Post on 09-Feb-2019
Geração de Mapas em série no QGis - Atlas
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Geração de Mapas em série no
QGis - Atlas
Tutoriais HEX - FUNAI
BRASÍLIA
MARÇO DE 2018 Andrés Barrera Vilarmau
Geração de Mapas em série no QGis - Atlas
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Sumário
Introdução ................................................................................................................... 3
1. Geração de Atlas............................................................................................. 3
1.1. Gerar um modelo de Layout para nosso mapa ..................................... 4
1.2. Ativar a Ferramenta Atlas ............................................................................. 5
1.3. Vincular os rótulos de texto a os atributos da tabela ......................... 5
1.3.1. Título do mapa ............................................................................................... 5
1.3.2. Datas das Imagens ........................................................................................ 7
1.3.3. Dados da feição ............................................................................................. 7
1.4. Configurar a aparência dos Mapas ......................................................... 11
1.4.1. Configurar a escala. ..................................................................................... 11
1.4.2. Vincular os mapas ao Atlas ........................................................................ 13
1.5. Ativar a barra de ferramentas do Atlas .................................................. 15
1.6. Configuração do nome de saída do arquivo ........................................ 16
Serie de Mapas gerada no QGis - Atlas ........................................................... 17
Geração de Mapas em série no QGis - Atlas
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Introdução
A geração de mapas, quando é em grandes quantidades, pode resultar um processo
demorado e tedioso, mas o QGis disponibiliza uma ferramenta que pode facilitar
enormemente nosso trabalho na hora de gerar mapas em série. Esta ferramenta se
chama ‘Atlas’.
ESCLARECIMENTO: Todos os dados que aparecem no tutorial são fictícios, foram
escolhidos com fins didáticos para facilitar a compreensão e facilitar a visualização das
mudanças que o atlas gera nos textos do mapa.
1. Geração de Atlas
Como modelo, utilizamos uma área onde é possível ver várias mudanças na cobertura do
solo. Nela, vetorizamos algumas áreas que são de nosso interesse.
Figura 1. Áreas de interesse em 2015 e 2016
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Neste exemplo, vamos realizar a elaboração de um mapa onde apareçam alguns dados de
cada feição e mostrar qual era a situação em 2015 e como se encontrava a área em 2016.
1.1. Gerar um modelo de Layout para nosso mapa
Primeiramente, vamos gerar um modelo de mapa com as informações que precisamos
mostrar.
Figura 2. Modelo de mapa que utilizaremos no atlas.
Uma vez temos definido nosso mapa com as informações que precisamos mostrar, criamos
os campos na tabela de atributos da nossa camada vetorial, que irá conter essas
informações. A camada pode ter diversas formatações, poderia ter formato shp, formato
GeoJSON, poderia estar inserida em um banco de dados geográfico, etc.
Figura 3. Tabela de dados das feições de interesse.
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1.2. Ativar a Ferramenta Atlas
Uma vez preenchidos todos os dados da tabela, vamos ao compositor de impressão para
ativar nosso atlas e começamos a configurar nosso layout para que o preenchimento de
nossos dados de interesse esteja vinculado à tabela de atributos das feições de interesse.
Figura 4. Ativar a função atlas no compositor de Impressão do QGis
Ao ativar a opção ‘Gerar um atlas’ (lembre-se: que se encontra na aba “Geração de atlas”)
na opção ‘Camada de cobertura’ aparecerão todas as camadas que temos carregadas no
QGis, aí temos que selecionar a camada aonde estão os dados sobre o qual queremos
gerar os mapas. Para o exemplo que estamos apresentando seria a camada
‘mudanças_solo’ (na Figura 4, seta vermelha da parte inferior).
Mas calma! Estamos no início do processo, e ainda não podemos apreciar o
potencial do atlas em nosso mapa.
1.3. Vincular os rótulos de texto a os atributos da tabela
Agora vamos começar a configurar as informações de nosso mapa para que mudem em
cada feição da camada.
1.3.1. Título do mapa
Para editar o título do mapa, selecionamos o rotulo que contem o título e dentro da aba
propriedades nos dirigimos a ‘inserir expressão’, como mostramos na figura 5.
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Figura 5. Localização da ferramenta ‘inserir expressão’.
Neste ponto vamos falar de duas regras básicas que vão nos permitirá preencher a grande
maioria dos dados:
1ª Os textos tem que ir entre aspas simples ‘.
2ª Para concatenar textos ou campos de valores utilizamos ||
Com isso, agora já podemos definir o título de nosso Layout para que: para cada feição
apareça o ‘número de Mapa’ correspondente a essa feição, com a seguinte expressão:
Figura 6. Expressão para concatenar uma cadeia de texto a um atributo da tabela.
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1.3.2. Datas das Imagens
Agora vinculamos as datas das imagens, no Layout do mapa, ao campo da tabela
correspondente. Para isso, selecionamos o rotulo que contém o texto da data e nas
propriedades do item vamos em ‘inserir expressão’ como já fizemos no item anterior com o
Título do mapa.
Figura 7. Quadro Vermelho: rótulos de texto com as datas das imagens.
Será a mesma expressão para ambos os rótulos. Em cada caso vinculamos o campo da
tabela correspondente a cada data.
Figura 8. Expressão para a data da imagem de 2015.
1.3.3. Dados da feição
Vamos agora preencher os dados referentes a cada polígono de interesse:
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Figura 9. Rótulo de dados do polígono de interesse.
A peculiaridade deste rótulo é que dentro dele temos três linhas de texto. Neste caso, temos
varias opções, neste tutorial nós vamos expor três delas.
1ª OPÇÃO. Para implementar esta primeira opção utilizamos mais uma regrinha, o
chamado ‘salto de linha’. Para isso, só temos que incluir, no lugar adequado, de nossa
expressão os caráteres ‘/n’, que equivale a aplicar um ‘enter’. A expressão ficaria como
mostra na Figura 10, mas também poderia escrever tudo em uma linha só, obtendo o
mesmo resultado:
Figura 10. Concatenação de cadeias de texto e atributos da tabela em três linhas.
Nesta expressão podemos ver que concatenamos tanto cadeias de texto como campos da
tabela. Como observamos para cadeias de texto utilizamos aspas simples ('texto') e para
campos da tabela aspas duplas ("campo tabela") o símbolo de concatenação é sempre o
mesmo.
Na figura 11 mostramos o resultado da aplicação da expressão da figura 10.
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Figura 11. Resultado no Layout da aplicação da expressão da figura 10.
Para manter os espaços entre diferentes elementos concatenados basta lembrar do detalhe
de adicionar ao final da cadeia de texto um espaço em branco, como mostramos na figura
seguinte:
Figura 12. Espaço em branco no final da cadeia de texto.
A vantagem deste primeiro método é que só precisa adicionar um rotulo de texto, sendo
mais fácil de manipular e recolocar dentro do layout do mapa. Desvantagens têm varias, a
primeira é que a expressão fica mais complexa, podendo dar erros que vão impedir que os
dados apareçam em nosso mapa. Esta desvantagem vai depender da experiência de cada
usuário com esta linguagem.
Outra desvantagem que acharmos neste método é que se algum dos campos da tabela que
tem sido concatenado nesse rotulo de texto não estão preenchidos, automaticamente o
rotulo aparecerá vazio. Todos os campos tem que estar preenchidos para a correta
visualização deste rótulo.
Por ultimo, ao se tratar de um só rótulo todos os textos que aparecem nele terão o mesmo
formato e tipo de letra, que isto seja ou não uma desvantagem vai depender de como
queremos apresentar nosso mapa.
2ª OPÇÃO. Neste segundo caso, utilizamos um único quadro de texto para os textos fixos
no mapa (os que fazem parte de nosso modelo de Layout) e outro diferente para cada uma
das informações que esta definida por cada feição.
Figura 13. Cada uma das diferentes cores mostra os quadros de texto utilizados. No caso que estamos
apresentando seriam quatro quadros de texto.
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Agora temos que configurar cada rótulo de texto para concatena-lo ao campo da tabela que
contém a informação que queremos mostrar. Para isso, selecionamos um dos três rótulos e
na aba ‘Propriedades do item’ nos dirigimos a ‘Inserir expressão...’. Será aberta a janela da
ferramenta de ‘inserir expressão’ e só precisamos indicar que campo da tabela queremos
vincular a esse quadro de texto. Na figura 14, mostramos como concatenar o atributo
‘Proprietar’ da tabela ao quadro de texto onde queremos que apareça essa informação:
Figura 14. Click duplo para o atributo ‘Proprietar’ ser vinculado ao rótulo de texto.
Para o quadro de texto corresponde ao ‘Uso atual’ seguimos o mesmo procedimento
mostrado anteriormente. Já para o caso das ‘Coordenadas centroide’ precisamos
concatenar dois colunas da tabela, separados por vírgula:
Figura 15. Concatenar dos atributos da tabela separados por vírgula.
Este segundo método permite que cada quadro de texto tenha um formato diferente e
diferenciado. Neste método temos que ter mais cuidado para que os diferentes quadros de
texto fiquem alinhados. Ao se tratar de vários elementos, para movimentá-los com maior
facilidade, podemos agrupá-los.
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Figura 16. Resultado no layout da aplicação da segunda opção.
A desvantagem deste método é que vai dar um pouco mais de trabalho na montagem e
elaboração de nosso modelo de mapa, mas como temos que fazer apenas uma vez, pode
valer a pena demorar mais um pouco na etapa de desenho, se com isso conseguimos
melhorar o visual de nosso mapa.
3ª OPÇÃO. Como último método, propomos repetir o que já realizamos para as datas das
imagens. Criamos um quadro de texto para cada atributo e inserimos a expressão,
concatenando uma cadeia de texto com o atributo correspondente.
Figura 17. Destacados em diferentes cores, os três rótulos de texto utilizados.
Neste caso também precisamos alinhar os textos e podemos agrupá-los para facilitar a sua
movimentação.
Todos os dados de nosso mapa já estão vinculados à tabela e, por tanto, já estão prontos
para serem utilizados e atualizados pelo Atlas. Agora vamos trabalhar na visualização das
imagens, para que elas mudem e mostrem com mais detalhe cada polígono alvo.
1.4. Configurar a aparência dos Mapas
1.4.1. Configurar a escala.
O primeiro que vamos configurar é a escala numérica, que aparece na parte inferior de
nosso modelo de Layout, para que esta escala seja dinâmica e mude ao variar a escala do
mapa. Para isso vamos substituir a escala numérica atual que está no formato texto por
uma escala numérica vinculada a um dos mapas que temos em nosso Layout.
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Figura 18. Escala do mapa, apresentada em formato texto onde teremos que mudá-la manualmente.
Para inserir uma escala numérica, selecionamos um dos dois mapas que tem nosso Layout;
e na barra de tarefas ‘esboço’ encontramos o item ‘adicionar barra de escala’. Adicionamos
uma barra de escala na aparência do mapa (que estará vinculada ao mapa selecionado) e
em suas propriedades (aba ‘propriedades do item’), na opção ‘estilo’ escolhemos
‘numérico’. Agora já aparece no nosso Layout a escala numérica, definimos o tipo e o
tamanho de letra e a situamos no lugar correto dentro do quadro de texto, do lado da
palavra ‘Escala’.
Figura 19. Inserir uma escala numérica no Layout do mapa.
Agora a escala do nosso Layout esta vinculada a um mapa, e vai variar dependo da escala
de representação no mapa:
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Figura 20. Escala numérica vinculada a um mapa.
1.4.2. Vincular os mapas ao Atlas
Agora vamos configurar os dois mapas que temos no Layout para que sejam dinâmicos e
centralize o polígono alvo.
O primeiro que temos que fazer é ativar a imagem que queremos visualizar no primeiro
mapa em nosso projeto no QGis, deixando-a visível. Em nosso exemplo queremos que no
mapa da esquerda apareça a imagem de 2015. Voltamos no compositor e selecionamos o
mapa onde queremos ver essa imagem (mapa situado na esquerda). E atualizamos a vista:
Figura 21. Dentro do quadro vermelho: botão de ‘atualizar visão’.
A imagem que ativamos em nosso projeto do QGis aparece agora em nosso mapa. Para
que o atlas passo fazer um mapa de cada feição de nossa camada temos que ativar a
função ‘Controlado pelo atlas’:
Figura 22. Detalhe da função ‘Controlado pelo atlas’.
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Como podemos observar na figura 22, o atlas apresenta três opções de visualização:
Margem em torno da função: aqui indicamos, em porcentagem, a área que iremos
visualizar ao redor do nosso alvo. Quanto maior a porcentagem menor será a escala
de representação.
Escala predefinida: com esta opção cada feição se representará a uma escala que o
QGis considere que é a idônea para esse objeto ser visualizado no mapa.
Escala fixa: o usuário define uma escala nas propriedades do mapa, e todas as
feições se representarão com essa escala.
Podem fazer testes para ver qual opção representa melhor seus dados.
Uma vez definido como vamos a representar nossos dados, nas propriedades do mapa,
selecionamos as opções de ‘Travar camadas’ e ‘Travar estilos para as camadas’ assim
teremos certeza que em todos os mapas que vamos fazer sempre aparecerão as mesmas
camadas com os mesmos estilos e com a imagem escolhida, a de 2015 para o mapa da
esquerda em nosso caso.
Figura 23. Travar camadas e travar estilos para a representação do mapa.
Já temos o mapa da esquerda de nosso Layout configurado e pronto para visualizar uma
por uma todas as feições de nossa camada ‘mudanças_solo’. Agora vamos configurar o
segundo mapa de nosso Layout, o mapa da direita.
Neste segundo mapa queremos visualizar a imagem de 2016. Para fazer isso vamos a
nosso projeto no QGis e ativamos a imagem de 2016 tornando-a visível. Agora voltamos ao
Compositor de impressão e atualizamos a visão, como se mostrou na figura 21. Neste
momento vemos a imagem de 2015 no mapa da esquerda e a imagem de 2016 no mapa da
direita:
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Figura 24. Visão das imagens de 2015 e 2016 em nosso Layout.
Neste caso também ativamos a opção ‘Controlado pelo atlas’ (Figura 22) e definimos a
mesma configuração que assignamos ao mapa da esquerda, deste modo poderemos ver
representada exatamente a mesma área nos dois mapas.
Não podemos esquecer, para este mapa, travar tanto as camadas como os estilos (Figura
23), para que nos dois mapas apareçam às mesmas camadas com os mesmos estilos, mas
com imagens diferentes.
1.5. Ativar a barra de ferramentas do Atlas
Para ativar a ferramenta do Atlas e poder escolher a feição que queremos representar no
Layout, ative o botão ‘Pré visualizar atlas’.
Figura 25. Botão ‘Pré visualizar atlas’, na barra de ferramentas do compositor de impressão.
ESCLARECIMENTO: o ‘Pré visualizar atlas’ pode ser ativado em qualquer momento do
processo apresentado neste tutorial. Com ela no modo ativo conseguimos testar e
acompanhar simultaneamente as mudanças que vamos fazendo. Se em algum momento
vemos que o Layout não esta mostrando nossas mudanças só desligar e ligar de novo o
‘Pré visualizar Atlas’.
A barra de ferramenta do Atlas apresenta varias opções:
Figura 26. Detalhe das opções da ferramenta atlas.
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Agora segundo vamos percorrendo as diferentes feições, de nossa camada ‘mudança_solo’
podemos ver como os dados e as vistas dos mapas de nosso Layout vão se atualizando.
1.6. Configuração do nome de saída do arquivo
Por último, padronizamos o nome de saída de nossos arquivos. Para isso voltamos na aba
‘Geração de Atlas’, vamos até a opção ‘Saída’ e geramos uma expressão que terá em conta
o campo da tabela ‘Número de Mapa’ na definição do nome do arquivo de saída.
Figura 27. Definir o nome do arquivo de saída
Com esta expressão conseguimos padronizar o nome do arquivo de saída e diferenciá-lo
pelo número de mapa:
Figura 28. Expressão para definir o nome do arquivo de saída.
Agora já podemos gerar nossos mapas em serie desde a barra de tarefas ‘compositor’ do
Compositor de impressão:
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Figura 29. Opções de exportação de mapas desde o compositor de impressão o QGis.
Serie de Mapas gerada no QGis - Atlas
Finalmente já temos nossa serie de Mapas pronta!
Figura 30. Mapas obtidos do processo de geração do Atlas no QGis.
Tutorial realizado no software: QGIS - 64 Bits versão 2.18.15.
Arquivos ráster: imagens Landsat 8 no formato TIFF, composição r6g5b4.
Arquivos vetoriais: formato GeoJSON.
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