2. Autor: Carlos E. MorimotoPginas: 1038Formato: 23 x 16
cmEditora: GDH Press e Sul EditoresISBN: 978-85-99593-10-2Lanado
em: Outubro de 2007 Introduo: Como um PC Captulo 7: Chipsets e
placas funciona o Chipsets para placas o Os Componetes bsicos
Soquete 7 Processador o Chipsets para o Pentium Memria II e Pentium
III HD Chipsets da Intel Placa de Vdeo Chipsets da VIA Placa-me
Chipsets da SiS Hardware X o Chipsets para o Pentium Software 4
(Soquete 423 e soquete Arquiteturas 478) o Um pouco sobre redes
Chipsets da Intel Configurao da Chipsets da SiS rede Chipsets da
VIA Rede Wireless Chipsets da Uli Captulo 1: 54 anos de Chipsets da
ATI histria: do ENIAC ao Athlon o Chipsets para o Athlon, o Os
primrdios Duron e Sempron o O ENIAC (soquete A) o O transstor
Chipsets da AMD o Como so fabricados os Chipsets da VIA
processadores Chipsets da SiS o Os supercomputadores Chipsets da
nVidia o A evoluo dos o Chipsets para placas computadores pessoais
soquete 775 o A dcada de 80 Chipsets da Intel o Do 486 ao Athlon
Chipsets da nVidia o Sistemas embarcados Chipsets da SiS Captulo 2:
Processadores Chipsets da VIA o Pentium4 o Chipsets para Athlon 64
Willamette Chipsets da nVidia Hyper Chipsets da VIA Pipelined
Chipsets da SiS Technology Chipsets da ULi Execution Captulo 8:
Montagem, trace cache manuteno e dicas Bus de 400 o As formas mais
comuns MHz de destruir um PC Rapid Fonte de Execution alimentao
Engine Cooler SSE2 Smoke Test Northwood Esttica 2
3. Prescott Componentes Hyper- defeituosos Threading
Dispositivos USB Soquete Softwares 775 Conectores de Smithfield,
Cedar fora Mill e Presler o Dicas de compra O sistema de
Processador numerao Memria Pentium 4 HDs Pentium D o PCs de baixo
consumo Extreme o Ferramentas Edition o Montagem de micros Celeron
D Preparando o o Athlon e Duron terreno Athlon Thunderbird
Conectores do Athlon Palomino painel Athlon Headers USB
Thoroughbred Processador Athlon Barton Pasta trmica o Athlon 64
Cooler Desenvolvendo Memria um sucessor Instalando a placa- Itanium
me X86-84 HDs e DVD (AMD64) Finalizando a A arquitetura K8 montagem
Os modelos o Solucionando problemas Athlon 64 e Athlon o O mximo de
funes no 64 FX mnimo espao Athlon 64 X2 o Filtros de linha, Sempron
estabilizadores e Reconhecendo o nobreaks processador Filtros de
linha Quad FX Estabilizadores o A plataforma Core Nobreaks (UPS)
Conroe Inversores Kentsfield VA x watts Allendale Proteo Conroe-L
para a linha o Futuros chips telefnica Penryn Autonomia Nehalem
Captulo 9: Configurao do Phenom e Setup, drivers e utilitrios
Barcelona o Discos e RAID Fusion o BootCaptulo 3: Placas-me e o
Overclockbarramentos o Timings da Memria o Os Componentes o
Componentes integrados BIOS o Outras opes 3
4. o Formatos o Drivers e utilitrios o Barramentos Drivers da
placa- ISA me MCA, EISA e VLB Drivers do chipset PCI Drivers 3D PC
Card Drivers de som, (PCMCIA) modem e outros AMR e CNR Utilitrios e
AGP benchmark PCI Express o Suporte a hardware no Como o PCI Linux
Express funciona Drivers Dentro do proprietrios chipset Opes de
boot As linhas de Captulo 10: Vdeo e placas 3D dados e os o FPS,
V-Sync e tearing perifricos o Recursos Express Clock na GPU Mini e
Fill rate ExpressCar Unidades de vertex d shader PCI Unidades de
pixel Express 2.0 shader USB Unidades de Firewire (IEEE shader
unificadas 1394) Texture Mapping WUSB Units (TMUs) o Endereos de
IRQ e Raster Operation DMA Units (ROPs) APIC Tipo de memria DMA e
I/O Freqncia deCaptulo 4: Memrias memria e largura o Formatos do
barramento o Tecnologias utilizadas Quantidade de Memrias memria
Regulares DirectX e OpenGL Memrias FPM Antialiasing e Memrias EDO
Anisotropic Memrias SDRAM Filtering Memrias DDR SLI Memrias DDR2
CrossFire Memrias DDR3 TurboCache e o Identificando mdulos de
HyperMemory memria defeituosos o Chipsets 3D o Limites no NV40
endereamento da G70 memria G80 o Memria Flash R520 o Outras
tecnologias R600Captulo 5: HDs e o Manuteno 4
5. armazenamento o Chipsets de vdeo o Como um HD funciona
integrados A placa o Conectores: VGA x DVI controladora o
Monitores: LCD x CRT x Os discos Plasma x OLED Correo de erros o
Caractersticas dos e badblocks Monitores LCD Desempenho o Monitores
USB? Tempo de Captulo 11: Notebooks busca o Categorias (Seek Time)
o UMPCs e MIDs Tempo de o Fabricantes latncia o Processadores
(Latency Pentium M Time) Soquetes Tempo de Core Duo e Core 2 Acesso
Duo (Access Celeron M Time) Processadores Head ULV Switch Time A
plataforma Taxa de Centrino transfernci Mobile Athlon 64 a interna
Mobile Sempron (Internal Turion 64 Transfer Turion X2 rate) Via C3
e C7 NCQ AMD Geode Cache o Chipsets 3D (Buffer) Chipsets onboard
MTBF e Chipsets service life dedicados e placas o As interfaces
offboard IDE ATI SATA nVidia SCSI o Barebones SAS o Drivers As
barreiras de Criando uma 8GB e 128GB imagem de o RAID recuperao Os
modos de o Baterias operao Chumbo cido As controladoras Ni-Cad o
Opes de Ni-MH armazenamento externo Li-ion o SSDs e HHDs Li-poly o
ReadyBoost e Clulas de ReadyDrive combustvel o O gigabyte de 1
bilho de Calculando a bytes capacidade e 5
6. o Drives de disquetes autonomiaCaptulo 6: Sistemas de
Captulo 12: Manuteno dearquivos e recuperao de notebooksdados o
Desmontagem e dicas o Formatao fsica o Desmontando um o Formatao
lgica Toshiba A70 FAT16 e FAT32 o Desmontando o HP Estruturas
6110NX Lgicas o Desmontando a tela NTFS o Localizando defeitos
Estruturas No liga lgicas do Instabilidade NTFS HD e DVD EXT3
Defeitos na tela o Recuperao de dados Modem e placa S.M.A.R.T.
wireless Criando uma o Comprando peas de imagem binria reposio no
exterior Reparando Apndice: Um resumo sobre parties redes e o
protocolo TCP/IP Recuperado a MBR e tabela de parties Recuperando
arquivos apagados Usando o Easy Recovery Usando o Photorec Outras
opes Eliminando dados com segurana Copiando dados de mdias
defeituosas 6
7. Introduo: Como um PC funcionaO primeiro PC foi lanado em
1981, pela IBM. A plataforma PC no aprimeira nem ser a ltima
plataforma de computadores pessoais, mas ela delonge a mais usada e
provavelmente continuar assim por mais algumasdcadas. Para a
maioria das pessoas, "PC" sinnimo de computador.Comeando do bsico,
existem duas maneiras de representar uma informao:analogicamente ou
digitalmente. Uma msica gravada em uma antiga fita K7 armazenada de
forma analgica, codificada na forma de uma grande onda desinais
magnticos, que podem assumir um nmero virtualmente ilimitado
defreqncias. Quando a fita tocada, o sinal magntico amplificado
enovamente convertido em som, gerando uma espcie de "eco" do
udiooriginalmente gravado.O grande problema que o sinal armazenado
na fita se degrada com o tempo,e existe sempre uma certa perda de
qualidade ao fazer cpias. Ao tirar vriascpias sucessivas, cpia da
cpia, voc acabava com uma verso muitodegradada da msica original.Ao
digitalizar a mesma msica, transformando-a em um arquivo MP3,
vocpode copi-la do PC para o MP3 player, e dele para outro PC,
sucessivamente,sem causar qualquer degradao. Voc pode perder alguma
qualidade aodigitalizar o udio, ou ao comprimir a faixa original,
gerando o arquivo MP3,mas a partir da pode reproduzir o arquivo
indefinidamente e fazer cpiasexatas.Isso possvel devido prpria
natureza do sistema digital, que permitearmazenar qualquer informao
na forma de uma seqncia de valorespositivos e negativos, ou seja,
na forma de uns e zeros.O nmero 181, por exemplo, pode ser
representado digitalmente como10110101; uma foto digitalizada
transformada em uma grande grade depixels e um valor de 8, 16 ou 24
bits usado para representar cada um; umvdeo transformado em uma
sequncia de imagens, tambm armazenadasna forma de pixels e assim
por diante.A grande vantagem do uso do sistema binrio que ele
permite armazenarinformaes com uma grande confiabilidade, em
praticamente qualquer tipo demdia; j que qualquer informao reduzida
a combinaes de apenas doisvalores diferentes. A informao pode ser
armazenada de forma magntica,como no caso dos HDs; de forma ptica,
como no caso dos CDs e DVDs ouat mesmo na forma de impulsos
eltricos, como no caso dos chips dememria flash. 7
8. Chips de memria flashCada um ou zero processado ou
armazenado chamado de "bit", contrao de"binary digit" ou "dgito
binrio". Um conjunto de 8 bits forma um byte, e umconjunto de 1024
bytes forma um kilobyte (ou kbyte).O nmero 1024 foi escolhido por
ser a potncia de 2 mais prxima de 1000. mais fcil para os
computadores trabalharem com mltiplos de dois do queusar o sistema
decimal como ns. Um conjunto de 1024 kbytes forma ummegabyte e um
conjunto de 1024 megabytes forma um gigabyte. Os prximosmltiplos so
o terabyte (1024 gigabytes) e o petabyte (1024 terabytes),exabyte,
zettabyte e o yottabyte, que equivale
a1.208.925.819.614.629.174.706.176 bytes. :) provvel que, com a
evoluo da informtica, daqui a algumas dcadas surjaalgum tipo de
unidade de armazenamento capaz de armazenar um yottabyteinteiro,
mas atualmente ele um nmero quase inatingvel.Para armazenar um
yottabyte inteiro, usando tecnologia atual, seria
necessrioconstruir uma estrutura colossal de servidores. Imagine
que, para manter oscustos baixos, fosse adotada uma estratgia
estilo Google, usando PCscomuns, com HDs IDE. Cada PC seria
equipado com dois HDs de 500 GB, oque resultaria em pouco menos de
1 terabyte por PC (no seria possvelchegar a exatamente 1 terabyte,
j que no existem HDs de 512 GB binriosno mercado, por isso vamos
arredondar).Estes PCs seriam ento organizados em enormes racks,
onde cada rack teriaespao para 1024 PCs. Os PCs de cada rack seriam
ligados a um conjunto deswitchs e cada grupo de switchs seria
ligado a um grande roteador. Uma vezligados em rede, os 1024 PCs
seriam configurados para atuar como umenorme cluster, trabalhando
como se fossem um nico sistema.Construiramos ento um enorme galpo,
capaz de comportar 1024 dessesracks, construindo uma malha de
switchs e roteadores capaz de lig-los emrede com um desempenho
minimamente aceitvel. Esse galpo precisa de umsistema de refrigerao
colossal, sem falar da energia consumida por mais deum milho de PCs
dentro dele, por isso construmos uma usina hidreltricapara
aliment-lo, represando um rio prximo.Com tudo isso, conseguiramos
montar uma estrutura computacional capaz dearmazenar 1 exabyte.
Ainda precisaramos construir mais 1.048.576 mega-datacenters como
esse para chegar a 1 yottabyte. Se toda a humanidade se 8
9. dividisse em grupos de 6.000 pessoas e cada grupo fosse
capaz de construirum ao longo de sua vida, deixando de lado outras
necessidades existenciais,poderamos chegar l. :PVoltando realidade,
usamos tambm os termos kbit, megabit e gigabit, pararepresentar
conjuntos de 1024 bits. Como um byte corresponde a 8 bits,
ummegabyte corresponde a 8 megabits e assim por diante. Quando voc
comprauma placa de rede de "100 megabits" est na verdade levando
para a casauma placa que transmite 12.5 megabytes por segundo, pois
cada byte tem 8bits.Quando vamos abreviar, tambm existe diferena.
Quando estamos falando dekbytes ou megabytes, abreviamos
respectivamente como KB e MB, semprecom o B maisculo.Por outro
lado, quando estamos falando de kbits ou megabits abreviamos
damesma forma, porm usando o B minsculo: Kb, Mb e assim por
diante.Parece s um daqueles detalhes sem importncia, mas esta uma
fonte demuitas confuses. Se algum anuncia no jornal que est
vendendo uma "placade rede de 1000 MB", est dando a entender que a
placa trabalha a 8000megabits e no a 1000.Os componentes
bsicosQualquer PC composto pelos mesmos componentes bsicos:
processador,memria, HD, placa-me, placa de vdeo e monitor. Essa
mesma divisobsica se aplica tambm a outros aparelhos eletrnicos,
como palmtops ecelulares. A principal diferena que neles os
componentes so integradosnuma nica placa de circuito (muitas vezes
no mesmo chip) e so utilizadoschips de memria flash no lugar do
HD.Antigamente, a placa-me funcionava apenas como um ponto
central,contendo os slots e barramentos usados pelos demais
componentes. Alm doprocessador e pentes de memria, era necessrio
comprar a placa de vdeo,placa de som, modem, rede, etc. Cada
componente era uma placa separada.Com a integrao dos componentes, a
placa-me passou a incluir cada vezmais componentes, dando origem s
placas "tudo onboard" que utilizamosatualmente (existem placas que
j vm at com o processador e chips dememria!). Isso permitiu que os
preos dos PCs cassem assustadoramente, jque, com menos componentes,
o custo de fabricao bem menor. Para quemquer mais desempenho ou
recursos, sempre possvel instalar placasadicionais, substituindo os
componentes onboard.Com o micro montado, o prximo passo instalar o
sistema operacional eprogramas, que finalmente vo permitir que ele
faa algo de til. Vamoscomear com um overview da funo de cada um
destes componentes: 9
10. ProcessadorO processador o crebro do micro, encarregado de
processar a maior partedas informaes. Ele tambm o componente onde
so usadas as tecnologiasde fabricao mais recentes.Existem no mundo
apenas quatro grandes empresas com tecnologia parafabricar
processadores competitivos para micros PC: a Intel (que domina
maisde 60% do mercado), a AMD (que disputa diretamente com a
Intel), a VIA (quefabrica os chips VIA C3 e C7, embora em pequenas
quantidades) e a IBM, queesporadicamente fabrica processadores para
outras empresas, como aTransmeta. Athlon X2 e Pentium DO
processador o componente mais complexo e freqentemente o mais
caro,mas ele no pode fazer nada sozinho. Como todo crebro, ele
precisa de umcorpo, que formado pelos outros componentes do micro,
incluindo memria,HD, placa de vdeo e de rede, monitor, teclado e
mouse.Dentro do mundo PC, tudo comeou com o 8088, lanado pela Intel
em 1979 eusado no primeiro PC, lanado pela IBM em 1981. Depois veio
o 286, lanadoem 1982, e o 386, lanado em 1985.O 386 pode ser
considerado o primeiro processador moderno, pois foi oprimeiro a
incluir o conjunto de instrues bsico, usado at os dias de hoje.
O486, que ainda faz parte das lembranas de muita gente que comprou
seuprimeiro computador durante a dcada de 1990, foi lanado em 1989,
masainda era comum encontrar micros com ele venda at por volta de
1997.Depois entramos na era atual, inaugurada pelo Pentium, que foi
lanado em1993, mas demorou alguns anos para se popularizar e
substituir os 486. Em1997 foi lanado o Pentium MMX, que deu um
ltimo flego plataforma.Depois, em 1997, veio o Pentium II, que
usava um encaixe diferente e por issoera incompatvel com as
placas-me antigas. A AMD soube aproveitar a 10
11. oportunidade, desenvolvendo o K6-2, um chip com uma
arquitetura similar aoPentium II, mas que era compatvel com as
placas soquete 7 antigas.A partir da as coisas passaram a acontecer
mais rpido. Em 1999 foi lanadoo Pentium III e em 2000 o Pentium 4,
que trouxe uma arquitetura bem diferentedos chips anteriores,
otimizada para permitir o lanamento de processadoresque trabalham a
freqncias mais altas.O ltimo Pentium III trabalhava a 1.0 GHz,
enquanto o Pentium 4 atingiurapidamente os 2.0 GHz, depois 3 GHz e
depois 3.5 GHz. O problema que oPentium 4 possua um desempenho por
ciclo de clock inferior a outrosprocessadores, o que faz com que a
alta freqncia de operao servissesimplesmente para equilibrar as
coisas. A primeira verso do Pentium 4operava a 1.3 GHz e, mesmo
assim, perdia para o Pentium III de 1.0 GHz emdiversas
aplicaes.Quanto mais alta a freqncia do processador, mais ele
esquenta e maisenergia consome, o que acaba se tornando um grande
problema. Quando aspossibilidades de aumento de clock do Pentium 4
se esgotaram, a Intel lanouo Pentium D, uma verso dual-core do
Pentium 4. Inicialmente os Pentium Deram caros, mas com o lanamento
do Core 2 Duo eles caram de preo epassaram a ser usados at mesmo em
micros de baixo custo. Os Pentium Deram vendidos sob um sistema de
numerao e no sob a freqncia real declock. O Pentium D 820, por
exemplo, opera a 2.8 GHz, enquanto o 840 operaa 3.2 GHz.Em 2003 a
Intel lanou o Pentium M, um chip derivado da antiga arquitetura
doPentium III, que consome pouca energia, esquenta pouco e mesmo
assimoferece um excelente desempenho. Um Pentium M de 1.4 GHz chega
asuperar um Pentium 4 de 2.6 GHz em diversas aplicaes.O Pentium M
foi desenvolvido originalmente para ser usado em notebooks,mas se
mostrou to eficiente que acabou sendo usado como base para
odesenvolvimento da plataforma Core, usada nos processadores Core 2
Duofabricados atualmente pela Intel. O Pentium 4 acabou se
revelando um becosem sada, descontinuado e condenado ao
esquecimento.Paralelamente a todos esses processadores, temos o
Celeron, uma versomais barata, mas com um desempenho um pouco
inferior, por ter menos cacheou outras limitaes. Na verdade, o
Celeron no uma famlia separada dechips, mas apenas um nome
comercial usado nas verses mais baratas (commetade ou um quarto do
cache) de vrios processadores Intel. ExistemCelerons baseados no
Pentium II, Pentium III, Pentium 4, Pentium M e tambmo Celeron 4xx,
que uma verso single-core (e com menos cache) do Core 2Duo.Para
efeito de comparao, entre os chips antigos e os atuais, um 486
tinhacerca de 1 milho de transistores e chegou a 133 MHz, enquanto
o PentiumMMX tinha 4.3 milhes e chegou a 233 MHz. Um Pentium 4
(Prescott) tem 125milhes e chegou aos 3.8 GHz, freqncia mais alta
atingida por um 11
12. processador Intel (ou AMD) lanado oficialmente at hoje,
recorde que deveser quebrado apenas em 2008 ou 2009.O transstor a
unidade bsica do processador, capaz de processar um bit decada vez.
Mais transistores permitem que o processador processe maisinstrues
de cada vez enquanto a freqncia de operao determina quantosciclos
de processamento so executados por segundo.Continuando, temos os
processadores da AMD. Ela comeou produzindoprocessadores 386 e 486,
muito similares aos da Intel, porm mais baratos.Quando a Intel
lanou o Pentium, que exigia o uso de novas placas-me, aAMD lanou o
"5x86", um 486 de 133 MHz, que foi bastante popular, servindocomo
uma opo barata de upgrade. Embora o "5x86" e o clock de 133
MHzdessem a entender que se tratava de um processador com um
desempenhosimilar a um Pentium 133, o desempenho era muito
inferior, mal concorrendocom um Pentium 66. Este foi o primeiro de
uma srie de exemplos, tanto dolado da AMD, quanto do lado da Intel,
em que existiu uma diferena gritanteentre o desempenho de dois
processadores do mesmo clock. Embora seja umitem importante, a
freqncia de operao no um indicador direto dodesempenho do
processador.Uma analogia poderia ser feita em relao aos motores de
carro. Os motoresde 1.6 do final da dcada de 70, usados nas
Braslias e nos Fuscas, tinham 44cavalos de potncia, enquanto os
motores 1.0 atuais chegam a mais de 70cavalos. Alm da capacidade
cbica, existem muitos outros fatores, como aeficincia do sistema de
injeo de ar e combustvel, taxa de compresso,refrigerao, etc.Depois
do 5x68 a AMD lanou o K5, um processador similar ao Pentium, masque
no fez tanto sucesso. Ele foi seguido pelo K6 e mais tarde pelo
K6-2, quenovamente fez bastante sucesso, servido como uma opo de
processador debaixo custo e, ao mesmo tempo, como uma opo de
upgrade para quem tinhaum Pentium ou Pentium MMX.Esta era do K6-2
foi uma poca negra da informtica, no pelo processador emsi (que
excluindo o desempenho em jogos, tinha um bom custo-benefcio),
maspelas placas-me baratas que inundaram o mercado. Aproveitando o
baixocusto do processador, os fabricantes passaram a desenvolver
placas cada vezmais baratas (e de qualidade cada vez pior) para
vender mais, oferecendo PCsde baixo custo. A poca foi marcada por
aberraes. Um certo fabricantechegou a lanar uma famlia de placas
sem cache L2, que pifavam em mdiadepois de um ano de uso.As coisas
voltaram aos trilhos com o Athlon, que foi o primeiro
grandeprocessador (tanto em desempenho, quanto em tamanho :) da
AMD. A primeiraverso usava um formato de cartucho (slot A) similar
ao Pentium II, masincompatvel com as placas para ele. Ele foi
sucedido pelo Athlon Thunderbird,que passou a usar o formato de
soquete utilizado (com atualizaes) at osdias de hoje. 12
13. Athlon XP, para placas soquete ACompetindo com o Celeron, a
AMD produziu o Duron, um processador debaixo custo, idntico ao
Athlon, mas com menos cache. Em 2005 o Athlon foidescontinuado e o
cargo foi herdado pelo Sempron, uma verso aperfeioadado Duron (com
mais cache e capaz de atingir freqncias mais altas), quepassou a
ser vendido segundo um ndice de desempenho (em relao aoPentium 4) e
no mais segundo o clock real.Por volta de 2000, surgiram as
primeiras notcias do "SledgeHammer", umprocessador de 64 bits, que
foi finalmente lanado em verso domstica naforma do Athlon 64, que
passou a ser o topo de linha da AMD. Apesar dasmudanas internas, o
Athlon 64 continua sendo compatvel com os programasde 32 bits, da
mesma forma que os processadores atuais so capazes de
rodarsoftwares da poca do 386, muito embora tenham incorporado
diversos novosrecursos.Na prtica, o fato de ser um processador de
64 bits no torna o Athlon 64gritantemente mais rpido, mesmo em
aplicativos otimizados (os ganhos dedesempenho surgem mais devido
ao controlador de memria integrado e aosnovos registradores). A
principal vantagem dos processadores de 64 bits derrubar uma
limitao inerente a todos os processadores de 32 bits, que socapazes
de acessar apenas 4 GB de memria RAM, um limite que est setornando
cada vez mais uma limitao grave em vrias reas.Os 4 GB de memria
podem no parecer um obstculo imediato, mas lembre-se de que h duas
dcadas os PCs eram vendidos com 128 KB de memria,h uma dcada j
vinham com 4 ou 8 MB, e hoje so vendidos com 512 MB oumais.O Athlon
64 deu origem ao Athlon X2, o primeiro processador dual-core daAMD,
onde temos dois processadores Athlon 64 no mesmo
encapsulamento,dividindo a carga de processamento e tambm o Turion,
que uma verso debaixo custo do Athlon 64, destinado a notebooks.
13
14. MemriaDepois do processador, temos a memria RAM, usada por
ele para armazenaros arquivos e programas que esto sendo
executados, como uma espcie demesa de trabalho. A quantidade de
memria RAM disponvel tem um grandeefeito sobre o desempenho, j que
sem memria RAM suficiente o sistemapassa a usar memria swap, que
muito mais lenta.A principal caracterstica da memria RAM que ela
voltil, ou seja, os dadosse perdem ao reiniciar o micro. por isso
que ao ligar necessrio semprerefazer todo o processo de
carregamento, em que o sistema operacional eaplicativos usados so
transferidos do HD para a memria, onde podem serexecutados pelo
processador.Os chips de memria so vendidos na forma de pentes de
memria. Existempentes de vrias capacidades, e normalmente as placas
possuem dois ou trsencaixes disponveis. Voc pode instalar um pente
de 512 MB junto com o de256 MB que veio no micro para ter um total
de 768 MB, por exemplo. Mdulo DDRAo contrrio do processador, que
extremamente complexo, os chips dememria so formados pela repetio
de uma estrutura bem simples, formadapor um par de um transstor e
um capacitor. Um transstor solitrio capaz deprocessar um nico bit
de cada vez, e o capacitor permite armazenar ainformao por um certo
tempo. Essa simplicidade faz com que os pentes dememria sejam muito
mais baratos que os processadores, principalmente selevarmos em
conta o nmero de transistores.Um pente de 1 GB geralmente composto
por 8 chips, cada um deles com umtotal de 1024 megabits, o que
equivale a 1024 milhes de transistores. UmAthlon 64 X2 tem "apenas"
233 milhes e custa bem mais caro que um pentede memria.Existem
basicamente dois tipos de memria em uso: SDR e DDR. As SDR soo tipo
tradicional, onde o controlador de memria realiza apenas uma
leiturapor ciclo, enquanto as DDR so mais rpidas, pois fazem duas
leituras por 14
15. ciclo. O desempenho no chega a dobrar, pois o acesso
inicial continuademorando o mesmo tempo, mas melhora bastante.Os
pentes de memria SDR so usados em micros antigos: Pentium II
ePentium III e os primeiros Athlons e Durons soquete A. Por no
serem maisfabricados, eles so atualmente muito mais raros e caros
que os DDR, algosemelhante ao que aconteceu com os antigos pentes
de 72 vias, usados napoca do Pentium 1. fcil diferenciar os pentes
SDR e DDR, pois os SDR possuem dois chanfrose os DDR apenas um.
Essa diferena faz com que tambm no seja possveltrocar as bolas,
encaixando por engano um pente DDR numa placa-me queuse SDR e
vice-versa (a menos que voc use um alicate e um martelo, mas aplaca
provavelmente no vai funcionar mais depois ;).Mais recentemente,
temos assistido a uma nova migrao, com a introduodos pentes de
memria DDR2. Neles, o barramento de acesso memriatrabalha ao dobro
da freqncia dos chips de memria propriamente ditos. Issopermite que
sejam realizadas duas operaes de leitura por ciclo, acessandodois
endereos diferentes.Como a capacidade de realizar duas
transferncias por ciclo introduzida nasmemrias DDR foi preservada,
as memrias DDR2 so capazes de realizar umtotal de 4 operaes de
leitura por ciclo, uma marca impressionante :). Existemainda alguns
ganhos secundrios, como o menor consumo eltrico, til emnotebooks.Os
pentes de memria DDR2 so incompatveis com as placas-me antigas.Eles
possuem um nmero maior de contatos (um total de 240, contra 184
dospentes DDR), e o chanfro central posicionado de forma diferente,
de formaque no seja possvel instal-los nas placas antigas por
engano. Muitos pentesso vendidos com um dissipador metlico, que
ajuda na dissipao do calor epermite que os mdulos operem a
freqncias mais altas. Mdulo DDR2Algumas placas (geralmente modelos
de baixo custo) possuem dois tipos desoquete, permitindo usar
mdulos SDR e DDR, DDR e DDR2 ou DDR2 eDDR3 de acordo com a
convenincia, mas sem misturar os dois tipos. Elas socomuns durante
os perodos de transio, quando uma tecnologia de memria 15
16. substituda por outra e podem ser uma opo interessante, j
que permitemaproveitar os mdulos antigos.De qualquer forma, apesar
de toda a evoluo a memria RAM continua sendomuito mais lenta que o
processador. Para atenuar a diferena, so usados doisnveis de cache,
includos no prprio processador: o cache L1 e o cache L2.O cache L1
extremamente rpido, trabalhando prximo freqncia nativado
processador. Na verdade, os dois trabalham na mesma freqncia, mas
sonecessrios alguns ciclos de clock para que a informao armazenada
no L1chegue at as unidades de processamento. No caso do Pentium 4,
chega-seao extremo de armazenar instrues j decodificadas no L1:
elas ocupam maisespao, mas eliminam este tempo inicial.De uma forma
geral, quanto mais rpido o cache, mais espao ele ocupa emenos
possvel incluir no processador. por isso que o Pentium 4
incluiapenas um total de 20 KB desse cache L1 ultra-rpido, contra
os 128 KB docache um pouco mais lento usado no Sempron.Em seguida
vem o cache L2, que mais lento tanto em termos de tempo deacesso (o
tempo necessrio para iniciar a transferncia) quanto em largura
debanda, mas bem mais econmico em termos de transistores,
permitindo queseja usado em maior quantidade.O volume de cache L2
usado varia muito de acordo com o processador.Enquanto a maior
parte dos modelos do Sempron utilizam apenas 256 KB, osmodelos mais
caros do Core 2 Duo possuem 4 MB completos.HDNo final das contas, a
memria RAM funciona como uma mesa de trabalho,cujo contedo
descartado a cada boot. Temos em seguida o disco rgido,tambm
chamado de hard disk (o termo em Ingls), HD ou at mesmo de"disco
duro" pelos nossos primos lusitanos. Ele serve como unidade
dearmazenamento permanente, guardando dados e programas.O HD
armazena os dados em discos magnticos que mantm a gravao porvrios
anos. Os discos giram a uma grande velocidade e um conjunto
decabeas de leitura, instaladas em um brao mvel faz o trabalho de
gravar ouacessar os dados em qualquer posio nos discos. Junto com o
CD-ROM, oHD um dos poucos componentes mecnicos ainda usados nos
micros atuaise, justamente por isso, o que normalmente dura menos
tempo (em mdia detrs a cinco anos de uso contnuo) e que inspira
mais cuidados. 16
17. Mecanismo interno do HDNa verdade, os discos magnticos dos
HDs so selados, pois a superfciemagntica onde so armazenados os
dados extremamente fina e sensvel.Qualquer gro de poeira que
chegasse aos discos poderia causar danos superfcie, devido enorme
velocidade de rotao dos discos. Fotos em que oHD aparece aberto so
apenas ilustrativas, no mundo real ele apenas umacaixa fechada sem
tanta graa.Apesar disso, importante notar que os HDs no so
fechadoshermeticamente, muito menos a vcuo, como muitos pensam. Um
pequenofiltro permite que o ar entra e saia, fazendo com que a
presso interna sejasempre igual do ambiente. O ar essencial para o
funcionamento do HD, jque ele necessrio para criar o "colcho de ar"
que evita que as cabeas deleitura toquem os
discos.Tradicionalmente, o sistema operacional era sempre instalado
no HD antes depoder ser usado. Enquanto est trabalhando, o sistema
precisa freqentementemodificar arquivos e configuraes, o que seria
impossvel num CD-ROM, jque os dados gravados nele no podem ser
alterados.Isso mudou com o aparecimento do Knoppix, Kurumin e
outras distribuiesLinux que rodam diretamente do CD-ROM. Neste
caso, um conjunto demodificaes "enganam" o sistema, fazendo com que
ele use a maior parte dosarquivos (os que no precisam ser
alterados) a partir do CD-ROM, e o restante(os que realmente
precisam ser alterados) a partir da memria RAM.Isto tem algumas
limitaes: as configuraes so perdidas ao desligar (amenos que voc as
salve em um pendrive ou em uma pasta do HD), pois tudo armazenado
na memria RAM, cujo contedo sempre perdido ao desligar omicro.
17
18. Mas, voltando funo do HD, imagine que, como a memria RAM
cara,voc compra sempre uma quantidade relativamente pequena,
geralmente de512 MB a 2 GB, de acordo com a aplicao a que o micro
se destina e ao seubolso. Por outro lado, voc dificilmente vai
encontrar um HD com menos que 80ou 120 GB venda. Ou seja, temos
centenas de vezes mais espao no HD doque na memria RAM.Bem
antigamente, nos anos 80, poca dos primeiros PCs, voc s podia
rodarprogramas que coubessem na memria RAM disponvel. Naquela poca,
amemria RAM era muito mais cara que hoje em dia, ento o mais comum
erausar 256 ou 512 KB (sim, kbytes, duas mil vezes menos que usamos
hoje,tempos difceis aqueles :). Os mais abonados tinham dinheiro
para comprar ummegabyte inteiro, mas nada alm disso.Se voc quisesse
rodar um programa com mais de 256 KB, tinha que comprarmais memria,
no tinha conversa. Sem outra escolha, os programadores seesforavam
para deixar seus programas o mais compactos possveis para queeles
rodassem nos micros com menos memria.Mais tarde, quando a Intel
estava desenvolvendo o 386, foi criado o recurso dememria virtual,
que permite simular a existncia de mais memria RAM,utilizando espao
do HD. A memria virtual pode ser armazenada em umarquivo
especialmente formatado no HD, ou em uma partio dedicada (comono
caso do Linux) e a eficincia com que ela usada varia bastante de
acordocom o sistema operacional, mas ela permite que o sistema
continuefuncionando, mesmo com pouca memria disponvel.O problema
que o HD muito mais lento que a memria RAM. Enquanto umsimples
mdulo DDR2-533 (PC2-4200) comunica-se com o processador a
umavelocidade terica de 4200 megabytes por segundo, a velocidade de
leiturasequencial dos HDs atuais (situao em que o HD mais rpido)
dificilmenteultrapassa a marca dos 100 MB/s.Existe um comando no
Linux que serve para mostrar de forma rpida odesempenho do HD, o
"hdparm". Quando o rodo no meu micro, que usa umHD SATA
relativamente recente, ele diz o seguinte:# hdparm -t
/dev/sda/dev/sda: Timing buffered disk reads: 184 MB in 3.02
seconds = 60.99 MB/secNo Windows, voc pode medir a taxa de leitura
sequencial do HD usando o HDTach, disponvel no
http://www.simplisoftware.com/. No se surpreenda com oresultado.
Como disse, o HD muito lento se comparado memria.Para piorar as
coisas, o tempo de acesso do HD (o tempo necessrio paralocalizar a
informao e iniciar a transferncia) absurdamente mais alto que oda
memria RAM. Enquanto na memria falamos em tempos de
acessoinferiores a 10 nanosegundos (milionsimos de segundo), a
maioria dos HDstrabalha com tempos de acesso superiores a 10
milissegundos. Isso faz comque o desempenho do HD seja muito mais
baixo ao ler pequenos arquivosespalhados pelo disco, como o caso da
memria virtual. Em muitas 18
19. situaes, o HD chega ao ponto de no ser capaz de atender a
mais do queduas ou trs centenas de requisies por segundo.A frmula
simples: quanto menos memria RAM, mais memria swap(memria virtual)
usada e mais lento o sistema fica. O processador, coitado,no pode
fazer nada alm de ficar esperando a boa vontade do HD em mandar
conta-gotas os dados de que ele precisa para trabalhar. Ou seja,
quandovoc compra um micro com um processador de 3 GHz e 256 MB de
RAM, vocest literalmente jogando dinheiro no lixo, pois o
processador vai ficar boa partedo tempo esperando pelo HD. Vender
micros novos com 256, ou pior, comapenas 128 MB de RAM, uma
atrocidade que deveria ser classificada comocrime contra a
humanidade. ;)Por outro lado, quando voc tem instalado mais memria
do que o sistemarealmente precisa, feito o inverso. Ao invs de
copiar arquivos da memriapara o HD, arquivos do HD, contendo os
programas, arquivos e bibliotecas quej foram anteriormente abertos
que so copiados para a memria, fazendocom que o acesso a eles passe
a ser instantneo. Os programas e arquivospassam a ser abertos de
forma gritantemente mais rpida, como se voctivesse um HD muito mais
rpido do que realmente .Esse recurso chamado de cache de disco e
(sobretudo no Linux) gerenciado de forma automtica pelo sistema,
usando a memria disponvel.Naturalmente, o cache de disco descartado
imediatamente quando amemria precisa ser usada para outras coisas.
Ele apenas uma forma deaproveitar o excedente de memria, sem causar
nenhum efeito desagradvel.Ironicamente, a forma mais eficiente de
melhorar o desempenho do HD, namaioria das aplicaes, instalar mais
memria, fazendo com que umaquantidade maior de arquivos possa ser
armazenada no cache de disco. porisso que servidores de arquivos,
servidores proxy e servidores de banco dedados costumam usar muita
memria RAM, em muitos casos 4 GB ou mais.Uma outra forma de
melhorar o desempenho do HD usar RAID, onde dois ouquatro HDs
passam a ser acessados como se fossem um s, multiplicando
avelocidade de leitura e gravao. Esse tipo de RAID, usado para
melhorar odesempenho, chamado de RAID 0. Existe ainda o RAID 1,
onde so usadosdois HDs, mas o segundo uma cpia exata do primeiro,
que garante que osdados no sejam perdidos no caso de algum problema
mecnico em qualquerum dos dois. O RAID tem se tornado um recurso
relativamente popular, j queatualmente a maioria das placas-me j vm
com controladoras RAID onboard. 19
20. Placa de vdeoDepois do processador, memria e HD, a placa de
vdeo provavelmente ocomponente mais importante do PC.
Originalmente, as placas de vdeo eramdispositivos simples, que se
limitavam a mostrar o contedo da memria devdeo no monitor. A memria
de vdeo continha um simples bitmap da imagematual, atualizada pelo
processador, e o RAMDAC (um conversor digital-analgico que faz
parte da placa de vdeo) lia a imagem periodicamente e aenviava ao
monitor.A resoluo mxima suportada pela placa de vdeo era limitada
pelaquantidade de memria de vdeo. Na poca, memria era um artigo
caro, deforma que as placas vinham com apenas 1 ou 2 MB. As placas
de 1 MBpermitiam usar no mximo 800x600 com 16 bits de cor, ou
1024x768 com 256cores. Estavam limitadas ao que cabia na memria de
vdeo.Esta da foto a seguir uma Trident 9440, uma placa de vdeo
muito comum noincio dos anos 90. Uma curiosidade que ela foi uma
das poucas placas devdeo "atualizveis" da histria. Ela vinha com
apenas dois chips de memria,totalizando 1 MB, mas era possvel
instalar mais dois, totalizando 2 MB. Hojeem dia, atualizar a
memria da placa de vdeo impossvel, j que as placasutilizam mdulos
BGA, que podem ser instalados apenas em fbrica. Trident 9440Em
seguida, as placas passaram a suportar recursos de acelerao,
quepermitem fazer coisas como mover janelas ou processar arquivos
de vdeo deforma a aliviar o processador principal. Esses recursos
melhoram bastante avelocidade de atualizao da tela (em 2D),
tornando o sistema bem maisresponsivo.Finalmente, as placas deram o
passo final, passando a suportar recursos 3D.Imagens em trs
dimenses so formadas por polgonos, formas geomtricascomo tringulos
e retngulos em diversos formatos. Qualquer objeto em umgame 3D
formado por um grande nmero destes polgonos, Cada polgonotem sua
posio na imagem, um tamanho e cor especficos. O "processador"
20
21. includo na placa, responsvel por todas estas funes chamado
de GPU(Graphics Processing Unit, ou unidade de processamento
grfico). Quase todo o processamento da imagem em games 3D feito
pela placa 3DPara tornar a imagem mais real, so tambm aplicadas
texturas sobre opolgonos. Uma textura nada mais do que uma imagem
2D comum, aplicadasobre um conjunto de polgonos. O uso de texturas
permite que um murorealmente tenha o aspecto de um muro de pedras,
por exemplo, j quepodemos usar a imagem de um muro real sobre os
polgonos.O uso das texturas no est limitado apenas a superfcies
planas. perfeitamente possvel moldar uma textura sobre uma esfera,
por exemplo.Quanto maior o nmero de polgonos usados e melhor a
qualidade das texturasaplicadas sobre eles, melhor ser a qualidade
final da imagem. Veja umexemplo de aplicao de texturas: 21
22. Polgonos e imagem finalizada (cortesia da nVidia)O processo
de criao de uma imagem tridimensional dividido em trsetapas,
chamadas de desenho, geometria e renderizao. Na primeira etapa,
criada uma descrio dos objetos que compem a imagem, ou seja:
quaispolgonos fazem parte da imagem, qual a forma e tamanho de cada
um, qual a posio de cada polgono na imagem, quais sero as cores
usadas e,finalmente, quais texturas e quais efeitos 3D sero
aplicados. Depois de feito o"projeto" entramos na fase de
geometria, onde a imagem efetivamente criadae armazenada na memria
da placa 3D.Ao final da etapa de geometria, todos os elementos que
compem a imagemesto prontos. O problema que eles esto armazenados
na memria da placade vdeo na forma de um conjunto de operaes
matemticas, coordenadas etexturas, que ainda precisam ser
transformadas na imagem que ser exibida nomonitor. aqui que
chegamos parte mais complexa e demorada do trabalho,que a
renderizao da imagem.Essa ltima etapa consiste em transformar as
informaes armazenadas namemria em uma imagem bidimensional que ser
mostrada no monitor. Oprocesso de renderizao muito mais complicado
do que parece; necessrio determinar (a partir do ponto de vista do
espectador) quaispolgonos esto visveis, aplicar os efeitos de
iluminao adequados, etc. 22
23. Apesar de o processador tambm ser capaz de criar imagens
tridimensionais,trabalhando sozinho ele no capaz de gerar imagens
de qualidade a grandesvelocidades (como as demandadas por jogos
complexos), pois tais imagensexigem um nmero absurdo de clculos e
processamento. Para piorar aindamais a situao, o processador tem
que ao mesmo tempo executar vriasoutras tarefas relacionadas com o
aplicativo.As placas aceleradoras 3D, por sua vez, possuem
processadores dedicados,cuja funo unicamente processar as imagens,
o que podem fazer com umavelocidade incrvel, deixando o processador
livre para executar outras tarefas.Com elas, possvel construir
imagens tridimensionais com uma velocidadesuficiente para criar
jogos complexos a um alto frame-rate.Depois dos jogos e aplicativos
profissionais, os prximos a aproveitarem asfunes 3D das placas de
vdeo foram os prprios sistemas operacionais. Aidia fundamental que,
apesar de toda a evoluo do hardware, continuamosusando interfaces
muito similares s dos sistemas operacionais do final dadcada de 80,
com janelas, cones e menus em 2D. Embora o monitor continuesendo
uma tela bidimensional, possvel criar a iluso de um ambiente 3D,
damesma forma que nos jogos, permitindo criar todo tipo de efeitos
interessantese, em alguns casos, at mesmo teis ;).No caso do
Windows Vista temos o Aero, enquanto no Linux a soluo maisusada o
AIGLX, disponvel na maioria das distribuies atuais:Efeito de cubo
do AIGLX, que permite alternar entre diversos desktops virtuaisCom
a evoluo das placas 3D, os games passaram a utilizar grficos
cadavez mais elaborados, explorando os recursos das placas
recentes. Isso criouum crculo vicioso, que faz com que voc precise
de uma placa razoavelmenterecente para jogar qualquer game atual.As
placas 3D atuais so praticamente um computador parte, pois alm
daqualidade generosa de memria RAM, acessada atravs de um
barramentomuito mais rpido que a do sistema, o chipset de vdeo
muito mais complexo 23
24. e absurdamente mais rpido que o processador principal no
processamento degrficos. O chipset de uma GeForce 7800 GT, por
exemplo, composto por302 milhes de transistores, mais do que
qualquer processador da poca emque foi lanada.As placas 3D offboard
tambm incluem uma quantidade generosa de memriade vdeo (512 MB ou
mais nos modelos mais recentes), acessada atravs deum barramento
muito rpido. O GPU (o chipset da placa) tambm muitopoderoso, de
forma que as duas coisas se combinam para oferecer umdesempenho
monstruoso.Com a introduo do PCI Express, surgiu tambm a
possibilidade de instalarduas, ou at mesmo quatro placas, ligadas
em SLI (no caso das placas nVidia)ou CrossFire (no caso das placas
AMD/ATI), o que oferece um desempenhoprximo do dobro (ou do
qudruplo) obtido por uma placa isolada. Aqui, porexemplo, temos
duas placas AMD/ATI X1950 em modo CrossFire: CrossFire com duas
placas AMD/ATI X1950Longe do mundo brilhante das placas de alto
desempenho, temos as placasonboard, que so de longe as mais comuns.
Elas so solues bem maissimples, onde o GPU integrado ao prprio
chipset da placa-me e, em vez deutilizar memria dedicada, como nas
placas offboard, utiliza parte da memriaRAM principal, que
"roubada" do sistema.Mesmo uma placa antiga, como a GeForce 4
Ti4600, tem 10.4 GB/s debarramento com a memria de vdeo, enquanto
ao usar um pente de memriaDDR PC 3200, temos apenas 3.2 GB/s de
barramento na memria principal,que ainda por cima precisa ser
compartilhado entre o vdeo e o processadorprincipal. O processador
lida bem com isso, graas aos caches L1 e L2, mas aplaca de vdeo
realmente no tem para onde correr. por isso que os chipsetsde vdeo
onboard so normalmente bem mais simples: mesmo um chip caro
ecomplexo no ofereceria um desempenho muito melhor, pois o grande
limitante o acesso memria.De uma forma geral, as placas de vdeo
onboard (pelo menos os modelos quedispem de drivers adequados)
atuais atendem bem s tarefas do dia-a-dia,com a grande vantagem do
custo. Elas tambm permitem rodar os games mais 24
25. antigos, apesar de, naturalmente, ficarem devendo nos
lanamentos recentes.As placas mais caras so reservadas a quem
realmente faz questo de rodaros games recentes com uma boa
qualidade. Existem ainda modelos de placas3D especficos para uso
profissional, como as nVidia Quadro. 25
26. Placa-meA placa-me o componente mais importante do micro,
pois ela aresponsvel pela comunicao entre todos os componentes.
Pela enormequantidade de chips, trilhas, capacitores e encaixes, a
placa-me tambm ocomponente que, de uma forma geral, mais d
defeitos. comum que um slotPCI pare de funcionar (embora os outros
continuem normais), que instalar umpente de memria no segundo
soquete faa o micro passar a travar, embora omesmo pente funcione
perfeitamente no primeiro e assim por diante.A maior parte dos
problemas de instabilidade e travamentos so causados porproblemas
diversos na placa-me, por isso ela o componente que deve
serescolhido com mais cuidado. Em geral, vale mais a pena investir
numa boaplaca-me e economizar nos demais componentes, do que o
contrrio.A qualidade da placa-me de longe mais importante que o
desempenho doprocessador. Voc mal vai perceber uma diferena de 20%
no clock doprocessador, mas com certeza vai perceber se o seu micro
comear a travar ouse a placa de vdeo onboard no tiver um bom
suporte no Linux, por exemplo.Ao montar um PC de baixo custo,
economize primeiro no processador, depoisna placa de vdeo, som e
outros perifricos. Deixe a placa-me por ltimo nocorte de
despesas.No se baseie apenas na marca da placa na hora de comprar,
mas tambm nofornecedor. Como muitos componentes entram no pas
ilegalmente, "viaParaguai", muito comum que lotes de placas
remanufaturadas ou defeituosasacabem chegando ao mercado. Muita
gente compra esses lotes, vende por umpreo um pouco abaixo do
mercado e depois desaparece. Outras lojassimplesmente vo vendendo
placas que sabem ser defeituosas at acharemalgum cliente que no
reclame. Muitas vezes os travamentos da placa soconfundidos com
"paus do Windows", de forma que sempre aparece algumdesavisado que
no percebe o problema.Antigamente existia a polmica entre as placas
com ou sem componentesonboard. Hoje em dia isso no existe mais,
pois todas as placas vm com some rede onboard. Apenas alguns
modelos no trazem vdeo onboard, atendendoao pblico que vai usar uma
placa 3D offboard e prefere uma placa mais barataou com mais slots
PCI do que com o vdeo onboard que, de qualquer forma,no vai usar.Os
conectores disponveis na placa esto muito relacionados ao nvel
deatualizao do equipamento. Placas atuais incluem conectores PCI
Expressx16, usados para a instalao de placas de vdeo offboard,
slots PCI Expressx1 e slots PCI, usados para a conexo de perifricos
diversos. Placas antigasno possuem slots PCI Express nem portas
SATA, oferecendo no lugar um slotAGP para a conexo da placa de vdeo
e duas ou quatro portas IDE para ainstalao dos HDs e drives pticos.
26
27. Temos ainda soquetes para a instalao dos mdulos de memria,
o soquetedo processador, o conector para a fonte de alimentao e o
painel traseiro, queagrupa os encaixes dos componentes onboard,
incluindo o conector VGA ouDVI do vdeo, conectores de som, conector
da rede e as portas USB.O soquete (ou slot) para o processador a
principal caracterstica da placa-me, pois indica com quais
processadores ela compatvel. Voc no podeinstalar um Athlon X2 em
uma placa soquete A (que compatvel com osantigos Athlons, Durons e
Semprons antigos), nem muito menos encaixar umSempron numa placa
soquete 478, destinada aos Pentium 4 e Celeronsantigos. O soquete
na verdade apenas um indcio de diferenas mais"estruturais" na
placa, incluindo o chipset usado, o layout das trilhas de
dados,etc. preciso desenvolver uma placa quase que inteiramente
diferente parasuportar um novo processador.Existem dois tipos de
portas para a conexo do HD: as portas IDE tradicionais,de 40 pinos
(chamadas de PATA, de "Parallel ATA") e os conectores SATA(Serial
ATA), que so muito menores. Muitas placas recentes incluem um
nicoconector PATA e quatro conectores SATA. Outras incluem as duas
portas IDEtradicionais e dois conectores SATA, e algumas j passam a
trazer apenasconectores SATA, deixando de lado os conectores
antigos.Existem ainda algumas placas "legacy free", que eliminam
tambm osconectores para o drive de disquete, portas seriais e porta
paralela, incluindoapenas as portas USB. Isso permite simplificar o
design das placas, reduzindoo custo de produo para o fabricante.
27
28. Placa soquete 775Tudo isso montado dentro do gabinete, que
contm outro componenteimportante: a fonte de alimentao. A funo da
fonte transformar a correntealternada da tomada em corrente contnua
(AC) j nas tenses corretas,usadas pelos componentes. Ela serve
tambm como uma ltima linha dedefesa contra picos de tenso e
instabilidade na corrente, depois do nobreakou estabilizador.Embora
quase sempre relegada a ltimo plano, a fonte outro
componenteessencial num PC atual. Com a evoluo das placas de vdeo e
dosprocessadores, os PCs consomem cada vez mais energia. Na poca
dos 486,as fontes mais vendidas tinham 200 watts ou menos, enquanto
as atuais tm apartir de 450 watts. Existem ainda fontes de maior
capacidade, especiais paraquem quer usar duas placas 3D de ponta em
SLI, que chegam a oferecer 1000watts!Uma fonte subdimensionada no
capaz de fornecer energia suficiente nosmomentos de pico, causando
desde erros diversos, provocados por falhas nofornecimento (o micro
trava ao tentar rodar um game pesado, ou trava sempredepois de
algum tempo de uso, por exemplo), ou, em casos mais graves, atmesmo
danos aos componentes. Uma fonte de m qualidade, obrigada a 28
29. trabalhar alm do suportado, pode literalmente explodir,
danificando a placa-me, memrias, HDs e outros componentes sensveis.
Micro montadoEvite comprar fontes muito baratas e, ao montar um
micro mais parrudo, invistanuma fonte de maior capacidade.No se
esquea tambm do aterramento, que outro fator importante,
masfreqentemente esquecido. O fio terra funciona como uma rota de
fuga parapicos de tenso provenientes da rede eltrica. A
eletricidade flui de uma formasimilar gua: vai sempre pelo caminho
mais fcil. Sem ter para onde ir, umraio vai torrar o estabilizador,
a fonte de alimentao e, com um pouco mais deazar, a placa-me e o
resto do micro. O fio terra evita isso, permitindo que
aeletricidade escoe por um caminho mais fcil, deixando todo o
equipamentointacto.O fio terra simplesmente uma barra de cobre com
dois a trs metros decomprimento, que cravada no solo, no meio de um
buraco de 20 cm delargura, preenchido com sal grosso e carvo.
Naturalmente, instalar o terra trabalho para o eletricista, j que
um aterramento mal feito pode ser maisprejudicial que no ter
aterramento algum. No acredite em crendices comousar um prego
fincado na parede ou um cano metlico como aterramento.Sem o terra,
o filtro de linha ou estabilizador perde grande parte de sua
funo,tornando-se mais um componente decorativo, que vai ser torrado
junto com oresto do equipamento, do que uma proteo real.Nas grandes
cidades, relativamente raro que os micros realmente queimempor
causa de raios, pois os transformadores e disjuntores oferecem
umaproteo razovel. Mas, pequenos picos de tenso so responsveis
porpequenos danos nos pentes de memria e outros componentes
sensveis, 29
30. danos que se acumulam, comprometendo a estabilidade e
abreviando a vidatil do equipamento.A longo prazo, o investimento
na instalao do terra e melhorias na instalaoeltrica acabam se
pagando com juros, principalmente se voc tem mais de
ummicro.Hardware x SoftwareOs computadores so muito bons em
armazenar informaes e fazer clculos,mas no so capazes de tomar
decises sozinhos. Sempre existe um serhumano orientando o
computador e dizendo a ele o que fazer a cada passo.Seja voc mesmo,
teclando e usando o mouse, ou, num nvel mais baixo, oprogramador
que escreveu os programas que voc est usando.Chegamos ento aos
softwares, gigantescas cadeias de instrues quepermitem que os
computadores faam coisas teis. a que entra o sistemaoperacional e,
depois dele, os programas que usamos no dia-a-dia.Um bom sistema
operacional invisvel. A funo dele detectar e utilizar ohardware da
mquina de forma eficiente, fornecendo uma base estvel sobre aqual
os programas que utilizamos no cotidiano possam ser usados. Como
dizLinus Torvalds, as pessoas no usam o sistema operacional, usam
osprogramas instalados. Quando voc se lembra que est usando um
sistemaoperacional, sinal de que alguma coisa no est funcionando
como deveria.O sistema operacional permite que o programador se
concentre em adicionarfunes teis, sem ficar se preocupando com que
tipo de placa de vdeo ouplaca de som voc tem. O programa diz que
quer mostrar uma janela na tela eponto; o modelo de placa de vdeo
que est instalado e que comandos sonecessrios para mostrar a janela
so problema do sistema operacional.Para acessar a placa de vdeo, ou
qualquer outro componente instalado, osistema operacional precisa
de um driver, que um pequeno programa quetrabalha como um
intrprete, permitindo que o sistema converse com odispositivo. Cada
placa de vdeo ou som possui um conjunto prprio derecursos e
comandos que permitem us-los. O driver converte esses
diferentescomandos em comandos padro, que so entendidos pelo
sistemaoperacional.Embora as duas coisas sejam igualmente
importantes, existe uma distinoentre o "hardware", que inclui todos
os componentes fsicos, como oprocessador, memria, placa-me, etc. e
o "software", que inclui o sistemaoperacional, os programas e todas
as informaes armazenadas. Como diz asabedoria popular, "hardware o
que voc chuta, e software o que vocxinga". :p 30
31. ArquiteturasNos primrdios da informtica, nas dcadas de 50,
60 e 70, vrios fabricantesdiferentes disputavam o mercado. Cada um
desenvolvia seus prprioscomputadores, que eram incompatveis entre
si. Tanto o hardware quanto ossoftwares para cada arquitetura no
funcionavam nas outras. Isso causavauma ineficincia generalizada,
pois cada fabricante tinha que desenvolver tudo,da placa-me ao
sistema operacional.No comeo dos anos 80, os fabricantes comearam a
se especializar. Surgiuento a plataforma PC, uma arquitetura aberta
que permite o uso de perifricosde diversos fabricantes e de
diferentes sistemas operacionais.O principal concorrente a Apple,
que produz os Macs. Ao contrrio dos PCs,eles possuem uma
arquitetura fechada. A Apple desenvolve tanto oscomputadores quanto
o sistema operacional.Naturalmente muita coisa terceirizada, e
vrias empresas desenvolvemprogramas e acessrios, mas como a Apple
precisa manter o controle de tudoe desenvolver muita coisa por
conta prpria, o custo dos Macs acaba sendomais alto que o dos PCs.
Isso faz com que (embora tenham seus atrativos)eles sejam muito
menos populares. Atualmente os Macs possuem menos de3% do mercado
mundial, o que significa uma proporo de mais de 30 PCspara cada
Mac.No incio da dcada de 80, a concorrncia era mais acirrada, e
muitos achavamque o modelo da Apple poderia prevalecer, mas no foi
o que aconteceu.Dentro da histria da informtica temos inmeras
histrias que mostram que ospadres abertos quase sempre prevalecem.
Um ambiente onde existem vriasempresas concorrendo entre si
favorece o desenvolvimento de produtosmelhores, o que cria uma
demanda maior e, graas economia de escala,permite preos mais
baixos.Como os micros PC possuem uma arquitetura aberta, diversos
fabricantesdiferentes podem participar, desenvolvendo seus prprios
componentesbaseados em padres j definidos. Temos ento uma lista
enorme decomponentes compatveis entre si, o que permite escolher as
melhores opesentre diversas marcas e modelos de
componentes.Qualquer novo fabricante, com uma placa-me mais barata
ou um processadormais rpido, por exemplo, pode entrar no mercado,
apenas uma questo decriar a demanda necessria. A concorrncia faz
com que os fabricantes sejamobrigados a trabalhar com uma margem de
lucro relativamente baixa,ganhando com base no volume de peas
vendidas, o que muito bom parans que compramos. 31
32. Um pouco sobre redesMontar uma rede j foi complicado e
caro. Hoje em dia, praticamente todas asplacas-me trazem placas de
rede onboard, e os cabos e switchs soextremamente baratos, o que
fez com que as redes se tornassemextremamente comuns, permitindo
compartilhar a conexo com a internet,transferir arquivos,
compartilhar impressoras e assim por diante. Como no falosobre a
configurao de redes em outros tpicos do livro, vou aproveitar
parafazer um apanhado geral sobre o assunto.O uso mais corriqueiro
compartilhar a conexo com a internet. Voc temapenas uma linha ADSL
ou apenas uma assinatura do servio de acesso viacabo e pode
acessar, ao mesmo tempo, a partir de todos os micros que tiverem
sua casa ou empresa. Neste caso um dos micros atua como um ponto
deencontro, enviando os pedidos de todos para a internet e
devolvendo asrespostas. Alm de compartilhar a conexo, este servidor
pode compartilhararquivos, servir como firewall (protegendo a rede
de acessos externos), rodarum proxy (que permite criar um cache de
arquivos e pginas acessados,melhorando a velocidade da conexo), alm
de outros servios.Outra necessidade comum compartilhar arquivos.
Antigamente (naquelapoca em que os micros tinham 512 KB de memria e
os homens eramhomens e escreviam seus prprios sistemas
operacionais) era usado oprotocolo DPL/DPC (disquete pra l,
disquete pra c), mas ele no era muitoeficiente, principalmente
quando o amigo que estava esperando os arquivosestava em outra
cidade.Hoje em dia, voc pode compartilhar arquivos entre micros
Windowssimplesmente ativando o "Compartilhamento de arquivos para
redes Microsoft"e o "Cliente para redes Microsoft" nas propriedades
da rede e compartilhandoas pastas desejadas (que passam a aparecer
no ambiente de rede para osoutros micros). No Linux, voc pode
compartilhar arquivos usando o Samba(que permite que os
compartilhamentos sejam acessados tambm pormquinas Windows), NFS ou
mesmo via SFTP (o mdulo de transferncia dearquivos do SSH).Os
componentes bsicos da rede so uma placa de rede para cada micro,
oscabos e o hub ou switch que serve como um ponto de encontro,
permitindo quetodos os micros se enxerguem e conversem entre si. As
placas de rede jforam componentes caros, mas como elas so
dispositivos relativamentesimples e o funcionamento baseado em
padres abertos, qualquer um podeabrir uma fbrica de placas de rede,
o que faz com que exista umaconcorrncia acirrada que obriga os
fabricantes a produzirem placas cada vezmais baratas e trabalhem
com margens de lucro cada vez mais estreitas. Asplacas de rede mais
baratas chegam a ser vendidas no atacado por menos detrs dlares. O
preo final um pouco mais alto naturalmente, mas no difcilachar
placas por 20 reais ou at menos. 32
33. Placa de rede PCITemos trs padres de redes Ethernet: de 10
megabits, 100 megabits e 1gigabit. As placas so intercompatveis,
mas, ao usar placas de velocidadesdiferentes, as duas vo conversar
na velocidade da placa mais lenta.As redes de 10 megabits so
obsoletas, mas ainda possvel encontrar muitasinstalaes antigas por
a. Caso a rede j use cabos de categoria 5 (o nmerovem decalcado no
cabo), possvel fazer um upgrade direto para 100megabits, trocando
apenas o hub e as placas. Cabo de rede categoria 5eLembre-se de que
a velocidade das placas calculada em bits e no em bytes.Uma rede de
100 megabits permite uma taxa de transmisso (terica) de 12.5MB/s.
Como alm dos dados so transmitidas outras informaes (a estruturados
pacotes, retransmisses, cdigos de correo de erros, etc.), a
velocidadena prtica fica sempre um pouco abaixo disso. Normalmente
possveltransferir arquivos a no mximo 10.5 MB/s, com a taxa mxima
variandosutilmente de acordo com a placa e o sistema operacional
usado.A opo para quem precisa de mais velocidade so as redes
Gigabit Ethernet,que transmitem a at 1000 megabits (125 megabytes)
por segundo. As placasgigabit atuais so compatveis com os mesmos
cabos de par tranadocategoria 5, usados pelas placas de 100
megabits, por isso a diferena decusto fica por conta apenas das
placas e do switch. Como hoje em dia amaioria das placas-me incluem
chipsets de rede gigabit onboard e os switchstambm esto caindo de
preo, elas esto se tornando cada vez mais comuns.Os cabos de rede
tambm so um artigo relativamente barato. Os cabos decategoria 5,
que usamos em redes de 100 ou 1000 megabits geralmentecustam em
torno de 80 centavos o metro, com mais alguns centavos porconector.
Os cabos de categoria 5e so construdos dentro de normas umpouco
mais estritas e normalmente custam o mesmo preo, por isso sosempre
preferveis. 33
34. Voc pode comprar quantos metros de cabo quiser, junto com o
nmeronecessrio de conectores, e crimpar os cabos voc mesmo, ou pode
compr-los j prontos. no caso dos cabos j crimpados que o preo comea
a variarde forma mais expressiva. Algumas lojas chegam a crimpar os
cabos na hora,cobrando apenas o valor do material, enquanto outras
vendem os cabos porpreos exorbitantes. Cabos de rede de diferentes
coresPara crimpar os cabos de rede, o primeiro passo descascar os
cabos,tomando cuidado para no ferir os fios internos, que so
frgeis. Normalmente,o alicate inclui uma salincia no canto da
guilhotina, que serve bem para isso.Existem tambm descascadores de
cabos especficos para cabos de rede. Descascando o cabo de rede
usando a salincia no prprio alicate possvel comprar alicates de
crimpagem razoveis por pouco mais de 50reais, mas existem alicates
de crimpagem para uso profissional que custambem mais. Existem
ainda "alicates" mais baratos, com o corpo feito de plstico,que so
mais baratos, mas no valem o papelo da embalagem. Alicates de
34
35. crimpagem precisam ser fortes e precisos, por isso evite
produtos muitobaratos.Os quatro pares do cabo so diferenciados por
cores. Um par laranja, outro azul, outro verde e o ltimo marrom. Um
dos cabos de cada par tem umacor slida e o outro mais claro ou
malhado, misturando a cor e pontos debranco. pelas cores que
diferenciamos os 8 fios.O segundo passo destranar os cabos,
deixando-os soltos. Eu prefirodescascar um pedao grande do cabo,
uns 6 centmetros, para poder organizaros cabos com mais facilidade
e depois cortar o excesso, deixando apenas ameia polegada de cabo
que entrar dentro do conector. O prprio alicate decrimpagem inclui
uma guilhotina para cortar os cabos, mas voc pode usaruma tesoura
se preferir.Existem dois padres para a ordem dos fios dentro do
conector, o EIA 568B (omais comum) e o EIA 568A. A diferena entre
os dois que a posio dospares de cabos laranja e verde so invertidos
dentro do conector.Existe muita discusso em relao com qual dos dois
"melhor", mas naprtica no existe diferena de conectividade entre os
dois padres. A nicaobservao que voc deve cabear toda a rede
utilizando o mesmo padro.Como o EIA 568B de longe o mais comum,
recomendo-o que voc utilize-oao crimpar seus prprios cabos. Muitos
cabos so certificados para apenas umdos dois padres; caso encontre
instrues referentes a isso nasespecificaes, ou decalcadas no prprio
cabo, crimpe os cabos usando opadro indicado.No padro EIA 568B, a
ordem dos fios dentro do conector (em ambos os ladosdo cabo) a
seguinte: 1- Branco com Laranja 2- Laranja 3- Branco com Verde 4-
Azul 5- Branco com Azul 6- Verde 7- Branco com Marrom 8- MarromOs
cabos so encaixados nesta ordem, com a trava do conector virada
parabaixo, como neste diagrama:Ou seja, se voc olhar o conector "de
cima", vendo a trava, o par de fios laranjaestar direita e, se
olhar o conector "de baixo", vendo os contatos, elesestaro
esquerda. 35
36. No caso de um cabo "reto" (straight), que vai ser usado
para ligar o micro aohub, voc usa esta mesma disposio nas duas
pontas do cabo. Existe aindaum outro tipo de cabo, chamado de
"cross-over", que permite ligar diretamentedois micros, sem
precisar do hub. Ele uma opo mais barata quando voctem apenas dois
micros. Neste tipo de cabo a posio dos fios diferente nosdois
conectores, de um dos lados a pinagem a mesma de um cabo de
redenormal, enquanto no outro a posio dos pares verde e laranja so
trocados.Da vem o nome cross-over, que significa, literalmente,
"cruzado na ponta".Para fazer um cabo cross-over, voc crimpa uma
das pontas seguindo opadro EIA 568B que vimos acima e a outra
utilizando o padro EIA 568A,onde so trocadas as posies dos pares
verde e laranja: 1- Branco com Verde 2- Verde 3- Branco com Laranja
4- Azul 5- Branco com Azul 6- Laranja 7- Branco com Marrom 8-
MarromEsta mudana faz com que os fios usados para transmitir dados
em um dosmicros sejam conectados aos pinos receptores do outro,
permitindo que elesconversem diretamente. A maioria dos hub/switchs
atuais capaz de"descruzar" os cabos automaticamente quando
necessrio, permitindo quevoc misture cabos normais e cabos
cross-over dentro do cabeamento da rede.Graas a isso, a rede vai
funcionar mesmo que voc use um cabo cross-overpara conectar um dos
micros ao hub por engano.Na hora de crimpar preciso fazer um pouco
de fora para que o conectorfique firme. A funo do alicate fornecer
presso suficiente para que os pinosdo conector RJ-45 (que
internamente possuem a forma de lminas) esmaguemos fios do cabo,
alcanando o fio de cobre e criando o contato. Voc deveretirar
apenas a capa externa do cabo e no descascar individualmente os
fios,pois isso, ao invs de ajudar, serviria apenas para causar mau
contato,deixando frouxo o encaixe com os pinos do conector. 36
37. Crimpando o cabo preciso um pouco de ateno ao cortar e
encaixar os fios dentro do conector,pois eles precisam ficar
perfeitamente retos. Isso demanda um pouco deprtica. No comeo, voc
vai sempre errar algumas vezes antes de conseguir.Veja que o que
protege os cabos contra as interferncias externas sojustamente as
tranas. A parte destranada que entra no conector o pontofraco do
cabo, onde ele mais vulnervel a todo tipo de interferncia. Por
isso, recomendvel deixar um espao menor possvel sem as tranas.
Paracrimpar cabos dentro do padro, voc precisa deixar menos de meia
polegadade cabo (1.27 cm) destranado. Voc s vai conseguir isso
cortando o excessode cabo solto antes de encaixar o conector, como
na foto:O primeiro teste para ver se os cabos foram crimpados
corretamente conectar um dos micros (ligado) ao hub e ver se os
LEDs da placa de rede e dohub acendem. Isso mostra que os sinais
eltricos enviados esto chegando ato hub e que ele foi capaz de
abrir um canal de comunicao com a placa. Se 37
38. os LEDs nem acenderem, ento no existe o que fazer. Corte os
conectores etente de novo. Infelizmente, os conectores so
descartveis: depois de crimparerrado uma vez, voc precisa usar
outro novo, aproveitando apenas o cabo.Mais um motivo para prestar
ateno. ;)Os cabos de rede devem ter um mnimo de 30 centmetros e um
mximo de100 metros, distncia mxima que o sinal eltrico percorre
antes que comece ahaver uma degradao que comprometa a
comunicao.Todas as placas so ligadas ao hub, ou ao switch, que
serve como umacentral, de onde os sinais de um micro so
retransmitidos para os demais. possvel tambm ligar vrios hubs ou
switchs entre si (at um mximo de 7),formando redes maiores. Um
exemplo de hub/switch baratoA diferena entre um hub e um switch que
o hub apenas retransmite tudo oque recebe para todos os micros
conectados a ele, um tagarela. Isso faz comque apenas um micro
consiga transmitir dados de cada vez e que todas asplacas precisem
operar na mesma velocidade (sempre nivelada por baixo, casovoc
coloque um micro com uma placa de 10 megabits na rede, a rede
todapassar a trabalhar a 10 megabits).Os switchs, por sua vez, so
aparelhos mais inteligentes. Eles fecham canaisexclusivos de
comunicao entre o micro que est enviando dados e o queest
recebendo, permitindo que vrios pares de micros troquem dados entre
siao mesmo tempo. Isso melhora bastante a velocidade em
redescongestionadas, com muitos micros.Antigamente, existia uma
grande diferena de preo entre os hubs burros e osswitchs, mas os
componentes caram tanto de preo que a partir de um certoponto a
diferena se tornou insignificante, e os fabricantes passaram a
fabricarapenas switchs, que por sua vez dividem-se em duas
categorias: os switchs"de verdade", aparelhos caros, capazes de
gerenciar o trfego de umaquantidade maior de micros e que possuem
vrias ferramentas degerenciamento e os "hub-switchs", os modelos
mais simples e baratos, queusamos no dia-a-dia. 38
39. Configurao da redeAssim como quase tudo na informtica, as
redes funcionam graas a umamistura de hardware e software. A parte
"fsica" da rede, que inclui as placas,cabos e switchs responsvel
por transportar os sinais eltricos de um microao outro. Para que
eles possam efetivamente se comunicar, necessrioutilizar um
conjunto de normas e protocolos, que especificam como
enviarinformaes e arquivos. Chegamos ento ao TCP/IP, o protocolo
comum quepermite que computadores rodando diferentes programas e
sistemasoperacionais falem a mesma lngua.Pense nas placas, hubs e
cabos como o sistema telefnico e no TCP/IP comoa lngua falada que
voc usa para realmente se comunicar. No adianta nadaligar para
algum na China que no saiba falar Portugus. Sua voz vai chegarat l,
mas a pessoa do outro lado no vai entender nada. Alm da lngua emsi,
existe um conjunto de padres, como por exemplo dizer "al" ao
atender otelefone, dizer quem , se despedir antes de desligar,
etc.Ligar os cabos e ver se os leds do hub e das placas esto acesos
o primeiropasso. O segundo configurar os endereos da rede para que
os microspossam conversar entre si, e o terceiro finalmente
compartilhar a internet,arquivos, impressoras e o que mais voc quer
que os outros micros da redetenham acesso.Graas ao TCP/IP, tanto o
Windows quanto o Linux e outros sistemasoperacionais em uso so
intercompatveis dentro da rede. No existe problemapara as mquinas
com o Windows acessarem a internet atravs da conexocompartilhada no
Linux, por exemplo.Independentemente do sistema operacional usado,
as informaes bsicaspara que ele possa acessar a internet atravs da
rede so:- Endereo IP: Os endereos IP identificam cada micro na
rede. A regra bsica que cada micro deve ter um endereo IP
diferente, e todos devem usarendereos dentro da mesma faixa.O
endereo IP dividido em duas partes. A primeira identifica a rede
qual ocomputador est conectado (necessrio, pois numa rede TCP/IP
podemos tervrias redes conectadas entre si, veja o caso da
internet), e a segundaidentifica o computador (chamado de host)
dentro da rede. como se o mesmoendereo contivesse o nmero do CEP
(que indica a cidade e a rua) e onmero da casa.A parte inicial do
endereo identifica a rede, enquanto a parte final identifica
ocomputador dentro da rede. Quando temos um endereo "192.168.0.1",
porexemplo, temos o micro "1" dentro da rede "192.168.0". Quando
algum diz"uso a faixa 192.168.0.x na minha rede", est querendo
dizer justamente queapenas o ltimo nmero muda de um micro para
outro. 39
40. Na verdade, os endereos IP so nmeros binrios, de 32 bits.
Para facilitar aconfigurao e a memorizao dos endereos, eles so
quebrados em 4nmeros de 8 bits cada um. Os 8 bits permitem 256
combinaes diferentes,por isso usamos 4 nmeros de 0 a 255 para
represent-los.Todos os endereos IP vlidos na internet possuem dono.
Seja algumaempresa ou alguma entidade certificadora que os fornece
junto com novoslinks. Por isso no podemos utilizar nenhum deles a
esmo.Quando voc conecta na internet, seu micro recebe um (e apenas
um)endereo IP vlido, emprestado pelo provedor de acesso, algo como
porexemplo "200.220.231.34". atravs desse nmero que outros
computadoresna Internet podem enviar informaes e arquivos para o
seu.Quando quiser configurar uma rede local, voc deve usar um dos
endereosreservados, endereos que no existem na internet e que por
isso podemosutilizar vontade em nossas redes particulares. Algumas
das faixas reservadasde endereos so: 10.x.x.x, 172.16.x.x at
172.31.x.x e 192.168.0.x at192.168.255.xVoc pode usar qualquer uma
dessas faixas de endereos na sua rede. Umafaixa de endereos das
mais usadas a 192.168.0.x, onde o "192.168.0." vaiser igual em
todos os micros da rede e muda apenas o ltimo nmero, quepode ser de
1 at 254 (o 0 e o 255 so reservados para o endereo da rede epara o
sinal de broadcast). Se voc tiver 4 micros na rede, os endereos
delespodem ser, por exemplo, 192.168.0.1, 192.168.0.2, 192.168.0.3
e 192.168.0.4.- Mscara de sub-rede: A mscara um componente
importante do endereoIP. ela que explica para o sistema operacional
como feita a diviso doendereo, ou seja, quais dos 4 octetos compem
o endereo da rede e quaiscontm o endereo do host, isto , o endereo
de cada micro dentro da rede.Ao contrrio do endereo IP, que formado
por valores entre 0 e 255, amscara de sub-rede formada por apenas
dois valores: 0 e 255, como em255.255.0.0 ou 255.0.0.0, onde um
valor 255 indica a parte do endereo IPreferente rede, e um valor 0
indica a parte do endereo IP referente ao hostdentro da rede.Se voc
est usando a faixa 192.168.0.x, por exemplo, que um endereo
declasse C, ento a mscara de sub-rede vai ser 255.255.255.0 para
todos osmicros. Voc poderia usar uma mscara diferente: 255.255.0.0
ou mesmo255.0.0.0, desde que a mscara seja a mesma em todos os
micros.Se voc tiver dois micros, 192.168.0.1 e 192.168.0.2, mas um
configurado coma mscara "255.255.255.0" e o outro com
"255.255.0.0", voc ter na verdadeduas redes diferentes. Um dos
micros ser o "1" conectado na rede"192.168.0", e o outro ser o
"0.2", conectado na rede "192.168".- Default Gateway (gateway
padro): Quando voc se conecta internetatravs de um provedor de
acesso qualquer, voc recebe apenas um endereoIP vlido. A princpio,
isso permitiria que apenas um micro acessasse a web, 40
41. mas possvel compartilhar a conexo entre vrios micros via
NAT, opodisponvel tanto no Windows quanto no Linux.Quando voc
compartilha a conexo entre vrios micros, apenas o servidorque est
compartilhando a conexo possui um endereo IP vlido, s ele"existe"
na internet. Todos os demais acessam atravs dele. O default
gatewayou gateway padro justamente o micro da rede que tem a
conexo, ele queos outros consultaro quando precisarem acessar
qualquer coisa na internet.Por exemplo, se voc montar uma rede
domstica com 4 PCs, usando osendereos IP 192.168.0.1, 192.168.0.2,
192.168.0.3 e 192.168.0.4, e o PC192.168.0.1 estiver compartilhando
o acesso internet, as outras trs estaesdevero ser configuradas para
utilizar o endereo 192.168.0.1 como gatewaypadro.- Servidor DNS:
Memorizar os 4 nmeros de um endereo IP muito maissimples do que
memorizar o endereo binrio. Mas, mesmo assim, fora osendereos
usados na sua rede interna, complicado sair decorando um montede
endereos diferentes.O DNS (domain name system) permite usar nomes
amigveis em