Família: Berço e escola da Misericórdia Jornada Diocesana da Família 6. Fev. 2016.

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Família: Berço e escola da Misericórdia

Jornada Diocesana da Família6. Fev. 2016

Visitar os enfermos

“Estive doente e foste visitar-me”

Visitar os enfermos

“Visitar os enfermos", tendo presente uma prática muito comum de um certo abandono dos frágeis por parte das famílias.

Mensagens principais

A Misericórdiaé o modo de ser de Deus é o modo de se ser Humano é o modo de sermos Família

Mensagens principais

Estar doente… …um tempo de sofrimento, de perda e de interrogação

… mas pode ser um tempo de crescimento e encontro

Mensagens principais

Visitar e cuidar dos enfermos

• é imprescindível e vital!• “Ide e curai” é o mandato de Jesus à Igreja

nascente;• A família concretiza-se na missão de cuidar

dos membros mais frágeis.

Mensagens principais

Visitar e cuidar dos enfermos com Misericórdia

É antes de mais “ser Visitado” pelo Outro

Visitar é acolhere deixar-se visitar.

Desafio!

Neste Ano Santo, poderemos fazer a experiência de abrir o

coração àqueles que vivem nas mais variadas periferias

existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo

cria de forma dramática.

Quantas situações de precariedade e sofrimento

presentes no mundo atual!

Das periferias existenciais ao

PRÓXIMO

Misericordiosos como o Pai

Família: berço e escola da Misericórdia

Desafio para as famílias!

A família tem por também por missão a fraternidade e compaixão com os mais frágeis.

A nossa credibilidade está no amor e cuidado que temos uns pelos outros.

Frágeis

A cultura dominante, fundada sobre critérios decorrentes da absolutização da saúde e do que ela consente, expulsou para fora do seu horizonte de sentido a doença, a deficiência, o envelhecimento, a própria morte.

O sofrimento coloca-nos diante da nossa verdade: somos frágeis.

Padre José Nuno

Abandono ou incapacidade?

Como se se vivesse sobre a ilusão de não sofrer, de não envelhecer e de não morrer. Estas realidades incontornáveis da condição humana são socialmente escondidas.

O homem deste tempo não sabe falar com quem sofre e experimenta dificuldades mesmo em aproximar-se.

Padre José Nuno

Um novo olhar…Chegou o tempo de vercom compaixão asenfermidades do Homem donosso tempo (também asminhas): Indiferença, medos,intolerância à frustração,negação da imperfeiçãoEscravaturas de ser, de parecer, de ter, de fazer…

A urgência da Misericórdia

É urgente reaprender a gramática elementar da caridade.

Escola da Misericórdia

O requisito é a Confiança

Programa formativoHumildade para reaprender a: • Ser Visitado • Visitar• Deixar-se visitar

Ser Visitado

Experiência da Misericórdia

Papa Francisco

Ser Visitado

Escutar a PalavraContemplar Jesus, o Rosto da Misericórdia.

Ser visitado

Jesus tem preferências!

Jesus cura, liberta, contagia de vida e saúde os mais

pequenos e abandonados .

Jesus mestre da Misericórdia

Jesus não é alheio ao grande sofrimento dos familiares dos doentes:

• Socorre a mãe Cananeia • Atende o pai de Cafarnaum• Acolhe Jairo e cura-lhe a filha• Chora com as Irmãs de Lázaro…

José António Pagola

A visita

Visitar

Para que a visita seja realmente um encontro, tem que ser humana, ou seja fazer-se de relação e comunhão.

Os familiares são quem mais pode humanizar o tempo de doença…

Visitar

Quais as nossas motivações?

O outro, a pessoa doente, é a razão da nossa visita.

A visita tem que significar estima e consideração pela pessoa.

A nossa intenção deve ser o bem que a visita faz a quem está doente.

Visitar

Vencer o medo, a indiferença e o comodismo;

Redefinir prioridadese pôr-se a caminho!

O que precisamos?

Disponibilidade para servir

Acolhimento e respeito

Empatia e escuta

Amor e gestos de ternura

A Misericórdia faz-se de gestos concretos

- Visitar num horário oportuno para o doente;- Estar atento às suas necessidades e ser solicito

em servi-lo; - Cuidar para que esteja confortável e dentro do

possível aliviar o sofrimento físico;- Estar atento aos sinais de sofrimento e

cansaço que por educação possa querer ocultar.

Cuidar é Servir

«Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo» (Job)

Deixar-se visitar

Deixar-se visitar

Acolhimento

Na situação de solidão e de impotência em que muitas vezes o doente se encontra, o doente pede, a quem está ao seu lado, para ser escutado; pede para ser aceite na sua situação, mesmo que aquilo que ele é, faz ou diz não seja aprovado pelos visitantes.

Luciano Manicardi

Deixar-se visitar

Escutar é permitir a presença do outro e visitar o doente significa reconhecer e respeitar o seu espaço, evitando ao máximo ocupá-lo.

• Escutar é também ouvir o que não se diz!

Perante o absurdo do sofrimento

É preciso calar as nossas certezas e os discursos teóricos sobre o sofrimento!

Escutar a revolta, o sentimento de abandono que muitas vezes o doente experimenta pela aparente ausência de Deus.

O doente não tem que nos escutar!

Facilmente damos conselhos, dizemos o que doente tem que fazer, pensar e até sentir. Tem que que… tem que …

Queremos ser positivos ao ponto de mentir: “Oh! Isso não é nada… Deus vai curá-lo.”

Padre Sampaio

O doente não tem que nos escutar!

É tentador face a quem sofre refugiarmo-nos em frases feitas e generalidades. Parece mais fácil esta opção por evitar a radicalidade das questões que se erguem da crise existencial.

O discurso sobre o sofrimento nada diz ou ajuda, por vezes só serve para o doente se sentir incompreendido e mais só.

Padre Fernando Sampaio

Deixar-se visitar

Se nos permitirmos um tu a tu de comunhão, sem barreiras de linguagem podemos ajudar a transformar as interrogações surdas impostas pelo sofrimento em caminho de descoberta de sentido e de crescimento pessoal.

Padre José Nuno

Deixar-se visitar

O caminho do sofrimento pode levar ao encontro de uma consciência mais autêntica de quem somos e da nossa relação com Deus.

Passar de um Deus “domesticado” à verdade de um Deus que não nos livra do sofrimento, mas que se revela na possibilidade de uma “proximidade mais estreita com Jesus, que caminha ao nosso lado”.

Padre António Pedro

Deixar-se visitar

O confronto com a fragilidade do doente, revela-nos a nossa verdade: somos frágeis e mortais.

A experiência de comunhão no sofrimento é possível quando aceitamos a condição de “cuidadores feridos”, capazes de ver e sentir com autenticidade… e, assim, ir mais longe na contemplação do Mistério da vida.

Luciano Sandrin

Misericórdia é experiência de ternura

Encontro e ternura

A doença e a morte evocam ternura.

A ternura é reclamada pela fragilidade própria ou alheia, pela nossa humanidade, pelo que nos define: necessitamos do outro para ser, para viver, para melhorar. É imprescindível pelo facto de sermos humanos e querermos viver humanamente.

José Carlos Bermejo

Encontro e ternura

• A ternura aproxima-nos, faz-nos sentir queridos, amados, agraciados;

• É possível cultivando a “sabedoria do coração”, a compreensão e a empatia, permitindo expressar com autenticidade sentimentos e afetos, com a naturalidade de pequenos gestos: Sorrir, apertar a mão, acariciar…

O Amor salva (sana)

O amor implica a coragem das famílias de permanecerem junto a quem sofre e de serem capazes de expressar o amor que sentem.

Amo-te… perdoa-me… estamos juntos… Salva e cura!.

José Carlos Bermejo

O Amor salva (sana)

Acompanhar com amor os nossos que sofrem e nos morrem é uma experiência de paixão e ressurreição… é deixar-se abraçar pela eternidade.

José Carlos Bermejo

Misericordiosos como o Pai

O amor é uma manifestação da presença de Deus, da sua Misericórdia.

O amor humaniza, por isso torna-nos mais divinos, realmente humanos à imagem da Misericórdia de Deus.

José Carlos Bermejo

DMD 2016

Confiar em Jesus misericordioso, como Maria:

“Fazei o que Ele vos disser” !

Papa Francisco

Obrigada pela atenção!