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Ficha de leitura do artigo de Barbosa, A. M. G. O importante papel do estágio no desenvolvimento de competências. In Revista Agora: Políticas Públicas e Serviço social, Ano 1, nº1, Outubro de 2004 – ISSN – 1807-698X. Disponível em http://www.assistentesocial.com.br
Ficha de Leitura
Esta ficha de leitura tem como objectivo abordar a importância do estágio na
aquisição de conhecimentos, enquadrando a matéria leccionada.
As evoluções decorrentes dos avanços científicos e tecnológicos, das
necessidades sociais e da globalização têm levado as instituições de ensino a
questionarem-se a cerca da formação profissional.
A resposta a estes desafios parece centrar-se na educação. Uma educação
que prepare o indivíduo para viver numa sociedade mutante e nela se posicionar
como um cidadão consciente e participativo. Que o prepare para aprender e
aplicar os seus conhecimentos na acção. Isto torna-se pertinente porque as
profissões integram sempre conhecimento e acção de forma a responder aos
objectivos exigidos pela mesma.
Assim, o saber fazer aparece-nos como uma resposta às necessidades
históricas e sociais de cada sociedade. Resposta esta para o presente e para as
expectativas conjunturais futuras.
Aprender o “como fazer” pressupõe um entendimento do porquê e para quê
da acção. Assim se entende, que o aluno ao vivenciar a prática aprende a utilizar
o instrumental e a interagir numa rede institucional e pessoal, em situações
concretas e desafiadoras.
Os estágios constituem, então, espaços privilegiados onde se estabelece a
relação entre as instituições de ensino e as organizações. Relações essas que
podem resultar num ponto de partida para a superação da dicotomia entre o Elaborado por: Ana Filipa de Oliveira Santos – 1ºano/Turma BDocente: Berta Pereira Granja – Disciplina: História do Serviço Social ISr.ª da Hora, 19 de Janeiro de 2008
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Relembrando a autora quando cita Rios (1999)
Pág. 2
“A competência profissional, respondendo às
necessidades conjunturais, tem merecido a atenção do
Serviço Social”
Saberes e saber – fazer evolutivos,
como nos diz a autora citando Dolores (1996)
Pág. 2
Saber-fazerPágs. 3 e 7
“…O fazer não é só um acto, mas é também pensamento
assentado em determinada fundamentação teórica…”
(Barbosa, 2004, pag. 7)
Ficha de leitura do artigo de Barbosa, A. M. G. O importante papel do estágio no desenvolvimento de competências. In Revista Agora: Políticas Públicas e Serviço social, Ano 1, nº1, Outubro de 2004 – ISSN – 1807-698X. Disponível em http://www.assistentesocial.com.br
ensino curricular e a prática profissional ou que podem servir de distanciamento
entre ambas.
A autora alerta-nos para o facto de que havendo tantos…
Tipos de estágios:
- Públicos, privados, escolar, na saúde, crianças e adolescentes em situações de
risco, associações de bairros…
Formas pelas quais os alunos realizam estágios:
- Período integral, algumas vezes por semana, fim-de-semana, com ou sem
remuneração…
Características pessoais de cada aluno
…será que os estágios estão a agir em concordância com as questões
supracitadas? E por isso, apresenta-nos a questão fundamental:
O Estágio contribui para a aquisição de competência profissional?
Para responder a esta questão elaborou um estudo, em 1999, com alunos do
último ano do curso de Serviço Social das Faculdades Integradas Maria
Imaculada.
O estudo consistiu em analisar a visão dos próprios estagiários quando estes
estabeleceram relações com a realidade social através do espaço sócio-
institucional.
As técnicas utilizadas pelos mesmos, como a entrevista, as visitas ao
domicílio, as reuniões, a observação, esclarecimento, clarificação, interpretação
de leis, normas e rotinas, entre outras, aparecem-nos como o espelho da
multiplicidade de meios e actividades que o aluno tem oportunidade de vivenciar.
A documentação configura-se como um importante instrumento de análise da
realidade, avaliando os avanços e recuos, a eficácia e a eficiência da acção e da
relação desta com as políticas públicas de assistência social e interfaces com
outras políticas.
A entrevista é outra das técnicas de relevante importância porque é o que
mais permite a aproximação do estagiário ao contexto, das expectativas dos
usuários e o estabelecimento de um vínculo entre ambos. Destaca-se aqui a
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TécnicasPág. 5/6
- Documentação
- EntrevistaSupervisor
como facilitador da
aprendizagem
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importância da “escuta”.
Outro aspecto que emerge dos dados da pesquisa prende-se com o facto dos
estagiários evidenciarem a importância de consultar o responsável quando se
deparam com uma nova situação.
Os livros e outros profissionais, como professores, aparecem como segundos
na tabela, a quem os estagiários recorrem.
Os conteúdos metodológicos e éticos aparecem, nas indicações dos alunos-
estagiarios, como fundamentação primordial para a acção.
As reuniões auxiliam no planeamento de acções, compreensão dos
elementos teóricos e práticos presentes nas práticas sociais e profissionais e a
actualização do supervisor.
Os estagiários mostraram também que são várias as dificuldades que o
estágio apresenta, nomeadamente:
- Falta de habilidade em lidar com a tensão (conceito definido por Freire como
uma situação que deambula entre a palavra e o silencio, entre a subjectividade e
a objectividade, entre a paciência e a impaciência e a diferença, derivada das
experiências vividas, entre educador e educando);
- Excesso de burocracia que retarda o processo;
- Descompasso entre o que já estudaram na sala de aula e o que a realidade
solicita;
- Limitações pessoais relacionadas com o conhecimento do funcionamento das
instituições;
- Má gestão pessoal de tempo e recursos;
- Entre outros.
Apesar das dificuldades, o estágio…
…possibilita:
- A realização de procedimentos práticas próprios da actuação profissional do
assistente social, estabelecendo o elo entre a teoria e a prática;
- O aprimoramento das habilidades profissionais como observação sistemática e
assistemática, a escuta, a disciplina e a organização do trabalho;
- A ampliação da compreensão a respeito dos compromissos profissionais e da
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Saberes de acção
Dificuldades encontradas no
estágio
Objectivos atingidos pelo
estágio
Ficha de leitura do artigo de Barbosa, A. M. G. O importante papel do estágio no desenvolvimento de competências. In Revista Agora: Políticas Públicas e Serviço social, Ano 1, nº1, Outubro de 2004 – ISSN – 1807-698X. Disponível em http://www.assistentesocial.com.br
postura ética;
- O aprimoramento das habilidades para o relacionamento profissional tanto na
relação com o usuário como na equipa multidisciplinar e rede institucional;
- Produzir conhecimentos e contribuir para a construção da própria profissão.
…deve garantir:
- O enriquecimento experiencial, sem a interiorização das tarefas rotineiras e
burocráticas;
- A construção de uma identidade profissional que incorpora e expressa a
relação da profissão com os valores vigentes numa dada sociedade/realidade;
- O estabelecimento de relações entre os sujeitos da acção e o objecto da acção
de forma a facilitar o acesso dos cidadãos aos bens e serviços produzidos
socialmente
Conclusões do Estudo:
- Existe sintonia entre o que pensam os sujeitos pesquisados e o preconizado
por alguns autores, quanto ás habilidades para o trabalho em equipa, iniciativa,
compromisso, gestão de conflitos, …;
- As competências adquiridas extrapolam a habilidade de actuar especificamente
no campo no qual se realiza o estágio;
- O estágio requer aperfeiçoamento quanto…
…ao estabelecimento dos planos de supervisão;
…à maior aproximação entre instituição de ensino e campos de estagio;
…à necessidade dos supervisores e estagiários imprimirem maior profundidade
nas discussões das situações de estágio;
- 57% dos estagiários têm na própria supervisora uma fonte de inspiração;
- As assistentes sociais, enquanto supervisoras, actualizam-se na relação com o
estagiário;
- A competência profissional dá-se com a formação teórico-prático-politica como
um processo unitário;
A execução desta ficha de leitura permitiu-me perceber a importância do
estágio no enquadramento da disciplina de História do Serviço Social I, bem
como perceber toda a dinâmica recente com que me deparei como estagiária
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Reduzir o “défice de cidadania“ apontado por Demo (1998)
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pela primeira vez.
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