Glossário Teatro

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    Glossrio

    Artaud:

    Antonin Artaud, nascido em Marselha em 1986, e morrendo em 1948 em Paris,ambos locais na Frana. Foi escritor, oeta, dramatur!o, e ator. Artaud coloca"ue se #a$ arte ela necessidade de %sair do in#erno&. '(iste nele ume(aserado #lu(o caotico de emo)es, sentimentos, estados, dese*os e #oracaotica.

    %+e o teatro e(iste ara ermitir "ue o recalcado ia, uma es-cie de atro$oesia e(ressase atra-s de atos estranhos em "ue as altera)es do #atode ier mostram "ue a intensiade da ida est intacta e "ue bastaria diri!ila melhor.

    Por mais "ue e(i*amos ma!ia, or-m, no #undo temos medo de uma ida"ue se desenolesse inteiramente sob o si!no da erdadeirama!ia.&/Artaud, !. 0, 2263

    'u oderia citar a"ui de$ ou do$e trechos dos te(tos "ue relacionariam Artaudao resente, ao encontro, ao e(tracotidiano, a "uebra das e(ectatias, aa#etar, a crueldade, a #ora, a imacto, ele comara o teatro a crueldade, aeste, a #ome, a #u!a do in#erno, a ida no seu ulsar mais incessante, e tantosoutros dulos, a ida se encontra se con#unde e rome com a cultura de umoo, com o estabelecido, o rituali$ado no cotidiano, o teatro de Artaud "uerromer isso, como a este rome com essa normalidade, a crueldade, oassassinato, esse romer - a rria comosi5o "ue a performancerometee as artes como as "uero #a$er.

    '(erincia:

    '(istem rias maneira oss7eis de se #alar o "ue - ou ode ser chamado dee(erincia, elas comumente se relacionam com o temo:

    Mestre, como #ao ara me tornar sbio oas escolhas. Mas como #a$erboas escolhas '(erincia di$ o mestre. ' como ad"uirir e(erincia Ms escolhas. /;ma #amosa anedota budista, ou elo menos creditada como3.

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    Mas ercebemos a"ui "ue o temo n5o - um temo cronol

    %A e(erincia - o "ue nos assa, o "ue nos acontece, o "ue nos toca. =5o o"ue se assa, n5o o "ue acontece, ou o "ue toca. A cada dia se assam muitascoisas, or-m, ao mesmo temo, "uase nada nos acontece. >irseia "ue tudoo "ue se assa est or!ani$ado ara "ue nada nos acontea.& /ond7a3

    ? imortante como coloca @arrosa ond7a di#erenciarmos a in#orma5o dae(erincia. uando colocada as duas alaras *untas a distin5o delas #icamuito clara, or-m ao tra$ermolas comumente usamos outra alara, aalara conhecimento ou sabedoria. +aber traal7n!uas ode si!ni#icar duascoisas totalmente di#erentes, saber as alaras "ue deem ser #aladas -totalmente di#erente de saber #alalas.

    '(iste um 7deo muito interessante /https://www.youtube.com/watch?v=MFzDaBzBlL03 em "ue um !uid5o de bicicleta ao ser irado ara a es"uerdaira a roda ara a direita, e ao !uid5o ser irado ra direita, a roda - irada raes"uerda. =in!u-m "ue sabe andar de bicicleta conse!ue andar com esta,or"ue aesar da essoa conhecer a mudana a e(erincia da essoa -outra. Mostrando claramente "ue o conhecimento de al!o ela in#orma5o -di#erente do conhecimento ela e(erincia /no 7deo o autor chama de

    conhecimento /saber ela in#orma5o3 e entendimento /saber elae(erincia3.

    Futurismo:

    B termo se re#ere a"ui ao #uturismo italiano, considerado normalmente como orecursos dos outros moimentos #uturistas ao redor do !lobo /Goldber!, 226C

    ernardini, 19823. @anado em 1929 or Marinetti, escritor e intelectual italianode #am7lia abastada, nascido no '!ito e radicado como artista no %centrocultural do mundo& como era ensada Paris no #inal do s-culo 19. B moimentotem seu rimeiro mani#esto em Mil5o 1929, suas reali$a)es nas artes e naescrita n5o che!aram a ser !randes inoa)es, or-m, o "ue antes eram obrasmar!inais de !randes artistas e at- brincadeiras, assaram a ser rodu$idascomumente e istas como eas e obras releantes *ustamente elos seusasectos n5o de constru)es artisticas li!adas a histria da arte, mas obrascriadas aartir da e#erescncia do resente. B teatro #uturista, e as

    er#ormances arecem ter sido altamente in#luenciadas elo #rancs Al#redDarrE e seu %;bu ei& ea "ue n5o se!ue linearidade, #ala de caos e cr7tica

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    ol7tica, e as #a$em em #orma de a5o e n5onarra5o. A Per#ormance ser t5o#orte e !anhar notoriedade e ser ista como obra de arte ori!inal e comletaelos #uturistas #a$ todo sentido ois - uma arte do resente, e no resente #icasem lear a decreitude do assado ara o #uturo.

    Ao meu er no entanto n5o odemos destacar o #uturismo de suas is)esol7ticas, a ideia de "ue o #uturo estaa li!ado a uma industriali$a5o cada e$mais #orte e n5o uma i!ualdade de direitos ciis - bastante #orte e estresente na alori$a5o da ma"uina, no anticomunismo e anti bur!uesia, oisesta se encontraa conseradora em rela5o a mudanas mercadolo!icas eressionada elo oerariado e elas classes sociais menos abastadas. Bbelicismo e a iolncia tamb-m se encontram #ortemente nos mani#estos e naarte de Marinetti. +e!undo ose@ee Goldber! /2263 o rimeiro sarau #uturistaacontece na #ronteira da tlia com a Austria. nsultos e rooca)es a Austria

    em um momento de crise b-lica entre os dois a7ses tamb-m mostra arte danature$a do moimento #uturista na tlia.

    Per#ormance:

    +e!undo Marin Harlson /2243 aperformance art:

    %Ias an interest in deeloin! the e(ressie "ualities o# the bodE, eseciallE inoosition to lo!ical and discursie thou!ht and seech, and in seeJin! the

    celebration o# #orm and rocess oer content and roduct.& /Harlson, 224,.11231

    A reali$a5o da er#ormance arte arece sur!ir a artir da #amosa obra doFrancs Al#red DarrE bu !e" onde um certo %caos& roocatio arece tomar alateia de assalto, batendo em tabus da sociedade e do teatro da eca. Aea n5o ossuia uma dramatur!ia linear, ou uma histria clara sendo contada/Goldber!, 2263. 'sses elementos ser5o inte!rados as aresenta)esdada7stas e #uturistas.

    A er#ormance se!undo os autores lidos e as coisas assistidas or mim comoKblico tem rela5o com o coro, com a constru5o ao io da obra ara umKblico, a)es "ue n5o s5o l!icas ou #ormatias de uma histria linear, oual!o "ue tem sua #ora na constru5o intelectual de a)es. Mas no oderimediato das a)es sobre seu Kblico, n5o em seu conte(to histrico, mas emsua #orma e sua resenti#ica5o sem necessitar ou edir mais ou ara al-m do

    1 Era um interesse em expressar qualidades do corpo especialmente em

    oposio a lgica e a discursividade do pensamento e do discurso, e a busca

    da celebrao da forma e do processo para alm do contedo e do produto(traduo minha!

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    "ue ode ser isto na aresenta5o. =este sentido o butoh e o alhao searo(imam e se encontram de diersas maneira com a er#ormance.

    utoh:>ana criada no *a5o as a se!unda !uerra mundial aesar de uma danamuito recente, ela ossu7 sua insira5o no %=&, e na tradi5o cultural*aonesa, #uncionando como num esao entre o sa!rado e o ro#ano dacultura derrubando uma arede entre a ri!ide$ das artes cnicas maismilimetricamente coreo!ra#adas *aonesas e o imroiso. ;ma dana onde otensionamento do coro, as #ormas e as a)es raticadas durante a danaremetem a muita distor5o, aos dem

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    aconselhar, asse!urar, #irmar, estar no rrio centro e ra$5o dosacontecimentos da ida, o mito #ala sobre a e(istncia. Ao ensar em mitolo!iaessoal #alamos sobre as crenas, sobre as #oras "ue acreditamos dar sentidoa nossa rria e(istncia.

    Naenin!:

    +ur!e nos anos 1992 "uebrando a barreira entre alcolateia, osacontecimentos se d5o *unto a lateia e com sua interen5o. >e al!umamaneira os #appen"n$s buscaam tra$er um eento teatral sem trama /ou se*asem a linearidade, ou a histria do teatro de rua3 e esontaneo ao Kblico,onde este n5o recisasse ir ao teatro ou buscar o acontecimento, ele acontecianas ruas, erante os assantes. Assim muitos artistas de rua ho*e em dia

    odem ser comreendidos como artistas de happen"n$ como - o caso dasessoasesttuas ao lado dos sinaleiros.

    '(ressionismo:

    Moimento artistico, iniciado na alemanha, "ue #a$ia contraonto aoositiismo e as artes "ue buscam essa cincia, como o imressionismo "uebusca retratar na intura or e(emlo a relidade de al!o no momento em "ue -

    intado. 'n"uanto o e(ressionismo trata de colocar no mundo, de maneiraessoal e intuitua a interioridade do artista e(ressando os sentimentos esensa)es desse mundo essoal e interno.

    =a dana #oi uma !rande reolu5o "uebrando as estruturas com o bal-clssico, o ritmo e a estrutura muscular e ose r7!ida e #ormal. ? noe(ressionismo "ue sur!e udol# on @aban, coreo!ra#o alem5o e ensador domoimento. 'le analisa o coro e o moimento em seua rela5o com o esao,ossibilitando assim analisar a dana e as a)es cotidianas de maneirae"uialente e assim romendo a distin5o entre as #ormas clssicas da dana

    e as #ormas e moimentos criados or outras reas, como as artes marciais, ouo diri!ir de um carro.

    A liberdade de cria5o, e(ress5o, moimenta5o ao mesmo temo dasistemati$a5o de maneiras de analisalas ossibilitou "ue a dana mudasse ea e(ressiidade !anhasse sua #ora erante a #orma, ossibilitando a danade MarE Ii!man, o teatrodana /ou danateatro, a contro-rsias3 de Pinaaush.

    iblio!ra#ia:

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    ALA;>, Antonin. B Leatro e +eu >ulo. Lradu5o Lei(eira Hoelho. 0 ed. +5oPaulo: Martins Fontes, 226.

    HA@+B=, Marin. Per#ormance: a critical introduction. =oa OorJ: outled!e,224.

    HAMP'@@, Doseh. B Poder do Mito. Lradu5o Harlos Felie Mo7ses. +5oPaulo: 'd.Palas Athena, 1992.

    HBN'=, enato. Per#ormance como lin!ua!em: cria5o de um temoesaode e(erimenta5o. +5o Paulo: 'ditora Persectia, 22.

    GB@>'G, oselee. A arte da er#ormance do #uturismo ao resente.Lradu5o De##erson @uis Hamar!o. +5o Paulo: Martins Fontes, 226.