Figuras De Linguagem · 2019-06-28 · Figuras de Linguagem Por Anna Frascolla Design por Bruna...

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Figuras de Linguagem

Design por Bruna Frascolla Por Anna Frascolla

Figura de linguagem é uma forma de expressão que consiste em utilizar palavras em sentido figurado, isto é, em um sentido

diferente daquele que convencionalmente são

empregadas.

Exagerado Amor da minha vida Daqui até a eternidade Nossos destinos foram traçados Na maternidade Paixão cruel desenfreada Te trago mil rosas roubadas Pra desculpar minhas mentiras Minhas mancadas Exagerado Jogado aos teus pés Eu sou mesmo exagerado Adoro um amor inventado Eu nunca mais vou respirar Se você não me notar Eu posso até morrer de fome Se você não me amar

E por você eu largo tudo Vou mendigar, roubar, matar Até nas coisas mais banais Pra mim é tudo ou nunca mais Exagerado Jogado aos teus pés Eu sou mesmo exagerado Adoro um amor inventado E por você eu largo tudo Carreira, dinheiro, canudo Até nas coisas mais banais Pra mim é tudo ou nunca mais Exagerado Jogado aos teus pés Eu sou mesmo exagerado Adoro um amor inventado

Jogado aos teus pés Com mil rosas roubadas Exagerado Eu adoro um amor inventado Jogado aos teus pés Eu sou mesmo exagerado Adoro um amor inventado

(Cazuza, Ezequiel Neves e Leoni)

Comparação

“Minha dor é inútil Como uma gaiola numa terra

onde não há pássaros.”

PESSOA, Fernando. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986.

Metáfora

As mãos que dizem adeus são pássaros

Que vão morrendo lentamente... QUINTANA, Mário. A cor do invisível. São Paulo: Globo, 1994, p.119.

Catacrese • Uma perna da velha mesa está cheia de cupins.

• Logo que os passageiros embarcaram, o avião

decolou.

• O orelhão mais próximo encontrava-se danificado.

Metonímia • Parte pelo todo: “Os sem-teto estão negociando com a prefeitura...” • Efeito pela causa (ou vice-versa): “Estão destruindo o verde do nosso país...” • A marca pelo produto: “Nunca lave os vidros com bombril...”

Prosopopeia ou Personificação

“O vento beija meus cabelos As ondas lambem minhas pernas O sol abraça o meu corpo O meu destino é ser star”.

(SANTOS, Lulu)

Hipérbole “Meses depois fui para o seminário São

José. Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei na véspera e na manhã, somaria mais que todas as vertidas desde Adão e Eva.”

ASSIS, Machado. Dom Casmurro. São Paulo: Scipione, 1994.

Eufemismo “Como dizia o pai de um filho burro:

‘Às vezes tenho que concordar em que meu filho não atingiu o índice normal de aproveitamento para meninos de sua idade’”.

FERNANDES, Millôr. Coleção Literatura comentada. São Paulo: Abril

Educação, 1980.

Antítese Balanço

A pobreza do eu a opulência do mundo

A opulência do eu a pobreza do mundo A pobreza de tudo a opulência de tudo A incerteza de tudo na certeza de nada.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Balanço. Graña Drummond. Disponível em:

www.carlosdrummond.com.br. Acesso em 19 set. 2006.

Paradoxo “Amor é fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer.”

Luís Vaz de Camões

Ironia “Moça linda, bem tratada, Três séculos de família, Burra como uma porta: Um amor!”

ANDRADE, Mário. Poesias completas. São Paulo: USP, 1987.

Pleonasmo Sou filha de meus pais Irmã de meus irmãos Mãe de minhas filhas... Quando subo vou para cima Piso com meus pés (Ambos os dois) E sinto a chuva molhada caindo sobre mim...

A escuridão preta me apavora Me deixa apavorada de medo Nesse silêncio sem barulho Certas noites ao fim do dia Penso nos mortos sem vida Que são enterrados sob a terra Há tanta poesia nos seus olhos... Pleonasmo mesmo sou eu apaixonada por você!

Anna Frascolla. Disponível em:

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/285863

3. Acesso em 04/04/11.