Post on 02-Dec-2018
FUNDAÇÃO ABREU CALLADO
ESCOLA PROFISSIONAL ABREU CALLADO
A Pedagogia deve ser orientada
não para o ontem, mas para o
amanhã do desenvolvimento
intelectual e profissional
de cada aluno.
E a Escola deve ser a garantia
dessa missão primeira.
Projeto Educativo 2014/2017
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I n d i c e T e m á t i c o
1. Enquadramento Legal ........................................................................................................................... 3
2. Caracterização do meio envolvente/ Regional .................................................................................... 4
3. A Escola Profissional Abreu Callado ................................................................................................... 6
3.1. História da Instituição .................................................................................................................... 6
3.2. Caraterização do espaço físico ....................................................................................................... 7
3.3. Caraterização dos recursos humanos ............................................................................................ 8
3.3.1. Pessoal docente ......................................................................................................................... 8
3.3.2. Pessoal não docente ................................................................................................................ 10
3.3.3. Outros colaboradores ............................................................................................................ 10
3.4. Áreas de Intervenção/ Oferta Formativa .................................................................................... 11
3.5. Ações extracurriculares ................................................................................................................ 13
4. Missão e Estratégia .............................................................................................................................. 14
5. Objetivos ............................................................................................................................................... 16
6. Avaliação do Projeto Educativo ......................................................................................................... 18
Projeto Educativo 2014/2017
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1. Enquadramento Legal
O presente PROJETO EDUCATIVO da Escola Profissional Abreu Callado, para o ciclo
formativo 2014-2017, é elaborado ao abrigo do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril,
posteriormente alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho. É um instrumento
estratégico e de orientação do trajeto que a Escola deve seguir, e da interação entre os seus
membros ativos e agentes que nele intervêm: alunos, famílias, docentes, pessoal não docente,
auxiliares educativos, conselho diretivo, direção pedagógica, parceiros de FCT – afinal a
“comunidade escolar” que dentro dela vive e contribui para a consecução dos seus fins.
É um documento onde estão consignadas as linhas de organização e funcionamento da
Escola, assim como as regras de articulação e de vigilância do cumprimento dos objetivos
pedagógicos e do seu papel no contexto socioeconómico da região que serve, e na qual se
integra harmonizadamente com os restantes setores de desenvolvimento social e humano
locais.
No n.º 1 do art.º 9.º do Decreto-Lei 75/2008, de 22 de abril, pode ler -se, na sua alínea a),
que o «Projeto Educativo» é “o documento que consagra a orientação educativa do
agrupamento de escolas ou da escola não agrupada, elaborado e aprovado pelos seus órgãos
de administração e gestão para um horizonte de três anos, no qual se explicitam os princípios,
os valores, as metas e as estratégias segundo os quais o agrupamento de escolas ou da escola
não agrupada se propõe cumprir a sua função educativa”.
A Escola Profissional Abreu Callado, cuja entidade proprietária, nos termos do Decreto-
Lei nº 92/2014, é a Fundação Abreu Callado (‘instituição particular de solidariedade social’ com
estatuto de ‘utilidade pública’), continua a perfilar-se como um esteio de “formação profissional”
por excelência na região central do Norte-Alentejano em que está inserida, herdeira que é da
pioneira Escola Rural José Godinho de Abreu e continuadora de uma vocação de ‘ensino
prático’ que a Fundação Abreu Callado lançou no Alentejo nos idos anos 50 do século XX.
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2. Caracterização do meio envolvente/ Regional
A Escola localiza-se em Benavila, concelho de Avis, do distrito de Portalegre. O concelho
de Avis tem como zonas limítrofes os concelhos de Ponte de Sor, Alter do Chão, Fronteira,
Sousel, Mora (Distrito de Évora).
Com uma área de 606 km2 o concelho é composto por seis freguesias: União das
Freguesias de Alcórrego e Maranhão; Aldeia Velha; Avis; União das Freguesias de Benavila
e Valongo; Ervedal; Figueira e Barros.
Localização do Concelho de Avis
Freguesias que compõem o Município de Avis
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No que respeita à distribuição da população por setor de atividade, na área do concelho
de Avis a situação verificada é a que a seguir se apresenta.
Pode-se constatar que, a par das NUT II e III, a maior parte da população está inserida no
setor terciário, ainda que com valores mais baixos do que nos territórios em comparação. Ao
nível do setor primário verifica-se uma maior taxa de ocupação na área do concelho (19%) do
que no Alto Alentejo (9%) e no Alentejo (9%). Situação inversa é verificada no setor secundário,
que ocupa o menor número de pessoas empregadas na área concelhia (16%).
No plano educacional, em Avis existe o Agrupamento Vertical de Escolas do Concelho de
Avis, do qual fazem parte quatro estabelecimentos de ensino pré-escolar (Avis, Benavila,
Ervedal e Figueira e Barros), cinco estabelecimentos de 1º ciclo, e uma escola de 2º e 3º ciclo
(Escola Mestre de Avis). O ensino secundário neste concelho é assegurado pela Escola
Profissional Abreu Callado.
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3. A Escola Profissional Abreu Callado
3.1. História da Instituição
No processo de constituição da Fundação Abreu Callado, o seu instituidor Cosme de
Campos Calado, ao dar acolhimento à sugestão do seu amigo e médico Dr. Jaime Pimenta
Prezado, para que uma parte dos proventos dos seus bens viessem a ser afetos à educação dos
filhos dos trabalhadores da ‘casa agrícola’ e dos restantes jovens da freguesia de Benavila,
alargando esse benefício ao do concelho de Avis, associa definitivamente a Fundação Abreu
Callado à educação e à qualificação profissional de jovens, essencialmente carenciados.
No dia 25 de Outubro de 1956, é inaugurada a Escola Rural José Godinho de Abreu.
Segundo o jornal Brados do Alentejo, Baptista Carvalho incitou, desde logo, os primeiros alunos
“a dedicarem-se à Escola, mostrando-lhes os louros que podiam colher com o seu bom
aproveitamento”. Posteriormente, no ano escolar 1958/1959, inicia-se a secção feminina, onde
para além da formação teórica agrícola, incluía as componentes de costura, cozinha e
administração caseira.
A partir de 1969 a escola passa a funcionar noutros moldes, passando a ser Centro de
Formação Profissional Agrícola, dirigido pela Junta de Colonização Interna, que viria a ser
desativado em 1975.
Posteriormente, em 16 de setembro de 1985 é criado o Centro de Formação Técnico
Profissional Agrária de Benavila/Escola Rural José Godinho de Abreu, frequentado por jovens
agricultores e alunos do ensino secundário.
Na década de 90 (ano letivo 1992/1993), com a celebração do “Contrato Programa” entre
o Ministério da Educação e a Fundação Abreu Callado como ‘entidade promotora’, é criada a
Escola Profissional Abreu Callado. Os primeiros Cursos escolhidos, em consonância com as
necessidades na altura do mercado de trabalho da região, foram “Animador Social /Assistente
de Geriatria” e “Técnico de Vitivinicultura e Enologia”. Nos anos posteriores novas ofertas
formativas adaptadas à evolução do já referido mercado de trabalho pautaram a escolha de
cursos como Técnico de Turismo Ambiental e Rural, Técnico Auxiliar de Infância, Animador
Sociocultural/Organização e Planeamento, Técnico de Informática de Gestão, Assistente
Familiar e Apoio à Comunidade (este de nível II), Técnico de Proteção Civil, Técnico de Turismo
e Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos. Presentemente da oferta formativa constam
os “cursos profissionais” de Animador Sociocultural, Técnico de Turismo Ambiental e Rural, e
Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos.
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3.2. Caraterização do espaço físico
A Escola Profissional Abreu Callado dispõe de um conjunto de espaços físicos
adequadamente adaptados ao seu funcionamento como “escola profissional”:
- o designado “corpo principal” da Escola, com dois andares, que comportam as instalações
administrativas, o ginásio, a área do Conselho Diretivo e da Direção Pedagógica, as salas
de aula (todas equipadas com ‘quadros interativos’), o refeitório e cozinha, o bar, a sala
de convívio, o alojamento, a lavandaria, a sala de professores, o Gabinete de Apoio
Escolar e Profissional – GAEP e o Gabinete de Informação e Apoio da Educação para a
Saúde.
- um outro edifício ligado ao corpo principal, incluindo três salas que funcionam como
laboratórios/salas de aula de informática, laboratório de física e química, e uma biblioteca
bivalente que também pode funcionar como sala de aula.
- garagem/oficina para guardar e reparar as viaturas de transporte de alunos, as bicicletas
para uso das atividades desportivas da Escola e da Associação de Estudantes;
- uma vivenda (ao lado do acesso ao perímetro escolar e já dentro deste, em frente ao
corpo principal da Escola) adaptada a Casa das Artes, onde são lecionadas as matérias e
disciplinas relacionadas com as expressões (dramática, corporal, musical e plástica);
- uma vivenda dupla/geminada, também à entrada do perímetro escolar e a sul do acesso a
este, que sofreu obras profundas e foi adaptada a ‘espaço multiusos’ : espaço para
realizações e exposições culturais, duas salas para workshops até 30-35 alunos, auditório
com lotação para 60 pessoas, apoios de cozinha – todos estes espaços com ar
condicionado, iluminação natural e vista panorâmica para a Escola e para a Albufeira do
Maranhão;
- campo polidesportivo com piso e dimensões olímpicas (e arrecadações anexas para os
materiais desportivos a usar), apto para a prática ao ar livre de basquetebol, andebol,
futsal, voleibol, ténis, badminton e outras modalidades amadoras.
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3.3. Caraterização dos recursos humanos
3.3.1. Pessoal docente
A E.P.A.C., enquanto espaço de ensino/aprendizagem destinado a alunos de “cursos
profissionais”, por isso com características e matérias diferenciadoras do dito ‘ensino regular’,
procura ter e adaptar os seus ‘recursos humanos’ docentes às especificidades dessa realidade
pedagógica.
E está muito atenta à realidade de ‘perfis’ e de ‘experiência’ técnica e empresarial dos seus
docentes, nomeadamente nas áreas “científicas” e “técnicas”, na medida em que o domínio
sociocultural (português, línguas estrangeiras, área de integração, educação física ou tecnologia
de informação e comunicação) é mais abrangente.
As diferentes componentes dos Cursos – sociocultural, científica e técnica – obrigam
assim a um cuidado redobrado na seleção dos docentes, com incidência mais atenta às duas
últimas.
Daí que a Escola tenha uma preocupação muito particular em ‘perfis’ adequados a cada
missão pedagógica nas vertentes científica e técnica, selecionando docentes com muita
experiência, e acrescentando também a prática destes nos domínios empresarial, institucional,
etc. Tal são os casos, entre outros, de:
- Área das Expressões (Corporal, Dramática, Musical e Plástica)
- Área de Estudo da Comunidade
- Animação Sociocultural
- Matemática
- Psicologia
- Sociologia
- História da Cultura as Artes
- Geografia
- Física e Química
- Eletrónica Fundamental
- Instalação e Manutenção de Equipamentos Informáticos
- Sistemas Digitais e Arquitetura de Computadores
- Comunicação de dados
- Tecnologias e Processos
- Meio Ambiente e Técnicas de Gestão de Turismo
- Ambiente e Desenvolvimento Rural
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- Comunicar em Inglês
- Comunicar em Francês
- Técnica de Acolhimento e Animação.
Este desfilar indicativo de matérias essenciais e especializadas nos Cursos de Nível IV, exige
do corpo docente uma especificidade de formação e de capacitação muito própria e muito sui
generis, no aspeto curricular do docente. Por isso, a Escola Profissional Abreu Callado tem vindo
a consolidar o seu ‘núcleo duro’ de professores/formadores, nunca esquecendo critérios de
‘qualidade‘ que conjugam habilitações académicas e profissionais, aliadas a um sentido de
dinamismo e inovação.
A adequação do perfil do professor/formador às exigências dos Cursos, assim como do
Projeto Educativo da EPAC, terá forçosamente de passar pela capacidade de adaptação à
mudança e espírito inovador, integrando uma nova forma de viver a Escola. O
professor/formador deve ter um papel ativo, que privilegie o processo-aprendizagem em
detrimento do processo-ensino, e deixe de ser “apenas um transmissor de conhecimentos”, para
assumir um papel orientador, motivador do aluno para aprender: a sua atuação deve
desenvolver-se no sentido de proporcionar uma formação integral.
Pretende-se, por isso, que o professor/formador tenha uma relação forte com a Escola e com
o aluno, -- daí a preocupação em, gradual e eficazmente, formar um núcleo cada vez mais coeso
e de valências complementares.
A preparação e sobretudo a adequação dos docentes aos perfis desejados é, pois, de vital
importância -- daí que após cada ano letivo, o corpo docente seja alvo de uma avaliação de
desempenho que tem por base, entre outros factores qualitativos, a realização de ‘inquéritos
pedagógicos’ aos alunos, uma autoavaliação e uma avaliação efetuada pela Direção do Curso.
Esta avaliação tem como objetivos não só ajudar a definir o modelo/perfil de
professor/formador a manter, a dispensar e/ou a contratar no ano letivo seguinte, como também
ajudar a corrigir quaisquer disfuncionalidades que se tenham detetado. Assim, há alguns anos a
esta parte que o corpo docente se mantém bastante estável, salvo um ou outro caso meramente
pontual.
Neste momento, de um total de dezoito professores/formadores, quatro pertencem ao
‘quadro de pessoal’ docente da Escola, e desempenham outras funções pedagógicas,
nomeadamente membros de Direções de Turma e de Direção de Cursos.
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3.3.2. Pessoal não docente
É de realçar o ‘corpo-base’ do pessoal não docente, entre outros (alguns indiferenciados):
funcionários da cozinha, vigilantes noturnos, encarregado de ‘portaria’, motoristas, funcionários
administrativos, encarregada de lavandaria, operacionais da limpeza e manutenção, e técnicos
de informática.
3.3.3. Outros colaboradores
Há que mencionar as seguintes entidades colaboradoras:
GNR – Escola Segura;
Empresas e instituições do concelho e concelhos limítrofes
Autarquias e Juntas de Freguesia.
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3.4. Áreas de Intervenção/ Oferta Formativa
Compete à Escola Profissional Abreu Callado racionalizar metodologias pedagógicas,
organizacionais e operacionais, e contribuir para a consolidação do conceito da inovação,
atendendo à modernização e dinâmica que se faz sentir no tecido económico-social. A EPAC
privilegia a criação de cursos cujo interesse, procura e necessidade se fazem sentir na região.
Assim, a Escola oferece essencialmente cursos de Nível IV, designados “cursos
profissionais”, com um desenvolvimento curricular ajustado aos objetivos pretendidos e aos
perfis de formação. Para todos eles está garantida a Formação em Contexto de Trabalho/FCT
em empresa ou instituição, preferencialmente da região. O plano curricular de cada curso é o
que se encontra legalmente definido pelo Ministério da Educação e Ciência. Concluídos os
cursos para o qual se formaram, aos jovens é-lhes atribuído um Certificado de Qualificação
Profissional de acordo com o nível de qualificação, para além de poderem continuar estudos de
nível superior.
Existe uma elevada preocupação por parte da EPAC em adequar a formação ministrada
na Escola às lacunas, exigências e solicitações que identifique em termos de recursos humanos
qualificados. Para atender positivamente às necessidades empresariais e institucionais e
corresponder às expectativas das mesmas, os Cursos funcionam em estreita ligação com as
empresas (nomeadamente e sempre que possível, da região), às quais são anualmente
solicitados ‘pareceres’ sobre o interesse da abertura ou não de determinados Cursos. Nas visitas
periódicas que a Escola faz àquelas onde decorre a Formação em Contexto de Trabalho,
recolhe informações sobre as necessidades sentidas pelas empresas em termos de recursos
humanos. Além disso, também existe uma estreita ligação com o tecido empresarial regional, e
uma cooperação alargada com a Câmara Municipal de Avis, que tem colaborado com a Escola
na escolha da oferta formativa, na concessão de ‘estágios’ e em cujo Conselho Municipal de
Educação a E.P.A.C. mantem três representantes.
Face à conjuntura económico-social que se tem feito sentir na região do Alentejo, e no
Norte-alentejano em particular, nomeadamente face a uma população cada vez mais isolada e
envelhecida, o grande incremento de projetos turísticos de interior e o crescente interesse por
parte dos jovens pelas novas tecnologias que também correspondem às necessidades das
empresas, a Escola optou por eleger três áreas – âncora:
1. Técnico de Turismo Ambiental e Rural
2. Animador Sociocultural
3. Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos.
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Conforme as necessidades de procura do mercado, a EPAC irá reformulando e
alternando a ‘formação’ dentro das temáticas que adotou e que ora constituem a sua base-de-
oferta formativa, adaptando-a às conjunturas de procura dos Cursos e das solicitações de
Técnicos que identifique no mercado de trabalho.
A Escola, nesta dinâmica de ensino, tem de acompanhar as tendências e as
necessidades do mercado, enquadrando a sua “oferta” às solicitações e variações do mesmo. E
assim fará, numa postura prática e ao mesmo tempo pragmática, olhando para a “formação
profissional” como um instrumento de maximização de conhecimento, de inovação pela “prática”
e de criação de potencialidades de emprego jovem e de apoio ao tecido socioeconómico da
região em que se insere.
A Oferta Formativa poderá ser conhecida através do site da Escola / Fundação Abreu
Callado ou por outros meios de divulgação que a mesma venha a implementar.
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3.5. Ações extracurriculares
Ao longo dos anos letivos, foram sendo organizadas diversas atividades como colóquios,
seminários, exposições, etc,, devendo relevar-se as Jornadas Culturais e o jornal “A Torre”,
ambos com uma missão importante na função de dar a conhecer a ‘imagem’ e a ‘vivência’ da
Escola.
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4. Missão e Estratégia
“...a Escola deve transmitir ao aluno o gosto de aprender, explicar-lhe que
‘informação’ não é a mesma coisa que ‘conhecimento’, e que este exige esforço, atenção,
rigor e vontade.”, assim definiu Jaques Delors (o primeiro presidente e ‘pai’ da ex-Comissão
Europeia). A escola deve ser a ponte e o caminho para o futuro das novas gerações.
E a missão da escola é, ao mesmo tempo, ensinar o aluno a estudar, treiná-lo a
diferençar o que é fundamental do que é acessório no processo de ‘aprendizagem’, -- e não a
verter doses maciças de informação mesmo que não seja útil ao percurso escolar e ao sucesso
no mercado de trabalho, que cada um vai ter de enfrentar e vencer no termo da aprendizagem
que a escola lhe facultou.
A ‘formação profissional é um tesouro a descobrir’, uma alternativa vantajosa ao (dito)
‘ensino regular’, um percurso de prática e de trabalho no terreno real, um modelo de como
‘aprender fazendo’, -- e à escola compete dar uma resposta educativa global, com rigor e
exigência, em que o ‘conhecimento’ seja olhado como motor estruturante da identidade pessoal
e da ‘vertente ativa’ que se segue ao processo de aprendizagem.
É estratégia da Escola Profissional Abreu Callado (EPAC) formar jovens,
proporcionando-lhes uma formação qualificante e “know-how” efetivo que lhes permita integrar o
mundo do trabalho com sucesso, capazes de contribuir para o desenvolvimento da sociedade
em que vivemos, em particular da região onde estamos inseridos.
Assim, a EPAC:
- procura a inovação e qualidade na formação ministrada e concebe um projeto curricular
inovador e sustentado que produza a excelência na integração dos jovens no mundo do
trabalho;
- promove uma organização interna e funcional capaz de responder aos interesses da
formação dos alunos e das necessidades empresariais da região;
- forma os jovens conscientes dos seus deveres de cidadania na sua dimensão pessoal e
social;
- promove o combate ao abandono e insucesso escolares;
- promove a cultura de autoavaliação e de melhoria sistemática e contínua dos seus
serviços;
- incentiva a participação na Escola e no processo educativo por parte das famílias;
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- valoriza a manutenção e melhoria das instalações da escola;
- disponibiliza recursos didáticos inovadores e promove a utilização das novas
tecnologias.
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5. Objetivos
OBJETIVOS
META
INDICADOR DE AVALIAÇÃO
- Promover o conhecimento dos documentos
estruturantes da EPAC (PEE1, e RI
2).
- 100% dos docentes terem conhecimento dos
documentos estruturantes da EPAC.
- Nº de docentes que têm conhecimentos dos
documentos da EPAC / Nº de docentes da escola.
- Integrar os professores nas equipas de
conceção à implementação de projetos.
- 80% dos professores participarem na elaboração de
pelo menos um projeto.
- Nº de docentes que participa em pelo menos um
projeto / Nº total de projetos.
- Reforçar a formação contínua do pessoal
docente.
- Cada docente/ funcionário deve ter desejavelmente o
mínimo de 10 horas de formação por ano.
- Certificados de formação.
- Reforçar a formação contínua do pessoal
não docente.
- Promover a integração facilitada no mercado
de trabalho.
- Iniciativas que devem visar:
a) o acolhimento dos estagiários, no âmbito do FCT;
b) a oferta de estágios profissionais;
c) a possibilidade de integração no mercado de trabalho
dos nossos alunos;
- Alargar e reforçar as relações as ligações ao meio
local/regional:
a) Empresarial;
b) Outros agentes educativos.
- Nº de reuniões realizadas;
- Nº de estágios realizados;
- Nº de protocolos realizados com as empresas;
- Nº de sessões de divulgação da nossa oferta
formativa.
- Reduzir as desistências de curso por motivos
de insucesso.
- Diminuir em 50% as atuais desistências por curso. - Nº de alunos no final do ano letivo / Nº de alunos no
início do ano letivo.
1 Projeto educativo da escola 2 Regulamento interno
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OBJETIVOS
META
INDICADOR DE AVALIAÇÃO
- Melhorar os índices de conclusão escolar
dos alunos.
- 80% dos alunos concluírem o curso. - Nº de alunos que concluíram o curso / Nº de alunos
inscritos no curso.
- Apostar numa cultura de qualidade e de
exigência.
- Fomentar a interdisciplinaridade. - Pelo menos cinco atividades por ano que envolvam
duas ou mais disciplinas por curso.
- Nº de atividades por ano que envolvam duas ou mais
disciplinas.
- Reforçar a relação da escola com os E.E. - Aumentar a frequência de contactos com os E.E. - Nº de contactos efetuados com os E.E.
- Valorizar o bom desempenho dos alunos. - Manter e aumentar o número dos prémios escolares. - Nº de prémios atribuídos por ano letivo.
- Reduzir o número de ocorrências
disciplinares dentro e fora da sala de aula.
- Reduzir as ocorrências disciplinares.
- Nº de ocorrências disciplinares.
- Prevenir e combater a indisciplina. - Pelo menos uma atividade promovida por período para
combater e reduzir significativamente a indisciplina;
- Realizar atividades de sensibilização;
- Contactar de imediato com E.E..
- Nº de atividades promovidas;
- Nº de contatos com E.E.
- Melhorar os níveis de participação e
comprometimento cívico dos alunos
(educação ambiental; hábitos de alimentação
e vida saudável; interculturalismo e
envolvimento em ações de voluntariado).
- Nº de participações dos alunos em manifestações e
eventos culturais;
- Estimular a expressão crítica individual.
- Nº de participações dos alunos em manifestações e
eventos culturais;
- Jornadas culturais;
- Comemorações dos dias festivos.
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6. Avaliação do Projeto Educativo
O projeto educativo é um instrumento promotor de maior qualidade da ação educativa, e
por tal carece de avaliação.
Prevêem-se momentos distintos de avaliação: no final de cada ano letivo do triénio e no
final do triénio. São momentos de balanço, de identificação de pontos fortes e fracos, de
constatação de êxitos e de falhas, e de reajustamento de estratégias.
A avaliação da execução do Projeto Educativo é da competência da Direção
Pedagógica, tal como está estipulado na lei. No entanto, o acompanhamento e a monitorização
regulares do nível de execução de Projeto Educativo podem ser complementados, com ganhos
operacionais reais, pela Direção Pedagógica, em estreita colaboração com o Conselho Diretivo
que emitirá recomendações ou orientações quando entender necessário, oportuno ou
majorador de resultados visados pelo PE.
Para a avaliação do grau de concretização do Projeto Educativo serão utilizadas
metodologias qualitativas e quantitativas com base nos seguintes documentos:
Listagem de alunos por curso;
Plano Anual de Atividades;
Pauta de avaliações quantitativas;
Registo de ocorrências disciplinares;
Relatórios de participação;
Relatórios de atividade.
Analisados todos os dados, a Direção Pedagógica elaborará a sua avaliação global e
multidisciplinar, nos prazos previstos, em coerência com as linhas de orientação estratégica
delineadas à partida, as linhas de ação e as metas propostas, divulgando essa informação a
destinatários que integrem a ‘comunidade escolar’, e a entidades que dela devam ter
conhecimento obrigatório ou estratégico para a Escola.