques à igreja e ao
seu pas tor , tan to pe la imprensa e sc r i ta quanto pe la f a lada .
Finalizando em clima cordial e fraterno, oraram os pastores:
Neri Camargo, J oão José Soares Filho e o irmã o Davi Ferreira Batista" .
Como os problemas fossem aumentados , a Igre ja Ba t is ta de Por to da
Madama, l ide rada pe lo Pas tor Ageu de Ol ive i ra P in to , fo i convidada pa ra da r
assistência ao grupo que discordava da liderança do Pastor Samuel Chagas. Vendo
que nada conseguira, resolveu convocar um concilio de igrejas batistas para
aconselhá-la na maneira de agir com o grupo que saiu da Igreja do Fonseca.
Reunindo-se o concilio, em 1? de novembro de 1964, este deu um parecer,
reconhecendo o grupo que estava desligado como sendo a legítima Igreja Batista
do Fonseca.
Como as c r ises f e rmentassem a inda , fo i enviado um aba ixo-ass inado, de
representantes de mais de dez associações, ao Pastor Ebenézer Soares Ferreira,
então pres idente da Convenção Ba t is ta F luminense , r equerendo a convocação
de uma assembléia extraordinária dessa convenção.
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Para registro histórico, transcrevemo-lo aqui:
"Exmo. Sr. Presidente da Convenção Batista Fluminense:
Conside rando o agravamento do problema da Igre ja Ba t is ta do
Fonseca;
conside rando que um grupo fo i a fas tado dc mane ira a rb i t r á r ia por
não concorda r com a or ientação doutr iná r ia seguida pe lo seu pas tor ;
considerando que esse grupo estava se dispersando por não ter alguém
que o orientasse de uma maneira segura;
conside rando que a convenção nomeou uma douta comissão a f im
dc tratar do problema relacionado com a referida igreja;
considerando, ainda, que o seu relatório só vir ia no próximo ano,
re ta rdando, a ss im , a so lução do problema , que merece no momento
uma certa urgência;
considerando que a Igreja de Porto da Madama foi solicitada a prestar
sua colaboração;
considerando, ainda, que essa igreja não deveria sozinha atuar na
solução do problema , convocou um conc i l io a f im de t r aça r uma
diretr iz para solução do problema, reunindo-se esse concilio no dia
1? de novembro de 1964, chegando à seguinte conclusão:
' R E C O N H C E N D O C O M O I G R E J A B A T I S T A D O F O N S E C A O
G R U P O C O N S T I T U Í D O D E I R M Ã O S A F A S T A D O S P E L A R E F E -
R I D A I G R E J A E Q U E S E R E Ú N E P R O V I S O R I A M E N T E À R U A
A L Z I R A V A R G A S , N ? 7 2 , F O N S E C A , N I T E R Ó I '
considerando que o problema afeto à Igreja Batista do Fonseca deve
ser de interesse geral de todas as igrejas batistas do Estado do Rio;
conside rando que os e s ta tu tos da Convenção Ba t is ta F luminense , no
capítulo III, art. 10?, § 2
o
, prevêem a convocação para tratar de assun-
tos de interesse geral,
A S IG R E J A S D E V Á R I A S A S S O C I A Ç Õ E S A B A I X O - A S S I N A D A S
V Ê M , M U I R E S P E I T O S A M E N T E , R E Q U E R E R A V O S S A
E X C E L Ê N C I A A C O N V O C A Ç Ã O D E U M A A S S E M B L É I A
C O N V E N C I O N A L E X T R A O R D I N Á R I A , E M D A TA E L O C A L
D E T E R M I N A D O S , A F IM D E R E F E R E N D A R A R E S O L U Ç Ã O
D O C O N C I L I O O U O Q U E A C O N V E N Ç Ã O J U L G A R D E
M E L H O R A L V I T R E " .
Assembléia Extraordinária da Convenção Batista Fluminense
Realizou-se no dia 15 de janeiro de 1965, no templo da Primeira Igreja
Ba t is ta de São Gonça lo , a Assemblé ia Extraordiná r ia da Convenção Ba t is ta
Fluminense, como prevêem os artigos 1? e 10? do capítulo III do seu estatuto,
para buscar solução para o problema relacionado com a Igreja Batista do Fonseca-
e seu pastor .
Depois de f aze r uma exposição dos f a tos que ocas ionaram a convocação,
o presidente, Pastor Ebenézer Soares Ferreira, encaminha o assunto, oferecendo
ao plená r io duas suges tões : 1) homo logação da dec isão do conc il io prom ovido
pe la Igre ja Ba t is ta do Por to da Madama, r econhecendo como legí t ima Igre ja
167
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Batista do Fonseca o grupo de irmãos dela afastados, que se reunia à Rua Alzira
Vargas, 92, no Fonseca; 2) reconsideração do assunto e, então, exclusão da Igreja
Batista do Fonseca da Convenção Batista Fluminense, uma vez que está incursa
no artigo 8?, letra b, do es ta tu to da mesma .
O Pastor Isaías Barcelos propôs a homologação da decisão do concilio
já referido. A proposta é discutida. O Pastor Antônio Coelho Varella faz, então,
proposta subs t i tu t iva nes te s te rmos:
"Considerando que muitos e variados esforços foram feitos para evitar
o desvio doutr iná r io da chamada Igre ja Ba t is ta do Fonseca ;
considerando-se que todos os esforços foram nulos e a referida igreja,
cada vez mais, se afasta das doutrinas aceitas e defendidas pelos
batistas;
considerando que é a própria igreja que, pela voz de uma comissão,
vem dize r -nos que 'nó s ' é que es tamos e r rados , i s to à luz da chama da
'Comissão dos Treze ' ;
cons ide rando que , dessa mane ira , e s tamos em campos opostos ;
proponho a e l iminação da c i tada igre ja , chamada Igre ja Ba t is ta do
F o n s e c a . " .
( i )
Usaram da palavra para discutir o assunto os pastores Jabniel Silva, Fidélis
Mora les Bentancôr , Antônio L oure i ro Be lota , W a ldemar Zar ro , W a l t ir Fe r rei r a
da Silva, I tamar F. de Souza, João Batista Paulo Guedes, José de Souza Herdy,
Abelar S. Siqueira, Clério Boechat, Benedito Sampaio, Raphael Zambrotti, sendo
que a maioria absoluta deles defendia a exclusão da Igreja Batista do Fonseca.
Posta em votação, a proposta substitutiva do Pastor Antônio Coelho Varella
venceu por 464 votos, contra três. Decidia assim o plenário pela exclusão da
igreja do rol de igrejas da Convenção Batista Fluminense. A ata dessa assembléia
extraordinária foi publicada, como apêndice, às páginas 22 a 24 dos Anais da
58? Assem bléia da Conv enção Batista Flu minen se, realizada de 12 a 16 de julho
de 1965, no templo da Segunda Igreja Batista de Campos.
Os pastores Gentil de Castro Faria, Raphael Zambrotti e Abelar S. Siqueira
fizeram, por escrito, declaração de voto, requerendo a inserção da mesma em
ata . Segundo o reda tor d ' O Escudeiro Batista, esses três pastores nã o eram
contra a exclusão da Igreja Batista do Fonseca, mas discordaram do proçesso
de votação apl icado na tomada dessa dec isão pe la convenção.
Realização da Convenção Batista Brasileira em Niterói
O assunto " renovação espi r i tua l" i r ia mesmo f ica r "sac ramentado" na
47? Assembléia da Convenção Batista Brasileira, que se realizou cm 1965, no
Templo da Primeira Igreja Batista de Niterói.
"Um obre i ro idoso e mui to exper imentado dec la rou que essa a ssem-
bléia, transferida que foi, à última hora, para Niterói, foi, no seu
entender , uma providênc ia de Deus , pois a ssuntos que v inham sendo
ar ras tados há longos anos foram dec id idos com o apoio mac iço dos
fluminenses, que desejavam solução rápida, por exemplo, para o
p r o b l e m a ' r e n o v a ç ã o e s p i r i t u a l p e n t e c o s t a l ' . "
(2 )
Nessa assembléia convencional havia muitos que desejavam protelar ainda
mais o a ssunto . Na qua l idade de pres idente da Convenção Ba t is ta F luminense ,
168
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o Pastor Ebenézer Soares Ferreira relatou ao plenário o que fora decidido na
assembléia extrordinária daquela convenção, realizada em janeiro daquele ano,
na Primeira Igreja Batista de São Gonçaío, no Estado do Rio de Janeiro.
O Pastor Trascy R. dos Santos formulou a proposta com quatro consi-
derandos, sugerindo qu e a Junta Executiva da Convenção B atista Brasileira f icasse
autorizada a receber os pareceres da comissão, que era relator iada pelo Pastor
José dos Re is Pe re i ra , ju lgando-os e dando aos mesmos os devidos encaminha-
m e n t o s , p u b l i c a n d o , a i n d a , n ' O Jornal Batista as suas decisões, para
conhecimento geral da denominação. Esta autorização seria , inclusive, para possí-
veis eliminações de igrejas.
A maioria absoluta dos mensageiros àquela assembléia convencional sentia
que essa proposta pa rec ia prote la tór ia .
O Pastor Isaías Barcelos propõe:
"O desligamento de todas as igrejas que foram excluídas das conven-
ções e s tadua is por mot ivo de sua ident i f icação doutr iná r io-prá t ica
com o movimento renovacionista pentecostal ora em curso no Brasil,
sempre que solicitado a fazê-lo e que a Convenção Batista Brasileira
evite trazer para o seu rol cooperativo igrejas que não tiverem sido
previamente ligadas às convenções estaduais, e , ao mesmo tempo,
des l igue se houver qua lqu er convenção es tadua l l igada ao mov imento
suprac i tado."
(3)
O Pastor Delcyr de Souza Lima formulou a emenda seguinte, que foi logo
aprovada: ". . .e que, doravante, passe a considerar , para desligamento, todos os
casos que venham a ser solicitados por convenções estaduais".
A emenda De lcyr de Souza Lima fo i incorporada à proposta subs t i tu t iva
do Pastor Isaías Barcelos, que f icou assim redigida:
"Que esta convenção desligue do seu rol de igrejas cooperativas as
que forem excluídas das convenções estaduais, por motivo de sua
ident i f icação doutr iná r io-prá t ica com o movimento renovac ionis ta
pentecostal ora em curso no Brasil e que, doravante, passe a consi-
derar para desligamento todos os casos que venham a ser solicitados
por convenções e s tadua is" .
<4)
O plenário aprovou, com 912 votos contra 60, a substitutiva com a emenda
Delcyr de Souza Lima . Em seguida , conforme edi tor ia l n ' O Escudeiro Batista,
"O presidente, Pr . Rubens Lopes, fez a seguinte proelamação oficial:
'Na qualidade de Presidente da Convenção Batista Brasileira, declaro,
para os devidos f ins, desligadas do rol de igrejas cooperantes da
Convenção Batista Brasileira, a Igreja Batista do Fonseca, sita à
Alameda São Boaventura, 937, em Niterói, e as igrejas batistas perten-
centes à Convenção Batista Mineira, que estiverem ligadas ao cham ado -
movimento de r enovação espi r i tua l ' . "
(5)
Assim, encerrava-se na história dos batistas brasileiros o doloroso capítulo
"renovação espi r i tua l" . Durante a s d iscussões em plená r io , já d isse ra o Pas tor
Erodice de Que iroz , em momentos de aca lorados deba tes : "E pre fe r íve l um f im
hor roroso a um hor ror sem f im" .
169
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Retomada do Templo
Depois de ter sido definida pela Convenção Batista Fluminense a verda-
deira Igreja Batista do Fonseca, o grupo que acompanhava o Pastor Samuel
Chagas se recusava a deixar o templo e suas dependências.
Desde os primórdios do trabalho batista no estado, a liderança teve cuidado
com os bens imóveis das igrejas. A Sociedade Patr imonial Batista , cr iada cm
1918, tinha cm seu nome 90% das escrituras dos templos. Assim, vinha dando
respaldo nas questões jurídicas em que as igrejas se viam envolvidas.
Tendo disso conhecimento, o Pastor A geu de Oliveira Pinto, ent ão secretário-
-executivo interino da Junta Coordenadora, em nome do grupo reconhecido como
Igreja Batista do Fonseca, recorreu ao advogado Dr. Evaldo Saramango Pinheiro,
que , na época , e ra também deputado es tadua l . Pa ra da r seguimento ao processo
de re tomada do templo , fo i - lhe passada p rocuração pe lo pres idente da Soc iedade
Pa tr imonia l Ba t is ta de Campos, Pas tor Ebenéze r Soares Fe r re i r a .
Em pouco tempo, o juiz daria ganho de causa à legítima Igreja Batista
do Fonseca. Indo levar a intimação para que os imóveis fossem desocupados,
o oficial de justiça ouviu do Pastor Samuel Chagas, em desespero, a frase
dramático-teatral: "Agora vai sair o fogo e entrar o gelo".
Na 58a. Assembléia da Convenção Batista Fluminense, realizada de 12
a 16 de julho de 1965, na Segunda Igreja Batista de Camp os, foi aprova da p ropos ta
do Pasto r W aldemar Zarro, no sentido de se reconhecer o trabalho do ilustre
advogado como pa t rono daque la causa , ac ionada pe la Soc iedade Pa t r imonia l
Ba t is ta . Na mesma sessão , o Pas tor Be la rdim de Amor im P imente l f ez proposta
para "que se registrasse em ata uma palavra de apreciação ao Pastor Ageu de
Olive i ra P in to , pe la a tuação br i lhante e denodada na causa da Igre ja Ba t is ta
do Fonseca".
Ass im, deu-se por ence r rada aque la ques tão , que poder ia se te r e s tendido
por longo tempo, a inda , não fora a habi l idade de mui tos obre i ros in te ressados
no bom andamento da obra do Mestre .
Pena que um movimento que visava a altos ideais fosse se degerando, por
falta de tato de alguns, e de humildade de outros.
Não podemos o lv ida r aqui a grande contr ibuição do Dr . Edwin Or r , que ,
no ano de 1952, visitou 20 estados, pregando em muitas igrejas sobre Desper-
tamento Espiritual. O livro Redemoinhos do Sul, escrito por Lauro Bretones,
descreve essa contr ibuição.
O Pr. Humberto Viegas Fernandes, em seu livro Renovação Espiritual no
Brasil; e r ros e ve rdades , pe r f i lha também es ta opinião de que o movimento que
despertou tantas esperanças em muitos, vir ia a degenerar-se por falta de certo
ta to de mui tos quando t ive ram de enf rentá - lo .
S U S T A D A A R E P R E S E N T A Ç Ã O D E T R Ê S I G R E J A S
N A A S S E M B L É I A C O N V E N C I O N A L D E 1 9 5 8
Isso ocorreu na Assembléia da Convenção Batista Fluminense, realizada
no dia 26 de julho de 1958, em Campos. O presidente, Pastor Manoel Avelino
de Souza, conforme declara a ata da sessão em que se dá o fato, após explicar
170
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que "problemas de a lgumas igre ja s do es tado tendem a desvir tua r nosso
programa", e declarar que "posições f irmes e decididas devemos tomar nesse
instante", faz "sugestão de que a Igreja Batista de Neves, uma das que têm
sérios problemas e que tem mensageiros presentes," seja sustada da presente
assembléia convencional.
Pa ra da r pa rece r sobre o a ssunto , é nomeada uma comissão, composta
dos pastores: João Barreto da Silva, Edmundo Antunes da Silva, Manoel Bento
da Silva, José Murta e Ageu Netto. Essa comissão trataria dos problemas rela-
cionados às igrejas de Neves, Vila Norma e I tatiaia, essas duas últimas situadas
em Duque de Caxias.
Relatório da Comissão Sobre o Problema das Três Igrejas
Depois de realizar seu trabalho, a comissão apresentou à assembléia a
sugestão de que as três igrejas envolvidas tivessem suas representações sustadas,
a té que seus problemas fossem soluc ionados .
Discutindo o assunto, vários oradores usaram da palavra. Entre eles, o
Pastor Fidélis Morales Bentancôr, que dizia discordar do preâmbulo do parecer
apresentado pe la comissão e que se fosse " re t i r ada a pa r te que ju lga in te r fe -
rência da convenção na disciplina da igreja, também ele votaria nessa proposta
da comissão". Por sugestão do Pastor José Hespanhol, em aparte, o Pastor Fidélis
Bentancôr apresentou sua proposta :
"Proponho que se ja cance lada a in t rodução da proposta apresentada
pela comissão, e que a representação da Igreja dc Neves f ique sustada
a té que se normal ize a s i tuação."" '
Colocada em votação, e ssa proposta fo i aprovada por unanimidade .
Ainda conforme a ata da referida sessão, f icam assim resolvidos os outros
dois casos:
" B —
Caso Vila Norma
— A assembléia aprova o parecer, po r unani-
midade .
C — Caso Itatiaia — Também aprovado por unanimidad e .
Pr. Elias Vidal, Secretário
Pr. Manoel Avelino de Souza, Presidente."
R E C O N D U Ç Ã O D E P A S T O R E S A O M I N I S T É R I O
Até 1957, não se tinha verif icado, no campo fluminense, nenhum caso
dc recondução de ex-pastores ao ministério. Nesse ano, o assunto começou a
ser focalizado, ora em retiros de pastores, ora em publicações n' O Escudeiro
Batista.
A Primeira Igreja Batista de Niterói promoveu, em 1957, com a orientação
de seu pastor , Manoel Avelino de Souza, a recondução do irmão Evódio Queiroz -
às atividades pastorais. Esse irmão passara muitos anos afastado dessas ativi-
dades e, como membro da referida igreja, demonstrava, agora, estar em condições
de exercer o ministério sagrado.
Também a Igreja Batista de Tabua, orientada pelo Pastor Salvador Borges,
promoveu a recondução ao ministério da palavra do irmã o Benedito Borges
171
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Bote lho, também conhec ido, em sua região , como Pas tor "Diquinho" . O i rmão
Benedito fora obreiro muito estimado. Passara, no entanto, por uma crise,
afastando-se da igreja e vivendo de modo contrário ao evangelho. Depois de
alguns anos, voltou, como o pródigo, e , animado, passou a honrar o evangelho
e o ministério para o qual fora reconduzido.
172
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Capítulo XII
PERÍODO DE EXPANSÃO EVANGELÍSTICA
E MISSIONÁRIA
C A M P A N H A D E E V A N G E L I Z A Ç Ã O N A D É C A D A D E 6 0
Com o apo io das qua t ro jun tas e s tadua is , vá r ia s campanhas evange lís t icas
foram realizadas em nosso estado, visando a despertar as igrejas e conscientizá-
- las de que era necessário manter vivo o espír ito evangelístico dos primórdios
do es tabe lec imento do t r aba lho do Senhor em nossa pá t r ia .
Assim é que, sob orientação do missionário John Riffey e do Pastor Elias
Vidal, foi lançada a Primeira Campanha Simultânea de Evangelização, no Estado
do Rio. Logo surgiram também o I Congresso e a I Clínica de Evangelismo,
que procuravam enfatizar a necessidade de os crentes se ocuparem mais com
a evangelização
Foram mui to pos i t ivos os r e sul tados da I Campanha S imul tânea de Evan-
ge l ização. Empolgados com esses r e sul tados , os ba t is ta s f luminenses lança ram
a segunda , que não sur t iu tão grandes e fe i tos .
Esses dois períodos de campanhas evangelísticas foram, de fato, períodos
de sacudide la de nossas f ibras de amor à propagação do evange lho. Houve c la r i -
nadas, reuniões de despertamento, conferências aqui e ali, com pregadores até
de outros e s tados .
O âmbi to nac iona l fo i também a t ingido pe la P r ime ira Camp anha Nac iona l
de Evangelização. Foi uma grande bênção esse movimento entre os batistas do
Brasil, resultado de esforço conjunto de pastores e igrejas, incentivadas pelo
Pastor Rubens Lopes, que muito fez para que se alcançasse o alvo desejado.
Cremos que a grande contr ibuição pa ra o despe r tamen to das igre ja s quanto
ao evangelismo partiu principalmente da realização do 10°. Congresso da Aliança -
Batista Mundial, realizado em julho de 1960, no Maracanazinho, no Rio de
Jane iro . Grande impac to , tam bém, causou o ence r ramento desse congresso , com
a concentração evangelística realizada no Maracanã, com a pregação de Billy
Graham e a bela interpretação do Dr. João Soren, eleito como Presidente da
Aliança Batista Mundial para o período de 1960 a 1965.
173
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Como resul tado dessa P r ime ira Campanha Nac iona l de Evange l ização,
manifestaram-se decididas 28.282 pessoas. Destas, segundo informações do, então
secretário, Pastor Elias Vidal, registrou-se que 14.112 sc batizaram e 41 novas
igre ja s foram organizadas no Estado do R io .
Trouxeram maior despe r tamento e mot ivação pa ra o des lanchamento de
campanhas evangelísticas de grande porte, entre os batistas f luminenses, a chegada
do missionário Harold Renfrow, em 1962, e a vinda do Pastor Nilson do Amaral
Fanini, para pastorear a Primeira Igreja Batista de Niterói.
S E M I N Á R I O T E O L Ó G I C O B A T I S T A F L U M I N E N S E
Em fins do ano de 1962, sentindo que o preparo de pastores traria grandes
benefícios para a obra batista no Estado do Rio, o Pastor Ebenézer Soares Ferreira
reuniu um grupo de obreiros e lhes expôs seu ideal de criar , em Campos, um
seminário teológico. Outra era a idéia do Pastor João Barreto da Silva, o grande
homem de visão: cr iar uma Faculdade de Ciências Econômicas e, mais tarde,
a de Filosofia. Foi mais convincente, porém, a idéia da criação do seminário.
Assim, tendo visto c ouvido os planos do Pastor Ebenézer Soares Ferreira, alguns
obre i ros o apoia ram; outros , mostram-se cé t icos quanto à in ic ia t iva e , a inda
outros, postaram-se como os espias de Canaã, vendo só gigantes à sua frente.
As razões apresentadas para a criação do seminário eram as seguintes:
1. Suprir a falta de obreiros, pois o número de igrejas aumentava dia-a-dia,
sendo a inda poucos os pas tores .
2. Intensif icar a obra. Não ob stante ser o Estado d o Rio o que mais progredia
com respeito ao evangelho, sabia-se que os batistas f luminenses estavam muito
aquém do que poder iam faze r .
3 . Dar opo r tunida de a mui tos vocac ionados que , por não te rem os r ecursos
necessá r ios , não se poder iam mante r no seminár io do R io de Jane i ro .
Aula Inaugural
O dia 11 de março de 1963 f icará nos anais dos batistas f luminenses como
um dos ma is impor tantes , pois nessa da ta fo i so lenemente inaugurado o Semi-
nário Teológico Batista Fluminense, tendo em Campos a sua sede.
O Dr. José Silveira Filho, em seu histórico sobre a organização do semi-
ná r io , comentou:
"Como vinha sendo amplamente anunc iado, ins ta lou-se no d ia 11
de março do cor rente ano, no templo da Segunda Igre ja Ba t is ta de
Campos, d iante de se le to audi tór io , o ans iosamente e spe rado Semi-
nário Teológico Batista Fluminense , por inspi ração de um grupo de
obreiros que sentem a premente necessidade da obra, tendo à frente
a f igura des temida e idea l is ta do jovem Pres idente da Convenção
Batista Fluminense, Pastor Ebenézer Soares Ferreira, que foi escolhido
como reitor da instituição nascente.
"Na rea l idade , de há mui to se sent ia a necess idade da organização
dessa 'escola de profetas' no Estado do Rio — o que, aliás, desde
o ano de 1911, já era um sonho do inesquecível Christie — de vez
174
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que o trabalho no campo fluminense cresce e se desenvolve a passos
largos, mercê de Deus, e nem sempre o famoso
Seminário do Sul
é acessível a todos os vocacionados jovens destas plagas, por motivos
óbvios.
"Assim, se aquela grande instituição no Rio de Janeiro c uma bênção
e uma indiscutível necessidade para o centro e o sul do Brasil batista ,
menos ve rdade também não é que nem todos têm condições de
demandar à C idade Maravi lhosa , e a l i pe rmanecer qua t ro ou c inco
anos a f io, num preparo especializado que lhes possibilite um minis-
tério fecundo e competente. Há que se instalar , de fato, outros
seminários pelo interior . E, no Estado do Rio, por sua privilegiada
s i tuação geográ f ica , por sua densa população geográ f ica , por sua
densa popu lação evangé l ica , pe la poss ib i l idade de um corpo docente
idôneo, tanto q uanto pe la f ac i lidade de acomodaçõ es , e por tudo
o mais que se conhece , nenhum a c idade ma is indicada pa ra o func io-
namento de uma ins t itu ição como es ta , que Campos, a f am osa 'Pé rola
do Paraíba ' .
"A aula inaug ura l , profe r iu-a , com sabedor ia e v iva emoção, o P rof .
Rev. Benjamin Lenz de Araújo César — um presbiteriano de escol
e amigo, colaborador , mui to ma is colaborador dos ba t is ta s do que
muitos batistas — sobre o seguinte e interessantíssimo assunto: 'O
Casamento em Israel ' . Um primor. Falou 50 minutos, isto é, das 20h
35m às 21h 25m horas. Mas só essa Aula (com A maiúsculo) valeu
a noite . É um indicio seguro de que o Seminário Teológico Batista
Fluminense, em Campos, em breve, se ombreará com os melhores
do país. Disso não sc tenha a menor dúvida: quem viver, verá ".
(1 )
Mudança de Diretor do Seminário
Após dir igir o Seminário Teológico Batista Fluminense, desde sua orga-
nização em 11 de março de 1963, o Pastor Ebenézer Soares Ferreira deixou sua
direção em dezembro de 1984 — em vir tude de ter aceito o convite para ser
Reitor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, com sede no Rio de
Jane iro .
Substituiu-o nessa função, o Pr. Silas Quirino de Carvalho, que já lecio-
nava Velho Testamento na instituição.
O Pr . S ila s Quir ino de Carva lho tem demon strado se r um obre i ro d inâmico
e consagrado. Com a ajuda prestimosa da Deã, Profa. Nely Soares Ferreira,
e do corpo docente , e le vem rea l izando um t raba lho d igno de aplausos à f r ente
da referida instituição, ao mesmo tempo em que desenvolve um grande minis-
tério à frente da Igreja Batista de Parque Corrientes, em Campos.
Formados pelo Seminário Teológico Batista Fluminense
1966 — Alceir Faria Pereira, Jo sc Pereira da Silva; 1968 — An tôni o Ferreira
Maciel, Gcny Barreto Viana, Izaías Gomes de Castro, José Rodrigues de Azevedo,
Moac ir Cunha , Rober to de Ol ive i ra ; 1969 — Aroldo Sa r lo , F ranc isco Antônio
175
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Amorim, Gclson de Souza Dutra, Manoel Vieira de Menezes, Moisés da Silva
Cun ha, Saulo Luiz; 1970 — Almir Vagner Pereira, Eraldo Soares de Souza, Ismael
José Ferreira, Onório Antônio da Silva, Ozéas Ramos de Faria, Raimundo
Ponci ano, W almir Am azon as, Zilá Farias; 1971 — Edma r Pereira da Silva,
Emoildes Alves Freitas, Esmeraldo Veiga Sales, Geraldo Geremias, Haroldo de
Jesus Rodrigues, Jailto n Barreto Rangel, Jorge Andrade , Ledir Cintra; 1972 —
Aleeil Amaro dos Santos, Anízio André Evangelista , Elton Rangel, Emídio
Bragança, Ionice Vieira Alves, Odilar Valvique Dias, Paulo Duarte Neves; 1973
— Elza Gomes dos Santos, Enoch Jesus dos Santos, Eunice Neves Duarte, João
Francisco Soares, Luiz Almeida Bonfim, Roberto da Rosa Duarte, Roberto da
Silva Carvalh o, Sueli Nogueira, W andis José dos Santo s; 1974 — Berenice Nasci-
mento Mendonça, Ediek Pereira Nunes, Elias Pereira Braga, Luiz Carlos Silva
Araújo, Manoel de Macedo Alves, Salmon Alencar de Souza; 1975 — Alcebíades
Pereira da Silva, Élcio Augusto dos Santos, Erinete Carvalho de Sá, Eusaldy
Gonçalves Nunes, Francisco Gomes de Souza, Gaspar Carneiro de Araújo, Ismael
Bento da Silva, Ismael Franco, Julião Neves, Miralva Faria Fonseca, Moacir
Pereira Cardoso, Nogni da Silva Brand, Valter Gomes Pereira; 1976 — Aunir
Pereira Carneiro, Éden Antônio de Souza, Elizabeth Souza de Carvalho, Enéas
Borges S indra , Jurene Nunes Neves , Manoe l Araújo P in to , Marcos Antônio
Gonçalves de Paula, Roberto Vieira Macharet; 1977 — Alzira Tavares da Silva,
Ciro dos Santos Silva, Erodias Pereira Passos, Ester Gomes Godoy, Everaldo
Pereira França, Genival Assunção Chaves, Heleno Bissonho Rios, Jane Rocha
Moraes , Jú l io Mar ia de Miranda , Mar i lena Camacho de Ol ive i ra , Mar ina Le ide
Silva, Zaqueu Matias dos Santos; 1978 — Elias de Souza Mollino, Evaristo
Lacerda, Helyane Rodrigues Sarlo, Luiz de Souza Neto, Salvador Mendes de
Oliveira; 1979 — Arn ald o Stellet, Deoel eciano U n o Sepúlved a, Eliane Ribeiro,
Élio Cordeiro dc Mello, Francisco José Carvalho Izidoro, Maderval Pereira
Cardo so, Osvald o Reis do Ama ral Barros , W alter Corrêa; 1980 — Alcilei Rangel
Vi laça , Amaro da S i lva Viana , C laudine te Mota de Mesqui ta , C lébe r Lemos
de Almeida, Crenilda Pereira Gonçalves Viana, Edson Silva do Nascimento,
Eliezer Oliveira da Silva, Izaura Maria Rodrigues Rangel, João Batista das Chagas
Gomes, Maria Izabel Silva Toledo, Milton A lves de Oliveira, Nilda Ribeiro Barreto,
Reinaldo Bébi Fernand ez Candi a, Vanderlei Mac had o dc Souza , W aldecy Dias;
1981 — Airtes Silva, Alverino Ribeiro Filho, Anízio César Silveira de Araújo,
Aracy Cardoso Ganhoto, Dulcinéa Ribeiro dos Santos, Élvio Rosenberg da Silva
Abreu, Enélcio José dos Santos, Francisco Carlos dos Santos Azevedo, Fran-
cisco Elias Manhães, Francisco Machado Rodrigues, José Fernandes de Assis,
Luiz Henr ique Fa r ia Mende l , Norma de Almeida Caste la r de Souza , Oz imar
Machado Leite, Sérgio Giacomin; 1982 — Alceni França da Silva, Donito
Gonçalves Pereira, Edalma Ferreira Paes, Elizabete Clementino Rodrigues, Elizete
Ferreira Paes, Francisco das Chagas da Silva, Ivone Corrêa de Castro, Jair da
Cruz, Jocilda de Souza Rocha, Marta Tinoco Luy, Marluiz Stelet da Silva, Moisés
Bravo de Oliveira, Nivaldo de Souza, Paulo Cézar Pereira Lima, Paulo César
de Lima Gaspar, Paulo Roberto Macedo, Rogério José Trindade dc Moraes,
Silmar Gomes da Silva;
1983 — Alfredo Ferreira Rodrigues, Clóvis Torqüato, Demerval Pereira Lima,
Edevaldes dos Santos Ferreira, Fernando César Figueiredo Trindade, Jedaías
Ferreira de Azevedo, José Pereira Leite , Lécio Batista , Marinete de Souza
176
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Mendonça, Marlene Brito de Oliveira, Marly Volotão Bovió, Manoel Messias
da Silva, Rubelino Ignácio da Cunh a; 1984 — Alberto Lim a, Antôn io Ca rlos
Fernandes Mageschi, Antônio Luiz Guimarães Messias, Celson França da Silva,
Ceni lza Andrade , Di lme Cout inho da Rosa , Eunice Barbosa Cor rêa , Fe rnando
Sérgio Trindade Crespo, Jairo de Souza, José de Macedo Alves, Marcianita Cunha
de Mendonça , Orbás io Bastos de Almeida , Pauledir Car los Emer ich , Pedro
Salvador de Azevedo, Roncm Rodrigues do Amaral, Sebastião Gomes Filho,
Alceir Inácio Ferreira; 1985 — Arlindo Pereira da Rosa Júnior, Carlos Alberto
Machado, Cefe r ino Arévoles Córdoba , C láudio Luiz Bar roso Viana , C láudio
Vágner de Almeida Trindade, Dario Francisco de Oliveira, David Ramos da Silva,
Deiva Ramos Rangel, Gcdeão Bispo de Souza, Geralda Agostinha Inácia Miran-
dola, Henrique Antônio da Cunha Araújo, Inez Mendes Valente Machado, Jeives
Pontes Soares, João Gonçalves dos Santos, Manoel Messias Alencar Rangel,
Marcos Aurélio da Silva Braga, Marilane Flores Tavares, Nélson Pinheiro do
Carmo, Nilcéa da Silva, Paulo Zarro de Freitas, Renato Braga Gonçalves da
Silva, Rivanildo Pereira Diniz, Ruth Rodrigues Silva, Silsa France Trindade Crespo,
Samuel Mirândola, Shir ley Alves, Vanderlei Alves Marinho, Valdelir Barros
Simões; 1986 — Antônio Jorge de Souza Neto, Divaldo Zacarias dos Santos,
El mo Rocha A mori m, G eraldo dos Reis, Gilberto Gon çalves Pereira, Joã o Evan -
gelista Ferreira, Jonas Carvalho da Silva, Marilene Azevedo Rosa, Neidimar
Gomes Alexandre, Rita de Cássia Silva Miranda. Ronaldo Gomes de Souza,
Sérgio Luiz Zacarias dos Santos, Vânia Cristina Alexand rino Bernard o, W alcir
Ney de Souza; 1987 — Assis José Pereira, Carlos Alberto Rodrigues Pereira,
C láudio Le i te Mala fa ia , Débora Nunes Alec r im , Dioni lson Range l dos Santos ,
Edvalson Vivente, Érica Cruz, Fidel Bargas Gonzalez, Francisco José de Souza
Azeredo, Fernando Evangelista dos Santos, Getúlio de Araújo Sobreira, Gilson
Carlos de Souza Santos, Jônatas de Castro, Lázaro Augusto Gomes Vieira, Márcia
Ânge la de Souza , Mar ia He lena de Araújo Cardoso, Mar in Vargas Gonza lez ,
Myléne de Jesus Souza, Nilton Porfír io do Nascimento, Ozires de Souza Marques,
Paulo César Silveira Castelo, Rozana Lemos de Almeida Nascimento, Ruiter
de Campos Muniz, Vanderlei Batista Marins, Zeilza Teixeira; 1988 — Alfeu da
Conceição, Carlos Henrique Gomes da Silva, Cláudia Márcia Barreto Sarlo,
Ednaldo de Souza, Eliezer Santos de Souza, Élio Tavares Lessa, Eliseu Martins
Santos, Gequion Schulz Moraes, Grimaldo Ferreira Almeida, José Carlos Azevedo
de Almeida, Liliana Barreto Hcnriques, Lucclena de Oliveira Almeida, Manoel
Luiz Guimarães de Souza , Mar ia Dicéa Vie i ra More i ra , Már io Henr ique Herdy
Leão, Nilson Barreto Mendonça, Nivaldo Ferreira Moraes, Rita Márcia Botelho
Tostes de Souza, Ronaldo Cabral Lopes, Ronaldo Silveira Motta, Rute Nunes
de Souza Moraes, Sônia Lúcia Salve Coutinho, Tarceli Martins dos Santos,
Zeni l ton do Amara l Co ut inho, Z i lma dos Santos Viégas ; 1989 — Adr iana Mar ia
Raposo Lanhas, Alzeli da Costa Silva Rodrigues Simas, Antônio Gomes Neves,
Cláudia de Almeida Marcelino, Cláudia Márcia Genésio de Souza, Djalma Garcia
do Nasc imento , Ede lma Paes Pe re i ra , F ide l ina de Fá t ima Souza , Josué Campos
Macedo, Mário da Rosa Teixeira, Marlúcia Bernarda Teixeira, Marlúcio Alves
Ba t is ta , Naza ré do Nasc imento Maga lhães , Robson Damáz io , Rogér io da S i lva
Vieira, Rozimery Tamy Barreto, Rutilane Alves Campos, Sebastião Azevedo da
Cos ta, Valmir da Silva Soares, W alter Pacheco da Silveira, Zilá dos Reis, Zilan da
da Costa Maur íc io .
177
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Corpo docente do Seminário Teológico Batista Fluminense
Registramos, aqui, os nomes dos professores que têm atuado na docência
do Seminário Teológico Batista Fluminense, sendo que, alguns, só vieram, há
poucos anos, na gestão do Pr. Silas Quirino de Carvalho: Benjamin Lenz de
Araújo César, Élcia Barreto Soares, Joélcio R. Barreto, Gentil de Castro Faria,
Sebastião Ferreira, Jurandir Gonçalves Rocha, Afrânio Foly, Augusto Guimarães,
I lcéa Barreto de Souza , Cláudio W ágner, Erivã Araújo , Isaías Marti ns, Roberto
de Oliveira, W alter Velasco, Camilo Cald as, Adem ir P. Pimente l, Elma r Cam ilo
dos Santos, Jair Garcia, Samuel Leite Fonseca, Antônio Carlos F. Mageschi,
Gilson C. dos Santos, Eliana Lugão, Elly Bess d'Alcântara, Ismael José Ferreira,
Ivanir da Cruz Corrêa, Josélio Gomes de Souza, Manoel Vieira de Menezes,
Mário Henrique Herdy Leão, Maria José Figueiredo de Carvalho, Nelly Soares
Ferreira, Nilda Luiza Costa Leão, Nilson Borcard da Fonseca, Normice Franco
Stellet, Obadias Ferreira d'Alcântara, Rita dc Cássia Silva Miranda Martins,
Ronaldo Gomes de Souza, Ronaldo Silveira Motta, Silas Quirino de Carvalho,
Suledil Bernard ino da Silva, Vanderlei Batista Marins, W andete Dias da Rocha
Moura , Vânia Cr is t ina Alexandr ino Berna rdo.
O U T R A S I N S T I T U I Ç Õ E S D E E N S I N O T E O L Ó G I C O
Além do Seminário Teológico Batista Fluminense, mantido pela Convenção
Batista Fluminense, outras instituições se têm preocupado em oferecer a servos
do Senhor, por ele vocacionados para um trabalho ministerial, o preparo espe-
cíf ico nessa área. São elas:
Fundação Teológica — Cr iada pe lo P r . Henr ique Ma r inho N unes , nas ins ta -
lações de sua igreja — Primeira Igreja Batista de Nilópolis, na década de 50.
Tinha como obje t ivo prepa ra r obre i ros pa ra supr i r , pr inc ipa lmente o t r aba lho
das igrejas da Baixada Suburbana. Após servir , por vários anos, a região, a enti-
dade fo i descont inuada .
Seminário Teológico Batista Caxiense — Fundado em Caxias, pelos pastores
João Corrêa da Rocha, Jaly Chaves de Menezes e Élcio Menegatti, com o obje-
tivo de preparar obreiros, com alguma bagagem de conhecimentos teológicos,
sem buscar, porém , preencher todo s os requisitos de um curso d e nível de 3? Grau.
Seminário Teológico Batista de Laranjal — Dirigido pelo Pr. Aylpton de
Jesus Gonçalves e mantido pela Igreja Batista de Laranjal. Sem dúvida, essa
instituição tem contribuído para o desenvolvimento da obra ministerial no campo
f luminense .
Seminário Teológico Batista de Niterói— Fund ado, em 1984, com o campu s
avançado do Seminário Teológico Batista Fluminense, essa instituição passou,
logo depois, a ligar-se diretamente à Primeira Igreja Batista de Niterói, que foi,
desde a sua fundação, a sua ent idade mantenedora . O re i tor desse seminár io ,
é o Pr. Nilson do Amaral Fanini e o seu diretor administrativo, o Pr. Dr. Delcyr
de Souza Lima .
Campi avançados do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil — O
preparo de obreiros em nosso estado tem sido auxiliado, também, pela existência
de dois campi avançados do STBSB: o primeiro, funcionando nas instalações
da Primeira Igreja Batista de Nova Iguaçu, pastoreada pelo Pr. Edgard Barreto
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Antunes ; o segundo, func ionando na c idade de Vol ta Redonda , no templo da
Primeira Igreja Batista , que é pastoreada pelo Pr. Jorge Luís Gouveia Vieira.
SEDE DA CONVENÇÃO BATISTA FLUMINENSE EM NITERÓI
Por muitos anos, a sede da Convenção Batista Fluminense foi em Campos,
onde moravam os secretários-executivos: Joa quim Fernandes I .essa, Fidélis Morales
Bentancôr, José Joaquim da Silveira e Antônio Coelho Varella .
Localizavam-se em Campos, também, as sedes
d
'O Escudeiro Batista, da
Sociedade Patrimonial Batista
e a do
Colégio Batista Fluminense.
Foi na gestão do missionário John Riffey, como secretário-executivo do
campo fluminense, que, por não residir ele em Campos, decidiu-se adquirir uma
sede pa ra a Convenção, em Nite ró i , onde todas a s juntas do campo pudessem
ter um escritório ou, pelo menos, uma mesa. Assim, quatro salas foram compradas
no edif ício Líder, à Av. Am aral Peixoto, 370, onde, com grand e júbilo foi inau-
gurada a sede da Convenção Ba t is ta F luminense . Era um grande passo dado
para o progresso da obra batista no Estado do Rio de Janeiro.
M I S S I O N Á R I O H A R O L D R E N F R O W
O missionário Harold Renfrow chegou ao Brasil em 1959. Após o apren-
dizado da l íngua , em Campinas , f icou t r aba lhando no Estado de São Paulo .
Quando o missionário John Riffey estava para se aposentar e regressar
à outra América, o nome dc Renfrow foi escolhido para substituí- lo no cargo
de secretário-executivo do Campo Batista Fluminense. Nessa ocasião, já havia
s ido rees t ru turado o t r aba lho ba t is ta em nosso es tado. O miss ionár io Renf row
iniciou a sua atuação cheio de vigor e , entusiasmado, pôs em execução vários
de seus planos. Uma de suas maiores realizações foi a aquisição da propriedade
próxima a Rio Bonito, por indicação do Pr. Elias Vidal, para sediar o acam-
pam ento estadual. Tendo sido, por vários anos, seu diretor, procurou desenvolvê-lo,
tornado-o num dos me lhores acampamentos e s tadua is do Bras i l .
O missionário Renfrow tinha o seu coração devotado ao evangelismo c
um dos seus sonhos era ver uma igreja batista organizada em cada município
do estado. E isso ocorreu.
Após a lguns anos de exper iênc ia com a Junta C oordenad ora , o P r . Renf row
passou a trabalhar com a Junta de Evangelização. Realizou muitas séries de
conferências evangelísticas, promoveu muitas campanhas de evangelização, muitas
clínicas de mordomias, clínicas de EBD, etc. Assumiu, ainda, o pastorado inte-
r ino de igrejas que f icavam sem pastor . Foi nessas condições que chegou a pastorear
a Primeira Igreja Batista de Niterói, logo após a morte do Pastor Manoel Avelino
de Souza, em 1962, conduzindo o processo sucessório, orientando a igreja na
escolha do obreiro qu e ali está há mais de 25 anos, o Pastor Nilson do Am aral -
Fanini.
Em 1973, o Pr. Renfrow foi nomeado como secretário-executivo para a
"Cruzada de Evange l ização B i l ly Graham Grande R io" , r ea l izada no ano de
1974, no Maracanã. Harold Renfrow foi o braço direito do Pr. Fanini, que era
o coordenador ge ra l do movimento .
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Em todo o t r aba lho que o miss ionár io Renf row desenvolveu no campo
batista f luminense, teve o suporte de sua digna esposa, a missionária Nona
Renf row, que desempenhou mui to bom t raba lho ent re a s senhoras do Estado
do Rio.
T E N T A T I V A S D E D I V I S Ã O D A C O N V E N Ç Ã O
Na década de 60, dizendo-se insatisfeitos com os rumos dos trabalhos da
convenção, e portando espír ito divisionista, alguns líderes começaram a buscar
simpatizantes, aqui e ali, nas associações então existentes.
A maior parte dos líderes que se mostravam interessados nessa divisão
concentrava-se na Associação Norte-Fluminense. O Pastor Fidélis Morales
Bentancôr, da Terceira Igreja Batista de Campos, e o Pastor Henrique de Queiroz
Vieira, da Igreja Batista de Cardoso M oreira, f izeram reuniões e expediram corres-
pondência no sentido de sensibilizarem outros colegas para abraçarem a causa
que de fendiam.
N a Associação Extremo-Norte, o único líder que logo atend eu ao apelo
foi o Pastor Abelar Siqueira, que pastoreava a Primeira Igreja de I taperuna c
exercia certa influência na cidade, onde era professor de Inglês no Colégio Esta-
dua l e no Colégio B i t tencour t , dc propr iedade do educador Ja i r B i t tencour t .
Para ajudar na difusão de seus ideais, o grupo interessado na divisão da
convenção c r iou o pe r iódico O Batista Fluminense, que seria o órgão oficial
da convenção que pretendiam organizar . Na região norte, já havia o periódico
da associação, que se chamava O Norte Batista. Sua public ação foi suspen sa,
pois o grupo queria um veículo de âmbito estadual; e o O Batista Fluminense
preencheria esse objetivo. Chegaram a editar dois números desse jornal, saídos
sob a r edação do Pas tor Hen r ique de Que iroz Vie i ra , um dos mentores do movi-
mento. O que o grupo esquecera, porém, é que, desde 1947, circulava o jornal
O Batista Fluminense, órgão edi tado pe los pré - seminar is ta s do Colégio Ba t is ta
F luminense , tendo s ido seu fundador o autor des ta obra . Outros r eda tores o
sucederam."
1
O plano a r t iculado previa , também, que o nome da nova convenção se r ia
Convenção Batista Fluminense, embora esse fosse o nome atr ibuído, desde 1923,
à convenção já existente desde 1907, mas que, por não ter seus estatutos publi-
cados no Diário Oficial do Estado, nem estarem eles registrados em cartório,
não t inha ga rant ida e ssa denominação. Ao sabe rem do que pre tendiam os in te -
ressados na divisão da convenção, o Pastor Manoel Avelino de Souza e o Pastor
W a ldemar Zar ro envida ram to dos os e sforços pa ra que ps e s ta tu tos da convenção
já existente fossem registrados naqueles dias, a f im de se evitarem alguns abor-
rec imentos fu turos .
O plano dos que p lane javam a d iss idênc ia inc lu ía , também, a organização
de uma Ordem dos Pastores.
(2)
A carta, assinada pelo Dr. Fidélis Morales
Bentancôr, convidava os obreiros do estado que na turalme nte estivessem propensos
à divisão da convenção a se f iliarem à nova entidade de pastores. '
3
'
Fe l izmente , o movimento mor reu no nascedouro , pois não encontrou a
ressonância que esperavam os seus interessados. Deste modo, voltaram os líderes
do movimento a coopera r com os t r aba lhos da Convenção Ba t is ta F luminense .
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O fe rmento espa lhado pe lo movimento d iv is ionis ta , porém, f icou. Porque
na então cham ada região subu rbana que , hoje , tem vá r ia s a ssoc iações , começou
a brotar , também a idéia de uma divisão. Os motivos que alegaram os interes-
sados eram os mesmos que apresentavam os do grupo divisionista que se achara
na Associação Norte — o pouco envolvimento dc alguns líderes nos trabalhos
convenc iona is , f azendo-os se sent i r despres t ig iados pe la denominação.
Usando de psicologia e bom senso, a liderança da época houve por bem,
ao invés de a l i ja r da convenção os que propunham uma sepa ração, colocá - los
como membros de nossas juntas , levando-os a uma pa r t ic ipação mais e fe t iva
nos t r aba lhos convenc iona is .
Na região suburbana, o movimento não teve muita expressão, de vez que
apenas uma meia dúzia de líderes propugnava pela criação de outra convenção.
O conhec ido l íde r da r egião , Pas tor Henr ique Mar inh o Nunes , ma ior orga -
nizador de igrejas da baixada f luminense, se opôs tenazmente à idéia da divisão
do estado em duas convenções. Em carta ao Pastor Ebenézer Soares Ferreira,
então pres idente da Convenção Ba t is ta F luminense , da tada de 29 de ma io de
1967, ele declara:
"Fui inform ado pe lo nobre colega Pas tor Oswaldo Soares , que a lguns
obre i ros das Assoc iações Sul-F luminense e Suburbana es ta r iam a r t i -
culando um movimento pa ra a c r iação de uma outra convenção em
nosso estado.
"Quero manifestar-me ao colega e autorizá-lo, se necessário for , a
interpretar meu pensamento contrário a tal idéia. Só vejo nisso algum
ressent imento pessoa l manifes tado e que em nada há de benef ic ia r
o t r aba lho ba t is ta em nosso es tado" .
Depois desse movimento de tentativa de separação, c que se podia consi-
de ra r quase na t imor to , nenhum a outra tendênc ia dc d iv isão do campo f lum inense
em duas convenções fo i cons ta tada .
181
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Capítulo XIII
PERÍODO DE GRANDES CAMPANHAS E DE
DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES
F U S Ã O D O S E S T A D O S D A G U A N A B A R A E R I O D E J A N E I R O
(Pe rmanecem as Convenções Car ioca e F luminense )
Tendo s ido const ru ída pe lo P res idente Gar ras tuzu Medie i , e so lenemente
inaugurada a 04 de março de 1975, a Ponte Rio-Niterói passou a unir os estados
da Guanabara e R io de Jane i ro . Denominada "es t r ada sobre a s águas" , e ssa
ponte fo i um grande passo no progresso de nossa r egião .
A partir de 15 de março de 1975, os dois estados passaram a se constituir
num só , r ecebendo a denominação de Estado do R io de Jane i ro . À, a té então ,
cidade do Rio de Janeiro, por muitos anos capital federal, e que fora, com a
criação de Brasília , transformada em cidade-estado, passou a ser a sede do recém-
-c r iado Estado do R io de Jane i ro .
Naque le mesmo dia , e scolhido pe lo P res idente da Repúbl ica , tomou posse
no ca rgo dc Governador do Estado do R io de Jane i ro , o Vice -Almirante Fa r ia
Lima .
E S T U D O S O B R E A F U S Ã O D A S C O N V E N Ç Õ E S
Entre os ba t is ta s dos dois e s tados — Guanabara e Es tado do R io , surgiu
a idéia de que, em vir tude da fusão havida, as Conven ções Carioca e Flum inens e
dever iam, também, se r aglu t inadas , f azendo surgi r uma única convenção que
se denominar ia Convenção Ba t is ta do Estado do R io de Jane i ro .
Pa ra e s tuda r o a ssunto , fo i nomeada , em cada uma das duas convenções
envolvidas , uma comissão espec ia l . Num t raba lho conjunto , e la s ana l isa r iam
a viabilidade ou não da execução dessa fusão. Após exaustivo estudo, essas comis-
sões chegaram à conclusão de que, buscando o melhor para cada convenção,
e la s dever iam, cada uma , seguir na ro ta em que v inham marchando, dada a
diferença de psicologias de trabalho.
183
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P R O G R A M A I N T E G R A D O D E M I SS Õ E S E E V A N GE L I Z AÇ Ã O — P R O I M E
Visando a dinamizar os trabalhos das igrejas batistas no Brasil, levando-as
ao crescimento numérico e espir itual, foi cr iado pela Convenção Batista Brasi-
leira o Programa Integrado de Missões e Evangelismo — PROIME, estabelecendo
metas para serem alcançadas pelas juntas convencionais, com a f inalidade de
gerar , progressiva e harmonicamente, o crescimento denominacional. O programa
foi estendido também as convenções estaduais e às associações, no intuito de
envolvê-las no arrojado plano.
Para cada ano, a apartir de 1973, foi dada uma ênfase especial e estabe-
lecidos alvos que, na sua maioria, foram ultrapassados, alguns, porém, por motivos
vários, deixaram de ser atingidos. Um deles, que f icou muito aquém daquilo
que fora estabelecido, foi o alvo i 1 = 500.000. Esse objetivava o alcance do
dobro de membros nas igre ja s ba t is ta s que , naque la época , be i ravam o número
250.000.
Um dos a lvos que rapidamente foram ul t r apassados fo i o de centenas de
seminar is ta s em nossos seminár ios . Com isso , um problema logo fo i também
de tec tado: o número de vocac ionados e ra mui to grande , mas o número de igreja s
não crescia na mesma proporção. Além disso, muitos dos que buscavam os semi-
nários, ao completarem seus cursos, não se sentiam vocacionados, senão para
a tua rem nos grandes centros .
Durante o desenvolvimento do PROIME, as igre ja s se e sforça ram mui to
para atingir os alvos propostos pela convenção. As juntas não mediram esforços
para vê-los atingidos.
Apesar de suas limitações c das dif iculdades encontradas no seu desen-
volvimento , o PROIME não de ixou de t r aze r benef íc ios ao t r aba lho ba t is ta no
Brasil, mesmo diante daqueles que se mostraram céticos face a movimento de
tal jaez, lançando críticas por causa do estabelecimento de alvos numéricos.
Valeu a experiência e os resultados f icaram
S E C R E T Á R I O S - E X E C U T I V O S D A J U N C O R D
Elias Vidal
Harold Renfrow foi buscar em Elias Vidal um auxiliar digno dessa função.
Após exercer , por dez anos, com grande dedicação, as suas tarefas, para evitar
atr itos entre as diversas áreas de trabalho, o missionário deixa a função de
sec re tá r io-execut ivo da JUNCORD — Junta Coordenadora , e ace i ta o convi te
pa ra t r aba lha r como sec re tá r io da Junta de Evange l ização do es tado, depois
de re torna r de um per íodo de um ano nos Estados Unidos .
O Pr. Elias Vidal, que já vinha com a mã o na obra, como secretário-executivo
adjunto, foi, então, conduzido ao cargo de secretário-executivo da aludida enti-
dade . Era pas tor da Igre ja Ba t is ta de R io Boni to quando fo i convidado pa ra
tão elevada posição. Com vasta experiência no ministério e na liderança f lumi-
nense , fo i -se conduz in do de mo do a agrada r o povo. Foi ele quem vis lumbrou
a posibilidade de se adquirir a propriedade próxima a Rio Bonito, onde se instalou
o Acampamento Ba t is ta F luminense .
184
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Estava cheio de planos para pôr em execução, quando o Senhor o convocou
às mansões celestes, no dia 28 de junho de 1973.
Secretário-Interino
Com o falecimento do Pr. Elias Gomes Vidal, ocorrido no dia 28 dc junho
de 1973, em um acidente automobilístico, a Junta Coordenadora, através de
seu presidente, Pr . W aldemar Zarro, escolheu para desem penh ar, interin amente,
a função de executivo, o Pr. Ageu de Oliveira Pinto. Para sanar problema rela-
c ionado com as contas da Junta Coordenadora , pe las qua is e ra r e sponsáve l ,
já que exercia também a fu nção de tesoureiro da mesma, o Pr. Ageu Pinto entregou
sua casa , loca l izada à Rua Mansue to Guimarães , 440, em Por to da Madama,
São Gonça lo , como pagamento . Durante a lguns meses , r ecebeu a d i fe rença do
va lor da mesma . F icou, a ss im , sanado pa ra sempre o problema . O Pas tor Ageu
de Oliveira Pinto pôde, assim, de viseira erguida, deixar o cargo de secretário
— execut ivo da JUNCORD.
Coube à Junta Coordenadora escolher o novo secretário-executivo, já que
exercia essa função interinamente o Pr. Ageu de Oliveira Pinto.
Joaquim de Paula Rosa
Sob a presidência do Pr. Ageu Neto, a Junta Coordenadora escolheu seu
novo secretário-executivo — Pr. Joaquim dc Paula Rosa, que tomou posse nessa
fun ção no dia 17 de setembro d e 1973.
Após sua formaturâ no Seminár io Teológico Ba t is ta do Sul do Bras i l , o
Pastor Joaquim de Paula Rosa esteve por dois anos como pastor auxiliar da
Primeira Igreja Batista de Niterói, onde se fez despontar como um pastor de
grande l ide rança .
Sua ges tão na Junta Coordenadora do Estado do R io se ca rac te r izou por
modernização dos mé todos no t r aba lho do es tado, pe la apl icação de nova
dinâmica, pela expansão do Plano Cooperativo. Seus relatórios às assembléias
convenc iona is e ram apresentados de mane ira bem or ig ina l e r echeados de mui ta s
realizações.
Quando se pensava que Joaquim de Paula Rosa f ica r ia bas tante tempo
como executivo da JUNCORD, eis que ele aceita o desafio para ser o Superin-
tendente Geral da JUERP. Em 06 de novembro de 1979, é ele empossado nesse
cargo, numa fase crucial daquela junta, e , ali, tem se havido de modo brilhante.
Daniel de Oliveira Cândido
Novamente, há necessidade de substituição no cargo de secretário-executivo
e tesoureiro da JUNCORD. Reunida, a junta escolhe o Pr. Daniel de Oliveira
Cândido pa ra ocupar e sse luga r . O novo execut ivo mantém como sec re tá r io-
-adjunto o P r . Eduardo Carva lho, já que es te , na ges tão do Pr . Joaquim de
Paula Rosa , fora mui to ú t i l , apresentando-se como obre i ro ponderado e t r aba -
lhador .
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Tendo deixado o pastorado de uma boa igreja — a Primeira de Rio Bonito,
o Pr. Daniel de Oliveira Cândido lança-se à obra de executivo, cheio de idéias
e novos planos. Promoveu trabalhos especiais, clínicas, visitas às associações.
P rocurou, enf im , desenvolve r o t r aba lho que compe t ia à junta que d i r ig ia .
Reconhecendo que a doutr ina de mordomia c r is tã é a base do for ta lec i -
mento de um trabalho sério, escreveu o livro Reflexões de Mordomia, que teve
boa ace i tação, não só dentro da Convenção Ba t is ta F luminense , mas também
entre os batistas de outros estados.
Após trabalhar com muito amor na função que exercia, o Pr. Daniel de
Oliveira Cândido adoeceu. Foi acometido da doença de Parkson, que é irrever-
sível. Precisou deixar o cargo de secretário-executivo e tesoureiro da JUNCORD.
Ganhava relativamente pouco (12 salários-mínimos). Vendo que a situação f inan-
ceira do Pr. Daniel não era boa, a Junta Coordenadora fez com ele um acordo:
deu- lhe a casa em que a tua lmente mora , e que e ra propr iedade da junta , em
troca de quant ia quase s imból ica . Com esse procedimento , a JUNCORD levava
em conta que o r e fe r ido obre i ro r ecebia pequena aposentador ia , que não lhe
dava condições de adquirir uma casa para morar.
Edgard Barreto Antunes
Para subs t i tu i r o P r . Danie l de Ol ive i ra Cândido, a JUNCORD convida
o Pr. Edgard Barreto Antunes, obreiro já experiente nas lides denominacionais.
Já o seu pa i , P r . Edmundo Antunes da S i lva , fora , também, func ionár io da
JUN COR D, exe rcendo, por vá r ios anos , a função de te soure i ro da r e fe r ida junta ,
ao lado de John Riffey.
O Pr. Edgard Barreto já exerceu, por várias vezes, a presidência da
Convenção Batista Fluminense, c foi, por algumas vezes, um dos vice-presidentes
da Convenção Batista Brasileira. E, também, pastor da Primeira Igreja Batista
de Nova Iguaçu.
O campo ba t is ta f luminense mui to e spe ra do d inamismo e ta lento do Pr .
Edgard Bar re to Antunes .
A C O R D O D O I N G Á
O Colégio Batista de Niterói possuía excelente propriedade à Rua Visconde
de Morais, no. 231, no Ingá. Por volta do ano de 1976, sentindo que a situação
para a sobrevivência dos colégios particulares era impossível, principalmente
quanto ao pagamento do INPS, por pa r te das ent idades , a d i r e tor ia daque le
colégio, que pertencia à Associação Batista de Educação, resolveu estabelecer
um ACORDO com a Convenção Ba t is ta F luminense . Esse ACORDO, não só
preservaria as propriedades, mas ofereceria à CBF melhores condições para a
ins ta lação de suas juntas , da JUBERJ, da OPBERJ, da União Feminina Miss io
nár ia Ba t is ta F luminense e d '0 Escudeiro Batista.
Por e s te ACORDO, os ba t is ta s f luminenses adquir i r am, por um preço
razoável, as propriedades do Colégio Batista dc Niterói. Em contrapartida, como
exigência da diretoria do colégio, na pessoa do Pr. Samuel de Souza, a Convenção
Batista Fluminense se comprometeu a instituir o Fundo Pastor Manoel Avelino
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de Souza Memorial ao Colégio Batista de Niterói, pe rpe tuando, a ss im , a memór ia
do inolvidável fundador da entidade, em 1942.
Para celebrar o Acordo do Ingá, que teve a assessoria jurídica do Dr. Fran-
cisco Cerqueira Bastos, reuniram-se os líderes da Convenção Batista Fluminense,
no dia 20 de dezembro dc 1976, nas dependências da pro priedade recém-adquirida ,
e selaram o pacto com a solenidade que o momento exigia.
Deste modo, a Convenção Batista Fluminense foi enriquecida com um
grande patr imônio que, no passado, custara muito trabalho e sacrif ício ao casal
Manoel Avelino de Souza e ao casal Samuel de Souza, além de outras pessoas.
CENTRO BATISTA FLUMINENSE
Em 1978, durante a gestão do Pastor Joaquim de Paula Rosa como
sec re tá r io-execut ivo da Junta Coordenadora , os ba t is ta s f luminenses c r ia ram
o c h a m a d o Centro Batista Fluminense.
Com uma área total de 3.201 m
2>
dos quais 1.800 m
2
são de área cons-
truída, o Centro Batista Fluminense f icou sendo a sede da Convenção Batista
Fluminense. Ali existem 21 salas, uma biblioteca, salão de reuniões, dormitórios
feminino e masculino, cozinha, refeitório, quadra de esportes coberta e taqueada.
Estão sediadas a l i a s qua t ro juntas da CBF — Junta Coordenadora
( JUNCORD) , Junta de Evange l ização ( JUNEVA) , Junta de Benef icênc ia
( JUBEN) , e Junta de Educação ( JUNED) , bem como as demais ent idades da
convenção — Ordem dos Pas tores Ba t is ta s do Estado do R io (OP BERJ ) , Juven-
tude Batista do Estado do Rio dc Janeiro (JUBERJ), União Feminina Missionária
Ba t is ta F luminense (UFMBF ) , União M ascul ina Miss ionár ia Ba t ista F luminense
( U M M B F ) , c a r ed a ç ã o d ' 0
Escudeiro Batista.
Es tá sediada a l i também a Junta
de Moc idade da CBB ( JUMOC) .
Tem sido de muita utilidade o CENTRO, pois, além dc servir às entidades
nele sediadas, tem servido às igrejas e organizações estaduais para a realização
de congressos, retiros e estudos. Na área em que está localizado o Centro, existe
uma casa onde reside o secretário-auxiliar , que, hoje (1991), é o Pastor Eduardo
Azevedo de Carvalho.
R E E N C O N T R O — O B R A S S O C I A I S E E D U C A C I O N A I S
Fundada em 1975, e s ta grande obra denominada REENCONTRO —
OBRAS SOCIAIS E EDUCACIONAIS , tem s ido , nesse sent ido , a menina -dos-
-o lhos de seu fundador , o Pas tor Ni lson do Amara l Fanini .
REENCONTRO tem promovido programações evangelísticas pela televisão,
através de várias cadeias de TV, chegando a atingir algumas cidades da Bolívia
e Paraguai. Promove, também, campanhas evangelísticas em estádios. De norte
a sul do país, Reencontro tem estado operando. E o Pastor Fanini, com carisma
especial, tem atraído milhares de almas aos pés de Cristo. A influência dessa
obra tem atravessado as fronteiras do nosso país, chegando até aos Estados Un idos,
onde é mantido um escritório, através do qual são feitos os contatos para a
preparação das campanhas evangelísticas realizadas pelo Pastor Fanini no exterior .
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A sede atual do Reencontro está situada à Rua Marechal Deodoro, 301,
no centro de Ni te ró i . Al i e s tá ins ta lado o ambula tór io médico-dentá r io que ,
segundo periódico publicado pelo próprio Reencontro, atendeu a mais de 100
mil pessoas, nos seus seis anos dc funcionamento. Lê-se, ainda, na referida publi-
cação:
"Além desse p lano de saúde , o REENCONTRO func iona eom a ten-
dimentos de consultas particulares e serviços de laboratório de análises
clinicas, radiologia, pequenas cirurgias, f isioterapia, endoscopia, colo-
noscopia , e le t roca rdiogra f ia , provas e rgométr icas , u l t r a ssonogra f ia ,
e le t roence fa logra f ia , acupu ntura , nebul ização, fon oaudiologia , ps ico-
logia, injeções, curativos, medidas de pressão arterial e odontologia
em geral.
"Q ua nd o a pessoa não tem condições de se torna r sóc io con tr ibuinte
ou pagar consultas ou qualquer serviço utilizado nas clínicas do Reen-
contro, ela é atendida pelo serviço social, através de uma tr iagem,
e assistida no que for necessário, de forma gratuita .
"E stã o à- disposiç ão do púb lico 11 médico s, seis dentistas, um
bioquímico- fa rmacêut ico , uma auxi l ia r de enfe rmagem, a ss is tentes
sociais e psicólogos.
Os médicos atendem às especialidades: clínica médica, pediatr ia , gine-
c o l o g i a , c i r u r g i a g e r a l , c a r d i o l o g i a , p n e u m o l o g i a , o r t o p e d i a
gas t roente rologia , neurologia , neuroc i rurgia , uro logia , r eumatologia ,
endocr inologia , of ta lmologia , ps iquia t r ia , de rmatologia , o tor r inola -
r ingologia e homeopa t ia . "
Aiém da área de saúde, o Reencontro tem atuado na área educacional:
"H á mais de dez anos , o Reencontro pres ta a ss is tênc ia à comuni dade
do Mor ro da Boa Vis ta , em Nite ró i , onde func ionava um pequeno
ambulatório médico, Hoje, a presença do Reecontro está ali marcada
pela existência do seu Centro Estudantil, inaugurado em 13 de junho
de 1990.
"Const ru ído numa á rea de 1 .200 m
2
- o Centro Estudant i l tem capa-
c i d a d e p a r a a t e n d e r m i l c r i a n ç a s , d i a r i a m e n t e , e m h o r á r i o s
escalonados. A partir de março deste ano — 1991, 400 crianças estarão
inscritas e sendo atendidas, tanto na creche, para crianças dc zero
a seis anos, como em suas outras áreas de atividades, voltadas para
crianças na faixa etária de sete a 16 anos.
"O prédio é constituído de um salão com capacidade para 200 pessoas,
onde também se reúne a Igreja Batista de Boa Vista, organizada pela
PIB de Niterói. Possui oito salas grandes para atividades diversas,
lavanderia, cozinha, refeitório, banheiros e quadra de esportes. Nesse
prédio funciona uma creche, abrigando 100 crianças em horário inte-
gral, e outras 100, em outra faixa etária , em turnos escalonados.
"C rian ças n a idade de sete aos 16 anos recebem ali orien tação para~
a t iv idades como Educação Ar t ís t ica (p in tura , desenho, música ) ;
Educação Física (esporte e lazer) . Dentro dos planos do Pastor Fanini,
e s tá a ampl iação desse a tendimento , v isando a a tender semp re a um
maior número de c r ianças .
(1)
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Só a eternidade poderá revelar a grandeza do empreendimento que é o
R E E N C O N T R O — O B R A S S O C I A I S E E D U C A C I O N A I S .
E N C O N T R O D E F I L H O S D E P A S T O R E S
Muitas esposas de pastores demonstraram o desejo de reunir seus f ilhos
num retiro, onde eles pudessem debater seus problemas, receber orientação para
enfrentá-los, onde pudessem colocar suas aspirações e desejos. Esse sonho foi
concretizado em 1975, com o Primeiro Encontro de Filhos de Pastores. As irmãs
Nair de Araújo Portes (hoje, viúva do Pastor Antônio M. Portes) e Creusa Rangel
de Souza foram, no princípio, as que mais se entusiasmaram com a organziação,
que surtiu grande efeito entre os jovens que nela se envolveram.
O Pr. Nilson Dimárzío escreveu para o jornal O Escudeiro Batista, de ju lho-
-agosto de 1976, sob o título I Encontro de Filhos de Pastores, um aprec iado
artigo, do qual extraímos o seguinte:
"Há quem julgue que o menino, por ser f ilho de pastor , deve se
compor ta r como adul to . Eis uma in jus t iça c lamorosa , f ru to da
ignorância. Criança é criança, seja f ilho de quem quer que seja. Sua
psicologia deve ser respeitada."
O artigo do Pr. Nilson Dimárzio, que hoje é o ilustre redator d' O Jornal
Batista, bem expressa a preocupa ção de muito s obreiros qua nto à criação de
seus f ilhos, pois, para muito s mem bros d e igrejas eles devem ser o exemplo porque
o pai é pastor . Essas pessoas, porém, se esquecem de que ninguém vive sem
passar por todas as faixas etárias. E os f ilhos de pastores, como pessoas que
são, não podem crescer sem viver as características de cada uma delas. Eles são
crianças, depois passam pela adolescência, pela juventude, para só então se
torna rem adul tos , a t ingindo a ma tur idade .
Os encontros que se seguiram ao primeiro foram também de muita valia
para os f ilhos de pastores que deles participaram.
DIACOPBERJ
Por sugestão do então secretário-executivo da Ordem dos Pastores Batistas
F luminenses , Pas tor João Ba t is ta Paulo Guedes , fo i c r iado o DIACOPBERJ
— organização que tem por obje t ivo congregar os d iáconos ba t is ta s f luminenses .
O início dessa organização se deu com a realização do Primeiro Retiro
Espiritual dos Diáconos do Estado do Rio de Janeiro, ocorrido nos dias 09 e
10 de novembro de 1974, ao qual comparecera m 160 particip antes. Foi orador
oficial desse encontro o Pastor Nilson do Amaral Fanini, que discorreu sobre
o tema: Por uma liderança qualificada. Foram preletores os Pastores Fidélis
Morales Bentancôr e Ebenézer Soares Ferreira.
Essa organização tem sido bem útil ao trabalho batista f luminense, trazendo
benefícios, não só aos diáconos, como às igrejas.
Por mui tos anos , o sec re tá r io-execut ivo do DIACOPBERJ fo i o d iácono
Percy Paulo Guedes. Hoje, exerce esse cargo o diácono Orlando Soares.
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SOCIEDADE DE ESPOSAS DE PASTORES BATISTAS FLUMINENSES
Por ocas ião da Assembléia da Convenção Bat i s ta Fluminense , r ea l izada
na cidade de Pádua, em julho de 1976, foi organizada a Sociedade de Esposas
de Pastores do Estado do Rio de Janeiro.
O ideal da cr iação dessa o r gan ização nasceu no cor ação das i r mãs Ju r ema
Mainhard e Maria Moreira (D. Mariquita, como era conhecida) . Tendo esse desejo,
p r ocur ar am o p r es iden te da Convenção Bat i s ta Fluminense , Pr . Ebenézer Soar es
Ferreira, e lhe explicaram o plano. Esse lhes deu f ranco apoio, estimulando-as
a in iciar em imed ia tamente o empr eend imento , ap r ovei tando aquela m esma assem-
bléia convencional. Puseram mãos à obra, então. Trataram logo de eleger a
p r imei r a d i r e to r ia , que f o i empossada na mesma assembléia .
Tem s ido de g r ande valo r par a a obr a bat i s ta f luminense , l abu tando , l ado
a lado com os pastores, essa organização, Não só congraça as esposas dos obreiros
c o m o ,
.ambém, auxiliam-se elas, reciprocamente, na busca de solução para os
pr ob lemas e s i tuações que lhes são comuns .
O T R A B A L H O D A J U V E N T U D E
Somente mui to tempo depo is de cr iada a Associação Bat i s ta Fluminense ,
em 1907 , é que o t r abalho com os jovens f o i o r gan izad o em nosso cam po . Com o
mot ivos par a essa delonga podemos detectar : 1 ) a f a l ta dc acomodações nas
casas de cultos, que, no pr incípio, eram bem acanhadas e l imitadas; 2) a falta
de l i teratura apropr iada para essa faixa etár ia; 3) a falta de incentivo para um
tr abalho d i r ec ionado par a a juven tude.
Em f inais do sécu lo passado , por ém, a Pr imei r a I g r e ja Bat i s ta de Campos
parecia já se preocupar com a assistência aos jovens. Tem-se notícia de que,
naquela altura, já a igreja alugara uma sala para servir de sede a uma escola
n o t u r n a .
As chamadas Uniões de Mocidade su r g i r am nas ig r e jas bat i s tas anos mais
tarde. Sabe-se que foi na assembléia convencional, realizada em São Fidélis ,
em 1912, com a presença de 55 mensageiros, que se cogitou de organização da
pr imeira União de Mocidade Batista. Já na 13a. Assembléia da Convenção Batista
Fluminense, realizada em Portela, em 1919, com 72 mensageiros, o assunto
trabalho dos jovens f o i bem d iscu t ido e o p lenár io decid iu que a mocidad e r ea l i-
zasse seus t r abalhos na mesma ocas ião das assembléias convencionais .
O ideal, entretanto, só ir ia concretizar-se na 18a. Assembléia da Convenção
Batista Fluminense, realizada em Valença, no dia 02 de maio de 1924, com a
pr esença de 45 mensagei r os . A l i f o i o f ic ia lmen te o r gan izada a Convenção da
Mocidade Bat i s ta Fluminense . Sua p r imei r a d i r e to r ia se compunha de jovens
casados e que demons t r avam valo r no t r abalho da Causa . Todos er am pas to r es :
Pr es iden te — Pr . A lber to Por te la
Vice-presidente — Pr . Fidélis Morales Bentancôr
Secr e tár io — Pr . Adozino Neto
Secr e tár io - cor r esponden te — Pr . V i r g í l io Far ia
Tesoureiro — Pr . Joaquim Rosa
190
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Começou mui to animado o t r aba lho da Convenção da Moc idade Ba t is ta
F luminense . Logo fo i fundado o jorna l A Juventude, do qual era redator o Pr.
João Barreto da Silva.
O entusiasmo inicial, porém, foi arrefecendo e, em breve, o trabalho estava
paralizado vindo a se reorganizar em 1933, em reunião realizada na Primeira
Igreja Batista de Niterói. O presidente eleito foi o jovem W aldemar Z arro, en tão
pastor da Igreja Batista de São Gonçalo, a qual, aliás, pastoreou até 1974, ano
em que faleceu
Na década de 40, o trabalho da juventude começa a se desenvolver melhor.
Nele aparecem jovens como. Júlia Codcço, Jáder Malafaia, Gutenberg Faria
Guedes, I . iberalina Mônica Faria, Elpídio Mota, Isaías Santos, Samuel de Souza,
Nilton de Souza, Gedaías Norberto, Eli Francioni dc Abreu, Elias Vidal, Evaldo
Gonçalves, Euza Gomes, José Murta, Ebenézer Soares Ferreira, José Pinto, Edna
Antunes , Ne lson e W a ldi r Rocha .
É na década de 40 que é criado o periódico O Arauto Fluminense, cuja
primeira redatora foi a Profa. Helena dc Souza. Depois, foi seu redator , por
cerca de três anos, o Dr. Eli Francioni de Abreu. Em seguida, o então seminarista
Ebenézer Soares Ferreira assume a direção do jornal, permanecendo nessa função
por três anos.
Nessa fase, surgem nos arraiais batistas f luminenses inúmeras discussões
sobre o a ssunto ítinerância que, segundo se pensava, deveria ser desem penh ada
por um jovem. Para isso, é escolhido o então seminarista Samuel de Souza.
Realizou ele váriqs viagens pelo estado, procurando despertar a mocidade para
o trabalho de itinerância, no sentido de ela mesma sustentar alguém que exer-
cesse essa função.
Década de 50
E na década de 50 que o trabalho jovem entre os batistas f luminenses vai
apresentar maior desenvolvimento. O número de jovens nas igrejas batistas era
maior, e maior também era o número de jovens que haviam cursado o Segundo
Grau (Curso Científ ico, na época). Havia, ainda, jovens cuja escolaridade já
atingira o Terceiro Grau (Faculdade).
Foi nessa década que se iniciou a realização dos congressos de mocidade.
O Primeiro Congresso da Mocidade Batista Fluminense se realizou na Primeira
Igreja Batista de Petropólis, em fevereiro de 1953. Foram preletores: Dr. Robert
Bratcher, Dr. W erner Kaschel e o Prof. L auro Bretones. Foi nessa época que
surgiu a famosa Caixinha de Perguntas. O serm ão da última noite foi pregado
pelo seminarista Ebenézer Soares Ferreira, então aluno do Seminário do Sul,
substituindo o Dr. Manoel Avelino de Souza.
O Segundo Congresso da Moc idade Ba t is ta F luminense fo i r ea l izado em
fevereiro de 1954, na Primeira Igreja Batista de Petrópolis que, na ocasião, era
pasto reada pelo vibrante jovem W ilson Régis, recentemente f orm ado pelo Semi-
nário do Sul. Na presidência da mocidade do campo fluminense estava o jovem
Itamar Francisco dc Souza, que pastoreava a Primeira Igreja Batista de Pádua.
O Dr. Robert Bratcher prelecionou sobre O Inferno e a missionária Rosalee
Appleby dir igiu mensagens inspirativas. Outra preletora daquele congresso foi
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a missionária Mary Ruth Carney, que vir ia , logo depois, a falecer em acidente
aéreo no sertão brasileiro.
O Terceiro Congresso da Mocidade Batista Fluminense se realizou na
Primeira Igreja Batista de Friburgo, em 1956, sob a presidência do Pastor Erodice
Gonçalves, sendo orador oficial o Pastor João Soren.
Página da Mocidade n' 0 Escudeiro Batista
Em julho de 1955, em lugar da publicação de O Arauto Fluminense, a
moc idade passou a edi ta r a Página da Mocidade n'0 Fscudeiro Batista. Nesse
per íodo, a Assemblé ia da Moc idade Ba t is ta F luminense — AMBF — t inha a
seguinte diretoria:
Presidente — Pr. Erodice Gonçalves Riberto
Vice-presidente — Pr. W ilson Régis
lo. Secretário — Semin arista W alter Velasco
2a . Sec re tá r ia — Profa . Edna Antunes
Secretário-correspondente — Seminarista Ismail Rodrigues
Reda tor da Página da Mocidade — Dr. José Silveira Filho
Em novembro de 1956, o Pr. Arides Martins da Rocha se tornou o redator
d a Página da Mocidade, que, mais tarde, voltaria a ser redato riada pelo Dr.
José Silveira Filho, e , em 1959, por Geraldo Trindade de Araújo, tendo como
seu auxiliar o Dr. Mário Sólon Gonçalves.
Foi esse um período de muita prosperidade no trabalho da mocidade batist a
f luminense. Cogitou-se, até , na criação de uma revista especial para os jovens
do estado. Decidiu-sc, entretanto, por dar apoio à criação da revista Juventude
Batista, publ icação de âmbi to nac iona l , ed i tada pe la Junta de Escolas Domi-
nicais e Mocidade da Convenção Batista Brasileira.
Para maior divulgação do trabalho da mocidade batista do estado, foi cr iado
o programa radiofônico Antenas Celestes, que era dir igido pelo General Mário
Bar re to F rança , poe ta evangé lico mui to conhec ido e grande amigo da moc idade .
Sucedeu-o o Dr. Ophir Pereira de Barros, diácono da Primeira Igreja Batista
em Niterói.
E nesse pe r íodo que é c r iada a COMEX — Comissão Execut iva , sendo
eleito para presidi- la o Pr. Francisco Cerqueira Bastos.
Com a aquisição das salas no Edifício Líder, à Avenida Amaral Peixoto,
em Niterói, para funcionar como sede da Convenção Batista Fluminense, a moci-
dade passa a ter para sua sede uma daquelas salas.
Além dos nomes aqui citados, destacaram-se no trabalho batista f luminense,
duran te a década de 50, os jovens: Élcio Vieira, W anderley P. Barreto, Jacyra
Malafaia, Gumercindo Saraiva, Jorge de Oliveira, Paulo Ribeiro (hoje, redator
d ' O Jornal Batista).
Décadas de 60 e 70
Só depois do ressurgimento de um Conselho de Mocidade, eleito na Assem-
bléia da Convenção Batista Fuminense, realizada em 1967, na cidade de Pádua,
é que foi realizado o 8" Congresso da Mocidade Batista Fluminense. O conselho
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era liderado pelos seguintes irmãos: Pr . Elias Carvalho de Sá, Pr . Edgard Barreto
Ant unes, Dr. W ilmar Zarro, Prof. Carlos O.Varela, Seminarista Elias W ernek,
Semin arista W anderley Barreto e outros. O Pr. Elias Carvalho de Sá foi, por
mais ou menos cinco anos, presidente desse conselho.
Foi no congresso realizado na cidade de Macac, em 1969, que o conselho
sc renovou. Entre seus membros, passaram a f igurar o Prof. Ageu Celestino
e o, então futuro pastor , Daniel Lincoln de Almeida. O Prof. Ageu Celestino
foi eleito presidente do conselho e o, então sem inarista Elias W ernek se tornou
secretário-executivo, função que exercia sem qualquer rem uneração . O Dr. W ilmar
Zar ro fo i , também, pres idente do Conse lho de Moc idade .
Nesse pe r íodo, des taca ram-se , a inda , out ros i rmãos , como o Dr . Eudóxio
Azeredo, Dr. Ampliato Cabral, Prof. David Queiroz, Pr . João José Soares Filho,
Ozélio Pereira e Arilton de Oliveira. O Pr. João José Soares Filho emprestou
uma grande colaboração ao t r aba lho jovem num mom ento de c r ise . O Pr . Ar i l ton
de Oliveira conseguiu levar uma grande caravana f luminense à Bahia, para assistir
ao 10? Congresso da Mocidade Batista Brasileira. Foi uma grande proeza que,
infelizmente, trouxe sérias conseqüências f inanceiras para a Juventude Batista
Fluminense e até para a Convenção Batista Füminense. Por causa do não paga-
mento de compromissos a ssumidos com re lação à ca ravana , f ez - se uma grande
dívida que precisou ser arcada pela mocidade e pela convenção.
Nesse e no congresso anterior — o 9? Congresso da Mocidade Batista Brasi-
leira, realizados em Goiânia, em 1971 e, na Bahia, em 1974, quando a caravana
Boina Azul a lcançou grande des taque , a moc idade ba t is ta f luminense pres tou
muita cooperação. Já despontava, em 1971, em Goiânia, o jovem Ademir Paulo
Pimentel, que é, hoje, Juiz de Direito no Rio de Janeiro.
A partir de 1975, com o Pr. Daniel Lincoln de Almeida na presidência
da juventude f luminense, e com o Pr. Silas dos Santos Vieira, na secrctaria-
-execut iva da mesma , fo i e laborada e implantad a nova es t ru tura pa ra o t r aba lho
da juventude estadual. Em 1976, na assembléia convencional realizada na cidade
de Macaé , fo i aprovada a nova es t ru tura , sendo o conse lho subs t i tu ído , então ,
pela Junta Executiva, eleita pela assembléia da juventude. Neste mesmo ano,
a Convenção Ba t is ta Füminense aprovou des t ina r 2% dc seu orçamento pa ra
o t r aba lho da JUBERJ, ent idade que antes não contava com qua lquer e spéc ie
de verba.
Em 1979, o Pr. Daniel Lincoln de Almeida deixa a presidência da junta
para assumir a sua secrctaria-executiva, substituindo assim o Pr. Silas dos Santos
Vieira, que fora convidado para exercer o cargo de Secretário-Executivo da
JUMOC. O Pr. Silas dos Santos Vieira realizou excelente trabalho junto à
secretaria-executiva da JUBERJ, sendo merecedor de destaque por seus serviços
a l i pres tados à juventude do Estado do R io .
O período de 1975 a 1981 pode ser considerado positivo, com excelentes
realizações, das quais destacamos:
1 . e s t ru turação da juventude es tadua l ;
2 . e s t ru turação das juventudes a ssoe iac iona is ;
3. encontros para líderes;
4. Festival da Primavera (com olimpíadas);
5. início do trabalho com adolescentes;
193.
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6. estruturação do trabalho com adolescentes nas associaçoes;
7. cr iação do Jornal Jovem,
Novas Diretrizes
O jovem Pas tor Danie l Lincoln dc Almeida procurou impr imir b oa d i reção
à entidade, dando continuidade aos projetos já existentes. Sua gestão foi de
dois anos, apenas. Deixou o cargo de secretário-executivo para pastorear a Igreja
Batista de Rio Bonito.
Sucedeu-o, no cargo, o Pr. Gilson de Paiva Bifano. Este procurou dar ênfase
à realização de congressos, no afã de trazer grandes bênçãos espir ituais para
a mocidade. Assim, preparou os congressos: 12?, em 1982, em Macaé; 13?, em
1984, em Nova Friburgo; 14?, em 1986, em Nova Iguaçu; e 15?, em 1988, em
Angra dos Reis. Promoveu intercâmbio com jovens bolivianos, em 1985. O Pr.
Gilson Bifan o esteve, durante seis anos, à frente da JU BER J. Deixou esse trabalh o,
para pastorear a Igreja Batista do Grajaú, na cidade do Rio de Janeiro. No
momento em que é preparada esta obra, o Pr. Gilson é Capelão dos Colégios
Batistas Brasileiro e Shepard, no Rio de Janeiro.
Sucedeu o Pastor Gilson Bifano, no cargo de secretário-executivo da
JUBERJ, o P r . Josué Ebenéze r de Souza Soares , que empreendeu novos rumos
ao trabalho da juventude. Procurou publicar , com regularidade, o Jornal Jovem,
realizou intercâmbios e organizou a chamada Festa da Primavera. Deixou o cargo
para t r aba lha r na JUERP e a ssumir um pas torado loca l .
No momento (1991), exerce o cargo de secretário-executivo da JUBERJ
o Pr. João Marcos Barreto Soares.
Ressaltamos aqui os nomes de jovens que se destacaram na liderança da
moc idade es tadua l , nes te pe r íodo: P r . Malvino C or rêa , M il ton Moraes , P r . Jú l io
Miguel Rangel, Pr . Josias César Porto da Silva, Pr . Dilmo P, de Castro, Sênica
da Silva, Rossine de Oliveira, W illiam R. de Sou za, Emo ilde Alves, Élcio
Sant 'Anna , He loísa He lena P into .
Alguns dos que hoje l ide ram o t r aba lho denominac iona l t ive ram grande
par t ic ipação no t r aba lho de nossa juventude , enquanto e s tavam também t re i -
nando e se desenvolvendo. Entre eles, citamos: Pr. Mauro Israel Moreira — Pastor
da Primeira Igreja Batista de São Gonçalo, ex-presidente da Ordem dos Pastores
Batistas do Brasil e ex-presidente da Convenção Batista Füminense; Pr . Sócrates
O. de Souza — Pastor da Igreja Batista de Vital Brasil, Niterói, c redator d'
O Escudeiro Batista ; Pr . Nilson God oy — secretário-executivo da Junt a de Bene-
ficência da Convenção Batista Füminense.
194.
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C apí tu lo X IV
a i n f l u ê n c i a d a o b r a d o s b a t i s t a s
f l u m i n e n s e s
A INFLUÊNCIA DOS BATISTAS FLUMINESES
Através dos anos, a sociedade, a educação, os costumes do povo do Estado
do R io têm recebido pos i tiva inf luênc ia dos ba t is ta s f lumineses . Alcançados pe lo
evangelho de Cristo, tendo tido conceitos, princípios e viver cotidiano transfor-
mados , e le s se têm preocupado em tes temunhar , lança r sua inf luênc ia c r is tã no
campo moral, social, educacional e espir itual nos meios em que vivem. Seria muito
bom que algum mestrando em história se abalançasse a escrever sobre essa influ-
ência em algum desses aspectos.
Ressaltamos aqui a influênci a na modific ação de costumes, na camp anh a anti-
tabagista, no viver diário. Fazendeiros afirmavam que sentiam grande diferença em
seus empregados, depois que estes se tornavam crentes. Em lugar de caminharem
para os bares a f im de bebericarem , eles iam, ago ra, aos cultos, toda s as noites, em
casa de um ou de outro amigo, ou i rm ão na fé . Tornavam-se mais responsáveis. Aos
domingo s , t r a javam-se me lhor pa ra i r aos cul tos . Há pessoas , também, q ue fazem
comentá r ios sobre jovens que , se tornan do emp regadas domést icas , têm dad o exce -
lente te s temunho, conquis tando a conf iança de todos em seus empregos .
Houve lugares que, como comentava o ilustre professor Álvaro Barcelos,
professor de por tuguês do Liceu de Human idades e do Colégio Agr ícola de Campo s,
e membro da Academia Bras i le i r a de F i lo logia , sof re ram grandes t r ansformações
depois de terem tido con tato com os crentes. Fez menç ão da Vila São Luiz, no mu ni-
c íp io de Campos, conhec ida com o a terra do trabuco, que , agora , mostra - se mui to
modificada, depois de ter recebido grande influência dos crentes que ali vivem.
Tabuae Barro Branco, no município de São Fidélis, são outro exemplo disso.
Através do Pr. Salvador Borges, receberam grande influência evangélica. Ele viveu
naqu ela região durante 50 anos. Tabua, hoje, se cha ma Vila Pastor Salvador Borges. -
Bar ro Branco se denomina , agora , Vi la Augusto More t t i , nome de um diácono
ba t is ta .
A força da inf luênc ia dos ba t is ta s f lumineses por todo o e s tado pode se r
medida , também, pe las homenagens pres tadas a se rvos do Senhor que têm seus
nome s pe rpe tuad os em ruas , praças e e scolas . Eis a lguns de les :
195.
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Ruas:
Aperibé— Rua Evarislo Reis.
Arraial do Cabo — Rua Profa. Jurema Mainhard Viana, Rua Luiz Joaquim Corrêa,
Rua Pedro Simas, Rua Paulo Mainhard.
Bom Jesus de Itabapoana— Rua Adelício Dias do Canto, Rua Ailton Belido Barreto,
Rua Antônio L aur indo dos Santos , Rua Bonf ino Card oso de Mel lo , Rua Dolvina
Rezende Godoy, Rua Pr. Elias Portes Filho, Rua Pr. Francisco R ibeiro da Silva, Rua
Francisco Luís Gonçalves, Rua Ismael Jaco ud de Mello, Rua Jo ão Teixeira Pim entel,
Rua Prof. Joaqu im Ribeiro, Rua Prof. Orland o Azeredo Silva, Rua Therezinha Olga
Carraro, Rua Theodorico Luiz de Souza.
Campos — Rua Pr. Leobino da Rocha Guimarães , Rua Pr . F idé l is Mora les
Bentancôr, Rua Amorita Morales Bentancôr, Rua Pr. Gentil de Castro Faria, Rua
Pr. Rubem Coelho dos Santos, Rua Pr. Jurandir Gonçalves Rocha, Rua Achilles
Sa les , Rua João Sa lv ino Soares , Rua Antônio Azevedo (Poço Gordo) , Rua
A.B.Christie , Rua Dr. Daniel de Araújo Goes, Rua Pr. João Barreto da Silva.
Carapebus — Rua Pr. Daniel Carvalho de Alm eida
Cardoso Moreira — Rua Antônio Reis, Rua Joel Reis.
Casimiro de Abreu — Rua Missioná rio Salomã o Ginsburg , Rua Pr. Luís Lauren-
tino da Silva.
Conceição de Macabu — Rua Pr. José Carlos.
Duque de Caxias — Rua Pro f. José de Souza H erdy, Rua Mano el Avelino de Souza
(Mantiquira) , Rua Pr. Antônio Soares Ferreira (antiga Fábrica Nacional de M otores) .
Guapimirim — Rua Maximin iano José Pacheco (d iácono) .
Imaú — Av. Prof . José de Souza Herdy.
Italva—Rua Achilles Sales, Rua RitaFár ia, Ru aCc l. Luís Sales, Rua Portela Sales,
Rua Pr. Nilo Sales, Rua Albertina Portela Sales, Rua José Gomes Vilarinho.
Itaperuna — Rua Dimpina Schwartz, Rua Pr. Abelar Suza no Siqueira, Rua Pr. Elias
Portes Filho, Rua Pr. Elias Vidal, Rua Diác ono M anoel Ribeiro da Silva, Rua Alfred o
Coe lho, Rua Noemi B i t tencour t .
Macaé— Rua Braulino Simões, Rua Eurico Barbo sa, Rua Jesuína Barreto Antu nes,
Rua João Batista Lessa, Rua José da Cunha Barreto, Rua Luís Pinto da Silva, Rua
Miss . Sa lomão Ginsburg , Rua Cor indiba de Carva lho.
Macuco — Rua Prof . David Coe lho
Mangaratiba — Rua Pr . Mateus Paulo Rodr igues Guedes (Mur i t i ) .
Maricá — Rua Sebastião Velasco
Niterói — Rua Pr. Man oel Avelino de Sou za, Rua D.D elfina de Jesus (Bairro de
Itaipu), Rua Pr. Silas Silveira, Rua Pr. Manoel Avelino de Souza (Pendotiba) .
Nova Iguaçu — Rua Abdiel Duarte (Prata) , Rua Pr. José Caetan o de Oliveira (Bairro
Xavantes), Rua Pr . F ranc isco Joaquim de M endonç a (Are ia Branca ) , Rua Joaquim
Soares Neto.
Pádua — Rua João Eugênio Bastos, Rua João Caetano de Oliveira (Ibitiporã) .
Petrópolis — Rua Miss ionár io A.B .Chr is t ie , Rua Miss ionár io W .E. Entzminger .
Ponto de Cacimbas — Rua Nilo Mayerhof fe r .
Resende — Rua Pr. Elson de Souza .
Rio Bonito — Rua Cel. José Peixoto.
Rio Dourado — Rua Pr . Sa lomão Ginsburg .
São Fidélis — Rua Miss ionár io Sa lomão Ginsb urg , Rua D.Mar ia Vi t ipó Raposo,
Rua Pr. João Barreto da Silva, Rua Firmina Seixas, Rua José de Souza.
196.
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São Gonçalo — Rua Carmél ia Armond Zar ro .
São João da Barra — Rua Marcílio Rangel (em Barcelos) .
São João deMeriti — Rua Pr. João Barreto da Silva (Vilar dos Teles), Rua Pr. Adir
Reginaldo Gil (Bairro Sumaré), Rua Pr. Manoel Avelino de Souza (Jardim ír is) .
São Pedro da Aldeia — Rua Pr. Osvaldo Viana da Silva (Campo Redondo), Rua
Pr . Gedor Melo (Ba ir ro Poço Fundo) , Rua Agenor Be l t r ão ( fund ador da igre ja em
S. Pedro da Aldeia) .
Teresópolis — Rua Cassiano B. de Souza, Rua Pr. Joaquim Lessa, Rua Pr. José
Virgílio de Miranda, Rua Pr. Joaquim Carneiro (em Pião).
Praças:
Arraial do Cabo
— Praça Antônio Valadares (ex-frade católico)
Macaé — Praça Gê Sardenberg
Portela — (município de I taocara) — Praça Pr. Antônio Soares Ferreira
São Gonçalo — Praça Pr . W a ldemar Zar ro
Teresópolis — Praça P r . Antônio More i ra Por te s
Escolas:
Campos — Giná sio Prof. João Barreto da Silva
Casimiro de Abreu
— Escola Municipal Pr . Luiz Lauren tino da Silva
Ernesto Machado — Escola Estad ual Pr. João Barreto da Silva
Itaocara (Bóia) — Escoai Municipal Pr . Antônio Soares Ferreira
Macaé — Escola Municipal Prof? Élcia Barreto Soares
Niterói (Caram ujo) — Ginás io Manoe l Ave l ino de Souza
Petrópolis— Escola Munic ipal Pro f? Ernes tina Francioni de Abreu
São Gonçalo (Bairro Vermelho) — Ginás io Comercial Alberto Lessa
São Gonçalo (Bras i lândia ) — Centro In tegrado dc Educação Públ ica P r . W a ldemar
Zar ro .
São João da Barra (Fazendinha) — Escola Estadual Francisco Sarlo
São João de Meriti — Escola Munic ipa l Pr . Joaqu im Rosa
Teresópolis — Escola Municipal Beatr iz Silva
Conselho de Educação
Os rumos da educação no Estado do R io de Jane i ro foram es tudados com
a contribuiçã o de alguns servos de Deus que militavam no campo batista f luminense.
O Conseh o de Educação do ant igo Estad o do R io de Jane i ro contou, em sua
composição, com os seguintes irmãos: loão Barreto da Silva, Joadélio de Paula
Codeço, Már io Bar re to F rança , Raphae l Zambrot t i e Samue l de Souza .
O Conse lho de Edu cação no a tua l Es tad o do R io de Jane i ro , já contou com
a contribuição dos seguintes pastores: Ebenézer Soares Ferreira, José de Souza
Gama, Ni lson Dimárz io , Ni lson do Amara l Fanini .
Conselho de Cultura
Faz iam par te do Conse lho de Cul tura do ant igo Estado do R io de Jane i ro
os pastores Ebenézer Soares Ferreira e W aldemar Zarro. Estes foram nom eado s pelo
197.
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Governador Jeremias Fontes, presbiteriano de boa cepa, que soube honrar o nome
de crente em suas lides políticas,
Fez parte do Conselho de Cultura do atual Estado do Rio o Pr. Nilson do
Amaral Fanini.
Outras Influências:
Seria grande a lista se quiséssemo s citar aqui os nom es dos crentes agra ciados
com o título de cidadania conferido por Câmaras de Vereadores do estado e mesmo
pela Assembléia Legislativa.
Grande é , a inda , o número de mem bros de nossas igre jas ba t is tas do campo
fluminense que têm sido eleitos vereadores em vários municípios. Em algumas
cidades, como é o caso de Silva Jardim, houve época em que a metade dos compo-
nentes da Câmara de Vereadores era de crentes. Em Italva, cidade que foi fundada
por famílias na maioria compo stas de crentes, os batistas exercem grande in fluência.
A bandeira do município reflete essa influência do evangelho, que era ali pregado
pelas famílias Reis e Sales. A primeira C âma ra de Vereadores da cidade era com posta
de muitos crentes. O primeiro prefeito era crente. Em Cardoso Moreira pode-se
também observar a influência dos batistas.
Há município s que já tiveram no seu governo prefeitos batistas. Ca mpo s teve,
ainda que por alguns meses, como prefeito, o irmão Achilles Sales. O Pr. Raphael
Zambrot t i fo i Sec re tár io do Governo no temp o do Pre fe i to João Barce los M ar t ins ,
e o Pr. Henrique de Queiroz Vieira foi Secretário dc Administração no tempo do
Prefeito José Alves. O Dr. Zedir Morales Bentancôr foi, por duas vezes, secretário
do Prefeito José Carlos Barbosa, e o Dr. Elísio Tavares foi Secretário de Governo
no tempo do Prefeito José Alves. O Dr. Alair Monteiro foi prefeito de S. João de
Meriti.
O Pr. Ebenézer Soares Ferreira foi mem bro do C onselho de C ultura de C amp os
e presidente da Academia de Letras da mesma cidade. O Pr. Raphael Zambrotti e
as professoras Júlia Codeço e Evartgelina Guedes foram diretores do Instituto de
Educação Prof . Aldo Muylae r t .
O Prof. David Coelho foi, em certa época, prefeito de Cordeiro. A cidade de
Maricá teve, também, co mo seu prefeito um servo do Senhor: o Dr. W ilson Mendes .
Conceição dc Macabu, por duas vezes, teve como prefeito o irmão Arquimedes
Custódio .
Na política, o primeiro deputado batista foi o Pr. Silas Silveira, que deixou
marcas indeléveis com seus magistrais discursos sobre intolerância religiosa, to mad os
de conhecimentos de história , disciplina que ele conhecia como poucas pessoas.
Apareceram, depois, em épocas diferentes, Nelson Rocha e José Maria Garcia, que
exerceram o mandato de deputados federais, por algum tempo, e foram, no governo
Celso Peçanha, Secretários de Saúde
e
de Adm inistração, respectivamente. Surgiram
deputados estaduais, como: Joadélio Codeço, que veio a ser , também, Secretário
de Educação, por algum tempo; Ampliato Cabral, Jair Araújo, Daniel E.Figueiredo,
Josias Ávila e Gouveia Filho.
Retrata, e muit o bem, a influência de servos do Senh or na vida moral, social,
espir itual do Estado do Rio de Janeiro, a moção que transcrevemos a seguir:
198.
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Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
M O Ç Ã O
Os deputado s que es ta subscrevem co ngra tu lam-se com o d igno
e ilustre professor c pastor batista SALVADOR BORGES, residente
em Tabua, 3? Distr ito de São Fidélis, por completar , no dia dois de
setembro próximo, oitenta anos de idade. Salvador Borges é casado com
Dona Adosina Borges, reside em Tabua há mais de cinqüenta anos. É
pai dc seis f ilhos, três homens e três mulheres, todos formados.
Tendo sido um dos desbravadores da região, pois quando lá
chegou era tudo mata virgem, vem exercendo o ministério há mais de
quarenta anos . E ducou, não só a sua famíl ia , mas pra t icamente tod a
a região. Foi presidente da antiga UDN e do MDB.
Chegou à loca l idade no tempo em qu e a mor tandad e grassava ,
não só pela malária, mas também pela criminalidade, conseguin do com
trabalho, exemplo, bondade, desprendimento, f irmeza e fé em Deus,
reconduz ir bandidos , p is to le i ros e c r iminosos de toda espéc ie ao
caminho do bem, m ostrando um hor izonte c r is tão pa ra todos os mora -
dores daquela região carente de fraternidade e amor. Pela honradez,
d ignidade , f i rmeza , bon dade e desprendimento do i lus t r e homem
público é que fazemos a presente moção.
Sala das Sessões, em 29 de agosto de 1972.
(aa ) José Pe r l inge i ro de Abreu, Albe r to Tor res , Joaquim
Lavoura, Geraldo André, Josias Ávila e Darcíiio Ayres.
Escritores e Mem bros de Acad emias de Letras
Muitos servos de Deus se têm destacado por sua produção literária c poética
e têm sido conduzidos como membros de academias de letras, sejam elas de suas
cidades, do Estado do Rio, no Brasil ou fora do país. Podemos citar os nomes de:
Assis Cabral, Daniel de Oliveira Cândido, Delcyr de Souza Lima, Ebenézer Soares
Ferreira, Ivone Boechat de Oliveira, João Rodrigues, José Silva, Manoel Avelino
de Souza, Mário Barreto França, Nilson do Amaral Fanini, Nilson Dimárzio, Nilson
Nobre , Óthon Ávi la do Amara l .
Influência do Acamp amento Sít io do Sosseg o
Todos os acampam entos têm contr ibuído pa ra o c rescimento dos que a li vão
para os retiros. No Estado d o Rio há vários. O mais antigo, o de Rio Doura do, deno-
minado "S í t io do Sossego" , tem exerc ido grande inf luênc ia também em t rê s
localidades que f icam próxi mas a ele: Rio Dou rado, P rofess or Souza e Rocha Leão.
Em todas essas localidades o templo batista é maior do que o católico. O de Rio
Dourado é o melhor edif ício da vila .
O missionário Alvin Hatton, em seu livro A C ountry Church in Brazil, conta
algo sobre essa influência. A contribuição desse mission ário foi marcante nas igrejas
referidas.
199.
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P R O J E T O A M O R
Entre as entidades que foram criadas para a recuperação dos viciados em
drogas, sobressai-se o
Projeto Amor.
Ins ta lado cm uma propr iedade próxima
à cidade de Três Rios, o Projeto Amor vem, há mais cie dez anos, trabalhando
pela libertação daqueles que foram escravizados pelo terr ível vício das drogas.
Seu diretor , o Pr. José Francisco Veloso, que estivera envolvido com drogas,
em sua juventude, fundou a instituição porque sentiu a dor daqueles que, agui-
lhoados pelos vícios, não têm forças para deles se desprender.
Ul t imamente , o Projeto Amor tem recebido apoio do Reencontro e da
Junta de Missões Nacionais. O
maior peso da obra, porém, tem recaído sobre
os ombros do f und ador da ent idade . N ão se pode esquece r de c i ta r aqui a contr i -
buição que tem s ido dada ao P roje to Amor pe lo Dr . Ademir Paulo P imente l ,
juiz de direito, diácono da Primeira Igreja Batista de Niterói, que tem dado
grande apoio a esta obra.
O Pr. José Francisco Veloso escreveu o livro Um Tapa nas Drogas, que
tem sido muito procurado. É uma obra que revela as experiências do autor com
as drogas e como o Senhor o libertou e lhe deu a visão da criação do Projeto
Amor.
PROJETO AM Al VOS
O irmão Marcc l ino Robson Almeida , agrônomo, fundou em Campo Novo,
município dc Cabo Frio, na Rodovia Amaral Peixoto, em 1987, o
Projeto Amai-
-vos.
A propr iedade mede 54.000 m
2
. A instituiçã o é pessoa jurídica e já a briga
11 c r ianças que foram encaminhad as pe lo Ju izado de Menores .
No momento , quem es tá l ide rando o P roje to é o P r . I r an de Mede iros
Lopes.
C O L É G I O S F U N D A D O S P O R I G R E J A S E P A R T I C U L A R E S
E justo que façamos referência aqui aos colégios que foram criados por
igrejas batistas ou, particularmente, por pessoas interessadas no desenvolvimento
da obra educacional em nosso país, almejando, com isso, aliar ao preparo inte-
lectual a assistência e testemun ho cristãos. Têm pres tado essas instituições g randes
serviços aos nossos jovens e à educação no Brasil.
São as seguintes essas instituições:
1. Colégio do Instituto Batista Americano de Volta Redonda — Com a mud ança
do missionário Mac Neally, de Campos para Volta Redonda, no começo de 1950,
surgiu a grande oportunidade de se criar um colégio na Cidade-do-Aço, que
começava a se desenvolver rapidamente. Organizou o missionário, primeiramente,
a Igreja Batista Central de Volta Redonda, que vir ia , logo depois, a ser a mante-
nedora do Colégio Batista a ser cr iado ali.
O colégio foi crescendo. Foi ganhando nome, ao ponto de atingir uma
matrícula superior a 3.000 alunos. Construiu ótimas instalações e não se descuidou
da pa r te e spi r i tua l dos a lunos . Coopera ram, em épocas d i fe rentes , na adminis-
BIBU0TECA PARliCULAR
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tração da instituição os obreiros: Elson Duarte, Sebastião de Souza, José Herdy,
Penteado, Israel José Pinheiro, Arides Martins da Rocha, Francisco Cerqueira
Bastos e, atualmente, o Dr. Nilson Dimárzio.
2. Colégio Batista de Laranjal — Foi fundado na loca l idade dc Laranja l , muni-
cípio de São Gonçalo, há mais de 20 anos passados, o Colégio Batista de Laranjal,
que tem exercido grande influência na região. É seu fundador e diretor o Pr.
Aylpton de Jesus Gonçalves, pastor da Igreja Batista de Laranjal.
3. Colégio Batista de Austin — Foi fundado pe lo Pas tor Benedi to Sampa io .
O colégio recebeu, tambcm, o apoio do Pastor Oswaldo Soares dos Santos, que
o d i r ig iu durante um espaço de tempo. A ins t i tu ição tem procurado cumpr i r
a missão para que foi organizada.
4. Colégio Rui Barbosa — Fundado em Campos. Era de propr iedade do Professor
Gentil de Castro Faria, educador que procurou fazer do colégio, além de bom
educandár io , um ins t rumento de d isseminação do evange lho.
5.
Colégio Cardosense
— O Pas tor Henr ique de Que iroz Viei ra sonhou eom
um grande estabelecimento de ensino em Cardoso Moreira. Viu-o crescer ,
desenvolver-se. Deu frutos, como o Pastor Geraldo Ventura que foi seu aluno
e, hoje, é destacado líder no Estado do Mato Grosso.
6.
Colégio Batista de Meriti
— Pertencia à igreja e foi organizado no tempo
do Pastor Joaquim Rosa. O Pastor W alter Santos procuro u desenvolvê-lo. Passou -
-o à Convenção Batista Fluminese. Vários fatores f izeram com que não fosse
possível continuar a sua manutenção. O colégio foi vendido, alguns anos mais
tarde.
7. Colégio Batista da Igreja Batista de Nilópolis — E f ru to da v isão do Pas tor
Henr iqu e Mar in ho N unes , que real izou a li a obra educac iona l , por mui tos anos .
Hoje , a ins t i tu ição pe r tence aos f i lhos do seu fundador .
8. Colégio Batista de Resende — Foi o sonho do Pas tor Elson Duar te . Func iono u
durante a lguns anos . Com o fa lec imento do seu fundador , o colégio fo i descon-
t inuado.
9. Universidade Grande-Rio Prof. José de Souza Herdy — Esse é o nome que,
em março dc 1991, recebeu a entidade denominada Associação Fluminense de
Ensino — AFE. Implan tada em Caxias , pe lo prec laro educador , Pastor José
dc Souza Herdy, teve o seu início num pequeno colégio. Foi crescendo. Criou-se
a primeira faculdade, a segunda e, hoje, possui tantas, que se tornou em Univer-
sidade. O sonhador da obra, Pastor Herdy, foi chamado aos tabernáculos eternos"
antes de ver o f inal de seu sonho realizado. Mas os f ilhos e sua esposa o viram.
Hoje, sob a direção do Dr. Arodi Herdy, sempre aconselhado por sua ditosa
mãe, a irmã Nilza Herdy, a Universidade vai cumprindo sua missão, tendo até
construído, cm seu campus, um templo que abriga a Primeira Igreja Batista
Universitár ia do Brasil.
201.
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10. Colégio Cruzeiro do Sul — O Prof. Jair de Freitas criou o colégio e o viu
crescer e se tornar um dos maiores do município de Duque de Caxias.
11. Instituto Educacional Beira-Mar — Caxias. Diretor: Pr . Eliseu Reis.
12. Instituto Caxiense — Diretor: Pr. Eliseu Reis
13. Colégio Monteiro Lobato — Esse colégio viu cerradas suas port as após vá rios
anos de contr ibuição à educação da juventude. Foi seu diretor o Pr. Ivo Dutra.
14. Colégio Luther King — São João de Meriti . Diretor: Prof. Ubíracy Gil.
15. Colégio Americano — São Joã o de Meriti . Diretor: Pr . Samuel Leite .
16. Colégio Pan-Americano — Caxias . Dire tora : P ro f
3
Mariete de Freitas.
17. Colégio Marcos Freitas — Caxias. Diretor: Prof. Elias Pessanha.
18. Centro Educacional Monteiro Lobato — São Gonçalo . Diretores: Profs . Luís
Carlos Prestes Pinheiro e Loimar Zarro Pinheiro.
19. Centro Educacional Betei — Que imados . Dire tora : P rofa . Regina Sampa io
Jacoud.
20 . Centro Educacional Fluminense— Caxias. Diretor: Prof , Alair Moreira Dias.
21 . Instituto Evangélico de Vila Norma — Diretor: Prof . Aloísio Alves da Silva.
22 . Ginásio Fluminense — Caxias. Funda dor : Pr . Vital R. Cabral.
23 . Escola da Igreja Batista de Olaria — Friburgo. Diretor: Pr . J.J.Soares Filho.
L Í D E R E S A S S O C I A C I O N A I S
Distr ibuídas em vinte e sete associações, as igrejas batistas do campo
fluminense têm tido à sua frente pastores e líderes que se têm revelado na obra
do Senhor. Seus talentos, operosidade e consagração ao trabalho nos levam a
registrar nesta página os seus nomes, dando-lhes aqui destaque, já que não os
menc ionamos noutras pa r te s des ta obra .
1 . ASS OCIA ÇÃO BATISTA BETE L
Pastores Honório de Souza (que trabalhou por mais de 50 anos nessa asso-
ciação), David Francisco de Oliveira, Daniel Lincoln de Almeida, Otaciano
L. Gomes.
2 . A S S O C I A Ç Ã O BA T IS T A C A X I E N S E
Pastores Gutenberg F. Guedes, N emésio F. Carvalho, Vital Cabral, João Batista
202.
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Paulo Guedes, Jalir Chaves, José de Souza Herdy, Elias Carvalho de Sá,
João Cor re ia Ne to .
3 . A SSOC IAÇA O BATISTA CEN TRO
Pastores Joaqu im Co elho, Ant ônio C. Varela, W alter Velasco, Nilo Coelho,
Israel José Pinheiro (que foi pastor da Primeira Igreja Batista de São Fidélis
e, também, presidente de honra da Convenção Batista Fluminese), Samuel
Leite Fonseca, W anderley Batista Marins.
4 . ASSO CIAÇ ÃO BATISTA COSTA VERDE
Pastores Paulo Baldow, Isaías Lopes Pinheiro, José Rodrigues Menezes.
5 . AS SOCIA ÇÃO BATISTA EBEN ÉZE R
Pastores Natanael O. Graciliano de Melo, Sebastião José Gomes, Geraldo
Gomes, Gérson Melo , Eduardo Bento Andrade .
6 . A S S O C I A Ç Ã O B A TI ST A E X T R E M O - N O R T E
Pastores Abelar Siqueira, Manoel Bento da Silva, Nilo Cerqueira Bastos (pai
de três outros o breiros: Jair , Josué e Juds on C erqueira Bastos) , Genecy Farizcl,
Ary Machare t , Gessy Frutuoso, He i tor Antônio da S i lva , De lphino Eugênio
Vieira.
7 . A S S O C I A Ç A O B A TI ST A G O N Ç A L E N S E
Pastores W a ldemar Zar ro ,
Alber to Araújo , Ageu Ol ive i ra P in to , Aylpton
de Jesus Gonçalves, W aldir Rocha, M auro Israel Moreira, Nilson Nobre de
Oliveira.
8 . AS SOCIA ÇÃO BATISTA IGUAÇUA NA
Pastores Silas Batista , Iomacl Sant'Anna, Diocezir Alberto, Edgard Barreto
Antunes, Albino Veríssimo, Jornalista Óthon Ávila do Amaral, Abdiel Duarte
(foi vereador, por duas vezes, c , por esforço seu, a associação conseguiu
adquirir sua sede).
9 . A SSOC IAÇÃ O BATISTA ITAGUA IENSE
Pastores José Maria A.Fern andes, W alvique Soares Henriques , José Meireles,
Azair Ferreira Correia, Marcionílio Alves de Souza.
10. ASSOCIAÇÃO BATISTA LESTE
Pastores Virgílio Faria, Valério Gomes, O swaldo Reis, Gaspar Carneiro, Evan-
gelistas José Martins Faial (conhecido como José Areias) , Jamil Acruche,
203.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
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11. ASSOCI AÇAO BATISTA LITO RÂN EA
Pastores Paulo Mainhard , Osva ldo Viana , Ade lmo Coe lho, I r a Mede iros ,
Clério Boechat.
12. ASSO CIAÇÃ O BATISTA MAG EEN SE
Pastores José Pinto, Demerval Silva, Oséias Farias, Sebastião Gomes Sobrin ho,
José Júnior dos Santos, Estevam Mendes, Jurandir Ferreira Neto.
13. ASSO CIAÇ AO BATISTA MER ITIE NSE
Pastores Joaquim Rosa , Antônio An uda , Ageu Ne to , W a l te r Santos , José
Maria de Souza.
1 4. A S S O C I A Ç Ã O B A TI ST A N I L O P O L I T A N A
Pastores Henrique Marinho Nunes, Jorge Coelho, Sílvio Nacre, Nicanor Fèlis-
bino.
15. ASSO CIAÇ ÃO BATISTA NITER OIE NSE
Pastores Osmar Soares, Samuel de Souza, Isaías Moreira de Frias, Francisco
Cerqueira Bastos, Erodice Gonçalves Ribeiro, Josué Santos, Jailton Barreto
Rangel, Diácono Sir ley Nunes do Couto.
16. ASSO CIAÇ ÃO BATISTA NOR OES TE
Pastores Jovelino Luís Coelho, Onício José de Jesus.
17. ASSO CIAÇ ÃO BATISTA NORTE
Pastores Fidélis Morales Bentancôr, Henrique Queiroz Vieira, Josué Garcia,
Nilo Sales, José Ezequiel Pereira.
1 8. A S S O C I A Ç Ã O B A T IS T A N O R T E - C A X I E N S E
Pastores Paulo César Feijolli , Ivo Lopes Corrêa, Norival Franco, Josué da
Costa .
19. ASSO CIAÇ ÃO BATISTA PARA IBAN A
Pastores I tamar E de Souza , Emanue l Fontes de Que iroz , Ede l ton Bar re to
Antunes , Mad son de Carva lho, W i l l iam de Souza , Ni lson Dimárz io , Dr .
Paulo Ribeiro.
20 . ASSOCIAÇÃO BATISTA DA PLANÍCIE
Pastores Jurandir Gonçalves Rocha, Alceir F. Pereira, Ismael José Ferreira,
204.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
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Obadias F. d'Alcântara, Aurecil dos Santos, Ncry Camargo, Nilson Borcard
cia Fonseca, Camilo Caldas, Gilson Carlos dos Santos, Roberto de Oliveira.
2 1 . A S S O C I A Ç Ã O B A T I S T A P R I M B I R O C E N T E N Á R I O
Pastores Carlos Henrique de Carvalho Menezes, Paulo Vidal, Isaías Vascon-
celos Aguiar , Silvai dos Santos.
2 2 . A S S O C I A Ç Ã O B A T IS T A Q U E I M A D E N S E
Pastores Paulo César de Oliveira, Jorge de Oliveira Bezerra, Nivaldo Cavallari.
2 3 . A S S O C I A Ç Ã O B A T IS T A R I O D O U R E N S E
Pastores Josias Vieira, Isaías de Palma, José Pereira Lima, José Luís Pereira,
Hélio Souza e Silva, Dr. Rholmer Louzada.
2 4 . A S S O C I A Ç A O B A T I ST A S E R R A D O S Ó R G Ã O S
Pastores José Armando Cidaco, Ass is Cabra l , Emiron Mar t ins , Antônio
More i ra Por te s , I sa ía s Quir ino , Henr ique Antônio de Araújo .
25. ASSO CIAÇ ÃO BATISTA SERRA-M AR
Pastores Edmundo Antunes da Silva, Daniel dc Carvalho de Almeida, Luís
Laurentino da Silva, Daniel Almeida de Souza, Geraldo Jeremias.
2 6 . A S S O C I A Ç A O B A T I ST A S E R R A N A
Pastores João José Soares Filho, Jair Garcia, Álvaro Lamóglia de Oliveira,
Jairo Moreira, Eli Santos Vieira, Alcione Tadeu dos Santos, Márcio Antunes
Vieira.
2 7 . A S S O C I A Ç A O B A T I S T A S U L - F L U M I N E N S E
Pastores José Ferreira da Silva, Benedito Peçanha, Oswaldo Ronis, José Silva,
F ranc isco Nicodemos Sanches , Gérson Jan uár io , A ugusto Tavares, D or icé l io
Pinheiro, Edson Pértele Vieira, Malvino Corrêa, Celso Martinez.
O B R E I R O S F L U M I N E N S E S , M I S S I O N Á R I O S D A J U N T A D E
M I S S Õ E S M U N D I A I S
Muito tem contr ibuído pa ra o t r aba lho dc missões mundia is o campo ba t is ta
fluminense. Vários obreiros nascidos no Estado do Rio se têm apresentado à
Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira, para serem por
ela enviados a campos missionários fora de nossa pátr ia .
205.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
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Relacionaremos, primeiramente, aqueles obreiros que já trabalharam eom
a Junta de Missões Mundiais. São eles: Dejanira Barbosa, Lígia Lobato Mota,
Eunice Brito, Rita de Miranda Pinto, Maria Francisca Soares, Talita de Souza
Ribe i ro , Ranulfo Gomes dos Santos , Ezequias Mendonça , Ane te Manzol i l lo da
Silveira, José Carlos Gerhard de Matos, Lucy Gonçalves Guimarães, Hélcio da
Silva Lessa, Levy Barbosa da Silva, Elizabeth Barbosa da Silva, Ruth Genúneio
Barbosa, José Nite Pinheiro, Cilcéia Cunha Pinheiro, Herodias Neves Cavalcanti,
Marta Ramos do Nascimento, Jáder Malafaia, Creuza Rangel de Souza, Elizeu
Roque do Espír ito Santo, Eth Ferreira Borges da Luz e Ceila Ferreira Borges
da Luz.
Relacionamos, a seguir , os missionários f luminenses que pertencem ao
quadro a tua l de miss ionár ios da Junta de Missões Mundia is (1991) , indicando
também os pa íses onde a tuam: Almyr R ica rdo Cha f f im M ar t ins e Sue ly P imente l
Valentim Martins (Venezuela) , Alaíde Macedo de Oliveira (povos muçulmanos),
Shir ley Alves (Chile) , Carlos Alberto Pires (Chile) , Ubirajara Pereira da Silva
(Canadá), Carmem Lígia Ferreira de Andrade (Bolívia) , Silas Luís Gomes e Aldair
Ribeiro Gomes (Chile) , Dalva Santos de Oliveira (Paraguai) , Mônica Malfetana
Bonfim de Oliveira (Peru), Raquel Barcelos (Moçambique), Diné René Lóta e
Leila Delgado Lóta (Portugal) , Edna Motta Leal de Oliveira (Chile) , Raquel
Costa dos Santos (Uruguai) , Adilene Vieira Marques (Argentina) , Ester Penha
da Silva (Uruguai) , Odenir Figueiredo Júnior e Eliana Cordeiro Figueiredo (Para-
gua i) , F ranc isco Antônio de Souza (Por tuga l) , F ranc isco Nicodemos Sanches
e Olívia Drumond Sanches (África do Sul) , Paulo Moreira Filho (Leste Europeu),
Rena to Corde i ro de Souza e Jane Cr is t ina Barbosa de Souza (Por tuga l) , Díná
Portela de Oliveira Lima Aguiar (Espanha), José Sélio de Andrade e Elizabet
Mota de Andrade (Equador ) e João Luiz da S i lva Manga (Guiana) .
O B R E I R O S F L U M I N E N S E S , M I S S I O N Á R I O S D A J U N T A D E
M I S S Õ E S N A C I O N A I S
Estes são os missionários f luminenses que estão na ativa: Dulcinéa da Silva,
Evonete Neves Brum, Ivanilde Brasil Brum, Hirtes Dias Delgado, João Mendes
Cabral, Nilton Ayres Duarte, Vilma Braga Rodrigues Duarte, Solange Maria
Gomes, Gecilda de Oliveira Santos, Mara Lúcia Brisson, Isaías Vieira Coelho,
Leoeídia Nila de Jesus, Aidete Brum da Costa, Iracema de Souza Batista , Hele-
nice S imão Guimarães , Noêmia Barbosa Marques , El ia s Pe re i ra Braga , Ada i lda
Pereira Braga, Eunice Barbosa Corrêa, Marcianita Cunha de Mendonça, Lucimar
Gomes, Sérgio Figueira, Paulo Roberto Macedo, Elisete F.Paes Macedo, lida
Nascimento dos Santos, Élcio Augusto dos Santos, Deise Costa dos Santos, Enilce
de Azeredo, Mar ia Ivone Soares Anac le to , Moisés Cas tor ino Brandão, Gênia
Nogue ira Brandão, F lorde l ice Brum, Antôn io F ranc isco Mar ins , Zi lda F ranc isco
Marins, Enicéia Carvalho Godói, Sônia Maria da Silva Carvalho, Débora Pereira,
Carlos Henrique Soares, Mário da Rosa Teixeira, Elizabeth Cunha Teixeira, Eliza-
beth Basílio Sena.
Também queremos menc ionar obre i ros f luminenses que t r aba lham na sede
da JMN : W altayr Nogu eira de Mello, Daniel Mart ins Eiras, Deusirene Santos
da Silva, Eliane de Aguiar .
206.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
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BATISTAS FLUMINENSES QUE SE
S O B R E S S A Í R A M N A D E N O M I N A Ç A O
Muitos têm sido os batistas f luminenses que se têm tornado bênçãos nas
lides denominaeionais em nossa pátr ia . Muito bem têm eles representado o nosso
estado, dedicando tempo, capacidade c talentos à obra batista no Brasil.
Alguns deles já receberam do Senhor o seu galardão pela dedicação com
que f izeram a Obra do Mestre:
O Dr. Francisco Fulgêncio Soren nasceu em São Gonçalo. Sua influência
na denom inação fo i grande . Foi o pr ime irc rpres idcnte da Convenção Ba t is ta
Brasileira. Pastoreou a Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, de 1900 a 1933.
O Pastor Joaquim Fernandes Lessa nasceu em São João da Barra. Foi
grande líder nacional, chegando a ocupar, por três vezes, a presidência da
Convenção Batista Brasileira.
O Dr. Francisco de Miranda Pinto nasceu em Campos. Ocupou por vá r ia s
vezes, a presidência da Associação Evangélica Denominada Batista do Rio de
Jane iro . Foi um dos fundadores da Junta Pa t r imonia l Ba t is ta do Sul do Bras i l .
"Nas juntas ele era f igura de escol, respeitado e acatado nas suas opiniões e
sugestões", escreveu o Pr. Manoel Avelino de Souza.
O Prof. Moisés Silveira nasceu em Macaé. Foi redator d' O Jornal Batista,
foi secretário-executivo da Junta de Misões Mundiais e diretor do Colégio Batista
do Rio de Janeiro. Foi um leigo de grande influência, em sua época.
O Pastor Emdio Warwik Kerr nasceu em Cantagalo. Polemista de peso.
"Teve enorme influência na vida batista brasileira, graças à sua grande cultura,
haur ida pr ime iro em aulas pa r t icula res do casa l Ginsburg c depois por prodi-
g iosos e sforços autodida tas" .
( i )
O Pastor Erodice Fontes de Queiroz nasceu em São Sebastião do Alto.
Foi um dos maiores pregadores evangélicos. Cogno minei-o, certa feita , de o Crisós-
tomo Batista. Foi presidente da Convenç ão Batista Fluminens e nos anos de 1933
e 1936 e orador da mesma convenção, nos anos de 1928 e 1936. Foi orador da
Convenção Batista Brasileira, em 1936.
Herodias Neves Cavalcanti nasceu em Macaé. Era grand e orad ora. Foi
missionária dos batistas brasileiros a Portugal, com o seu primeiro esposo, o
Pas tor Eduardo Gobira .
O Pastor Waldemar Zarro nasceu em Nat iv idade de Carangola . Foi pres i -
dente de vá r ia s juntas nac iona is e membro da d i re tor ia da Convenção Ba t is ta
Brasileira, algumas vezes. Foi, por mais de quarenta anos, o pastor da Igreja
Batista de São Gonçalo. Foi, por seis vezes, presidente da Convenção Batista
F luminense .
O Pastor Rui Franco de Oliveira nasceu no munic íp io de Macaé . Foi grande
líder no Estado de Minas Gerais, ocupando, por mais de dez vezes, a presidência
da Convenção Ba t is ta Mine ira . Foi membro da Junta de Educação Re l igiosa -
da Convenção Batista Brasileira.
O Pastor João Barreto da Silva nasceu,em Ernes to Machado. Foi d i r e tor ,
por 27 anos, do Colégio Batista Fluminense, e exerceu grande influência na
Convenção Batista Fluminense, da qual foi presidente. Fez parte de várias juntas
nac iona is .
207.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
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O Pastor Fidélis Morales Bentancôr'nasceu em Ernest o Mach ado. Exerceu
o ministério por mais de 50 anos. Foi redator d 'O Escudeiro Batista, diretor
do Colégio Batista Fluminense e, por algumas vezes, membro da diretoria da
Convenção Batista Fluminense.
O Pastor Sebastião Angélico de Souza, que faleceu em jan eiro de 1991,
corri 98 anos de idade, foi um dos grandes obreiros do Brasil batista . Nasceu
no município de São Fidélis. A cie coube a honra de ter iniciado a irradiação
de mensagens evangélicas.
O Pastor Antônio Charles nasceu cm Cambuc i . Ocupou luga r de des taque
na denominação. Foi grande professor no Colégio Batista do Rio de Janeiro.
Foi presidente da Convenção Batista Fluminense, em 1926.
O Pastor Alberto Portela nasceu em Campos. Foi diretor do Colégio Batista
Fluminense e professor no Colégio Pedro II , no Rio de Janeiro.
O Pastor Jáder Malafaia nasceu em Pádua. Foi missionário na Bolívia
e Presidente da Junta do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.
O Pastor Silas Silveira nasceu em Macaé. Era historiador. Foi o primeiro
batista a ser eleito deputado estadual.
O Pastor José de Souza Hèrdy nasceu em Friburgo. Cri ado r e diretor , até
a sua morte, da Associação Fluminense de Ensino (AFE), localizada em Duque
de Caxias , hoje, denomin ada Unive r s idade Grande-Rio P rofessor José de Souza
Herdy. Foi presidente da Junta de Educação da Convenção Batista Fluminense
e orador oficial da Convenção Batista Fluminense. Foi membro e presidente
da Junta de Educação Religiosa e Publicacões da Convenção Batista Brasileira
— J U E R P .
O Prof. Ulisses Moraes foi professor pioneiro no Colégio Batista Flumi-
nense, em Nova Friburgo, organizado em 1910. Catedrático de Português do
Liceu de Niterói, foi autor de várias obras sobre a língua portuguesa, destacando-
se, entre elas, um dicionário de português arcaico.
O Dr. Joadélio Codeço nasceu em Campos. Foi deputado em duas legis-
laturas. Foi Secretário de Educação, do antigo Estado do Rio de Janeiro. Foi
membro do Conse lho de Educação do es tado e d i re tor do Liceu de Ni te ró i .
Foi tesoureiro da Segunda Igreja Batista de Campos e diácono da Primeira Igreja
Batista de Niterói.
O Prof David Coelho nasceu em Macuco. Educador. Foi prefeito de
Corde iro . F i lho do p ione iro , pas tor Joaquim Coe lho dos Santos .
O Pastor Henrique de Queiroz Vieira nasceu em Cachoeiras de Macacu.
Educador. Escreveu o livro A Bíblia na Palavra de Grandes Personalidades. Foi
Sec re tá rio de Educação na P re fe i tura de Camp os. Foi reda tor d O Norte Batista.
O Pastor Gentil de Castro Faria nasceu em Campos. Ex-padre ca tó l ico
romano. Educador . Foi ve reador em Campo s. P rofessor do Seminár io Teológico
Ba t is ta F luminense e do Liceu de Humanid ades de Cam pos. O utras informações
sobre ele estão à página 149 desta obra.
O Pastor Alfredo Reis nasceu em Aperibé. Foi diretor do Colégio Batista
Fluminense, de 1923 a 1924. Grande propagandista da obra de assistência social.
Chegou a criar O Patronato, que durou poucos anos. Foi presidente da Conv enção
Batista Fluminense, de 1910 a 1912.
O Pastor Jurandir Gonçalves Rocha nasceu em Cambuci. Foi orador oficial
da Convenção Batista Fluminense, realizada em Nova Iguaçu, em 1977. Vice-
208.
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-diretor do Colégio Batista Fluminense e Deao do Seminário Teológico Batista
Fluminense.
A seguir , o grupo de obreiros que o Senhor tem conservado até hoje (1991),
a tuando em sua obra :
O Pastor José dos Reis Pereira nasceu em Piraí. É uma das mais conspícuas
figuras do Brasil batista . É o nosso grande historiador. Escreveu mais de dez
livros. Entre eles, a A História dos Batistas no Brasil. Foi um dos vice-presidentes
da Aliança Batista Mundial. Foi, por 24 anos, Diretor d'0 Jornal Batista.
O Pastor Raphael Zambrotti nasceu em Natividade dc Carang ola. Foi pastor
da Primeira Igreja Batista de Campos. Secretário-executivo da Junta de Missões
Mundiais. Foi presidente da Convenção Batista Fluminense, em 1951.
O Pastor Irland Pereira de Azevedo nasceu no mun icípio de São Fidélis.
Pastoreia a Primeira Igreja Batista de São Paulo, por muitos anos. Por três vezes,
foi presidente da Convenção Batista Brasileira. É presidente da União Batista
La t ino-Amer icana — UBLA.
O Pastor Francisco Mancebo Reis nasceu em Carapebus. Foi, por muitos
anos, diretor do Seminário Teológico Batista Mineiro. Foi orador da Convenção
Batista Fluminense, no ano de 1960. Tem pertencido a várias juntas nacionais.
O Pastor Alcides Cunha nasceu em São Gonçalo. Tem ocupado posições
de des taque na denominação. Foi pres idente da P r ime ira Assemblé ia de H omens
Batistas no Brasil. Foi presidente da extinta Junta de Evangelismo da Convenção
Batista Brasileira.
O Pastor Samuel de Souza nasceu em Niterói. Foi, por muitos anos, diretor
do Colégio Batista de Niterói. Foi secretário-executivo da Associação Nacional
dc Educandár ios Ba t is ta s — ANEB. Tem mui ta inf luênc ia na denominação.
O Pastor Joaze Gonzaga de Paula nasceu no município de I taperuna. Foi
secretário-executivo da Convenção Batista Carioca.
O Dr Celso de Oliveira nasceu em Pádua. Tem sido presidente de várias
juntas da Convenção Batista Brasileira. Tem pertencido ao Conselho dos Homens
Ba t is ta s da Al iança Ba t is ta Mundia l .
A Dra. Alice Neves de Oliveira nasceu em Macaé. Tem sido presidente
da Junta de Educação da Convenção Ba t is ta Car ioca e da Junta do Seminár io
Teológico Batista do Sul do Brasil.
O Dr. J
}
ércio Rangel nasceu no munic íp io de I tape runa . Tem ocupado
posições de destaque na Convenção Batista Carioca. Foi presidente do Congresso
de Homens Batistas Brasileiros. É o assessor jurídico da JUERP.
O Dr. Oscar Ribeiro nasceu em Natividade de Carangola. Tem exercido
grande liderança na Convenção Batista Carioca. Foi, por mais de uma vez, o
seu orador oficial. Tem sido membro de várias juntas.
O Dr. Achilles Silva nasceu em Pureza. Foi presidente de várias entidades
batistas no Rio de Janeiro. Foi presidente da Junta do Seminário Teológico Batista
do Sul do Brasil. É técnico de educação em Brasília , Distr ito Federal.
O Dr. Jacy de Oliveira nasceu em São Fidélis. Advogado. Foi professor
de Português no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.
O Pastor Silas dos Santos Vieira nasceu em Macuco . Foi secretário-executivo
da JUB ERJ e da JUM OC . Pas tore ia a Igre ja Ba t is ta de Santo Antônio , no Estado
do Espír i to Santo .
209.
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O
Dr. Wilmar Zarro
nasceu em São Gonçalo. Filho do grande líder batista ,
Pastor W aldemar Zarro. Foi presidente da JUBF R.Í c , tamb ém, fez parte do
Conse lho Nac iona l da Moc idade .
A Profa. Marlene Balthazar da Nóbrega Gomes nasceu em Barra do Piraí.
Foi, por várias vezes, presidente da União Feminina Missionária Batista Flumi-
nense e da União Feminina Missionária Batista do Brasil. É professora no Instituto
Batista de Educação Religiosa.
O Pastor Edgard Barreto Antunes nasceu em Maca é. Foi, por várias vezes,
presidente da Convenção Batista Fluminense e, algumas vezes, vice-presidente
da Convenção Batista Brasileira. Foi presidente da JUERP. É o atual (1991)
secretário-executivo da Convenção Batista Fluminense.
O Dr Paulo Ribeiro nasceu em Sapucaia. É grande pregador. Evangelista .
Tem exercido grande influência entre a juventude batista brasileira. E o redator
d'0 Jornal Batista.
O Prof Ampliato Cabral nasceu em Paraíba do Sul. Foi deputado estadual
em duas legislaturas. Tem sido vice-presidente da Convenção Batista Fluminense.
Foi presidente da União Masculina Missionária Batista do Brasil.
O Pastor Francisco Cerqueira Bastos nasceu em Itaperuna. Tem sido
consul tor jur íd ico da Junta Coordenadora da Convenção Ba t is ta F luminense .
Foi diretor do Colégio Batista de Volta Redonda. Foi presidente da Junta Patr i-
monial Batista do Sul do Brasil.
O Dr: Eli Francioni de Abreu nasceu em Petró polis. H á 25 anos é o vice-
-moderador da Primeira Igreja Batista de Niterói. Foi redator do jornal da
moc idade f luminense — O Arauto Fluminense. Foi presidente da Jun ta de Bene-
ficência da Convenção Batista Brasileira.
O
Pastor Ubiracy Dutra Gusmão
nasceu cm Cam buci . Foi, por muitos
anos, secretário da Junta Patr imonial Batista do Sul do Brasil. Ocupou, também,
a sec re ta r ia da Junta de Benef icênc ia — JUBEN. É o d i re tor adminis t r a t ivo
dos Colégios Batistas Shepard e Brasileiro, no Rio de Janeiro. É membro da
Junta Administrativa do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.
O Jornalista Óthon Ávila Amaral nasceu em Valença. É o auto r de Roteiro
Histórico dos Batistas Fluminenses (1891-1976). Foi orad or oficial da Co nvenção
Batista Fluminense em 1978. Foi redator-secretário d 'O Jornal Batista. Foi redator
d'O Escudeiro Batista. É secretário-executivo da Associação Batista Iguaçuana.
A Profa. Júlia Codeço dos Santos nasceu em Campos. Foi professora do
Liceu de Humanidades de Campos, da Escola Técnica Federal, também em
Campos, e do Colégio Batista Fluminense. Foi, por várias vezes, presidente da
União Feminina Miss ionár ia Ba t is ta F luminense e membro da Junta Adminis-
trativa do IBER.
O Dr. Gilberto Maia nasceu em Campos. Foi livre-docente de Latim do
Colégio Pedro II , professor na Faculdade Nacional de Direito e professor de
Língua Portuguesa do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. É membro
da Academia Evangélica de Letras do Brasil. É f ilho do Pastor Antônio Maia,
um dos p ione iros do t r aba lho ba t is ta no campo f luminense .
O Pastor Delcyr de Souza Lima nasceu em São Fidélis. Ex-professor do
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Diretor do Seminário Teológico
Batista de Niterói. Escreveu várias obras, Foi diretor do jornal Brasil Batista.
O Pastor Joélcio Rodrigues Barreto nasceu em Campos. Foi orador da
210.
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Convenção Ba t is ta Brasileira em 1977 . Estudou, durante cinco anos, nos Estados
Unidos da América. Foi professor do Seminário Batista Fluminense. Ex-presidente
da JUERP. É o a tua l Super in tendente de Educação Re l ig iosa da JUERP.
O Dr. José Silveira tilho foi redator da Página da Mocidade, publ icada
n'0 Escudeiro Batista. Técnico de Educação. Pocurador do Estado.
O Dr. Jair Araújo nasceu cm Petrópolis . Foi vereador naque la cidade. Foi,
também, deputado es tadua l . Teve grande inf luênc ia no t r aba lho da juventude
batista .
O Dr. Nélson Rocha nasceu em Itaperuna. Foi vereador em Niterói. Secre-
tário de Saúde do Estado do Rio, no governo Celso Peçanha. Foi deputado federal.
Foi bem in tegrado no t r aba lho da juventude .
O Pastor Arides Martins da Rocha foi, por várias vezes, vice-presidente
da Convenção Ba t is ta F luminense . Ocupou a pos ição de sec re tá r io adjunto da
Junta de Missões Nac iona is do Depar tamento de Evange l ismo, no tempo do
secretário-executivo, Pr . David Gomes.
O Pastor Osmar Soares nasceu cm Pureza. Foi presidente da Convenção
Batista Fluminense nos anos de 1959, 1960 e 1961. Foi membro de várias juntas
da Convenção Batista Brasileira.
O Pastor Isaac da Costa Moreira nasceu cm Silva Jardim. Foi diretor , por
mais de dez anos, do Lar Batista Pastor Antônio Soares Ferreira. Foi membro
da Junta Administrativa do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.
O Dr. José de Souza Gama nasceu em Niterói. Pastor da Primeira Igreja
Batista de Ipanema. Foi presidente da Ordem dos Pastores Batistas Fluminenses,
no período de 1982 a 1983. E Defensor Público e autor de oito livros sobre
Direito. Foi membro do Conse lho Estadua l de Educação e de vá r ia s juntas da
Convenção Batista Brasileira. É membro do Conselho de Política Criminal do
Rio de Janeiro.
O Pastor Iomael SantAnna nasceu em Três Rios. Foi redato r d O Escu-
deiro Batista e d e Pontos Salientes. Tem sido mem bro de várias juntas nacio nais.
O Dr. Ademir Pimentel nasceu em Bom Jesus. Foi mem bro da Ju nta de
Educa ção da C onvenção B a t is ta F luminense . Tem s ido orador em vá r ia s conven-
ções estaduais. É Juiz de Direito na 4a. Vara da Fazenda do Rio de Janeiro.
O Pastor Sebastião Ferreira nasceu em Petrópolis. É pastor da Igreja Batista
de Vila da Penha, no Rio de Janeiro. Fundador do Seminário Bíblico do Rio
de Janeiro. Ex-professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Ex-
-pres idente da Junta de Educação da Convenção Ba t is ta Car ioca .
O Pastor Higino de Souza é grand e obreiro no Estad o de Minas G erais.
Foi presidente da Convenção Batista Mineira, tendo sido seu orador oficial por
ocas ião do Centená r io dos ba t is ta s mine i ros .
O Dr. Joel Pereira dos Santos é membro da Igreja Batista do Rocha, São
Gonçalo. Juiz. de Direito, exercendo a magistratura na 5a. Vara Criminal de Niterói.
O Dr. Cláudio Macário nasceu em Friburgo . É diáco no da Primeira Igreja
Batista da Barra da Tijuca. É um bem sucedido empresá r io que tem cooperado -
grandemente pa ra a expansão do Re ino de Deus , ora na const rução de templos
para igrejas pobres, ora na promoção de várias atividades evangelísticas, apoiando
os confe renc is ta s a t r avés do Depar tamento de Evange l ismo de sua empresa , a
CLAMA Constru tora . Dá supor te f inance i ro a uma promoção evange l ís t ica do
ex-missionário Perry Ellis, nos Estados unidos, e ao Pr. Fanini.
211.
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O Pastor Josemar de Souza Pinto nasceu em Cardoso More i ra . Há dez anos
é o Coordenador do Dep ar tamento de Publ icações Gera is da JUER P. Tem a tu ado
como escritor de vários artigos em jornais e revistas da denominação. Foi membro
da Junta de Educação da Convenção Batista Carioca. Recebeu o título de cidadão
Italvense. É jovem talentoso.
M I S S I O N Á R I O S D A J U N T A D E R I C H M O N D Q U E C O O P E R A M
C O M A S J U N T A S E S T A D U A I S F L U M I N E N S E S
A Junta de R ichmond fo i sempre fonte de apoio pa ra o t r aba lho ba t is ta
em nossa pá t r ia . Pa r t icula rmente em nosso es tado, e sses que r idos i rmãos empres-
ta ram sempre os seus e sforços , a tuando com denodo e grande amor na obra
de evangelização e assistência às igrejas. O nome daqueles missionários norte
-amer icanos que se cons t i tu í r am pi la res no t r aba lho ba t is ta f luminense , o autor
desta obra os menciona nos capítulos que dizem respeito à atuação específ ica
de cada um. A c ies somos gra tos pe la inf luênc ia pos i t iva e grande cooperação
nos pr imórâ ios do t r aba lho do Senhor em nosso es tado.
Damos des taque agora àque les que , enviados por R ichmond como miss io-
nários ao Brasil, escolheram o Estado do Rio como seu campo de atuação e,
em tempos ma is próximos de nós , não têm p oup ado esforços no sent ido de fazer
cont inua r a obra in ic iada por aque les que os antecederam no campo miss io-
ná r io . Es tes aqui c i tados têm colabo rado m ais e spec i f icamente ao lado de nossas
juntas estaduais. São eles:
1 . Gregory Deering (esposa: Sharon) — Trabalhou com a Associação Batista
Iguaçuana, sendo sua esposa a responsável pela música. Atualmente (1991),
t r aba lha com a Junta de Evange l ização da Convenção Ba t is ta F luminense .
2. Clint Kimbrough (esposa: Dolores) — Por vários anos , ocup ou a direção
do Depar tamento de Música da Junta Coordena dora da Convenção Ba t is ta F lumi-
nense, deixando-a para assumir o cargo de Superintendente de Música da JUERP.
Em 1991, retirou-se do Brasil, retornando à sua pátr ia .
3. Nolan Pridemore (esposa: Sheilah) — Trabalh a (1991) com a Junta de
Educação da Convenção Ba t is ta F luminense .
4. Norvel Welch ( e sposa : Ha t t ie ) — Durante a lguns anos , t r aba lhou com
o Depar tamento de Mordomia da Junta Coordenadora da Convenção Ba t is ta
F luminense , a lém de a tua r , também, no Depar tamento de Educação Re l ig iosa
da mesma junta .
5. Thomas Hearon (esposa: Bonnie) — Em 1990, iniciou o seu trabalh o
junto à JUBERJ. Quer ocupar - se da evange l ização de e s tudantes , pr inc ipa l -
mente os universitár ios.
Além des tes miss ioná r ios , que a tua ra m dire tamente junto ao nosso campo,
queremos des taca r o nome do Pas tor Alvin Hatton (esposa: Kate), que, mesmo
não sendo miss ionár io of ic ia l ao campo f luminense , ne le a tuou, d i r ig indo o
Acampamento Ba t is ta em Rio Dourado — Sí t io do Sossego, a lém de te r s ido
pas tor das Igre ja s de R io Dourado e P rofessor Souza .
212.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
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7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
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ANO
LOCAL
N.° de Mens.
PRESIDENTE
SECRETÁRIO
ORADOR OFICIAL
1934
São Fidélis
126
Manoe l A.Souza
Virgílio Faria
J.J.Silveira
1935
Macaé
149
A.B.Christie
João B.da Silva
Or lando Alves
1936
Niterói
180
Erodice F.Queiroz
'Virgílio Faria
Erodice F.Queiroz
1937
C a m p o s
243
Manoe l A.Souza
José Basílio
W aldemar Zarro
1938
Pádua
251
Manoe l A.Souza
Fidélis Morales L.M.B ratcher
1939
Macaé
173
Manoe l A.Souza
Fidélis Morales
Antônio S.Ferreira
1940
São Gonça lo
206
Manoe l A.Souza
Alber to Araújo
Fidélis M.Bentancôr
1941
C a m p o s
253
A.B.Christie
Virgílio Faria
Elias Portes Filho
1942
Nat iv idade
256
Manoe l A.Souza Albe r to Araú jo
P lác ido M ore i ra
1943
Macaé
210
Manoe l A.Souza Albe r to Araú jo
Abelar S.Siqueira
1944
Portela
317
Manoe l A.Souza
Raphae l Zambrot t i
Elias Portes Filho
1945
Pe trópol is
325
Manoe l A.Souza
Osvaldo Ronis
Albe r to Araújo
1946
C a m p o s
153
A.B.Christie
Raphae l Zambrot t i
A.B.Christie
1947
I tape runa
315
Manoe l A.Souza
Raphae l Zambrot t i
Israel Pinheiro
1948
Niterói
292
Manoe l A.Souza Raphae l Zambrot t i
João B.da Silva
1949 C a m p o s 397 Manoe l A.Souza Raphae l Zambrot t i W a ldemar Zar ro
1950
C a m p o s
480
Manoe l A.Souza
Osmar Soares
Raphae l Zambrot t i
1951
C a m p o s
482
Raphae l Zambrot t i
Samuel de Souza
Abelar S.Siqueira
1952
C a m p o s
225
W aldemar Zar ro
Samuel de Souza
Josué Santos
1953
Niterói
355
W aldemar Zar ro I tamar F .Souza
Ageu Ne to
1954
I tape runa
332
W aldemar Zar ro
Ja i ro Mala fa ia
J.Barreto da Silva
1955
C a m p o s
338
W aldemar Zar ro
Samuel de Souza
W ilson Régis
1956
Macaé
340
W aldemar Zar ro
Elias Vidal
Fidélis Morales
1957
Pe trópol is
379
Manoe l A.Souza
Elias Vidal
Abelar S.Siqueira
1958
C a m p o s
312
Manoe l A.Souza
Elias Vidal
Raphae l Zambrot t i
1959
Niterói
555
Osm ar Soares Ebenéze r S.Ferreira
Dalson P.Teixeira
1960
Macaé
349
Osmar Soares
Elias Vidal
Francisco M.Reis
1961
C a m p o s
418
Osmar Soares
Elias Vidal Guten berg F.Guedes
1962
C a m p o s
644
João B.Silva
Gutenberg F.Guedes
Edmundo A.S i lva
ANO LOCAL N.° de Mens.
PRESIDENTE
SECRETÁRIO
ORADOR OFICIAL
1963
Nova Iguaçu
608
Ebenézer S.Ferreira
Elias Vidal
Erodice G.Ribeiro
1964
Niterói
1.201
Ebenézer S.Ferreira
Elias Vidal I tam ar F.Souza
1965
Campos 247
Ebenézer S.Ferreira
Elias Vidal
Ni lson Dimárz io
1966
Não houve
746
1967
Pádua
Ebenéz er S.Ferreira Herod ice Bastos W aldemar Zarro
1968
Niterói
749
Ebenézer S.Ferreira
Herodice Bastos
Elias Vidal
1969
Fr iburgo
1.318
Ebenézer S.Ferreira
Edgard Barreto
José de Souza Herdy
1970
Bom Jesus
518
Nilson A .Fanini Edgard Bar re to
Nilson A.Fanini
1971
São João de Meriti
567
Nilson A.Fanini
Edgard Bar re to
Ebenézer S.Ferreira
1972
C a m p o s
1.871
Ebenézer S.Ferreira
W al te r Santos
F idé lis M .Bentancôr
1973
Caxias
757
Ebenézer S.Ferreira
Judson G.Bastos
Isaías M.de Frias
1974
Volta Redonda
1.575
Ebenézer S.Ferreira
Josué G.Cerque ira
Arides M.da Rocha
1975
I tape runa
720
Ebenézer S.Ferreira
Josué G .Cerque ira
Danie l A.de Carva lho
1976
Macaé
860
Nilson A.Fanini Josué G.Cerque ira
Harold Renf row
1977
Nova Iguaçu
910
Nilson A.Fanini
Edgard Bar re to
Jurandyr G.Rocha
1978
Nova Friburgo
1.758
Nilson A.Fanini
Diocezir Alberto
Óthon Ávi la Amara l
1979
Volta Redonda
957
Ebenézer S.Ferreira
Judson G.Bastos
Mauro Israel Moreira
1980 Caxias 973 Samuel de Souza Amplia to Cabra l Danie l O.Cândido
1981
C a m p o s
1.830
Mauro I s rae l More i ra Amplia to Cabra l
Antônio M.Por te s
1982
Niterói
1.388
Edgard B .Antunes Óthon A.Am ara l Osmar Soares
1983
Teresópolis
1.354
Edgard B .Antunes
Ó t h o n A . A m a r a l
Iomae l Sant 'Anna
1984
Caxias
1.060
Ebenézer S.Ferreira
Silas Q.Carvalho
Obadias d 'Alcânta ra
1985
Três Rios
1.924
Ebenézer S.Ferreira
Amplia to Cabra l
José S .Herdy
1986
São João de Meriti
748
Edgard B .Antunes
Ó t h o n A . A m a r a l
Silas Q.Carvalho
1987
Nova Iguaçu
1.724
Ebenézer S.Ferreira
Erly Barros Bastos
José A.S.Cidaco
1988
I tape runa
1.623
Ebenézer S.Ferreira
Erly Barros Bastos
Nelly Soares Ferreira
1989
Caxias
978
Edgard B .Antunes
Ó t h o n A . A m a r a l
Jairo Moreira
1990
Rio Bonito
1.610
Elias C.de Sá
Éber Silva
Josué E.S.Soares
1991
C a m p o s
1.088
Ebenéz er S.Ferreira Erly B.Bastos Joaq uim P.Rosa
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RELAÇÃO DO S PASTORES DA
CONV ENÇÃO BATISTA FI EM IN ENSE
— 1991 —
A
Abel Ribeiro de Souza, Abenézer da Silva Cunha, Aberaldo da Costa Eroes,
Abraão Freire Costa, Abraham Carneiro de Campos, Aeedino Vieira, Aeir
Menezes, Aey Eugênio Gonçalves, Adair Ribeiro, Adam Bodnarask, Adão Alves
de Oliveira, Adelmo Coelho de Oliveira, Adelino Pereira da Fonseca, Ademiel
Sant 'Anna , Ademil ton de Souza , Ademir Fe rnandes , Adi lon Joaquim da S i lva ,
Adilson Joaquim da Silva, Adilson José de Oliveira, Adilson Menezes de Souza,
Aécio Pinto Duarte, Ageu de Oliveira Pinto, Ageu Neto, Ageu Ramos Bcrnar-
dino, Ailton Monteiro, Alberto Araújo, Alberto Seiro Oki, Alcebíades Siqueira,
Alceir Faria Pereira, Alcendino Marques Pereira, Alceu Campos de Menezes,
Alei Chagas Rodrigues, Alcides Conejeiro Peres, Alcides de Oliveira Souza, Alci-
dino Mo nteiro, Alcino da Silva Ferreira, Alcionc Tadeu dos Santos, A ldair A ntunes
de Souz a, Aldevino W erdan Coelho, Aleanir Ribeiro, Alex Soares da Fonseca,
Alfredo Ananias Pereira, Alfredo Neves Brun, Alicio Moreira de Almeida, Almir
Francisco Pereira, Almir W agner P.Nogueira, A loísio Barreto da Silva, Altair
Dias SantAnna, Altamiro Mariano, Altamiro Pereira, Aluísio Ayres da Silva,
Álvaro Lamóglia de Oliveira, Alverino Galdino Alves, Amaro Alves de Lima,
Amaro da Silva Vicença, Amaury José Boaventura, Amilse Pereira Baptista ,
Amós da Silva Pedro, André Alves Nogueira, Ângelo Eder Collares, Anízio César
S .de Souza , Anteno r Carva lho A . Júnior , Antônio Alves Anud a , A ntônio Alves
de Almeida , Antônio Cardoso Coe lho, Antôn io da Costa P .de Andrade , Antônio
Ferre ir a Mac ie l , Antônio Gera ldo de Mendonça , A ntônio J oão Cr ispim, Antôn io
José Vieira, Antônio Moreno Borges, Antônio Muniz da Paixão, Antônio Pereira
Gomes, Antônio Queiroz dos Santos, Antônio Siqueira Campos, Argemiro Bitten-
court, Ari Santos da Costa, Arides Martins da Rocha, Arildo Borges Xavier ,
Arlindo Pereira R.Júnior, Arnaldo Stellet, Arnou Oliveira dos Anjos, Aroldo
Sarlo, Assis Borges Xavier , Ataniel Oliveira Lima, Augustinho Silva, Augusto
Soares Guimarães, Augusto Tavares Corrêa, Auli Fiaux, Aurelino João dc Souza,
Aylpton de Jesus Gonçalves, Azair Pereira Corrêa.
B
Balbino Motta, Bartolomeu Ferreira, Benedito Moreira da Costa, Benício Ribeiro,
Benjamin Moura Marques .
C
Camilo Fe rnando Ca ldas , Cândido Gomes S ique ira , Car l indo André dos Santos ,
Carlos Alberto C.Gonçalves, Carlos Alberto da Silva, Carlos Alberto F.Cindra,
Car los Augusto M.Cya la , Car los Coe lho Franco, Car los de Amor im Car re te ro ,
Carlos dos Santos Franco, Carlos Luiz Pereira, Carlos Nascimento, Carlos Roberto
R.da Silva, Carlos Teixeira Barbosa, Cássio Peçanha de Souza, Célio Ferreira
Magalhães, Célio Rubens Pinto, Celso Fortunato S.Martinez, Celso Gonçalves
Cavalcanti, Celso Pereira da Silva, Cerino Moura da Cunha, César Lourenço,
Cláudio Nunes Pereira, Cláudio Vágner de A.Trindade, Cléber Lemos de Almeida,
216.
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Clério Boechat de Oliveira, Clint Kimbrough, Crispo Sóstenes F.de Souza, Cris-
liiio José da Fonseca.
D
Daniel Carvalho de Almeida, Daniel Clementino da Silva, Daniel de Almeida
e Souza, Daniel de Oliveira Cândido, Daniel Fonseca Vianna, Daniel Lincoln
de Alm eida, Daniel Maurício Brun, Daniel Mauro W atcher, Daniel Moreira,
Dario Francisco de Oliveira, Dario Gonçalves Braga, David Eliel Schier , David
Leopoldino de Mattos, David Pandino Filho, David Pereira de Andrade, Décio
Vcrnay da Silva, Dejalma Galdino Nogueira, Delcyr de Souza Lima, Demerval
Dias de Oliveira, Demétrio de Souza Nunes, Denival Silveira de Oliveira, Demerval
Oliveira da Silva, Diocesir Alberto, Djalma da Silveira Belleny, Domingos de
Souza Medeiros, Doriscélio de Souza Pinheiro, Durval Borges, Durvalino José
Lopes.
E
Ebenézer Soares Ferreira, Éber Silva, Edelton Barreto Antunes, Edgard Barreto
Antunes, Edinaldo Pereira, Edis Pereira de Andrade, Edison Silva do Nasci-
mento , Edmar Guimarães Pe re i ra , Edmilson Bar to lomeu, Edmundo Antunes
da Silva, Ednezer Faria, Edno dos Santos Ferreira, Edson Fernandes Távora,
Edson Honorato de Barros, Edson Palmeira Barbosa, Edson Péterle Vieira, Edson
Pinheiro Pedersane, Eduardo Alves Braga, Eduardo Azevedo de Carvalho,
Eduardo Fernandes Sarmiento, Edvaldo Batista de Souza, Edys Silva, Eimaldo
Alves Vieira, Élbio Delfi Guimarães, Élcio Augusto dos Santos, Eli Cabral, Eli
Carvalho de Sá, Eli de Oliveira Pinto, Eli Santos Vieira, Eli Souza de Matos,
Eliacyr de Almeida, E lias Carvalho de Sá, Elias de Oliveira Nogueira, Elias Valério
de Souza, Eliazib Gonçalves Rosa, Elieser Mancebo Reis, Eliseu Roque do
E.Santo, Emanoel Fontes de Queiroz, Emilton Silva, Enéas Soares Menezes,
Enock Jesus dos Santos, Érico Porto da Silva, Eril Souto dos Santos, Erli dos
Santos, Erodice Gonçalves Ribeiro, Eronides Sindra, Esdras Aguiar Leão, Esme-
raldo Veiga Sales, Estevam Mendes, Eugênio Alves dos Santos, Eugênio José
Pinheiro, Everaldo Pereira França, Ezcquias Valério de Souza, Ezequiel Pimentel
de Matos .
F
Fernando Ccsar FXrindade, Fernando dos Santos, Fernando Sérgio T.Crespo,
Filenilo Vicente Neves, Francisco A.do Nascimento, Francisco Antônio de
Amorim, Francisco Barbosa Oliveira, Francisco Batista Neto, Francisco Cerqueira
Bastos, Francisco de Oliveira, Francisco Evaldo Schumacher, Francisco Gomes
C.Filho, Francisco Gomes de Souza, Francisco José dc S.Azeredo, Francisco
Lopes Muniz, Francisco Luciano da Fonseca, Francisco Machado Rodrigues,
Francisco Quirino da C osta, Francisco Ricardo Leite , Francisco Terceiro da Cu nha .
G
Gaspar C arne i ro de Araújo , Geazy S impl íc io , Gedeão B ispo de Souza , Genânc io
Gomes Rodrigues, Genecy Damasceno Pinheiro, Genecy Jardim Farizel, Genildo
217.
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Cun ha da Silva, Genival Assunção Chaves, Genivaido das Chagas, G enoci Pacheco
de Rezende, Geny Barreto Viana, Geovani Colares Silva, Geovani Ribeiro, Geral-
dino Ferreira Bastos, Geraldo de Almeida Pires, Cieraldo Geremias, Geraldo
Gomes, Geraldo Marcelo, Gérson Mello de Oliveira, Gérson Januário, Gerson
l.opes de Menezes, Gérson Moreira, Gervásio Nogueira, Gessy Fructuoso, Getulio
Rodrigues Vargas, Gilberto Gonçalves Pereira, Gilmar O legário de M oraes, Gilson
Carlos S.Santos, Givaldo da Silva Lima, Gladistônio Vieira.
H
Hamil ton Nunes de Souza , Haroldo Rodr igues de Jesus , He i tor Antônio da
Silva, Helci Braga Marinho, Heleno Bissonho Reis, Heleno Ferreira de Amorim,
Hélio Cordeiro de Mello, Hélio de Souza e Silva, Hélio dos Santos, Hélio Jorge,
Hé l io More i ra da S i lva , Hcnos Dias dos Santos , Henr ique Antônio C .Araújo ,
Higino Dominguez Esquive i , Honora to de Almeida , Hudson de Ol ive i ra Dutra ,
Hudson Galdino da Silva, Hudson Padilha de Oliveira.
I
lomael Sant'A nna, Iracy Ferreira da Costa , Iran de Medeiros Lopes, Irênio Silveira
Chaves, Isaac da Costa Moreira, Isael Pessanha de Souza, Isaías Barcelos de
Oliveira, Isaías Coelho da Palma, Isaías da Silva Pimentel, Isaías de Souza
Gonçalves, Isaías Filho, Isaías Gomes de Castro, Isaías Gonçalves Vieira, Isaías
Lopes Pinheiro, Isaías Moreira Frias, Isaías Pereira dc Barros, Isaías Vasconcelos
Aguiar , Isaú Tavares, Ismael Franco de Oliveira, Ismael Gomes de Souza, Ismael
José Ferreira, Ismail de Oliveira Ribeiro, Ismail de Oliveira Rodrigues, Israel
da Silva Alecrim, Israel José Pinheiro, Israel Ramos de Avellar , I tamar Francisco
de Souza, I taquaracy Santos, Ivo Dutra de Matos, Ivo Lopes Corrêa, Ivo Nogueira,
Ivonilson Rocha de Oliveira, Izael de Souza Nascim ento, Izaías Querino, Izaquiel
Rosa de Moraes.
J
Jabs dos Santos Leão, Jaci Palhinha de Figueiredo, Jacy Carvalho, Jacy Paulo
de A.Rangel, Jader Oliveira Terra, Jadir Félix da Silva, Jailton Barreto Rangel,
Jair de Souza Leite , Jair Silva Costa, Jairo Araújo Motta, Jairo Luiz Pereira,
Jairo Moreira, Jaly Chaves Menezes, Jamil Gomes de Oliveira, Janary Chaves
da Silva, Jânio Cosendey Nunes, Jehu Martins de Araújo, Jeoírances Nogueira
Soares, Jerônimo Nunes Patr ício, Jessé Claudi Pinto, Jessé Vieira Peixoto, João
Alexandre dos Santos , João Antônio Amor im, João Bapt is ta Paulo Guedes ,
João Batista C.Gomes, João Batista dos Santos, João Bueno Peres, João Corrêa
da Rocha , João da Costa Sant iago, João Eduardo da S i lva , João Fe rnandes ,
João Francisco Silveira, João Francisco Soares, João José Christino, João José
Soares Filho, João Lopes Filho, João Luiz da Silva, João Marcos Pinto Carvalho,
João Mar t ins da Costa , João Migue l , João Regina ldo da Costa , João R ica rdo
Perisse Dias, João Rodrigues de Souza, João Teixeira de Lima, Joaquim da Silva
M.Neto, Joaquim dc Paula Rosa, Joaquim Gregório de Oliveira, Joás Pereira,
Jocis Godoy, Joel André dos Reis, Joel Batista de Souza, Joel de Souza Maciel,
Joel Ferreira da Silva, Joel Reinaldo da Costa, Joélcio Luiz Soares, Jonas
218.
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Mendonça Sales, Jonas Vieira Lima, Jônatas Soares, Jorge Azevedo da Silva,
Jorge Benfeito, Jorge Bertoldo da Silva, Jorge Cabral da Silva, Jorge Coelho
de Oliveira, Jorge Costa, Jorge Cruz, Jorge de Oliveira Bezerra, Jorge Evanir
da Cruz, Jorge Hélio P.de Souza, Jorge José da Silva, Jorge Lopes, Jorge Luiz
Carvalho e Silva, Jorge Luiz S.A.Oliveira, Jorge Luiz Gouveia Vieira, Jorge Pereira
de Oliveira, José Abílio Dantas, José Arcanjo da Silva, José Armando Soares
Cidaeo, José Baltazar Oliveira, José Benício da Silva, José Branth Fernandes,
José Carlos da Silva, José Carlos C.Paiva, José Celestino de Barros, José Cláudio
Reis Santos, José de Ara újo Co uto, J osé de Matto s Pad ilha, José Francisco Velos o,
José Geraldo Tavares, José Gomes do Couto, José Juvêncio da Silva, José Lopes
da Cunha, José Lopes, José Luiz Pereira, José Maria A.Fernandes, José Maria
M.Tougeiro, José Maria de Souza, José Maroni, José Martins Capetins, José
Meirelles, José Pereira da Silva, José Pereira Lino, José Pinheiro, José Polegário
S.Filho, José Porto, Josc Quintanilha Corte Real. José Regiani, José Roberto
da Silva, José Rodrigues de Azevedo, José Rodrigues de Menezes, Josélio Gomes
de Souza, Josias Vieira, Josué Campanhã, Josué Campos Macedo, Josué Cardoso
dos Reis, Josué de Araújo, Josué Ebenézer S.Soares, Josué Félix da Hora, Josué
Garcia Cerqueira, Josué Rodrigues da Costa, Josué Tavares Pereira, Jota de Souza
Paula, Jovelino Luiz Coelho, Joventino Rodrigues da Silva, Juarez de Castro,
Judson Garcia Bastos, Júlio Botelho Filho, Júlio César Miguel Rangel, Jurandyr
Ferreira Neto, Juveiino Netto Filho.
L
Laudino Marinho da Silveira, Leci Barbosa, Ledir Cindra, Lélio Barros, Licínio
laylor , Lino Evangelino da Frota, I . iodir Barreto de Aguiar , Lourenço Santos
Queirós, Luís Henrique Faria Mendel, Luiz Antônio G.de França, Luiz Antônio
R.Vieira, Luiz Benedito Netto, Luiz Carlos de Carvalho, Luiz Carlos Corrêa
Xavier , Luiz Carlos S.Araújo, Luiz Carlos de Souza, Luiz Eugênio C.dos Santos.
M
Madson Paulo de Carva lho, Mal ton Louzada , Malvino Cor rêa , Mamede Oraca í ,
Manoel Bento da Silva, Manoel da Conceição, Manoel de Almeida Campos,
Manoel de Jesus B.de Melo, Manoel de Jesus Pereira, Manoel Dias de Oliveira,
Manoel Dias Machado, Manoel Rodrigues Cabreira, Manoel Vieira de Menezes,
Marcelino Domingues Netto, Márcio Antunes Vieira, Marcionílio Alves de Souza,
Marcos Alex Peres de Araújo, Marcos Antônio do Nascimento, Marcos de Souza
Kobi, Marilton Barbosa Rocha , Mário dos Santos Couto, Mário Henrique Herdy
Leão, Mário M oraes, M arluiz Stelet da Silva, Maurício Teixeira da Silva, Ma uríüo
Gomes da Silva, Maurílio Moraes, Mauro Israel Moreira, Mauro Robson Eormag-
gini, Max Henrique dos Santos, Maximiro Mariano, Meraci Luiz Freitas, Mércio
dos Santos, Miguel Carvalho de Souza, Milton Gomes Barbosa, Milton Luiz
Ribeiro, Mispcrete Urculino da Silva, Moacir Corrêa dc França, Moacir Pereira
Cardozo, Moacvr Cunha, Moadir de Oliveira Lima, Moisés da Silva Santos,
Moisés Leal, Moisés Pereira Almada, Mood Vieira Martinho, Moysés da Silva
Cunha , Moysés Guimarães .
219.
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N
Nab o r Jo aq u im d a S i lv a , Nad i l Dias Nev es , Narg in o Marc i l a d o s San to s , Na ta -
l in o Co rrêa Grama, Na tan ae l C i rq u e i ra San to s , Na tan ie l Co rd e i ro , Na tan ie l
Fer re i ra Ve lasco , Na th an Fsp er id o n , Neemias d o s San to s Lima , Ne i l d e Ol iv e i ra
Carv a lh o , Né l so n An d ré d o s Re i s , Né l so n d a Mo t ta Re i s , Né l so n Sa lu s t i an o
d e Lima , Nemêzio Fern an d es Carv a l l io , Nemézio San to s , Nery d a S i lv a Camarg o ,
Newto n Bern ard o , Nican o r Fe l i sb in o , Nican o r Jo sé Mar in h e i ro , Ni lo d e So u za
Co elh o , Ni lo Go mes So b r in h o , Ni lo Sérg io Ro d r ig u es Br i to , Ni l so n Bab o d a
S i lv a , Ni l so n Barre to Men d o n ça , Ni l so n Bo rcard d a Fo n seca , Ni l so n C ip r i an o
Bastos,
Nilson
Dimárzio,
Ni l so n d o Amara l Fan in i , Ni lso n Go mes Go d o y , N i l so n
Nobre de Oliveira, Nil ton dc Souza Melo, Nil ton Soares Bell izzi , Nivaldo Antunes
Silva, Nivaldo Aparecido Cavallari , Nogni da Silva Brant , Nolen Gene Pridemore.
O
Ob ad ias Fer re i ra D 'Alcân ta ra , Od i lo n Jo sé d e Almeid a , Oláv io Dias d o s Re i s ,
Olímpio de Carvalho Filho, Olivaldo de Souza Lucena, Oneil de Oliveira Carvalho,
On íc io Jo sé d e J esu s , On ó r io An tô n io d a S i lv a , Oscar d o s San to s , Oscar Maced o
d o s San to s , Osmar So ares , Osmar Ximen es , Oswald o C láu d io Nap o l i ão , Oswald o
Go mes , Oswald o Lu í s Go me s J aco b , Oswald o Re i s d o Am ara l , Otac ian o Lo u ren ço
Go mes , Oth ao Deb erg , Oto n y Fran c i s co d e Far i a , Ozéas Dias Go mes d a S i lv a ,
Ozéas de Alves Baptis ta, Ozéias Ramos de Farias , Ozias Duarte, Ozires da Siiva
M a r q u e s .
P
Pau l in o Fer re i ra Camp o s , Pau lo Barce lo s d a Co s ta Jú n io r , Pau lo Brag a Tav ares ,
Pau lo César d e Ol iv e i ra , Pau lo César Lima Gasp ar , Pau lo César Vie i ra , Pau lo
Cezar Pere i ra Lima , Pau lo d a Ro ch a S ias , Pau lo d e So u za Nu n es , Pau lo Ed u ard o
Gomes Vieira, Paulo Enil ton Baldovv, Paulo José de Landes, Paulo Lopes Pinheiro ,
Paulo Luiz de Oliveira, Paulo Renato P.da Silva, Paulo Sérgio Feijo l l i , Paulo
Sérgio Fonseca, Paulo Zarro de Frei tas , Pedro Alves de Frei tas , Pedro Heitor
d c Far i a , Ped ro Men d es d a S i lv a , Ped ro Oscar M.d a Co s ta , Ped ro Sa lv ad o r d e
Azev ed o , Perg en t in o S .Cab ra l , Po rp h i ro Nu n es Camp o s , P raz íd io Bern ard o .
R
Rab ereo Vie i ra Far i a , Rafae l An tu n es Vie i ra , Rap h ae l Zamb ro t t i , Ra imu n d o
Co rrêa San to s , Ra imu n d o No n a to Bru n o , Rau l Bar re to , Rau l in o Mig u e l d a S i lv a ,
Renato Braga G.da Silva, Renato da Silva Dantas , Roberlan O.Alcântara, Roberto
R .Du ar t e , Ro b er to d a S iiv a Carv a lh o , Ro b er to A.S i lv a , Ro g ér io Jo séT .d e M o ra i s ,.
Ro mes P i res d e Araú jo , Ro meu Macie l d c Azev ed o , Ro mi l to n Go mes R ib e i ro ,
Rô mu lo Ba t i s t a d e J esu s , Ro n a ld o Cab ra l Lo p es , Ro n a ld o Carn e i ro Nasc imen to ,
Ro n a ld o Go mes d e So u za , Ro n em Ro d r ig u es d o Amara l , Ru b e l in o Ig n ác io d a
Cu n h a , Ru b em An tô n io d e Mo u ra , Ru i San to s d e So u za , Ru iv a ld o No lasco ,
Ruy Alves de Carvalho.
2 20
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s
Salvador Mendes de Oliveira, Samuel de Souza, Samuel Leite Fonseca, Samuel
Lima, Saul Valle dc Souza, Saulo Luiz, Sebastião Carlos Baptista , Sebastião
Gomes Sobrinho, Sebastião José de Matos, Sebastião José de Oliveira, Sebastião
José Gomes, Sebas t ião Lopes , Sebas t ião Made ira , Sebas t ião Mar t ins da Mota ,
Sebastião Peixoto Silva, Sebastião Teixeira Santana, Sebastião Xavier Filho, Sérgio
da Fonseca, Sérgio Fernandes da Costa, Sérgio Giacomin, Sérgio Luiz Z.dos
Santos, Scverino Ferreira de Melo, Silas Batista S.Lima, Silas Batista , Silas da
Costa Moreira, Silas Ferreira, Silas Quirino de Carvalho, Silas Ribeiro de Souza,
Silas Rodrigues Verdan, Silvene Corrêa das Flores, Sílvio Martins, Sílvio Rafael
A.Macri, Sinval dos Santos, Sir lei Moreira Dutra, Sócrates Oliveira de Souza,
Stanley John Oliver, Sylas Pimentel.
T
Teodomiro Mendez De lgadi lho .
U
Ueliton Soares de Souza, Uilas Moreira da Silva.
V
Valdemiro Rosa Pereira, Valdir Genaio, Valério S.Gomes, Valter Gomes Pereira,
Vanderlei Gomes Marinho, Vanderlei Machado dc Souza, Vanderly Alves
Marinho, Vanildo Cavalcanti Andrade, Victor Vicente f igueiredo.
W
W agner Her inger , W a lci r Ney de Souza , W a lde l ino de Souza Marques , W a lde -
vino da Silva Teixeira, W aldir José da Silva, W aldir Nunes, W aldir Pinheiro,
W aldir Rocha, W alter Corrê a, W alter da Silva Vieira, Walter Ivantes, W alter
Joaq uim de Mat tos , W a l te r José Rodr igues , W a l ter Luiz Cur ty , W a l te r Santos ,
W a l te r Ve lasco, W a lvique Soares Henr iques , W eston de Azeredo Araújo , W i l l iam
de Souza , W i lson da S i lva Alma da , W i lson Gomes Dutra .
Z
Zamir Corrêa dos Anjos, Zaqueu Matias dos Santos, Zenilzo Alves de Souza,
Zilmar Ferreira Freitas, Zózimo Durval.
221.
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CENTENÁRIO DA PRIMEIRA IGREJA BATISTA DE CAMPOS
Para comemoração do centenário da Primeira Igreja Batista de Campos,
foi convo cada uma assembléia extraordinári a da Conv enção Batista Fluminen se,
que se realizou no templo daquela igreja, no dia 23 de março dc 1991. O auspi-
c ioso acontec imento fo i ce lebrado com in tensa e va r iada programação.
Às 8h30m, no Cemité r io do Ca ju , houve a v is i tação às sepul turas dos
pas tores Joaquim Fernandes Lessa , Leobino da Rocha Guimarães , João Bar re to
da Silva, Antônio Soares Ferreira, Henrique Queiroz Vieira, Fidélis Morales
Bentancôr, Ruben Coelho dos Santos, Jurandir Gonçalves Rocha, Antônio Coelho
Varella , Virgílio Faria, Gentil C. Faria, Antônio de Souza. Essa foi uma home-
nagem póstuma do campo f luminense àque les obre i ros que tanto de ram ao
traba lho ba t is ta em nosso es tado.
Às 9h30m, foi feita visitação às entidades da denominação sediadas em
Campos. Foram visitados: O Colégio Batista , ali estabelecido desde 1914, a Socie-
dade Patr im onial Batista de Campos, ali sediada desde 1918, o Seminário Teológico
Batista Fluminense, organizado naquela cidade em 1963.
Às llh30m, deu-se a organização do Lar Batista Profa. Élcia Barreto Soares,
que está sediado à Rua Tancredo Neves, 258, Guarus, Campos. É mais uma
ent idade f i lant rópica , de ca rá te r or fanológico . A reunião aconteceu no templo
da Primeira Igreja Batista de Guarus, embora estivesse planejada para a sede
da própria instituição. A chuva que caía sobre a cidade e a grande afluência
de mensageiros de várias partes do estado, porém, f izeram com que houvesse
necessidade de a inauguração ser realizada naquele templo. O programa foi dir i-
gido pelo Pr. Nilson Godoy. O Pr. Gilson Carlos de Souza Santos apresentou
relatório da entidade e o Pr. Geraldo Geremias, presidente da Junta de Bene-
f icênc ia , apresentou a mensagem. Além de cânt icos por um grupo de ór fãos ,
usou da pa lavra o P re fe i to Anthony Matheus , cuja e sposa fo i , por mui tos anos ,
a luna do Colégio Ba t is ta F luminense . A Profa . Geni lda Ter ra , como pres idente
da UFMBP, tem dado grande apoio a e s ta ent idade .
Às 14 horas, foi realizada a sessão solene, no templ o da Prim eira Igreja
Batista de Campos, de que constaram as seguintes partes:
1. A gratidão dos legatários — Dirigiu essa parte o Pr. Éber Silva. Repre-
sentando as diversas organizações, falaram os seguintes irmãos:
a. O legado deixado às senhoras — Profa, Aildes Pereira Soares, secretária-
-execut iva da União Feminina Miss ionár ia Ba t is ta F luminense — UFMBF.
b. O legado deixado aos homens — Prof. Levi Silva, secretário-executivo
da União Miss ionár ia Mascul ina Ba t is ta F luminense — UMMBF.
c. O legado deixado à mocidade — Pr. João Marcos Barreto Soares,
secretário-executivo da Juventude Batista do Estado do Rio de Janeiro — JUBERJ.
d. O legado deixado aos pastores — Pr. João Batista Paulo Guedes, presi-
dente da Ordem dos Pas tores Ba t is ta s do Estado do R io de Jane i ro — OPBERJ.
2. Mensagem: "A Imor redoura G ra t id ão" — profe r ida pelo P r. Ebenézer
Soares Ferreira, presidente da Convenção Batista Fluminense.
3. Painel: — Dirigiu essa parte o Pr. Edgard Barreto Antunes. Os presi-
dentes e executivos das quatro juntas da convenção falaram e os presidentes
222.
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da 27 associaçoes representaram-nas informando o número de igrejas de que
se compõe cada uma .
A música esteve a cargo da Primeira Igreja Batista de Campos, cujo ministro
de música, João Fernandes da Silva Neto, muito se esforçou para abrilhantar
a programação. O hino oficial era de autoria da professora Glória Avelar Campos.
4. Inauguração do museu e homenagens — Às I7h30, foram prestadas
homenagens aos pastores que exerceram ministério na Primeira Igreja Batista
dc Campos. Foram homenageados os já f a lec idos , a lém daque les que presentes
estavam à Solenidade — Pr. Raphael Zambrotti, que pastoreou aquela igreja
por mais de dez anos e Pr. Obadias d'Alcântara, que dela é pastor desde novembro
de 1969.
Ao lado do templo, como marco histórico, foi colocada a grande pedra,
lavrada, que servia de soleira ao primeiro templo construído no Brasil. Foram
também inauguradas várias placas com frases alusivas aos pastores referidos.
O museu, inaugurado também naque la ocas ião , já tem impor tantes peças
no seu acervo. Por exemplo, dele faz parte o cálíee único, usado na celebração
da Ce ia do Senhor , nos pr imórdios do t r aba lho ba t is ta em Campos.
5. Segunda sessão solene da Assembléia Extraordinária da CBF — Às 19
horas, foi realizada a segunda sessão solene daquela assembléia. Após a aber-
tura, o presidente, Pr . Ebenézer Soares Ferreira, passou a direção dos trabalhos
ao Pr . Obadias d 'Alcânta ra , que d i r ig iu todo o r e s tante da programação.
O ponto alto da solenidade foi a mensagem proferida pelo Pr. Fausto Aguiar
de Vasconcelos, presidente da Convenção Batista Brasileira e pastor da Primeira
Igreja Batista do Rio de Janeiro. No final da programação, foi apresentada a
apoteose in t i tu lada "Preparados pa ra um novo tempo" .
223.
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C apí tu lo X V
o s e g r e d o d o c r e s c i m e n t o d o
c a m p o b a t i s t a f l u m i n e n s e
A que se deve o vertiginoso c resc imento do campo ba t is ta f luminense?
A resposta , nós a encontramos no l ivro A.B.Christie, Sendo Pobre Enriqueceu
a Muitos, de autor ia do autor des ta obra , onde , no capí tu lo XIX, se acham
as pa lavras do própr io miss ionár io Chr is t ie r e spondendo à pe rgunta "Qua l fo i
o segredo de sua obra?". Aqui transcrevemos esse capítulo:
"À diligência e ao dinamismo de Christie se deve o progresso extraordi-
ná r io que o Estado do R io ba t is ta a lcançou em poucos anos . Sempre
impressionados com esse desenvolvimento, anos após anos, os seus colegas missio-
ná r ios e os seus super iores de R ichmond inquir i r am:
— Qual é o segredo de sua obra?
— Ela não é minha obra. O segredo é que ela não é minha e o seu dono
me chamou como mordomo pa ra desenvovê- la .
Em 1951, o Dr . M.Theron R ankin , então sec re tá rio da Junta de R ichm ond,
chamou o Dr. Christie e disse-lhe:
— Estou deveras maravi lhado com o t r aba lho que o i rmão rea l izou no
Estado do R io . É o campo miss ionár io que apresenta ma is f ru tos no mundo.
Poderíamos saber qual o segredo do seu sucesso? Queríamos saber quais os
métodos que adotou. Pode esc reve r i s to pa ra que possamos aprec ia r?
— Bem, posso escrever alguma coisa, mas posso adiantar- lhe que os nossos
métodos foram s imples e não i r ão e spanta r n inguém.
Dias depois, Christie lhe endereçava a carta que segue:
'Corpus Christi, 1? de junho de 1951
Agradeço-lhe sua carta de 15 de maio. Sou-lhe grato pela sua mani-
festação de apreço ao trabalho missionário que tem sido feito no
Estad o do Rio. Apesar de termos tido parte na evangelização do Estado -
do R io , fundando igre ja s e f azendo-as compreender que deviam
sustenta r - se por s i mesmas , nós e s tamos cônsc ios , profundamente
cônsc ios de que os r e sul tados a lcançados não são de nosso p lane ja -
mento e labor lá . A Cristo devemos colocar em primeiro lugar. Ele
disse : "Sem mim nada pode is f aze r" . Devemos conside ra r também
225.
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aque les que nos antecederam n es ta obra . Entram os em seus t r aba lhos
e encontramos um campo fé r t i l .
O miss ionár io S .L.Ginsburg fo i o semeador , A.L.Dunstan doutr inou
as igrejas e D.D.Crosland começou ensinando às igrejas a dependerem
de si mesmas.
O levantamento do liberalismo (1810-1890) começou com a abertura
dos portos e veio culminar com a Independência do Brasil, com a
Abolição da Escravatura, com o estabelecimento da República Brasi-
leira e com a liberdade dos evangélicos dc realizarem sua obra
missionária. Os descendentes de alemães e suíços evangélicos que
haviam imigrado para o Brasil herdaram um espír ito evangélico
também e o número deles era bem considerável no Estado do Rio.
A na tureza do povo no Estado do R io fac i l i tou a promulgação do
evange lho. Era um povo la rgamente rur ícola , amigo, possuindo uma
mente aberta e um espír ito democrático. São fáceis de serem evan
g e l i z a d o s e t ê m - s e t o r n a d o u m e l e m e n t o i m p o r t a n t e p a r a a
evangelização das cidades bem como para o fortalecimento das hostes
ministeriais. O Estado do Rio era um campo fértil e pronto para a
sega quando nós pa ra lá fomos, em 1908. Entramos no Estado do
Rio com um simples ideal, desprovidos de preconcebidos planos e
métodos .
Havia 11 igrejas com um total de 1400 membros quando chegamos
à Missão Campista. Elas eram sustentadas, na sua maioria, por fundo s
miss ionár ios e adminis t r adas por miss ionár ios . Unham os um começo,
porém o número e ra d iminuto em comparação com o campo que
tinha uma população de dois milhões de pessoas para serem evan-
gelizadas, trazidas às igrejas e estas se sentirem côn scias de qu e deviam
sustenta r o seu t r aba lho. Tínhamos uma idé ia , porém não t ínhamos
um plan o de f in i t ivo pa ra seguir. Olh ando os anos idos ve r i f ico agora
que seguíamos pr inc íp ios e de ixamos ao tem po e à s condições de te r-
minarem os mé todos .
Em sua carta V.S. diz que gostaria de obter a fonte ou o dinamismo
que produziu estes resultados das igrejas se sustentarem a si mesmas
e ao seu trabalho. Pois bem, esta sua declaração é uma declaração
também dinâmica e por i sso tenho buscado rode ios pa ra ve r se acho
a resposta.
Eu sabia que nada poderíamos realizar sem Cristo. Nós éramos da
Videira Verdadeira e também a Lavoura de Deus e para sermos consis-
tentes com os pr inc íp ios de mordom ia entendemo s que t ínhamos que
produzir o material necessário, recursos para a expansão e manutenção
do t r aba lho. A Mordomia é um fa to , um e te rno pr inc íp io pa ra se r
pra t icado. O r ico e o pobre igua lmente são mordomos. O r ico não
devia ser avarento, mesquinho em auxiliar o pobre e este por sua
vez não devia deitar-se e f icar à espera de que o r ico faça o que ele
pode e deve fazer .
O povo era a fonte e a verdade era a força dinâmica que produzia
igrejas que por si mesmas levavam avante o seu trabalho. O Evan-
ge lho ou o Novo Tes tamento é o encorporamento da ve rdade . Ela
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é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, bem como
a portadora de frutos para aqueles que a conhecem e a praticam.
A verdade, aceita com fé e confiança, é positiva, cr iadora de ideais
e geradora de forças que nos impelem a seguirmos um alvo. Pensa-
mentos negativos produzem somente atitudes negativas. Isto é,
pessimismo que declara que isto ou aquilo não pode ser feito. A
Verdade, porém, é positiva e criadora de pensamentos e atitudes posi-
tivas. Isto é, vitória que declara que o que pode ser feito o será.
Infelizmente a escandalosa voz do pessimismo é ouvida com mais
freqüência que a humilde voz da vitória .
Parece-me que as igrejas em qualquer terra e sob condições regulares
podem ser levadas ao sustento próprio. Não tenho sugestões concer-
nentes aos métodos que devem ser usados. N ossos m étodos poder iam
ser um fracasso em outras terras ou sob outras condições. Todavia,
mencionarei alguns princípios que eu creio, se forem entendidos, reco-
nhecidos, ensinados e seguidos, serão guias f iéis para a edif icação
de igrejas genuinamente nco-testamentárias e para levá-las a se susten-
tarem a si mesmas:
1 . O princípio da autonomia — Uma igre ja autôn oma não reconhece
autor idade humana fora de s i mesma nem de qua lquer organização
dentro de seu seio. Tem-se dito que um missionário não gostou de
trabalhar com igrejas que se mantinham a si mesmas. Sim, ele dizia
que uma vez que o auxílio f inanceiro cessou, ele perdeu o controle
que tinha sobre elas. Talvez muitas igrejas sintam que cias só chegam
à comple ta autonomia quando e la s são capazes de se sus tenta rem.
2. O princípio da democracia — Em relação a Deus uma igreja é
uma teoc rac ia , porém, em re lação à sua comunidade é uma demo-
cracia. Sua lei é a vontade de Deus. Sua responsabilidade é cumprir
com suas obr igações pa ra com Deus , pa ra cons igo mesma e pa ra
com o mundo. A igreja deve ser uma democracia em ação na qual
os membros conheçam e de fendam seus d i re i tos , empreguem seus
var iados dons pa ra o bem de tudo e cumpram suas obr igações f inan-
ceiras de acordo com suas prosperidades. Uma igreja dessa natureza
es tá no caminho do sus tento própr io .
3. O princípio da mordomia — Este é um eterno princípio, nã o uma
teor ia . É um fa to pa ra se r pra t icado. Nos a lbores do t r aba lho da
Missão Campista o dízimo foi ensin ado com o obediência à Lei e isso
causou confusão e ce r ta d i f iculdade . Com es te e r ro cor r ig ido, logo
achamo s que o d íz imo, como um a expressão voluntá r ia e como prova
de mordomia e ra o ma is r ápido caminho pa ra a t ingi rmos ao sus tento
própr io .
4. O princípio da cooperação — Cooperação não é de uma lado só .
As igre ja s cooperam com o miss ionár io e o miss ionár io coopera com-
as igrejas e asim ambos são trabalhadores com Deus. Foi nesta base
que nós nos organizamos. A Convenção Estadua l e legia uma Junta
Executiva, a qual, por seu turno, elegia um dos seus pastores como
secretário-correspondente e o missionário como secretário-tesoureiro.
Unhamos duas fontes : uma da Fore ign Miss ion Board e outra das
227.
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igrejas. Nós reuníamos os nossos fund os e distr ibuíam os on de houvesse
mais necess idade . Es te p lano v ingou sa t is fa tor iamente . À proporção
que as contr ibuições das igre ja s aumentavam as apropr iações da
Foreign Mission Board decresciam. E igrejas se tornavam financei-
ramente independentes .
Tenho dado muitas voltas como se tivesse em torno de círculos, mistu-
rando métodos com pr inc íp ios , amar rando-me a mim mesmo com
nó e estou de volta onde comecei. Eu não achei uma resposta defi-
nitiva quanto ao que se refere à fonte ou ao dínamo que produziu
resul tados das a t iv idades do t r aba lho miss ionár io e dos nac iona is
do Estado do R io . Pa rece -me que mui tos f a tores concor re ram para
gerá-los. De uma coisa eu tenho certeza: O trabalho do Estado do
Rio fez muito mais por mim do que eu por ele.
Como o trabalho cresceu, eu tive que crescer com ele. De outro modo
eu teria sido deixado fora do movimento, do progresso, ao longo
da estrada ou teria desaparecido antes do meu tempo.
Agraceço- lhe pe la bomba que lançou sobre mim.
Ela quase me acordou. . .
Sinceramente seu,
A.B.Christie".
Por esta carta o leitor deverá ter verif icado o espír ito de humildade de
Christie , a sua elevada noção do que é uma igreja de Cristo e o seu humor.
Qual o segredo da obra de Christie? Ele o disse: CRISTO
228.
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e p í l o g o
"Ainda há muita terra para se possuir ." Foi este o slogan com que a Junta
de Missões Nac iona is desenvolveu uma campanha , no tempo em que o grande
missionário L.M.Bratcher era seu secretário-executivo.
Olhand o, hoje , pa ra o campo ba t is ta f luminense , r ecordando a sua h is tór ia
centenária, revivendo os fatos que nela estão encerrados, reconhecemos que,
a despeito do progresso alcançado pelas igrejas batistas em nosso estado, há
ainda muito o que ser feito para que se possa ver cumprida a missão que o
Senhor nos ent regou. Conf iamos que es ta ge ração es te ja prepa rada pa ra lega r
aos porvindores um incomensuráve l pa t r im ônio m ora l , in te lec tua l, soc ia l e e spi-
r i tua l , a f im de que , quando for comemorado o segundo centená r io da obra
batista neste estado, saiba-se que a bandeira içada, pelos servos de Deus no
passado, anunc iando o evange lho, nunca fo i enrolada , mas e rguida em todas
as cidades, vilas, vilarejos e fazendas do nosso querido torrão natal.
A História dos Batistas Fluminenses, aqui acabada de ser na r rada , mostra -
-se resultante em progresso, desenvolvimento, crescimento. Reconhecia essa verdade
o Dr. Everett Gill Jr . , quando, em 1955, sendo o secretário da Junta de Rich-
mond, escreveu:
"Todos os miss ionár ios r econhecem que um a das ma is notáve is h is tó-
r ias das missões modernas tem sido escrita no Estado do Rio de
J a n e i r o " .
( l )
Diversos fatores influíram nessa história:
\ .FUNDAMENTOS — Foram princípios, não regras. Porq ue princípios
são eternos; regras são passageiras. O crescimento do trabalho batista em nosso
estado deveu-se aos fundamentos que, pelos implantadores da obra, foram postos
— fundamentos b íb l icos , or todoxos , doutr iná r ios . Esc revendo à Junta de R ich-
mond, A.R.Crabtree declarava, em 1922:
"O Estado do R io , cuja capi ta l é Ni te ró i , é r econhec ido como um
dos ma is bem organizados campos miss ionár ios do pa ís . Es te campo
tem s ido sempre abençoado com uma l ide rança sábia e consagrada .
Os p ione iros lança ram os fundamentos e seus sucessores têm sido
suf ic ientemente in te l igentes cons t ru indo sobre e sses fund ament os ." '
2
'
229.
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2.DISCIPLINA ECLESIÁSTICA — Outro fa tor que tem contr ibuído pa ra
o crescimento do trabalho batista em solo f luminense é a disciplina eclesiástica.
O Dr. Lester Bell, em seu livro W hat Way in Brazil?, a f i rma que :
". . . a disciplina eclesiástica é responsável pela pureza da membresia
entre as igrejas batistas brasileiras e isso ajuda a explicar o sucesso
de seus e sforços ." '
3
'
> 3. LIBERALIDADE — Reconhecemos, também, que outro f a tor que mui to
tem contr ibuído pa ra o desenvolvimento da obra no campo f luminense tem s ido
a liberalidade com que os c rentes têm contr ibuído pa ra a Causa . F .M.Edwards
a f i rma :
"Duvido que ha ja igre ja , na Amér ica , que demonstre ma is l ibe ra -
l idade , e spec ia lmente em comparação com a s i tuação f inance i ra de
seus membros ." '
4
'
A. COLÉGIO BATISTA FLUMINENSE — Elemen to de grande contr ibuição
na h is tór ia progressis ta do campo ba t is ta f luminense fo i , sem dúvida , o Colégio
Batista Fluminense. Por ele têm pass ado centena s e mais centenas de alunos
que ali se sentiram despertados para serem evangelistas, professores, pastores,
missionários, esposas de pastores. Ele é, realmente, "uma colméia de grandes
obre i ros e pas tores" , como a f i rmou o então d 'O Jornal Batista, Dr. José dos
Reis Pereira.
5.AMOR SACRIFICIAL — Finalme nte, fator prepo ndera nte no cresci-
mento da obra do Senhor em plagas f luminenses tem s ido o amor, o grande
amor, o amor sacrificial demonstrado pelos crentes em fazer discípulos do Senhor
Jesus. Em seu REPORT à Richmond, o missionário A.B.Christie , em 1910, decla-
rava:
"A Igreja Batista do Sana, que tem pouco mais de um ano de orga-
nizada [foi organizada em 28 de setembro de 1908, com 60 membros] ,
foi a que apresentou maior crescimento. Batizaram-se mais de cem
pessoas durante o ano e uma de suas congregações foi organizada
em igre ja com mais de cem membros ." '
5
'
Realmente, os obreiros, quer missionários, quer nacionais, estavam imbu-
ídos de grande amor à Causa , d ispos tos aos ma iores sac r i f íc ios . Joaquim
Fernandes Lessa narra que uma senhora doente viajava a pé, muitas léguas, para
ir à igreja e ser doutrin ada. Crentes saíam, com sol ou chuv a, às vezes mal alimen-
tados , ma l dormidos , mas d ispos tos a e spa lha r o maravi lhoso evange lho que
os salvou, enfrentando, algumas vezes, até perseguições. É o mesmo l^essa quem
nar ra :
"Numa nota n '0 ESCUDEIRO BATISTA, de abr i l , o pas tor Joaquim
Coelho diz que, em 1911, viajou 885 léguas, realizou 292 conferên-
cias, visitou 969 famílias e realizou 76 batismos. Obreiros desta
qua l idade são os que têm dado ve rdade iro impulso ao campo. . . " '
6
'
Li, algures, que, após sua ascenção aos céus, Jesus foi procurado pelo
arcanjo Gabriel, travando-se entre eles o seguinte diálogo:
— Senhor, tu morreste na cruz para salvar os homens. Conseguiste que
muitos cressem em ti?
230.
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— Consegui alguns poueos seguidores na Galiléia.
— E qua l é o teu p lano pa ra ganhar o mundo?
— Confiei àqueles que me seguiram a missão de pregar a todos a minha
mensagem.
— Suponhamos que, lá pelo Século XX, aqueles que te aceitaram como
Salvador estejam tão ocupados com suas tantas atividades, que deixem de propagar
a tua mensagem sa lvadora . . .
— Já disse, Gabriel, que não tenho outro plano senão este, confiado aos
que me seguirem.
— Mas, suponhamos, tornou o anjo Gabr ie l , que e le s de ixem de cumpr i r
a missão que tu lhes confiaste. . .
— Gabriel, respon deu Jesus, eu só tenh o este plano Se eles falhare m,
então , o meu plano fa lha rá
Esse diálogo deve lembrar aos crentes o desafio divino. Cristo confiou à
sua igreja a missão de levar ao mundo a sua mensagem salvadora. Nós, os crentes,
devemos ter em conta que Cristo depende da nossa cooperação para a salvação
dos perdid os. Urge, pois, que cad a crente se conscientize dessa realidade, vivendo,
te s temunhando, pregando a sua exper iênc ia pessoa l com Cr is to Jesus .
E, agora, por remate, o nosso apelo em oração:
I rmãos ba t is ta s f luminenses ,
curvemo-nos d iante d o santo a l ta r d iv ino e a l i co loquem os o incenso pe r fu-
mado de nossa s ince ra gra t idão, a obla ta dc nosso amor . Consagremo-nos ma is
a inda ao Senhor P rotes temos- lhe o nosso amor , a nossa f é , o nosso louvor
Que nossos olhos estejam abertos para verem as almas perdidas. Que nossos
pés e s te jam preparados pa ra buscá - la s , como os pés formosos dos que anunc iam
a paz e a salvação. Que nossas mãos estejam estendidas em gratidão, cheias
de amor para abençoar os carentes, os órfãos, as viúvas, os marginalizados.
Que nossos ouvidos estejam abertos para ouvir o clamor do necessitado, do
perdido no pecado e pa ra ouvir a s ordens do nosso Mestre . Que nosso coração
transborde de alegria e paz; e que nunca se apague nele a chama que se acendeu
na p i ra santa da comunhão com o Senhor .
Ó Senhor, a ti rendemos mil graças. Ó Senhor, agradecemos-te pelos santos
se rvos teus que a judaram na const rução desse monumento espi r i tua l que é o
coração do povo batista brasileiro.
Aqui depositamos, de joelhos, a teus pés, a nossa imorredoura gratidão.
A M É M .
231.
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n o t a s e c i t a ç õ e s
Introdução
( 1 ) M o u r ã o , D . H . E . O Primeiro Decênio d a Diocese de Campos; 1924-1934.
Niterói, Escolas Profissionais Salesianas, 1934, p. 12.
(2) Idem, p . 13 .
Capí tu lo I — P R I M Ó R D I O S D O E V A N G E L H O N O B R A S I L
Uma Grande Porta É Aberta
(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B. Subsídios Para a História dos Batistas do Campo
Fluminense. Obr a inédita , p. 16.
( 2 ) H a r r i n s o n , H . B . Os Bagbys do Brasil. R io de Jane i ro , Junta de Educação
Religiosa e Publicações da CBB, 1987, p.47.
( 3 ) M a u r e r J r ., T h . H . Cristianismo. Io. trime stre, 1962, p. 4.
Capítulo II — PERÍODOS DE ASSENTAMENTO DA OBRA BATISTA
(1891-1892)
Início do Trabalho Batista
(1) Silvestre, H. Aspectos Antopográficos do Rio Paraíba do Sul. Jorna l do
Comércio, 23 de março de 1934 apud Lamego, A.B . O homem e o brejo.
2a. ed. Rio de Janeiro, Ed. Lidador, 1974, p. 192.
(2 ) S ique ira, W . Momento Cultural. Campos, Depar tam ento de Cul tura da Pre fei -
tura, 1970, no. 2.
Um Grande Apelo
(1) Lessa, J. F. e Christie , A.B. op. cit., p. 16
Organização da Igreja Batista em Campos
(1) Transcrevemos, do primeiro livro de atas da Primeira Igreja Batista do Rio
de Janeiro, a ata de número 132, que foi lavrada à página 50 do livro mencio-
nado, onde se lê sobre a transferência ou carta demissória concedida aos
i rmãos c i tados aba ixo pa ra se organiza rem em igre ja , em Campos.
"N o dia 24 de fevereiro de 1891, às oito e meia horas, da n oite , estan do
reunida a igreja, o irmão moderador, depois de ler uma parte das
Escrituras Sagradas, cantar-se um hino e fazer-se oração, d eclara aberta
a sessão . Não havendo candida tos ao ba t ismo passou-se à le i tura
das atas das duas sessões anteriores, as quais foram aprovadas. O
233.
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i rmão mod erador pa r t ic ipa à igre ja que os i rmãos Dom ingos Joaquim
de Oliveira, Anna Francisca de Oliveira, Anna de Oliveira, João
Bernardino Manhães , Cor ina Mar ia Manhães , Roza l ina Manhães ,
Antônio Assenço, Júlia de Oliveira Santiago e Amélia Reis, residentes
na cidade de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, pedem suas
cartas demissórias desta igreja. Unanimimente lhes concedeu suas
cartas . . .
Sec re tá r io : João Antônio de Ávi la" .
(2) Lessa, J.F'. e Christie, A.B.
op.cit.,
p. 17.
Capítulo III — PERÍODO DE GRANDE ATIVIDADE EVANGELÍSTICA
(1893-1900)
Pastorado de Salomão Ginsburg
Conversão de Joaquim Fernandes Lessa
(1) Ginsburg,- S.L. Um Judeu Errante no Brasil. Rio de Janeiro, Casa Publi-
cadora Batista , 1932. Trad: Manoel Avelino de Souza.
(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.
op.cit . ,
p. 20-21.
Jornal As Boas-N ovas
(1) No pr ime iro número de "As Boas-Novas" , que ve io a lume no d ia 15 de
março de 1894, o redator coloca o ideal do mesmo: "A modesta publicação
que hoje, pela primeira vez, damos à luz, deseja ser o que seu nome indica
— um mensageiro de boas-novas, neste vale de lágrimas e tr istezas. Dese-
jamos, unidos em coro angélico, proclamar a todos os brasileiros: Glória
a Deus nas a l turas , paz na te r ra , boa vontade pa ra com os homens" .
Na t ipogra f ia onde impr imia o jorna l "As Boas-Novas" , Sa lomão Ginsburg
publ icou, em 1898, a sé t ima edição do "Cantor Cr is tão" , com 210 hinos .
Nesta tipografia Salomão publicava ainda folhetos evangélicos e de polê-
mica, alguns de sua autoria e outros de autoria de A.F. Campos.
(2)Lessa, J.F. e Christie , A.B. op.cit., p. 23.
(3) Pereira, J.R. História dos Batistas no Brasil. Rio de Janeiro, Junta de Educação
Religiosa e Publicações da CBB, 1982, p. 37.
(4) Crabtree , A.R . História dos Batistas do Brasil. Rio de Janeiro, Casa Publi-
cadora Batista, 1936. Vol. I, p. 113-114.
Primeira Escola Diária
(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B. op.cit., p. 29.
Escola Noturna
(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B. op.cit., p. 27.
Escola Industrial
(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B. opxi t . , p. 66.
( 2 ) M e s q u i t a , A . N . História dos Batistas do Brasil; 1907-1935. Rio de Janeiro,
Casa Publicadora Batista , 1940. Vol. II , p. 106.
"Em janeiro de 1920, depois das férias, encontrava-se o casal Terry em
Corrente para dar andamento ao plano, e em janeiro de 1922 era aberto
o Instituto Batista Industr ial, que tão relevantes serviços tem prestado à deno-
minação."
Perseguições em São Fidélis
(1) Ginsburg , S .L. op.cit., p. 101-111.
234.
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Perseguições em Macaé
(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.
op.cit.,
p. 45.
(2) Idem, p. 45-46.
(3) Idem, p. 46.
Oposição do Clero
(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B. op.cit . , p. 29-30.
Lançamento da Pedra Fundamental do Primeiro Templo Batista do Brasil
(1) "Em 24 dc junho de 1883, com a presença do Imperador, Campos é a primeira
cidade da América do sul a inaugurar a luz elétr ica".
Lamego, A.R . O Homem e o Brejo. 2a. ed. Rio de Janeiro, Editora Lidador,
1974, p. 192.
(2)A Gazela do Povo. Cam pos , 22 de abril de 1897.
(3) Feydit, J. Subsídios Para a História dos Campos dos Goytaeazes. Rio de
Janeiro, Esquilo, 1979, p. 471-472.
O Clero Católico Romano Reage Contra a Construção do Templo Batista
( 1 ) Monitor Campista, 22 de dezem bro de 1897.
( 2 ) G i n s b u r g , S . L , op.cit„ p. 100-101.
Inauguração do Primeiro Templo Contruído no Brasil
( 1 ) Segundo Distrito. Cam pos , 22 de abril de 1898.
(2)"Sa tanás mudou provisor iamente o seu campo de ação de Macaé pa ra
Campo s. Em 1898 mesmo, os ba t is ta s começaram a r eceber ca r tas anônim as
te r r ive lmente ameaçadoras , f ru to puramente je suí tico . E não demorou mui to
a reação, pois em dezembro desse mesmo ano os jesuítas f izeram passar
uma proc issão em f rente ao templo evangé l ico e pa rando o apedre ja ram.
Este procedimento dos ca tó l icos ext remados mereceu jus ta s r ec r iminações
do sensa to povo campis ta e da imprensa loca l . Como meio de se jus t i f ica r
os je suí ta s começaram a propa la r que o apedre jamento e ra o r e sul tado dos
evangélicos pretenderem atacar a igreja de Santa Efigênia que f ica situada
per to da Igre ja Ba t is ta . Como desment indo a uma tão grande a le ivos ia o
templo evangélico começou a se encher de ouvintes novos e atentos e almas
a se converterem". Lessa, J.F. e Christie , A.B.
op.cit.,
p. 40-41.
Os Bravos Colportores
(1) As Boas-Novas, 1898.
(2 ) "Du rante quase t r ê s séculos depois que os europeus descobr i r am o novo
mundo, a B íbl ia e ra quase desconhec ida na Amér ica La t ina . A dis t r ibuição
de Bíblias havia sido proibida nas colônias por decreto do Papa e do Rei.
A Igre ja Ca tól ica Romana se propunha a mante r a Amér ica La t ina l ivre
d o veneno da Reform a , e a Inquis ição apoiava es te propósi to" . Read, R .W . ,
M o n t e r r os , W . M . e J o h n s o n , H . A . Avance Evangélico en la América Latina.
2a. ed. s/l, Ermans Company, 1971, p. 17.
(3) Glass, F.C. Through the Heart of Brazil. London, The South Amer ican Evan-
gelical Mission, 1906, apud R e a d , W . R . et allii Avance Evangélico en la
América Latina. El Paso, Casa Bautista de Publicacion es, 1971, p. 18.
Capítulo IV — PERTURBAÇÕES INTERNAS
A Questão A.F. Campos
(1) Souza , H. Cyclo Áureo; His tór ia do 'P r ime iro Centená r io de Campos, s / l ,
Artes Gráficas da Escola de Aprendizes e Artíf ices, 1935, p. 205.
235.
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( 2 ) Moni tor Campis ta . Cam pos , 20 de janei ro de 1903.
( 3 ) B r a t c h e r , L . M . Francisco Fulgêncio Soren; Intérprete de Cristo em muitas
terras. Rio de Janeiro, Junta de Educação Religiosa e Publicações da CBB,
1985, p. 55.
( 4 ) Monitor Campista . Cam pos , 07 de dezemb ro de 1903.
(5 ) Mudando-se de Cam pos, fo i o ex-pas tor A.F .Campos pa ra São Paulo e c riou
o Mixórdia Protestante com que comba tia os crentes. Escreveu tamb ém livros
contra os mesmos e abr iu uma lo ja onde vendia imagens e sant inhos . . .
( 6 ) S o u z a , H o r á c i o .
op.cit.,
p. 208.
Horác io de Souza comenta o episódio ocor r ido na Igre ja Ba tis ta de Campo s
quando da dissidência e interpreta eom um sentimento nativista . Chega até a
enxertar a expressão O SEU PROTECTORADO ao texto escrito pelo secretário
Antônio Maia e publ icado em Moni tor Campis ta . Ele a ss im se expressa :
"Os missionários estrangeiros desenvolveram tal sagacidade e empre-
ga ram métodos tão a s tuc iosos que , dois meses após , conseguiram
abafar maneirosamente aqueles gritos de nativismo, pelo que se depre-
ende da Dec la ração publ icada em 7 de dezembro. . . "
Horácio de Souza era um espír ito muito intolerante. Sempre atacava os crentes
pe los jorna is . Joaquim F . Lessa r eba t ia todos os seus a taques usando como t í tu lo
de seus artigos Os Batistas Acusados.
Capítulo V — MISSÃO NO RIO
Organização da Primeira Igreja Batista de Niterói
( 1 ) Azevedo, I .B. et allii Coluna e Firmeza da Verdade; História da Primeira
Igreja Batista do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Primeira Igreja Batista
do Rio de Janeiro, 1988, Vol. I, p. 32.
(2) Crabtree , A.R .
op.cit.,
p. 169.
A Igreja É Dissolvida
(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.
op.cit.,
p. 356.
Segunda Organização da Igreja
(1) Azevedo, I .B. et allii op. cit., p. 47.
( 2 ) I d e m , i b i d e m
( 3 ) M e i n , D. et allii O que Deus Tem Feito. Rio de Janeiro, Junta de Educação
Religiosa e Publicações da CBB, 1982, p. 33.
Igreja Metodista e Seu Pastor Tornam-se Batistas
(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B. op.cit., p. 25-26
Capítulo VI — PERÍODO DE REAJUSTAMENTO, SOLIDIFICAÇÃO DO
T R A B A L H O E D E G R A N D E S P E R S E G U I Ç Õ E S
Ordenação de Dois Grandes Obreiros
(1) Ferreira, E.S. A.B. C hristie, Sendo Pob re Enriqueceu a Muitos. 2a. ed. Rio
de Janeiro, Casa Publicadora Batista , 1959, p. 52.
Perseguições em Niterói
(1) O Pr. Florentino Rodrigues da Silva foi perseguido em Macaé, São Fidélis,
em Niterói e outros lugares. Conta Tarsier que ele foi perseguido também
236.
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em Cesário Alvin, município de Silva Jardim. Diz ele: "Ainda no mesmo
mês do m esmo ano (era fevereiro de 1904), o Pr. Florentino Ferreira da Silva,
estava a servir em Cesário Alvin, foi acometido p or mais de oitocentas pessoas.
Foram esbordoados vá r ios c rentes , ent re outros o oc togenár io Joaquim de
Mendonça. Os evangélicos tiveram que retirar-se com prejuízos avultados".
Tarsier, P. História das Perseguições Religiosas no Brasil. São Paulo, Cultura
Moderna, 1936, Tomo I , p. 204-205.
Perseguições em Campos
(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.
op.cit.,
p. 89-90.
Também Bagby fo i pe r seguido em Campos no luga r denominado Gur i r i .
O ataque ao missionário era chefiado pelo Sr. José Rodrigues. Isso ocorreu
em 1890.
Perseguições em Aperibé
(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B. op.cit., p. 93.
Manoel Nunes Saraiva, um mártir do evangelho
(1) Crabtree, A.R. História dos Batistas do Brasil. Rio de Janeiro, Casa Publi-
cadora Batista , 1937, p. 293.
(2) Lessa, J.F. e Christie , A.B.
op.cit.,
p. 77.
(3) Segundo informação do irmão Alcides de Oliveira Quintanilha, os perse-
guidores e s t ive ram também na casa do i rmão Albe r to Santa rém onde
quebra ram tudo.
(4) Lessa, J.F. e Christie , A.B. op.cit., p. 89.
(5) Idem, p. 95.
(6) Idem, ibidem.
(7) Houve em nosso estado muitos crentes que perderam até seus haveres por
causa das perseguições:
"Um nome que nes te e sboço h is tór ico não deve f ica r no o lv ido é
o de Alfredo Ramos, de Macaé, pois ele não foi só o principal elemento
no levantamento do t r aba lho de Jesus naque la c idade , como também
um dos que se mostraram mais pacientes e mais abnegados a favor
do evange lho. Um dos fu ndado res da igre ja em Macaé , e con sagrado
diácono, viu a sua primeira esposa falecer sem lhe poder dar o rela-
tivo conforto, pois havia perdido todos os seus haveres com as
perseguições. Finalmente veio a falecer naquela cidade às três e meia
da manhã do dia 26 de maio de 1907, dando o mais edif icante teste-
munho da sua fé em Jesus" .
Lessa, J.F. e Christie , A.B.
op.cit . ,
p. 94.
(8) Lessa, J.F. e Christie , A.B.
op.cit.,
p. 89.
(9) Crabtree, A.R.
op.cit . ,
p. 296.
Organização da Associação Batista Fluminense
(1) O Jornal Batista, 24 de janei ro de 1907.
Organização do Hospital Batista
(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B. opxi t . , p. 252-253.
(2) Souza , M.A. O Escudeiro Batista, 15 de jun ho de 1946.
Campanha de Combate ao Fumo
(1) Souza, A.S. Da Aurora ao Pôr-do-Sol. Rio de Janeiro, Edição do Autor,
1973, p. 20.
237.
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(2) João Caetano de Oliveira, pai do Dr. Celso de Oliviera, foi um grande cons-
t ru tor de templos . O de Aper ibé , cons t ru ído por e le há mui ta s décadas é
um dos mais belos para aquela época. Em discurso pronunciado em 18 de
julho de 1946, fazendo um retrospecto histórico da Igreja Batista de Pádua,
que pode-se dizer nasceu na casa de seu pai, no lugar denominado Vargem
da Mot ta, no interio r de Pádu a, ele destaca o seguinte: ' 'A primeira iniciativa
que tomamos foi exterminar o vício do fumo, vício este muito natural entre
os crentes daquela época. Talvez seja isso irr isório para nós atualmente, mas
igreja alguma havia tomado tal iniciativa. Muitas lutas tivemos para irmos
adiante com es ta campanh a e , (pa rece ment i r a ), fom os ameaçados de pe rde r
a fraternidade com outras igrejas. Cabe, portanto, a esta igreja a honra de
ser a eliminadora deste f lagelo em nossas igrejas com a ajuda de Deus, isto
em 1907".
Foram, r ea lmente , os ba t is ta s os que pr ime iro começaram a campanha ant i -
tabagis ta . O médico , Dr. Joaqui m N .Paranag uá , e sc reveu um opúsculo sobre
os malefícios do fumo que teve larga divulgação. Mais tarde surgiram outros
grupos de fendendo a campanha ant i tabagis ta . No Ceará houve um senhor
que e ra um grande comba tente contra o fum o. Ele c r iou a soc iedade chamad a
Barreira Contra os Vícios, cuja sigla BACOVI era muito conh ecida no nordeste.
Escreveu até um livro com o título Barreira Contra os Vícios. Atacava mui to
o uso do fumo.
(3) Lessa, J.F. e Christie, A.B. op. cit., p. 86
(4) Ferreira, E.S. Educação M oral e Cívica. 4a. ed. Rio de Janeiro, Junta de
Educação Religiosa e Publicações da CBB, 1974, p. 160.
Usados por Deus Tais Como Eram
(1) O Pr. José da Silva Lóta era homem de pouca s letras, mas realizou, no entanto,
com amor e dedicação, o trabalho do Senhor. Em 1915, ele já se encontrava
no Sana, município de Macaé, como evangelista e , nessa condição, trabalhou
nessa igreja e em outra, até 18 de junho de 1927, quando foi ordenado ao
Minis té r io Sagrado. Pas toreou pr ime iram ente a Igre ja de Taquarussus , depois
a P r ime ira de Cachoe iras de Macacu, Banane iras , Cor rentezas , Imbaú e , por
fim, a 2?. de Cachoeiras de Macacu. Desejamos ressaltar , aqui, o fato de
um filho ter se tornado pastor (Marcílio Kepler Lóta) e de outros descen-
dentes terem vindo a se destacar na obra do Senhor. Três netos são pastores:
Diné R . Lóta (miss ionár io a Por tuga l) , Hudson Ga ldino da S i lva , Rubem
Clêniton Lóta. O neto Urgel Russi Lóta é Ministro de Música da Igreja Batista
da Penha, São Paulo. A neta Marilene Teli Frederico da Silva é casada com
o Pr. Juraci Rodrigues da Silva, e a neta Meacir Carolina Frederico Coelho
é casada com o Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho, que é o Diretor da Facul-
dade Teológica Batista de Brasília .
C a p ít u lo V I I — P E R Í O D O D E O R G A N I Z A Ç Ã O D E V Á R I A S E N T I D A D E S
E C O O P E R A Ç Ã O
Perseguições em Friburgo
(1) O Friburguense, 20 de agosto de 1908.
(2) Ixssa, J.E e Christie , A.B.
op.cit . ,
p. 104-107.
238.
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A Missão Campista Abre Trabalho em Minas Gerais
(1) "Mesmo na sua morte, quiseram negar ao missionário Daniel Franklin Cros-
land a sepultura, pois o cemitério onde deveria ser enterrado era controlado
pela Igreja Católica Apostólica Romana e o vigário se opunha ao sepulta-
mento. Foi preciso que sua digna esposa e leal companheira interferisse e
depois de longo diálogo com o vigário conseguiu sua anuência para o sepul-
tame nto, sem aquelas enco men das e outra s exigências religiosas. Na época
era o único túmulo que não tinha a cruz de madeira ou de outro material
qualquer, mas simplesmente um a lápide eom o seguinte trecho bíblico: (II T im.
4:7) "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé". Bastos Júnior,
J.C. Lineamentos da História dos Batistas no Estado de Goiás. Anápol is ,
ed. do autor, 1988, p. 75,
(2) Assis, Ader A. Pioneirismo e Neopioneirismo. Be lo Hor izonte , Convenção
Batista Mineira, 1989, p. 24-25.
Junta Estadual
(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B. op.cit., p. 206.
Os Batistas Fluminenses e Seus Jornais
(1) O Escudeiro Batista, 1? de janei ro de 1904.
(2) Houve, por duas vezes, proposta na assembléia convencional, para mudança
do nome de O Escudeiro Batista pa ra O Batista Fluminense. Na Convenção
realizada em Petrópolis, em 1945, a assembléia aprovou a mudança, mas
os líderes, depois, sentiram que não se devia mudar o nome e não levaram
a efeito o que fora votado e deram explicações em outra assembléia conven-
cional.
O Trabalho Feminino
(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B.
op.cit.,
p. 44-45.
(2) Em 1925 foi organizada a primeira Sociedade de Moças, em Cacimbas, por
D. Anita Soares, esposa do Pr. Antônio Soares Ferreira. O Escudeiro Batista,
22 de junho de 1941, p. 5.
A Obra Educacional dos Batistas Fluminenses
(1) "Três qua r ta s pa r te s da população da ma ior ia dos pa íses da Amér ica La t ina
eram analfabetos em 1900. As escolas evangélicas haviam servido como instru-
mentos para eliminar o preconceito contra os evangélicos, os quais defendiam
a causa da liberdade religiosa. . . . estas escolas foram exemplo de métodos
de educação mais modernos e excelentes e , freqüentemente, foram usados
como m ode los pa ra novos programas públ icos de educação" . Read, R .W .
M o n t e r r o s, W . M . e J o h n s o n , H . A . Avance Evangélico en la América Latina.
2a. ed. Erdmans Company, 1971, p. 19.
(2) O Movimento pró escola-anexa se estendeu por grand e parte do Brasil. Xavier
Assum pção dec la rou que o miss ionár io "A.B . D e te r t inha a mania da e scola -
anexa . . . " Ele fo i miss ioná r io no Estado do R io de Jane i ro e do Pa raná .
Assumpção, Xavie r . Pequena História dos Batistas no Paraná. Cur i t iba ,
Editora Lítero-Técnica, 1976, p. 195.
(3) Lessa, J.F. e Christie , A.B. op.cit., p. 116-117.
(4) Idem, p. 131-133.
(5 ) O Jornal Batista, 15 de setemb ro de 1955.
(6) Idem, 26 de julho de 1970.
239.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 231/257
(7) Ferreira, E.S. A.B. Christie, Sendo Pobre Enriqueceu a Muitos. 2a. ed. Rio
de Janeiro, Casa Publicadora Batista , 1959, p. 138-139.
(8 ) O Escudeiro Batista, setembro de 1961.
Integração de Igrejas Dissidentes
(1) Lessa, J.E e Christie , A.B. op.cit . , p. 156-157.
Sociedade Patrimonial Batista
(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B.
op.cit . ,
p. 168.
(2) Idem, p. 165.
(3) Mesqui ta , A.N.
op.cit.
p. 316.
D. Anna Christie, o Trabalho com as Senhoras e com o Colégio Batista Fluminense
(1) Ferreira, E.S. op.cit., p. 154-155.
Campanha Para Reorganização do Trabalho
(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B. op.cit., p. 176.
A s s i s t i u à P e r s e g u i ç ã o a o M i s s i o n á r i o S a l o m ã o G i n s b u r g
(1) Oscar, João. Apontamentos para a História de São João da Barra. Teresó-
polis, Mihigráfica Ed., 1976, p. 61-62.
(2) Ginsburg , Sa lomão, op.cit., p. 167.
Capítulo VIII — PERÍODO DE PROGRESSO FINANCEIRO, NO PRICÍPIO,
E D E D E P R E S S Ã O F I N A N C E I R A , N O F I N A L , C O M O
REFLEXO DAS CONDIÇÕES MUNDIAIS (1919-1929)
A Coragem dos Bravos Missionários
(1) O Escudeiro Batista, agosto de 1914.
(2) Ferreira, E.S.
op.cit.,
p. 80.
Construção de Templos Maiores na Década de 20
(1) Nas décadas de 50 e 60 as igrejas sentiram que precisavam construir templos
bem maiores . Foi a Segunda Igre ja de Campos a pr ime ira a cons t ru i r um
grande templo que fo i inaugurado com a rea l ização da Convenção Ba t is ta
Brasileira, em janeiro de 1951. Depois vieram as construções dos templos
da P r ime ira de Ni te ró i , P r ime ira de São Gonça lo , P r ime ira de Campos,
Pr ime ira de Ni lópol is , P r ime ira de Alcânta ra , P r ime ira de Caxias , P r ime ira
de São João de Mer i t i e P r ime ira de I tape runa . Hoje , embora se jam espa -
çosos, nenhum deles é suficiente para as reuniões de nossas assembléias
convencionais.
Escola de Verão
(1) Escola de Verão — panf le to . R io de Jane i ro , Casa Publ icadora Ba t is ta ,
1928, p. 4.
Organização das Associações
(1) Em 1991 havia 27 associações. São elas: Associação Batista Betei, Associação
Batista Caxiense, Associação Batista Centro, Associação Batista Costa Verde,
Assoc iação Ba t is ta Ebenéze r , Assoc iação Ba t is ta Extremo-Nor te , Assoc iação
Ba t is ta Gonça lense , Assoc iação Ba t is ta Iguaçuana , Assoc iação Ba t is ta
I tagua iense , Assoc iação Ba t is ta Les te , Assoc iação Ba t is ta Li torânea , Asso-
ciação Batista Mageense, Associação Batista Meritiense, Associação Batista
Ni lopol i tana , Assoc iação Ba t is ta Ni te ro iense , Assoc iação Ba t is ta Noroes te ,
Assoc iação Ba t is ta Nor te , Assoc iação Ba t is ta Nor te -Caxiense , Assoc iação
240.
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Batista Paraibana, Associação Batista da Planície, Associação Batista do
Pr ime iro Centená r io , Assoc iação Ba t is ta Que imadense , Assoc iação Ba t is ta
Riodourense, Associação Batista Serrana, Associação Batista Serra dos Órgãos,
Associação Batista Serra-Mar, Associação Batista Sul-Fluminense.
Primeiros Problemas Associacionais
(1) Lessa, J.F. e Christie , A.B. op.cit., p. 239.
Igreja Batista de Pião É Desfraternizad a por Alguns Ano s e Retorna em 1923
(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B. op.cit., p. 83.
(2) Idem, p. 84.
(3) Idem, p. 136.
Caixa de Beneficência dos Obreiros
(1) Lessa, J.F. e Christie, A.B. op.cit., p. 238.
Depressão, Endividamento e Desânimo
(1) Furtado, J.
Formação Econômica do Brasil
. 4a. ed. Rio de Janeiro, Fundo
de Cultura, 1969, p. 210.
Capítulo IX — INÍCIO DA ORIENTAÇÃO PRÓPRIA E REAVIVAMENTO
(1930-1941)
Curso de Extensão
(1) Ajudaram, também, nesse curso, os pastores José Joaquim da Silveira, Virgílio
Faria, Antônio Soares Ferreira, Antônio Coelho Varela e outros.
A Zona Neutra
(1) O Escudeiro Batista, julho de 1939.
(2) Idem, janeiro de 1949.
Miss Blanche Simpson e a Educação Religiosa e Teológica
(1) Matheus, R.F. Mão Para Toda Obra. Rio de Janeiro, publicação do IBER,
1971, p. 9.
Jubileu de Ouro da Primeira Igreja Batista de Campos
(1) Em seu relatório sobre os cinqüenta anos da Primeira Igreja de Campos,
o P r . Leobino da Rocha Guimarães dec la rou: "Foi uma noi te chuvosa do
dia 23 de março de 1891, num sobrado velho que ainda existe à Rua dos
Andradas, 88 (antiga Praça do Rocio) que se organizou a primeira igreja
ba t is ta do Estado do R io de Jane i ro . . . Aque les dez membros e ma is qua t ro
batizados na tarde do dia anterior à organização, constituíram a célula na
formação do t r aba lho ba t is ta , que v imos nos pr ime iros anos mul t ip l ica r - se
e tomar vul to" .
(2) Crabtree comenta que quase todos os membros da igreja exerciam o dom
da prédica . Informa também que uma das me lhores e scolas dominica is do
Brasil era a da Igreja de Campos. Crabtree, A.R. História dos Batistas no
Brasil. Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista , 1937, p. 174.
Ação do Integralismo no Seio das Igrejas
(1) Houaiss, A.
et allii
Enciclopédia Mirador Internacional. São Paulo, Edições
Melhoramentos, 1976. Verbete Integralismo.
(2) Idem, ibidem.
(3) Tal foi a confusão que o movimento integralista causou na igreja que foram
241.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
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excluídos vários membros da liderança. O Pr. Antônio Soares Ferreira assumiu
o pastorado da igreja na época da crise.
(4 ) O Jornal Batista, 7 de março dc 1935, p. 3.
(5 ) O Puritano, 10 de maio de 1935. Era o órgão oficial dos presb iterianos.
Servia às igrejas do sul, pois navia no norte outro periódico. Ambos deixaram
de existir para que fosse criado O Brasil Presbiteriano.
(6) O Jornal Batista , 23 de maio de 1935, p. 9.
(7) Houaiss, A. op.cit . , in loco.
Conversão do Ex-padre Gentil de Castro Faria
(1) O padre Antônio Ribeiro do Rosário escreve sobre seu relacionamento com
o ex-padre Gentil Faria, de quem foi aluno de Filosofia no Seminário Dioce-
sano de Campos:
"Naq ue le tempo, ta is a t itudes e ram absolutamente r eprovadas . O "T u
es sace rdos inae te rnu m" va l ia tanto pa ra o ca rá te r sace rdota l , como
para o exercício do sacerdócio. A terr ível resolução do Padre Gentil
aba lou toda a Campos. Afas tado de seus compromissos de padre ,
o professor Gentil continuou a freqüentar as igrejas. Que coisa
es t ranha Com o te r ia e le podid o conc i l ia r a sua nova s i tuação com
as práticas religiosas? O coração do homem é sempre um abismo
insondáve l . . . Em breve , sent indo-se desam bientado dentro da igre ja,
ante os olhos espantados de umas mulheres devotas, não foi mais
a nenhuma m issa . Ah Essas a lmas simples que se hor ror iza ram com
a presença do ex-padre na igreja, se tivessem refletido, poderiam ter
visto no mistério de sua oração talvez um raio de esperança. Não
se deve apagar a mecha que a inda fumega . Quando c r iança , Gent i l
andara f r eqüentando um templo ba t is ta . Depois , guiado pe la mão
benfaze ja de Padre Aqui le s , en t rou pa ra o Seminár io . Com o passa r
do tempo, tom ou-se de ave r são a qua lquer e spéc ie de protes tant ismo.
Lembro-me que certo dia, antes de meu ingresso no Seminário, eu
lhe dissera que sabia um hino protestante. Logo ele me preveniu: "Não
cante ". Pois bem, desligado da igreja, bateu às portas de um templo
batista , entrou e permaneceu lá até morrer . Que mistério insondável
o coração huma no A amizade profu nda que dedique i ao Pe. Gent i l ,
meu padrinho de ordenação sacerdotal, por certo que se abalou. Houve
reservas de parte a parte, mas, no fund o, os antigos sentimentos perma-
neceram. Quando estive, faz alguns anos, doente, em casa de minhas
i rmãs , o P rof . Gent i l me te le fonou, dese jando faze r -me uma vis i ta .
Compreendi que ele receava não ser bem recebido. A visita foi feita .
Minhas irmãs o receberam cordialmente e lhe ofereceram um chá.
Ao sair , deixou-me de presente um livro que eu muito desejava:
Compêndio de Filosofia de Tiag o Sinibal di, obra preciosa, hoj e rarís-
sima.
Quando se dispôs a construir uma nova sede para o Instituto Rui
Barbosa , pude se r - lhe ú t i l , modif icando, a t r avés da Câmara Muni-
cipal, o Plano de Urbanização da Cidade, que previa a abertura de
uma rua , dentro do te r reno des t inado ao prédio . Nos seus ú l t imos
anos de vida, fez-me várias visitas, no Instituto Santa Terezinha. As
242.
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irmãs (hoje ex-irmãs) cantaram cânticos religiosos, ouvidos por ele
com praze r" .
Rosário, Pe. Antônio Ribeiro Reflexões e Lembranças de um Padre:
suas lutas e fracassos. Campos, Damadá, 1985, pp. 240-241.
C a p ít u lo X — F I R M A N D O A S E S T A C A S N A B E N E F I C Ê N C I A E E M
O U T R A S O R G A N I Z A Ç Õ E S
Período de Transição Missionária
(1) Tanto o ofício referido e a carta da Missão se encontram em poder do autor
desta obra.
A Obra de Beneficência
(1) Aqui transcrevemos a carta-convite e a resposta positiva da irmã Alice Reis:
" Igre ja Ba t is ta em Pe trópol is
Av. Paulo Barbosa, 95
Pastor: E. Fontes de Queiroz
Petrópolis — E. do Rio
Petrópolis, 3 de março de 1945
Prezada irmã D. Alice:
Saudações cristãs.
Primeiramente desejo-vos saber feliz ao lado do vosso esposo.
Cumpre-me o dever dc secretário da Junta Executiva da Convenção Batista
Fluminense, de levar ao vosso conhecimento, que fostes escolhida pela referida
Junta pa ra d i re tora do Or fa na to Ba t is ta em Aper ibé , coadju vada pe lo P r . Alf redo
Reis como propagandista. Inicialmente recebereis o salário de CR$ 300,00, tendo
ambos o direito de casa e pensão.
A organização e ins ta lação do or fana to se da rão o quanto antes poss íve l .
Aguardo seja positiva a vossa resposta e espero vossa comunicação nesse sentido
para nosso governo.
Vosso no Bem Amado,
Emanoel Fontes de Queiroz
1? Secretário".
São Gonçalo, 5 dc março de 1945
"Prezado i rmão Emanoe l :
Saudações f r a te rna is .
Recebi a vossa carta de 3 do corrente e f iquei confundida com a resolução da
Junta convidando-me pa ra d i re tora do or fana to a ins ta la r - se em Aper ibé . Es tou
mui to velha, com m ais de 60 anos de idade, e comple tame nte vazia das quali- -
dades necessárias para dir igir uma instituição como deve ser o Orfanato Batista
Fluminense. Entretanto, se acham que posso fazer alguma cousa, aceito em caráter
provisório até que outra pessoa me possa substituir .
De sua irmã em Cristo,
Alice".
243.
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(2) A carta informando que a Junta Executiva da CBE desistia da criação do
orfanato por não estar , naturalmente, em condições, foi assinada pelo Pr,
Edmundo Antunes da S i lva .
(3) Ao encampar o orfanato a junta recebeu um grande patr imônio, pois o mesmo
estava instalado numa propriedade de seis alqueires, com três casas e outras
benfe i tor ia s . I sso a judou na compra da propr iedade de R io Douro pa ra onde
foi transferido o "Lar Batista Pr. Antônio Soares Ferreira" no dia 12 de
junho de 1962. Óthon A. do Amaral escreveu:
"Do re la tór io sobre o "Lar Ba t is ta P r . Antônio Soares Fe r re i r a" ,
do diretor , Pr . Isaac da Costa Moreira, a agradável notícia da aqui-
sição de duas propriedades em Niterói, com 136.536 m2, no valor
de Cr$ 2.304.023,00, restando pagar dessa dívida, na época, Cr$
1.094.116,00. Da outra propriedade a instituição recebeu doação dos
irmãos J ohn L.R iffey e Laurindo Nolasco, no valor de Cr$ 129.661,00".
Amara l , O. A. Roteiro Histórico dos Batistas F luminenses (1891-1976).
Niterói, Serviços de Gráfica Editora, 1977, p. 53.
Af i rma a inda o jorna l is ta Óthon Ávi la do Amara l que "no re la tór io do d i re tor
da instituição, Isaac da Costa Moreira, das 83 crianças internadas 41 já perten-
ciam à Igreja Batista de Três Irmãos e 18 aguardavam batismo".
(Idem, p. 57). Um dos grandes benefícios que a instituição trouxe à Vila dos
Três Irmãos foi a organização da igreja batista ali.
C a p í t u l o X I — P E R Í O D O D E R E E S T R U T U R A Ç Ã O
Assembléia Extraordinária da CBF
(1) Anais da CBF — 1964
(2 ) O Escudeiro Batista — 1965
(3) Anais da CBB — 1965
(4) Idem
(5 ) O Escudeiro Batista — 1965
Sustada a Representação de Três Igrejas na Assembléia Convencional
(1) Anais da CBF — 1958
C a pí tu l o X I I — P E R Í O D O D E E X P A N S Ã O E V A N G E L Í S T I C A E
M I S S I O N Á R I A
Seminário Teológico Batista Fluminense
(1) O Escudeiro Batista, abril de 1963, p. 1, 5.
Tentativas de Divisão da Convenção
(1) Os Estatutos da Convenção foram logo registrados a f im de garantir o nome.
Saiu no Diário Oficial no dia 30 de maio de 1959.
(2) O Pr. Abelar Suzano de Siqueira escreveu uma carta datada de 11 de abril
de 1959 convocando os obreiros para uma reunião no dia 21 de abril de 1959,
no templo da 2? Igreja Batista de Cardoso Moreira. No f inal da carta ele
declarava:
"A reunião será realizada no dia 21 do corrente, no templo da 2
a
Igreja Batista
de Cardoso More i ra , à s 9 horas da manhã .
244.
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Peço a sua resposta aceitando ou rejeitando este convite. É nosso desejo orga-
nizar uma instituição idealista e útil a todos nós. Insisto na sua valiosa
colaboração, pois s in to profundamente a necess idade des ta organização.
Certo da boa vontade do prezado irmão c colega, subscrevo-me fraternal-
mente, em Cristo Jesus, Abelar Suzano de Siqueira".
(3) A carta do Pr. Fidélis Morales Bentacôr:
"Campos, 22 de abril de 1959.
Prezado colega pastor:
Saudações Fraternais em Cristo.
É com praze r que lhe comunico que fo i organizada ontem, no templo da
2? Igreja Batista de Cardoso Moreira, a ORDEM DOS PASTORES BATISTAS
DO ESTADO DO RIO.
Foi eleita uma diretoria provisória que f icou assim constituída: Presidente:
Pr. Abelar Siqueira; vice-presidente: Pr . Salvador Borges; 1
0
Secretário: Pr .
Ja i ro Mala fa ia ; 2? secretário: Pr . Gentil de Castro Faria; Secretário-
-corresp onde nte: Pr . Fidélis Morales Bent ancôr e Tesoureiro: Pr. He nriqu e
de Queiroz Vieira. Para discutir e aprovar com as retif icações que se f izerem
necessárias o projeto dos Estatutos, foi convocada uma assembléia geral para
o dia 2 de maio próximo, às 13 horas, em uma das salas da Escola Técnica
de Comércio Jairo Malafaia, à Rua Gavião Peixoto, n
ü
13, em Niterói. Enc a-
recendo a presença do nobre colega, peço-lhe, caso não lhe seja possível
comparecer, escrever urgentemente apresentando as suas sugestões e adesão.
Abraços do amigo e colega sempre às ordens,
Fidélis Morales Bentancôr — Se. Corresp.
Av. Pelinca, 257 — Campos".
C a p í t u l o X I I I — P E R Í O D O D E G R A N D E S C A M P A N H A S E D E D E S E N -
V O L V I M E N T O D A S O R G A N I Z A Ç Õ E S
Reencontro — Obras Sociais e Educacionais
(1) REENCONTRO — periódico, janeiro de 1991, p. 3.
Capítulo XIX - A INFLUÊNCIA DA OBRA DOS BATISTAS FLUMINENSE S
Batistas Fluminenses que se Sobressaíram na Denominação
(1) Pereira, J.R. História dos Batistas no Brasil, op.cit., p.73
EPÍLOGO
(1) Gill Jr., Everett, Pilgrimage to Brazil. Nashville , Convention Press, 1954, p. 61
(2) Crabtree, A.R. Foreign Mission Board Report, periódico, 1923, p. 46.
(3) Bell, L. What Way in Brazil? Nashville, Convention Press, 1965, p. 112.
(4) Edwards, F.M. Foreign Mission Board Report, periódico, 1922, p. 238.
(5) Christie , A.B. Foreign Mission Board Report, peri ódic o, 1910, p. 125.
(6) Lessa, J.F. e Christie , A.B.
op.cit.,
p. 128-129.
245.
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Revistas
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M O M E N T O C U L T U R A L . C a m p o s , D e p a r t a m e n t o d e C u l t u r a d a P r e f e i t u r a ,
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Teológico Batista Fluminense, 1984, n° 2.
Jornais
O JORNAL BATISTA. Órgão of ic ia l da Convenção Ba t is ta Bras i le i r a .
O ESCUDEIRO BATISTA. Órgão da Convenção Ba t is ta F luminense .
O NORTE BATISTA. Órgão da Assoc iação Ba t is ta Nor te -F luminense .
O BATISTA DA PLANÍCIE. Órgão da Assoc iação Ba t is ta da P laníc ie ( r egião
de Campos) .
BOAS-NOVAS. Órgão da Missão Campis ta .
O ARAUTO FLUMINENSE. Órgão da Moc idade Ba t is ta F luminense .
JORNAL JOVEM. Órgão da Juventude Ba t is ta F luminense .
O REPÓRTER. Órgão da região pa ra ibana .
MONITOR CAMPISTA. Pe r tence aos Diá r ios Assoc iados .
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JUVENTUDE, Órgão da moc idade Ba t is ta F luminense na década de 20
O Fr iburguense . Jorna l de Nova Fr iburgo
O Lynce — Jornal de Macaé. Feneceu
Miscelânea
Anais da Convenção Ba t is ta F luminense ( todos os anos)
Anais da Convenção Batista Brasileira (1965)
Foreign Mission Board Reports
Notes for an autobiography (A.B.Christie , 20 páginas)
Cartas particulares de A.B.Christie
Prospec to do Ins t i tu to Ba t is ta F luminense
Cartas do Pr. Alberto Portela
Cartas do Pr. João Barreto da Silva
Re la tór io do C inqüentená r io da P r ime ira Igre ja Ba t is ta de Campos (Leobino
da Rocha Guimarães)
Atas da P r ime ira Igre ja Ba t is ta de Campos
Atas da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro
Atas da Igre ja Ba t is ta de Ernes to Machado
Atas da Junta Regiona l Centro-F luminense
Atas da Assoc iação Ba t is ta Nor te -F luminense
His tór ia da Assoc iação Les te -F luminense
Atas da Sociedade Patr imonial Batista
Brazilian Snaphots — vol. II , march 1933.
O B R A S D E A U T O R I A D O D R . E B E N É Z E R S O A R E S F E R R E I R A
1. The Place of Beneficence in the New Testament ( tese)
2. A.B. Christie , Sendo Pobre, Enriqueceu a Muitos (2? ed.)
3. Dificuldades Bíblicas — Vol. I (2.
a
ed.)
4. Dificuldades Bíblicas — Vol. II
5 . Angeolología
6. Citações de Poetas Gregos na Literatura Paulina
7. Vidas Devotadas à Causa
8. Billy Graham, um Vaso Escolhido
9. Educação Moral e Cívica (4
a
ed.)
10. Vade-Mecum do Obreiro e da Igreja
11. Manual do Obreiro e da Igreja (6? edição)
A serem publicados:
1. Dificuldades Bíblicas — Vol III
2. A Bíblia e a Antropologia
3. Antologia de Poetas Evangélicos
4. O Valor das Boas Leituras
5 . In t rodução à P rofec ia Mess iânica
6. Cem Minibiogra f ia s
250.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 241/257
í n d i c e o n o m á s t i c o
Abreu, Eli Francioni de 105, 191, 210
Abreu, Eunuco Santana de 62,
Abreu, José Larrúbia de 35
Abreu, José Perlingeiro de 199
Abreu, Raul Alves de 63
Adan, Joseph 41
Alberto, Diocezir 162
Albuquerque, Antônio Teixeira de 41
Alcântara, Elly Bess d' 108
Alcânta ra , Obadias d ' 222; 223
Allen, Edith 136
Allen, W .E. 136
Almeida, Daniel Carvalho de 35, 160
Almeida, Daniel Lincoln 193, 194, 202
Almeida , Marce l ino Robson 200
Alves, J.J. 41, 62, 80
Alves, João 62
Alves, João Tibúrcio 62
Alves, Orlando 35, 114
Amara l , José Nunes do 89
Amaral, Othon Ávila do 34, 105, 199, 210
A m o r i m , J o ã o A n t ô n i o 1 5 6
Anderman, Car los 40
Anderso n, Axe l F rede r ico 35
Andrade, David Pereira de 90
Andrade, Militão Pereira de 90
Andrade , Pedro de 73
André , Gera ldo 199
Antunes, Benedito Pereira 91
Antunes, Edgard Barreto 162, 178, 186, 193, 210, 222
Antunes, Edna 191,192
Antunes, Jesuína 109
Apostólico, Cristiano 104
Appleby, Rosalee 164, 191
Ara ium, Hans 40
Araújo, Alberto 35, 113, 151, 157
Araújo , Benedi to Gera ldo de 35
Araú jo , Ene te F ranc isco de 35, 90
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
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Araújo , Ernes to G. 35
Araújo, Geraldo Trindade de 192
Araújo, Jair 198, 211
Araújo, Stela Borges 108, 160
Armindo, Antônio 112
Assenço, Rosa 107
Assunção, Antônio 48
Assunção, Rosa Lima Manhães 48
Avelar, Isabel 107, 125
Ávila, Josias 198, 199
Ayres, Darcílio 199
Azevedo, Eudóxio 158, 193
Azevedo, Ir land Pereira de 208
Azevedo, Israel Bello de 78
Bagby, Anna Luther 41, 50
Bagby, W .B. 34, 41, 42, 45, 46, 47 , 48, 68, 71, 74, 77, 78, 79, 80, 146
Baker, J.A. 41
Bancrof t 37
Barbosa, Achilles 35, 86, 164
Barbosa, Antônio Teixeira 86, 91
Barbosa , De janira 86
Barbosa, George 106
Barbosa , Noêmia 109
Barbosa, Pedro Sebastião 62, 81, 137
Barbosa, Rui 42
Barcelos, Álvaro 195
Barcelos, Isaías 166, 168, 169
Barreto, Antônio Teixeira 35, 97
Barreto, Florentina 107, 115, 125, 160
Barreto, Joélcio Rodrigues 121, 166, 210
Barreto, Nicodemos 158
Barreto, Panfílio Teixeira 63
Barreto, Vicente 91
Barreto, W anderley P. 192, 193
Barros, Leonor 107
Barros, Ophir Pereira de 158, 192
Bastos, Erly B. 108
Bastos, Francisco Cerqueira 162, 187, 192, 201, 210
Bastos, Ideal de Souza 62
Bastos, Judson Garcia 163
Bastos, Nilo Cerqueira 35, 160
Batista, Davi Ferreira 166
Batista , João 41
Batista, Silas 35, 160
Batista , T.W. 41
Beale, Joseph 46
Bell, Lester 230
Belota, Antônio Loureiro 35, 168
252.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
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Bentancôr, Antônio Morales 35, 139
Bentancôr, Fidélis Morales 35, 97, 105, 112, 113, 120, 136, 139, 152, 155, 157,
160, 161, 162, 168, 171, 179, 180, 189, 190, 208
Bentancôr, Zedir Morales 198
Bernardes Júnior, Antônio 35, 113
Bernardes, Adrião 138
Bifano, Gilson Antônio de Paiva 106, 194
Bitat, José 85
Bittencourt, João Batista 157
Bit tencour t , Manoe l 36
Blackford , A.F , 39
Boca iúva , Quint ino 42
Boechat, Carlos 86
Boechat, Clério 35, 86, 123, 168
Boechat, Emiliano 35, 86
Boech at, Pearl-W hite 109
Boecher 39
Borborema , Sócra tes 41
Borges, Adosina 109, 125
Borges, Francisco 41
Borges, Salvador 35, 160, 171, 195, 199
Borwen, T.J. 40
Botelho, Benedito Borges 35, 171
Braga, Dario 163
Branco, Dário da Silva 62
Branco, Francisco 122
Bratcher, Artie 102, 125
Bratcher, L.M. 104, 113, 118, 131, 132, 229
Bratcher, Robert 191
Bretones, Lauro 170, 191
Brito, Manuel de 35, 122, 136
Bryant , Thurman 164
Butler , Guilherme 40
Caboc lo F i lho , Manoe l 129
Cabral, Ampliato 158, 193, 198, 210
Cabral, Assis 35, 90, 105, 137, 158, 199
Cabral, Vital 113, 202
Calvino, João 37
Camargo, Galeno, Tenente 61
Camargo, Neri 166
Campos, Antônio Ferreira 52, 60, 70, 71, 72, 74, 75, 80, 83, 84, 86, 104
Cana da , W .H. 110
Cândido, Daniel de Oliveira 185, 186, 199
Cardoso Ne to , Ze fe r ino 35
Carey, W illiam 38
Carneiro, Fidélis 62
Carne i ro , Manoe l Joaquim 35
Carney, Mary Ruth 192
253.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 244/257
Carvalho, Corindiba de 62, 97, 122
Carvalho, Cosete Pevidor de 108
Carvalho, Duque Policarpo de 35
Carvalho, Eduardo A. 185, 187
Carva lho, Hon esto de Almeida 62
Carvalho, Nemésio Fernandes de 36, 160, 202
Carvalho, Silas Quirino 175
Casseti, Muryllo 164
Cavalcanti, Clodovil Fortes 79
Cavalcânti, Herodias Neves 207
Cavalcanti, Vanildo 105
Celestino, Ageu 193
Cerqueira, Carmen Lúcia de Aguiar 108
Cerqueira, José Garcia 105
César, Benjamim Lenz de Araújo 121, 175
Chagas, Samuel 166, 170
Charles II 37
Charles, Antônio 35, 104, 112, 121, 136, 208
Christie, A.B. 33, 34, 83, 89, 90, 96, 104, 106, 110, 111, 112, 114, 116, Í18, 122,
125, 132, 133, 134, 136, 138, 139, 142, 143, 146, 152, 225, 228, 230, 245
Christie, Ana 108, 125, 126
Cla rk , John 37
Codeço, Joadélio de Paula 121, 198. 208
Coelho Filho, Isaltino Gomes 238
Coelho, Adclmo 35
Coelho, David 154, 198, 208
Coelho, Joaquina Alves 107
Coelho, Jovelino Luiz 36
Coelho, Meacir Carolina Frederico 238
Coelho, Nilo de Souza 36, 203
Cooper, Kennedy 158
Corrêa, Acelino 62
Corrêa, José Rodrigues 62
Corrêa, Malvino 194
Costa, Antônio Dias da 103
Costa, Augusto F. 143
Costa, Isabel Trigueira de 77
Costa, Otávio Dionízio da 35
Costa, Tomaz 41,78
Couto, Saliel 165
Cowsert, J.J. 34, 143, 152
Crabtree, A.R. 77, 88, 90, 229
Crane 38
Cr ispim, Antônio João 35
Crosland, D.F. 34, 87, 89, 91, 100, 103, 104, 110, 226, 234
Crosland, Maude 34
Cruz, Azevedo 46, 65, 66
Cunha, Alcides 158, 208
254.
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Cunha , Alexandr ino 62
Cunha , Dja lma 35
Cunha , Manoe l Couto da 63
Cunha , Sebas t ião Ignác io da 69
Curvelo, Jaime Soares 62
Custódio , Arquimedes 198
Daniel, C.D. 4Í , 47
Darcoso Filho, Ccsar38
Degiovanni, Pedro 41
Deering, Gregory 35, 212
Delgado, Alfredo Dias 62
Deter, A. B. 34, 74, 84, 99, 100, 101, 137, 239
Dias, Alair Moreira 202
Dimárzio, Nilson 104, 162, 189, 199, 201
Diniz, Otávio 86
Dória, Alípio 104
Downing, J.L, 34, 41, 48
Drumond, Fe rnando 130
Drumond, José Alves 35
Duarte, Abdiel 105, 158
Duarte, Elson 201
Duclere, Coriolano Costa 148
Dunstan, Alberto Lafayette 34, 52, 73, 74, 94, 122, 226
Durva l , Zóz imo 36
Dutra, Ivo 202
Edwards, F.M. 230
Entzm inger, W .E. 34, 41, 69, 74, 78, 79, 83
Everett, Mina 41
Eyer, Laura 107
Eyer, Leonel 35, 91, 93, 94, 95, 100, 110, 122, 138, 153
Eyken, Norma Lee Van 108
Fanini, Nilson do Amaral 79, 162, 166, 174, 178, 179, 187, 189
Faria, Cely Manhães 149
Faria, Daniel S. 36
Faria, Gentil de Castro 149, 168, 201, 208
Faria, Virgílio 35, 125, 136, 139, 141, 159, 190
Farias, Otávio 63
Fayal, José Martins Gomes 62
Feitoza, Jógli 105
Feitoza, Leopoldo Alves 63
Felipe, Imperador 37
Fernandes, Antônio Ribeiro 35, 122
Ferreira Neto, Bernardo 62
Ferreira, Antônio 160
Ferreira, Antônio Soares 35, 90, 113, 139, 140, 147, 149, 154, 155, 156, 160
Ferreira, Domingos José 62
Ferreira, Ebenézer Soares 104, 105, 117, 120, 121, 125, 127, 154, 156, 162, 165,
166, 167, 169, 170, 174, 175, 181, 189, 190, 191, 222, 223
255.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
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Ferreira, Florentino 35, 62
Ferreira, Francisco Alves 62
Ferreira, Ismael José 178
Ferreira, Nely Soares 175
Ferreira, Sebastião 211
Fèuerha rmel , Car los 39
Fèydit, Júlio 66
Figueiredo, Avelino 35
Figueiredo, Daniel E. 198
Firmo, Benedito 62
Firmo, Luiz Ovídio 63, 91
Fonseca, Antônio Vieira da 79, 80
Fonseca, Denir Luz 108
Fonseca, Samuel Leite 160, 203
Fontes, Jeremias 198
França, Mário Barreto 160, 192, 199
Fre i ta s , Antônio Manoe l de 77
Freitas, Emília Cândida de 77
Freitas, Jair de 202
Freitas, Joüfo 62
Freitas, Marilene de 202
Freitas, Sara Ester de 77
Freitas, Sebastião 63
Frias, Isaías Moreira de 90
Gama, José de Souza 162, 211
Garcia, Gilberto 105
Garcia, Jair 157
Garcia, José Maria 198
Gartner, Herman 35, 52, 74, 83, 84
Geremias, Geraldo 222
Gil, Ubiracy 202
Gill Júnior, Everett 229
Ginsburg , Emma41, 50 , 52 , 107
Ginsburg, Salomão Luiz 34, 41, 50, 51, 52, 53, 55, 58, 60, 61, 66, 67, 68, 69, 72,
78, 80, 127, 226
Godoy, Esther 108
Godoy, Nilson 156, 194
Góis , Anuar Aragão de 156
Gomes, Alf redo 129
Gomes, David 164, 211
Gomes, Delfina 129
Gomes, Marlene Baltazar da Nóbrega 108, 210
Gomes, Osias 150
Gomes, Oswaldo 165
Gomes, Valério 62, 138
Gonçalves, Almir dos Santos 130
Gonçalves, Arsênio 35
Gonçalves, Aylpton de Jesus 160, 178, 201
256.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
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Gonçalves, Carlos 94
Gonçalves, Dodanin 114
Gonçalves, Evaldo 191
Gonçalves, Ismail 35
Gonçalves, José Luís 157
Gonçalves, Mário Sólon 192
Góspeler , Cícero 69, 135
Graham, Billy 179
Grassini, Rogério 153
Graudin , Pedro 40
Green, J.P. 84
Guedes, Evangelina 113, 157, 198
Guedes, Gutenberg Faria 35, 114, 165, 191, 202
Guedes, João Batista Paulo 156, 162, 163, 168, 189, 202, 222
Guedes, Percy Paulo 189
Guimarães, Isa Avelar 107
Guimarães, Leobino da Rocha 35, 94, 95, 139, 146
Guimarães , Manoe l 52
Gusmão, Ubiracy Dutra 210
Harris, Floyd 158
Hatton, Alvin 35, 199, 212
Hawthorne, A.T. 40, 41
Hearon, Thomas 35, 212
Helwys, Tomaz 37
Henri que, W alvique Soares 36, 114, 143
Herdy, Aroldi 201
Herdy, losé de Souza 159, 168, 201, 203, 208
Herdy, Nilza 201
Hespanhol, José 171
Holliman, Ezekiel 37
Hübmaier , Baltazar 37
Ignácio, Frei 59
Inke, Jacob 40
Inke, João 40
Inke, Ricardo J. 39, 40
Irving, B.C. 41
Jackson, Ernest A. 34 126 136
Jacoud, Regina Sampa io 202
Johnson, Sallie 41
Joyce, T.C. 34
Judson, Adoniran 37
Kalley, Robert Ried 39
Karklin, Ana 154
Kasch el, W erner 162, 164, 191
Kennedy, J.L. 38
Kerr , Emílio W . 62, 207
Kidder, Daniel 381
Kimbrough, Clint 35, 212
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 248/257
Kingsolving, Lucian Lee 39
Klavin, Alexandre 39, 40
Kopp, João Hugo 59
Kraul, Carlos 40
Laet, Carlos de 102
Landin, Pedro 68
Lanes, Gersoni 149
Langston, A.B. 136
Lavoura, Joaquim 199
Leal, A. Gomes 137
Leal, José Quintanilha Costa 90
Leandro, Ana 77
Leão, Laurindo P. 91
Leekning, André 40
le imann, F rede r ico 39, 40
le imann, Gui lhe rme 40
Leite, Ozimar Machado 90
Leite, Samuel 202
Lessa, Alberto Vaz 35, 70, 94, 104, 139
Lessa, Arístides 94
Lessa, Elizabeth 107
Lessa, Joaquim Fernandes 33, 35, 46, 48, 49, 50, 51, 52, 59, 61, 62., 64, 69, 75,
78, 80, 81, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 93, 100, 101, 104, 110, 111, 114,
137, 138, 139, 179, 207, 230
Lessa, Juvenil 113
Lima, Delcyr de Souza 164, 169, 178, 199, 210
Lima, Faria 183
Lima, Jacintho 74
Lima, João Teixeira de 36, 113, 137
Lingerfelt, J.E. 114, 116
Lins, Melo 41
Lopes, Durvalino José 35
Lopes, Iran de Medeiros 200
Lopes, João Batista 68
Lopes, Rubens 164, 169, 173
Lóta, Diné René 238
Lóta, José da Silva 35, 90, 97, 238
Lóta, Marcelino Kepler 238
Lóta, Rubem CIêniton 238
Lóta, Urgel Russi 238
Loureiro, Dionísio 62, 113
Ludolf , Pamphilio 91
Lustosa, Celina V. 127, 129
Luz, Eth Ferreira Borges da 154
Luz, Jonas Borges da 154
Mae Neally, W .B. 35, 152, 154, 159, 200
Maeário, Cláudio 211
Machado, Emerenc iano Nunes 62 , 103
258.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 249/257
Machado, João D. 137
Macharet, Ary 160
Maddox, O.P. 34, 106
Madeira, Pedro 104
Maga lhães , A lf redo 78
Magro, Augusto 103
Maia, Antônio Rodrigues 35, 91, 93, 94, 103
Maia, Gilberto 210
Maia, Jetro 165
Mainhard , Paulo 158
Malafaia, Jacira 192
Malafaia, Jáder 35, 191, 208
Malaquias , Paulo 40
Manhães, Benedito 114
Manhães , Cor ina Mar ia 48 , 58
Manhães , Euf ráz ia Mar ia 48
Manhães , João Berna rdino 48, 74
Manhães , Tibúrc io 94
Manzolilo, Ângelo 144
Mariano, Joaquim Evangelista Pereira 35, 81, 139
Marques , Antônio 41
Mar tin, T.T. 41
Martins, Isaque 35, 159
Martins, Kléber 35, 87, 90, 91, 99, 100, 110, 153
Mar t ins , W a ldemira 108
Matheus , Anthony 222
Mathews, Ruth 108
Matschula t , Augusto 39
Matschula t , F rede r ico 40
Matta, Daniel 165
Maurer Júnior, T.H. 42, 233
Médici, Garrastazu 183
Mein, David 78, 164
Mein, John 33, 104, 112, 126
Mello, A.Rodrigues 74
Mello, Cristino Rodrigues de 72
Melo, A.R. 62
Melo, Alfeu 35
Melo , Antôn io de Souza 60, 75
Melo, Juvenil F. 35, 105
Melo, Plácido de 101
Mendes , W i lson 198
Mendonça , Ba lbina 107
Mendonça, Carlos de 35, 73, 91, 92
Mend onça , F ranc isco J . 35
Menegatti, Élcio 178
Menezes, Augusto de 91
Menezes, Jalv Chaves de 178, 203
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 250/257
Menezes, João 91
Menezes, Manoel de 91
Mesquita, Antônio Neves de 124
Miranda , Mosenhor 101
Monteiro, Alair 198
Monte i ro , Benjamim 36
Monteiro, M.L. 137
Moraes, Milton 194
Morais, J. Ulisses de 33, 121, 208
Morais, Vicente 62
Moreira, Benedito 35
Moreira, Francisco 35
Moreira, Galdino 148
Moreira, Isaac da Costa 36, 90, 155, 156, 158, 159, 211
Moreira, Jessé 90
Moreira, Maria Fernandes 109, 155, 190
Moreira, Mauro Israel 194
Moreira, Plácido 35
Moreira, Silas da Costa 90
Moreira, Vitorino 113
Morgan, F. 34, 144
Mor is , James Wa tson 39
Mota, Elpídio 191
Mota, Gabriel 35
Motta , Joaquim Mar t ins da 91
Mueller , Frederico 39, 62
Muirhead, H.H. 141
Murta, José Fernandes 159, 171 191
Mussolini, Benito 140,146
Nascimento, João Daniel do 105
Nasc imento , José Abraão do 103
Nascimento, José Rego do 64, 165
Nascimento, Manoel de Deus 105
Nasc imento , Tibur t ino do 35
Neighbour, R.E. 41
Nelson, J.H. 38
Neto, Adozino 19
Neto, Ageu 35, 113, 114, 159, 171, 185
Nettenberg, João 39
Newman, Junius E . 28
Nigro, José 33, 35, 74, 86, 88, 124, 125
Nitzke, Germano 39
Nobre, Nilson 199
Nogue ira , Almiro Campos 62
Nogue ira , Antônio G. 91
Nogueira, Leôncio G. 91
Nolasco, Laurindo 160, 244
Noron ha , Jú l io Césa r de 95
260.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 251/257
Nunes, Francisco 85
Nunes, Henrique Marinho 35, 152, 157, 158, 178, 181, 201
Oliveira, Alberto Mendes de 62
Oliveira, Alice Neves de 208
Oliveira, Alvina Gomes de 107
Oliveira, Ana Francisca de 48
Oliveira, Arilton 193
Oliveira, Carlos Rodrigues de 62
Oliveira, Ca rolino de 62,
Oliveira, Celso de 96, 208
Oliveira, Dário dc 90
Oliveira, David Francisco de 90, 158, 202
Oliveira, Domingos de 41, 45, 46, 47, 48, 62
Oliveira, Francisco Antunes 62
Oliveira, Ivone Boechat 199
Oliveira, Jacy dc 209
Oliveira, João Caetano de 91, 238
Oliveira, Manoel Bernardes 160, 161
Oliveira, Roberto 178
Oliveira, Rui Franco de 114, 207
Otoni , Honór io Benedi to 80
Paes, Francisco Barbosa 85
Paranaguá , J .N. 238
Patrício, Dioceles 158
Paula, João Francisco de 62
Paula, Joaze Gonzaga de 208
Paulo, Lino de 63
Peçanha, Benedito 35, 143
Peçanha, Celso 116, 198, 211
Peçanha, Nilo 110, 111
Peixoto, João C.P. 91
Penido, Ernes to Nogue ira 62
Pereira, Aildes Soares 104
Pereira, Alceir Faria 121, 125
Pereira, Flauzina 48
Pereira, J.E. Mariano 106
Pereira, José dos Reis 109, 164, 169, 208, 230
Pereira, Julião Guedes 72
Pereira, Marcelino Lima 157
Pereira, Otávio Florêncio 63
Pere i ra , W a l ter Gomes 90
Perez, Ellen Márcia 106
Pessanha, Elias 202
Pimentel Júnior, José 158
Pimentel, Ademir P. 193, 200, 211
Pimentel, Belardim de Amorim 166, 170
Pinheiro, Alzira 81
Pinheiro, Francisco 81
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 252/257
Pinheiro, Inácio José 160
Pinheiro, Israel José 36, 154, 201, 203
Pinheiro, Joaquim Alves 35, 103
Pinheiro, Loimar Zarro 202
Pinheiro, Luís Carlos Prestes 202
Pinheiro, Odília 81
Pintcher, A. 40
Pinto, Adiei Pereira 154
Pinto, Ageu de Oliveira 160, 166, 170, 185
Pinto, Cantando Ferreira 62, 143
Pinto, Clemente Teixeira 62
Pinto, Elza Lessa 109
Pinto, Francisco de Miranda 207
Pinto, Josemar da Silva 212
Pinto, Maria Rute 48
Pitrowsky, Elisa 39
Pitrowsky, Gustavo 39
Pitrowsky, Ricardo 39, 40
Pitts, F.E. 38
Plaute, Francis 38
Plínio, o Moço 36
Policarpo, Joaquim Melo 62
Portela, Alberto 35, 113, 114, 118, 190, 208
Por te la , Antônio Carva lho 48, 94
Portela, Tàlita 118, 125
Porter , Paulo 34
Porter, Samuel J. 34, 41, 78
Portes Filho, Elias 35, 134, 139, 142, 143
Portes, Antônio Moreira 35, 158, 162, 165
Portes, Laura 142
Portes, Nair Araújo 108, 189
Por tuga l , Antônio Fe rnandes 62
Pridemore, Nolan 35, 212
Prucolli, Alzira 108
Purens, Esther Ferreira 155
Purim, Reynaldo 162, 164
Puthuf f , E .A. 41
Queiroz, Aristóteles 35
Queiroz, Emanuel Fontes de 36, 113, 129
Queiroz, Erodice Fontes de 35, 97, 105, 112, 113, 114, 136, 169, 207
Queiroz, Euza Gomes 129, 191
Queiroz, Evódio 35, 112, 171
Queiroz, Solita Retto 109
Qui l len , E .H. 40
Quintanilha, Alcides de Oliveira 89
Ramos, Rosa 77
Rangel, Júlio Miguel 194
Rangel, Pércio 208
262.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 253/257
Rankin , M.Therson 225
Rans on, W illiam Taylor 38
Régis, W ilson 161, 191, 192
Rcike, Ricardo 39
Reis, Alfredo 53, 86, 91, 92, 96, 103,'110, 113, 118, 139, 153, 154, 156, 208
Reis, Alice 53, 103, 107, 125, 153
Reis, Álvaro 72, 102
Reis, Amélia Lima 48
Reis, Eliseu 202
Reis, Evaristo 86
Reis, Francisco Mancebo 208
Reis, Rodolpiana Ludolfò 107
Renfrow, Harold 35, 103, 162, 165, 174, 179, 180
Renfrow, Nona 109, 180
Resende, Antônio da Costa 122
Retto, Ernestina Rezende 107
Rezende, Altina 107
Ribeiro, Domingos (Minga) 61
Ribeiro, Erodice Gonçalves 149, 160, 165, 192
Ribeiro, Oscar 208
Ribeiro, Paulo 162, 192, 210
Ribeiro, Romildo Gomes 105
Rice, Luther 37
Rice, Maggie 41
Riffey, Esther Prudence 108
Riffey, John 34, 108, 141, 160, 162, 173, 179
Rocha, Arides Martins da 105, 162, 192, 201, 211
Rocha , Ari th Barre to 109
Rocha, João Corrêa da 178
Rocha, Jurandir G. 35, 208
Rocha, Nelson 198, 211
Roch a, W aldir 191
Rodrigues, Ismail de Oliveira 160, 192
Rodrigues, João 199
Rodrigues, José 80
Roger, J.W. 38
Roig, Camilo 69
Ronis, Oswaldo 36
Rosa, Alice 107, 125
Rosa, André 129
Rosa, Eliasar 87, 153
Rosa, Eliézer 87
Rosa, Fidélis de Oliveira 165
Rosa, Francisco 36, 114, 160
Rosa, Joaquim 35, 86, 87, 91, 105, 110, 136, 139, 153, 190, 201
Rosa, Joaquim de Paula 32, 162, 185, 187
Rosa, Otávio Felipe 36
Rosário, Antônio Ribeiro, Pe. 150, 242
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 254/257
Roth, Carlos 39, 40
Sá, Antônio Maria Correia de, Pe. 67
Sá, Elias Carvalho de 162, 193, 203
Sá, José de 166
Sá, Linéa Dias Mendes de 108
Sales, Achilles 196
Sales, Julieta 109, 160
Sales, Lira 107
Salgado, Plínio 147
Salit, Pedro 40
Salles, Nilo 35, 112, 145
Sampaio, Benedito 35, 160, 168, 201
Sant'Anna, Élcio 194
Sant'Anna, Iomael 104, 211
Sant 'Anna , Juvent ino 158
Santiago, Júlia de Oliveira 48
Santos , Dom ingos F ranc isco 91
Santos , For tuna to dos 62
Santos, Gilson Carlos dc Souza 222
Santos, Isaías 191
Santos, Joaquim Coelho dos 35, 91, 92, 97, 110, 139, 203, 230
Santos, Joel Pereira dos 211
Santos, Júlia Codeço dos 108, 191, 198, 210
Santos, Maria Helena Leão 109
Santos , Moisés Henr ique dos 159
Santos, Oswaldo Soares dos 155, 160, 181, 201
Santos , Rubem Coe lho dos 160
Santos, Trascy R. dos 169
Santos, W alter 160, 201
Santos, Zeny 108
Saraiva, Gumercindo 192
Saraiva, Manuel Nunes 87, 88, 90
Sardenberg , Deodoro 86
Sardenberg, Gê 113, 159
Sardenberg , Sue tônio 86
Sattler 37
Schally, Harald 164
Schneider, F.J.C. 39
Schumann, Car los 158
Sias, Maria Francisca 121
Sias, Paulo 36, 121
Silva Filho, João Mauro de 62
Silva Neto, João Fernandes da 222
Silva, Achilles 209
Silva, Adélia Darcília Marins da 109
Silva, Aloísio Alves 202
Silva, Antônio 88
Silva, Antônio Américo da 91
264.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 255/257
Silva, Antônio Zeferino e 113
Silva, Bento de Souza e 69
Silva, Cândido Ignácio da 62, 69, 90, 122, 131, 132
Silva, Clemir Fernandes da 106
Silva, Demerval 160
Silva, Éber 222
Silva, Edmundo Antunes da 36, 105, 160, 171, 186
Silva, Florentino Rodrigues da 35, 60, 61, 62, 69, 74, 85, 106
Silva, Francisco Ribeiro da 35
S i lva , Hudson Ga ldino 238
Silva, Jabniel 168
Silva, João Barreto da 35, 97, 113, 115, 116, 117, 119, 12.0, 125, 147, 149, 160,
161, 171, 174, 191, 207
Silva, José 155, 199
Silva, José Arruda 94
Silva, José Ferreira da 35, 160
Silva, José Galdino da 35
Silva, Josias César Porto da 194
Silva, Juraci R. da 238
Silva, Levi 158, 222
Silva, Luís Laurentino 35, 160
Silva, Manoel Antônio da 35, 62
Silva, Manoel Bento da 36, 138, 160, 171
Silva, Manoel de Souza e 80
Silva, Marilene Frederico da 238
Silva, Miguel Galdino da 63
Silva, Pedro Gomes de 96, 103
Silva, Suledil Bernardino da 178
Silva, W altir Pereira da 160, 165, 168
Silvado, Luiz Roberto 106
Silveira Filho, José 174, 192, 211
Silveira, I ldefonso 62
Silveira, José Joaquim 35, 105, 134, 135, 136, 139, 143, 154, 159, 179
Silveira, Moisés 157, 207
Silveira, Silas 35, 114, 208
Simonton, A.G. 39
Simpson, Blanche 108, 144, 159
Siqueira, Abelar Suzano de 35, 97, 113, 159, 168, 180, 244
Smyth, John 37
Soares Filho, João José 166, 193
Soares, Aildes Pereira 222
Soares, Anita 239
Soares, Élcia Barreto 115
Soares, João Marcos Barreto 194, 222
Soares, Josué Ebenézer de Souza 106, 194
Soares, Orlando 189
Soares, Osmar 36, 160, 165, 211
Sobral, Nélio W ilson Lopes 106
265.
7/23/2019 História Dos Batistas Fluminenses
http://slidepdf.com/reader/full/historia-dos-batistas-fluminenses 256/257
Soper, E.H. 34, 41, 45, 48
Soren, Francisco Fulgêncio 35, 41, 73, 74, 83, 84, 95, 207
Soren, João Filson 146, 164, 173, 192
Souza Filho, José 91
Souza, Antídio de 35, 147
Souza, Antônio José de 35
Souza, Apolinário 105
Souza, Belmiro Basílio de 62
Souza, Cássio Peçanha de 35
Souza, Creuza Rangel de 189
Souza, Desidério Francisco de 122
Souza, Domingos José de 91
Souza, Dorcas Pinheiro de 109
Souza, Evade 107, 125, 152
Souza, Francisca de 107
Souza, Gérson de 147
Souza, Helena 105, 191
Souza, Higino de 211
Souza, Honório de 35, 90, 112, 202
Souza, Horácio de 72, 75, 116, 117
Souza, Itamar Francisco de 36, 105, 160, 168, 191
Souza, Joaquim Francisco de 62
Souza, José Basílio de 36, 113
Souza, José de 59
Souza, Luís dc 48
Souza, Manoel Avelino de 35, 78, 79, 95, 97, 106, 112, 113, 123, 134, 139, 151,
152, 160, 162, 170, 171, 180, 187, 191, 199
Souza, Maria Amália Carvalho de 108, 152
Souza, Samuel de 120, 152, 159, 186, 187, 191, 208
Souza, Sebastião Angélico de 96, 112, 201, 208
Souza, Sebastião Faria de 35, 106
Souza, Silvino Ferreira de 63
Souza, Sócrates O. de 104, 194
Souza, Ubaldino Faria de 139
Spaulding, R.J. 38
Stover, T.B. 136, 143, 152
Tarbou x, J.W . 38
Tavares, Elísio 198
Tavares, Lucind a 108
Taylor, Catarina 41
Taylor, J.J. 34, 41, 80, 83
Taylor, Z.C. 41, 49, 51
Teixeira, Dalson Pinto 160
Teixeira, Eugênia 107
Teixeira, Teodoro Rodrigues 41, 148
Telford 39
Terra, Genilda 222
Tertuliano 90
266.