Grupo de Discussão - Inteligência Competitiva: teoria e prática

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INTELIGÊNCIA COMPETITIVATEORIA E PRÁTICA

Prof. Paula Carina de Araújopaula.carina.a@gmail.com

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL (UCS)CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAISCURSO DE BIBLIOTECONOMIAI SEMANA ACADÊMICA

Pesquisadora Junior – Knowtec (2008)Membro da equipe de coleta de dados e informações para inteligência competitiva.

Bibliotecária – Documentalista – Biblioteca de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná (2008- )Coordenadora da Biblioteca de Ciências Jurídicas (2011-2012 / 2015-atual)Coordenadora do Programa de Educação Continuada de Usuários (2014- atual)Membro da equipe de Gestão da Biblioteca Digital de Periódicos (2012-2015)Programa de Gestão do Conhecimento (2009-atual)Responsável pelo Serviço de Referência e Informação (2009-2015)Preparo Técnico de Obras Raras (2008-2009)

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

Docente – Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2013)Serviços ao UsuárioGerenciamento de Bibliotecas

Docente – Universidade de Caxias do Sul (2015-atual)Serviço de ReferênciaGeração e Utilização de Bases de DadosEstudo do Perfil do UsuárioFontes de Informação II

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

Inteligência – habilidade de um indivíduo, e por extensão de uma organização social de adquirir novas informações e conhecimento, fazer julgamentos, adaptar-se ao meio, desenvolver novos conceitos e estratégias e agir de modo racional e efetivo com base em informações adquiridas. (TARAPANOFF, 2004)

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

ETAPAS NA GERAÇÃO DE CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA

FIGURA 1 – ETAPAS NA GERAÇÃO DE CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIAFONTE: TJADEN (1996).

FIGURA 1 – CICLO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO

FONTE: Choo (2002, p. 24).

Aquisição de informação

Necessidades de informação

Organização e armazenamento

Uso da informação

Comportamento adaptativo

Disseminação da informação

Produtos/ serviços

de informação

Conceito“Gestão da informação (GI) é um conjunto de seis processos distintos, mas inter-relacionados [...]”. (CHOO, 2002)

GESTÃO DA INFORMAÇÃO

ORIGEMMeio militar – conhecer o inimigo

Planejamento estratégico

INTELIGÊNCIA + ESTRATÉGIA

INTELIGÊNCIA COMPETITIVA

CORRENTES

Francesa Monitoramento tecnológicoCompetitividade

AmericanaAnálise das informaçõesCompetitividade

INTELIGÊNCIA COMPETITIVA

BRASIL1990 – Profissionais da informação do Instituto

Nacional de Tecnologia (INT) (MARCIAL, 2005)

1996 – Curso de Informação e Estratégia. Parceria com uma Universidade Francesa. (COELHO et al., 2006)

1997-2002 – Ações voltadas para:criação de um núcleo de excelência em IC; oferta de serviços de IC; formação de recursos humanos. (COELHO et al., 2006)

INTELIGÊNCIA COMPETITIVA

“SABER ANTES”

CONCEITO

Tyson (1998, p. 1-3) diz que IC é:– um processo sistemático que transforma dados em

conhecimento estratégico;– são informações sobre as forças do mercado;– é a informação sobre produtos específicos e tecnologia;– composta por informações externas ao mercado;– capacidade de desenvolver uma compreensão das

estratégias e das mentalidades dos seus principais concorrentes

CONCEITO

“[...]processo sistemático e ético, ininterruptamente avaliado, de identificação, coleta, tratamento, análise e disseminação da informação estratégica para a organização, viabilizando seu uso no processo decisório. [...] A IC irá embasar a tomada de decisão pois gera recomendações que consideram eventos futuros e não somente relatórios para justificar decisões passadas. (GOMES E BRAGA, 2004)

CONCEITO

“[...] um processo informacional proativo que conduz à melhor tomada de decisão, seja ela estratégica ou operacional. É um processo sistemático que visa descobrir as forças que regem os negócios, para reduzir o risco e conduzir o tomador de decisão a agir antecipadamente, bem como proteger o conhecimento gerado. (ABRAIC, [2011]).

CONCEITO

CIÊNCIA DA INFORMAÇÃOGerenciamento de informações formais.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOFerramentas de gerenciamento de redes, informações e mineração de dados.

ADMINISTRAÇÃOEstratégia, marketing e gestão.

CONCEITO

• Conhecer a concorrência• Contribuir para a aprendizagem organizacional• Melhorar a qualidade e precisão das informações• Identificar oportunidades e ameaças• Reduzir riscos• Penetração em novos mercados• Tomar as melhores decisões (níveis estratégico e

tático)

POR QUE USAR IC?

“Criar uma posição exclusiva e valiosa, envolvendo um diferente conjunto de atividades. [...] É a criação de compatibilidade entre as atividades da empresa. Seu êxito depende do bom desempenho de muitas atividades e da integração entre elas”. (PORTER, 1999)

ESTRATÉGIA

A SCIP descreve o ciclo de IC como o processo pelo qual a informação bruta é adquirida, reunida, transmitida, avaliada, analisada e disponibilizada como inteligência para os decisores utilizarem na tomada de decisão e ação. (BOSE, 2008).

CICLO DE INTELIGÊNCIA

Planejamento e Direção

Coleta

AnáliseDisseminação

Avaliação

FIGURA – CICLO DE INTELIGÊNCIA DA SCIPFONTE: BOSE (2008, p. 513).

CICLO DE INTELIGÊNCIA

Planejamento e Direção

Coleta

AnáliseDisseminação

Avaliação

FIGURA – CICLO DE INTELIGÊNCIA DA SCIP : SUB-PROCESSO DE PLANEJAMENTO E DIREÇÃO FONTE: BOSE (2008, p. 513).

CICLO DE INTELIGÊNCIA

O QUE?Diagnóstico da empresaQuestões estratégicasNecessidades de informaçãoÁrea de monitoramentoEstabelecer um plano de coleta e análise

COMO?EntrevistaAnálise de documentos(HERRING, 2002)

PLANEJAMENTO E DIREÇÃO

Necessidade de inteligência do governo americanoKey Intelligence Topic – KITKey Intelligence Question – KIQ (HERRING, 2002)

Serviço de Referência e Informação

Qual o diferencial dos SRI oferecidos pelas

Universidades Federais do Sul do Brasil

Quais os pontos fracos das Universidades

Federais do Sul do Brasil com relação ao SRI?

Quais as oportunidades para oferecimento de

novos SRI nas bibliotecas do IF/SC?

PLANEJAMENTO E DIREÇÃO

MODO RESPONSIVOO usuário encaminha a necessidade

MODO PROATIVOO responsável pela unidade de IC faz a demanda(HERRING, 2002)

PLANEJAMENTO E DIREÇÃO

Planejamento e Direção

Coleta

AnáliseDisseminação

Avaliação

FIGURA – CICLO DE INTELIGÊNCIA DA SCIP: SUB-PROCESSO DE COLETAFONTE: BOSE (2008, p. 513).

COLETA

Tyson (1998) afirma que inúmeras fontes podem prover milhões de bits de informação. Na coleta, o objetivo não é coletar milhares de itens, mas somente aqueles necessários e valiosos.

COLETA

FIGURA – MODELO DE REPRESENTAÇÃO DO SUB-PROCESSO DE COLETA FONTE: ARAÚJO (2011)

COLETA

IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DE FONTES Fontes primárias

DiscursosRelatórios Entrevistas: fornecedores, clientes, etcObservações pessoais

Fontes secundáriasJornais e revistasArtigos científicos e livrosClippings e videos, etc.

COLETA

OBTENÇÃO DE INFORMAÇÃO– Tipo de fontes– Operadores boleanos– O que importa para o tomador de decisão?

COLETA

VALIDAÇÃO DE FONTES DE INFORMAÇÃOMatriz de classificação de fontes de informação

COLETA

ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃOPROJETOKIQKTPESQUISADORDATA DE RECEBIMENTO

DATA DE ENTREGAFONTELINKCONTEÚDO

COLETA

FIGURA – MODELO DE REPRESENTAÇÃO DO SUB-PROCESSO DE COLETA E DAS CONTRIBUIÇÕES DA GIFONTE: A AUTORA COM BASE NA PESQUISA

CONTRIBUIÇÕES DA GI PARA A IC

Planejamento e Direção

Coleta

AnáliseDisseminação

Avaliação

FIGURA – CICLO DE INTELIGÊNCIA DA SCIP: SUB-PROCESSO DE ANÁLISEFONTE: BOSE (2008, p. 513).

CICLO DE IC

Criação do produto de inteligênciaRequer especialistas

INFORMAÇÃOCONHECIMENTO

DO ANALISTAPRODUTOS DE INTELIGÊNCIA

FIGURA – ANÁLISE FONTE: ARAÚJO (2011)

ANÁLISE

TÉCNICAS DE ANÁLISE5 Forças de Porter

FIGURA – CINCO FOCAS DE PORTER

ANÁLISE

TÉCNICAS DE ANÁLISEANÁLISE SWOT

FIGURA – ANÁLISE SWOT

ANÁLISE

Planejamento e Direção

Coleta

AnáliseDisseminação

Avaliação

FIGURA – CICLO DE INTELIGÊNCIA DA SCIP: SUB-PROCESSO DE DISSEMINAÇÃOFONTE: BOSE (2008, p. 513).

CICLO DE IC

Foco no usuário

Cuidado com a Linguagem

Cuidado com a forma de apresentação

DISSEMINAÇÃO

E-mail, portais, alertas, etc.

PRODUTOS BÁSICOSPlanos de ação Sumários executivosAnálises de situação

PRODUTOS COMPLEXOSRelatórios analíticosTendênciasCenáriosProjeções estratégicasRelatórios ad-hoc

DISSEMINAÇÃO

Planejamento e Direção

Coleta

AnáliseDisseminação

Avaliação

FIGURA – CICLO DE INTELIGÊNCIA DA SCIP: SUB-PROCESSO DE AVALIAÇÃOFONTE: BOSE (2008, p. 513).

CICLO DE IC

Identificar os resultados obtidos; (GOMES; BRAGA, 2004)

Impacto do produto para o cliente.

Avalia dois aspectos:Desempenho dos sub-processos;Avaliação do cliente (uso do produto)

AVALIAÇÃO

SUGERE-SE:

Pesquisa de satisfação dos usuários;Avaliação econômica dos resultados obtidos;Análise de cada sub-processo;Aprimoramento de cada sub-processo.

AVALIAÇÃO

BIBLIOTECÁRIO E IC

“Bibliotecários são os especialistas da Comunidade de Inteligência dos Estados Unidos em adquirir, explorar e gerenciar recursos de informação. O Centro de Recursos Abertos está procurando candidatos com paixão pela inovação, serviços ao cliente e expertise em Biblioteconomia para se juntar à Biblioteca da CIA.Nossos bibliotecário tem um importante papel na missão de inteligência ao adquirir, pesquisar e tornal acessível os recursos de informação mais essenciais que vão ao encontro das necessidades da CIA e da comunidade de Inteligência”.

BIBLIOTECÁRIO NA CIA

“Os candidados interessados em um cargo de bibliotecário devem ter fortes habilidades em pelo menos uma área da Biblioteconomia: pesquisa, aquisição, catalogação, desenvolvimento de coleções ou gerenciamento de conteúdo”.

BIBLIOTECÁRIO NA CIA

Requisitos: Mestrado em Biblioteconomia ou Ciência da Informação, habilidades excelentes de comunicação, pensamento crítico, habilidade de análise, conhecimento documentado e/ou experiência de trabalho em pelo menos um área da Biblioteconomia.

BIBLIOTECÁRIO NA CIA

“Habilidades desejadas: curadoria de dados, gerenciamento de dados, gerenciamento de projetos ou software de gestão do conhecimento; bem como candidados com habilidades avançadas de leitura e pesquisa em Árabe, Chinês, Russo são desejadas”.

BIBLIOTECÁRIO NA CIA

Especialidade ou visão holística? Ou, quem sabe os dois para momentos diferentes da carreira?

REFLEXÃO

BIBLIOTECÁRIO E IC

Interagir com a equipe da Hershey para desenvolver ferramentas informacionais de coleta e análise de dados para avaliação da capacidades novas e existentes dos parceiros.

Formação: Bacharelado em Engenharia Industrial, Negócios internacionais; Gerenciamento de Negócios; Finanças; Engenharia; Bibliotecário Pesquisador ou áreas relacionadas.

BIBLIOTECÁRIO E IC

BIBLIOTECÁRIO E IC

Dar suporte para a equipe de desenvolvimento de coleções aperfeiçoando os metadados para a linha de produto da coleção princial da H.W. Wilson. Auxiliar para a atualização dos registros da coleção principal.

BIBLIOTECÁRIO E IC

Responsabilidades principais- Auxiliar na criação do catálogo de registros para a coleção principal H.W. Wilson – conforme necessário.- Contribuir para a indexação da coleção principal usando Sears e Sistema Classificação Decimal de Dewey;- Atualizar metadados associados com a coleção principal;- Ajudar a promover o sucesso da Coleção principal por meio de mídias sociais, inteligência competitiva e outros projetos.- Tarefas adicionais que lhe forem atribuídas.

BIBLIOTECÁRIO E IC

Requisitos- Matriculado em (ou recém formado) Curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação;- 1 ano de experiência com MS ACCESS;- 1 ano de experiência com Excel, Outlook e Word.

BIBLIOTECÁRIO E IC

BIBLIOTECÁRIO E IC

HABILIDADES ESSENCIAISSer fluente em inglês e outro idioma;

Boa comunicação e ser aberto ao compartilhamento de ideias;

Estar pronto para tomar decisões;

Ter visão holística dos processos e da organização;

Especializar-se em ao menos uma área da Biblioteconomia;

Atualizar-se SEMPRE.

Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva – ABRAICwww.abraic.org.br

Strategic and Competitive Intelligence Professionals – SCIPwww.scip.org

INSTITUIÇÕES

EMPRESAS QUE USAM IC

Especialidade ou visão holística? Ou, quem sabe os dois para momentos diferentes da carreira?

REFLEXÃO

A área de IC está em ascenção para os bibliotecários?

Vocês vêem na área de IC um mercado promissor?

REFLEXÃO

O Curso de Biblioteconomia da UCS está preparando profissionais para atuar nesta área?Como devo me preparar para concorrer às melhores vagas para bibliotecários?

REFLEXÃO

ARAÚJO, Paula Carina de. CASTILHO JUNIOR, Newton Corrêa de. Constribuições da gestão da informação para o sub-processo de coleta do processo de inteligência competitiva. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, v.4, n.2, p. 50-66, ul./dez. 2014.

BEIJERSE, R. Questions in knowledge management: defining and conceptualizing a phenomenon. Journal of Knowledge Management, v.3, n.2, 1999. p 94-109.

CHOO, Chun Wei. Information management for the intelligent organization: the art of scanning the environment. 3.ed. [s.l.]: ASIST, 2002.

DAVENPORT, T., PRUSAK, L. Ecologia da informação: por que só a tecnologia não basta para o sucesso na era da informação. São Paulo: Futura, 1998.

MORESI, Eduardo Amadeu Dutra. Monitoramento ambiental. In: TARAPANOFF, Kira (Org.). Inteligência organizacional e competitiva. Brasília: UNB, 2001. p. 93-109.

REFERÊNCIAS

PORTER, Michael E. A vantagem competitiva das nações. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

PORTER, Michael E.; MILLAR, Victor E. Como a informação proporciona vantagem competitiva. In: PORTER, Michael E. Competição: estratégias competitivas essenciais. 10. d. Rio de Janeiro: Campus, 1999. Cap. 3.

PRESCOTT, John E. The evaluation of competitive intelligence: designing a process for action. Proposal Management, p. 37-52, spring 1999.

SETZER, Valdemar. Dado, informação, conhecimento e competência. DataGramaZero: revista de ciência da informação, n. zero, dez. 1999. Disponível em: http://www.latec.uff.br/mestrado/01.Dado%20Informacao%20Conhecimento%20e%20Competencia.pdf Acesso em mar. 2009.

REFERÊNCIAS

TARAPANOFF, Kira. Inteligência social e inteligência competitiva. Enc. Bibli: r. eletr. bibliotec. ci. inf., Florianópolis, n. esp. 1. sem. 2004.

TJADEN, Gary S. Measuring the information age business. Technology Analysis & Strategic Management, v. 8, n. 3, p. 233-246, 1996.

TYSON, Kirk. The complete guide to competitive intelligence: gathering, analyzing, and using competitive intelligence. Chicago: Kirk Tyson International, 1998.

VALENTIM, Marta Lígia Pomim. Inteligência competitiva em organizações: dado, informação e conhecimento. Data Grama Zero, Rio de Janeiro, v.3., n.4, p.1-13, ago. 2002. Disponível em: http://www.dgz.org.br/ago02/F_I_art.htm Acesso em: 25 ago. 2008.

REFERÊNCIAS

Paula Carina de Araújopaula.carina.a@gmail.com

http://naeradainformacao.blogspot.com

ARAÚJO, Paula Carina de. Inteligência competitiva: teoria e prática , 2016. 65 slides.

COMO REFERENCIAR

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