Post on 21-Apr-2015
HAS: DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO
Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à
Saúde”
Ministério da Saúde
HAS - Diagnóstico A partir da medida da Pressão Arterial...
Diagnóstico Medida da Pressão Arterial: Técnica para aferição da PA
Diagnóstico Medida da Pressão Arterial: Técnica para aferição da PA
Diagnóstico
Fonte: VI DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO.
Fonte: VI DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO.
Fonte: VI DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO.
HAS - Classificação
CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL DE ACORDO COM A MEDIDA CASUAL NO CONSULTÓRIO (>18 ANOS)
CLASSIFICAÇÃO PRESSÃO SITÓLICA (mmHg) PRESSÃO DIASTÓLICA (mmHg)
Ótima <120 <80
Normal <130 <85
Limítrofe * 130-139 85-89
Hipertensão estágio 1 140-159 90-99
Hipertensão estágio 2 160-179 100-109
Hipertensão estágio 3 >ou =180 > ou =110
Hipertensão sistólica isolada > ou =140 <90
Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial.
É importante estar atento para o risco de hipertensão secundária (HAS-S).
Pela sua baixa frequência (3-5%) deve ser investigado em situações específicas.
Antes de se investigarem causas secundárias de HAS deve-se excluir:
medida inadequada da PA; hipertensão do avental branco; tratamento inadequado; não-adesão ao tratamento; progressão das lesões nos órgãos-alvos da hipertensão; presença de comorbidades interação com medicamentos.
HAS – Secundária
Investigação clínico-laboratorial
HAS secundária INDÍCIOS DE HAS SECUNDÁRIA
Potássio sérico diminuído Proteinúria Hematúria Elevação da creatinina Sopro abdominal Má resposta ao tratamento Ausência de história familiar Início abrupto e grave de HAS PA mais baixa nos MMII Acentuada oscilação de PA Início súbito de HAS após os 55 a ou antes dos 30 a
Fonte: VI DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO.
HAS - Investigação clínico-laboratorial
Objetivo:
Confirmar a elevação da PA e firmar o diagnóstico
Avaliar a presença de lesões em orgãos-alvo
Identificar fatores de risco para:
doenças cardiovasculares
risco cardiovascular global
Diagnosticar doenças associadas à HAS
Diagnosticar, quando houver, a causa da HAS
HAS - Investigação clínico-laboratorial Importância
Frente aos objetivos desta investigação, é importante o uso de exames complementares
com parcimônia, obedecendo o previsto na sequência de exames sugeridos, partindo de
exames com maior sensibilidade, evitando assim o riscos de testes invasivos, desnecessários e
potenciais causadores de dano para o paciente.
HAS - Investigação clínico-laboratorial
História clínica Identificação
História atual
Diversos aparelhos e fatores de risco
História Patológica Pregressa
História Familiar
Perfil Psicossocial
Avaliação dietética
Atividade Física
Uso de Medicamentos
HAS - Investigação clínico-laboratorial
Exame físico Sinais Vitais
Medidas antropométricas
Inspeção
Pescoço
Precórdio
Ex. Pulmonar
Ex. Abdominal
Extremidades
Exame neurológico sumário
Ex. fundoscopia
HAS - Investigação clínico-laboratorial
Exames laboratoriais Perfil lipídico – Avaliar presença de dislipidemia (fator de risco associado)
colesterol total
HDL
Triglicerídeos
Glicemia de jejum – Avaliar presença de diabetes (fator de risco associado)
Creatinina – Avaliar função renal (lesão em órgão alvo)
Potássio – Complementar avaliação da função renal. Útil para utilização de anti-
hipertensivos que podem reter ou espoliar potássio
Exame de urina – Avaliar dano renal – Proteinúria (lesão em órgão alvo)
Eletrocardiograma - Avaliar alterações cardíacas (arritmias, Hipertrofia
Ventricular, Bloqueios, alterações isquêmicas), que podem configurar lesão em
órgão alvo, além de orientar a prescrição farmacológica conforme as alterações
apresentadas.
HAS - Investigação clínico-laboratorial Exames laboratoriais
Na investigação inicial de pacientes hipertensos, com suspeita de hipertensão primária, NÃO devem ser solicitados outros exames além dos sugeridos, por não agregar novas informações neste momento da avaliação, como: Uréia, outros eletrólitos (sódio, magnésio), transaminases,
VLDL. Radiografia de tórax LDL – deve ser calculado pela fórmula
CT= HDL + LDL + TGL/5 ou LDL = CT – HDL – TGL/5
BIBLIOGRAFIA BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE.
Hipertensão arterial sistêmica. Cadernos de Atenção Básica. Brasília: MS, 2006.
CHOBANIAN, A. V. et al. The Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure: the JNC 7 report. JAMA, v. 289, n. 0098-7484 (Print), p. 2560–2572, 21 maio. 2003.
VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 95, p. I–III, 2010.
WRIGHT, J. M.; MUSINI, V. M. First-line drugs for hypertension. Cochrane.Database.Syst.Rev., n. 1469-493X (Electronic), p. CD001841, 2009.