Post on 05-Dec-2018
Formar e inovarAtuando nas áreas de educaçãoe capacitação, SESI e SENAI têmauxiliado o Brasil e a Bahia a setornarem mais competitivos
ISSN 1679-2645Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SiStema FieB
aNo XXIv Nº 250 2017
Quando, há sete décadas, empresários de visão, como Euvaldo Lodi e Roberto Simon-
sen, decidiram idealizar a estrutura capaz de dar suporte às necessidades do jovem
parque industrial brasileiro, definiram as linhas mestras para a criação e a atuação
do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Indus-
trial (SENAI).
Ao SESI coube o papel de prover educa-
ção de qualidade para o industriário e seus
dependentes; ao SENAI, coube a tarefa de
fornecer mão de obra qualificada para a
indústria, atenuando um grande fator limi-
tante da época. Desde então, em razão das
deficiências do Estado, ambas as institui-
ções assumiram um papel protagonista no
apoio à indústria brasileira. Com recursos
bancados pela iniciativa privada, as duas
entidades agregaram novas competências
e vêm somando conquistas nas respectivas
áreas de atuação.
Sejam pequenos, médios ou grandes em-
preendimentos industriais, neles está pre-
sente o apoio do SESI e do SENAI. O primei-
ro, com a prestação de serviços de educação
e também de saúde e segurança no traba-
lho; o segundo, no esforço para qualificar
o trabalhador e no apoio às empresas com
serviços de tecnologia e inovação. Com a experiência adquirida ao longo dos anos, as
duas entidades desenvolveram uma metodologia que lhes permite antecipar tendên-
cias do mercado, para oferecer serviços adequados e, em muitos casos, customizados
às indústrias.
Na Bahia, os números das duas instituições falam por si. Em 2014/16, o SENAI re-
alizou quase 326 mil matrículas em educação profissional, das quais, quase 78 mil
gratuitas, evidenciando aí o papel social que exerce. Além disso, atendeu a 2.108 em-
presas, em 138 municípios. Em Salvador, funciona a mais avançada unidade do SENAI
no país, o Cimatec, que alia um robusto centro tecnológico e um centro universitário de
destaque. Este último, foi classificado pelo MEC como a melhor instituição de ensino
superior em Engenharia, do Norte/Nordeste.
O SESI realizou na Bahia mais de 176 mil matrículas gratuitas em Educação e seus
alunos obtém bons resultados na Prova Brasil do MEC. Segundo o Insper, alunos da
entidade alcançam médias superiores aos das redes pública e privada, nos testes de
língua portuguesa e de matemática.
O SESI e o SENAI são organizações inovadoras, que primam pela qualidade dos
serviços que prestam. É fato que, sem elas, a indústria nacional seria muito menos
competitiva e, certamente, não conseguiria a musculatura necessária para atravessar
momentos de dificuldades como os atuais.
SESI e SENAI: apoioconsistente à indústria
Professor
orienta alunos
em laboratório
da escola SeSi
adonias Filho,
em ilhéus
editorial
aluna do SeNaiem galpão pararealização deatividadespráticas decapacitação emfoto de Betto Junior
nº 250 set/out 2017
4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEB
Sindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, sindacucarba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria de Fiação e
tecelagem no eStado da Bahia, sindifiteba@gmail.com / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, sinditabaco@fieb.org.br / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, sindicouroba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria
do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, sindvest@fieb.org.br /
Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS Vege-
taiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, sindioleosba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria da cerVeja e
de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, sindcerba@bol.com.br / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de
madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, sindpacel@hotmail.com / Sindicato daS indúStriaS do trigo,
milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, sindtrigoba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria de
mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, sindicalba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria da conStrução do eSta-
do da Bahia, secretaria@sinduscon-ba.com.br / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da
Bahia, sindcalcadosba@fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, simmeb@uol.com.br / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, sindicerba@gmail.com / Sindicato daS in-
dúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, sindisaboesba@fieb.org.br / Sindicato
daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS
d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, sindiscamba@fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no
eStado da Bahia, sindifibrasba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do
eStado da Bahia, sinpeq@coficpolo.com.br / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, sindiplasba@sindiplas-ba.org.br / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, sinprocimba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria de
mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, sindbrit@svn.com.br / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS
induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, adm@quimbahia.com.br / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, gra-
nitoS e SimilareS do eStado da Bahia, simagranba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS,
concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, sindsucosba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado
da Bahia, sincarba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, sindvestfeira@fbter.org.br / Sin-
dicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, moveba@fieb.org.br / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e
tratamento de ar do eStado da Bahia, sindratar@gmail.com.br / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, sincafeba@fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, sindileite@fieb.org.br / Sindicato daS in-
dúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, sinec@sinec.org.br / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, anaelisabete@telenge.com.br / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana, simmefs@simmefs.com.br /
Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, sindirepaba@sindirepabahia.com.br / Sindicato
nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, sindipecas@sindipecas.org.br / Sindicato daS indúStriaS de
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da Bahia, sindcosmetic@fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS
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e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia sindiceso@gmail.com Sindicato da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do
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gáS e NaVaL Humberto Campos Rangel; PORtOS
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Bahia
indústriaEditada pela Gerência
de Comunicação Institucional do Sistema Fieb
sumário
SESI e SENAI apóiam o
desenvolvimento da
Bahia provendo soluções
para as empresas
14 O antes e depOis da Lei trabaLhista
Segmento de sorvetes e
picolés reúne 167
indústrias, a
maioria de
micro ou
pequeno
porte, que
empregam
1.148
trabalhadores.
Este número pode
ser ampliado com a
perspectiva de aumento do
consumo diante da elevação da temperatura
com a chegada do verão
Saiba quais são as
principais mudanças nas
relações de trabalho que
entram em vigor no
Brasil, a partir de
novembro, quando passa
a valer a Reforma
Trabalhista
24 indústria de sOrvetes prOjeta crescimentO de 50% cOm O verãO
sumário
VALTER PONTES/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
SESI investe na preparação dos estudantes de
ensino médio, estimulando a realização de
projetos que ganham destaque em eventos e
competições científicas pelo país
12 iniciaçãO científica na rede sesi cOmeça nO ensinO médiO
LúCIO TáVORA/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
JOãO ALVAREz/ARqUIVO/SISTEMA FIEB
SHUTTERSTOCK
16EvoluINdo com A INdúStrIA
Distúrbio mental caracterizado por
depressão persistente ou perda de
interesse em atividades, que prejudi-
ca significativamente o desempenho
das atividades do dia a dia. Assim é definido
o transtorno da depressão. Tema sensível, até
recentemente era pouco abordado no ambien-
te corporativo. Mas isso vem mudando.
Identificada como uma das maiores cau-
sas de afastamento do trabalho no mundo,
a depressão passou a fazer parte dos progra-
mas de qualidade de vida das empresas. Não
por acaso, este ano foi eleito pela Organiza-
ção Mundial de Saúde (OMS) como tema do
Dia Mundial da Saúde, sendo motivo de uma
forte campanha de conscientização e preven-
ção do transtorno.
De modo geral, depressão, síndrome de pâ-
nico e distúrbios de ansiedade atingem 5% da
população mundial e, no Brasil, este percen-
tual pode chegar a 7%. A Associação Brasi-
leira de Psiquiatria estima, por exemplo, que
quase um terço da população no país sofre de
algum tipo de transtorno mental. Os números
oficiais são ainda mais reveladores. De acor-
do com levantamento da Previdência Social,
os transtornos mentais são a terceira causa de
afastamento do trabalho no Brasil.
um tema que merece mais atenção
Dados da Previdência revelam que os transtornos mentais são a terceira causa de afastamento do trabalho
Por patrícia moreira
De acordo com o 1º Boletim Quadrimestral
sobre Benefícios por Incapacidade de 2017 -
Adoecimento Mental e Trabalho, a concessão
de benefícios por incapacidade relacionados
a transtornos mentais e comportamentais, en-
tre 2012 e 2016 foi de mais de 668 mil casos,
cerca de 9% do total de auxílios-doença e apo-
sentadorias por invalidez.
No mesmo período, os episódios depressi-
vos representaram 30,67% dos auxílios doen-
ças e quando se somam os episódios depres-
sivos, outros transtornos ansiosos e o trans-
torno depressivo recorrente este percentual
sobre para quase 60%.
depressão no traBalho
6 Bahia Indústria
em Prevenção da Incapacidade, que abordou
os aspectos psicossociais da prevenção da in-
capacidade para o trabalho.
O superintendente do SESI Bahia, Arman-
do Neto, lembrou que o SESI tem como com-
promisso levar promoção da saúde e da segu-
rança na indústria, levantar esta discussão e
fazer com que ela seja levada cada vez mais
para o ambiente da empresa. “Fazemos parte
de uma rede de regionais que estão se espe-
cializando nesta questão e nosso desafio é fa-
zer com que as pessoas e as empresas estejam
preparadas para encontrar soluções para lidar
da melhor forma com os fatores psicossociais
no ambiente de trabalho”, ressaltou.
O psiquiatra André Gordilho observa que
apesar da prevalência elevada, os transtor-
nos mentais ainda são sub diagnosticados e
não recebem o devido tratamento. “Isso traz
várias consequências para a pessoa e para a
empresa. A pessoa deixa de trabalhar, não
produz de forma adequada, falta ao trabalho e
todos perdem”, destaca Gordilho, chamando
a atenção para a necessidade de todos encara-
rem o problema de frente.
Já André Luna aponta que a forma como
o trabalho se organiza tanto pode contribuir
para favorecer a saúde ou para o adoecimen-
to. “No SESI, estamos em um momento de
esforço para identificar fatores no trabalho
que podem promover a saúde e nossa ideia é
mostrar como a atividade laboral, o papel da
liderança, o entendimento de como o trabalho
está organizado podem favorecer a saúde”,
destacou André Luna.
Outra frente de atuação que o SESI vem
trabalhando para sensibilizar as empresas
são os Diálogos de RH, iniciativa voltada para
gestores de recursos humanos das empresas.
Uma de suas abordagens contemplam os Fato-
res Psicossociais. Nestes encontros, são discu-
tidas formas de lidar com as doenças mentais
no ambiente de trabalho.
apoio Às empresasDiante desta realidade, o
Serviço Social da Indústria
(SESI) tem procurado auxi-
liar as empresas desenvol-
vendo soluções, mas tam-
bém levantando o debate
sobre o tema. Uma destas
iniciativas foi a realização
do seminário A Depressão
no Ambiente de Trabalho,
ocorrido em setembro, e
que trouxe para a discus-
são o ponto de vista de dois
especialistas, o psiquiatra
André Gordilho, profes-
sor adjunto e coordenador
da Unidade Disciplinar de
Saúde Mental da Faculda-
de de Medicina da Unifacs
e membro da Associação
Americana de Psiquiatria
e o psicólogo André Luna,
consultor especialista do
Centro de Inovação SESI
SHUTT
ERSTO
CK
Bahia Indústria 7
Bahia Indústria 9
circuito pOr cLeber bOrges
PiB deve crescer 0,7%Após dois trimestres sucessi-
vos de crescimento, com a eco-
nomia impulsionada pela
alta no consumo e a queda
na inflação, o PIB do país
deverá encerrar 2017 com
alta de 0,7%. Essa é a avalia-
ção do setor industrial brasilei-
ro que, por sua vez, estima que
crescerá 0,8% no Brasil (e 0,7%
na Bahia), o que significará o pri-
meiro resultado positivo desde
2013. A forte queda na taxa de in-
flação amplia a renda disponível
e ajuda a amenizar os efeitos da
crise, com a recuperação do con-
sumo, efeito que já é sentido no
comércio. Na indústria, a gradual
recuperação do emprego e, por
consequência, do consumo das
famílias criará condições para o
aumento da produção de forma
mais consistente e disseminada.
avanços nas reformas
As estimativas do setor indus-
trial foram revisadas para cima,
diante do conjunto mais robusto
de dados positivos na economia e
dos avanços na agenda das refor-
mas estruturantes, como a atuali-
zação das leis do trabalho, a apro-
vação do projeto de terceirização
e o anúncio de uma nova rodada
de privatizações e concessões. No
entanto, a expansão da atividade
econômica ainda não será sentida
por toda a indústria nos próximos
meses. A alta de 0,8% no PIB in-
dustrial prevista para este ano
será liderada pelo crescimento de
7,2% na indústria extrativa e de
1,4% na indústria de transforma-
ção. A indústria de construção,
por sua vez, deverá cair 2,3% em
2017, movimento que também de-
ve acontecer na Bahia.
inflação deve ficar em 3,1%
A queda na taxa de inflação
tem surpreendido os analistas,
por sua intensidade. O Índice
Nacional de Preço ao Consumi-
dor Amplo (IPCA) deve fechar
2017 em 3,1%, o que representa
1,4 ponto percentual abaixo do
centro da meta, de 4,5%, esta-
belecido pelo Banco Central. O
processo de deflação se deve,
principalmente, ao comporta-
mento dos preços de alimentos,
que caíram muito abaixo do usu-
al, devido à safra recorde. Outro
indicador em queda é a taxa bá-
sica de juros, que deve fechar em
7% ao ano.
medo de perder o emprego
Mesmo com a leve recupera-
ção da economia, tanto na produ-
ção quanto no mercado de traba-
lho, o medo de perder o emprego
aumentou entre os brasileiros,
conforme pesquisa realizada pe-
la Confederação Nacional da In-
dústria (CNI). Enquanto a média
histórica é de 49 pontos, o indica-
dor divulgado pela CNI, no início
de outubro, registra 67,7 pontos,
o segundo mais elevado já regis-
trado desde 1996. Se uma pessoa
teme que ela ou alguém próximo
perca o emprego, isso reflete na
alta do indicador.
“A nova comunicação, cada vez mais aparelhada pela tecnologia, estatística e pressão de retorno, nunca pode perder seu sentido humano.”
Luiz Serafim, head de Marketing da 3M do Brasil
10 Bahia Indústria
sindicatos
A importância do design para o seg-
mento de uniformes foi discutida na pa-
lestra Tendências para o segmento de far-
damento, ministrada pela designer Alice Barreto, para empresários e representantes
de indústrias, dia 14.09, na FIEB.
As ações de capacitação do sindicato, em parceria com o Sebrae, in-
cluíram o curso Marketing para moda e negócios, realizado nos dias 19 e
20.09. A especialista em gestão de negócios e inovação, Liana Almeida,
falou sobre estratégias de marketing e comunicação aplicadas à indús-
tria da moda para impulsionar negócios.
SiNDVeSt UNe NegóCiO e mODa em CaPaCitaçõeS
Representantes
de entidades
na abertura do
congresso
LúCIO TáVORA/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
ANGEL
O P
ONTE
S/C
OPER
PHO
TO/S
ISTE
MA F
IEB
» Missão empresarialO Simagran-BA, em parceria com o Sebrae, realizou missão técnica à Cachoeiro Stone Fair 2017, uma das maiores feiras do setor no país, realizada em agosto, em Cachoeiro do Itapemirim (ES)
Lideranças participam de intercâmbios
Presidentes de sindica-
tos empresariais da Bahia
têm participado dos In-
tercâmbios Setoriais pro-
movidos pela CNI, com o
objetivo de discutir temas
como o fortalecimento da
atuação conjunta, mobili-
zações para defesa de in-
teresses e oportunidades
para os segmentos indus-
triais. O encontro mais re-
cente reuniu presidentes de
sindicatos da indústria da
reparação, dia 18.10. No se-
gundo semestre deste ano,
foram realizados encontros
dos segmentos de Metalme-
cânica (21 e 22.09), Têxtil
(31.08 e 01.09), Química e
Farmacêutica (24 e 25.08),
Bebidas (10.08), Couro e
Calçados (27 e 28.07) e Ce-
râmica (dias 13 e 14.07). Os
intercâmbios integram as
ações do Programa de De-
senvolvimento Associativo.
Sigeb discute perspectivas para o setor gráfico
Os desafios e perspec-
tivas para o setor gráfico
no Brasil foram abordados
em evento promovido pelo
Sindicato das Indústrias
Gráficas (Sigeb), dia 02.08,
na unidade do SESI, em
Feira de Santana. A pales-
tra foi ministrada pelo con-
sultor da ONU na América
Latina para a Indústria
Gráfica, Sylvio Netto.
eVeNtO ReÚNe PeSqUiSaDOReS em teCNOLOgia e iNOVaçãO
Promover o conhecimento da Prospecção Tecnológica e da Negocia-
ção de Propriedade Intelectual (PI), visando estimular o empreendedo-
rismo e a inovação. Com este objetivo, foi realizado na FIEB, entre os
dias 15 e 18.08, o VII ProspeCT&I 2017 – Congresso Brasileiro de Pros-
pecção e I Congresso Internacional do Profnit 2017. O evento, que contou
com o apoio do Sindifibras, reuniu cerca de 300 participantes nacionais
e internacionais, além de palestrantes de seis países.
Sindicatos compartilham boas práticasPráticas bem-sucedidas em defesa de interesses, comunicação
e relacionamento foram compartilhadas por sindicatos da Bahia
e de outros estados em duas edições do Bate-papo Sindical, uma
iniciativa do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA). No
dia 19.10, foram apresentadas as experiências do Sindisabões-BA
e Sindiquímica-CE. Já no dia 12.09, Simmefs-BA e Sindiplast-ES
compartilharam suas boas práticas.
Bahia Indústria 11
empresários conhecem serviços do Sistema FieB
Empresários e representantes de empresas
associadas ao Sindratar-BA conheceram os
serviços oferecidos pelo Sistema FIEB duran-
te o Café Articulado, realizado no dia 05.10.
Na oportunidade, o diretor do sindicato,
Maurício de Faria, falou sobre a atuação do
Comitê Nacional de Climatização e Refrigera-
ção. O encontro integrou as ações do Modelo
de Atuação Articulada entre as Áreas Sindi-
cal e de Mercado do Sistema Indústria.
encontro debate perspectivas para o setor lácteo
A importância da cadeia produtiva do leite
e a necessidade de aumentar a competitivida-
de dos produtores foram alguns dos temas do
8º Encontro Baiano dos Laticinistas. Promo-
vido pelo Sindileite, entre 22 e 24.09, o evento
teve como objetivo estreitar o relacionamento
entre as indústrias de laticínios e fornecedo-
res, além discutir perspectivas do setor.
Sinprocim leva informações aos empresários
Para levar informações e atualizar ges-
tores e técnicos de empresas de produtos de
cimento, argamassa e gesso, o Sinprocim tem
promovido ações de capacitação para o setor.
Em setembro, o sindicato realizou o curso
de Tecnologia do Concreto e Argamassa, em
Ilhéus, voltado para profissionais que atuam
na produção e em laboratório de ensaio dos
produtos. Já em agosto, foi promovido o II Ci-
clo de Palestras, que tem como foco a melho-
ria de processos e produtos.
Dia Nacional da Construção Social
Funcionários da construção civil e seus
familiares participaram do Dia Nacional da
Construção Social, promovido pelo Sindus-
con, dia 19.08, no SESI de Itapagipe. Aferição
de pressão ocular, aplicação de flúor, orienta-
ção nutricional e massoterapia foram alguns
dos serviços oferecidos no evento, que con-
tou, ainda, com atividades de esporte e lazer.
Luís França, da
Kordsa Brasil,
apresentou
case da
empresa
mais de 250
pessoas
participaram
do evento
LúCIO TáVORA/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
BETTO JR./COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
exPOteCh aPROxima PRODUtOReS e FORNeCeDOReS
Com o objetivo de aproximar produtores e fornecedores de produ-
tos de higiene e beleza, fomentando novos negócios e o networking,
foi realizada, em julho, a primeira edição da ExpoTech Saneantes &
Cosméticos, promovida pelo Sindisabões e Sindcosmetic. Empresas
do segmento de cosméticos e perfumaria e do segmento de sabões,
velas, detergentes, produtos de limpeza e aditivo industrial da Bahia
e de Sergipe participaram do evento, conhecendo novas tecnologias,
tendências de mercado e lançamentos.
emPReSaS COmPaRtiLham BOaS PRátiCaS
Empresas do setor têxtil compartilharam boas práticas
em inovação e recursos humanos no Diálogo Empresarial,
promovido pelo Sindifite, como parte do Modelo de Atuação
Articulada. “Com a concorrência dos produtos asiáticos, a
inovação foi o caminho que encontramos para diferencia-
ção”, destacou o gerente da BMD Têxtil, João Paulo Cardo-
so. Já o diretor da Kordsa Brasil, Luís França, apresentou o
case de sucesso da empresa, que figura nos rankings das
melhores do país para se trabalhar.
12 Bahia Indústria
ciên
cia
Programa estimula gostoPela Pesquisa na reDe sesi Programa de iniciação científica júnior oferece diferentes linhas de pesquisa para quem quer ir além da sala de aula. pOr patrícia moreira
LúCIO TáVORA/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
turma da linha
de pesquisa
em tecnologias
verdes da
escola SeSi
Djalma Pessoa
observar, experimentar e inventar. É desta
forma que Gustavo, Luíza, Deivid, Tarley,
João e Marcos, para citar alguns nomes, gos-
tam de vivenciar os estudos. Eles integram
o time de estudantes das escolas de ensino médio da
Rede SESI de Educação que desenvolvem projetos de
iniciação científica júnior. Além de irem muito além
no processo de aprendizagem, estes jovens cientistas
estão descobrindo que o mundo da pesquisa pode re-
velar novas possibilidades.
Utilizar a fermentação de microalgas para reduzir
concentração de CO2 na atmosfera e ainda produzir in-
sumos para a indústria de higiene pessoal e de mate-
riais de limpeza; desenvolver uma ração com um repe-
lente natural para formigas; ou ainda criar um tornado
de fogo a partir de uma reação envolvendo átomos e
eletricidade. Com estas experiências, os estudantes da
Rede SESI têm conquistado o passaporte para premia-
ções nacionais e feiras científicas na Bahia e em outros
estados em diversas áreas do conhecimento.
Sobre a importância de estimular o gosto pela ci-
ência na escola, o professor Fernando Moutinho, co-
ordenador do núcleo de Iniciação Científica Júnior em
Tecnologias Verdes, na Escola SESI Djalma Pessoa é
enfático: “O estudante ganha autonomia e protago-
nismo em sua construção de conhecimento, aliando
teoria e prática a partir do desenvolvimento de proje-
tos de pesquisa na área com a qual tem maior afini-
dade”, sintetiza.
Fernando Moutinho é orientador de alguns pro-
jetos de destaque da escola, a exemplo do case pre-
miado Desafio Redução CO2, que levou João Oliveira,
Marcos Felipe Pereira e Tarley Costa a vencerem este
ano a competição do Instituto Akatu, em parceria
com a Dow. Eles se destacaram entre 34 projetos com
a pesquisa que utiliza a fermentação de microalgas
para reduzir concentração de CO2 na atmosfera.
amBiente vivoUm dos premiados, Marcos Pereira, que ingressou na
iniciação científica ainda no 2º ano do ensino médio
e agora é aluno do curso técnico no SENAI, acredita
que a experiência ajudou a direcioná-lo para a sua
carreira futura. Para ele, o maior ganho até agora
tem sido a experiência prática. “Consegui desenvol-
ver outras capacidades, principalmente o senso de
responsabilidade, pois como os projetos de pesqui-
sa são atividades extracurriculares, a gente precisa
organizar nosso cotidiano para conciliar”, explica o
estudante. Já Tarley Costa viu no reconhecimento do
projeto no Desafio CO2 um incentivo para ir além.
Em setembro, outros três projetos da Escola SESI
Djalma Pessoa, de Salvador, desembarcaram em Re-
cife para a Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia
(Fenecit), que reuniu estudantes da América Latina.
Eles levaram trabalhos da linha de pesquisa Ambien-
te Vivo e conquistaram uma Menção Honrosa e duas
credenciais para a Mostratec, que este ano acontece
no Rio Grande do Sul, no final de outubro. Outros três
projetos, um da linha de pesquisa Invenções Tecno-
lógicas com Arduíno (Matemática) e dois da linha de
pesquisa Tecnologias Verdes também vão represen-
tar o SESI na Mostratec.
Os projetos levados para a Fenecit foram desen-
volvidos no ambiente da horta mantida na escola.
Marcela Talita das Mercês e Mariana Maia, do 3º ano,
estudaram o reaproveitamento do chorume como fer-
tilizante e pesticida natural. Yasmim Ferreira, tam-
bém do 3º ano, propôs o uso da horta escolar como
ferramenta didática para as aulas de Biologia. E Ma-
theus de Aguiar, do 3º ano, e Thiago Barreto, do 2º,
estudaram qual o melhor recipiente e substrato para
hortas caseiras.
A professora Loraine Dias, coordenadora do pro-
grama Ambiente Vivo, também fala da importância
de se trabalhar com pesquisa científica já no ensino
médio. “Coloca os estudantes como coparticipantes
das decisões sociais locais, além de torná-los autôno-
mos para o estudo”, revela.
Bolsas do cnpQOs estudantes das escolas SESI do interior também se
destacaram este ano em eventos científicos. As equi-
pes da Escola Ignez Pitta de Almeida, de Barreiras,
e da Escola João Ubaldo Ribeiro, de Luís Eduardo
Magalhães, conquistaram os três primeiros lugares
na classificação geral na Mostra Científica de Quí-
mica da Universidade Federal do Oeste da Bahia. Os
dois primeiros lugares ganharam bolsas de iniciação
científica júnior, do Conselho Nacional de Desenvol-
vimento Científico e Tecnológico (CNPq) por um ano.
Deivid Araújo, de Barreiras, foi premiado com
o “Tornado de Fogo”, que explica a relação entre a
emissão de luz visível (cores) e as transições eletrôni-
cas dos átomos. Já Gustavo Manoel e Luiza Moura, de
Luis Eduardo Magalhães, criaram um repelente natu-
ral que tem a função de afastar formigas da ração dos
animais domésticos.
Bahia Indústria 13
14 Bahia Indústria
JORNADA DE TRABALHOAntes – Jornada diária de 8 horas, semanal de 44Com a reforma – No limite constitucional da jornada, permite flexibilização, como o regime de 12h x 36h de descanso, inclusive mediante acordo individual
BANCO DE HORASAntes – Somente por negociação coletiva e as horas deveriam ser compensadas em até 1 anoCom a reforma – Pode ser negociado individualmente, com a compensação de horas extras limitada a seis meses
HORAS EM TRÂNSITOAntes – Ida e volta ao trabalho em transporte do empregador significava hora trabalhadaCom a reforma – Esse tempo não será computado na jornada de trabalho
TRABALHO INTERMITENTEAntes – Não era regulamentadoCom a reforma – Quando a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo em períodos alternados. Trabalhador faz jus, em termos proporcionais, a direitos trabalhistas
TERCEIRIZAÇÃOAntes – Não admitia terceirização nas atividades-fim da empresaCom a reforma – Torna explícita a possibilidade de terceirização na atividade-fim
NEGOCIAÇÃOAntes – A Justiça do Trabalho interferia na definição do que podia ser negociadoCom a reforma – Negociação coletiva prevalece sobre a lei nos temas “lícitos”
NEGOCIAÇÃO INDIVIDUALAntes – Legislação não distinguia trabalhador por nível salarialCom a reforma – Trabalhador de nível superior e com salário igual ou superior a duas vezes o teto do INSS (R$ 11.062,62) podem negociar livremente relações contratuais.
REMUNERAÇÃOAntes – Salário incluía remuneração fixa, mais comissões, gratificações, abonos e diárias, estas quando excedessem 50% do salárioCom a reforma – Salário inclui apenas a remuneração fixa, mais gorjetas, gratificações legais e comissões pagas pelo empregador, excluindo diárias
FÉRIASAntes – Concedidas em até dois períodos, um dos quais não inferior a dez dias. Menores de 18 anos e maiores de 50 não podiam dividir.Com a reforma – Menores de 18 e maiores de 50 também podem dividir férias, que podem ser usufruídas em até três períodos.
CONTRIBUIÇÃO SINDICALAntes – Obrigatória para empregados e empregadoresCom a reforma – Somente será devida mediante prévia adesão do empregado ou do empregador
RESCISÃO DE CONTRATOAntes – Homologação era feita com intermediação de sindicato laboralCom a reforma – Rescisões não mais precisam ser homologadas
REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS Antes – Dispositivo previsto na Constituição, para empresas com mais de 200 empregados, não era regulamentadoCom a reforma – Estabelece comissão, de 3 a 7 membros, com mandato de um ano e estabilidade até um ano após
PREPOSTO DA EMPRESAAntes – Teria que ter vínculo empregatício com a empresaCom a reforma – Preposto não precisa ser empregado da parte reclamada
homero arandas
apresentou as principais
mudanças na legislação
a nova realidade das leis trabalhistas exige equi-
líbrio e determinação das partes envolvidas. Es-
se é o entendimento do coordenador do Conse-
lho de Relações Trabalhistas da FIEB, Homero
Arandas, ao comentar o novo status das relações entre
trabalhadores e empresários, no qual as negociações as-
sumem protagonismo.
Entretanto, mesmo com as recentes mudanças apro-
vadas em julho pelo Congresso Nacional, o Brasil ainda
possui uma legislação com arcabouço jurídico amplo e
complexo. São mais de 900 artigos na Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT), 200 leis esparsas, 900 enuncia-
dos de jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho,
95 convenções da Organização Internacional do Traba-
lho ratificadas, além de portarias, instruções normati-
vas, normas regulamentadoras e notas técnicas.
Com essa profusão de normas, não causa estranheza
que, no Brasil, 50% dos trabalhadores estejam na infor-
malidade, que existam 13 milhões de desempregados e
muitos conflitos trabalhistas. Só em 2016 surgiram 4,2
milhões de novos processos na Justiça do Trabalho, on-
de tramitam, atualmente, 9,2 milhões de processos, um
para cada cinco trabalhadores com carteira assinada.
Com a nova legislação, o setor industrial aposta na di-
minuição de conflitos, redução do Custo Brasil, atração
de investimentos e no estímulo ao emprego.
“A reforma não retirou direitos do trabalhador”, ob-
serva Homero Arandas, para quem ela valoriza a nego-
ciação coletiva de trabalho, incentiva o entendimento
direto entre empregado e empregador, com o poder de
reduzir conflitos, e reduz a burocracia. Ao todo, foram
alterados 106 dos 922 artigos da CLT, mais cinco pontos
da Lei 6.019/74, além de outros ajustes na legislação
esparsa.
A gerente-executiva de Relações do Trabalho da Con-
federação Nacional da Indústria, Sylvia Lorena, acredita
que é preciso aplicar a lei com responsabilidade. “A pri-
meira coisa é conhecer a lei e a sua realidade empresarial
para que seja aplicada corretamente, com cautela e com
a melhor interpretação, ou seja, com uma interpretação
que guarde o equilíbrio entre a proteção do trabalhador
e as necessidades da empresa”, afirma.
reforma moDerniza leis trabalhistasProposta aprovada em julho valoriza a negociação coletiva e tem o poder de reduzir conflitos e a burocracia
pOr cleber borges
LúCI
O T
áVO
RA/C
OPER
PHO
TO/S
ISTE
MA F
IEB
Bahia Indústria 15
JORNADA DE TRABALHOAntes – Jornada diária de 8 horas, semanal de 44Com a reforma – No limite constitucional da jornada, permite flexibilização, como o regime de 12h x 36h de descanso, inclusive mediante acordo individual
BANCO DE HORASAntes – Somente por negociação coletiva e as horas deveriam ser compensadas em até 1 anoCom a reforma – Pode ser negociado individualmente, com a compensação de horas extras limitada a seis meses
HORAS EM TRÂNSITOAntes – Ida e volta ao trabalho em transporte do empregador significava hora trabalhadaCom a reforma – Esse tempo não será computado na jornada de trabalho
TRABALHO INTERMITENTEAntes – Não era regulamentadoCom a reforma – Quando a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo em períodos alternados. Trabalhador faz jus, em termos proporcionais, a direitos trabalhistas
TERCEIRIZAÇÃOAntes – Não admitia terceirização nas atividades-fim da empresaCom a reforma – Torna explícita a possibilidade de terceirização na atividade-fim
NEGOCIAÇÃOAntes – A Justiça do Trabalho interferia na definição do que podia ser negociadoCom a reforma – Negociação coletiva prevalece sobre a lei nos temas “lícitos”
NEGOCIAÇÃO INDIVIDUALAntes – Legislação não distinguia trabalhador por nível salarialCom a reforma – Trabalhador de nível superior e com salário igual ou superior a duas vezes o teto do INSS (R$ 11.062,62) podem negociar livremente relações contratuais.
REMUNERAÇÃOAntes – Salário incluía remuneração fixa, mais comissões, gratificações, abonos e diárias, estas quando excedessem 50% do salárioCom a reforma – Salário inclui apenas a remuneração fixa, mais gorjetas, gratificações legais e comissões pagas pelo empregador, excluindo diárias
FÉRIASAntes – Concedidas em até dois períodos, um dos quais não inferior a dez dias. Menores de 18 anos e maiores de 50 não podiam dividir.Com a reforma – Menores de 18 e maiores de 50 também podem dividir férias, que podem ser usufruídas em até três períodos.
CONTRIBUIÇÃO SINDICALAntes – Obrigatória para empregados e empregadoresCom a reforma – Somente será devida mediante prévia adesão do empregado ou do empregador
RESCISÃO DE CONTRATOAntes – Homologação era feita com intermediação de sindicato laboralCom a reforma – Rescisões não mais precisam ser homologadas
REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS Antes – Dispositivo previsto na Constituição, para empresas com mais de 200 empregados, não era regulamentadoCom a reforma – Estabelece comissão, de 3 a 7 membros, com mandato de um ano e estabilidade até um ano após
PREPOSTO DA EMPRESAAntes – Teria que ter vínculo empregatício com a empresaCom a reforma – Preposto não precisa ser empregado da parte reclamada
PRiNCiPaiS aLteRaçõeS
16 Bahia Indústria
Instituições que integram o Sistema FIEB dão suporte para garantir o desenvolvimento sustentável da indústria baiana
eNtiDaDeS CONtRiBUem PaRa Uma iNDÚStRia maiS COmPetitiVa e iNOVaDORa
pOr cleber borges, patrícia moreira e carolina mendonça
ma indústria inovadora precisa de
profissionais qualificados, de apoio
aos seus projetos de inovação e nos
investimentos em saúde e segurança
no ambiente de trabalho. Estas são,
justamente, as linhas de atuação do
Serviço Social da Indústria (SESI)
e do Serviço Nacional de Aprendi-
zagem Industrial (SENAI) que, ao longo das últimas
décadas, têm sido decisivos no apoio à construção do
parque industrial brasileiro.
Sejam pequenos, médios ou grandes empreen-
dimentos, neles está o DNA das duas instituições,
com a prestação de serviços no apoio à segurança
e saúde no trabalho, no atendimento às demandas
em tecnologia e inovação, no esforço para o aumen-
to da escolaridade do trabalhador e na qualificação
profissional.
Com o País mergulhado em uma crise sem prece-
dentes, milhares de empresas em situação de insol-
vência e elevado desemprego, fica ressaltada a impor-
tância estratégica do SESI e do SENAI para a produti-
vidade da indústria e a competitividade da economia.
“As duas entidades desenvolveram metodologias
que antecipam tendências do mercado, para oferecer
Formar e
capacitar
pessoas são
os principais
objetivos
das duas
instituições
às indústrias e a seus trabalhadores serviços de qua-
lificação profissional, de inovação e de segurança e
saúde no ambiente de trabalho, sempre conectados
às suas necessidades”, afirma o presidente da Fede-
ração das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ri-
cardo Alban.
O diretor de Educação Profissional e diretor Regio-
nal do SENAI-BA, Luis Alberto Breda Mascarenhas,
lembra a importância do SENAI em um país em que
menos de 17% dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos
conseguem chegar ao ensino superior, segundo da-
dos do PNAD/IBGE, e que a Educação Profissional
ainda é escolha de pouco mais de 11% dos brasileiros,
conforme aponta o Censo da Educação Básica, 2015 /
Cedefop, 2013.
“Temos na formação técnica e profissionalizan-
te uma importante alternativa para o país, com um
modelo educacional que favorece de fato o desenvol-
vimento econômico e social. A base da pirâmide do
setor produtivo demanda a qualificação profissional
especializada e a formação de técnicos que promo-
vam o aumento das oportunidades para a população
mais jovem”, frisa o representante do SENAI Bahia.
Outro fator importante é que há uma escassez de
mão de obra de nível técnico e o SENAI tem um papel
#Sempre SESI/SENAI
Bahia Indústria 17
#Sempre SESI/SENAI RAFAEL MARTINS/ARqUIVO/SISTEMA FIEBJOãO ALVAREz/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
muito relevante na formação des-
tes profissionais. Prova disso é a
elevada empregabilidade de quem
tem formação técnica. Levanta-
mentos do SENAI Bahia apontam
que 95% das empresas indicam a
preferência por egressos de cursos
técnicos da instituição.
A pró-reitora Administrativa do
Centro Universitário SENAI Cima-
tec, Tatiana Ferraz, complementa
destacando que os desafios para
a formação do engenheiro, num
mundo cada vez mais tecnológico e
digital, requer novos conhecimen-
tos, habilidades e atitudes dos pro-
fissionais e as instituições de ensi-
no precisam se adaptar a esta nova
realidade. E é este papel que o SE-
NAI Cimatec tem cumprido. “Ouvir
o mercado, estar atento às evolu-
ções, são fundamentais neste pro-
cesso. Internet das coisas, robótica,
inteligência artificial, mudarão o
modo com que os engenheiros con-
cebem, projetam, implementam e
operam produtos e processos. E é
esta abordagem, próxima das de-
mandas industriais, que o SENAI
Cimatec já aplica em seus cursos, e
tende a reforçar de forma mais am-
pla no futuro”, ressalta.
númerosNa Bahia, os números das duas
instituições falam por si. No perío-
do 2014/16, o SENAI realizou qua-
se 326 mil matrículas em educa-
ção profissional, das quais, quase
78 mil gratuitas; e atendeu 2.108
empresas, de 30 segmentos indus-
triais, em 138 municípios baianos.
Em Salvador, a mais avançada unidade do SENAI
no país – o Cimatec – reúne em um único campus um
robusto centro tecnológico, centro universitário de re-
ferência e escola técnica, que operam de forma inte-
grada. Não por acaso, nas cinco últimas avaliações do
Índice Geral de Cursos, do MEC, a unidade foi classifi-
cada como a melhor instituição de ensino superior em
Engenharia do Norte/Nordeste.
O SESI cumpre a missão de levar educação básica,
segurança na indústria e saúde aos trabalhadores. A
qualidade do ensino oferecido pela instituição, que
no período 2014/16 realizou na Bahia mais de 176 mil
matrículas gratuitas em Educação, é atestada pelos
bons resultados alcançados por seus alunos na Prova
Brasil, do MEC. Estudo do Insper revelou que alunos
do SESI têm, em média, resultados superiores aos das
redes municipais, estaduais e privadas, em língua
portuguesa e matemática.
Prova disso é o desempenho de seus alunos no in-
gresso em importantes instituições de ensino do país.
O estudante Rafael Mendes teve o apoio do SESI para
realizar o sonho de entrar para o Instituto Tecnológi-
co de Aeronáutica, em São Paulo. Assim como Rafael,
outros egressos das escolas SESI e do SENAI contam
como as duas instituições contribuíram para o seu
desenvolvimento profissional. É o caso de Uilson
Barbosa Jr., 28 anos, executivo de vendas técnicas da
Placo Saint-Gobain (ver depoimentos).
O superintendente do SESI Bahia, Armando Neto,
explica que nas suas duas áreas de atuação – edu-
cação e segurança e saúde no trabalho (SST) – o
SESI tem como objetivo contribuir para o aumento
da competitividade da indústria. “Seja por meio do
processo educativo, contribuindo para a formação de
um trabalhador mais capacitado, logo, mais produti-
vo e, nas áreas de SST, promovendo um ambiente de
trabalho mais saudável e seguro, sendo parceiro das
empresas no atendimento das normas reguladoras,
eSocial e na gestão do Fator Acidentário de Preven-
ção (FAP)”, explica.
Para Armando Neto, o grande desafio para o SESI
é ser uma organização inovadora que oferta serviços
10 mil indústrias foram atendidas pelo sesi nos últimos dois anos
“Minha história profissional
foi toda construída no SENAI
Cimatec. Ex-aluno do Ebep no
SESI Retiro, entrei aqui como
estagiário e fiz curso técnico
em Mecatrônica. Acabei sendo
contratado como professor
de cursos de qualificação
profissional. Cursei a
graduação em Mecatrônica,
tive a oportunidade de crescer
e comecei a desenvolver a
carreira como coordenador de
curso. Participei de projetos
fora do estado e no exterior,
como o Cinfotec, em Angola.
Hoje, estou finalizando o
MBA em Gestão de Projetos
e lidero uma equipe de
120 professores. Foram os
caminhos que o Cimatec foi me
dando...”.
Carlos Henrique Leal, líder
dos cursos técnicos do cimatec
BETTO JR./COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
18 Bahia Indústria
aderentes às necessidades atuais e
futuras das indústrias. “Estamos
sempre dedicados a identificar no-
vas possibilidades para que pos-
samos nos antecipar às demandas
futuras da indústria, a partir do di-
álogo com empresários e especia-
listas, e também às mudanças no
ambiente regulatório com impacto
sobre as empresas, como é o caso
“Estudei na rede SESI de ensino e fiz o curso
técnico de Edificações do SENAI. Agradeço
a possibilidade de contribuir de forma
diferenciada para a área da construção
civil, pois tive uma formação de muita
qualidade. Acredito que outros jovens
devem ter a mesma oportunidade e obter
sucesso em sua vida profissional, assim
como eu tive e tenho.”
Uilson Barbosa Jr., 28 anos, executivo de
vendas técnicas da Placo Saint-Gobain.
» #SEMPRE SESI/SENAI -sempresesisenai.com.br
“O ensino médio do SESI me proporcionou
educação de qualidade, com laboratórios
que me permitiram o contato da teoria com a
prática nas matérias que eram importantes
para quem, como eu, queria seguir um curso de
engenharia em Aeronáutica. Tive o privilégio
de ter bons professores, que me ajudaram a
construir este caminho.”
Rafael Mendes, ex-aluno da Escola SESI djalma
Pessoa, hoje estudante do ItA, em São Paulo
do eSocial, por exemplo, que entra
em vigor em 2018”, arremata.
Como suporte a esta prospecção
e desenho de perspectivas futuras,
o SESI vem investindo em centros
de inovação em todo o país. A
Bahia, por exemplo, coordena na-
cionalmente o Centro de Inovação
em Prevenção da Incapacidade e
Reabiltação ao Trabalho, que bus-
ca desenvolver soluções e também
promove a capacitação de técnicos
dos departamentos regionais de to-
do o país.
A entidade também é referên-
cia na oferta de serviços em SST,
com quase 10 mil atendimentos
empresariais e 329 mil trabalha-
dores e dependentes beneficiados
na Bahia em 2014/16.
O presidente do Sindicato da
Indústria de Mármores e Granitos
(Simagran), Marcos Régis, reco-
nhece a importância das duas ins-
tituições que para ele são parte da
estratégia de negócio do segmen-
to. “Com o apoio do SESI conse-
guimos lastrear as ações de saúde
e segurança do colaborador nas
nossas indústrias a um custo bem
menor e com uma qualidade supe-
rior”, destaca. “Utilizamos muito
também um produto bem interes-
sante do SENAI que se chama The-
oprax [metodologia alemã que alia
teoria e prática], como forma de
melhorar nossos processos.”
recursosTodos estes serviços ofertados pe-
lo SESI e SENAI são financiados,
em sua maior parte, por contribui-
ções compulsórias arrecadadas
das empresas do setor. Os recursos
e sua gestão são de natureza priva-
da. Tal modelo de financiamento é
também adotado com sucesso em
países de primeiro mundo como
Alemanha, França e Dinamarca.
Não fosse esse modelo de finan-
ciamento, o déficit de mão de obra
bem preparada e os problemas de
saúde e segurança na indústria se-
riam muito maiores.
VALT
ER P
ONTE
S/C
OPER
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TO/S
ISTE
MA F
IEB
326 mil matrículas de educação profissional realizadas pelo senai entre 2014-2016
ROOSEVELTE CáSSIO/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
Bahia Indústria 19
20 Bahia Indústria
BOaS PRátiCaS De eStágiO eNtRam Na DiSPUta NaCiONaLBahia tem quatro finalistas em premiação promovida pelo Instituto Euvaldo Lodi
as empresas Tecon Salvador,
Kordsa Brasil e Lacerta Con-
sultoria Projetos e Assesso-
ria Ambiental Ltda, além da ins-
tituição de ensino SETE Serviços
Empresariais Trabalho e Educa-
ção representam a Bahia na etapa
nacional do Prêmio IEL de Estágio
2017. A premiação vai destacar
todos os atores envolvidos no pro-
cesso de estágio, nas categorias:
pequena empresa, média empre-
sa, grande empresa, instituição
de ensino, estagiário e Sistema
Indústria. Os vencedores serão co-
nhecidos em solenidade no dia 30
de outubro, em Curitiba.
Neste ano, concorreram 16 esta-
giários, 34 empresas e 23 institui-
ções de ensino de 15 estados. Os fi-
nalistas passaram por uma banca
de avaliação composta por repre-
sentantes do Sebrae, MEC, UNB,
MTE, UNIceub, Anprotec e CNPq.
Os representantes da Bahia na
premiação nacional venceram,
em agosto, a etapa regional, rea-
lizada pelo Instituto Euvaldo Lo-
di (IEL-BA), em Salvador. “Ver a
Bahia entre os finalistas da etapa
nacional mostra que empresas,
instituições de ensino e estudan-
tes acreditam no estágio como
uma ferramenta indispensável
na formação de profissionais de
sucesso”, ressalta a gerente de
Desenvolvimento de Carreiras do
IEL, Edneide Lima.
Além das empresas Tecon Salva-
dor, Kordsa Brasil, Lacerta Consul-
toria Projetos e Assessoria Ambien-
tal e da instituição de ensino Sete
Serviços Empresariais Trabalho e
Educação (nível técnico), a premia-
ção estadual destacou a Unijorge,
na categoria instituição de ensino
nível superior e a estudante de Ci-
ências Biológicas da UCSAL, Ana
Tereza Caldas, na categoria esta-
giário destaque. "Na faculdade co-
VALTER PONTES/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
empresas,
estagiários e
instituições
de ensino na
etapa Bahia
da premiação
nheci a teoria. No estágio comple-
mentei meu conhecimento com a
atividade prática. Além disso, pas-
sei a assumir responsabilidades, o
que levou ao meu crescimento co-
mo pessoa", destacou.
WorKshopA etapa estadual do Prêmio de
Estágio foi realizada no Dia do
Estagiário (18.08), como parte da
programação do Workshop de Car-
reiras. No evento, o superinten-
dente do IEL-BA, Evandro Mazo,
destacou a importância do estágio
para a construção de carreiras bem
sucedidas. “Agradecemos a todas
as empresas, prefeituras e insti-
tuições de ensino que contribuem
para o processo de formação dos
estagiários”, disse, acrescentando
a importância desta parceria, “que
viabiliza a oportunidade do primei-
ro estágio, do primeiro emprego e
o começo desta trilha profissional
para os estudantes baianos”.
Mazo lembrou que o IEL insere
cerca de 11 mil estagiários no mer-
cado por ano. “Temos aprendido
muitas coisas com as empresas e
com os estagiários. Uma delas é
uma habilidade muito importante
que o mercado demanda que é o
desenvolvimento das habilidades
comportamentais, como saber
trabalhar com a diversidade, a
importância de planejar seu dia e
sua carreira. Para isso, temos tra-
balhado com algumas soluções
com foco na carreira e orientação
profissional”, frisou.
Estudantes, empresas e especia-
listas participaram do workshop,
que contou com a palestra do pro-
fessor Victoriano Garrido sobre
planejamento de carreira e com um
talk show com o administrador e
especialista em coach e gestão de
carreiras, Fábio Rocha.
» Confira a lista com todos os vencedores da etapa estadual do Prêmio IEL de Estágio e do Inova Talentos no portal do Sistema FIEB www.fieb.org.br
Bahia Indústria 21
SemiNáRiO SOBRe RegULaRizaçãO tRiBUtáRia
Superintendente do Sebrae participa de reunião na FieB
Eleito novo superintendente do Sebrae Bahia, Jor-
ge Khoury participou de reunião do Conselho da Mi-
cro e Pequena Empresa Industrial realizada em agos-
to. Ele lamentou a redução do repasse de recursos do
Sebrae Nacional às regionais para 2018 e sugeriu a
promoção de um encontro de natureza técnica, que
conte com a participação de lideranças empresariais
setoriais, por meio do qual se conheça a agenda de
cada segmento industrial, visando planejar soluções
aplicáveis. “Na condição de agente articulador, o Se-
brae deve estar próximo e sensível a essas demandas,
estabelecendo uma agenda positiva que fortaleça a
complementariedade e evite o sombreamento de es-
forços e ações”, afirmou Khoury.
O Conselho de Assuntos
Fiscais e Tributários da FIEB
(Caft) realizou, em agosto, o
Seminário Entenda o Progra-
ma Especial de Regularização
Tributária (PERT), o segundo
sobre o tema, desta vez, com
a participação de represen-
tantes da Procuradoria Geral
da Fazenda Nacional (PGFN).
O procurador Victor Garcia elencou os débitos que podem
ser incluídos no PERT, expli-
cou os tipos de parcelamento
possíveis e ainda respondeu
às questões do público. "Para
nós, estas oportunidades são
muito importantes", disse. Na
visão do coordenador do Caft,
Sérgio Pedreira, o objetivo do
Conselho se cumpriu com a
realização destes encontros
presenciais.
conselhos
apoio à regularização sanitária A FIEB, por meio da gerência de Meio Ambiente e Responsabili-
dade Social e do Conselho de Meio Ambiente, firmou acordo de co-
operação técnica com o Sebrae Bahia e a Diretoria de Vigilância Sa-
nitária e Ambiental (Divisa) da Secretaria de Saúde do Estado, com
o objetivo de assessorar as micro e pequenas empresas no processo
de licenciamento sanitário (implantação, regulação e expansão de
micro e pequenas empresas e indústrias). O acordo, que prevê apoio
na análise de requisitos; elaboração do projeto arquitetônico; ela-
boração de relatório técnico e ajuste de documentação, beneficiará
diretamente as empresas associadas ao Sindisabões-BA, Sindicos-
metic-BA, Sinditrigo-BA, Sindileite-BA, Sincafé, Sindsucos, Sincar-
-BA, Sindicerbe, Sipaceb, Sindióleos e Sindiaçúcar. Mais informa-
ções podem ser obtidas pelo telefone: (71) 3343-1500.
VALTER PONTES/ COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
22 Bahia Indústria
em seminário realizado na FIEB, por inicia-
tiva do Sindicato das Indústrias Extrativas
de Minerais Metálicos, Metais Nobres e
Preciosos, Pedras Preciosas e Semiprecio-
sas e Magnesita no Estado Da Bahia (Sindimiba),
o Serviço Social da Indústria (SESI) lançou, em
outubro, a série de vídeos 100% Seguro Mine-
ração. O projeto apresenta os procedimentos de
trabalho do segmento e do ramo de mineração
com total segurança, contribuindo para a saúde
e a qualidade de vida do trabalhador.
Cada série do 100% Seguro tem cinquenta ca-
pítulos com orientações de Saúde e Segurança do
Trabalho (SST), além da opinião de especialistas
da área. Com linguagem simples, direta e de fácil
entendimento, pode ser utilizado por trabalhado-
res, gestores, supervisores, técnicos e engenhei-
ros de segurança do trabalho. “Nossa expectativa
é que as empresas utilizem os vídeos nos seus
diálogos diários sobre segurança, que levem es-
tas informações para os trabalhadores, mostrem
os vídeos, explicitem de que forma que os traba-
lhadores possam ter uma atuação mais segura,
usando os procedimentos e equipamentos neces-
sários”, afirma o gerente de Saúde e Segurança na
Indústria do SESI Bahia, Amélio Miranda.
O conteúdo contempla todas as etapas de
produção e diversos aspectos, desde ergonomia
gestão de
SSt diminui
custos e
afastamentos,
além de
aumentar a
produtividade
SESI lança vídeos sobre Segurança e Saúde com o objetivo de reduzir número de acidentes e doenças de trabalho
pOr carolina mendonça
e pausas, até equipamentos de proteção e manipula-
ção de instrumentos. Os objetivos dos episódios são:
contribuir para a redução do número de acidentes e
doenças de trabalho; colaborar para a melhoria da
qualidade de vida, segurança e saúde dentro da in-
dústria; disseminar ações de SST e aumentar a com-
petitividade da indústria brasileira.
O superintendente do SESI Bahia, Armando Costa
Neto, pontua que a gestão na área de SST é essencial
para qualquer ramo de negócio, especialmente a área
de Mineração, que pode apresentar uma série de ris-
cos de acidentes, caso não se faça um trabalho de pre-
venção. “Os riscos podem representar também custos
elevados para as empresas, em função do marco re-
gulatório nesta área”, afirma.
Para o auditor fiscal do Trabalho, Flávio Nunes, é
preciso “substituir a improvisação pela ciência, por
min
eraç
ão
segu
ra
FOTOS DIVULGAçãO
meio do planejamento de trabalho”. Ele enfatizou
que, em 2018, a Superintendência Regional do Tra-
balho e Emprego irá reforçar a fiscalização entre as
mineradoras, mas que o papel do órgão não é funda-
mentalmente o de punir, e sim contribuir para que
todos os trabalhadores possam usufruir de um am-
biente de trabalho adequado.
casesNo evento, representantes da Ferbasa, Magnesita e Va-
nádio de Maracás apresentaram projetos de gestão em
SST que reduziram o número de acidentes de trabalha-
dores com afastamento e trouxeram mais segurança
na realização de atividades dentro das empresas.
O engenheiro de Segurança da Ferbasa, Igor Andra-
de, contou que a empresa tem apostado na observação
das atividades desempenhadas por cada colaborador.
Após este olhar atento e sistemático são realizadas
conversas de orientação. “Dar um feedback, somente,
não adianta. É preciso promover a reflexão, ‘ganhar’
o trabalhador”, explicou. O investimento tem dado re-
sultados. De 2011 – quando implantado o programa –
até este ano, o número de acidentes com afastamento
caiu 89% na Ferbasa, de acordo com Andrade.
Um projeto semelhante está em curso na unidade
de Brumado da Magnesita. O coordenador de produ-
ção da empresa, Farley Morais, conta que a aposta no
reforço dos comportamentos seguros vem aumentan-
do a produção e diminuindo os acidentes. “Realiza-
mos formações de turmas de observadores e temos
como missão transformar a segurança em um valor
de todos na empresa”, enfatiza.
Já o coordenador de Segurança e Saúde Ocupacio-
nal, Fernando Rodrigues, e o coordenador de Produ-
ção da Vanádio de Maracás, Kléber Macedo, falaram
sobre a criação de uma cultura de segurança, ainda
fase inicial da produção industrial, por meio de ino-
vações sugeridas pela própria força de trabalho. Eles
citaram sugestões de colaboradores que, transforma-
das em melhorias, representaram redução de riscos
em suas atividades.
inovaçãoArmando Costa Neto ressalta que o SESI tem uma
equipe capacitada para apoiar as indústrias no cum-
primento da legislação e na gestão de SST, além de
que a Bahia já conta com os serviços de um dos Cen-
tro de Inovação SESI em Prevenção da Incapacidade.
No portfólio de serviços de SST do SESI para o setor
da Mineração estão inclusos cursos e treinamentos,
realização de diagnósticos, laudos de insalubridade,
entre outros serviços. “Nossas ações estão voltadas
ainda para o atendimento à NR 22, custos do Fator
Acidentário de Prevenção – FAP, reduções de afasta-
mentos e melhores indicadores de SST”, acrescentou
Amélio Miranda.
De acordo com o consultor do SESI, André Luna, há
uma necessidade crescente das empresas avaliarem o
impacto e a efetividade do investimento em SST, dada
a mudança no perfil epidemiológico nas indústrias e
a interação permanente com as tecnologias de comu-
nicação. “Neste novo cenário, um trabalho de inter-
venção precoce diminui incidência de afastamentos,
custos com ações regressivas e ações judiciais, além
de representar aumento da produtividade e ganhos
em imagem e responsabilidade social”, apontou.
Bahia Indústria 23
24 Bahia Indústria
Verão sauDáVelSindicato projeta incremento de até 50% nas vendas de sorvetes e picolés em relação ao inverno
pOr marta erhardt
o aumento da temperatura
com a chegada das esta-
ções mais quentes traz
boas perspectivas para o
segmento de sorvetes e picolés. De
outubro a fevereiro de 2018, o con-
sumo destes produtos na Bahia
deve aumentar em até 50%, em
relação ao período do inverno, se-
gundo estimativa do Sindicato da
Indústria Alimentar de Congela-
dos, Sorvetes, Sucos Concentrados
e Liofilizados do Estado da Bahia
(Sindsucos-BA).
Na Bahia, o segmento de sorve-
tes e picolés reúne 167 indústrias,
a maioria de micro ou pequeno
porte. No total, elas empregam
1.148 trabalhadores. E este núme-
ro pode ser ampliado com o au-
mento do consumo, de acordo com
o diretor do Sindsucos, Igor Freire.
“Com a retomada da economia, as
empresas já estão investindo em
equipamentos e também em con-
tratação de mão de obra”, ressalta.
Ele é proprietário da empresa
Arita, instalada em Itapuã. Lá, o
quadro de funcionários será am-
pliado. Além disso, de olho na
demanda, o empresário já elevou
o estoque de matéria prima e ad-
quiriu uma produtora contínua de
sorvete.
produtos saudáveisEntre as tendências de mercado
para os próximos meses, estão
os produtos de maior valor agre-
estudantes
do SeSi
conheceram
o processo
produtivo e
degustaram
sorvetes e
picolés
com banana, cupuaçu e morango.
Agora, já percebe um incremento
de 10% das vendas, puxadas por
esta novidade. “Quando chega o
inverno as pessoas evitam tomar
sorvete e picolé. Já com o açaí, não
tem tanta restrição”, comenta.
consumoNo Brasil, o consumo per capita
de sorvetes e picolés alcança 4,86
litros/ano, de acordo com dados
da Associação Brasileira das In-
dústrias e do Setor de Sorvetes
(ABIS), que também aponta que a
região Nordeste responde por 19%
do consumo total do país, atrás
somente da região Sudeste (52%).
De acordo com o Sindsucos-BA,
a Bahia possui um mercado dife-
gado, como sorvetes premium e
gourmet; bem como os saudáveis,
feitos de frutas da estação, com
menos calorias e mais refrescan-
tes. De olho neste mercado, mui-
tas empresas estão investindo em
novos produtos para atender os
consumidores. Para este verão as
apostas são o sorbet, que é sorvete
feito sem leite, com menos açúcar
e gorduras; e o gelato, com maté-
rias-primas mais nobres e produ-
ção mais artesanal.
Quem investiu na diversifica-
ção de produtos foi o empresário
Natanael Couto, proprietário da
Sorvetes Real, situada em São
Cristóvão, há 23 anos no mercado.
Há oito meses ele investiu na pro-
dução de açaí no pote, em receitas
Bahia Indústria 25
renciado. Enquanto no restante
do país predomina o consumo de
picolés e sorvetes cremosos, fei-
tos a partir do leite (mais de 70%
do total), na Bahia os produtos
de frutas dividem o mercado, res-
pondendo por 70% das vendas de
picolés e por 30% das de sorvetes.
A nutricionista Núbia Lima
ressalta que os picolés e sorvetes
são considerados alimentos de al-
to valor nutritivo, ricos em cálcio
(especialmente aqueles prepara-
dos à base de leite), proteínas, vi-
taminas e gorduras. “Os sorvetes
e picolés de fruta conservam as
propriedades da matéria-prima,
como vitaminas e minerais”,
explica, ressaltando que, como
qualquer alimento, o consumo
passo para a produção de sorvetes e picolés, desde a
higienização, sanitização e despolpamento (separa-
ção das sementes da polpa) das frutas utilizadas, até
o congelamento dos produtos.
“O equilíbrio dos ingredientes é fundamental
para se obter um produto de qualidade”, explicou o
engenheiro de alimentos e coordenador da área de
Alimentos e Bebidas do SENAI Dendezeiros, Leandro
Matioli. Esse equilíbrio deve acontecer durante a pre-
paração da calda, que, no caso dos sorvetes, além da
polpa da fruta, inclui ingredientes como leite em pó,
açúcar, gordura vegetal, composto lácteo e os aditi-
vos emulsificante e estabilizante.
Atenta às explicações, a pequena Beatriz Souza, de
8 anos, contou o que mais gostou na oficina. “A hora
que coloca a calda na sorveteira”, disse. A mãe dela, a
auxiliar financeira Dulcineide Silva Souza, aprovou a
iniciativa. “É lazer e também traz conhecimento técni-
co sobre a produção de sorvetes e picolés e apresenta
para as crianças uma área profissional”, comentou.
FOTOS VALTER PONTES/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
deve ser equilibrado, dentro de
uma dieta balanceada.
comemoraçãoUma oficina sobre o processo de fa-
bricação de sorvetes e picolés mar-
cou a comemoração do Dia Nacio-
nal do Sorvete, celebrado em 23 de
setembro. “O intuito foi aproximar
as crianças do processo de produ-
ção dos sorvetes e picolés, divul-
gando de forma lúdica como eles
são feitos”, ressaltou o presidente
do Sindsucos-BA, Luiz Hermida.
Sob os olhares curiosos de estu-
dantes do SESI Itapagipe, com ida-
des entre 8 e 10 anos, os técnicos
em alimentos do SENAI Dende-
zeiros, Ronivaldo Oliveira e Carla
Dantas demonstraram o passo a
26 Bahia Indústria
“O empresário, mesmo o de pequeno porte, sabe que as questões ambientais passam pelo cumprimento das leis, mas também pela sustentabilidade”Geane Almeida Coordenadora do projeto Indústria Baiana Sustentável
com o objetivo de ajudar as indústrias, espe-
cialmente as de pequeno e médio portes,
a obter as licenças ambientais, a FIEB, por
meio da sua Gerência de Meio Ambiente e
Responsabilidade Social (GMARS), iniciou, em 2013,
o Projeto Indústria Baiana Sustentável. Ao longo de
quatro anos outros serviços foram incluídos e o pro-
jeto foi ampliado, oferecendo atualmente cursos e
palestras, publicações e a uma assessoria ambiental
online, acessada pelo site
do Sistema FIEB. Para as
empresas associadas aos
sindicatos filiados à Fede-
ração, o portfólio é gratuito.
“A FIEB, por meio des-
se projeto, tem apoiado as
empresas na manutenção
de sua regularidade am-
biental, principalmente
com relação às diretrizes e
critérios do licenciamento
ambiental, contribuindo
para evitar multas e penali-
dades que ameaçam a com-
petitividade e perenidade
dos negócios”, explica a gerente de Meio Ambiente e
Responsabilidade Social, Arlinda Coelho.
A porta de entrada para o atendimento é a As-
sessoria online. É preciso fazer um cadastro e en-
caminhar as primeiras demandas. Foi assim que o
engenheiro Pedro Mendonça da Vertical Engenha-
ria (associada ao Sinduscon), acessou o projeto. Ele
precisava de apoio para atender a uma questão es-
pecífica do processo de Licenciamento no Instituto
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e,
após o contato, foi marcada uma reunião presen-
cial. “A equipe, sempre muito solícita, se mostrou
emPresas sustentáVeisProjeto que apoia as indústrias no cumprimento das exigências legais ambientais completa quatro anos com mais de 300 empresas capacitadas
pOr carolina mendonça
bastante preparada. Obtivemos as informações que
precisávamos”, elogia.
O engenheiro conta ainda que, com o apoio do
projeto, rapidamente conseguiu dar entrada na do-
cumentação junto ao órgão estadual. “A interlocução
que a FIEB tem com as instituições envolvidas neste
processo fez toda a diferença”, disse Mendonça.
A coordenadora do Indústria Baiana Sustentável,
Geane Almeida, acredita que o contato pela internet
ampliou as possibilidades do serviço “O sistema de
atendimento online foi pensado para facilitar o aces-
so, principalmente das empresas situadas no interior
do estado, ao serviço de Assessoria para Licencia-
mento Ambiental oferecido”.
Geane relata que a procura por informações e pe-
las capacitações oferecidas pelo projeto têm aumen-
tado, o que mostra que o grau de conscientização
do empresariado também. “O empresário, mesmo
de pequeno porte, sabe que as questões ambientais
passam pelo cumprimento das leis, mas também pela
sustentabilidade e está investindo em soluções para
reduzir custos e impacto no meio ambiente”, afirma.
inFormações Uma das ações do projeto é a disponibilização de co-
nhecimento na área ambiental. Para isso, a GMARS
alimenta o portal do Sistema FIEB com informações,
notícias e publicações úteis para o setor produtivo. Lá
os interessados encontram e podem baixar manuais,
como o de Licenciamento Ambiental e a cartilha so-
bre eficiência energética e hídrica.
Para os empresários que desejam conhecer bons
exemplos nesta área, está disponível no site o Ban-
co de Práticas Sustentáveis da Indústria Baiana, que
traz cases nos âmbitos das tecnologias limpas, pro-
gramas socioambientais, práticas extensivas às ca-
deias de valor e micro e pequenas empresas.
Bahia Indústria 27
Quando se trata do setor indus-
trial e do Sistema FIEB, um dos
temas de maior peso é a questão
ambiental. A gestão de aspectos
ambientais é traduzida por meio
dos indicadores monitorados pe-
la organização, os quais demons-
tram os avanços obtidos com foco
na utilização racional dos recur-
sos naturais.
As práticas de gestão do Sis-
tema FIEB estão disponíveis no
mais recente Relatório de Susten-
tabilidade (referente ao exercício
2015-2016), lançado oficialmente
Relatório de Sustentabilidade 2015-2016em setembro, durante reunião de
diretoria da casa. O documento,
que reúne informações quantitati-
vas e qualitativas, está disponível
na Banca FIEB, no site da institui-
ção (www.fieb.org.br).
“O cenário atual impõe ao setor
industrial desafios de uma agen-
da que assegure a competitivida-
de. O relatório configura-se num
importante instrumento, que dá
visibilidade às melhores práticas
adotadas na construção de um
ambiente de melhoria contínua
da gestão na nossa organização”,
pontua o presidente da FIEB, Ricardo Alban, na men-
sagem publicada no documento.
“É um instrumento que contribui para a melhoria
contínua da gestão da sustentabilidade da nossa or-
ganização, a partir de um processo de autoavaliação
contínuo e participativo, o qual dá novo significado
à nossas práticas, à luz dos indicadores GRI – Glo-
bal Reporting Initiative e Ethos”, explica a gerente de
Meio Ambiente e Responsabilidade Social da FIEB,
Arlinda Coelho.
Arlinda acrescenta ainda que relatório fortalece o
papel do Sistema FIEB como agente indutor da sus-
tentabilidade, trazendo exemplos de mudanças im-
plantadas no âmbito socioambiental e os destaques
de uma atuação sustentável.
Pedro mendonça recorreu ao serviço de assessoria e aprovou
Melhoria do desempenho ambiental
Redução de passivos ambientais/trabalhistas
Redução de custos com multas/penalidades
Atendimento a requisitos mercadológicos
Acesso a financiamentos
211empresas
assessoradas
77 municípios abarcados
330empresas
passaram por capacitação
28Sindicatos Industriais
participantes
iNDÚStRia BaiaNa SUSteNtáVeL em NÚmeROS
BeNeFíCiOS PaRa aS emPReSaS ateNDiDaS
VALT
ER P
ONTE
S/C
OPER
PHO
TO/S
ISTE
MA F
IEB
28 Bahia Indústria
NúmEroS dA INdúStrIA
qUeDa Na iNDÚStRia é meNORDe janeiro a agosto de 2017, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou retração de 3,9%
a produção física da indús-
tria de transformação da
Bahia apresentou queda
de 4,7% no acumulado
de 12 meses até agosto de 2017
(uma evolução, comparando-
-se com o resultado negativo de
5,9% do mês anterior), dividindo
a última posição com o Estado do
Pará no ranking dos 14 estados
que participam da Pesquisa In-
dustrial Mensal – Produção Físi-
ca. Além da Bahia, os seguintes
estados registraram resultados
negativos: Pará (-4,7%), Mato
Grosso (-3,0%), Goiás (-1,8%), Mi-
nas Gerais (-0,9%), Ceará (-0,4%)
e Pernambuco (-0,2%). Os esta-
dos que apresentaram crescimento foram: Paraná
(3,0%), Santa Catarina (2,3%), Espírito Santo (1,7%),
Rio Grande do Sul (0,4%), São Paulo (0,4%) e Ama-
zonas (0,4%). O estado do Rio de Janeiro apresentou
estabilidade no comparativo (0,0%).
Na média, a indústria de transformação nacional
apresentou queda de 0,7% no período em análise.
Em relação à indústria baiana, cinco dos 11 segmen-
tos analisados apresentaram crescimento em termos
anualizados: Veículos Automotores (21,8%); Couro e
Calçados (13,2%); Celulose e Papel (3,0%); Alimen-
tos (2,3%); Borracha e Plástico (2,2%). Por outro la-
do, os seis segmentos restantes sofreram redução da
produção: Equipamentos de Informática (-47,3%);
Metalurgia (-30,9%, em virtude de uma parada para
manutenção da Paranapanema iniciada no fim de
março); Refino de Petróleo e Biocombustíveis, setor
que representa 29,0% do VTI da indústria de trans-
indicadores
formação local (-13,4%, devido a
uma parada programada nos me-
ses de janeiro e fevereiro, nas uni-
dades U-09 e U-18 da RLAM, além
do crescimento da concorrência
dos combustíveis importados); Be-
bidas (-5,5%); Minerais não Metá-
licos (-5,0%); e Produtos Químicos
(-0,7%).
Queda no anoNo acumulado de janeiro a agosto
de 2017, a produção física da in-
dústria de transformação baiana
apresentou retração de 3,9% (ante
-5,1% no mês passado), enquanto
a indústria nacional contabili-
zou crescimento de 0,8%. Cinco
Bahia Indústria 29
Indústria de Transformação 4,1 -3,9 -4,7
Refino de petróleo e biocombustíveis 2,6 -9,0 -13,4
Produtos químicos 5,0 -0,6 -0,7
Veículos automotores 18,2 17,5 21,8
Alimentos -0,1 1,3 2,3
Celulose e papel 0,4 1,3 3,0
Borracha e plástico 11,9 5,5 2,2
Metalurgia -2,1 -34,7 -30,9
Couro e Calçados -5,5 11,4 13,2
Minerais não metálicos -1,0 0,1 -5,0
Equipamentos de Informática -50,0 -67,2 -47,3
Bebidas 10,5 -4,3 -5,5
Extrativa Mineral 14,0 -4,2 -13,0
VARIAçãO (%)
SetOReS agO17/agO16 JaN-agO17/ Set16-agO17/ JaN-agO16 Set15-agO16
FoNte: IBGe; elaboração FIeB/SdI
bahia: pim-pf de agosto 2017
FoNte: IBGe; elaboração FIeB/SdI. Nota: exclusive a Indústria extrativa Mineral; BaSe = 100 (Média 2012)
segmentos industriais da Bahia
apresentaram queda: Equipamen-
tos de Informática (-67,2%); Meta-
lurgia (-34,7%, menor fabricação
de barras, perfis e vergalhões de
cobre e de ligas de cobre); Refi-
no de Petróleo e Biocombustíveis
(-9,0%, redução na produção de
óleo diesel, naftas para petroquí-
mica e óleos combustíveis); Bebi-
das (-4,3%) e Produtos Químicos
(-0,6%). Por outro lado, seis seg-
mentos apresentaram crescimen-
to: Veículos Automotores (17,5%,
aumento na produção de automó-
veis); Couro e Calçados (11,4 %);
Borracha e Plástico (5,5%); Celulo-
se e Papel (1,3%); Alimentos (1,3%)
bahia: produção física da indústria de transformação (2015-2017)
Produtos Químicos (5,0%, ex-
plicado pela maior produção de
misturas de alquilbenzenos ou
de alquilnaftalenos, polietileno
linear e soda cáustica); Refino de
petróleo e biocombustíveis (2,6%,
maior produção de gasolina auto-
motiva e óleo diesel) e Celulose e
Papel (0,4%).
Em sentido contrário, cinco
segmentos registraram queda:
Equipamentos de Informática
(-50,0%, menor produção de gra-
vador ou reprodutor de sinais de
áudio e vídeo (DVDs)), Couro e
Calçados (-5,5%, menor produção
de calçados de material sintético
e de couro femininos), Metalurgia
(-2,1%), Minerais não metálicos
(-1,0%) e Alimentos (-0,1%).
Após dois meses consecutivos
de alta na produção, a indústria
baiana registra sinais de recupe-
ração, apesar de ainda permane-
cer, junto com o Pará, na última
posição do ranking nacional em
uma avaliação anualizada (12 me-
ses). O agregado da indústria so-
fre especialmente com os resulta-
dos negativos do setor de Refino e
Metalurgia, que representa 33,3%
do VTI da indústria de transfor-
mação local.
Mesmo com sinais visíveis de
retomada da economia, do ponto
de vista político, o governo federal
enfrenta grandes dificuldades em
perseguir a agenda de competiti-
vidade e as reformas estruturais
aguardadas pelo setor produtivo.
De acordo com informações do
Banco Central (relatório Focus, 06
de outubro), as perspectivas pa-
ra 2017 são: (i) inflação (IPCA) de
2,98%; (ii) crescimento de 1,18%
na produção industrial; (iii) queda
da taxa Selic para 7,00% no final
do ano; e (iv) crescimento de 0,7%
no PIB brasileiro.
e Minerais não metálicos (0,1%).
Na comparação de agosto de
2017 com igual mês do ano an-
terior, a produção física da in-
dústria de transformação baiana
apresentou crescimento de 4,1%,
enquanto a indústria nacional
registrou alta de 4,2%. Seis seg-
mentos apresentaram incremen-
to: Veículos Automotores (18,2%,
maior produção de automóveis
e painéis para instrumentos dos
veículos automotores); Borracha
e Plástico (11,9%, crescimento da
produção pneus novos usados em
automóveis, ônibus e caminhões
e filmes de material plástico pa-
ra embalagem); Bebidas (10,5%);
FONTE: IBGE; ELABORAÇÃO FIEB/SDI. NOTA: EXCLUSIVE A INDÚSTRIA EXTRATIVA MINERAL; BASE = 100 (MÉDIA 2012)
JAN
JUL
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
115
110
105
100
95
90
85
80
75
70
2016
2015
2017
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2015-2017)
30 Bahia Indústria
RiCaRDO aLBaN é eLeitO à PReSiDêNCia Da FieB
O empresário Ricardo Alban foi eleito, em chapa única, para a presi-
dência da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), no pe-
ríodo 2018-2022. Ele foi conduzido pelo Conselho de Representantes da
entidade, com 40 dos 42 votos registrados. Alban ocupa a presidência
da casa desde novembro de 2014, após a morte do então presidente Car-
los Gilberto Farias. Além de Ricardo Alban, foram eleitos os vice-presi-
dentes Alexi Pelágio, Angelo Calmon de Sá Jr., Carlos Henrique Passos,
Eduardo Catharino Gordilho, João Baptista Ferreira, Josair Bastos, Juan
Lorenzo e Sergio Pedreira de Oliveira, bem como os diretores titulares e
suplentes, membros do Conselho Fiscal e delegados junto ao Conselho
de Representantes da Confederação Nacional da Indústria.
VALTER PONTES/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
Presidente
da FieB,
Ricardo alban,
participa da
votação
exposição
reuniu
produtos de
indústrias
baianas
Beratibusam
eum inctur,
omnis
magnimusant
que essi
NOViDaDeS em COSmétiCOSAs tendências e novidades dos cosméticos produzidos na
Bahia para o Verão 2018 foram apresentadas na Mostra Bahia
Cosmética, dia 19.09, na FIEB. Entre as novidades, o sachê para
escova progressiva para ser aplicado em casa. Promovida pelo
Sindcosmetic-BA, a primeira edição da mostra contou com espa-
ços destinados à exposição e
também à experimentação de
produtos, além do Workshop
Atualidade Cosmética, que
reuniu especialistas para
debater os desafios e pers-
pectivas para a indústria do
segmento. Na mesma data foi
realizada a cerimônia de posse
da diretoria do Sindcosmetic,
para a gestão até 2020.
Cimatec: excelência no meC e na CaPeS
Os cursos de graduação nas
Engenharias Civil e de Materiais
do Centro Universitário SENAI
Cimatec foram avaliados com
conceito 5 pelo Ministério da Edu-
cação (MEC), sendo os únicos na
Bahia com pontuação máxima pe-
lo órgão do governo federal entre
faculdades, centros universitários
e universidades públicas e priva-
das. A qualidade do programa de
pós-graduação stricto sensu Mo-
delagem Computacional e Tecno-
logia Industrial, que oferece um
curso de mestrado e um de dou-
torado, também foi avaliada com
o conceito mais alto da Coordena-
ção de Aperfeiçoamento de Pes-
soal de Nível Superior (Capes). As
inscrições para o processo seleti-
vo dos cursos de mestrado e dou-
torado do SENAI Cimatec estão
abertas até o dia 11 de novembro.
Inscreva-se em www.senaicima-tec.com.br/stricto.
Boa prática da FieB é premiada em Brasília
Uma ação simples e que pode
render bons frutos para os sin-
dicatos associados à FIEB, a ini-
ciativa Potencial Associado, da
Gerência de Relações Sindicais, fi-
cou em 1º lugar em boas- práticas
da Rede Desenvolvimento Asso-
ciativo, na categoria Inteligência
Sindical. O prêmio foi entregue na
CNI. A ação, que vai compor o Ca-
tálogo Online de Boas Práticas da
RDA, consiste em analisar o perfil
dos participantes dos eventos pro-
movidos pela gerência para iden-
tificar as empresas não associa-
das. Os contatos são sinalizados
para que os sindicatos possam
prospectar novos associados.
LúCIO TáVORA/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
painel
Bahia Indústria 31
ANGEL
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S/C
OPER
PHO
TO/S
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IEB
hOmeNagem a ViCtOR VeNtiNO empresário Victor Ollero Ventin foi condecora-
do com a Cruz de Oficial da Ordem do Mérito Civil, con-
cedida pelo rei da Espanha, Felipe VI. A comenda foi
entregue em solenidade no Farol da Barra, em 16.10,
dia da Festa Nacional da Espanha, na presença de
empresários e autoridades. Instituída, em 1926, a co-
menda reconhece as virtudes cívicas de funcionários
a serviço do Estado, assim como os serviços prestados
por cidadãos espanhóis e estrangeiros à Espanha.
Destaque no Parlamento Jovem 2017Cinco dos seis projetos que representaram a Bahia
entre 24 e 29 de setembro, no Parlamento Jovem Bra-
sileiro, em Brasília, foram de estudantes da Escola
SESI Djalma Pessoa, de Salvador. Os estudantes
Pedro Lima, Caio Adorno, Gabriel Santos, Beatriz
Santos e Victória Couto tiveram a oportunidade de
vivenciar, durante uma semana, a rotina de um par-
lamentar na capital federal. Todos os projetos do SE-
SI foram aprovados nas Comissões Temáticas.
tURma Da ROBótiCa gRaVa NaS eSCOLaS DO SeSi
Os estudantes que praticam robótica educacional
nas escolas da Rede SESI de Salvador tiveram uma
experiência diferente, nos dias 21 e 22 de setembro.
As equipes campeãs das escolas SESI Djalma Pessoa
e Reitor Miguel Calmon gravaram para o programa
Turma da Robótica, do Canal Futura. Foi registrado o
dia a dia dos alunos para um documentário que será
exibido em fevereiro. A gravação, que está sendo re-
alizada em vários estados, será exibida pouco antes
da realização da grande final nacional do First Lego
League (FLL), o torneio oficial de robótica educacio-
nal realizado pelo SESI e que definirá os campeões do
Brasil para a etapa internacional.
PReCURSOR DO COaChiNg FaLa SOBRe LiDeRaNça
Considerado o criador do coaching moderno, o
norte-americano Tim Gallwey encerrou, em Salvador,
a turnê que percorreu seis cidades brasileiras com o
talk show The Inner Game - A essência da liderança
e do aprendizado por experiência. No evento, reali-
zado em setembro na FIEB, com apoio do Sindvest
Salvador, ele falou sobre a ferramenta, que já foi
usada por grandes corporações. Para Tim Gallwey, a
essência de tudo está em se divertir com o que se faz
na vida profissional. “Está no nosso DNA: todos nós
queremos nos sentir bem”, dis-
se, acrescentando que cada
ser humano é líder por
natureza. Gallwey des-
tacou que vida pessoal e
trabalho precisam estar
em equilíbrio para que o
sucesso possa acontecer.
SeSi levou mistura de música e literatura para a Flica
Na Festa Literária Internacional de Cachoeira - FLI-
CA 2017, realizada no início de outubro, no Recônca-
vo Baiano, o SESI Bahia incrementou a programação
com a participação da Varanda do SESI, que ocupou
o espaço do Instituto Hansen Bahia com apresenta-
ções de artistas diversos em espetáculos educativos.
A ideia foi, seguindo a filosofia do evento, casar lite-
ratura com música. Assim, Ary Barroso, o chorinho e
a Jovem Guarda ganharam exposição, apresentações
musicais e de vídeos. No palco, artistas como Juliana
Ribeiro e Fernando Marinho, além da Banda Limou-
sine, participaram da programação.
LúCI
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áVO
RA/C
OPER
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TO/S
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IEB
integrantes
da equipe
Dynasty se
posicionam
para as
gravações
VALTER PONTES/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB
32 Bahia Indústria
Lei Complementar trata da validação de incentivos fiscaisFoi publicada, em 08.08.17,
a LC nº 160, que dispõe so-
bre convênio que permite
aos Estados e ao Distrito
Federal deliberar sobre a
remissão dos créditos tri-
butários, constituídos ou
não, decorrentes das isen-
ções, dos incentivos e dos
benefícios fiscais ou finan-
ceiro-fiscais instituídos em
desacordo com o disposto
na alínea “g”, inciso XII,
do § 2o, do art. 155 da CF,
bem como a reinstituição
das respectivas isenções,
incentivos e benefícios fis-
cais ou financeiro-fiscais.
O convênio poderá ser
aprovado e ratificado com
o voto favorável de, no
mínimo 2/3 das unidades
federadas; e 1/3 das unida-
des federadas integrantes
de cada uma das cinco re-
giões do País.
Prefeitura altera o código tributárioA Lei Municipal nº 9.279,
publicada em 29.9.17, alte-
rou e acrescentou disposi-
tivos ao Código Tributário
do Município. Dentre as
alterações, destacam-se:
a apuração do valor venal
dos imóveis; as hipóteses
de extinção, do crédito
tributário referente ao IP-
TU e a TRSD; as regras de
competência e retenção na
fonte para recolhimento
do ISS; os novos serviços
tributados pelo ISS e res-
pectivas alíquotas; a base
de cálculo da Cosip.
tácio Chehab integra a Gerência Jurídica da FIEB
A reforma trabalhista e suas incertezas
Como sabemos, no dia 13 de ju-
lho de 2017, foi publicada a Lei nº
13.467, que introduziu uma série
de alterações na Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT) – Decreto
Lei nº 5.452/43, trazendo à tona a
tão esperada Reforma Trabalhista,
que, dentre outros objetivos, visa
à modernização das relações labo-
rais, conferindo maior autonomia
a seus agentes, ou seja, emprega-
do e empregador, isso sem esque-
cermos das entidades sindicais.
Assim, tal como ocorre com to-
das as inovações legislativas, mui-
tos são os desafios que estão por
vir, especialmente quando esta-
mos falando de uma norma criada
na década de 1940 e que teve a sua
interpretação e aplicação consoli-
dadas, seja na doutrina ou na ju-
risprudência, ao longo do tempo.
Não obstante, é preciso com-
preender também que, boa parte
da CLT já perdeu o seu sentido,
pois, atualmente, vivemos condi-
ções de trabalho, tecnologia e de
produção totalmente diferentes
das experimentadas quando da
sua criação. A CLT tornou-se, des-
te modo, anacrônica.
Alguns dos dispositivos intro-
duzidos na CLT dão nova inter-
pretação à relação laboral, forçan-
do, por isso, a quebra de alguns
paradigmas, o que pode levar a
interpretações distintas sobre a
constitucionalidade ou legalidade
destas normas.
Neste sentido, a segurança ju-
rídica que se busca com a nova
legislação, em que pese digna de
pOr tácio chehab aplausos, não ocorrerá com a sim-
ples entrada em vigor da Lei nº
13.467/17, pois será necessário um
tempo de maturação para os seus
novos institutos jurídicos.
Por isso, não obstante o alvoro-
ço social, notadamente por conta
das incertezas que permeiam a
Reforma – as quais, diga-se, aco-
metem não só empregadores, em-
pregados e sindicatos, mas tam-
bém todos os operadores do direi-
to, e apenas serão consolidadas
ao longo do tempo –, é certo que
estas inovações imprimem maior
dinamicidade às relações traba-
lhistas, privilegiando a autonomia
das vontades, criando, ainda, um
ambiente mais propício ao desen-
volvimento econômico e social.
Apesar das diversas novida-
des, ponto que merece destaque
é o fato de que os empregados,
vistos em tempos anteriores como
hipossuficientes, com a nova re-
dação da CLT, passam a ter a sua
autonomia reconhecida, nos ter-
mos, principalmente, do art. 611-
A. O negociado passa a prevalecer
sobre o legislado, sendo vedadas,
contudo, negociações quanto aos
direitos sociais previstos no Artigo
7º da Constituição Federal.
Em que pese a lei tenha por obje-
tivo a uniformização de tratamen-
to, não há dúvida de que ninguém
melhor do que o próprio trabalha-
dor para saber o que é melhor para
si. Portanto, apesar das incertezas,
temos certo que a Reforma alcança-
rá o seu objetivo principal que é a
modernização das relações, tendo
como base a realidade jurídica e
social vigentes.
jurídico
Bahia Indústria 33
pOr marcio miranda
Acompanhar o dia a dia de uma
empresa é suficiente para perce-
ber o quanto é complicado pagar
impostos. As questões tributárias
são um dos principais temas de
insatisfação do empresariado bra-
sileiro, e o principal anseio a essa
temática constituiu-se na forma-
ção da agenda da reforma tributá-
ria desde os anos 1990.
Diante dessa realidade, pes-
quisa realizada pela Confede-
ração Nacional de Dirigentes
Lojistas (CNDL) e SPC Brasil, em
fevereiro de 2017, demonstrou
que “65% dos empresários têm
uma avaliação negativa do atu-
al sistema e acreditam que (seus
efeitos) impactam o crescimento
econômico e a criação de novas
empresas” no país.
Na mesma pesquisa supracita-
da, dois tópicos são salientados
de forma reiterada pelos empresá-
rios: a insatisfação sobre a grande
quantidade de impostos (52,2%) e
a cobrança sobre o pagamento do
imposto sobre imposto (53,6%),
o denominado o “efeito cascata”.
Diante dessa realidade, as dificul-
dades impostas ao contribuinte
impactam o desempenho econô-
mico do Brasil.
Logo, a estrutura tributária
nacional necessita realmente de
mudanças. Para exemplificar, de
acordo com o estudo feito pela
Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe), uma família
que tem sua renda entre dois a três
“A RefORmA TRibuTáRiA exige umA mAiOR pARTicipAçãO dA sOciedAde e cOnsensO AmplO nO que se RefeRe à pec-233, e TRAnsfORmAçãO nOs seTORes pOlíTicOs, TRAbAlhisTA, pRevidenciáRiO, pARA que nãO sejA ineficAz”
marcio miranda é advogado
Um olhar sobre a reforma tributária com enfoque no empresário
salários mínimos tem 45,8% de sua renda corroída pelos impostos.
Diante desta linha de raciocínio, a coordenação da Fipe afirma que “a
solução seria migrar a incidência da carga tributária mais para a renda
e menos para o consumo”.
Nesse contexto, a reforma no Brasil é cobiçada por 83% do empre-
sários, e estes afirmam que, além de todos os benefícios, a tributação
sobre a renda é mais justa e mais eficaz do que a tributação sobre o
consumo. Tal mudança transformará a mentalidade e desenvolverá
mudança de paradigmas.
Assim, a proposta prevê a extinção de impostos como o IPI, IOF,
PIS, PASEP, Confins, Salário Educação, Cide, ICMS e ISS. Porém,
diante de tais “perdas” ao siste-
mas tributário, serão criados dois
impostos, quais sejam: sobre o
valor agregado (IVA), sem a tri-
butação de bens e alimentos; e o
imposto seletivo, cobrados sobre
alguns produtos, como petróleo
e seus derivados, serviços de te-
lecomunicação, cigarro, energia
elétrica, dentre outros. Logo, com
a reforma, o sistema tributário,
será mais justo.
Vale salientar que a reforma
fiscal reduzirá os encargos sobre a folha de pagamentos, o que é um
dos principais motivos de falência de inúmeras empresas nos últimos
anos. Além disso, na pesquisa apresentada no início do presente arti-
go, afirma-se que a ampla maioria do empresários defende a tributa-
ção proporcional à capacidade econômica do contribuinte/empresá-
rio. Mesmo com a criação do Simples Nacional, a proporcionalidade
para a contribuição fiscal deve ser proporcional, ou seja, deve ser
verificada a capacidade contributiva da empresa.
Diante dessa realidade, o atual cenário político, social e econômico
do Brasil demanda grandes modificações nos diversos setores, porém,
no que concerne à realidade fiscal, a evolução econômica nacional de-
pende, e muito, do setor empresarial, e este precisa de um maior incen-
tivo à sua expansão.
Portanto, a reforma exige uma maior participação da sociedade e
consenso amplo no que se refere à PEC-233, e transformação nos seto-
res políticos, trabalhista, previdenciário, para que a reforma tributária
não seja ineficaz e que a mesma consiga realizar diferenças de médio
e longo prazo.
ideias
leitura&entretenimento
livros música
música
mestre dos negócios Abilio Diniz, um dos maiores em-
presários do Brasil, compartilha o
que aprendeu em sua jornada profis-
sional no Grupo Pão de Açúcar. Crise,
sequestro e superação são temas tra-
zidos pelo autor. Novos caminhos, no-
vas escolhas, é um livro inspirador e
permite conhecer mais uma faceta de
um dos maiores líderes empresariais
do país, eleito uma das pessoas mais
influentes do Brasil, além de membro
dos Conselhos de Administração do
Grupo Carrefour.
O novo gerente minuto O mundo mudou nas últimas três
décadas. Hoje, as organizações pre-
cisam atuar com maior rapidez e me-
nos recursos para acompanhar as
constantes mutações na tecnologia e
globalização. O Gerente-Minuto, lan-
çado em 1981, atualizou o conceito de
liderança, que passou a ser associado
à agilidade, mas sem perder de vista
a dimensão humana no processo de
gestão. Nessa atualização, os segre-
dos práticos já consagrados – Objeti-
vos-Minuto e Elogios-Minuto – ganha-
ram um terceiro talento atualizado:
Redirecionamentos-Minuto.
Novos caminhos, novas escolhasAbílio dinizEditora objetiva 216 p.R$ 34,90
O Novo Gerente-MinutoKen Blanchard e Spencer JohnsonEditora Best Business128 p.R$ 24,90
34 Bahia Indústria
Revivendo mayza
Sob a direção artística de Elísio
Lopes Jr. e musical de Jelber Oliveira,
a cantora Tainah interpreta grandes
sucessos da cantora Maysa Mattara-
zzo. Com novos arranjos, a artista
revela sua versatilidade, diversida-
de e irreverência com interpretações
amparadas em uma concepção mu-
sical contemporânea. O show faz
um convite ao universo de Maysa,
a partir da perspectiva de Tainah,
que se apresenta acompanhada de
piano, baixo e bateria e recompõe,
com leveza, toda a dramaticidade
da artista, eternizada em suas
letras consagradas. No repertó-
rio, sucessos imortalizados na
voz de Maysa, como Besame
mucho, Ne me quitte pas.
FOTOS DIVULGAçãO
Dramaturgia premiadaCoisas Belas, peça vencedora do Prêmio Nacional de Literatura da Fundação Cul-
tural da Bahia, conta a história de três personagens que trabalham em um bar de
uma grande cidade. A montagem se desenrola de uma forma dramática, mostrando
a difícil realidade das grandes cidades brasileiras. Entre os personagens, uma can-
tora, um encanador e um pianista, avaliam suas vidas em meio à opressão da invisi-
bilidade cotidiana e, ainda assim, cultivam a esperança para continuar existindo e
tocando suas vidas. Esta é a primeira montagem deste texto em Salvador.
Não perca Teatro SESI Rio Vermelho, sáb. e dom., às 20h, R$ 40 e R$ 20 (meia). Rua Borges dos Reis, 9, Rio Vermelho. Informações: (71) 3616-7064
Não perca Teatro SESI Rio Vermelho, sextas, 03 e 10.11, às 20h, R$ 40 e R$ 20 (meia). Rua Borges dos Reis, 9, Rio Vermelho
livros teatro