Fichamento Escravidão Clássica

Post on 13-Dec-2015

217 views 0 download

description

Trabalho de fichamento sobre o processo de escravidão negra em seu auge. Feita para uma disciplina de Licenciatura em História da UFCG.

Transcript of Fichamento Escravidão Clássica

Universidade Federal de Campina Grande Centro de HumanidadesDepartamento de História e GeografiaComponente Curricular: História Econômica GeralProfessor: RomildoAluna: Lays Honorio Teixeira

A escravidão clássica

Campina Grande, abril de 2012

Fichamento

● A escravidão como forma de de extensão passou para um sistema de produção inicialmente

com as cidades-Estados gregas. O estado Romano, denominado de mundo civilizado da

antiguidade clássica, desenvolveu o modo de produção escravista.

● Esse sistema econômico escravista alterou a noção de trabalho. As civilizações hidráulicas

fizeram do trabalho compulsório uma necessidade coletiva, comparando-se a um rito

religioso.

● A escravidão clássica acabou com os sistemas primitivos do Mediterrâneo Ocidental e

tomou do homem os resultados do seu trabalho, transformando-o em ferramenta “(objeto

falante)” (pág, 24). Com essa atitude, acabaram bloqueando o desenvolvimento técnico.

Essa escravidão técnica levou a uma ampla monetarização e suas cidades foram núcleos

proprietários de terras. Esse sistema escravista foi sustentado em sua ampla maioria pela

produção agrícola.

● As particularidades geográficas condicionaram à civilização grega três fases distintas de

evolução. Inicialmente, a economia foi organizada com base em um sistema rudimentar,

baseada no cultivo de cereais e criação de gado bovino. Essa época foi denominada período

homérico.

● O crescimento demográfico, junto com a dificuldade na produção de alimentos, deram

origem à propriedade privada da terra. A retirada da propriedade de terra levou à

colonização grega do Mediterrâneo, no qual as únicas dependências entre as cidades foram

as culturais e religiosas.

● Concomitantemente a esse processo, a Grécia sentiu o crescimento das suas cidades-Estados

que sofreram uma colonização que levou a uma economia monetária. A maioridade da

propriedade privada adquiriu uma grande importância.

● Nessa época, a escravidão se dava por três vias: hereditária, através do nascimento, por

condenação judicial e por divida de guerra, que era a mais comum. Esse estado de guerra

constante tornou-se o principal meio de obtenção de escravos. Contudo, a generalização do

trabalho escravo a economia grega não conheceu grandes concentrações manufatureiras.

● A necessidade da comercialização depender do transporte marítimo fez com que a atividade

comercial se associasse intimamente à pirataria estimulando a rivalidade entre as polis

gregas. Essa disputa interna permitiu que a Grécia fosse dominada pela Macedônia. Por não

estabelecer e conservar a unidade política, a conquista grega propiciou o nascimento da

civilização helenística.

● O mundo helenístico consegui um alargamento do espaço econômico grego, pressionando os

setores a um crescimento quantitativo. Pela primeira vez, diferentes sistemas econômicos se

reuniram sendo o precursor da centralização político-econômica.

● A escravidão, que foi imensamente difundida, não consistia na forma dominante de trabalho,

pelo menos nas regiões de civilizações hidráulicas. Essa característica foi adaptada a

centralização econômico-administrativa produzindo uma forma econômica de dirigismo

estatal.

● O monometalismo foi substituído por um sistema bimetálico, de ouro e prata, no mesmo

tempo em que as taxas de juros se mantiveram baixas nas capitais por quase todo o período

helenístico.

● Roma que deu uma unificação político-econômica à Antiguidade Clássica. e tornou-se um

sistema econômico que tinha por característica a escravidão como forma de trabalho, a

monetarização como forma padrão de troca, o comércio como atividade motora e a cidade

como unidade produtiva.

● Devido a sua localização geográfica, tornou-se como uma ponte para a rota comercial.

Tinha sua base essencialmente agrária, tendo como principal fonte de riqueza o sal. Seu

regime de trabalho era através de produtores livres, sendo a escravidão praticamente de

natureza doméstica.

● Com a conquista da Magna Grécia, o estado romano passa a uma secularização da produção.

O estabelecimento desse Império trouxe profundas alterações no sistema econômico

romano, transformando-a no maior centro financeiro da época. A repentina expansão dos

estoques de metais preciosos, como ouro e prata, acarretou no surgimento de um sistema

bancário. O fortalecimento dessa economia, por sua vez, acarretou no fortalecimento da

economia monetária, permitindo que o sistema produzisse a divisão internacional do

trabalho.

● Em I a. C., a proporção romana da população eram de três escravos para cada cinco homens

livres, de modo que a produção escravista se tornou a forma de trabalho dominante.

● A cidade romana era um universo por si só, sendo não só um lugar de moradia, mas onde se

exercia funções à serviço do estado, de modo que esse processo acarretou na romanização

do Império, que acarretou num êxodo rural.

● A base maior do sistema romano era o escravista, já que estes que trabalhavam no campo e

estabeleciam o crescimento da cidade. No entanto, esse setor mais dinâmico não supria mais

a demanda de mão de obra, já que o mesmo estava bloqueado com o fim das guerras

externas de conquistas. E de fato, no final do século III d. C. o sistema escravista estava em

crise.

● Os esforços da reconstrução interna de roma acabaram por moldar uma forma

intervencionista do Estado, que criou um sistema econômico baseado no dirigismo estatal.

Diocleciano e Constantino forma os dois imperadores que estabeleceram no Estado o

sistema do colunato, no qual o governo recebia seus impostos em espécie e passava também

a remunerar seus funcionários do mesmo modo.

● Posteriormente, organizado em torno de cidades, o sistema econômico romano voltou-se

exclusivamente para estas cidades, o que ocasionou num êxodo urbano, invertendo-se a uma

tendência secular, que fora o êxodo rural. As classes mais pobres abandonaram as cidades

indo para o interior, onde era mais difícil para o Estado encontrá-las. Ocorre assim um

amplo processo de ruralização por sete séculos.

● Essa ruralização voltou-se para o Ocidente por dois motivos principais: as áreas ocidentais

eram essencialmente rurais e a escravidão rural sentiu logo a carência de mão-de-obra.

Enquanto que no Oriente ocorreu o inverso, no qual as cidades eram fruto de uma evolução

secular. Desse modo, as cidades orientais suportaram as novas exigências do Estado,

enquanto suas áreas agrícolas não se afetaram pelo sistema escravista e seu déficit de auto-

reprodução. Essas diferenças estruturais fizeram em pouco tempo com que o centro

econômico do Império se transferisse para o Oriente, deixando para o Ocidente uma

economia em decadência.