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FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE
Tania Mara Fantinato
IESDE BRASIL S/A
Curitiba
2014
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Produção
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ__________________________________________________________________________________
F219f
Fantinato, Tania MaraFormação docente para a diversidade / Tania Mara Fantinato. - 1. ed. - Curitiba, PR :
IESDE BRASIL S/A, 2014. 132 p. il. ; 21 cm.
ISBN 978-85-387-4259-3
1. Professores - Formação. 2. Prática de ensino. I. Título.
14-15618 CDD: 370.71 CDU: 37.02 __________________________________________________________________________________
03/09/2014 09/09/2014
Capa: IESDE BRASIL S/A.Imagem da capa: Shutterstock
Apresentação
O Guia de Estudo da disciplina de Formação Docente para a Diversidade tem como objetivo auxiliar o professor na sua práxis pedagógica disponibilizando infor-mações sobre a diversidade presente nos diferentes níveis e modalidades de ensino da educação brasileira.
Valorizar a formação e a função do docente no contexto escolar é essencial, por isso este Guia de Estudo tem por objetivo colaborar com os profissionais da Educação dando subsídios teóricos para a reflexão de uma prática inovadora e signi-ficativa, contribuindo com a construção de uma escola de qualidade.
A consciência política dos educadores deve convergir para o trabalho que se faz dentro da escola, no coletivo, intencional e transformador da realidade. É na prática da reflexão que a escola de qualidade constrói/reconstrói/socializa com competên-cia e cumpre sua função social.
Os docentes são profissionais da Educação essenciais para os processos de mu-dança da sociedade, pois contribuem com seus saberes, seus valores e suas experi-ências para melhorar a qualidade da Educação.
Esperamos que o material suscite reflexões, auxiliando os docentes a criarem novas práticas modernas e contextualizadas para essa escola de qualidade, que abri-ga a diversidade de forma democrática e garante a todos o acesso e a permanência nela.
Bons estudos!
Sobre a autora
Tania Mara Fantinato
Pedagoga com habilitação em Administração e Supervisão Escolar, Especialista em Gestão Educacional e Mestre em Engenharia de Produção com ênfase em Mídia e Conhecimento.
Autora de materiais didáticos para Educação Infantil e capacitação de professo-res. Atua como professora de cursos de graduação, orientadora de monografias, e também como coordenadora de cursos de Pedagogia em diferentes instituições de Ensino Superior.
Responsável pela consultoria pedagógica na área de Informática Educativa no projeto Digitando o Futuro das escolas municipais. Experiência de 12 anos como diretora de escola municipal, desenvolvendo um trabalho de Gestão de Qualidade Total, integrado à comunidade escolar, sendo premiada pela Câmara de Vereadores de Curitiba.
Sumário
Aula 01 A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE 9
PARTE 01 | POR QUE PENSAR A DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO? 11
PARTE 02 | FORMAÇÃO DOCENTE E ÁREAS DE ATUAÇÃO 14
PARTE 03 | DIVERSIDADE CURRICULAR: UM DESAFIO 17
Aula 02 NÍVEIS DE ENSINO 21
PARTE 01 | EDUCAÇÃO BÁSICA 23
PARTE 02 | EDUCAÇÃO SUPERIOR 26
PARTE 03 | POLÍTICAS PÚBLICAS NA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 29
Aula 03 MODALIDADES DE ENSINO 33
PARTE 01 | DEFINIÇÃO DE MODALIDADES DE ENSINO 35
PARTE 02 | FINALIDADES E OBJETIVOS 38
PARTE 03 | CARACTERÍSTICAS CURRICULARES E DIRETRIZES 42
Aula 04 EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE 45
PARTE 01 | A EDUCAÇÃO TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO 47
PARTE 02 | EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 51
PARTE 03 | ABRANGÊNCIA DE CURSOS X MERCADO DE TRABALHO 54
Aula 05 EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 59
PARTE 01 | O QUE É A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 61
PARTE 02 | O QUE PRETENDE A EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL 64
PARTE 03 | LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E A LDB 67
Sumário
Aula 06 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 71
PARTE 01 | O OBJETIVO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 73
PARTE 02 | DIREITO DE ACESSO E GRATUIDADE 77
PARTE 03 | AÇÕES E PROGRAMAS DE INCENTIVO E CERTIFICAÇÃO CONFORME A LEI 80
Aula 07 EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO 83
PARTE 01 | DEFINIÇÕES DA LEI PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL 85
PARTE 02 | ADAPTAÇÕES PARA O ATENDIMENTO A ALUNOS ESPECIAIS 89
PARTE 03 | DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL SER INCLUSIVA 92
Aula 08 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 95
PARTE 01 | O QUE É A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 97
PARTE 02 | LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 100
PARTE 03 | REGULAMENTAÇÃO E CERTIFICAÇÃO 104
Aula 09 EDUCAÇÃO NO CAMPO E EDUCAÇÃO INDÍGENA 107
PARTE 01 | EDUCAÇÃO NO CAMPO 109
PARTE 02 | EDUCAÇÃO INDÍGENA 111
PARTE 03 | O QUE DIZ A LEI SOBRE A EDUCAÇÃO INDÍGENA? 114
Aula 10 PANORAMA DA DIVERSIDADE DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 119
PARTE 01 | AÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DE ACESSO À EDUCAÇÃO 121
PARTE 02 | A CONTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES DE INCENTIVO À EDUCAÇÃO 124
PARTE 03 | O PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO COMO AGENTE DE MUDANÇAS 129
Analisar os princípios da política educacional, respeitando a diversidade e
eliminando as discriminações no contexto escolar para o pleno desenvolvimento
da cidadania. Uma ação pedagógica comprometida com o processo ensino-
-aprendizagem.
A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE
Aula 01
Objetivo:
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FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 11
A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE
Pa r t e
01
POR QUE PENSAR A DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO?
Educação, direito de todos e dever da família e do Estado, é a base para a construção e o desenvolvimento de uma socie-dade mais justa, solidária e livre, e contribui tanto para o pro-cesso de desenvolvimento individual quanto para o desenvolvi-mento social. No Brasil são marcantes as diferenças regionais e sociais, portanto, na escola convivem pessoas das mais diversas origens, raças, credos, gênero e condições sociais; isto é, nela encontramos o retrato dessa mistura que traduz a diversidade do povo brasileiro, e para a qual os educadores precisam se preparar e desenvolver ações que cumpram o preceito consti-tucional de que “todos são iguais perante a lei” (CF, Art. 5.º).
Precisamos ter uma escola flexível, que valorize as diferen-ças. Isso significa adotar uma nova forma de pensar a educação: saber que toda aprendizagem se dá por meio de interações, es-timular a cooperação e, dessa forma, construir novas formas de aprendizagem. Uma escola de qualidade é aquela onde crianças, jovens e adultos conseguem desenvolver competências necessá-rias ao exercício de sua humanidade e de sua cidadania plena.
No início do século XXI, o perfil das escolas tradicionais já não serve mais, pois a escola não detém mais o monopólio de informações, uma vez que as tecnologias disponibilizam tudo isso de forma agradável e lúdica. A lógica hoje é de uma escola flexível, que valorize e desenvolva as diferenças e comparti-lhe o desafio de aprender o que fazer e quais práticas adotar, atendendo às exigências atuais, adaptando-se aos alunos e não o inverso. Os professores devem basear o seu fazer pedagógico
FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 12
A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE
Pa r t e
01reconhecendo e desenvolvendo as diferentes inteligências dos alunos, valorizando os estilos de aprendizagem, complemen-tando e estimulando aprendizagens diferentes.
Valorizar a diversidade de culturas, as várias formas de ver o mundo, de se expressar e de se relacionar com a comuni-dade escolar são mudanças necessárias para que a escola de-senvolva a aprendizagem da convivência, do respeito e da to-lerância, cumprindo assim com o que prevê a Lei de Diretrizes e Bases – LDB 9.394/96 em seu artigo 1.º.
Extra
Indicamos a leitura do livro Educação como Prática da Diferença, de Anete Abramowicz, Lucia Maria de Assunção Barbosa e Valter Roberto Silvério. Do Armazém do Ipê (Editores Associados), Campinas/SP: 2006. Disponível em: <http://books.google.com.pe/books?id=sRUOlZKSNFQC&printsec=frontcover&dq=Educa%C3%A7%C3%A3o+como+pr%C3%A1tica+da+diferen%C3%A7a&hl=pt-BR&sa=X&ei=6wPgU7jAKpPMsQSO3oLgCg&ved=0CCQQ6AEwAA#v=onepage&q=Educa%C3%A7%C3%A3o%20como%20pr%C3%A1tica%20da%20diferen%C3%A7a&f=false>. Acesso em: 20 ago. 2014.
Atividade
Tendo como referência o Projeto Pedagógico de sua escola e seus planejamentos de aula, observe como a escola valoriza em seus programas e atividades a diversidade cultural. Elabore um registro com comentários relacionados ao tema trabalhado.
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A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE
Pa r t e
01
Referências BRASIL. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833-27841.
______. Ministério da Educação; Conselho Nacional da Educação. Parecer CNE/CP n. 5, de 13 de dezembro de 2005 que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp05_05.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.
______. Ministério da Educação; Conselho Nacional da Educação. Parecer CNE/CP n. 3, de 21 de fevereiro de 2006. Re-exame do Parecer CNE/CP n. 5/2005, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp03_06.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.
______. Ministério da Educação; Conselho Nacional da Educação. Parecer CNE/CP n. 1, de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Licenciatura. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp01_06.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.
MELLO, Guiomar Namo de. Educação Escolar Brasileira: o que trouxemos do século XX? Porto Alegre: Artmed, 2003.
Resolução da atividade
Resposta livre.
FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 14
A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE
Pa r t e
02
FORMAÇÃO DOCENTE E ÁREAS DE ATUAÇÃOPara que se efetivem as intenções de conviver respeitando
a diversidade, torna-se necessária a preparação dos professores para efetivação dos avanços no processo de aprendizagem. De nada adianta a opção filosófica que a escola adotar nem políti-cas educacionais se o profissional não tiver formação adequada que possibilite mudanças significativas na qualidade da educação oferecida aos brasileiros. Os cursos que formam docentes devem preparar esses futuros profissionais para que valorizem a riqueza multicultural da população brasileira e respeitem tanto as dife-renças individuais dos alunos como a diversidade regional.
Além da competência técnica promovida pelo conhecimen-to científico, ferramenta essencial para o bom desempenho profissional, é necessário que o professor incorpore a convicção da importância da aprendizagem para que se efetivem as mu-danças na realidade em que atua.
É importante que os educadores participem da elabora-ção de propostas pedagógicas para que as intenções educati-vas nelas expressas sejam concretizadas por meio de atividades contextualizadas e diversificadas que encantem os alunos e os incentivem ao esforço de aprender, convivendo de forma har-mônica e respeitosa para com todas as formas de diferenças sejam elas culturais, étnicas ou sociais.
Além da atuação no espaço escolar, a formação do pro-fissional da Educação deve garantir também uma sustentação teórica para a intervenção junto a ONG’s, hospitais, empresas, editoras, na área de recursos humanos, projetos e campanhas socioeducativas, entre outras. A licenciatura em Pedagogia,
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A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE
Pa r t e
02nos termos das Diretrizes Curriculares Nacionais, assegura a formação de profissionais da Educação prevista no artigo 64 da Lei 9.394/96, que diz:
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, su-pervisão e orientação educacional para a educa-ção básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a crité-rio da instituição de ensino, garantida, nesta for-mação, a base comum nacional.
Ao mesmo tempo em que forma professores, a Pedagogia prepara pessoas capazes de compreender e colaborar para a me-lhoria da qualidade em que se desenvolve a educação na realida-de brasileira, envolvidas e compromissadas com uma formação da ideia de transformação social. A intervenção do profissional da Educação, como sujeito de mudanças na realidade em que atua, deve ser marcada por uma multiplicidade de olhares, na contri-buição da transformação do mundo e humanização de todos.
Extra
Dica de filme: O milagre de Anne Sullivan. Direção: Arthur Penn. EUA. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=lSIOTvH9qb8>. Acesso em: 20 ago. 2014.
Atividade
Assinale V para verdadeiro e F para falso nas frases a seguir.
( )� Cada cultura deve ser compreendida em seu contexto e, por isso, a escola deve comprometer-se para traba-lhar de formas variadas, interagindo com o contexto e com a pluralidade cultural.
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A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE
Pa r t e
02( )� A escola não pode se envolver com questões políticas,
cumprindo apenas com o seu compromisso de ensinar os conteúdos previstos nos currículos escolares, sendo imparcial.
( )� Na sociedade atual, a educação cumpre plenamente com seu dever de satisfazer as necessidades dos alu-nos no seu cotidiano, possibilitando a incorporação de valores morais e éticos e de regras de convivência.
( )� Toda criança traz consigo experiências acumuladas ao longo de sua vida com relação a atitudes, hábitos e valores que refletem a sua cultura e a do grupo em que está inserida. Essa aprendizagem ocorre por meio da socialização.
( )� A escola tem como função social garantir o acesso ao conjunto de conhecimentos, bem como proporcionar estratégias de ensino para o pleno desenvolvimento de seus alunos.
Referências BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833-27841.
SENGE, Peter M. Escolas que aprendem: um guia da quinta disciplina para professores, alunos, pais e todos que se interessam pela educação. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Resolução da atividade
Gabarito: V, F, F, V, V.
FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE 17
A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE
Pa r t e
03
DIVERSIDADE CURRICULAR: UM DESAFIOAs questões relacionadas ao currículo preenchem hoje as
discussões de professores, pais, educadores, estudantes, pes-quisadores e governantes, pois onde a diversidade se expande e os problemas sociais se fazem muito fortes, é de fundamental importância que a escola defina aquilo que é imprescindível discutir com o futuro cidadão. Cabe aí uma reflexão não só a respeito da seleção de conteúdos, estratégias e metodologias, mas também responder a algumas questões fundamentais: O que é currículo? Para que serve o currículo? A quem serve o currículo?
Parte-se do princípio de que currículo é construção, pos-sui um sentido político e social, portanto, só terá sentido se for construído quando se pensa conjuntamente currículo e so-ciedade, a partir de discussões interdisciplinares, em que se leva em conta a realidade na qual a escola está inserida, não deixando de lado a diversidade cultural que constitui o coti-diano de todos os envolvidos no processo de construção desse currículo. Esse processo de construção exige o envolvimento e a participação de todos os profissionais do universo escolar em torno de um mesmo objetivo, que é garantir a democratização da escola mediante ações que privilegiem o trabalho coletivo, a participação e a prática interdisciplinar, respeitando as especi-ficidades de cada área do conhecimento, bem como a formação de um indivíduo pronto para responder e enfrentar os desafios desse novo século.
FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE18
A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE
Pa r t e
03É necessário e urgente pensar na formação desse profis-
sional da Educação, onde se está colocando essa responsabili-dade. Se por um lado a docência é tomada como base comum, Libâneo e Pimenta (1999) se referem ao pedagogo stricto sensu como aquele profissional cujas atribuições extrapolam a sala de aula e abrangem atividades como: pesquisa e planejamento, supervisão escolar, orientação educacional, gestão de sistemas escolares, coordenação pedagógica, formação continuada em escolas e outras instituições, participação em movimentos so-ciais, em programas de educação de adultos e nas várias mo-dalidades de ensino, seja ele formal, não formal ou informal. A educação se faz em toda a sociedade, em diferentes meios e espaços sociais, portanto, é preciso expandir a intencionalida-de educativa, abrangendo diferentes tipos de formação, neces-sárias ao exercício pleno da cidadania, referendando o papel do pedagogo como agente social transformador.
Extras
Dicas de leitura:
• Artigo: Formação de profissionais da educação – visão crí-tica e perspectiva de mudança, dos autores José Carlos Libâneo e Selma Garrido Pimenta. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/es/v20n68/a13v2068.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.
• Livro de Pedro Vasco Moreto: Construtivismo – a produ-ção do conhecimento em aula, da editora DP&A, Rio de Janeiro: 2000.
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A PRÁTICA DOCENTE NA DIVERSIDADE
Pa r t e
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Atividade
Faça uma análise do currículo de sua escola, reflita sobre suas considerações com um colega de trabalho e elabore um texto até 10 linhas sobre as seguintes questões: o que temos elaborado em nosso currículo? O que gostaríamos de ter? Quais mudanças são necessárias?
Referências LIBÂNEO, José Carlos; PIMENTA, Selma Garrido. Formação de profissionais da educação: visão crítica e perspectiva de mudança. Publicado em Educação & Sociedade, ano XX, nº 68, Dezembro/99. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/es/v20n68/a13v2068.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2014.
ROSA, Dalva E. Gonçalves; SOUZA, Vanilton Camilo (Org.) Políticas organizativas e curriculares, educação inclusiva e formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
SACRISTÁN, José Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática tradicional. 3. ed., Porto Alegre: Artmed, 2000.
Resolução da atividade
Resposta livre.
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