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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas
FUNDAÇÃO PEDRO LEOPOLDO
AMBIENTE DE COOPERATIVISMO:
ÉTICA INDIVIDUAL X ÉTICA COLETIVA
UM ESTUDO DE CASO NA COOPERATIVA UNIMED JOÃO PESSOA
MARIA EMÍLIA CALDAS DE ALBUQUERQUE MADRUGA*
JOÃO PESSOA
2013
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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas
MARIA EMÍLIA CALDAS DE ALBUQUERQUE MADRUGA
AMBIENTE DE COOPERATIVISMO:
ÉTICA INDIVIDUAL X ÉTICA COLETIVA
UM ESTUDO DE CASO NA COOPERATIVA UNIMED JOÃO PESSOA
JOÃO PESSOA
2013
Trabalho apresentado ao curso de
MBA – Gestão de Cooperativas de
Saúde, como requisito parcial para a
obtenção de grau de Especialista.
Orientador: Maria Helena Michel
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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas
RESUMO
OBJETIVOS: Verificar se os cooperados conseguem manter a ética individual
nas atividades sem prejudicar a qualidade do ambiente de cooperativismo.
MÉTODOS: Este é um estudo transversal e descritivo, onde foi utilizado um
questionário auto aplicável em 40 cooperados da UNIMED/João Pessoa, com
questões sobre o interesse em ética médica, bioética e conhecimento sobre o
Código de Ética Médica (CEM)
RESULTADOS: Foram analisadas todas as repostas do questionário auto
aplicável, e foi observado que 45% concordam totalmente e 40% concordam
parcialmente que possuem nível de conhecimento sobre o código de ética
médica; 67,5% concordam totalmente e 30% parcialmente que o código é
importante como guiam de conduta; 70% concordam totalmente e 22,5%
concordam parcialmente que o código auxilia a reduzir duvidas dos
profissionais, é interessante colocar a ocorrência mesmo que discreta nesse
item de 5% de que é indiferente e 2,5% que discordam totalmente; 60%
concordam totalmente e 37,5% parcialmente que entendem que praticam o
código de ética no ambiente de trabalho; 45% concordam totalmente, 35%
concordam parcialmente, 7,5% são indiferentes, 2,5% discordam parcialmente
e 10% discordam totalmente que possuem ética individual e que as praticam;
em relação ao item ignorar o código de ética em seu ambiente de trabalho
pode causar constrangimento coletivo às respostas foram 65% concordaram
totalmente 25% concordam parcialmente, 2,5% acham que indiferente e 5%
discordaram totalmente; Sobre as pessoas agirem de forma individualista no
ambiente de trabalho 30% concordaram totalmente, 55% concordaram
parcialmente, 5% acharam que são indiferentes, 7,5% discordaram
parcialmente, e 2,5% discordaram totalmente; com relação ao conhecimento
dos cooperados sobre o código de ética medico no ambiente de cooperativa as
respostas foram mais equilibradas onde 15% concordaram totalmente, 35%
concordaram parcialmente, 7,5 acham indiferente, 27,5% discordam
parcialmente e 15% discordaram totalmente; e por fim quando se pergunta de
todos cumprem as normas do código de ética no ambiente de trabalho 7,5%
concordaram totalmente, 32,5% concordaram parcialmente, 5% se mantiveram
indiferente, 42,5 discordaram parcialmente e 7,5% discordaram totalmente.
CONCLUSÕES: As respostas encontradas pela aplicação do questionário
sinalizam de forma clara que em relação individual existe o conhecimento, a
noção de importância para a conduta médica, no respaldo a duvidas a prática
da profissão, assim como sua intervenção no coletivo sobre código de ética
médica, em contra partida quando a pergunta se refere à percepção no
coletivo, ou seja, se o colega tem o mesmo grau de conhecimento,
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comprometimento e pratica a pesquisa aponta de forma negativa, levantado
duvidas nesse sentido.
Palavras-chave:Ética Médica; Ética Individual; Bioética; Cooperativa;
Ambiente.
ABSTRACT
OBJECTIVES: Checkifthecooperativecanmaintain individual
ethicswithoutharmingtheenvironmentqualityofcooperative.
METHODS:This is adescriptive cross-sectionalstudy, wherewe useda
selfapplicable inthe40cooperativeUnimed/João Pessoa, with questions
aboutinterest inmedical ethics, bioethics andknowledge ofthe Code ofMedical
Ethics(CEM)
RESULTSWe analyzed all the responses from the questionnaire self applicable,
and it was observed that 45 % strongly agree and 40 % somewhat agree that
possess knowledge level sobreo code of medical ethics , 67.5 % strongly agree
and 30 % partially the code is important as guide of conduct ; 70 % strongly
agree and 22.5 % somewhat agree that the code helps to reduce questions of
professionals , it is interesting to put the occurrence even in discrete item of 5 %
that is indifferent and 2.5 % who strongly disagree and 60 % strongly agree and
37.5 % partially understand that practicing the code of ethics in the workplace ,
45 % strongly agree , 35 % somewhat agree , 7.5 % are indifferent , 2.5 %
disagree and 10 % partially totally disagree that have individual ethics and the
practice , in relation to item ignore the code of ethics in the workplace can
cause embarrassment collective responses were 65 % strongly agreed 25 %
somewhat agree , 2.5 % think indifferent and 5 % totally disagreed ; Sobreas
people act individualistically in the workplace 30 % strongly agreed , 55 %
agreed partially , 5 % thought it is indifferent , 7.5 % partially disagreed , and 2.5
% disagreed completely , with respect to knowledge of the cooperative on the
code of medical ethics in the environment of cooperative responses were more
balanced where 15 % strongly agreed , 35 % agreed partially , feel indifferent
7.5 , 27.5 % partially disagree and 15 % totally disagreed , and finally when
asks all meet the standards of the code of ethics in the workplace 7.5 %
strongly agreed , 32.5 % agreed partially , 5 % remained indifferent, 42.5
partially disagreed and 7.5 % disagreed completely .
CONCLUSIONS:The answersfoundbythe
questionnaireclearlyindicatethatindividualexistsregardingthe knowledge, the
notionof importance tomedical managementinsupporttodoubtthe practiceof the
profession, as well as its interventionin the collectivecodeofmedical ethics,
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matched againstwhen the questionrefers tothe collectiveperception, ieif
thecolleaguehas the samelevel of knowledge, commitment andpracticethe
research showsa negativeraiseddoubtsin this regard
Key words: Medical Ethics; Individual Ethics; Bioethics; Cooperative Health;
Environment.
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos a medicina vem enfrentando grandes transformações, e
conseqüentemente tornou-se crescente a importância da ética médica e
bioética para a compreensão da realidade e antecipação as novas questões
impostas na vida daqueles que lidam com a saúde. Discutir ética na medicina
pode proporcionar substancia para por assim dizer a construção de um tratado.
A história da medicina nos remete a eras remotas antes de Cristo, e a partir de
Hipócrates a medicina constituiu-se em um paradigma material e formal da
ética grega. Material, pelos benefícios da Medicina e da moral dentro do
naturalismo grego, no qual a saúde é sinônima de beleza e bondade; e,
Formal, pela conjunção médica-filosófica traduzida na racionalidade “pratica”,
“científica”, “casuística”, e “producencial” que transformou a ética numa
disciplina.
Ética, é um ramo da filosofia, considerada uma ciência do comportamento
moral humano. Trata-se da Filosofia Moral ou do pensamento filosófico a cerca
da moralidade, dos problemas morais e dos juízos de valor, segundo Frankena(
1981).
Profissão é uma atividade humana especifica que surge em razão de uma
necessidade social para a qual deve estar voltada, com a missão fundamental
de colaborar para o bem estar coletivo, o equilíbrio e a paz social.
Muitos estudiosos têm constatado a discrepância entre o desenvolvimento
técnico-científico enfrentada pela profissão médica e a realidade dos
consultórios e hospitais, no que se refere à qualidade do atendimento e a
humanização. É notória a discrepância, a cada dia maior, entre a ética prescrita
pelos códigos e aquelas exercidas pelos profissionais.
Todo profissional em sua formação acadêmica é apresentado à ética de sua
profissão. É comum que em principio de carreira a aplicação do código tenha
mais valor e significância para o profissional, pois ele norteia sua vivencia diária
de trabalho e sua conduta, mas com o passar do tempo às atitudes pessoas e
os valores individuais assumam o controle do comportamento ético dos
profissionais, mesmo os da classe medica que possui um código vasto e
importante. Mesmo assim muitas vezes, os pontos mais básicos do código de
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ética médica são deixados em segundo plano, principalmente num ambiente de
cooperativismo. O que poderia ser um comportamento pontual toma
proporções maiores em detrimento de valores individuais e do “isolamento” que
o profissional de saúde vive, pelo grau de responsabilidade com a vida e com o
bem estar que deve proporcionar a população que atende, e talvez, também
pela “competitividade” de carreira.
Como justificativa para a elaboração desse trabalho é a relevância de que as
praticas de ética medicas sejam vivenciadas para agregar valores positivos nas
relações do ambiente de cooperativismo, fazendo com que o cooperado as
assimile com facilidade e de forma cordial. Com esse trabalho pretende-se
refletir e chamara a atenção acerca de um assunto que esta sempre atual e
que eventualmente é tema de debates e programa na mídia quer seja de forma
positiva quanto pejorativa e difamatória
A problemática surge da incógnita: Os cooperados da UNIMED/João Pessoa
conseguem manter a ética individual no contexto coletivo?
Como objetivo geral, o intuito é verificar se os cooperados conseguem manter a
ética individual nas atividades sem prejudicar a qualidade do ambiente de
cooperativismo. E especificamente discutir e sugerir estratégias relacionadas à
ética e avaliar como os cooperados as praticam, e, analisar a viabilidade de
implantar e implementar estratégias e ações que multipliquem e esclareçam à
boa pratica ética.
RERFERENCIAL TEÓRICO
A ética individual esta baseada nos valores fundamentais de uma sociedade,
ou seja, devemos ser responsáveis pelos nossos atos, procurando ser honesto
sempre, educados cumpridores de todos os compromissos assumidos com
toda a lealdade. E assim é possível o principio de igualdade entre os cidadãos,
na construção de uma sociedade mais justa. É transmitida e interiorizada ao
longo do tempo, e diferencia-se no contexto cultural, não no social e
econômico. Não é adaptável aos interesses circunstanciais.
A ética coletiva ou institucional depende da visão do que cada um tem da
realidade institucional a qual esta inserida, do respeito mútuo, pessoal e
profissional. Depende da ética individual, mas é regido por um código de ética.
Código de ética é um conjunto de regras que orientam a conduta profissional
interna e externa de todos os elementos de uma organização. É um elemento
de mediação e resolução de conflitos de uma organização.
Em relação aos direitos dos cooperados, entende-se que ele pode votar e ser
votado; Garantida a participação em todas as operações da cooperativa;
Receber retorno sobre os apurados ao fim de cada ano; Examinar os livros e
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documentos, convocar assembléia, caso necessário; Pedir esclarecimento aos
conselhos de Administração e Fiscal; Opinar e defender as suas idéias; Propor
ao Conselho de Administração ou à Assembléia Geral, medidas de interesse
da Cooperativa.
Da responsabilidade profissional, no código de ética medica é composto por 21
artigos dos quais se acham prescritos os deveres de informação, vigilância,
prudência e pericia, estando o profissional obrigado a cumprir os chamados
mandamentos básicos da atenção médica: dever da informação, dever da
vigilância, dever da atualização e dever da abstenção de abuso.
É dever de todo o medico garantir os direitos fundamentais da pessoa humana
como: dignidade, integridade física e psíquica, e respeito às diferenças
(tolerância). Qualquer prática que afrontem tais preceitos será considerada
atentatória à moral médica. Está incluído o direito ao consentimento
esclarecido em todos os procedimentos médicos, exceto nos casos de
urgência. Consta também a ação intervencionista nos casos de greve de fome,
e a vedação da participação do medico em relação à pena de morte.
A relação entre os médicos deve ser o de solidariedade corporativa. È
imperativo não prejudicar o colega, acobertar condutas antiéticas, praticar
concorrência desleal, negar informação sobre paciente encaminhado, reter
paciente, alterar prescrição ou tratamento, ou qualquer outra interferência na
autonomia profissional de outro medico, inclusive na condição de auditor.
Nas suas relações com pacientes e familiares, deve-se observar o direito do
paciente tais como, obter dos meios disponíveis para o diagnostico e
tratamento; receber as informações quer sejam sobre a sua pessoa, e no caso
de impedimento por razões emocionais ou de consciência, estender esse
direito ao responsável legal; Inclui também o direito a conferencia médica e ao
acesso a todos os dados colhidos pelo profissional apresentados em prontuário
ou ficha clínica, declarações, atestados, laudos, relatórios e tudo o que diz
respeito a sua pessoa (Habeas data). Observamos aqui os princípios da
autonomia, direito de decidir livremente sobre os procedimentos médicos e ao
consentimento esclarecido; da beneficência, como usar a técnica em favor do
paciente; da não maleficência, não ter os cuidados suspensos; e da justiça, não
praticar a eutanásia e respeitar a legislação sobre a reprodução assistida. È
importante ressaltar aqui a abstenção ao abuso, não se aproveitar da relação
com o paciente para obter vantagem física, financeira, emocional e política, e
nem desrespeitar o seu pudor.
O sigilo médico é um dos preceitos mais destacados do Corpus Hippocraticum,
pois representa a garantia da sociedade para com os direitos individuais, sendo
indispensável para o pleno exercício da maioria das profissões. O segredo
médico é resultante da aplicação da doutrina moral e legal do sigilo profissional
sobre a medicina, que impõe ao profissional a não revelação daquilo que tenha
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conhecido, percebido ou deduzido por ocasião da intima relação entre medico
e seu paciente. Nasce aqui a livre confiabilidade e confidencialidade do
paciente para com seu médico, sem a intervenção de terceiros.
Ainda sobre o sigilo profissional e duvidas a respeito da definição, guarda,
manutenção e manuseio de prontuários, o Conselho Federal de Medicina
promulgou a Resolução CFM N. 1.638/2002, que define a responsabilidade e
torna obrigatória a criação de Comissões de Revisão de Prontuários nos
estabelecimentos e/ou instituições de saúde onde prestem assistência médica.
Outra novidade é em relação aos prontuários eletrônicos e a criação da
Resolução CFM Nº 1.639/2002, que aprova as normas técnicas para o uso de
sistema informatizado para a guarda e manuseio de prontuários médicos.
A Bioética modelo do Principialismo (Beauchamp e Childress – 1994) baseia-se
em quatro princípios normativos para a abordagem de dilemas éticos,
principalmente aqueles aplicáveis à práxis médica e que requerem um perfeito
equilíbrio entre eles.
As práxis, Beneficência a ética da filantropia hipocrática, a mais requerida na
área da saúde, onde a atenção e o cuidado ao paciente implicam em atuar
sempre em seu beneficio; A Não-maleficência tem o mesmo significado de não
prejudicar, não ter intenção danosa; Autonomia significa o direito a
autodeterminação e autogoverno da pessoa humana que tem o direito de
decidir sobre si mesma; e a Justiça que é um principio com duas vertentes, a
distributiva (relação governo x seus súditos), e a comutativa (regula as relações
das pessoas entre si). Para a Bioética não há justiça quando se nega, sem
justificativa, a uma pessoa que merece ou quando se lhe impõe um ônus
indevido.
METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada na Cooperativa UNIMED/ João Pessoa. Com uma
amostra de 40 cooperados. O tipo de pesquisa é quantitativa, descritiva e de
campo, e quanto ao método é comparativo, analítico e estatístico. A técnica
utilizada foi à aplicação de questionário (Günther). Os dados foram analisados
no programa de análise estatística SPSS, versão 9.0 para Windows (SPSS inc.
Chicago, Illinois).
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RESULTADOS
Analise do questionário composto por nove perguntas diretas, vai ser de item
por item.
Questão 01: Na opinião dos entrevistados sobre o nível de conhecimento do
código de ética medica 17(42,5%) concordaram totalmente, seguido de 16
(40%) concordaram parcialmente, 03 (7,5%) se manifestaram indiferente e 04
(10%) discordaram totalmente. Observa-se a existência de uma população que
não consideram o seu nível de conhecimento sobre o código de ética
satisfatório, é necessário identificar onde esta essa lacuna que deixa os
cooperados inseguros nesse sentido. Será que o problema surge no meio
acadêmico com a falha da grade curricular, ou será que a vida atribulada, a
busca pela conquista de um padrão de vida confortável, ou mesmo o empenho
de fazer um trabalho bem feito esta fazendo com que a teoria seja deixada em
segundo plano ou até mesmo esquecida;
1º CT
2º CP
3º I
4º DP
10
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Questão 02: Nessa questão a grande maioria concordou totalmente 27
(67,5%), ou concordou parcialmente 12 (30%) e apenas 01 (2,5%) que se
manifestou indiferente em relação à importância do código de ética médica
como guia de conduta para o cooperado. Relacionando com a questão anterior
fica claro aqui que no entendimento dos cooperados, que o código de ética
médica como guia de conduta, embora não tenham absoluta certeza do
conhecimento sobre o mesmo;
1º CT
2º CP
3º I
11
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Questão 03: No que se refere ao auxilio do código de ética para reduzir duvidas
dos profissionais, 28 (70%) concordaram totalmente, 09 concordaram
parcialmente, 02 (5%) são indiferentes, e apenas 01 (2,5%) discordou
totalmente. É interessante observara aqui que embora a grande maioria
concorde que o código de ética é eficiente para esclarecer duvida, existem
cooperados que se dizem indiferentes ou discordam nesse sentido. Seria
interessante aprofundar o estudo nesse sentido.
1º CT
2º CP
3º I
4º DP
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Questão 04: Quando a pergunta foi relacionada se o cooperado entendia que
praticava o código de ética médica no seu ambiente de trabalho as respostas
foram positivas, onde 24 (60%) concordaram totalmente, 15 (37,5%)
concordaram parcialmente, e apenas 01 (2,5%) é indiferente. Talvez para
alguns dos cooperados seguir o padrão seja aplicar e praticar o código de ética
no seu cotidiano de trabalho em cooperativa. Será que ocorre algum equivoco
de conceito aqui?
1º CT
2º CP
3º I
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Questão 05: Sobre possuir ou ter ética própria a praticar, as respostas
sinalizaram que 18 (45%) concordaram totalmente, 14 (35%) concordaram
parcialmente, 03 (7,5%) foram indiferentes a essa questão, 01 (2,5%)
discordaram parcialmente, e 04 (10%) discordaram totalmente. Talvez a
questão tenha deixado alguma duvida, pois na condição humana e em convívio
em sociedade deve ter no mínimo um padrão ético moral que os inibam a
cometer atos danosos, principalmente para quem lida com a saúde coletiva.
1º CT
2º CP
3º I
4º DP
5º DT
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Questão 06: No tocante ao fato de ignorar o código de ética no ambiente de
trabalho poder causar situações de constrangimento coletivo, 27 (67,5%)
concordaram totalmente, 10 (25%) concordaram parcialmente, 01 (2,5%)
indiferente, e 02 (5%) discordaram totalmente. Sinalização de que o código de
ética assume sua posição como o de ditar as regras de comportamento e
padronização das atividades coletivas;
1º CT
2º CP
3º I
4º DP
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Questão 07: No que se refere ao comportamento dos cooperados agirem de
forma individualista no ambiente de trabalho, resultado apresentado foi o
seguinte 12 (30%) concordaram totalmente, 22 (55%) concordaram
parcialmente, 02 (5%) são indiferentes, 03 (7,5%) discordaram parcialmente e
01 (2,5%) discordaram totalmente. Esta é uma questão que demonstra que
apesar de saber que o código de ética é importante e que rege o ambiente de
trabalho institucional, coletivo e, por conseguinte as cooperativas, a prática
individualista é a que prevalece no final das contas. Por isso é importante
ampliar a investigação acerca de tal aprendizagem, se é falha ou uma opção
de vida.
1º CT
2º CP
3º I
4º DP
5º DT
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Questão 08: Para identificar se é entendido que todos os cooperados médicos
têm conhecimento do código de ética medica, o resultado foi 06 (15%)
concordaram totalmente, 14 (35%) concordaram parcialmente, 11 (27,5%)
discordaram parcialmente, 06 (15%) discordaram totalmente e apenas 01
(2,5%) é indiferente. Nessa situação existe praticamente um equilíbrio entre as
resposta dos que concordam e os que não concordam, fato que coloca em
duvida sobre as relações de confiança entre os cooperados a cerca de que
seus colegas conheçam e entendam o código de ética, manifestação essa que
pode estar respaldada por fatos do cotidiano ou pela pretensão de se
considerar melhor que o colega nesse sentido.
1º CT
2º CP
3º I
4º DP
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Questão 09: E por fim se os cooperados percebem que todos cumprem as
normas do código de ética médica, as respostas surpreendem de certa forma,
pois 03 (7,5%) concordaram totalmente, 13 (32,5%) concordaram parcialmente,
02 (5%) são indiferentes, 17 (42,5%) discordaram parcialmente e 03 (7,5%)
discordaram totalmente. A soma do numero de pessoas que discordam com os
que se dizem indiferentes a esta questão é bem significativo, então na pratica
todos acreditam no código de ética ou o conhecem, mas efetivamente não
acreditam que seu colega tenha o mesmo pensamento e atitude de cumprir
com as regras, é uma controvérsia interessante e necessita ser mais
investigada.
1º CT
2º CP
3º I
4º DP
5º DT
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Estudante do MBA Gestão de Cooperativas
DISCUSSÂO
É um fato interessante observar o quanto se entende que a individualidade é
tão marcante nas relações de cooperativas, pois todas as perguntas
direcionadas ao autoconhecimento as respostas são bem mais substanciais, e
muito mais diretas. É do entendimento de todos que o código de ética medica é
importante, pois foi assim aprendido em algum momento de sua vida
acadêmica que se deve obedecer e observar tais normas. Pode até ter sido
bem trabalhado nos primeiros anos de profissão e até que de forma individual
continuam a entender que a praticam. Mas por que será que de forma coletiva
essa situação não fica bem clara? Por que existem duvidas que o colega de
cooperativa não apliquem de forma adequada as normas de ética, bioética,
direitos humanos, coisas básicas para o cuidado com a vida humana. Será que
a competitividade e muitas vezes o orgulho afastam as pessoas e com isso o
profissional também?
É de fato notório que no trato cotidiano em cooperativas, pela dinâmica da
situação de trabalho os profissionais estejam tão assoberbados que deixam de
perceber o colega cooperado como um ser igual e que apesar de conhecer
todas as regras que norteiam sua conduta profissional e possuir um
comportamento ético próprio, é passível de falhas e que pode cometer
equívocos como qualquer outro profissional.
É relevante levar essa discussão a diante quer seja a nível acadêmico e de
conselho, para que o código de ética médica seja mais bem assimilado e que
esta sendo praticado a nível individual e coletivo.
Fica a sugestão de grupos de estudos acerca da conduta ética em ambiente
de cooperativa, e material de divulgação sistêmica para que as tornem
facilitadora, para difundir o conhecimento seguro e eficaz tornando os
cooperados cientes que todos atuam em suas especialidades dentro da
cooperativa com o mesmo grau de importância, competência e principalmente
sincronizados no que se refere à boa pratica medica respaldada no código de
sua profissão.
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CONCLUSÃO
Ainda se deve haver maior estudo no que se refere ao ensino acadêmico sobre
o código de ética médica, suas características, sua importante relevância para
a boa pratica e segurança na vida do profissional de medicina. É primordial
para o em trabalho de cooperativa que todos entendam que estão alinhados
em um mesmo pensamento, o de assegurar vida e qualidade de vida, e para
isso devem confiar que todos sigam as normas do código de ética.
Portanto esse trabalho consegue remeter a um viés falho na pratica diária dos
cooperados da UNIMED/João Pessoa, ou seja, os profissionais de certa forma,
não estão seguros ou estão tão isolados em sua rotina que não acreditam
totalmente que em seu ambiente de trabalho todos estejam dentro de um
mesmo padrão de pensamento ético coletivo.
Por outro lado, as cooperativas de saúde devem assegurar que o
comportamento ético coletivo, no que se refere ao código de ética medico, seja
mais difundido e cobrado de seus cooperados, para com isso inibir atitudes
danosas ao publico a quem presta serviço, assegurar o bom andamento do
trabalho, a qualidade e a presteza no atendimento de saúde, e assim evitar
situações que coloquem em risco o bom nome de seus cooperados e por
conseqüência a imagem da cooperativa.
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REFERENCIAS
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05. Drumond, José Geraldo de Freitas. O “ethos” médicos: a velha e a nova
moral médica – 2 ed. – Montes Claros, Unimontes, 2012;
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