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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
MOTIVOS QUE LEVAM AO ABANDONO DA PRÁTICA DA NATAÇÃO.
FRANCHESCO FRANCIO
SORRISO – MT
NOVEMBRO DE 2011
FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
MOTIVOS QUE LEVAM AO ABANDONO DA PRÁTICA DA NATAÇÃO.
FRANCHESCO FRANCIO
Monografia apresentada ao curso de graduação em Licenciatura em Educação Física da FACEM, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Professor de Educação Física sob orientação da Professora Especialista Adriana Telles Mathias de Camargo.
SORRISO – MT
NOVEMBRO DE 2011
DEDICATÓRIA
Agradeço primeiramente a Deus por ter me permitido esta conquista e então a todos os professores que participaram da minha formação acadêmica.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me permitido esta conquista.
Aos meus pais que sempre me apoiaram.
Aos meus professores que me ajudaram em minha caminhada acadêmica.
Aos meus colegas e amigos de sala de aula pelos anos de convivencia.
A professora Adriana Camargo por ter me orientado neste trabalho.
A professora Sonia Maria Lifante por ter me ajudado a elaborar meu projeto no V Semestre.
Ao professor Ariel, por ter me ajudado no VI Semestre com este trabalho.
A professora Ilane Faria e os demais professores do Cemeis Pingo de Amor, que me ensinaram muitas coisas nos meus estágios na Educação Infantil.
A professora Kelly Cristina Vitorino que me ensinou muitas coisas nos estágios realizados na Escola Nova Dinâmica.
E por fim, aos meus alunos, seus pais e direção da Escola Nova Dinâmica, os quais depositaram total confiança em mim durante os anos de trabalho na mesma.
Alguns chamam de natação. Eu chamo de estilo de vida!
SUMÁRIO
RESUMO.............................................................................................................i
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................4
2.1 NATAÇÃO.....................................................................................................4
2.2 A APRENDIZAGEM DA NATAÇÃO.............................................................5
2.3 MOTIVOS QUE LEVAM INDIVÍDUOS PRATICAR ESPORTES.................6
2.4 MOTIVOS QUE LEVAM INDIVÍDUOS ABANDONAR OS ESPORTES......7
2.5 MOTIVAÇÃO NO ESPORTE......................................................................10
2.5.1 FATORES MOTIVACIONAIS EXTRÍNSECOS......................................11
2.5.2 FATORES MOTIVACIONAIS INTRÍNSECOS........................................12
3. MATERIAIS E MÉTODOS..........................................................................14
3.1 TIPO DE PESQUISA...................................................................................14
3.2 SUJEITOS DE ESTUDO.............................................................................14
3.3 MÉTODOS E INSTRUMENTOS APLICADOS...........................................14
4. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................15
5. CONCLUSÃO................................................................................................35
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................37
7. ANEXOS........................................................................................................41
7.1 ANEXO A...................................................................................................42
7.2 ANEXO B...................................................................................................45
RESUMO
FRANCIO, Franchesco. Motivos que levam ao abandono da prática da natação.
A natação é uma modalidade esportiva tão antiga quanto o ser humano, uma modalidade esportiva que atualmente é muito procurada por pessoas que querem adquirir uma boa qualidade de vida, um melhor condicionamento físico, por indicação médica, para problemas de coluna, problemas respiratórios, para simplesmente aprender nadar ou até mesmo para participação em campeonatos. Mesmo trazendo vários benefícios para o ser humano, existem vários motivos para que os praticantes da modalidade renunciarem à mesma, seja por lesões, por não atingir os objetivos esperados, por não gostarem de seus professores ou até mesmo por falta de tempo, e isso causa uma grande elevação na taxa de abandono da prática desta modalidade. Este trabalho analisou através de um questionário aplicado em ex praticantes da modalidade da natação, quais os motivos que os levaram a abandonar a prática da mesma.
Palavras chave: Abandono, motivos, natação.
1. INTRODUÇÃO
A modalidade da natação ou ato de se mover e sustentar-se na água é
uma das atividades físicas mais completas para a qualidade de vida do ser
humano, sendo considerada um dos exercícios físicos mais completos para
nossa saúde, por esse motivo ela é cada vez mais procurada por pessoas que
querem aderir a um esporte.
Segundo Duran (2005), assim como a corrida, a natação é uma das
práticas mais antigas do ser humano, pois nos tempos antigos já se nadava
pela sobrevivência, seja para a caça ou para fugir de animais.
Para as crianças de todas as faixas etárias, a prática da natação
proporciona uma enorme colaboração no desenvolvimento corporal, na
capacidade cardiorrespiratória e também diminuindo os riscos de afogamentos
acidentais, por este motivo é que os pais estão incluindo seus filhos nas aulas
de natação cada vez mais cedo.
Sua prática, desde que bem orientada garante aos seus praticantes uma
melhor qualidade de vida, melhorando o condicionamento físico, a capacidade
respiratória, auxiliando na correção de problemas posturais, desenvolvimento
da velocidade, dentre outros, mas uma especialização precoce pode trazer
pontos negativos, como o abandono da modalidade ainda na adolescência.
Quando é falado em especialização precoce não estamos falando de iniciar
cedo na natação, mas sim, iniciar precocemente em uma rotina de treinos
visando a performance da criança em campeonatos.
Nahas(1981), atribui os perigos da atividade competitiva excessivamente
estressante ou mal orientada a fatores como as exigências físicas e o estresse
psicológico proveniente de esportes altamente competitivos que podem
acarretar em problemas no crescimento e no desenvolvimento da criança.
A natação deve ser dividida em níveis e esses níveis devem levar em
conta a maturação do aluno, ou seja, idade, como também as habilidades que
o aluno já possui no meio aquático. Os níveis são divididos em adaptação,
onde o aluno passa a vivenciar novas formas de deslocamento dentro d‟água
através de atividades lúdicas, não havendo um ensinamento dos nados
propriamente ditos. Após o aluno estar bem adaptado ao meio aquático ele
está apto para participar do nível de iniciação, nível onde ocorre o aprendizado
dos nados, mas mesmo assim, com pouca ênfase no movimento correto, pois
os movimentos serão aprimorados no nível seguinte, no nível denominado
aperfeiçoamento. O aperfeiçoamento é o nível final de aprendizagem, nele
serão aprimorados os movimentos aprendidos na fase de iniciação, onde
então, o aluno passa a desenvolve-los da forma correta, adquirindo uma
melhor eficiência e deslize na água. Após o aluno aperfeiçoar suas habilidades,
chega a hora de adquirir capacidades aeróbicas e anaeróbicas através do nível
de condicionamento, onde então o aluno pode optar por participar ou não de
campeonatos e travessias.
Embora alguns esportes iniciem na escola ou em idade escolar,
observa-se que a continuidade nos mesmos sofre impedimentos, fazendo com
que o atleta infantil e juvenil desista da modalidade, mesmo que em alguns
casos, haja uma predisposição para uma vida de competição.
Isso infelizmente acontece porque muitos profissionais que trabalham
com a modalidade não sabem a forma correta de trabalhar a natação, e nem
mesmo trabalhar a criança que adere a esta pratica. A criança e o adolescente
que praticam qualquer modalidade esportiva necessitam, diariamente de
estímulos enviados de seus professores, estímulos esses, motivadores, o que
ajudam que o praticante passe a gostar cada dia mais do esporte que está
praticando e não pense em abandoná-lo tão cedo.
Marques (2003) afirma que a motivação é o combustível do atleta. Por
isso, não pode prescindir sem ela. É através desse elemento que os atletas vão
conseguir empenhar-se, dedicar-se e até superar obstáculos dentro do meio
esportivo.
Existem vários fatores motivacionais, sejam eles extrínsecos como a
família ou o técnico da modalidade esportiva em que o indivíduo esta inserido,
seja pela mídia, ou mesmo pelo circulo de amizade criado nas sessões de
treinamento, assim como os fatores motivacionais intrínsecos, como a auto-
realização, o desafio da prática e da competição, a superação de limites
impostos por si mesmos.
Levando em conta o que diz Becker Jr. (2000), o esporte por si não é
bom ou ruim, mas a forma com que é utilizado e dos processos didáticos e
pedagógicos empregados em seu ensino. É muito preocupante a forma com
que a modalidade está sendo trabalhada, mesmo com o grande aumento da
procura da modalidade. Já Abreu (1996) adverte que existe um abandono
precoce significativo da prática da natação.
Vários são os motivos que levam ao abandono da modalidade, sendo
por falta de tempo, por não atingir os objetivos que esperavam com a
modalidade, por falta de vontade, por não gostar do professor que está a frente
dos treinos ou aulas, por falta de incentivo familiar e muitas vezes financeiro,
por perderem o interesse na modalidade e muitas vezes adquirirem interesse
em outra modalidade, por stress psicológico decorrente de competições ou até
mesmo por lesões causadas ou não pelo esporte.
Saber os motivos que levam as pessoas aderirem a prática do esporte e
por sua vez saber os motivos que as levam a abandoná-lo, é de fundamental
importância para que professores não cometam os mesmos erros e possam
trabalhar de forma correta, evitando assim o abandono da natação.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 NATAÇÃO
A água é um elemento que representa 40% a 60% do peso corporal do
ser humano e está presente em sua vida desde seu nascimento (McARDLE et
al. 1990).
Para Cruz (2001), a água é muito utilizada para fins terapêuticos, para
refrescar o corpo, e ela proporciona ao ser humano tranqüilidade, relaxamento,
prazer, melhora no ânimo diário, na confiança em si mesmo no complexo de
inferioridade, além de aumentar a independência.
Velasco (1994), diz que o ato de nadar, ou seja, a natação é tão antiga
quanto os seres humanos, pois ao longo de sua história o ser humano nadava
por necessidade de sobrevivência, pela sua saúde, pelo prazer e pelo esporte.
Mas mesmo a água estando tão presente na vida do ser humano e ser
uma atividade tão antiga, segundo Vieira e Freitas (2006), foi só a partir do
século XVII que a sociedade passou a se interessar pela natação, passando
então a reconhecê-la como um esporte de referencia mundial; e a partir de
então foi que começaram a surgir as primeiras escolas e academias de
natação, passando a ter uma maior divulgação de seus benefícios cognitivos,
sociais e corporais.
A natação é dividida em quatro estilos de nado, que são:
O estilo crawl, na atualidade, pode ser definido como: deslocamento do
ser humano na água onde o mesmo o executa na posição ventral do corpo e
movimento alternado e coordenado das extremidades superiores e inferiores,
sendo o movimento dos braços uma circundução completa e o das pernas um
batido, com uma rotação da cabeça, coordenada com os membros superiores
permitindo que se realize a inspiração.
O estilo costas, na atualidade, pode ser definido como: deslocamento do
ser humano na água onde o mesmo o executa na posição dorsal do corpo e
movimento alternado e coordenado das extremidades superiores e inferiores,
sendo o movimento dos braços uma circundução completa e o das
extremidades inferiores um batido; existindo um giro no eixo longitudinal
durante o nado.
O estilo peito, na atualidade, pode ser definido como: deslocamento do
ser humano na água onde os mesmo o executa na posição ventral do corpo e
movimento simultâneo, simétrico e coordenado das extremidades superiores e
inferiores, descrevendo o movimento dos braços como uma trajetória circular e
o das pernas como um pontapé, com um movimento de ascensão e descenso
de ombros e quadris que, coordenado com os membros superiores permitindo
que se realize a inspiração.
E por fim, o estilo borboleta, que na atualidade, pode ser definido como:
deslocamento do ser humano na água onde os mesmo o executa na posição
ventral do corpo e movimento simultâneo e coordenado das extremidades
superiores e inferiores, sendo o movimento dos braços uma circundação
completa e o das pernas um batido; com uma ondulação de todo o corpo que,
coordenada com os membros superiores permitindo que se realize a inspiração
(ARELLANO, 1992).
Segundo Lima (1999), durante muito tempo a natação foi realizada de
modo mecanicista e detalhista, ou seja, visando mais o plano técnico do que o
pedagógico, tendo então as crianças a supervisão de técnicos e não de
professores, os quais tinham como única meta ensinar os estilos para formação
de novos atletas em um curto período de tempo.
O autor ainda ressalta que muitos professores utilizam exercícios não
apropriados para a idade dos alunos mesmo sabendo que os conhecimentos e
estudos do ensino da natação versam sobre o nível ou estado maturacional
dos mesmos.
2.2 A APRENDIZAGEM DA NATAÇÃO
Na aprendizagem da natação, quem a conduz deve estar fundamentado
em objetivos gerais e específicos que levem em conta as habilidades motoras
específicas necessárias à execução dos movimentos de acordo com o nível de
desenvolvimento maturacional e repertório motor do praticante (MACHADO
2006).
Portanto, a aprendizagem da natação deve sempre levar em conta a
idade, as habilidades e a individualidade biológica de cada aluno para que
então o processo de aprendizagem ocorra de forma prazerosa e contínua.
Isso permite que as habilidades motoras específicas sejam organizadas
didática e pedagogicamente, podendo então ser progressivamente transmitidas
de modo que a aprendizagem ocorra com sucesso e possibilite ao praticante
empregar o ato de nadar como atividade recreacional ou competitiva
(FREUDENHEIM et al. 2005)
Para respeitar esse nível de desenvolvimento maturacional e repertório
motor do indivíduo, juntamente com as habilidades motoras específicas
necessárias para a natação, Lima e Borges (2006) dividem os níveis de acordo
com a faixa etária e pelo nível de desenvolvimento maturacional. Na fase Bebê,
é trabalhada a adaptação da criança no meio aquático, sem que exista o
objetivo de ensinar os nados em si.
Assim como na fase Bebê, o segundo nível, adaptação tanto de crianças
como de adultos, prioriza a adaptação ao meio líquido sem que exista o
objetivo de ensinar os nados.
Após uma boa adaptação ao meio aquático, chega a fase da iniciação,
onde é hora de enfatizar a aprendizagem dos nados, sem muita preocupação
com a técnica em si, ou seja, são ensinados movimentos rudimentares, como,
propulsão de perna e braços, respiração e os nados completos.
Após a fase de iniciação, onde o aluno já possui o domínio dos
movimentos simples dos nados, chega a hora da fase do aperfeiçoamento,
onde o movimento simples aprendido na iniciação passa por transformações,
ou seja, o nado é melhorado.
2.3 MOTIVOS QUE LEVAM INDIVÍDUOS PRATICAR ESPORTE
Segundo Weinberg & Gould (2001), a maioria das pessoas praticam
esportes por diversão, fazer alguma coisa na qual se consideram boas, para a
melhora de suas habilidades, fazer algum exercício para ficar em forma, estar
com os amigos e fazer novos, e participar de competições.
Já Becker Jr. (2000), diz que os motivos de participação de crianças no
esporte foram estudados por vários investigadores, como podemos observar a
seguir:
a) Alegria (KLINT; WEISS, 1987; ROBERTSON, 1992 citados por
Becker Jr. (2000);
b) Aquisição de habilidades (JHONS, 1987 citado por Becker Jr.
(2000) e
c) Competência e desenvolvimento de habilidades (JHONS et al.,
1990 citados por Becker Jr. (2000);
Mas além desses motivos também pode ser observado que os pais da
criança que adere a pratica do esporte são peças fundamentais para que
ocorra a inclusão da mesma no esporte. Os componentes desta parecem ser
os modelos mais importantes para a criança participar do esporte do que seus
colegas e a própria escola (LEWKO; GREENDORFER, 1977 citados por
BECKER JR., 2000).
Samulski (1995), analisou os motivos pelos quais as crianças aderem a
pratica esportiva. Destacando então; a alegria; o aperfeiçoamento de suas
habilidades, o aprendizado de novas habilidades; praticar esporte com os
amigos e fazer novos; adquirir forma física; sentir emoções positivas.
Weinberg & Gould (2001), defendem a idéia de que quando o professor
entende as razões das crianças para participarem de esportes, ele pode
aumentar a motivação delas estruturando os ambientes que melhor satisfaçam
suas necessidades.
2.4 MOTIVOS QUE LEVAM INDIVÍDUOS ABANDONAR O ESPORTE
Segundo Ewing e Seefeldt (1989), a participação de crianças no esporte
atinge o máximo entre as idades de 10 a 13 anos e então declina
consideravelmente até a idade de 18 anos, quando uma porcentagem
relativamente pequena de jovens permanece envolvida em esportes
organizados.
Existem vários estudos que investigaram as causas do abandono da
prática esportiva, e obtiveram os resultados mais variados. Mas segundo
Weinberg & Gould (2001), embora a maioria das crianças desista devido
interesses em outras atividades, uma minoria significativa pára por razões
negativas, como falta de diversão, muita pressão, ou antipatia pelo professor.
Orlick (1973) apresentou um balanço de seu estudo, onde chegou a
conclusão de que 67% das crianças abandonou o esporte pela excessiva
ênfase na competição; 31%, por conflito de interesse com outras atividades;
2% dos casos, estão vinculados a lesões.
Muitos pais e professores acabam dando muita ênfase na competição e
acabam se esquecendo que seu filho/aluno não passa de um ser em
desenvolvimento psicológico e corporal, o qual pode ser afetado causando
lesões. Muitas vezes as crianças acabam despertando interesse em outra
modalidade e abandonam sua modalidade atual.
Já Gould et al (1982), revelou em seu estudo que 42% das crianças
abandonaram a prática esportiva por fazer outras coisas, 25% por fazer outros
esportes, 20% por desgosto com o treinador, 16% pela pressão a que estavam
sendo submetidos, 16% por aborrecimento e 16% por dificuldades no
treinamento.
Em certos casos as crianças já praticam alguma modalidade esportiva
em paralelo, ou até mesmo outra tarefa cotidiana que ocupa seu tempo. Mas o
treinador também pode ter um percentual de culpa, pois muitas vezes o stress
ocasionado pela competição e a ênfase que é colocada no ato de vencer, gera
aborrecimentos, impondo dificuldades para que seu aluno continue praticando
o esporte.
Apontar o professor como um dos motivos do abandono da prática
esportiva se torna um tanto quanto interessante, assim como foi concluído no
estudo de Pooley (1980), onde 25% das crianças abandonaram o esporte por
que nunca receberam elogios de seus professores; 20% pelos treinadores
nunca terem apontado e instruído sobre os erros que cometeram, 20% pelo
fato de que não lhe proporcionaram informações referente ao fato de ter havido
ou não progressos e 25%, e um erro gravíssimo do professor, é de que sempre
foram esquecidos.
Guillén (1990) e García Ferrando (1996), concluem com certa
semelhança que as principais causas do abandono ocorrem quando a
competição é muito enfatizada, visando somente resultados, não fazendo com
que seus alunos vejam o treino de uma forma divertida. Segundo esses
autores, o modo com que as crianças são tratadas tanto pelos pais quanto
pelos treinadores, também influencia muito para o abandono.
Mas para que seja evitado esse abandono, o treinador deve procurar se
aperfeiçoar e buscar novos conhecimentos, sempre visando motivar seus
alunos e conquistando o interesse dos mesmos.
Gordillo (1992), afirma que em muitos aspectos o professor, se está bem
formado e orientado psicológica e pedagogicamente, pode evitar que haja
abandono, falta de motivação e de interesse. Gordillo (1992) ainda afirma que
para conseguir que os níveis de motivação de seus alunos não decaiam e não
abandonem o esporte, deve-se tentar que na aprendizagem das habilidades
básicas sejam adaptadas às características do grupo permitindo desfrutar da
atividade como jogo mais do que como esporte.
Um estudo realizado por Gould, Feltz, Horn e Weiss (1982), sobre a
desistência na natação entre as idades de 10 a 18 anos, apontou que ter outras
coisas para fazer e mudanças de interesse foram os motivos principais que
fizeram os indivíduos envolvidos no estudo abandonarem a prática do esporte.
Outros motivos, julgados pelos autores, sendo menos importantes, foram de
que os ex praticantes da modalidade citaram fatores negativos, como pressão
excessiva, não gostar do professor, fracasso, falta de diversão e como já foi
citado anteriormente por outros autores, uma grande ênfase na competição e
na importância de vencer. Ou seja, mais uma vez podemos apontar os erros
dos professores que conduzem a prática do esporte, pelo fato de 68% dos ex
praticantes da modalidade do estudo acima estarem ativos em outra
modalidade após abandonarem a natação.
O mesmo ocorreu no estudo de Klint e Weiss (1986), onde foi
descoberto que em um grupo de ex-ginastas, 95% estavam praticando outros
esportes ou ainda estavam praticando a ginástica, mas com menos
intensidade.
Becker Jr. (1995), relata que vários atletas abandonam os esportes
antes da idade considerada normal pela decepção com alguma coisa
importante, a qual geralmente é com o treinador; a morte de uma pessoa
importante, que pode ser tanto do treinador quanto de algum familiar; alguma
oferta de emprego em situação vantajosa, ou até mesmo por Burnout, que é
definido por Maslach & Jackson (1986) como uma síndrome multidimensional
constituída por exaustão emocional, desumanização e reduzida realização
pessoal no trabalho. O burnout é a maneira encontrada de enfrentar, mesmo
que de forma inadequada, a cronificação do estresse ocupacional. Sobrevêm
quando falham outras estratégias para lidar com o estresse.
Por esse motivo devemos levar em conta essa diferenciação entre a
desistência de um esporte específico ou a desistência de fazer esportes.
2.5 MOTIVAÇÃO NO ESPORTE
Becker. (1996) define a motivação como um fator de extrema
importância na busca de qualquer objetivo, pelo ser humano. Os treinadores
reconhecem que a motivação como fato principal, tanto nos treinamentos como
nos campeonatos. Então, a motivação é um elemento básico para que o atleta
siga as orientações do treinador e pratique diariamente as sessões de
treinamento.
Samulski (2002) refere a motivação como a totalidade dos fatores que
determinam a atualização de formas de comportamento dirigido a um
determinado objetivo. São estes os fatores sociais e pessoais os quais
favorecem para que o indivíduo continue persistindo ou que faça o individuo
abandonar certo comportamento.
Segundo Weinberg e Gould (2001), a motivação para a prática de
esportes depende de uma relação entre fatores pessoais (necessidades,
interesses, metas, personalidade) e situacionais (estilo de liderança do técnico,
facilidades, tarefas atrativas, desafios, influencias sociais).
A motivação pode ter origens internas e/ou externas. A motivação
intrínseca (interna) está associada aos fatores pessoais, sensação de prazer
interna sem nenhuma relação com elementos externos. Por conseguinte, a
motivação extrínseca (externa) seria relativa aos fatores ambientais, influências
de outras pessoas, elogios, reconhecimentos e recompensas externas que
levariam indivíduos à prática de atividade esportiva (LOPES, 2007).
2.5.1 MOTIVADORES EXTRÍNSECOS
Um dos motivadores extrínsecos é a família que, é a primeira a motivar o
indivíduo para a iniciação esportiva, quando ocorre o primeiro contato com a
prática esportiva. Para Uva (2005) é normal que os pais façam esse tipo de
intervenção na prática esportiva de seus filhos, já que são os pais que vão
desempenhar funções diretamente relacionadas à atividade escolhida, tendo
como exemplo o transporte para treinos e para as competições, o pagamento
das mensalidades, aquisição de materiais que seus filhos devem utilizar na
modalidade escolhida, entre outras funções.
Lopes (2007) julga que o técnico também representa uma forte fonte
motivadora para os atletas, senão a mais importante para que ocorra a
permanência na atividade esportiva. O técnico é o responsável em manter
aceso a uma pratica prazerosa através do esporte. O técnico é um dos adultos
mais próximos e por este motivo serve como modelo para os futuros atletas e,
se possuir um carisma significativo ou ter sido um atleta expressivo, pode
conquistar a admiração de sua criança-atleta. É muito importante também que
o técnico conheça seus alunos para saber o que os motiva para prática do
esporte. Relvas (2005) realizou um estudo com o intuito de descobrir os
principais motivos que levam jovens à praticar esportes e qual a percepção que
os treinadores têm dos mesmos e obteve como resultados de sua pesquisa, a
vontade de realizar atividades desportivas e de evoluírem, técnica e
fisicamente e a vontade de realizar trabalho em equipe, esses foram os motivos
mais evidenciados pelos jovens pesquisados.
A mídia na sociedade atual tem muita influência sobre a cabeça dos
jovens e as diversas opções de vida que ela nos mostra. No esporte ocorre o
mesmo, pois a mídia cria uma grande fantasia em torno do ídolo esportivo,
idealiza a perfeição, tanto em seus aspectos físicos como nas suas ações.
Rúbio, Kuroda, Azevedo Marques, Montoro e Queiroz (2000), acrescentam que
a mídia tem interferência na motivação, pelo fato de criar um espetáculo em
torno dos atletas, que passam a ser considerados "super-homens" depois da
quebra de um recorde ou da conquista de medalhas.
Outro fato motivacional extrínseco é círculo de amizade que os atletas
desenvolvem devido ao convívio diário entre os praticantes. Os atletas muitas
vezes passam mais horas nas sessões de treinamento do que em casa ou na
escola, tornando cada vez mais forte o vínculo afetivo entre seus colegas de
treino. Oliveira, Souza e Stark (1999) também citam este vínculo de amizade
como sendo o principal fator de motivação.
Chelladurai (1993) cita que conforme ocorre o aumento do envolvimento
do atleta com a modalidade esportiva em que está inserido, as necessidades
de relacionamento social vão se limitando aos companheiros de treino já que é
com eles que passam a maior parte do tempo. Gaya e Cardoso (1998) em seu
estudo apontam que os níveis de motivação relacionados à amizade diminuem
conforme o amadurecimento da idade, e acrescentam que esse fator influência
mais acentuadamente as meninas do que nos meninos.
2.5.2 MOTIVADORES INTRÍNSECOS
Temos como motivadores intrínsecos dos atletas a auto-realização que
direciona e motiva-o a novas metas através das conquistas do dia-a-dia, seja
nas sessões de treinamento ou nos campeonatos. O desafio de realizar
movimentos com o máximo de perfeição através de exercícios com alto grau de
dificuldade também trazem satisfação ao atleta. Para Chelladurai (1993) as
maiores aspirações que os atletas de alto nível tem são: ser o melhor na
modalidade em que competem e o prestígio resultante da mesma. Querer ser o
melhor revela satisfação pessoal, que é um fator motivacional intrínseco.
Roberts e Mckelvain (1987) identificam como aspecto motivacional o fato de
ginastas quererem mostrar que estão melhorando na ginástica.
O desafio da prática e da competição é recompensado pelas resoluções
de desafios mentais, superação de limites próprios e descobertas
consideráveis úteis, sem relação com prêmios externos (TRESCA & DE ROSE
JUNIOR, 2000). Toda competição gera um certo nível de ansiedade, mas a
partir do momento que o atleta obtém bons resultados, isso também lhe
proporciona prazer mesmo que não tenha obtido medalhas, a sensação de ter
se superado já é o suficiente para elevar seus níveis motivacionais.
A sensação de estar dominando o corpo aguça o potencial, desafia a
tentar outras acrobacias e proporciona prazer (NISTA-PICCOLO, 1998).
Podemos perceber como existem diversos posicionamentos sobre o que
circunstancia a motivação, entretando é consenso de que ela é importante para
que se tenha sucesso em tudo que se decide fazer, principalmente nas práticas
esportivas.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 TIPO DA PESQUISA
O presente estudo utilizou o método de pesquisa descritivo que segundo
Mattos (2004), tem como características observar, registrar, analisar, descrever
e correlacionar fatos ou fenômenos sem manipulá-los, procurando descobrir
com precisão a freqüência em que um fenômeno ocorre e sua relação com
outros fatores, e assumiu forma de pesquisa survey, que segundo Cervo e
Bervian (2002), identifica falhas ou erros, descreve procedimentos, descobre
tendências e reconhece interesses e outros comportamentos, utilizando
principalmente o questionário, entrevista ou surney normativo como
instrumento de coleta de dados. Procura determinar práticas existentes ou
opiniões de uma determinada população.
3.2 SUJEITOS DE ESTUDO
Serviram como sujeitos de estudo para a presente pesquisa 20 (vinte)
pessoas, de ambos os sexos, ex praticantes da modalidade da natação, que
abandonaram a prática da modalidade na adolescencia.
3.3 MÉTODOS E INSTRUMENTOS APLICADOS
O presente estudo foi desenvolvido primeiramente através de revisão de
literatura, em seguida através de um questionário com questões abertas e
fechadas (anexo). Cervo e Bervian (2002), afirmam que o questionário é a
forma mais utilizada para coletar dados, possibilitando medir com exatidão o
que se deseja. Por fim foi realizada uma interpretação e discussão dos
resultados obtidos com o questionário.
3.4 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS DA PESQUISA
Serão estabelecidos contatos anteriormente a coleta de dados com os
participantes, visando a apresentação dos objetivos, metodologia da da
pesquisa e a obtenção da carta de autorização para desenvolver a coleta dos
dados. Antes de iniciar as atividades, os participantes serão informados dos
propósitos do estudo, de seus procedimentos. Os participantes poderão
desistir de participar do estudo em qualquer momento. No caso de
concordância em participar do estudo será solicitado a assinatura do „‟termo de
consentimento livre e esclarecido‟‟ pelos participantes. O termo será assinado
em três vias conforme legalidade exigida pela comissão de Ética em Pesquisa.
O projeto está de acordo com as „‟Diretrízes e Normas Regulamentadoras de
Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (196/96).
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E DISCUSSÕES
Questão numero 01: Quando iniciou a prática da natação?
O gráfico 01 mostra que 5% dos entrevistados iniciaram a prática da natação
com 03 anos de idade, 15% dos entrevistados iniciaram a prática da natação
com 06 anos de idade, 15% dos entrevistados iniciaram a prática da natação
com 07 anos de idade, 10% dos entrevistados iniciaram a prática da natação
com 09 anos de idade, 25% dos entrevistados iniciaram a prática da natação
com 10 anos de idade, 10% dos entrevistados iniciaram a prática da natação
com 11 anos de idade, 5% dos entrevistados iniciaram a prática da natação
com 12 anos de idade, 5% dos entrevistados iniciaram a prática da natação
com 13 anos de idade, 5% dos entrevistados iniciaram a prática da natação
com 14 anos de idade e 5% dos entrevistados iniciaram a prática da natação
com 15 anos de idade. Ou seja, concordando com EWING e SEEFELDT
(1989), que afirmam que a participação das crianças atinge o seu maximo entre
as idade de 10 a 13 anos, ocorrendo após isso um grande declinio até os 18
anos de idade.
03 anos 5%
06 anos 15%
07 anos 15%
09 anos 10%
10 anos 25%
11 anos 10%
12 anos 5%
13 anos 5%
14 anos 5%
15 anos 5% Gráfico 01
Questão numero 02: O que levou você a praticar este esporte?
O gráfico 02 mostra que 15% dos entrevistados foram motivados a praticar este
esporte pela saúde, 10% dos entrevistados foram motivados a praticar este
esporte por solicitação médica, 25% dos entrevistados foram motivados a
praticar este esporte para aprender nadar, 5% dos entrevistados foram
motivados a praticar este esporte por incentivo de professores e 45% dos
entrevistados foram motivados a praticar este esporte por incentivo familiar,
conferindo o que dizem LEWKO e GREENDORFER (1977) citados por
BECKER JR (2000), que os pais das crianças que aderem a práticas esportivas
são peças fundamentais nessa inclusão. São eles os modelos mais
importantes para que as crianças passem a participar dos esportes.
Saúde 15%
Solicitação médica 10%
Incentivo familiar 45%
Para aprender a nadar 25%
Incentivo de professores
5%
Gráfico 02
Questão numero 03: Onde você praticava?
O gráfico 03 mostra que 60% dos entrevistados praticava a natação em uma
escola denominada como Escola A, a qual se trata de uma escola
especializada somente em natação, 35% dos entrevistados praticava a natação
em uma escola denominada como Escola B, a qual se trata de uma escola de
Ensino Fundamental e Médio que utiliza aulas de natação no curriculo escolar
e extra-curricular e 5% dos entrevistados praticava a natação em uma escola
denominada como Escola C a qual se trata de um clube.
Escola A 60%
Escola B 35%
Escola C 5%
Gráfico 03
Questão numero 04: Qual era sua freqüência semanal nos treinos ou aulas?
O gráfico 04 mostra que 60% dos entrevistados praticavam natação 05 vezes
por semana, 20% dos entrevistados praticavam natação 06 vezes por semana
e 20% dos entrevistados praticavam natação 03 vezes por semana. Ou seja,
houve predominio de 05 sessões de treinamento semanais.
03 vezes por semana
20%
05 vezes por semana
60%
06 vezes por semana
20%
Gráfico 04
Questão numero 05: Havia um profissional formado em Educação Física a frente dos treinos ou aulas?
O gráfico 05 mostra que 95% dos entrevistados não tinham um professor formado em Educação Física a frente dos treinos ou aulas e que somente 5% possuíam um professor formado em Educação Física a frente dos treinos ou aulas. A presença de um professor formado e orientado psicológicamente e pedagógicamente frente as aulas e treinos tem suma importância se levarmos em conta a citação de Gordillo (1992) que afirma que assim o professor pode evitar que ocorra o abandono e que os alunos não sejam afetados por falta de motivação ou de interesse em participar dos treinos ou aulas.
Sim 5%
Não 95%
Gráfico 05
Questão numero 06: Você participava de campeonatos extra-oficiais?
O gráfico 06 mostra que 95% dos entrevistados participavam de campeonatos extra-oficiais e 5% dos entrevistados não participavam de campeonatos extra-oficiais.
Sim 95%
Não 5%
Gráfico 06
Questão numero 07: Você participava de campeonatos oficiais?
O gráfico 07 mostra que 85% dos entrevistados participavam de campeonatos oficiais e 15% dos entrevistados não participava de campeonatos oficiais.
Sim 85%
Não 15%
Gráfico 07
Questão numero 08: Você chegou a ser campeão em alguma competição?
O gráfico numero 08 mostra que 50% dos entrevistados chegou a ser campeão em alguma competição e 50% dos entrevistados nunca chegou a ser campeão em alguma competição.
Sim 50%
Não 50%
Gráfico 08
Questão numero 09: Quais os estilos que você competia?
O gráfico 09 mostra 75% dos entrevistados competiam todos os estilos, 5% dos entrevistados só competiam no estilo de costas, 5% dos entrevistados só competiam no estilo de crawl, 10% dos entrevistados só competiam nos estilos costas e crawl e 5% dos entrevistados só competiam nos estilos costas, peito e crawl.
Todos 75%
Costas 5%
Crawl 5%
Costas e crawl 10%
Costas, peito e crawl
5%
Gráfico 09
Questão numero 10: Em que estilo você se destacava?
O gráfico 10 mostra que 10% dos entrevistados se destacavam no estilo borboleta, 35% dos entrevistados se destacavam no estilo costas, 30% dos entrevistados se destacavam no estilo peito e 25% dos entrevistados se destacavam mais no estilo crawl.
Borboleta 10%
Costas 35%
Peito 30%
Crawl 25%
Gráfico 10
Questão numero 11: Qual estilo você mais gostava?
O gráfico 10 mostra que 10% dos entrevistados gostavam mais do estilo borboleta, 35% dos entrevistados gostavam mais do estilo costas, 30% dos entrevistados gostavam mais do estilo peito e 25% dos entrevistados gostavam mais do estilo crawl.
Borboleta 10%
Costas 35%
Peito 30%
Crawl 25%
Gráfico 11
Questão numero 12: Você tinha incentivo da família para continuar treinando?
O gráfico 12 mostra que 85% dos entrevistados tinham incentivo da família para continuar treinando enquanto 15% dos entrevistados só tinham incentivo da família às vezes.
Sim 85%
As vezes 15%
Gráfico 12
Questão numero 13: Você tinha patrocínio para participar dos campeonatos?
O gráfico 13 mostra que 10% dos entrevistados às vezes tinham patrocínio para participar dos campeonatos e 90% dos entrevistados nunca tinham patrocínio para participar dos campeonatos.
Não 90%
As vezes 10%
Gráfico 13
Questão numero 14: Quando você deixou de participar das competições?
O gráfico 14 mostra que 10% dos entrevistados deixaram de participar das competições aos 13 anos de idade, 15% dos entrevistados deixaram de participar aos 14 anos de idade, 25% dos entrevistados deixaram de participar aos 15 anos de idade, 25% dos entrevistados dos entrevistados deixaram de participar aos 16 anos de idade e 25% deixaram de participar aos 17 anos de idade.
13 anos 10%
14 anos 15%
15 anos 25%
16 anos 25%
17 anos 25%
Gráfico 14
Questão numero 15: Quando você deixou de participar dos treinos ou aulas?
O gráfico 14 mostra que 10% dos entrevistados deixaram de participar das aulas ou treinos aos 13 anos de idade, 15% dos entrevistados deixaram de participar aos 14 anos de idade, 25% dos entrevistados deixaram de participar aos 15 anos de idade, 25% dos entrevistados deixaram de participar aos 16 anos de idade e 25% dos entrevistados deixaram de participar aos 17 anos de idade.
13 anos 10%
14 anos 15%
15 anos 25%
16 anos 25%
17 anos 25%
Gráfico 15
Questão numero 16: Na sua opinião, qual foi o principal motivo que levou você a desistir de praticar esta modalidade?
O gráfico 16 mostra que 60% dos entrevistados desistiram de praticar a modalidade da natação por falta de tempo, 15% dos entrevistados desistiram de praticar a modalidade da natação por não atingir os objetivos esperados, 5% dos entrevistados desistiram de praticar a modalidade da natação por falta de vontade, 5% dos entrevistados desistiram de praticar a modalidade da natação por não gostar do professor, 5% dos entrevistados desistiram de praticar a modalidade da natação por falta de patrocínio, 5% dos entrevistados desistiram de praticar a modalidade da natação por perda de interesse e 5% dos entrevistados desistiram de praticar a modalidade da natação por lesões. Esse resultado obtido através desta pequisa mostrou que ao contrário dos estudos já realizados para saber os motivos que levam ao abandono da prática da natação ou até mesmo de diferentes práticas esportivas, onde os autores citam que os motivos são muita ênfase na competição e por desgosto com o treinador ou professor, este estudo revela que o motivo mais implicante para o abandono foi a falta de tempo para participar das aulas ou sessões de treinamento.
Falta de tempo 60%
Por não atingir os objetivos esperados
15%
Falta de vontade 5%
Não gostava do professor
5%
Falta de patrocínio 5%
Perda de interesse 5%
Lesão 5%
Gráfico 16
Questão numero 17: Quais os principais ganhos e as principais perdas com o abandono da prática?
O gráfico 17 mostra que 70% dos entrevistados referem ter ganhado tempo com o abandono da prática da natação, 25% dos entrevistados julgam não terem ganho nada com isso e 5% dos entrevistados dizem que houve uma redução do stress psicológico.
Nenhum 25%
Tempo 70%
Redução do stress psicológico
5%
Gráfico 17
O gráfico 18 mostra que 20% dos entrevistados julgam ter perdido saúde com o abandono da prática da natação, 10% dos entrevistados sentem falta de atividade física, 5% dos entrevistados ganharam peso, 5% dos entrevistados julgam ter perdido a qualidade de vida, 55% dos entrevistados julgam ter perdido condicionamento físico e 5% dos entrevistados diz que saíram perdendo por deixarem de conhecer pessoas e lugares com as viagens para os campeonatos.
Saúde 20%
Sente falta de atividade física
10%
Ganho de peso 5%
Qualidade de vida 5%
Condicionamento físico 55%
Deixar de conhecer pessoas e lugares
com as viagens para os
campeonatos 5%
Gráfico 18
Questão 18: Você voltaria praticar a natação atualmente?
O gráfico 19 mostra que 70% dos entrevistados voltariam praticar a natação atualmente e 30% dos entrevistados não voltariam praticar a natação atualmente.
Sim 70%
Não 30%
Gráfico 19
Questão 19: Por quê?
O gráfico 20, mostra que dos 70% dos entrevistados voltariam a praticar a natação pela qualidade de vida e pelos benefícios que o esporte proporciona ao corpo, 20% dos entrevistados não voltariam pela falta de tempo e 10% dos entrevistados não voltariam pela falta de disposição.
Voltaria pela qualidade de vida
e os benefícios que o esporte
proporciona ao corpo. 70%
Não voltaria
pela falta de tempo.
20%
Não voltaria pela falta de disposição.
10%
Gráfico 20
5. CONCLUSÃO
Ao final deste estudo que buscou as causas que levam ao abandono da
prática da natação, podemos concluir que a maioria dos entrevistados iniciou a
prática da modalidade aos 10 anos de idade e tiveram como principal motivo de
adesão à ele o incentivo da família, ou seja, foram estimulados por vontade dos
pais ou demais familiares.
A freqüência semanal nos treinos variou entre 03 (três) vezes por
semana e 06 (seis) vezes por semana, prevalecendo à maioria tendo uma
freqüência de 05 (cinco) vezes por semana e foi constatado que as aulas ou
treinos da maioria dos entrevistados eram ministrados por professores que não
possuem formação na área da Educação Física.
A grande maioria participava de campeonatos extra-oficiais e também de
campeonatos oficiais, mas sendo divida exatamente em metade de ex
nadadores que chegaram a ser campeões em alguma competição e que não
chegaram a ser campeões em alguma competição. Também em relação aos
campeonatos, foi de notável observação que a maioria dos entrevistados não
competia em uma modalidade só, mas competiam nas 04 (quatro) modalidades
da natação, ou seja, competiam no estilo de borboleta, costas, peito e crawl. A
maioria dos entrevistados se destacava no nado de costas e prevaleceu a
resposta quando foi questionado qual era o estilo em que mais gostavam.
Estes ex-nadadores julgaram ter o incentivo da família para continuar
treinando, mas encontravam dificuldades em conseguir patrocínio para
participar dos campeonatos. Mas mesmo com a falta de patrocínio
mencionada, os ex-nadadores que em sua maioria abandonaram tanto os
treinos ou aulas, como os campeonatos entre 15 e 17 anos, eles apontam
como principal motivo do abandono da prática da natação sendo pela falta de
tempo e julgam também terem um ganho nesta questão, ou seja, passaram a
ter mais tempo para outras atividades. Mas não foram só ganhos mencionados,
eles julgam ter perdas também com o abandono da natação, tendo como maior
parcela ex-nadadores que julgam ter perdido o condicionamento físico que
possuíam.
Atualmente, após o abandono da prática da natação, a maioria dos
entrevistados respondeu que voltariam a praticar a natação pelos seus
benefícios a saúde e pela qualidade de vida que a modalidade possibilita, já a
pequena parcela que respondeu não voltar atualmente, não voltaria por falta de
tempo de disposição para executar a atividade física.
Sendo assim, ao final deste trabalho, fica concluído que o principal
motivo que levou ao abandono da prática da natação pelos entrevistados foi a
falta de tempo.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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7. ANEXOS
7.1 ANEXO A:
QUESTIONÁRIO
Idade:
Sexo:
Naturalidade:
Data de nascimento:
Escolaridade:
1. Quando iniciou a pratica da natação? ___________________________.
2. O que levou você a praticas este esporte?
( ) Saúde ( ) Estética ( ) Solicitação médica ( ) Incentivo familiar
( ) Fazer amigos ( ) Para aprender nadar ( ) Incentivo de professores
( )Outro motivo? Qual? ________________________________________.
3. Onde você praticava? _______________________________________.
4. Qual era sua freqüência semanal dos treinos ou aulas? _____________.
5. Havia um profissional formado em Educação Física a frente dos treinos
ou aulas?
( ) Sim ( ) Não
6. Você participava de campeonatos extra-oficiais?
( ) Sim ( ) Não
7. Você participava de campeonatos oficiais?
( ) Sim ( ) Não
8. Você chegou a ser campeão em alguma competição?
( ) Não ( ) Sim, em ________ competições.
9. Quais os estilos que você competia?
( ) Borboleta ( ) Costas ( ) Peito ( ) Crawl
10. Em que estilo você mais se destacava?
( ) Borboleta ( ) Costas ( ) Peito ( ) Crawl
11. Qual estilo você mais gostava?
( ) Borboleta ( ) Costas ( ) Peito ( ) Crawl
12. Você tinha incentivo da familia para continuar treinando?
( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes
13. Você tinha patrocinio para participar dos campeonatos?
( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes
14. Quando você deixou de participar das competições? _______________.
15. Quando você deixou de participar dos treinos ou aulas? ____________.
16. Na sua opinião, qual foi o principal motivo que levou você a desistir de
praticar esta modalidade?
( ) Falta de tempo ( ) Falta de patrocínio ( ) Incentivo familiar
( ) Stress psicológico decorrente do esporte ( ) Lesões
( ) Por não gostar de seu professor
( )Por que o professores não conduzia da forma correta os treinos
( )Por não conseguir atingir os objetivos esperados
( ) OUTROS MOTIVOS QUAIS?-__________________________________.
17. Quais os principais ganhos e as principais perdas com o abandono da
pratica?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
____________
18. Você voltaria a praticar a natação atualmente?
( ) Sim ( ) Não
19. Porque?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
______________________________________________________
7.2 ANEXO B:
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você foi selecionado(a) e está sendo convidado(a) para participar da pesquisa intitulada: MOTIVOS QUE LEVAM AO ABANDONO DA PRÁTICA DA NATAÇÃO, que tem como objetivos: analisar os principais motivos que levaram praticantes de natação abandonar a prática da modalidade na adolescencia. Suas respostas serão tratadas de forma anônima e confidencial, isto é, em nenhum momento será divulgado o seu nome em qualquer fase do estudo. Quando for necessário exemplificar determinada situação, sua privacidade será assegurada uma vez que seu nome será substituído de forma aleatória. Os dados coletados serão utilizados apenas NESTA pesquisa e os resultados divulgados em eventos e/ou revistas científicas. Sua participação é voluntária, isto é, a qualquer momento você pode recusar-se a responder qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a instituição que forneceu os seus dados, como também na que trabalha. Sua participação nesta pesquisa consistirá em responder as perguntas a serem realizadas sob a forma de questionário. Você não terá nenhum custo ou quaisquer compensações financeiras. Não haverá riscos de qualquer natureza relacionada a sua participação. O benefício relacionado à sua participação será de aumentar o conhecimento científico para a área de Educação Física. Sr(a) receberá uma cópia deste termo onde consta o celular/e-mail do pesquisador responsável, e demais membros da equipe, podendo tirar as suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento. Desde já agradeço! Franchesco Francio Cel: (66)9964-2562 E-mail: franchescofrancio@yahoo.com.br Msn: fran.francio@msn.com Sorriso, ____ de _______________ de 2011. Declaro estar ciente do inteiro teor deste TERMO DE CONSENTIMENTO e estou de acordo em participar do estudo proposto, sabendo que dele poderei desistir a qualquer momento, sem sofrer qualquer punição ou constrangimento. Sujeito da Pesquisa: ______________________________________________ (assinatura)