Post on 03-Jul-2015
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO
MARANHÃO – UFMA
PROFEBPAR
CURSO DE PEDAGOGIA
Grajaú2012
BENILDA ARAÚJO DOS SANTOS
CORACI DUARTE BELÉM
DILVANE INÊS M. ALVES DE SALES
ELISÂNGELA FERREIRA
ERBENE DE MELO ARAÚJO
ÉRICA LIMA
FRANCISCA M. DE CARVALHO
MEMORIAL DOS GARIMPEIROS DE GRAJAÚ
Local onde se fazia
as prospecções,
vista a partir da Vila
dos Garimpeiros.
Altitude máxima 503 m
Comprimento5.800 há
LocalizaçãoCurionópolis
Pará
País(es)Brasil
SERRA PELADA
Aos garimpeiros da nossa cidade e do Brasil nossa mais sincera
homenagem!
Brasília, abril de 1998.
PRIMEIROS GARIMPEIROS AQUE ENTRARAM NA SERRA PELADA:
1º Zé Baixinho ( Camisaria Chaves)2º E 3º Francisco Sales da Rocha
( Chico Rocha) e Raimundo Periquito em 16 de maio de 1980.
O grajauense que ganhou mais dinheiro no garimpo ficou conhecido como Adão Soldado.
Ele “banburrou” com 102 kg de ouro, no
entanto, morreu pobre, muito pobre.A 1ª mulher a entrar no garimpo era
maranhense ,em 24 de junho de 1986.
EM GRAJAÚ...
São 333 garimpeiros associados na Cooperativa dos Garimpeiros da Serra pelada – COOMIGASP;
Em torno de 10% são mulheres;
Outros 10% aproximadamente são herdeiros.
“Todos compartilham o mesmo sonho: Receber uma indenização que varia de valor de acordo com o tamanho do sonho”.
José Agostinho Franclin Sales, assim como
tantos outros, se foi sem levar nenhum
proveito do seu sonho, porém, deixou muito de si, principalmente
seu carinho e sua bondade, um exemplo
a ser seguido.
• Quantos pais de família
deixaram seus filhos e suas
esposas e foram em busca de
uma vida melhor! Quantos deles
voltaram? Quantos deles ao
chegar em casa não tiveram o
prazer de reencontrar seus
entes-querido...
• Pensou-se nessa pesquisa a partir de
relatos orais e escritos de amigos e
parentes que viveram e vivem um
sonho: Ganhar dinheiro, ficar rico,
ou apenas conseguir o sustento de
suas famílias, educar seus filhos,
comprar um carro, enfim, ter uma
vida digna e, por considerar
interessante a forma de luta desta
classe de trabalhadores do Brasil.
No início era assim... Tronco de árvores serviam de pontes para os carregadores de cascalho passar.
Essas pontes mediam em média 200 metros.
Os garimpeiros carregavam em
média 50 sacos de cascalhos por dia.
Subindo essa serra eles
formavam uma multidão, que
ficou conhecida como
“formigueiro humano”.
• Ao observar algumas imagens é
possível imaginar o sofrimento, a
angústia, a saudade, mas também, a
esperança depositada em cada saco
de cascalho, em cada passo forçado
na subida daquela imponente ladeira.
Alguns homens aventuravam a sorte e matavam a fome lavando pequenas porções de terra que ganhavam dos barranqueiros de
bom coração. Essas porções eram chamadas de REQUE.
• Falar sobre a Serra Pelada é
muito difícil, especialmente para
quem não esteve lá, vivenciando
o dia-a-dia dos garimpeiros: suas
lutas, tristezas, mazelas e muitas,
muitas alegrias.
Garimpeiro em
plena atividade
no garimpo. O
melechete
(lama) fazia
parte do dia-a-
dia desses
homens valentes
e corajosos...
Esta fotografia retrata a luta entre os trabalhadores de Serra
Pelada e a polícia militar. A posição e a fisionomia dos
personagens principais mostram, apesar do conhecido poder da guarda, a imponência da figura do trabalhador, que segura o
cano da arma sem medo de levar um tiro.
O trabalhador, vítima da política econômica e social, é forte e está em destaque na imagem.. Todos aguardam o desenrolar da cena – um, com os braços cruzados, ainda olha com deboche para a
arma.
Em sua parte mais profunda, este lago da Serra Pelada formado a partir das
escavações manuais, possui 120 metros de profundidade. Acima d'água não
difere muito de um lago comum, exceto pela montanha recortada que se
projeta morro acima. Abaixo da superfície, depositadas no solo
envenenado de mercúrio, estão sobrepostas camadas de ouro, lama,
sangue e ganância humana.