Post on 25-Nov-2015
GRCIA ANTIGA
Grcia Antiga o termo geralmente usado para descrever, em seu perodo clssico antigo, o mundo
grego e reas prximas (como Chipre, Anatlia, sul da Itlia, da Frana e costa do mar Egeu, alm de
assentamentos gregos no litoral de outros pases ; como o Egito.
No existe uma data fixa ou sequer acordo quanto ao perodo em que se iniciou e terminou a Grcia Antiga. O uso comum situa toda histria grega anterior ao imprio
romano como pertencente a esse perodo, mas os historiadores usam o termo Grcia Antiga de modo
mais preciso.
GRCIA ANTIGA
Alguns escritores incluem o perodo minico e o perodo micnico (entre 1600 e 1100 a.C.) dentro da
Grcia Antiga, enquanto que outros argumentam que essas civilizaes eram to diferentes das culturas
gregas posteriores que, mesmo falando grego, devem ser classificadas parte.
Tradicionalmente, a Grcia Antiga abrange desde os
primeiros Jogos Olmpicos em 776 a.C. (alguns historiadores estendem o comeo para1000a.C.) at
morte de Alexandre, o Grande em 323 a.C.
PERODO PR-HOMRICO: Civilizao Creto-Micnica (cretenses +
aqueus); Cretenses: comrcio martimo, talassocracia
(poder nas mos de elite comerciante), escrita silbica (Linear A e Linear B), destaque para as mulheres;
Micnicos: Grcia Continental aqueus. Conquistaram os cretenses, porm assimilaram alguns de seus valores culturais;
Instalao dos vrios povos que formaram a Civilizao Grega: Aqueus, Elios, Jnios e Drios (violncia); 1 Dispora (Ilhas do Mar Egeu e sia
Menor) formao de colnias.
M I C E N A S C O R R E S P O N D E A O P E R O D O M A I S A N T I G O D A A R T E
G R E G A .
Micenas
Caracterizou-se principalmente pelo desenvolvimento da arquitetura, tendo como modelo o megaron micnico (sala
central do palcio de Micenas); contrariamente arquitetura minica, a micnica possui um forte sentido militar
onde se observam fortalezas rodeadas de muralhas edificadas em pedra com grande
preciso.
Micenas Acrpoles, cidadelas e muralhas ciclpicas
Detalhe das muralhas ciclpicas da cidadela de Micenas. Data: -1250.
Photo by Janice Siegel, 1998.
Galeria da muralha ciclpica de
Tirinto, Grcia. Data: -1300/-1200.
Cidades fortificadas. O povo cretense era mercador, os micnicos so guerreiros. Dspotas
e senhores feudais detm o poder.
A porta dos lees
Muralha de Tirinto
Muralhas de Tirinto
Runas da cidade: fortalezas, as pedras ciclpicas, o sentido de monumentalidade, as tumbas.
Entrada da Porta dos Lees (1),
muralhas ciclpicas (2), porta traseira
(3), crculo tumular A (4), palcio (5),
reservatrio subterrneo. O nmero 5
assinala o ptio do palcio; E, a sala
do trono; D, o megaron (salo
principal) com a lareira circular
cercada de colunas.
Reconstituio artstica da cidadela de Micenas, Grcia. Data: sc. -XIV.
Reconstruccin de Micenas, con la acrpolis y el Megarn en la parte
superior
No segundo milnio a.C., Micenas foi um dos maiores centros
da civilizao grega e uma potncia militar que dominou a maior
parte do sul da Grcia. O perodo da histria de cerca de 1600 a
cerca de 1100 a.C. chamado Micnico em reconhecimento
posio de liderana de Micenas
As runas da
Acrpole de Micenas
A Porta dos Lees, acesso norte da
acrpole de Micenas. Data: -1250.
Reconstituio artstica da cidadela de Tirinto. Data: -
1350/-1200. Annimo.
Runas do palcio minico de Kato Zakros, Creta, visto
do noroeste. Data: -1700/-1450.
A planta dos palcios
micnicos era mais
organizada que a
dos palcios cretenses.
Havia em geral uma sala
principal mgaron],
habitualmente ampla e
decorada com afrescos de
cores vivas, onde ficava o
trono do "rei" micnico.
Outros aposentos de
desenho
regular comunicavam-
se com ele, e de um ptio
interno chegava-
se ao mgaron atravs de
um ou mais prticos
colunados.
Megaron Micnico
Antigo megaron micnico, sala central dos palcios de Micenas a partir da qual concretizaram os estilos
arquitetnicos do que seria o tradicional templo grego
O megaron uma construo retangular com as paredes mais longas se projetando para formar um prtico em frente a um dos lados menores, onde h uma entrada.
Pode haver pilares para sustentao do teto. O mais antigo megaron conhecido o da fase pr-cermica B (-
7000/-6000) de Jeric, na srio-palestina.
Generalmente se
afirma que
el Megarn es el
antecedente directo del
templo griego clsico y
aunque desde un punto
de vista tipolgico
existen ciertas
similitudes, no
debemos obviar las
enormes diferencias en
cuanto a funcin y
simbologa que
presentan estas dos
construcciones.
Megaron micnico
Megaron
Runas atuais do mgaron do palcio de Micenas (Arglida). Data: -1400/-1350.
Megaron Do Palcio de Nestor
Reconstituio artstica com base em achados
arqueolgicos.
Quase todos os espaos do aposento tm algum tipo de decorao. As
paredes esto recobertas de afrescos
com lees, grifos e outros animais.
Vista lateral esquerda da "Sala do trono" de Cnossos e bacia
lustral. Palcio de Cnossos, Creta. Data: -1450. Mgaron do "Palcio de Nestor". Reconstituio
artstica com base em achados arqueolgicos em Anos
Englianos. Data: -1300/1200. Desenho: De Jong, 1960.
Reconstituio de um mgaron - "Palcio de Nestor" em Pilos
Aunque la palabra
megarn significa
el gran saln, los ejemplos micnicos
eran construcciones
de modesto tamao
(24x12m en el caso
de Micenas), de una
nica planta y
formadas por un
prtico de dos
columnas, un
estrecho vestbulo y
la sala principal con
coronada por una
entrada de luz
central.
Fundaes de uma casa particular localizada do lado de fora das muralhas
ciclpicas da cidadela de Micenas. Data: c. -1250.
Esboo da planta de uma casa
particular de Korakou, Grcia.
Data: -1550/-1100.
Palcios e casas particulares Palcios e casas particulares
Casas particulares
Ao redor dos palcios, no interior da cidadela, e tambm do
lado de fora, junto s muralhas, haviam vrias casas de planta
retangular e diversos cmodos, um deles habitualmente com
lareira.
Modelo de terracota de uma casa minica de Archanes, Creta,
vista por um dos lados. Data: -1700/-1600. Iraklion Museum.
As paredes eram de tijolo seco ao Sol, barro comprimido reforado com cascalho, vigas de madeira, ou uma
combinao disso; as fundaes eram de pedra, ou de simples cascalho misturado com barro.
O telhado era provavelmente plano, composto de uma estrutura de madeira recoberta de reboco ou terra - casas
dos cidados mais ricos e influentes da sociedade micnica; os mais pobres viviam em cabanas de um ou
dois cmodos situadas fora das muralhas.
O cho era de terra batida e o telhado, plano, era em geral recoberto de palha.
Crculos tumulares e tmulos-tholos
Crculos tumulares e tmulos-tholos
Tholos, ou tholoi no plural, so
monumentos megalticos tambm
chamados de monumentos de
falsa cpula. Os tholoi, apesar de
terem tambm uma cmara e
corredor diferem dos dlmens pela
forma como foram construdos..
Em vez de terem uma laje de
grandes dimenses a cobrir a
cpula, apresentam apenas
pequenas lajes de xisto, o que
tornava a cpula da cmara
menos resistente.
Para diminuir o perigo de
abatimento, utilizava-se por vezes
um pilar de madeira para
sustentar a cpula.
Apresentam tambm o corredor
formado por esteios ou por
pequenas lajes, formando uma
espcie de muro.
Abbada "cnica" de um tmulo tholos vista
do interior e a partir de baixo. Pilos, Grcia.
Data: -1350/-1100. Foto: Janice Siegel, 1999.
Interior de um tmulo de cmara (tholos), o "Tmulo do Leo" de Micenas.
Data: -1350. Foto: Janice Siegel, 1998.
Vista parcial do Crculo Tumular A de Micenas. Data: -1550/-1500.
O "Tesouro de Atreu"
Destacaram-se, durante o Perodo Micnico, as estruturas fnebres, as
cidadelas e os palcios; as casas particulares no apresentavam
nenhuma caracterstica especial.
Vista area do "tesouro de Atreu", o maior dos tholoi funerrios de
Micenas. Data: -1300/-1250.
O sugestivo nome desse tmulo foi dado por Schliemann,em 1876-1877, quando a descobriu; na realidade, a estrutura no tem
absolutamente nada a ver com o lendrio Atreu, pai dos heris
homricos Agammnon e Menelau.
O tesouro de Atreu O Tesouro de Atreu foi construdo no sculo XIII a.C. constitudo
por uma falsa cpula de 14,6 m de dimetro e 13,5 m de altura,
qual se tem acesso por um corredor em falsa abbada, com 10,5 m
de altura.
A entrada tambm se d por uma estrutura em falsa abbada cujo
formato encontrado em algumas estruturas do Egito antigo.
Nenhum outro edifcio de Micenas possui um acabamento to
refinado, com um corte to preciso dos blocos de rocha.
em planta e trs cortes.
http://www.mcad.edu/AICT/html/ ancient/AEG/AEG020.html
em planta e trs cortes.
http://www.mcad.edu/AICT/html/ ancient/AEG/AEG020.html
O tesouro de Atreu
Entrada de um tholos micnico. Tmulo de
Clitemnestra, Micenas. Data: c. -1300. Vista area do "tesouro de Atreu", um dos tmulos-tholos de
Micenas. Data: -1300/-1250. Foto: Janice Siegel, 1998.
Atreu, o pai de Agammnon, foi assassinado por Egisto, que se
apoderou do trono de Micenas e governou juntamente com o
seu pai Tiestes.
Durante este perodo, Agammnon e Menelau procuraram
refgio em Tndaro, rei de Esparta. Casaram-se com as filhas de
Tndaro, Clitemnestra e Helena, respectivamente...
Contudo, a histria da famlia
de Agammnon, indo at ao
lendrio rei Plops, tinha sido
manchada por violao,
assassnio, incesto, e traio.
Os Gregos acreditavam que este
passado violento lanou
infortnios sobre a inteira Casa
de Atreu.
Agammnon e Clitemnestra
tiveram cinco filhos: quatro
filhas, Ifignia, Electra,
Cristemis (alguns dizem que
era um rapaz, perfazendo trs
filhas e dois filhos), e Ifianissa
e um filho, Orestes.
Menelau sucedeu Tndaro em
Esparta, enquanto
Agammnon, com a ajuda do
irmo, expulsou Egisto e
Tiestes para recuperar o reino
do seu pai.
Ele alargou os seus domnios
pela conquista, e tornou-se no
prncipe mais poderoso da
Grcia..
Homero foi o primeiro grande poeta
grego que teria vivido h cerca de 3500
anos, consagrou o gnero pico com as
suas grandiosas obras: A Ilada e a
Odissia.
Nada se sabe seguramente da sua
existncia; mas a crtica moderna
inclina-se a crer que ele ter vivido no
sculo VIII a.C., embora sem poder
indicar onde nasceu nem confirmar a
sua pobreza, cegueira e af de viajante,
caracteres que tradicionalmente lhe
tm sido atribudos.
A opinio predominante ao longo dos
sculos afirma a unidade das duas
obras picas, embora admita que
talvez tenham sido elaboradas atravs
de um fundo original primitivo.
A Guerra de Tria
Contada nos poemas a Ilada e a
Odisseia, atribudos a Homero,
envolve o contexto de poca e
mitologia.
So os tempos homricos.
uma importante fonte de estudo
do perodo arcaico grego.
Expanso territorial
A Guerra de Tria marcou a expanso dos gregos no
domnio do mares. Constituindo-se numa talassocracia.
A chegada dos drios de forma violenta, provocou a
desorganizao da vida poltica, econmica e migraes
populacionais (a primeira dispora grega).
ARQUEOLOGIA
Muito se discutiu respeito do escrito de Homero, porm acredita-se que Tria (Ilion) existiu na
regio noroeste da Turquia, prximo ao estreito de Dardanelos.
O alemo Heirich Schliemann encontrou runas na plancie de Hissarlick, e proclamou a descoberta de
TRIA.(+)
Sitio arqueolgico
Heinrich Schielemann
Arqueologia
No local de escavao de Heinrich Schielemann foram encontradas vrias
camadas com cidades superpostas.
Os estudos sugerem que a Tria de Homero seja a 6 ou a 7 camada desvendada.
Os estudos dos detalhes das defesas da
cidade (muros, portes) e tipos de construo, favorecem essa hiptese.(+)
Projeto das escavaes
Tria
Projeto das Escavaes
Stios
I - 3000 aC - vila neoltica - estrutura elementar. II - 2500 a 2000 a.C. - pequena cidade com grande
Castelo. III IV V - 2000 a 1500 a.C. - 3 vilas destrudas
pouco aps fundao. VI - 1500 a 1250 a.C. - Grande cidade fortificada,
destruda por terremoto. VII 1500 - 1200 a.C. - Difcil de separar do estrato
VI devido ao incndio (Homrico). VIII Colnia - sculo VII a.C. - grega sem
fortificao. IX - Colnia- sculo IV Romana. (+)
POSSIBILIDADE DA GUERRA TER SIDO REAL
Devemos esclarecer que, nos termos do escrito de Homero, temos que ter f, devido
s intervenes divinas.
O Local foi encontrado.
Agamenon e Menelau so da realeza histrica da Grcia.(Casa de Atreu)
A Grcia dominou todo mar Egeu.
A luta por domnio era a regra geral nos tempos antigos.
Possibilidade real
O motivo Homrico, O rapto de Helena, pode ser puro romance dentro do contexto
de dominao.
Os tipos de armas e tipos de combates narrados por Homero esto dentro de uma lgica vivel, mesmo quando analisada sob
programas computadorizados - vide anlises de militares americanos. (+)
CAVALO DE TRIA
O famoso e emblemtico Presente de Grego, foi testado e militarmente
considerado vivel.
As anlises computadorizadas das foras existentes no conflito, indicam um empate
terico, o que, justificaria o longo perodo de cerco ( 10 anos).
Estudo das Tticas
Historiadores e militares de West Point nos EUA nos ilustram.
Estudos sobre a possibilidade da eficcia e realidade do cavalo.
Achados de reservas hdricas.
Analise das armas.
Cavalo de Tria
A Guerra de Tria
Segundo o poeta Homero a guerra foi causada pelo
rapto da princesa Helena de Troia (esposa do lendrio
rei Menelau), por Pris (filho do rei Pramo).
Isso ocorreu quando o prncipe troiano foi a Esparta,
em misso diplomtica, e acabou apaixonando-se por
Helena.
Pris havia recebido de Afrodite a recompensa de ter a
mulher mais bonita do mundo, que era Helena.
.
A Guerra de Tria
O rapto deixou Menelau enfurecido, fazendo com que este
organizasse um poderoso exrcito. O general Agamenon foi
designado para comandar o ataque aos troianos. Atravs do mar
Egeu, mais de mil navios foram enviados para Troia.
A lenda conta que a deusa (ninfa) do mar Ttis era desejada
como esposa por Zeus e por Poseidon.
Porm, Prometeu fez uma profecia que o filho da deusa seria
maior que seu pai, ento os deuses resolveram d-la como
esposa a Peleu, um mortal j idoso, tencionando enfraquecer o
filho, que seria apenas um humano.
A Guerra de Tria
O filho de ambos foi Aquiles, e sua me, visando fortalecer sua
natureza mortal, o mergulhou quando ainda beb nas guas do
mitolgico rio Estige.
As guas tornaram o heri invulnervel, exceto no calcanhar, por
onde a me o segurou para mergulh-lo no rio (da a expresso
"calcanhar de Aquiles", significando ponto vulnervel).
Aquiles se torna o mais poderoso dos guerreiros, porm, ainda
mortal. Mais tarde, sua me profetisa que ele poder escolher
entre dois destinos: lutar em Troia e alcanar a glria eterna,
mas morrer jovem, ou permanecer em sua terra natal e ter uma
longa vida, porm ser logo esquecido. Aquiles escolhe a glria.
Ttis - cerca 510500 a.C
Ttis e Aquiles Johann Balthasar Probst
Aquiles (escultura grega)
Aquiles (pouco convincente.....filme)
Para o casamento de Peleu e Ttis todos os deuses foram convidados, menos ris (ou Discrdia).
Ofendida, a deusa compareceu invisvel e deixou mesa um pomo de ouro com a inscrio " mais
bela".
As deusas Hera, Atena e Afrodite disputaram o ttulo de mais bela e o pomo.
Zeus no quis ser o juiz, para no descontentar duas das deusas, ento ordenou que o prncipe
troiano Pris, poca sendo criado como um pastor ali perto, resolvesse a disputa.
A Guerra de Tria
Eris
Para ganhar o ttulo de "mais bela", Atena ofereceu a Pris poder na batalha e sabedoria, Hera ofereceu riqueza
e poder e Afrodite, o amor da mulher mais bela do mundo.
Pris deu o pomo a Afrodite, ganhando sua proteo e o dio das outras duas deusas contra si e contra Troia.
A mulher mais bela do mundo era Helena, filha de Zeus e
de Leda, esposa de Menelau, rei de Esparta, que a conquistara disputando contra vrios outros reis
pretendentes com a ajuda de Ulisses (Odisseu) rei de taca e Agamenon rei supremo de Micenas e de toda a Grcia, tendo todos jurado lealdade ao marido de Helena
e sempre proteg-la, qualquer que fosse o vencedor da disputa.
A Guerra de Tria
Hera
Escultura de Hera no Louvre, uma cpia
romana do original helenstico.
Zeus e Hera
Carraci Sec XVI
Atena
Atena, cpia romana de original grego
atribudo a Fdias.Museu do Vaticano
Leda e o Cisne Leonardo da Vinci 1503/1504
Leda e o Cisne Corregio 1531/1532
A lenda
Juno, Vnus e Atena estariam dispostas a se digladiar pelo prmio!
Vnus ofereceu a Pris a mulher mais bela do mundo: Helena, esposa de Menelau e
levou o trofu, e tornou-se a Deusa da Beleza e do amor.
Menelau rei de Esparta, irmo do Rei Agamenon exigiu vingana, esse o motivo
Homrico da guerra.
Vnus, escolhida de Pris segundo Botticelli
Helena de Tria Evelyn de Morgan 1898
Quando Pris foi a Esparta em misso diplomtica, apaixonou-
se por Helena e ambos fugiram para Troia, enfurecendo
Menelau. Este foi pedir ajuda a seu irmo que, a conselho de
Nestor (rei de Pilos), um de seus conselheiros, apelou aos
antigos pretendentes de Helena, lembrando o juramento que
haviam feito.
Agamenon ento assumiu o comando de um exrcito de mil
navios e atravessou o mar Egeu para atacar Troia com o auxlio
de Ulsses (que fingiu-se de louco para no ir a guerra sabendo
que se partisse passaria 20 anos sem regressar a seu reino),
levando consigo grandes guerreiros como Aquiles, Ajax, o
pequeno Ajax, Diomedes, Idomeneu entre outros.
A Guerra de Tria
As naus gregas desembarcaram na praia prxima a Troia e
iniciaram um cerco que iria durar dez anos e custaria a vida a
muitos heris de ambos os lados. Dois dos mais notveis heris
a perderem a vida na guerra de Troia foram Heitor(que foi
morto por Aquiles por vingana por ter matado seu primo
Ptroclo) e Aquiles.
Finalmente, a cidade foi tomada graas ao artifcio concebido
por Odisseu (Ulisses): fingindo terem desistido da guerra, os
gregos embarcaram em seus navios, deixando na praia um
enorme cavalo de madeira, que os troianos decidiram levar para
o interior de sua cidade, como smbolo de sua vitria, apesar das
advertncias de Cassandra.
A Guerra de Tria
Agammnon descoberta por Schielemann
Ao
As armas dos Gregos eram insuficientes contra os muros de defesa de Tria.
O CERCO, provocou incurses troianas de contra-ataques e de sobrevivncia, e nesses episdios, sangrentas batalhas que, na hora
da definio sofriam interveno divina, prolongando ainda mais a guerra. (+)
Ao
Famosa a incurso Troiana que queimou parte da frota grega e matou Ptroclo.
Aquiles que estava farto da guerra ao ver seu amigo morto, retorna aos combates e mata Heitor.
Priamo necessita implorar pelo corpo e enterro digno do filho.
TABLAS
Como no jogo de xadrez, quando ningum consegue vencer, prope-se: Tablas!
Sem conseguir a vitria, atravs de uma batalha invasora, os gregos tramam um engodo: O Cavalo
de Tria.
Construdo com os destroos de navios destrudo pelos troianos, uma inovao de estratgia de
batalha imaginada. (+)
A Queda de Tria.
Aceitando o presente, os troianos carregam o Cavalo para o interior de sua
cidade.
O plano dera certo e os gregos abrem as portas de Tria e a invaso foi inevitvel.
Uma flecha caprichosa, acerta o tornozelo e mata Aquiles.
A destruio de Tria confirma a dominao dos gregos sobre o Mar Egeu.
noite, quando todos dormiam, os soldados gregos, que se
escondiam dentro da estrutura oca de madeira do cavalo, saram
e abriram os portes para que todo o exrcito (cujos navios
haviam retornado, secretamente, praia), invadisse a cidade.
Apanhados de surpresa, os troianos foram vencidos e a cidade
incendiada. As mulheres (inclusive a rainha Hcuba, a princesa
Cassandra e Andrmaca, viva de Heitor) foram escravizadas.
O rei Pramo e a maioria dos homens foram mortos (um dos
poucos sobreviventes foi Eneias, prncipe de Lirnesso que fugiu
de Troia carregado seu pai Anchises, j idoso, sobre os ombros).
A Guerra de Tria
E assim, Menelau
recuperou sua esposa,
Helena (tendo
matado Difobo, com
quem ela se casara, aps
a morte de Pris), e levou-
a de volta a Esparta.
Agamnon foi morto por
sua esposa que lhe roubou
o trono e Odisseu como
profetizado passou com o
fim da guerra (que durou
dez anos) mais dez anos
vagando pelo mar,
Procisso do Cavalo de Troia, 1773,
leo sobre tela
por Giovanni Domenico Tiepolo
at chegar a taca vestido
de mendigo para provar a
fidelidade de Penlope, sua
esposa, que estava cheia
de pretendentes ao
casamento e
consequentemente ao
trono, porem ela os
enganara durante 20 anos
at o retorno de seu marido
que ao descobrir tudo o que
se passou em sua
ausncia, matou seus
inimigos com a ajuda de
seu filho
Procisso do Cavalo de Troia, 1773,
leo sobre tela
por Giovanni Domenico Tiepolo
Escultura
Apesar da forte influncia cretense, a arte micnica desenvolveu elementos peculiares, distanciando-se
das influncias orientais; do Antigo Egito receberam influncias relacionadas com o culto dos mortos,
nomeadamente no que diz respeito construo de cmaras funerrias em pedra;
- A escultura foi uma modalidade pouco praticada. Destacam-se os relevos tumulares, cujos temas
eram cenas de caa e guerra, com as populares espirais interligadas;
Escultura
as esculturas em pequena escala, em terracota pintada, como as "deusas do lar" - phi e psi (figuras femininas de p, em diversas atitudes, e com grande
estilizao) e as "deusas domsticas" (estatuetas femininas pintadas, de base cilndrica, traos estilizados e braos levantados, e pequenas figuras de animais com
desenhos pintados)
e ainda as esculturas em grande escala associadas arquitetura (como a Porta dos Lees, em Micenas,
onde se vm dois lees virados para uma coluna micnica, inseridos na muralha defensiva. Neste
exemplo so notrias as semelhanas com a tradio da escultura mesopotmica, pela imponncia e severidade
formal);
P O R T A D A S L E O A S
Escultura Micnica
Alm dos poucos exemplos sobreviventes da escultura micnica em grande escala,
as obras mais importantes so os relevos esculpidos em pedra e marfim e as
estatuetas moldadas em argila e terracota.
Cabea de
mulher. Escultura
de gesso de
Micenas. Data: -
1300/-1200.
Atenas, National
Archaeological
Museum.
O "senhor de
Asine".
Cabea de
terracota de
sine. Data: -
1300/-1200.
The Museum
of Nauplia.
Simplicidade, austeridade, singeleza, conteno das expresses religiosas, ausncia de ornamentos, formas minimalistas
Perodo denominado Cyclades:
dolos esculpidos em mrmore que vo de poucos centmetros ao tamanho natural, com caractersticas abstratas: a cabea um ovide e o nico relevo o nariz;
Pequenas figuras de homens tocando lira ou flauta e mulheres segurando crianas.
Estatuetas femininas do Neoltico
Deusa-me neoltica. Estatueta de argila
de Nea Nikomedia, Macednia.
Data: -6000. Veroia, Archaeological Museum.
Informaes Suplementares
A presena de estatuetas femininas com traos
esquemticos e sinais de gravidez em diversos stios
neolticos sugere um paralelismo entre a fertilidade da
mulher e a fertilidade da terra, essencial para uma
cultura economicamente baseada na agricultura.
Devido s ndegas proeminentes, so muitas vezes
ditas "esteatopgeas" palavra grega que significa, literalmente, "de bumbum gordo" .
Essas figuras so em geral muito semelhantes s das
"vnus" paleolticas, possivelmente associadas
abundncia e renovao da natureza selvagem em
que viviam os caadores-coletores primitivos.
As primeiras ocorrncias dessa natureza em territrios
gregos datam do VI milnio a.C., aproximadamente. A
estatueta de Nea Nikomedia, uma das mais antigas,
foi descoberta em territrio posteriormente ocupado
pela Macednia. Os olhos amendoados da estatueta e
a arquitetura geral da imagem lembram exemplares
de deusas-mes encontrados em Hacilar, Anatlia;
esse um dos indcios de que os colonizadores
neolticos da Grcia podem ser oriundos dessa regio.
Compare essa representao de rtemis com uma antiga estatueta
neoltica e com outras representaes da senhora dos animais.
Deusa-me de atal Hik ladeada de animais A senhora dos animais
Deusa-me neoltica
Estatueta feminina de mrmore das Cclades.
Data: -4500/-4000. New York, Metropolitan
Museum of Art.
6500 / 1550 - Arte Pr-Helnica Grcia Continental
Obras de arte das culturas egias anteriores aos primeiros gregos, ou
contemporneas.
Reconstituio de figura humana
com forma semelhante a um
"canguru". Otzaki Magoula,
Tesslia. Data: c. -5000.
Deusa-me e criana
de Sesklo
Mulher amamentando
criana. Estatueta de
argila da acrpole de
Sesklo. Data: -4300/-
3300. Atenas, National
Archaeological Museum.
Homem sentado com falo ereto.
Estatueta de argila da Tesslia. Data: -
3300/-2500). Atenas, National
Archaeological Museum.
CHIPRE, CRETA, CCLADES
dolo de pedra em forma de falo. Caverna de Pelektia,
Zakros (Creta). Data: -5000/-2600. Cnia,
Archaeological Museum.
Vaso de pedra da Caverna Yerospilia, Creta. Data: -
5000/-2600. Cnia, Archaeological Museum.
Vaso de Cnia, Creta. Data: -5000/-2600. Cnia,
Archaeological Museum.
Figura humana assexuada com traos faciais
esquemticos. Estatueta de andesita de Omodos,
Chipre. Data: -5800/-2300. Nicosia, Cyprus Museum.
Bronze Antigo - CCLADES
A primeira fase da Idade do Bronze, denominada Bronze Antigo, comeou no
Egeu em -3000 e terminou por volta de -2000. Eis algumas obras de arte desse
perodo:
Vaso cicldico moldado em forma de urso
e decorado com motivos geomtricos.
Siros. Data: -2500/-2200. Atenas, National
Archaeological Museum.
"Frigideira" cicldica
Utenslio de terracota
conhecido por
"frigideira". Siros,
Cclades. Data: -2500/-
2200. Atenas, National
Archaeological Museum.
Auleta cicldico
Um auleta (tocador de aulos). Estatueta de mrmore
da ilha de Keros (Cclades). Data: -2400/-2200.
Atenas, National Archaeological Museum.
O harpista sentado
Homem sentado tocando harpa. Estatueta de mrmore das
Cclades. Data: -2800/-2700. New York, The Metropolitan
Museum of Art.
Estatueta feminina das Cclades
Estatueta feminina de mrmore atribuda ao Mestre
de Bastis, do tipo "Spedos tardio". Data: -2600/-2400.
New York, The Metropolitan Museum of Art.
Vasos cicldicos de mrmore
Vaso de mrmore de Akrotiri, Thera (Cclades). Data: -
3000/-2800. Thera Museum.
Duas deusas com uma criana. Estatueta de marfim de
Micenas. Data: -1500/-1400. Atenas, National Archaeological
Museum.
Grifo atacando veados. Pequena escultura em
marfim de uma pyxis (caixa de cosmtico). Tmulo
da acrpole de Atenas. Data: -1400/-1300. Atenas,
Stoa of Attalus Museum.
Estela micnica com espirais e cena de
caa. Relevo de calcreo encontrado
acima do tmulo de poo V. Micenas,
Crculo Tumular A. Data: -1550/-1500.
Atenas, National Archaeological
Museum.
"Boneca" micnica. Estatueta
feminina de terracota de
Micenas. Data: -1300/-1200. The
Museum of Nauplia.
"dolo" micnico. Estatueta
feminina de terracota de
Micenas. Data: -1300/-1200.
The Museum of Nauplia.
Pintura
A pintura micnica teve como principais temas a representao da
vida animal (como golfinhos, pssaros, cobras, touros e principalmente felinos,
como o leopardo e o leo e ainda animais herldicos, como grifos) onde
regra aparecerem com as patas dianteiras e traseiras esticadas,
smbolo de movimento; cenas de caa, guerra, da vida cotidiana e procisses
rituais.
Afresco com escudo "em
oito". Micenas, -1300/-1200.
As obras de arte anteriores a -1450 mostram uma
influncia to pronunciada da cultura minica que ,
frequentemente, difcil separar a arte micenica da arte
minica.
possvel at que muitos trabalhos hoje considerados
micnicos tenham sido criados por artistas cretenses
que trabalharam para os ricos aristocratas da Grcia
continental.
O gosto dos belicosos micnicos era um tanto diferente
do naturalismo, da vivacidade e do movimento das
obras minicas. "
Fresco micnico con una joven, donde queda evidente la influencia
cretense. Fue hallado en uno de los palacios o templos de Micenas y
se puede contemplar en el museo de dicha ciudad. S. XIII a. e.
Adoravam os temas ligados caa e guerra, e tinham uma
inconfundvel "queda" para o monumental e para a estilizao.
Essas caractersticas dominam praticamente todas as obras
produzidas entre -1450 e -1100.
Regra geral: quanto mais antiga a obra de arte, mais pronunciada a
influncia minica; quanto mais recente, mais definidas as
caractersticas prprias dos micnicos.
Uma frase feliz de Pedley resume bem o contraste entre as duas:
"Enquanto a figura minica se move no espao, a micnica [apenas]
o ocupa"
A arte micnica
Obras de arte anteriores a -1450 mostram
uma influncia to pronunciada da cultura
minica que , frequentemente, difcil separar
a arte grega da arte minica. possvel at
que muitos trabalhos hoje considerados
micnicos tenham sido criados por artistas
cretenses que trabalharam para os ricos
aristocratas da Grcia continental.
O gosto dos belicosos micnicos era um tanto
diferente do naturalismo, da vivacidade e do
movimento das obras minicas. Adoravam os
temas ligados caa e guerra, e tinham uma
inconfundvel "queda" para o monumental e
para a estilizao. Essas caractersticas
dominam praticamente todas as obras
produzidas entre -1450 e -1100. Duas mulheres em carruagem. Tirinto, -
1300/-1200. Ekdotike Athenon S.A.
Duas Mulheres em uma Carruagem
Duas mulheres em uma carrugem. Afresco do II
palcio micnico de Tirintos. Data: -1300/-1200.
Atenas, National Archaeological Museum.
Esta cena, com a
caracterstica rigidez e a falta de movimento, um
excelente exemplo do estilo micnico 'puro'. A no ser
pelas cores vivas, nada aqui lembra a alegre e naturalista
arte minica.
Pintura decorativa
As paredes dos palcios micnicos eram recobertas de figuras decorativas, pintadas com cores vivas e com dois
grifos deitados, motivo tipicamente micnico.
Regra geral:
Quanto mais antiga a obra de arte, mais pronunciada a
influncia minica; quanto mais recente, mais definidas as
caractersticas prprias dos micnicos. Uma frase feliz de
Pedley resume bem o contraste entre as duas: "Enquanto a
figura minica se move no espao, a micnica [apenas] o
ocupa" (Pedley, 1998).
De toda a produo artstica micnica, as obras mais notveis
foram: os enormes tmulos de cmara abobadada, as muralhas
das cidadelas, as enormes pinturas em cores vivas, as
esculturas em marfim e as joias.
GRCIA Grcia, Cclades e Chipre
Jarros zoomrficos
Trs askos zoomrficos (jarros) de terracota procedentes de Idalion,
Chipre. Datas: -1725/-1600 (E,centro), -1600/-1450 (D). New York, The
Metropolitan Museum of Art.
Vaso com olhos e mamilos
Jarro com olhos e mamilos de
Akrotiri (Tera). Data: -1600/-
1500. Atenas, National
Archaeological Museum.
GRCIA
Fachada da 'Casa do Oeste' de Akrotiri, Tera (Cclades).
Data: -2000/-1550.
A cermica miniana
Vasos minianos procedentes de Argos. Data: -2000/-
1630.
Cermica do Bronze Antigo. A: Santo Onofre, -3000/-
2500. B,C: Tria III, -2250/-2100. Um soldado troiano
Desenho de guerreiro com capacete em forma
de pssaro e faixa torcica. Caco de cermica
de Tria IIc. Data: -2600/-2250.
GRCIA Cermica
Jarro decorado no estilo floral do Palcio de
Kato Zakros. Data: -1600. Herakleion,
Archaeological Museum.
Jarro minico decorado no estilo floral. Festos.
Data: -1550/-1500. Iraklion, Archaeological Museum.
GRCIA
Pithos com plantas e machados duplos estilizados.
Data: -1550/-1500. Heraklion, Archaeological Museum.
Polvo estilizado. Frasco achatado de cermica de
Palaikastro no estilo marinho. Data: -1500/-1450.
Iraklion Archaeological Museum.
Cermica neoltica de Dimini
Vaso de cermica decorada com motivos
geomtricos de Dimini. Data: -4300/-3300.
Atenas, National Archaeological Museum.
Cermica de Nea Nicomedia e Sesklo
Vasos de cermica do Neoltico grego. A, Nea Nikomedia, -
5800/-5300. B, Sesklo, -5300/-4400.
GRCIA
Flores e plantas estilizadas. Jarro estilo palacial,
Minico Recente de Cnossos. Data: -1300/1200.
Iraklion, Herakleion Archeological Museum.
Vaso ritual (rhyton) em forma de touro. Vaso
de serpentina e madeira dourada de Cnossos.
Data: -1500/-1450. Iraklion Archaeological
Museum.
GRCIA
Parte superior de um vaso ritual (rhyton) de serpentina de
Hagia Triada. Data: -1500/-1450. Iraklion Archaeological
Museum.
Jarro de mrmore de Kato Zacros com duas asas
amplas e elevadas. Data: -1500/-1450. Iraklion
Archaeological Museum.
GRCIA Cermica :: -1550/-1100
A decorao da cermica micnica, ao longo de cinco sculos, variou desde os
padres naturalistas e estilizados, diretamente imitados da arte minica (primeira
fase, -1550/-1400), at os padres esquemticos da fase plena (-1400/-1200) e da
fase de declnio (-1200/-1100).
Primeira fase
Vasos micnicos
procedentes da Arglida.
Data: -1550/-1450 (A, B, C)
e -1450/-1400 (D). The
Museum of Nauplia.
GRCIA
nfora cretense de trs asas com flores estilizadas.
Data: -1450/-1400. Cnossos, Iraklion Archaeological
Museum.
Grande jarro micnico de estilo marinho de
Kakovatos, lida. Data: -1500/-1400. Atenas,
National Archaeological Museum.
GRCIA Segunda fase
Cratera micnica com palmeira. Acrpole de Atenas.
Data: c. -1450. Atenas, Acropolis Museum.
Vaso micnico com lrios de aafro. Acrpole de Atenas. Data:
-1400/-1300. Atenas, Acropolis Museum.
GRCIA
Vaso micnico "de estribo" com decorao geomtrica (estilo
padro). Tumba 37, acrpole de Ugarit (atual Ras Shamra). Data: -
1400/-1200. Paris, Muse du Louvre. Foto: Marie-Lan Nguyen, 2006.
Polvo estilizado. Cratera-nfora micnica
procedente de Chipre. Data: -1400/-1350.
Atenas, National Archaeological Museum.
Os vasos decorados eram um dos produtos mais
comercializados pelos micnicos e a carruagem
era um dos temas mais utilizados.
A Cratera de Zeus. Cratera-nfora
micnica procedente de Enkomi. Data: -
1400/-1350. Nicsia, Cyprus Museum.
Serpentes estilizadas e motivos geomtricos. Pyxis de terracota
decorada de Creta. Data: -1320/-1200. New York, The Metropolitan
Museum of Art.
nfora micnica com navio, conchas e animais. Enkomi, Chipre. Data: -1200/-
1100. Stockholm, Antikemuseum Gustav III.
Cermica decorada com formas lineares, espirais e curvilneas
C A B E A D E T O U R O
No registro, o desembarque de Teseu em Creta, mostrando
rapazes e moas que vieram com ele, de Atenas (Teseu no
mostrado nesta parte da imagem). No registro inferior, cena
da centauromaquia, luta entre os centauros e os lpitas.
O desembarque dos jovens
atenienses em Creta e a
centauromaquia.
O registro ao lado, representa a caa ao Javali de Clidon. Sob o javali, o corpo de Anteu; diante
do javali, Peleu e Meleagro; um pouco mais atrs, Melanto e Atalante (nomes inscritos). No
registro inferior, cena de corrida, parte dos jogos disputados no funeral de Ptroclo (Livro 23 da
Ilada). V-se, direita, a quadriga de Diomedes, e seu nome inscrito. Ao lado da quadriga de
trs, uma trpode, provavelmente o prmio do vencedor.
Caa ao javali de
Clidon e jogos
fnebres em honra
de Ptroclo.
A imagem representa uma cena
da Etipica, poema pico
perdido: jax carrega com
esforo o pesado cadver de
Aquiles, morto durante a guerra
de Tria pela interveno de
Apolo. Embora parea que jax
est levantando o corpo do
cho, na verdade ele est
correndo a posio das
pernas de jax apenas uma
conveno das pinturas dessa
poca para a representao do
ato de correr. Fig. 0281e. jax carrega o corpo de Aquiles. Os nomes esto inscritos
GRCIA
Clice micnico de p alto de Egina. Data: -1300/-1200.
Karlsruhe, Badisches Landesmuseum.
Cratera micnica com carruagem encontrada em
Chipre. Data: -1300/-1250. New York, The
Metropolitan Museum of Art.
Fase final
Vaso dos Guerreiros. Cratera da acrpole de Micenas. Data:
-1200/-1150. Atenas, National Archaeological Museum.
Jarro com polvo estilizado de Enkomi (Chipre). Data:
-1300/-1200. London, British Museum.
Espirais e cena de caa. Estela
de calcrio do Crculo Tumular A
de Micenas, -1550/-1500
Joalheria
So relativamente abundantes as joias e
trabalhos diversos em metal recuperados a partir
dos tmulos de poo e dos tmulos-tholos
micnicos. Aqui, as obras foram agrupadas de
acordo com a poca de sua criao: primeiro, o
perodo de mxima influncia minica, no fim do
Heldico Mdio (-1650/-1550); a seguir, o perodo
"formativo" e o apogeu, durante o Heldico
Recente (-1550/-1200); finalmente, a fase de
decadncia, entre -1200 e -1100.
Selo com imagem de navio
Navio minico. Selo lentide de pedra
(hematita?) de Cnossos (?). Data: -
1700/-1325.
Pingente de ouro com abelhas
Duas abelhas em volta de um favo de mel. Pingente de ouro do tmulo
de Chrysolakkos (perto de Mlia). Data: -1700/-1550. Iraklion
Archaeological Museum.
Cena representando um "salto do touro". Anel de ouro da
necrpole de Archanes, Creta. Data: -1550/-1400.
Cena de culto. Anel minico de ouro do tmulo-tholos A
de Archanes. Data: -1550/-1100.
Diversos recipientes de bronze do 'Tmulo-tholos A' de Archanes.
Data: -1400/-1100.
Carro de duas rodas puxado por um boi e um carneiro. Modelo de
bronze da Caverna de Psychro, Creta. Data: -1800/1100. Iraklion
Archaeological Museum.
Vaso de cristal de rocha em forma de pato. Tumba Omicron, Crculo
Tumular B de Micenas. Data: -1650/-1550. Atenas, Archaeological
National Museum.
Perfil de um guerreiro grego do Heldico
Mdio. Pequeno selo de ametista do Tmulo
Gama, Crculo tumular B de Micenas. Data: -
1650/-1550. Atenas, National Archaeological
Museum.
Cena de caa em anel de sinete de ouro. Data: -1550/-
1500. Micenas, tmulo em poo IV do Crculo Tumular
A. Atenas, National Archaeological Museum. Motivos florais e cabeas de touro. Taa de prata com
incrustaes de ouro e niello de Enkomi, Chipre. Data: -
1400. Nicsia, Cyprus Museum.
Homem dominando um touro. Taa de ouro com decorao em
relevo de Vafio, Lacnia. Data: -1500/-1400. Atenas, National
Archaeological Museum. Mscara morturia moldada em relevo em uma nica folha de ouro. Tmulo de poo V, crculo tumular A
de Micenas. Data: -1550/-1500. Atenas, National
Archaeological Museum.
Cabea de leoa. Vista lateral de rhyton de
ouro martelado. Micenas, Crculo Tumular A.
Data: -1600/-1500. Oxford, Ashmolean
Museum.
Diadema de ouro. Micenas, tmulo de poo III do Crculo Tumular
A. Data: -1550/-1500. Atenas, National Archaeological Museum.
Cena de caa. Adaga com lmina de bronze e incrustaes
em ouro, prata e niello. Micenas, tmulo em poo IV do
Crculo Tumular A. Data: -1550/-1500. Atenas, National
Archaeological Museum.
Deusa em seu trono, com uma taa nas mos, recebe
procisso de animais carregando jarros. Anel de sinete de
ouro de Tirinto. Data: -1500/-1400. Atenas, National
Archaeological Museum.
Diadema, placa bucal e colar com contas de ouro diante de um crnio. Estilo
micnico, Chipre. Data: c. -1100. Estocolmo, Antikemuseum Gustav III.
Dois abutres apoiados em um globo. Parte
superior de um cetro de ouro com
esmaltamento cloisonado da tumba real de
Kourion, Chipre. Data: sc. -1200/-1100.
Nicosia, Cyprus Museum.
Selos da "casa das telhas"
Impresso de selos encontrados na 'casa das telhas' de
Lerna, Arglida [ cf. R. Higgins - Minoan and Mycenaean Art
- London: Thames and Hudson, 1994, pg. 73]. Data: -2300/-
2200. Archaeological Museum of Argos.
"Molheira" de ouro
"Molheira" de ouro procedente de
Heraia (Arcdia). Data: -2200. Paris,
Muse du Louvre.
Formao do povo grego
RELEMBRANDO>>>>
Vrios povos de diferentes migraes, chegam a Grcia por volta de 2000 a.C. e cruzam-se com primitivos mediterrneos.
Ocupam toda a pennsula grega a partir de 1200 a.C., distribudos nos seguintes
grupos:
Aqueus, Elios, Jnios, Drios, etc...
Aqueus, pastores de origem indo-europia, chegaram a Grcia Central por volta de 2000 a.C. em busca de melhores pastagens. Ali se
estabeleceram tornando-se sedentrios, vivendo do pastoreio e da agricultura.
Formaram pequenos centros urbanos, cujo mais importante foi Micenas. Por volta de
1400 a.C., os Aqueus, dominaram por completo seus vizinhos cretenses, tomaram
Cnossos assimilando seu povo e cultura.
Junto com os Jnios, Elios e Drios, povos indo-europeus que chegaram a regio em
perodos desconhecidos, formaram a base do povo Grego.
Os Drios estabeleceram-se na regio do Peloponeso onde fundaram a Cidade-estado
de Esparta.
Os Jnios chegaram depois dos Drios e estabeleceram-se na regio central da Grcia.
Fundaram a cidade de Atenas.
Os Elios fixaram-se no norte da Grcia, acredita-se serem os fundadores da
Macednia.
INTRODUO ARTE GREGA
Arte grega abarca pouco mais de 1.500 anos de histria. Alguns eruditos certamente contestariam isso, uma vez que muitos deles no inclui o Perodo
Micnico na histria da arte grega.
Eu, pessoalmente, creio que tal atitude poderia ser at justificvel do ponto de
vista estritamente estilstico, mas no do ponto de vista histrico: os micnicos
eram reconhecidamente gregos.
GRCIA
Entenda-se por "arte grega" a arte de todos os povos que falaram
o grego desde -1550, pelo menos, at -30, poca em que se
estabeleceu a dominao romana de todo o Mediterrneo.
Aps a destruio dos palcios micnicos seguiram-se sculos
de pobreza cultural (-1100/-900), com a nica exceo da
pintura geomtrica na cermica ateniense. Os constantes
contatos entre os gregos e as avanadas civilizaes orientais (-
750/-600) inspiraram um verdadeiro renascimento artstico e
logo a arte grega desenvolveu caractersticas prprias e
inconfundveis.
GRCIA
Do ponto de vista cronolgico, a histria da arte grega pode ser organizada de acordo
com os seguintes perodos:
-1550 a -1100 - Perodo micnico
Temas ligados caa e guerra, monumentalidade, estilizao, grande
influncia da cultura minica.
-1100 a -750 - Idade das Trevas
Empobrecimento cultural. Aps -900, emergncia de estilos cermicos regionais
e dos primeiros templos de madeira.
-750 a -480 - Perodo Arcaico
Influncia oriental, uso da pedra em templos e edifcios pblicos, cermica com
cenas narrativas e esttuas em tamanho natural. Formas estticas e estilizadas,
domnio imperfeito da anatomia e da proporo.
GRCIA
-480 a -323 - Perodo Clssico
Amadurecimento e apogeu da arte grega. Templos e edifcios pblicos
monumentais, representao naturalista da figura humana, utilizao de
formas idealizadas de homens e mulheres em movimento.
-323 a -30 - Perodo Helenstico
Emergncia de centros artsticos fora da pennsula balcnica. Representao
das emoes, figuras com traos realistas e menos idealizados,
desenvolvimento do nu feminino, dos retratos, das casas particulares e do
planejamento urbano.
Imitada pelos romanos durante toda a Antiguidade e, aps a Idade Mdia
europeia, pelos artistas do Renascimento, do Neoclassicismo e de quase
todas as fases artsticas posteriores, a arte grega influencia at hoje os
diversos estilos da Arquitetura, Pintura e Escultura moderna.
GRCIA
ENQUANTO A ARTE EGPCIA UMA ARTE LIGADA AO ESPRITO, A ARTE GREGA LIGA-SE RAZO. A ARTE GREGA FOCADA NA BUSCA DO PRAZER PELO HOMEM, AO CONTRRIO DO QUE ERA PRATICADO NAS CIVILIZAES DA ANTIGUIDADE ORIENTAL, OS GREGOS BUSCAVAM O ANTROPOCENTRISMO, OU SEJA TODAS AS RESPOSTAS SO BUSCADAS NO HOMEM E NO NA F. SO AS PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DA ARTE GREGA: O RACIONALISMO ; A VALORIZAO DO BELO; DO CORPO HUMANO E TAMBM DE CENAS DA
MITOLOGIA.
ARTE GREGA
FORMAS ARTSTICAS
Os gregos criaram entre -1550 e -30 as mais variadas formas de arte,
desde as mais simples como as moedas, at as verdadeiramente
monumentais como templos, esttuas em tamanho natural e
maravilhosos relevos.
Muitas obras se perderam nos sculos seguintes graas a
sucessivos terremotos, incndios, demolies, guerras e saques.
Alm das perdas acidentais, houve tambm destruio intencional,
como o caso dos monumentos demolidos para a reutilizao do
mrmore em construes e o das esttuas de ouro e bronze
derretidas para aproveitamento do metal.
GRCIA
Formas Artsticas que se destacaram:
Escultura: esttuas livres, relevos arquitetnicos,
estelas fnebres
Arquitetura: cidadelas, templos e outras edificaes
pblicas e privadas
Cermica: vasos decorados
Pintura: pinturas em painis, afrescos e mosaicos
Formas diversas: trabalhos em metal, estatuetas,
moedas, joias
GRCIA
Perodo Arcaico
Perodo Geomtrico (1200 750 a.C.)
Perodo Arcaico (700 500 a.C.)
Perodo Pr-clssico (500 450 a.C.)
PERODO ARCAICO:
Consolidao das Cidades-Estado (Plis);
Evoluo geral das pleis:
Monarquia Oligarquia Tirania Democracia.
ESPARTA modelo oligrquico.
-Pennsula do Peloponeso;
-Sinecismo (unio) de tribos drias;
-Militarismo acentuado (cidados-soldados; Licurgo);
-Espartanos ou esparciatas: poder poltico, religioso e militar (cidadania);
-Periecos: povos dos arredores. Estrangeiros, comerciantes e artesos. Livres mas sem direitos polticos. Submetidos autoridade dos espartanos.
-Hilotas: servos do Estado. Sem direitos polticos e oprimidos pelos espartanos. Camponeses.
PERODO CLSSICO:
Guerras Mdicas (490 449 a.C);
Gregos* X Persas;
Confederao ou Liga de Delos;
Supremacia naval e financeira de Atenas;
461 429 a.C. (sc V a.C.) Auge de Atenas;
- Sculo de Pricles (Idade de Ouro);
- Soldo (Misthoy) para exrcito;
- Cargos pblicos remunerados;
- Imperialismo com cidades da Liga de Delos;
- Transferncia de recursos financeiros de Delos para Atenas.
Guerra do Peloponeso (431 404 a.C.)
- ESPARTA* X ATENAS;
- Crise da democracia e das Cidades-Estado gregas;
- Breves perodos de preponderncia de Esparta e posteriormente Tebas.
PERODO HELENSTICO: Domnio Macednico na Grcia;
Filipe II (359 336 a.C.) domnio da Grcia;
Alexandre (336 323 a.C.) conquistas territoriais amplas (Egito, Fencia, Palestina, Mesopotmia e Prsia), fundao de cidades (Alexandrias);
Aps a morte de Alexandre, Imprio esfacela-se entre disputas de generais;
Helenismo: fuso da cultura grega com oriental;
Artes plsticas realismo, violncia, dor, sensualidade;
Cincias PTOLOMEU (Geocentrismo) e ERASTSTENES (clculo da circunferncia da Terra);
Filosofia ZENO (Estoicismo aceitao), EPCURO (Epicurismo busca do prazer), PIRRO (Ceticismo no emitir julgamentos definitivos. Nada o que parece).
A CULTURA GREGA:
Teatro: tragdias e comdias. Ar livre, utilizao de mscaras e coros, atores homens. SQUILO, SFOCLES e EURPEDES (tragdias) e ARISTFONES (comdias);
Histria: HERDOTO (Guerras Mdicas), XENOFONTE e TUCDIDES (Guerra do Peloponeso);
Poesia: HOMERO (Ilada e Odissia), PNDARO (Jogos Olmpicos);
Filosofia: TALES, PITGORAS, PROTGORAS, SCRATES, PLATO e ARISTTELES;
Arquitetura: Estilos JNICO (elegncia, beleza), DRICO (funcionalidade e peso), CORNTIO (luxo, riqueza de detalhes);
Escultura: FDIAS e MIRN
Cincias: TALES e PITGORAS (matemtica), HIPCRATES (medicina);
Introduo arte arcaica
A crescente prosperidade das cidades gregas logo se fez notar na abundante produo artstica do Perodo Arcaico, graas aos contatos comerciais cada vez mais intensivos entre os gregos e as prsperas comunidades da Srio-Palestina, da Mesopotmia e do Egito.
O estilo geomtrico, caracterstico da Idade das Trevas, entrou em sua fase final por volta de -750. Entre -700 e -600, novos temas e novas tcnicas de origem oriental comearam a influenciar de forma decisiva a Arte Grega; os reflexos desse perodo, conhecido por Fase Orientalizante, se fizeram sentir nos anos seguintes em todas as formas de arte.
GRCIA
nfora com motivos geomtricos e figuras negras representando um cortejo fnebre.
Os efeitos mais notveis da influncia oriental podem ser observados
na cermica, particularmente nos vasos produzidos em Corinto, onde
se desenvolveu a tcnica "de figuras negras". Essa revolucionria
tcnica atingiu o apogeu em Atenas, entre -600 e -480, mas por volta
de -530 uma nova tcnica, a "de figuras vermelhas", criada na prpria
Atenas, comeou a suplantar a "de figuras negras".
As primeiras influncias orientais na escultura grega vieram da
Mesopotmia, com o estilo chamado "dedlico". A partir de -650,
porm, a influncia egpcia aparecia cada vez mais e culminou nas
famosas esttuas, em tamanho natural, de rapazes nus (gr. kouroi) e
de moas vestidas (gr. korai), usadas em monumentos funerrios e
nos templos.
GRCIA
Cermica
Cermica Grega do sc. V a.C.
Arcaico e Pr-clssico
Kouro e Kor da Acrpole
O perodo Arcaico (c. 600-500 a.C.) foi definido por uma progressiva urbanizao da Grcia, com o crescimento do comrcio e o estabelecimento das primeiras grandes cidades com sua aristocracia enriquecida.
Com isso se desenvolve tambm a arquitetura, e com ela a decorao
escultrica monumental, e o mrmore desloca a cermica como o material de
eleio, especialmente para as obras importantes.
A cultura florescia nas cortes dos tiranos, e ali se cristalizou um corpo de conceitos ticos e educativos que teriam reflexo na arte: a
paideia (), significando um processo de educao completa e integral que almejava a formao de um cidado exemplar apto para
assumir qualquer funo na sociedade, inclusive o governo supremo.
A paideia envolvia conceitos correlatos como a arete (), um conjunto de concepes a
respeito da nobreza de carter e aptido fsica e militar; a kalokagathia (), um ideal de equilbrio perfeito entre as virtudes
fsicas e morais associando beleza com bondade, e a sophrosine (), um ideal de
autocontrole, disciplina e moderao.
Tais conceitos so expressos na escultura atravs da desenvoltura tcnica recentemente conquistada
pelos artfices, e se torna aparente no porte majestoso e na atitude de inabalvel confiana e altivez
mostrada pelos kouroi deste perodo. Seu desenho ainda era resumido s feies essenciais, mas sinais de uma observao mais atenta da anatomia
se mostravam no progressivo detalhamento da musculatura e da estrutura subjacente do esqueleto,
com um modelado com maior profundidade e uma sugesto de
movimento real. Kouros Anavyssos, c. 530 a.C., Museu
Arqueolgico
Nacional de Atenas
. No caso das jovens, as korai, observa-se uma
variedade maior de atitudes e nos padres do drapeado
das vestes. A frontalidade permanece
como o cnone oficial, e desvios desta regra so raros
e podem ser atribudos a necessidades especficas da
pea. A kor de peplos. Esttua
de mrmore pintado.
Data: -530. Atenas,
Acropolis Museum.
O tipo do kouros se define por uma figura masculina nua, jovem e imberbe, com a perna
esquerda frente e os braos cados rigidamente junto ao corpo, com raras
variaes neste padro. A kor est sempre vestida, tambm uma jovem e tem os ps juntos, e sua postura tem
um pouco mais de variedade do que a sua contraparte masculina, e seus braos podem pender ou se dobrar, cruzando sobre o peito, ou se apenas um deles se move, pode estar
voltado para a frente.
Os kouroi no eram produzidos meramente com fins estticos, mas eram
oferendas religiosas colocadas em santurios, marcavam a tumba de
alguma personalidade ou eram monumentos pblicos, e no
representavam pessoas individualizadas, sendo antes a corporificao de algum ideal de beleza, honra, virtude, piedade
ou sacrifcio.
No caso das esttuas femininas (kore, plural korai) aparecem longos
peplos, mas nas masculinas (kouros,
plural kouroi) a nudez a regra.
Estes dois tipos permaneceriam
dominantes tambm ao longo de toda a fase
arcaica, junto com o da mulher vestida e sentada.
O kouros, com a sua anatomia completamente exposta, assumiu uma
importncia superlativa para o desenvolvimento da escultura, j que a
sociedade grega s viria a permitir a exposio do corpo feminino desnudo
em torno do sculo IV a.C..
Nos relevos, porm, aparecem maior
variedade de posies, figuras em grupos, seres mitolgicos e animais.
Para a representao do movimento nos relevos adotada uma frmula
similar usada nas pinturas de vasos do
perodo Geomtrico, com o peito e cabea
frontalizados, mas com a parte do corpo abaixo
da cintura em perfil.
Arcaico e Pr-clssico
Arcaico e Pr-clssico
Detalhe do Cavaleiro Rampin, com o
sorriso caracterstico do perodo
arcaico, c. 550 a.C. Museu da
Acrpole de Atenas
GRCIA Kouroi
O "Rapaz de Crtios". Esttua de mrmore
atribuda a Krtios. Data: -480. Atenas,
Acropolis Museum.
Nesta representao de um efebo ateniense a arte
arcaica do nu masculino chegou ao seu apogeu. Os
detalhes anatmicos so exatos e naturais; o eixo vertical
no mais rgido e rapaz se apia com naturalidade na
perna esquerda; o peso do corpo se concentra nessa
perna e o quadril balana com o avano compensador da
perna direita fletida
Segundo Boardman, "de agora em diante isto , aps -
480 uma esttua podia oferecer no somente um mero
substituto de um homem, mas uma imitao."
Esta esttua um dos marcos mais importantes da
Histria da Arte Ocidental.
GRCIA
Kouros de mrmore de Anavysos,
tica. Data: -530. Atenas, National
Archaeological Museum.
Na evoluo do kouros ao longo do
sculo -VI, o de Anavysos apresenta
ntida tridimensionalidade e
detalhamento. Est cada vez mais
distante da abstrao e do
geometrismo do incio do sculo e j
bem prximo do naturalismo do
incio do sculo -V , como se v pelo
dorso e pelas ndegas.
Fig. 0590a. Vista posterior
direita.
GRCIA
Kouros de mrmore da tica. Data: -
540/-530. Munique, Glyptothek.
Este kouros, ao contrrio da
maioria, tem os cabelos curtos;
assim como a maioria, tem a
musculatura bem marcada e pouco
natural.
GRCIA Este um dos mais antigos kouros do
Perodo Arcaico e marcava a sepultura de
um jovem aristocrata. Note-se a simetria dos
traos em torno de um eixo horizontal e de
eixos verticais, assim como a distribuio
equitativa do peso nas duas pernas. A
sobriedade dos traos faciais e o corpo liso
contrastam com o cabelo ricamente
esculpido, o que empresta um ar de
irrealidade e abstrao obra.
ntida a semelhana dos kouros mais antigos
com as esttuas egpcias.
Kouros de mrmore da tica. Data:
-590/-580. New York, The
Metropolitan Museum of Art.
Esttuas de jovens
("kouroi"): a figura feminina
"kore" , e a masculina,
"kouros". Ambas do
perodo arcaico, mas com
diferenas visveis
Durante o perodo arcaico, os escultores gregos desenvolveram a representao da figura humana, tornando-a mais realista. Iniciou-se a preocupao com os detalhes do corpo e das vestimentas.
Assim como faziam os egpcios, desenvolveram a representao de jovens ("kouroi"), fazendo esttuas para pedir ou agradecer.
Mas possvel notar no "kouros", masculino, o incio da definio dos msculos, as pernas separadas e um esboo de movimento.
Essas caractersticas levariam s regras de representao na Grcia Clssica.
GRCIA
A Kor de Eutdicos. Mrmore. Data: -
490. Atenas, Acropolis Museum.
Esta esttua estava em uma coluna com a inscrio
"Eutdicos, filho de Taliarcos, dedicou(-me)".
O corpo bem mais natural que nas korai dos anos
anteriores; os braos so rolios, os ombros e seios
bem entalhados e os traos do rosto so bem
marcados. Note-se a quase ausncia do "sorriso
arcaico" e a expresso fria e distante; representava
possivelmente uma divindade ou ento uma mulher
que no gostou nem um pouco de servir de
modelo...
Kourai
GRCIA
A kor de peplos. Esttua de
mrmore pintado. Data: -530. Atenas,
Acropolis Museum.
A esttua representa uma moa bem jovem, vestida com
um peplos sobre um quton; o brao esquerdo, perdido,
carregava provavelmente uma oferenda. Ainda so
visveis os restos da pintura original, principalmente no
cabelo e lbios. Notar tambm a simplicidade da roupa,
pouco drapeada, que contrasta com o rico arranjo dos
cabelos; e tambm a delicadeza dos traos faciais e do
tradicional sorriso arcaico. possvel que essa esttua
tenha sido feita pelo 'Mestre Rampin', autor de outra
famosa escultura datada de -550.
GRCIA
As prtides. Placa de marfim da Grcia
Continental (?). Data: -650/-600. New York, The
Metropolitan Museum of Art.
Nesta bela pea de marfim de estilo
dedlico foram esculpidas duas moas
quase despidas; o vestido da moa da
esquerda j est na cintura, e o da moa da
direita est praticamente retirado. A nudez
feminina, rarssima no alto Perodo Arcaico,
ilustra aqui, segundo alguns eruditos as
famosas prtides, filhas de Preto, rei de
Tirinto.
Quando o deus Dioniso tentava estabelecer
seu culto em toda a Grcia, encontrou
resistncia e teve que demonstrar vrias
vezes o seu poder para obter
reconhecimento. Em uma das verses da
lenda, logo depois que as prtides se
recusaram a reconhecer a divindade de
Dioniso, em Tirinto, comearam a agir como
loucas; posteriormente, foram curadas pelo
mdico-adivinho Melampo.
GRCIA
Esttua de Nicandra, mrmore. Delos,
santurio de rtemis. Data: c. -625. Atenas,
National Archaeological Museum.
A esttua de Nicandra , at o momento, a mais antiga
kor conhecida. Talhada em mrmore de Naxos, tem
cerca de 1.75 m de altura e em tudo se assemelha s
estatuetas de estilo dedlico do sculo -VII. No lado
direito, na saia, h uma inscrio em alfabeto arcaico:
' F '
"Nicandra dedicou-me ao Arqueiro que arremessa de
longe, a excelente filha de Deino-
dikes de Naxos, irm de Deinomenes, agora esposa de
Fraxos"
Trata-se, sem dvida, da esttua de uma sacerdotiza do
santurio de rtemis. A dedicatria a Apolo apropriada,
pois ele e a irm gmea estavam associados em
diversos santurios.
GRCIA
Mulher de p sobre uma esfinge.
Escultura em marfim procedente
do brao de uma lira. Data: -600.
Berlin, Staatliche Museen.
A Dama de Auxerre.
Escultura de calcrio de
Creta (?). Data: -640/-630.
Paris, Muse du Louvre.
Esta pequena esttua de
65 cm, encontrada no
depsito do museu de
Auxerre em 1907, o
mais perfeiro exemplo do
"estilo dedlico" que
caracterizou a escultura
grega no sculo -VII.
Notar a forma triangular do
rosto, o cabelo
emoldurado em camadas,
as finas incises no trax,
na borda do manto e no
vestido; a pose se
caracteriza pelo estrito
frontalismo. Restaram
traos de tinta vermelha
no trax.
GRCIA
Kor de Mileto. Esttua livre de
mrmore. Data: -575/-550. Berlim,
Antikenmuseen.
O corpo tem formato mais cilndrico e as pregas da
roupa caem um pouco mais naturalmente que nas
korai anteriores; notar a ave (uma perdiz?) na mo
esquerda.
GRCIA
Kor de Keratea, tica. Data: -570/-
560. Berlim, Staatliche Museen.
Esta esttua era conhecida, antigamente,
por "Deusa de Berlim". Observar a rom em
sua mo direita, o plos (chapu
arredondado, alto e achatado) e o pesado
peplos (manto) que recobre seu quton.
O escultor deu vida ao rosto, s mos e aos
ps, as reas expostas; o resto do corpo,
escondido pela roupa, esttico, pesado e
totalmente irreal.
A esttua foi confeccionada com o mrmore do Monte Himetos e uma oferta votiva de um homem chamado Rombos.
Moscforo significa, literalmente, "carregador de novilhos" (ou de qualquer filhote de qualquer animal).
O Moscforo, c. 560 a.C., Museu da
Acrpole de Atenas.
GRCIA
Esttua de mrmore de um cavalo. Data: -480.
Atenas, Acropolis Museum. Foto: Harrieta, 2006.
No final do Perodo Arcaico, a
percia dos escultores no se
limitava ao corpo humano. Nesta
figura, por exemplo, tem-se a
impresso que o cavalo vai
relinchar no prximo momento...
GRCIA
A Esfinge dos Naxianos. Esttua de mrmore do
santurio de Apolo em Delfos. Data: -560. Delfos,
Archaeological Museum.
A esfinge, monstro com rosto de kor, corpo
de leo e asas de estilo oriental, era um dos
temas prediletos dos pintores e escultores
arcaicos. Essa famosa escultura foi dedicada
pelos habitantes da rica ilha de Naxos, uma
das Cclades. A esfinge, originalmente situada
frente do templo de Apolo, bem ao lado do
Prtico dos Ateninenses, vigiava os arredores
do alto de uma coluna de capitel inico com
pouco mais de 9 metros.
GRCIA
A esfinge, embora de origem egpcia, foi utilizada
tambm pelos artistas de outras regies muito antes
de ser adotada pelos gregos:
Esfinge de Amenhotep III (Egito, -1391/1353). New York, Metropolitan Museum of Art
Esfinge (Assria, -1800/1700). New York, Metropolitan Museum of Art
Esfinges de marfim (Grcia, -1300/-1200). Tebas, Archaeological Museum
Estela funerria de Mgacles (Grcia, -530). New York, Metropolitan Museum of Art
Esfinge (Grcia, P. de Fineus?, -520). Museum of Art, Rhode Island School of Design
dipo e a esfinge (Grcia)
Relevos
Relevos
Relevos
Relevos
Relevos
GRCIA-ARQUITETURA
-750/-480 :: Perodo Arcaico
Com o "renascimento" artstico, a consolidao das
caractersticas bsicas da arte grega.
Arquitetura :: -750/-480
A arquitetura grega restringiu-se, durante o Perodo
Arcaico, a monumentais construes comunitrias como
templos e teatros. Tanto a planta como o estilo bsico
das construes eram padronizadas.
Arquitetura - Templos
O templo grego uma das tipologias arquitetnicas de maior relevo na Grcia Antiga. Tem origem no mgaron, um espao existente nos anteriores palcios micnicos, exercendo uma forte influncia na posterior arquitetura da Roma Antiga e no seu respectivo templo romano.
O perodo considerado mais importante da cultura e da arquitetura grega aquele que se desenvolve entre o sculos VII a.C. e IV a.C. Concentra-se na arquitetura religiosa templos com grande rigor de dimenses, estabelecendo propores matematicamente precisas; os templos so construdos de pedra (mrmore). O Parthenon templo dedicado deusa Atena, na Acrpole de Atenas , erguido entre 447 a.C. e 438 a.C., no governo de Pricles, uma das mais conhecidas e admiradas construes do perodo. Um trao marcante da arquitetura grega o uso de colunas, estabelecendo "ordenscaractersticas: drica, jnica e corntia.
No resta dvida de que o templo foi um dos legados mais importantes da arte grega ao Ocidente, devendo suas origens ser procuradas no mgaron mi cnico, aposento de morfologia bastante simples, apesar de ser a acomodao principal do palcio do governante, sendo este, no princpio, o esquema que marcou os cnones da edificao grega.
Foi a partir do aperfeioamento dessa forma bsica que se configurou o templo grego tal como o conhecemos hoje. No princpio, os materiais utilizados eram o adobe - para as paredes - e a madeira - para as colunas.
Mas, a partir do sculo VII a.C. (perodo arcaico), eles foram caindo em desuso, sendo substitudos pela pedra.
Essa inovao permitiu que fosse acrescentada uma nova fileira de colunas na parte externa (peristilo) da edificao, fazendo com que o templo obtivesse um ganho no que toca monumental idade.
Surgiram ento os primeiros estilos arquitetnicos: o drico, ao sul, nas costas do Peloponeso, e o jnico, a leste.
DRICO JNICO CORNTIO
Drico Jnico Corntio
No mundo grego, os estilos eram identificados de acordo com as ordens arquitetnicas que regulamentavam toda a obra dos artistas. A ordem drica expressa por uma coluna simples, com caneluras profundas, sem base e encimada por um capitel. A jnica mais fina e graciosa, tem coluna canelada e capitel com volutas. A ordem corntia, por sua vez, tem coluna bem canelada e capitel profusamente decorado com folhagens, o que o faz bastante diferente dos outros.
Ali, mas uma vez vemos como o vesturio se relaciona com as linhas da arquitetura. O peplo drico ( esquerda), como a coluna do mesmo estilo, sbrio - severo at. O quito jnico ( direita), ao contrrio, apresenta-se bem mais leve e esguio - seguindo o estilo da coluna que caracteriza a respectiva ordem arquitetnica
Pronaos: esta a antecmara que antecede o naos e que se transformar, mais tarde, no nrtex.
Naos ou Cella: neste espao, delimitado por 4 paredes sem janelas, colocada a esttua da divindade e pode ser, por vezes, organizado em 3 alas divididas por colunas. Em templos de grandes dimenses o naos pode funcionar como um ptio interior, sem cobertura.
Aditon ou Abato: espao s acessvel a sacerdotes para o culto ou colocao de oferendas. Esta rea pode funcionar de diferentes maneiras; como uma sub-diviso do naos, aberta para ele; como uma cmara isolada no centro do naos; ou como um nicho na parede posterior do naos.
Opistdomo: Cmara oposta ao pronaos onde se encontra o tesouro e que tambm pode funcionar, por vezes, como aditon.
GRCIA Templos
Templo de rtemis (artemision) em feso. Reconstituio
esquemtica de F. Krischen. Data: -560/-460. Arquitetos:
Quersifron e Metagenes de Cnossos, Theodoros de
Samos, Dincrates.
Fig. 0594a. Templo de rtemis em feso, sc. -IV.
Reconstituio artstica.
GRCIA Informaes suplementares
O templo era a maior construo em toda a Grcia. Tinha desenho retangular,
com cerca de 80 x 130 metros e, ao contrrio dos demais templos, era todo de
mrmore (com exceo da cobertura. Escadarias de mrmore conduziam o
visitante ao espaoso interior, decorado com 117-128 colunas de estilo jnico
com 12 (20?) metros de altura, alinhadas em linha dupla em volta do naos
onde havia, provavelmente, uma esttua da deusa. Cerca de 36 colunas eram
decoradas com relevos. O interior do templo foi decorado com esttuas
esculpidas pelos mais famosos artistas da poca (Fdias, Policletos, Crsilas,
Frdmon e Praxteles), alm de pinturas. Veja, na Fig. 0594a, uma tentativa de
reconstituio do seu aspecto externo no sculo -IV.
GRCIA O templo foi uma das "sete maravilhas" do
mundo antigo. Em 21 de julho de -356, na
mesma noite em que nasceu Alexandre III, "o
Grande", o templo foi incendiado. Segundo
Plutarco, a deusa estava to ocupada cuidando
do nascimento de Alexandre que no pde
ajudar o prprio templo. Anos depois,
Alexandre ajudou a reconstru-lo. Em 262 o
templo foi destrudo pelos godos e novamente
reconstrudo; em 401 o templo foi finalmente
destrudo por instigao de So Joo
Crisstomo, em meio histeria dos cristos
contra o paganismo. No sculo XIX os
escavadores descobriram as fundaes e
recuperaram algumas colunas (Fig. 0594b);
somente alguns detalhes da decorao original,
porm, so conhecidos.
Fig. 0594b. Templo de rtemis em feso. Colunas
remanescentes, de data no especificada
GRCIA
Templo de Apolo em Corinto (esquerda).
Estilo drico, calcreo recoberto de estuco, visto do
sudoeste. Data: c. -560.
Templo de Hera I em Poseidonia direita
(Paestum, sul da Itlia), conhecido por
"Baslica". Estilo drico, calcreo e arenito,
visto do nordeste. Data: c. -550.
GRCIA
Runas do templo C2 de Selinunte, Siclia.
( esquerda) Data: c. -560. Photo by Leo C.
Curran, 1985.
Modelo de templo em terracota do heraion de Argos. ( direita)
Data: -680. Atenas, National Archaeological Museum.
GRCIA
Modelo do templo de Afaia em Egina. Data: c. -500/-480. Munique, Glypthothek. Foto: Matthias Kabel, 2005.
GRCIA
Esse templo, um dos mais bem
conservados da Grcia, um
exemplo do cnone drico. Na Fig.
0584a, v-se detalhes da fachada.
O interior estava dividido em trs
reas separados por colunas
superpostas. As esculturas do
fronto, restauradas pelo escultor
dinamarqus Bertel Thorwaldsen
(1770/1844), prenunciam o estilo
das primeiras esculturas clssicas
("estilo severo"). Fig. 0584a. Fachada do modelo do templo de Afaia
GRCIA
No o primeiro templo erigido no local; o anterior, erguido por volta
de -570, foi destrudo cerca de 60 anos mais tarde e deu lugar ao
templo cujas runas podem ser vistas at hoje.
Afaia era uma antiga divindade local cultuada desde -2000,
aproximadamente. Nada se sabe de concreto sobre seu mito e, bem
mais tarde, foi assimilada deusa Atena. Alguns eruditos acreditam
que "Afaia" pode ser um nome alternativo para as deusas cretenses
Britomartis e Dictima, aparentadas com rtemis.
GRCIA
Reconstituio da entablatura do templo C de Apolo em
Thermon. Data: c. -640.
A entablatura ou entablamento a parte de
cima do templo, a parte que fica apoiada
nas colunas. A arquitrave, que se apia nas
colunas, sustenta por sua vez as demais
estruturas. Os frisos so faixas em que se
alternam trglifos, de finalidade decorativa, e
mtopas, em cuja superfcie foram pintadas
cenas de inspirao mitolgica.
A estrutura do telhado de madeira e d
apoio a pesadas telhas de terracota, ditas
de estilo corntio. A beirada do telhado era
enfeitada por uma cornija com padres
geomtricos e antefixos de terracota
esculpidos em forma de cabea.
GRCIA Outros edifcios
Esboo de casa particular do Perodo Arcaico.
Esmirna, Turquia. Data: -750/-480.
Esta casa, tipicamente "rural", ficava fora da
muralha que protegeu a cidade durante os
sculos -IX e -VIII e no segue o padro
arquitetnico das casas situadas dentro da
cidade.
O formato oval, com alicerces de pedra,
paredes de tijolos de argila, teto de palha e
porta com trio. No interior, uma nica
diviso e uma lareira de barro. frente, um
ptio murado, dentro do qual provavelmente
ficavam os animais.
Referncia
COOK, J.M. Os Gregos na Jnia e no
Oriente. Lisboa: Verbo, p. 32, 1971.
GRCIA
Runas do teatro de Thorikos, tica. Data: sc. -VI.
Origem dos Jogos Olmpicos
Foram os gregos que criaram os Jogos Olmpicos. Por volta de 2500 AC, os gregos
faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus. Atletas das cidades-estados gregas se
reunio na cidade de Olmpia para disputarem diversas competies esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo ( luta, corrida,
salto em distncia, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores eram recebidos como
heris em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros.
Origem dos Jogos Olmpicos
Alm da religiosidade, os gregos buscavam atravs dos jogos olmpicos a paz e a harmonia entre as cidades que compunham a civilizao grega. Mostra tambm a importncia que os
gregos davam aos esportes e a manuteno de um corpo saudvel.
No ano de 392 AC, os Jogos Olmpicos e quaisquer manifestaes religiosas do politesmo grego foram proibidos pelo
imperador romano Teodsio I, aps converter-se para o cristianismo.
UMA OCASIO RELIGIOSA
Caso as cidades gregas estivessem envolvidas em guerras durante a realizao dos jogos,
proclamava-se uma trgua sagrada (ekekheiria), que concedia uma espcie de salvo-conduto aos
viajantes a caminho de Olmpia. Na verdade, esses viajantes no iam Olmpia apenas para
os jogos. Iam para o festival religioso, para conversar com outras pessoas vindas de Argos,
Esparta, Atenas, Tebas ou outras cidades.
UMA OCASIO RELIGIOSA
Nessa ocasio, poetas e oradores aproveitavam-se do grande afluxo de pessoas para tornarem-se
mais conhecidos atravs da declamao de suas obras. Outros ainda aproveitavam o momento,
para diversificar seus negcios, realizados numa grande feira. Pode-se fazer uma ideia
aproximada do nmero de pessoas presentes no festival, considerando o fato de o estdio de Olmpia comportar 40 mil pessoas sentadas.
Na entrada de Olmpia estava o ginsio, onde os atletas podiam treinar.
Mente e corpo estavam juntos no ginsio, que era o lugar para conversao e para o
aprendizado, tanto como para o exerccio e a luta romana.
Apesar do esprito de competio, no podemos nos esquecer que o Festival Olmpico era antes de tudo uma ocasio religiosa, onde o centro de
tudo era o grande templo de Zeus.
Mais de cem bois eram sacrificados no altar em frente ao templo e seu interior era dominado
por uma esttua do deus coberta de ouro.
Em frente a ela cada atleta tinha que fazer um sacrifcio e orar antes do comeo. Existia um comit organizador que decidia se a moral do
atleta lhe dava o direito de competir.
Vaso grego: lutas durante os jogos
olmpicos na Grcia Antiga
GRCIA
Atletas lutando. Relevo do pedestal de um kouros da tica. Data: -510/-500. Atenas, National Archaeological Museum.
Cena de luta corpo-a-corpo, uma das modalidades mais
populares dos Jogos Olmpicos.
Estilo Severo o nome dado ao estilo que floresceu na escultura da Grcia Antiga entre o
perodo Arcaico e o perodo Clssico, denominando tambm seu perodo particular
no mbito da histria da arte escultrica. Tambm por vezes referido como Pr-
Classicismo, Estilo Austero, ou Classicismo Primitivo.
Porm mais que uma simples transio, o estilo Severo expressa valores estticos e
sociais especficos, justificando sua delimitao como um estilo independente. Introduziu uma flexibilizao naturalista substancial nos rgidos cnones de tendncia
abstrata da fase anterior, e distingue-se tambm do vocabulrio formal muito mais
variado das fases Clssica e Helenista subsequentes, sem que isso signifique possuir
menor mrito artstico.
Auriga de Delfos
Cerca de 475 a.C. Obra em bronze, um dos mais belos trabalhos em estilo severo.
Filosofia Grega
E N T E N D E - S E P O R F I L O S O F I A G R E G A O S P E R O D O S Q U E E X I S T I R A M A N T E S E D E P O I S D E S C R A T E S , S E N D O E L E S :
PERODO PR-SOCRTICO, PERODO SOCRTICO E PERODO HELENSTICO .
Qual a
origem da
filosofia?
A filosofia vem de origem grega, sendo que philos
amizade, amor, e
sophia Sabedoria.
A mesma nasceu da curiosidade humana, em
compreender e questionar os valores e
interpretaes da sociedade , da realidade e
complementar ao mito.
Sendo a filosofia Antiga dividida em:
Pr-socrticas, sofista, socrtica e ps-socrtica.
Perodos da Filosofia
1- Pr-socrtico
(sc. VII a V a.C): De Tales de
Mileto a Scrates. A filosofia se
ocupa da natureza e da origem
das coisas.
Pr-Socrticos
Buscavam a entender a origem e o funcionamento
do universo identificando seus princpios
fundamentais
So filsofos anteriores a Scrates
Investigam o mundo material, fsico.
Buscam (arch) seria o principio a origem.
Filsofos importantes:
Tales de Mileto (624-548 a.C.)
Pitgoras (571-70 a.C
Tales Pitgoras
Tales de Mileto
Considerado o primeiro pensador grego: pai da
filosofia. Foi astrnomo. Chegou a prever um eclipse
total do Sol. Demonstrou que a soma interna dos ngulos
do tringulo 180.
623-546 a.C
Tales:
Faz parte da escola jnica
Previu o eclipse em 585 a. C
Sua doutrina baseia-se na gua como o elemento
primordial de todas as coisas
Afirmava que: "todas as coisas esto cheias de
deuses
Para Tales arqu (principio) seria a gua
Tales de Mileto: tudo gua
Na busca de fugir das antigas explicaes
mitolgicas sobre a criao do mundo, Tales queria
descobrir um elemento fsico constante em todas as
coisas. Concluiu que a gua a substncia primordial,
a origem nica de todas as coisas. Para ele, a gua
permanece a mesma, em todas as transformaes dos
corpos, apesar dos diferentes estados: slido, lquido e
gasoso.
Anaximandro de Mileto
610-547 a.C
Anaximandro de Mileto
Nem gua nem algum dos elementos, mas alguma
substncia diferente, ilimitada, e que dela nascem os cus
e os mundos neles contidos. Para ele no era possvel
pensar uma nica substncia (ou o fogo ou a gua...).
Designou esta substncia como peiron (em grego = o
indeterminado, infinito). Tal realidade no acessvel
aos sentidos como a gua, por exemplo.
Anaxmenes de Mileto
E assim como nossa alma
que ar, nos mantm unidos,
da mesma maneira o vento
envolve todo o mundo.
Tentando conciliar Tales e Anaximandro,
concluiu ser o ar o princpio de todas as coisas.
588-524 a.C
Pitgoras de Samos
Todas as coisas so nmeros. Para Pitgoras os nmeros representam
ordem e harmonia.
Fundou uma sociedade de carter filosfico e religioso.
Introduziu um aspecto mais formal na explicao da realidade:
a ordem e a constncia.
570-490 a.C
Pitgoras:
Faz parte das escolas italianas.
Defendia uma doutrina mais religiosa do que
filosfica.
Criou o teorema que enunciava : Num tringulo
retngulo , o quadrado da hipotenusa igual
soma dos quadrados dos catetos.
a=b+c
Fundador de Crotona, colnia grega, uma
associao cientfico-tico-poltica.
Herclito de feso
Tudo flui, nada persiste, nem
permanece o mesmo.
Realidade do mundo em constante
transformao. A vida um fluxo
constante impulsionada pelos
opostos: bem e mal, ordem e
desordem... A luta a me de todas as
coisas. 500 a. C - ?
Herclito de feso
Pela luta de foras opostas que o
mundo se modifica e evolui. No
podemos entrar duas vezes no mesmo
rio
500 a. C - ?
Parmnides de Elia
O ente ; pois ser e nada no .
Ope-se a Herclito. Existe o ser e o
no ser no . Os contrrios no podem
coexistir. Princpio lgico da no
contradio. No podemos confiar nas
aparncias das coisas. Devemos buscar
a essncia e a verdade. 510- 470 a.C
Sofistas
Negavam a existncia a verdade
absoluta e buscavam conhecimento
teis para a vida por meio da retrica
(linguagem, discursos).
Realizam raciocnios aparentemente validos (sem
concluso).
So sofismas raciocnios aparentemente verdicos, porm
no possuem forma admissvel.
No senso comum sofisma e qualquer raciocnio, que
apresenta coerncia
Persuadiam pelo efeito psicolgico
A principal doutrina sofstica consiste, em uma viso
relativa de mundo
Sofista - Algum cujo objetivo numa discusso no atingir a
verdade, mas vencer a discusso.
Protgoras:
Foi acusado de atesmo
Amigo pessoal de Pricles
(lder democrtico de Atenas)
Cunhou a frase:O homem a medida de todas as coisas.
No qual essa frase expressa que no o ser humano que
tem a funo de moldar os externos de si, que seja
imposto por qualquer coisa que no seja o prprio ser, e
sim o ser humano deve moldar-se segundo a liberdade
Protgoras;