Post on 21-Aug-2018
Estilo Persa
Expressão artística dos povos que viviam no planalto que separa a Bacia Mesopotâmica daquela do rio Indo –
principais cidades: Susa, Pasárgada e
Persépolis – e que dominavam os atuais
territórios do Irã, Iraque, Afeganistão, parte da
Rússia e Turquia Asiática. Capitel Sassânico
Suas casas e palácios eram feitos em alvenaria sobre
plataformas elevadas, com abóbadas e ornatos esculpidos.
Os principais ornatos eram leões e touros alados com cabeças humanas, baixos-
relevos e ladrilhos esmaltados.
Decoração modulada, com harmonia e proporção, além de grande esbeltez e policromia
(emprego de losangos, triângulos e espirais).
Cidade-Palácio de Persépolis (518-331 aC, atual Irã)
1
2
3
4
5
6
7
1 Portão de Xerxes 2 Apadana 3 Salão do Trono 4 Tesouro 5 Palácio de Xerxes 6 Palácio de Dario 7 Conselho
Não eram os móveis, leves e escassos, que davam a
impressão de riqueza persa, mas os tapetes, cortinas e almofadas.
Havia grande riqueza e preciosidade do
vasilhame, assim como joias e cerâmicas
decoradas, com estilização de animais e flores.
Na antiga Pérsia, havia um alto grau de ESTILIZAÇÃO, o que promoveu vários motivos ornamentais, que
variavam de região para região, devido a diferenças de flora e fauna. Posteriormente, o estilo acabou alterando-
se pela influência muçulmana.
Estilo Hindu
Expressão artística da civilização que dominou a
região dos rios Indo e Ganges na Península
Indiana, desde 2500 aC, a qual foi inicialmente
composta pelos drádivas e, a partir de 1400 aC, pelos arianos, que escravizou os
primeiros e impôs o sistema de castas (HINDUÍSMO).
Shiva
As antigas casas hindus eram simples como as do Oriente
Médio, mas os palácios tinham uma decoração rica em
cores, estampas e texturas.
Enfeitados com flores e entalhados em madeira,
os móveis eram sólidos e rústicos, sendo comuns mesas
e cadeiras dobráveis.
Além dos tapetes exuberantes, havia frequente uso de
cortinas e colchas em seda, com almofadas policrômicas.
Em tons de amarelo, vermelho e laranja, conjugados aos dourados e castanhos, os interiores hindus eram confortáveis, com móveis em madeira escura ou bambu, além de figuras de animais (vacas, elefantes e pavões).
Mandala
Estilo Oriental A arquitetura doméstica
do Extremo Oriente (China e Japão) foi
bastante influenciada pelos elementos
naturais, características culturais e crenças
religiosas.
O BUDISMO deu origem a um estilo
decorativo bizarro, cuja forma acaba
inteiramente escondida por uma ornamentação colorida e exagerada.
A CASA CHINESA (ting) tradicional era de um só andar, de preferência construída ao centro de um parque e acima do solo mediante um aterro, sendo formada por um conjunto de
vários aposentos retangulares, antecedido por um vestíbulo e uma sala comum de chá.
Havia ainda um PÁTIO INTERNO, no qual os moradores costumavam se reunir nas melhores
estações; e que iluminava os aposentos, habitualmente privados de abertura sobre a
fachada principal. Suas paredes externas eram feitas em barro ou pedra, enquanto as internas eram em estrutura de madeira e papel-seda.
Painéis de papel oleado, gaze ou madrepérola (cortinas) serviam de tapumes, diante das aberturas, ao passo que
leves biombos de bambu, seda ou papel, eram instalados para criar ângulos mais recatados, a fim de se poder
conversar ou mesmo repousar.
Casa tradicional chinesa
1 Entrada principal 6 Aposento principal (pais) 2 Aposentos dos servos 7 Crianças e idosos 3 Primeiro pátio (cozinha e serviços) 4 Aposentos de filhos e suas famílias ou hóspedes 5 Segundo pátio (vida social)
Os INTERIORES tinham
pouquíssimos móveis – pequenos, entalhados ou laqueados –, mas eram ricamente decorados com ouro, bronze e porcelanas, além de possuírem painéis pintados
com rara maestria.
O MOBILIÁRIO chinês
caracteriza-se por sua simplicidade e leveza, possuindo
detalhes entalhados ou rendilhados, além do predomínio de linhas retas e materiais crus.
Em composições predominantemente horizontais, além de talhas e rendilhados, os motivos ornamentais
chineses preferidos eram os dragões e as quimeras, sempre rebuscados, acompanhados de elementos
florais, o que vai ser bastante apreciado na Renascença.
Camas e mesa Aparador
e cadeiras
Bastante próximo do chinês, o INTERIORISMO
JAPONÊS e COREANO também destacou-se pelo trabalho em madeira e ornamentação com monstros
fabulosos. Os interiores residenciais eram mais fluidos e simples., assim como o mobiliário, bastante escasso.
Ikebama
Bonsai
A CASA JAPONESA
possui pouco mobiliário e qualquer cômodo pode
servir para dormir, comer ou receber convidados.
As pessoas sentam-se no chão ou em almofadas (zabuton), o que amplia
mais o espaço, que é ainda demarcado pelos tatamis e fragrância da madeira
hinoki.
Chigaidana (estante) Ramma
Tokonoma
(painel)
Ikebana Tsukue-shoin
Zabuton
Tatami
Feitas em estrutura de madeira e tijolo, as paredes
das moradias eram atapetadas de seda
multicolorida; e os móveis laqueados ou entalhados;
A decoração era feita por porcelanas, metais
esmaltados, biombos de papel pintado e arranjos
florais ornamentais (ikebanas e bonsai).
Biombo
Vasos
Aparador e mesa
Bibliografia
BRUNT, A. Guia dos estilos do mobiliário. Lisboa: Presença, Col. Habitat, n. 32, 1993.
DUCHER, R. Características dos estilos. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
MALLALIEU, H. (Org.) História ilustrada das antiguidades. São Paulo: Nobel, 1999.
MONTENEGRO, R. Guia de história do mobiliário. Lisboa: Presença, 1995.
OATES, P. B. História do mobiliário ocidental. Lisboa: Presença, 1991.