Post on 13-Jun-2015
description
lcorô,rúig.io,.ÍlórrêSiaÈ..rrr,, t ,,di ,iiificq
. Relqtório Forler . Colçqdo investe
DESTAQUEI
PoSAT-lPORTUGAT EM ORBITA
Ersm O3ho7m35s do dio 26 de Setembro, em Portugal continentol,quando o primeiro satélite no,cíono,l foi largodo no espsço
pelo foguetão Ariqne 4O, que descolarq dq bqse frqncesq dq Guio,nq.Assistindo so qconlecimento em directo pela televisão,
o País inteiro enlrou em ôrbito com o PoSAT- I .
ez-se Histório no último domingo de Se-
tembro de 1994. Pelo primeiro vez, Por-tugol colocou no espoço um obiecto construídopor iécnicos nocionois. O significodo completodeste ocontecimento só o futuro esclorecerócompletomente, mos ió nõo restom dúvidqs deque - contro o descrenço e o negotivismo lõocorocterísticos de um certo modo de ser portu-guês - existe no nosso Poís umo equipo decientistos e técnicos superiormente preporodose com determinoçõo suficiente poro levor obom Ìermo umo missõo complexo, que colocouPortugol no clube dos quinze poíses com sqté-lites ortificioìs próprios.
Enquonto em Portugol muito gente seguio o
ocontecimento otrovés do televisõo, no GuionoFronceso um grupo de portugueses vivio minutoq minuto o desenrolor do missõo do Arione,porticipondo, codo um o seu modo, no nosci-mento oficiol do primeiro sotélite nocionol.
Do expediçõo ò Guionq foziom porte, olómdos técnicos do missõo portugueso, o Ministrodo lndústriq e Energio, Miro Amorol, represen-tqntes dos membros do consórcio PoSAT-l e
iornolistos de vórios orgõos de comunicoçõosociol, que encherom olgumos póginos dosrespectivos iornois e horos de emissõo dosrespectivos ródios e televisões, contondo ooventuro tim tim por Ìim tim.
Atrqso de 24 horqsAo contrório do que estovo progromodo
iniciolmente, o Arione nõo descolou no dio 25de Setembro, pois controtempos operocionois
obrigorom oo odiomento por 24 horos do lon-
çomento do foguetõo.Foi mois um dio de ongústio poro todos
quontos se tinhom deslocodo ò Américo do Sulporo testemunhor o evento. Foi tombém umorozõo ocrescido poro comemoror o pleno su-cesso do lonçomento no dio seguinte, comchomponhe, muito olegrio e hino nocionol.
Depois de lorgodo no espoço, o PoSAT ficouo dor combolhotos, onimodo de um movimentocomplexo e em estodo de vido lotente, querdizer, com os sisÌemos operocionois o funcio-nor mos ò espero que sinois enviodos de Terrolhe ìndicossem o que devio fozer.
Nesto oliuro, os suos movimentoções ió esÌo-vom o ser seguidos no estoçõo de controlo doPoSAT-1, instolodo no Centro Operocionol deSotélites do Morconi, em Sintro. Foltovom l4minutos poro o meio-dio de 26 de Setembro,domingo, quondo o estoçõo de Sintro fez osprimeiros contoctos com o sotélite, iniciondoentõo o missõo de estobilizoçõo do oporelho,indispensóvel porq o suo completo opero-cionolidode.
Como o sotélite nõo tem sistemos de propul-sõo próprios, o trobolho de estobilizoçõo éfeito ò bose de ordens ródio, que induzemcorrentes eléctricos em bobinos situodqs emvórios locois do oporelho. Estos correntes eléc-
tricos criom compos mognéticos que, por suovez, reogem oo compo mognético do Terro,obrigondo o sotélite o inclinor-se poro quol-quer dos lodos, olterondo deste modo o suoposiçõo e velocidode.
Rópido confrololniciolmente o equipo técnico do PoSAT ovo-
liovo em vórios semonos o tempo necessórioporo reolizor o suo perfeito estobilizoçõo, mosoté nesÌe ospecto o missõo superou os expecto-tivos. Em menos de umo semqno, o estoçõo deSintro ió ero dono e senhoro do sotéliïe, contro-londo-o completomente, enviondo "softwqre"poro os computodores de bordo e completondotodo o processo técnico indispensóvel ò suoutilizoçõo comum.
Nestq qlturo o PoSAT cumpre ió o suo mis-sõo, que oliós é voriodo, como se pode verifi-cor pelo "rodiogrofio" que publicomos nospóginos seguintes.
Muitos dos torefos de observoçõo e mediçõoespociol que os técnicos portugueses só podi-om reolizor em oporelhos estrongeiros võo serogoro reolizodos otrovés do PoSAT. Seró certo-mente umo formo de potencior o formoçõo denovos geroções de cientistqs interessodos noindústrio do espoço, criondo um sober nocio-nol nestos motérios e dondo sentido prótico oo
investimento público reolizodo nesto missõo.Quqse cinquento onos depois do escritor
britônìco de ficçõo científico Arthur C. Clorketer proposto q utilizoçõo de plotoformos noespoço poro focilitor os telecomunicoções en-tre dois pontos do Terro, os técnicos portugue-ses conseguem tornqr o teorio reolidode. Nõofomos os primeiros, mos chegómos ló no grupodo frente.
KOUROU - Cenlro Espociolno Guiqnq Frqncesq
A implontoçõo de umo centrol espociol em
Kourou, em finois do décodo de I9ó0, foi decerto modo prometedoro poro o futuro econó-mico do Guiono Fronceso. Proporcionou pos-tos de trobolho oos hobiÌontes locois, mqs demomento o consequêncio mois evidente foiogrovor o desequilíbrio entre importoções e
exporÌoções e oumentor tonto os preços comoos solórios. A Guionq Fronceso é sensivelmentemois pequeno do que Portugol e enconïro-sedividldo em duos regiões: os plonícies coslei-ros e o meseto interior. A moior porte dos seushobitontes vive oo longo do costo, especiol-mente em Coyenne, o copitol.
A Guiono Fronceso situo-se o poucos grousde lotitude norte do equodor. A temperoturomédio onuol é de 26,6"C e o humidode é
elevodo. A médio onuol de precipitoçõo é de2795 mm. Emboro nõo hoio umo estoçõo secopropriomente dito, os quontidodes de precipi-toçõo mqis elevodos ocorrem em Dezembro eJoneiro e de Abril o Julho.
A elevodq temperoturo, oliodo o chuvos obun-donÌes, foz com que nove décimos do poísestejom cobertos de denso floresto tropicol; omodeiro ó um dos grondes recursos oindoinexplorodos dq Guionq Fronceso, mos o suoobtençõo torno-se muito difícil, dodo o escos-sez de tronsportes e o gronde voriedode deórvores, visto nõo existirem florestos nqturoisde umq único espécie, como qs que se situqmnqs loÌitudes médios. Nõo obstonte, os produ-tos florestqis representom o principol fonte deexploroçõo e incluem óleos essenciois de pou-roso/ gomo dos órvores "boloto" e modeiroporo construçõo. Poro um futuro oproveitomen-Ìo industriol, plontorom-se em vórios regiõescoiu e pinheiro-dos-coroíbos. A Guionq Frqnce-so possui grondes depósitos de bouxite perto
de Kow, o 48 km de Coyenne, mos otó ò dotonenhum foi explorodo. Hó tombém pequenos
lozigos de lítio, urônio e chumbo.Situodo no costo setentrionol do Américo do
Sul, bonhodo pelo Oceono Atlôntico o norte, efozendo fronteiro o sul com o Brqsil e q oestecom o Surinom, o Guiono é um Deportqmentoultromorino de Fronço e quolquer cidodõo deum dos Estodos-membros do Comunidode pos-so o olfôndego como quolquer fronteiro Ìerres-tre do Fronço europeio.
Um territórÌo ultromorino que o Fronço trotocom especiolcuidodo considerqndo o nível dostécnicos que trobolhom no Centro Espociol doGuiono, em Kourou,e que desenvolvem o proiec-to Ariqne. Esto cidode, situodo o 50 km do co-pitol Coyenne, é cloromente mois desenvolvidoe benef icio de inf roestruturos que o copitol nõodispõe. Ali tudo giro ò volto dos que trobolhomno Centro Espociol e os hóteis ficom repletosquondo estomos o poucos dios de um lonçomento.
PoSAT'
ENTREVISTA
a
PoSAT E DOS tìtuAlS A/ANçADOSNA CTASSE DOS 50 GIUILOS
O "pai" do satêlíte português explica que o seu "rebenro"- só ê mini no tsmqnho e no Pesot Porque de resto
é um outêntico camPeão do esPaço
Foctor 4' O sqtélite português é um sotélite ou é
um sotelitezínho?Corvqlho Rodrigues - O soÌéliÌe português sõo
45,8 quilos de electrónico.As pessoos estqvom hobituodos o ver sqtélites
com vórios tonelodos, porque tinhom que ter moto-
res próprios poro reolizor funções que foziom sen-
tido quondo erom os grondes orgonizoções que
consÌruíom os sotélites.Por outro lodo, os lonçodores erqm muito cqros e,
por isso, vqlio o peno meÌer muiÌos quilos de codo
vez. Entretonto, houve umo gronde revoluçõo nesto
coiso dos lonçodores e hoie vê empresos privodos,
como o Motorolo, o fozer mini-sotólites iguois oo
nosso poro construir umo rede de comunicoções
globol.Como todqs os tecnologios, os espociois estõo
Ìombém no sendo do minioturi zoçõo. As grondes
estruturos, como o NASA, oindq nõo perceberom
isto, e por isso qrriscorom-se ò fqlêncio, conformeressolto do recente Relotório do CongressoNorte-Americono. Só esÌruturqs leves e com óptico
empresoriol võo sobreviver nesie mercodo.
P - Mos em termos de copocidode o PoSAT tombém
é mìní, ou é, de focto, um sqtélite normol?R - Dos sotólites do closse dos 50 quilos, é um dos
mois ovonçodos que se fizerom oÌé hoie no mundo,
quer no domínio dos telecomunicoções,,quer fundo-
mentolmenÌe no sistemo de novegoçõo. E o primeiro
vez num sotélite que voi um GPS - um sistemo de
posicionomento globol - e um sensor de estrelos,
poro que o posiçõo do sotélite seio obsolutomenteconhecidq.
P - O sotelite é um proiecto com iustíficaçãoeconómico?R - O consórcio PoSAT teve um obiectivo triplo. Em
primeiro lugor, fozer com que emPresos portuguesos
enÌrossem no clube e no negócio do espoço. Conse-
guiu-se. Só no óreo dos serviços, que foi o coso dos
seguros, Portugol ló recuperou o investimento qqe
suportou o fqzer o mini-sotélite, Porque o sindicoto de
segurodoros que fez o seguro do PoSAT-l tem hoie em
corÌeiro poro ossinor opólices de ó0 soïélites, entre
lonçomentos e colocoçõo em órbito.
P - Componhìos portuguesos concorrem nessa
órea?R - Sim, sim, um sindicoto de segurodoros portugue-
sos que é liderodo pelo Ïronquilidode e que inclui
quose todos os empresos de seguros.Fozio oindo porÌe deste primeiro obiectivo entror
no negócio do Uniõo do Europo Ocidentol. Troto--se de um negócio que consiste em fozer portes,
peços, horos de engenhorio poro outros sotélites.
O segundo obiecÌivo do controto do consórcioerq formor umo equipo de engenheiros, mestres e
operórios copozes de fozer equipomentos susceptí-
veis de irem poro o espoço.Em terceiro lugor hovio o meto principol, que ero
colocor um obiecto no espqço. Todos os oblectivosforom reolizodos.
P - Mos, no prótíco, o que é que este sotélite
ocrescento oo que iá temos disponível?R - Este sotélite tem melhorios signifìcotivos foce oidênticos obiectos, estó muitíssimo ovonçodo no
sisÌemo de novegoçõo. E um sistemo que voi permitirtiror imogens muito concretos ò superfície do Terro
e é de tol moneiro ovonçodo que lhe posso dizer, em
primeiro mõo, que no dio ó de Setembro de ,l993,
mesmo ontes do sotélite estor lonçodo, o generol
Chefe do Estodo-Moior-Generol dos Forços Armo-
dos, generol Soores Corneiro, encomendou oo
consóicio três estoções poro estorem em locois
diversos do Poís e umo delos colocodo em meios
novois, o que voi permitir comunicoções iócticos.O sotélite permite tombém fozer correio electróni-
co ò escolo globol e oumentor o competitividodedos empresoi. Pot
"^"tplo, dizio-me o engenheiro
Nobre do Costo que gosÌo rios de dinheiro o
mondor mensogens doqui poro Mocou Poro oEfocec, que estô o implontor-se no Oriente' Diz ele
que, só no Efocec, sõo milhores de contos por mês
que voi poupor utilizondo o sqtélite como correioelectrónico.
P - AIém do mobilízação empresoriol que outros
resuhodos feve esÍe proiecto?R - Vqi permitir ò Efqcec e òs OGMA, por exemplo,qbsorver o moior porte dos 80 milhões de conÌos
que Portugol vqi ter que pogor por ser membro do
Uniõo do Europo Ocidentol e comporticipor numo
froto de sotólites.
P - Mos como é que võo recuperor esse dínheiro?R - Por encomendos que o UEO voi fozer o essos
empresos, poro lhes fozerem portes, peços e horos
de engenhorio poro os cinco sotélites que o UEO voilonçor e que võo custor o Portugol 80 milhões de
contos, quer foço olgumo coiso poro esses sotélites,
quer nõo foço.
P - Quo/ o volor do PoSAT em termos de comuníco-
ções?R - Hó umo mensogem que escopo o muito gente que
vive com o monio dos comunicoções. A mensogem
fundomentol é: isto é um negócio do espoço, nôo é um
negócio dos telecomunicoções. O negócio dos teleco-
municoções estó o dor prejuízo em todo o mundo. Onegócio que interesso é o negócio do oeroespociol,
nõo ó o negócio dos comunicoções.
P - Mos o sotélite fem ou não umo volêncío de
comunicoções?R - Tem. Foz correio electrónico e foz de
"tronsponder" em tempo reol poro voz, dodos eimogem. Senõo, o generol Soores Corneiro nõo oquerio poro nodo.
P - Permite tronsaccionor ots chomodos telefónicos?R - Chomodos telefónicos nõo. Permite fozer comu-nicoçõo entre duos esÌoções e em tempo reol, seestiver ò visto dqs duos estoções.
P - Então, os utilizodores têm de ter umo estoção?R - Certomente.
P - Quonto é que custa umo estoção?R. - Umo estoçõo pode vorior entre 25 mil contos ecento e poucos contos. Ou oté só ter um "bip-bip",que custo uns quontos contos. Pode receber menso-gens num "bip-bip" do tomonho de um grovodor.
P - Como é que um porticulor ou umo pequenaempreso utílizom os volêncios de comunicoção dosotélite?R. - Dirigese ò Morconi, estobelece um ocordo e, vio oestoçõo de controle de SinÌro, vio Morconi, tem ocesso oumo bose de dodos mundiol e tem ocesso o podercomunicor com quem quiser no ploneto, desde que esse
olguém tenho um receptor, que pode ser um "bipbip",que pode receber mensogens em tempo reol.
P - Portonb, o Morconi foz a exploroçõo donegócio do comunícação?R. - A Morconi é o responsóvel pelo missõo e peloexploroçõo do sotélite, que se lrodvz, fundomentol-menle, no ocesso o boses de dodos o nível globol efozer de correio electrónico como encominhodor demensogens. Mos isso é o porte mois ínfimo do queeste sotélite foz. Devo dizer-lhe que, nos telecomu-nicoções, Ìemos poro ió o cliente mois ovonçodoque hó no Poís, que é o Sistemo lntegrodo deComunicoções Militores - o SICOM.
P - Quo/ é o pertil do clienteJipo em telecomunico-
ções poro este safêlite?R - Sõo os Forços Armodos, os emboixodos e empre-sos que se internocionolizorom e operom ò escologlobol, desde os empresos de construçõo civil, posson-do pelos empresos que fozem qs inÍro-estruturos, comoé o coso do Efqcec, que se implontou por exemplo emMocou. Agoro os mensogens que mondom poro lóenviom-nos vio PoSAT.
P - Agoro folo-se 1á em rede, em NefSAï. Quolé omudonço? Nõo é openos umo multiplicoção...R - Nõo é só umo multiplicoçõo. Existiom vórios
proiectos relqtìvos o mini-sotélites, o sistemos glo-bois plonetórios, porque o nosso sotélite dó umovolto codo I l0 minutos, ou novento e tol minutos e,portonto, nõo se pode fozer tudo em ligoçõo direc-to. A ideio ogoro é envior poro o espoço umo redede sotélites que permito umo coberturo globol edirecto o nível.plonetório.
P - /sso represento um gronde posso...R - Houve umo gronde tronsformoçõo no indústriqoeroespociol. Deu.se este fenómeno: os lonçodoreserom muilo coros, portonto iustìficovo-se fozer soté-lites geoestocionórios. Num geoestocionório pu-nhom-se 100 quilos de telecomunicoções e 10tonelodos de motores. A moior porte do sqtélitegeoestocionório nõo é poro fozer comunicoções.Sõo motores de hidrozino poro o monterem quieto,porque, como o Terro nõo é redondo, se os motoresdo geoestocionório nõo estiverem octivodos, elesficom q 3ó mil quilómetros mos o22 grous Norte,que é conhecido como o cemitério dos geoesto-cionórios.
Subitomente, com o fim do guerro-frio, ocobo-rom-se os mísseis intercontinentois, possou o hovermuitos lonçodores e o preço do lonçomento veio poroí obqixo. Pioneiro nisto foi o Motorolo, que ióencomendou ò Federocõo Russo o lonçomento de
2l mini-soÌéliÌes, que só pesom Z0 quilos, mqs quesõo Z0 quilos de electrónicq e nõo de motores.
O sistemq de observoçõo do Terro do UEOïombém é Ìudo órbitq bqixo. A Federoçõo Russo fez--nos umo proposto de meter I 0 sotélites dos nossos
de umo virodo, o bordo de um míssil.
P - Quonfo é que cusfo ogoro um lançomenfo?R - Um lonçomento, com seguro, custo
.l20 mil
contos. Produzir o sotélite custo ,l50
mil. Portonto,o outocorro custo tonÌo como o possogeiro.
P - Quonto d NetSAL O que é que se voí fozer, em
concreto?R - Pois. As empresos porticipontes ficorqm o soberque tinhom o copocidode poro fozer sotólites. AEfocec, o INETI e os OGMA fozem os sotélites queforem precisos. Fozemos porque nõo precisomos deter motores. E com os focilidodes no lonçomento é
possível pô-los no espoço.A Motorolo, por exemplo, controtou com o Fede-
roçõo Russo o lonçomento de 77 sotélites, poro oseu sistemo lridium de comunicoções públicos.
Nós pretendemos construir um sistemo privotivode comunicoções ò escolo globol.
P - Privotívo de quem?R - Privqtivo de Portugol. AnÌigomente nõo hoviotelefones internos em nenhumq orgonizoçõo. Sobeporquê? Porque o lomonho do centrol poro os
telefones internos ero o edificio. Mos hoje nõo hóedifício que nõo ienho telefone interno. Porquê?Porque o tomonho do centrol é mínimo. Como nós
fozemos sotélites muito bqrotos, como o lonçomentoé muito boroÌo, nós podemos ter um sistemo privo-tivo de comunicoções. Privotivo neste sentido, detelefone interno de comunicoções.
P - Mesmo no sentido de telefone?R - Mesmo no sentido de telefone.
P - A NetSAT permite um telefone ínterno nacionol?R - Exoctomente. lnterno ò escolo globol.
P - A rede NefSAI permile ofirmor que o custo dacomunicaçõo voi boixor estrondosomente?R - Por exemplo, se vir os contos entre emboixodos,verificoró que é umo pouponço brutol.
P - É possível substituir a utilizoçõo de cobossubmorinos e de sotélites internocionois?R - Compleiomente. Nõo poro todo o genÌe, nõo époro o comum dos mortois.
P - Porque nõo?R - Porque o sistemq nõo foi desenhodo pqro esse
fim. Foi desenhodo poro Portugol ter um sistemo
privotivo de comunicoções poro qs suos obrigoçõescomo Estodo e pqrq o oumento do competitividodedos suos empresos que operom ò escolo globol.
rË!tü
P - Instituições públicos, grondes empresos...R. - A bonco, os seguros e empresos que trobolhomò escqlo globol.
P - Poro funcionar em termos de telecomunicoçõeswlgares o copocidode exigido serio muíto diferente?R. - Nõo. Nõo é muito mois diferente. Posso dizer-Jhe que o nosso sistemo é composto por 26 sotéliÌes,con 40/50 quilos, e que o sistemo do Motorolo,que é poro comunicoções públicos, sõo77 sotélitescamTO/100 quilos de peso.
Outro mistificoçõo que os pessoos têm no cobeçoé que hó muiios sotélites. Sobe quontos sotélites hó
desde o início, de 1957 oIê hoie, colocodos em
órbitq? 2084. Veio quem é que os pôs ló. Nóssomos o décimo quinto poís o pôr um objecto desÌesno esPoço.
P - A tecnologio do satélite não é de origemporlugueso. Quol é o suo roiz?R - Americono.
P - Como é que houve o transferêncio de lecnologioporo os técnícos portuguesesr poro os empresosenvolvidas?R - Foi otrovés de um controto com umo universido-de - o Universidode de Surrey - que estó ouiorì-
zodo pelos omericonos o fozê-lo. Os omericonosnõo o podem fozer, de modo que utilizom esso vio,que foi o vio que os coreonos tombém utilizorom.
P - Como vê os ofirmoções de olguns críticos queconsiderom o Satélite PoSAT-l como muíto poucoportuguês?R - Nõo devemos dor importônciq o esse tipo dequestões. Bostovo ler o obiecto do Contrqto deconstiiuiçõo do consórcio poro se perceber que oque estovo em couso ero o tronsferênciq de tecnolo-gio. Mos ió ogoro ó bom que se soibo que nodo dos2 modelos de sotélite - um que estó o voor e outroque estó nqs OGMA - foi produzido, montodo etestodo senõo por operórios, técnicos e engenheirosde empresos portuguesos porticipontes no Consór-cio. lsto é "know-how" que nõo se odquirio de outromodo e sem que tivesse hovido o tronsferêncio detecnologio referido.
Resultou de tol moneiro bem que em Kourou os
operoções finois do sotélite omericono HeolthSATforom entregues ò equipo de engenheiros portugue-ses oí presentes e que forom o Monuel Seixos e oDeodoto Cordoso dos OGMA, o Fernondo Costodq Morconi
" o Ór.or" Borboso do EFACEC.
P - E o pivot de todo esso operoçõo de tronsferênciode tecnologio quem foì?R - O pivot foi um coniunto de treze engenheiros.Mos desde operórios oté mestres e engenheirostodq o gente fez tudo do sotélite.
P - Tudo bem, mos o tecnologia é suficientementesofisticodo poro exígir...R - ...O entendimento o diversos níveis. Umo coisoé o gesto do profissõo, outro é o entendimento.Nogesto de tudo somos umos vinte e tol pessoos. Sete
têm um entendimento completo. Sou eu,,JoséRebordõo, Miguel Leitmon, Deodoto Cqrdoso, OscorBorboso, Joõo Botolho e Fernondo Costo.
P - E quem é que construiu, de focfo, o sotélite?R - Quem o ossernb/ou todo e quem opertou osporofusos todos foi o enge Deodoto Cordoso.
P-Equoléoseupopel?R - E formor e monter umo equipo de instituições quenõo têm nodq o ver umos com os outros. Fozercom queos pessoos que trobolhom no proiecto tenhom mois
leoldode oo proiecto que o quolquer dos orgonismosde origem. Resolver os ospectos legois, finonceiros,motrículos nos Noções Unidos e obtençõo dessos
coisos todos. Foi gerir o gronde proiecto.
sw W'. a8lllt
ffiffiM
liÍ
ol
Alritude dq órbito- 820 quilómetros
Anfenqs de emissão(UHF) e recepçõo(VHF)- Tqnto os quotro ontenos de emis-
sõo, colocodos nos vértices infe-riores do sotéliÌe, como o ontenode recepçõo, que é centrol, sõode oço inoxidóvel niquelodo etêm umo secçõo em meio cono,como umo fito métrico metólico.
Bqteriqs- Como duronte mois de um terço
do seu tempo de vido o PoSAT-lse encontroró em condições deeclipse (sem sol), os poinéis solo-res nõo sõo suficientes poro for-necer o energio de que necessi-
to. O sotélite possui ossim dezboterios recorregóveis níquel-códmio, que sõo corregodospelos poinóis solores.
€usto do totql PoSAT-l- 930.000contos, dosquois Z0 por
cento forom suportodos pelo PEDIP
e'30 por cenlo pelos empresosporticipontes; 300.000 contos forom usodos no pogomento ò Uni-
versidode de Surrey pelo honsferêncio de tecnologio; os restontes
ó30.000 destinqrom-se oo pessG
ol, equipomento, estoçõo de terro,lonçomento, seguro.
Deteclorde poÉículqs cósmicqs- Experiêncio quetem comoobiec-
tivo medir os portículos que bom-bordeiom o sotélite duronte o suq
órbito e identificor possíveis cou-sqs de funcionomento qnómolo
dos componentes electrónicos.
Dimensões- O corpo do sotélite é um porolele
pípedo de secçõo quodrqdo ondecodq foce lem 55 cm por 35,ó cm.
O mosÌro de estobilizoçõo possui
seis metros de comprimento.
Electroímqnes- Os seus cinco electroímones sõo o
único "meio de propulsõo" doPoSAT-1. Sõo oquilo o que os
técnicos chomom "sistemos possi-
vos de estobilizoçõo". AÌrovés doinduçõo de correntes mognéticosnos electroímqnes, e usondo o oc-
çõo do co mpo mog nético terrestre,
é possível olteror o posiçõo dosotélite e o suo oltitude-o sítio poroonde o sotélite estó voltodo. Pod+se tombém poror, inverter ou ocel+ror o rotoçõo do PoSAT.
Estruturq- O corpo do PoSAT-l é cons-
tituido por umo série de I I ele-
mentos modulores de olumínio,sobrepostos como umo série degovetos. Codo umo destos gove-tos contém equipomenÌo electró-nico diverso. A goveto inferiorolbergo os bocterios e cômqrosde detecçõo remotq e estó ligodoqo qnel de fixoçõo qo Arione. Agoveto superior tem denÌro omostro de estobilizqçõo e os sis-
temos de novegoçõo (sensor deestrelos, GPS, mognetómetro ex-
terior, sensores do Sol e de hori-zonte).
Groços oos seus sistemos de no-
vegoçõo, o posiçõo do PoSAT noespoço pode ser conhecido em
quolquer momento com umo pre-cisõo de 200 metros.
MognetómetrosAporelhos que medem o compomognético do Terrq nos três eixosrelotivos oo sotélite. O PoSAT
possuidois desies sensores. Comoo compo mognético que envolveo Terro vorio do Equodor poro ospólos, o PoSATI pode obter in-
formoçõo sobre o o suo locolizo-
çõo otrovés do mediçõo do com-po mognético e do formo comoeste vorio.
Locqlizqcõo
Mqstro de estqbilizqcõoou ttboomtt
' O "boom" é umo espécie deonteno telescópico que serve poroestobilizor o sotélite opós o seu
lonçomento, reduzindo a suo ve-
locidode de rotoçõo no espoço.E constituído por umo molo enro-lodo que, umq vez oberto, formoum mostro de seis metros decomprimenio. No porto tem umomosso de 2,5 quilos. O "boom"tem o corocterísticq de ser q úni-
co peço móvel do PoSAï-l . Umovez oberto, nõo pode ser recolhi-do.
órbitq- Órbito Circulor, polor, heliossín-
crono, com umo inclinoçõo de98,ó grous. Codo órbito é reoli-zodo em l0l minuÌos. O sotéliteefectuo I 4 ou I 5 órbitos pordio,em médiq. Cinco ou seis vezespor dio o PoSAT I estoró ooolconce do estoçõo terrestre, du-ronte períodos de 'l
2 o '15 minu-
tos. Só de lB em lB dios osqtélite possoró exoctomente so-
bre o mesmo ponto do Terro.
Pqinéis solqres- As quotro foces do PoSAT encon-
trom-se cobertos por quotro poi-néis solores de orsenioto de gólio,codo um dos quois possui 1 344célulos solores com umo eficiên-cio de conversõo do luz solor emelectricidode de 19 por cento.Os poinéis constituem o fonie deenergio de todos os sistemos obordo. Codo poinel gero 34wotts. A estruturq dos poinéis éde olumínio, sendo o seu interiorem formo de "ninho de obelhq".
Peso- 50 quilos
Processqdor centrql(8OC r 8ó)- Apesor do seu ospecto modesto,
é este o cérebro do PoSAT. Todoc gestõo do sotélite é feito poreste "chip". Em cqso ovorio,corém, é possível encqrregorcukos processqdores do gestõocc oporelho.
R.eceptor GPS' )ernnite conhecer o locolizoçõo
:c PoSAT I relotivomente q um
::nlunto de sotélites que dó pelo-crne de Globol PositioningS',,stem (GPS). Os receptores ousersores GPS chegom o possuir
-*c precisõo de dez meÌros no:e, posicìonomento. No enton-': devido ò gronde velocidode:e Ceslocoçõo do PoSAT 1 (mois
:e 25 mil quilómetros por horo),: s sïemq só permitiró, nestecoso,
-*c precisõo dq ordem dos 200-e-ros. Os dodos obtidos pelo3)S serõo depois relocionodos:.* os do sensor de estrelos, de::'no o obter o moior precisõo::'ssível no posicionomento do:ccrelho. O PoSAT 1 é o primei--: rricrossotélite do mundo lon-
::Co com um sensor GPS.
R.otoções- 3 PoSAT-l doró em médio umo
,clio sobre si próprio de seis em
seìs ou de dez em dez minutos.
lste movimento de rotoçôo tem
:cmo principol obleciivo evitor:ue o sotélite opresente sempre o'iesmo lodo oo Sol, poro impe,-
:ir um oquecimento excessivo. E
cossível, no entonto, ocelerqr q.otoçõo do sqtélite, retordó-lo,oqró-lo ou mesmo virólo de "co-ceço poro boixo".
Sensor de estrelqs- Troto-se de umo cômqrq seme-
lhonte òs vídeo, cujo sensor é
sensível ò rodioçõo dos estrelos.
Cbservo em permonêncio umo
:-:: do céu de nove por sete
:-l,s e seleccionq qí cinco ou
seis dos dez estrelos mois bri-
ihontes, visíveis no olturs. O sisie-
mo estudo o posiçõo relotivo des-sos estrelqs e comporo esso infor-moçõo com umo bose de dodosque é de focto um "cotólogo" dosestrelqs mois brilhqntes dos doishemisférios. A portir do identifi-coçõo dessos estrelqs e dq qnóli-
se do formo como esso informo-
çõo mudo, é possível conhecer oposiçõo e otitude do sotélite comgronde rigor. Os dodos do sensorde estrelos permitirõo determinoro posiçõo do PoSAT I com um
rigor de 100 metros e o suoqtitude (poro onde estó virodo)com o precisõo de 0,'l grou.
Sensores de deteccõoremolq- Sõo duos cômorqs semelhontes
òs cômorqs de vídeo comerciois,colocodqs no goveto de boixodo sotélite. Umo delos possuiumo resoluçõo de dois quilóme-tros, o outrq umo resoluçõo de220 meÌros. Os dodos do sisÌe-
mo de novegoçõo nõo permitemsoberexoctqmente, em codo mo-
mento, poro onde estõo o opon-tor os cômqrqs. Hó umo impreci-sõo de ó0 quilómetros que só
poderó ser resolvidq otrovés doobservoçõo de um mopo. As cô-moros obtêm imogens dqs zonospretendidos e o sistemq qrmoze-
no os imogens qté pqssor ooqlconce do estoçõo terresÌre,enviqndo-qs nesse momento. Asimogens ïombém podem ser pro-cessqdqs o bordo.
Sensores do 5ol- Troto-se de duos coixos pretos
ocos com ronhuros que deixomentrqr o luz e cuio superfície é
sensível ò mesmo. A qnólise doôngulo de entrodo do luz do Sol
permite conhecer o otitude dosqtélite.
Temperoturodo sqrélire no espqço- A Ìemperoturo ombiente dentro
do sotélite seró de 25 grous noporte inferior e 0 grous no portesuperior. A temperoturo é contro-lqdq usqndo o rotoçõo do pró-prio sotélite e q suo exposiçõo ooSol. Em médio, o PoSAT estóexposto ò luz solor durqnte cercode ó0 minutos e ò sombrq doTerrq qo longo de pouco mois de30 minutos. A temperoiurq exte-rior o que o sotélite estoró suieitofico próximo do zero obsoluto
l27e grous negotivos).
ttTronspulers"
- Codq "tronsputer é, por si, um
computodor de pequeno copoci-dode especiolmentevococionodoporo processomento porolelo. Em
oplicoções como o onólise deimogens, os redes dos "trons-puters" irobolhom muito mqisdepresso do que os computodo-res hobituois. Os "tronsputers"do PoSAT võo servir poro proces-sor os dodos obtidos pelo siste-
mo de detecçõo remoto, pelosensor GPS e pelo sensor deestrelos e poro, com eles, olimen-tor o sistemo de novegoçõo, demodo q que este posso fozer oscorrecções eventuolmente neces-
sórios.
Velocidqde- Umq vez em órbito, o PoSAT
'l
voo o 2000 meÌros por segundo(25.200 quilómetros por horo).
Vidq útil- O PoSAT I foi concebido poro
um tempo de vido de cinco onosmos, se Ìudo correr bem, poderómonter-se operocionol duronteoito. Os seus componentes pos-suem umo vidq útil muito superi-or, emboro nõo seio de esperorque o sotélite se posso monter em
órbito depois disso. Ao fim deoito o dez onos, o órbito dosotélite começoró o degrodor-see o PoSAT 1 desintegror-se-ó nooimosfero.
leTO
)U
'eo.
'ìo
lelortt
ri-ìoni-
tn-
lell r-
ite
o/es
lolu-
ìu-
oìq
)n-
oi-to,
+4
in-)m
to.
de,o34;éior,ll).
EMPRESA
AS O.G.M.A. E O DESENVOTVIMENTODA INDUSTRIA ESPACIAI
Mqnuel dos Ssnlos Coelho*
s Oficinos Gerois de Mote-riol Aeronóutico (OGMA)
:-:ederom em ,l928
oo entõo::-cminqdo Porque de Moteriol:="oróuiico criodo em I9,l8 e- : orom o suo octividode
:e"*qdo no monufqcturo, sob li-:i-:c. de qviões e motores poro: :'.,'cçõo militor, pois no olturo:: -ecessidodes de monutençõo:-:- muito reduzidos.
i :rioçõo do Forço Aéreo Por---:-eso (FAP) em 1952 e o focto:: : .nesmo possqr o operor fro--:: :e elevqdo coriz tecnológico: -: , ocou nos OGMA sucessivos
octuolizoções dq suo copocido-de de resposto, o que implicou ogrodotivo operfeiçoomento e es-peciolizoçõo do pessool, omelhorio dos infro-estruturos, omodernizoçõo do equipomento,o oquisiçõo de novos iecnologios,técnicos de orgonizoçõo e rocio-nolizoçõo dos métodos de trobo-lho.
Duronte q décodo de sessento,os necessidodes de regeneroçõodo moteriol do Forço Aéreo ou-mentorom e os OGMA tiveromum crescimento importonte, deformo o poderem cumprir o suomissõo estrotégico.
Com o fim do guerrq coloniolossisie-se o umo reduçõo quonti-Ìotivq do octividode do FAP, cons-tituindo este período umo foseextremomente difícil foce oo ele-vodo desoiustomento entre os ne-cessidodes de trobolho e os mei-os disponíveis, com reolce poroos recursos humonos.
No entonto, no porte finol dodécodo de setento, como resultq-do de umq estrotégio definido emreloçõo òs OGMA pelo ForçoAéreo, centrodo no modernizo-çõo dos seus sistemos de ormos,deu-se início o um esforço signifi-cotivo de promoçõo do suo copo-cidode técnico no mercodo exter-no, de modo o obter trobolho que
gorontisse o utilizoçõo do copo-cidode instqlqdo, tonto oo nível
de pessool como de meios deequipomento.
Esto estrotégio, que teve plenosucesso, foi vióvel grqços oo Estq-
tuto de Estqbelecimento Fobrilcomoutonomio qdminisÌrotivq e finon-ceiro e qindo oo reconhecimento,em 1972, como umo Orgonizo-çõo lndustriol o cuio octividodese oplicom os princípios e normosque regulom os empresos privo-dos.
A lndústrio Aeroespociol, inte-
grondo os vectores Aeronóutico e
Espociol, represento hoie um for-te foctor de progresso, porquon-to, poro olém de compreenderemumo omplo gomo de produtos e
de possibilidodes de desenvolvi-mento e de cooperaçõo, obron-gem umq diversidode significoti-vo de óreos de octividode e desectores de ponto desde o electró-
nistério do Ploneomen-
e do Administroçõodo Território
nico oos moteriois compósiÌos,mecônico de precisõo, qerodinô-
mico, metolurgio ovonçodo, pro-pulsõo e mesmo ò próprio medici-no oeroespociol.
No linho dos olteroções octuol-mente em curso e no perspectivode mudonço de estoÌuto, osOGMA, emboro solvoguordon-do no suo missõo os ospectosrelocionodos com o prossecuçõode objectivos essenciois e vitoisporo o segurqnço nocionol, irõoprosseguir o seu esforço no senti-
do do desenvolvimenio de umolndústrio Aeroespociol codo vezmois forte.
Esse esforço incide fundomen-iolmente nos óreos de lnvestigo-
çõo e DesenvolvimenÌo, de Con-cepçôo e Proiecto, incluindogrondes modificoções de oerono-ves e de fobricoçõo de componen-tes e sistemqs oeroespociois, sem
preluízo dq continuidqde e conso-
Ministêrio doDefeso
Progromos de
NoturezoEspociol
lidoçõo do prestoçõo de serviçosno óreq de monutençõo oeronóu-tico e dos fqbricos mois simples.
O modelo utilizodo poro otin-gir os objectivos de desenvolvi-mento pretendidos previo, entreoutros, qs linhos de forço refe-
renciodos no quodro desto pógi-no (ver oboixo).
De umo formo mois concreto,enumerom-se seguidomente olgu-mqs dos ocções mois relevontesque levorom os OGMA ò situo-
çõo octuol:- A cricçõo recente de um Depor-
Ìomento de Engenhorio Centroltendo em visÌo, por um lodo,optimizor o esforço que vinhosendo feito em olgumos óreose, por ouiro, orientor os recur-sos disponíveis numo perspecti-vo de desenvolvimento foi, deentre outros, umo dos medidosde corócter orgonizocionolreolizodos.
Ministério dolndústrio e Energio
Empresos
Universidodes e
lnstitutos
Progromos
Europeus
de l+D
Progromos
lndusiriois
Europeus
- Reforço de recursos
humonos quolificodos- Reforço de meios
informóticos- Medidos de noturezo
orgonizocionol
A por destos medidqs proce-leu-se ò odmissõo de Enge-nheiros e ò oquisiçõo de meiosnformóticos, nomeodomente
um sistemo de CAD (ComputerAided Design) poro proiectocerospociol.
- A porticipoçõo em EsponhoCe Engenheiros no proiectoCo simulodor pqrq o qviõo AZ- P do Forço Aéreo Portugueso
{FAP}, no seguimento do políti-co de controportidos indus--riois, consiitui um focto deÌer-ninonte em termos de oqui-siçõo de "know - how" quecossibilitou o octuol posiçõode lideronço dos OGMA, noCesenvolvi mento e fobricoçõode um simulodor poro o oviõoEpsilon do FAP.De solientor oindo que, comvisto o potencior o grupo desimuloçõo que entretonto se
constitui nqs OGMA, foi recen-iemente ossinodo um protocolode cooperoçõo com o INETI noreferido óreo, o quol se consi-dero de gronde imporÌôncioporo o resposto òs necessido-des nocionqis e estrongeiros.
O desenvolvimento de reloçõesindustriois com diversos empre-sos de reconhecido competên-cio oeronóutico no Europo, seioem termos de "risk-shoring" ouem mero conÌrqto de sub-controtoçõo, solientondo-se ofobricoçõo de componentespqro o Airbus, o Eurocopter e oDornier.A lógico industriql subiocente oesto octividode de molde o otin-gir-se um estódio de "prime -
controctor" consiste em proce-der groduolmente como se indi-co:l.e Montqr coniunÌos com pqr-
tes fornecidos do exlerior.2.e Fobricor portes com moteri-
ol fornecido do exÌerior eexecutor o montogem Íinol.
3.e Compror moteriol, fobricorportes, e proceder ò monto-gem finol.
4.q Porticipor com Engenhoriono processo e no concep-
çõo.5.e Assumir o responsobilido-
de de "prime controctor"No fobricoçõo Aeronóutico osOGMA encontrom-se entre o
I .e e4.n posso, dependendo do"poriner" com o quol se temcontroto.Nesto óreo, diversos proiectosque implicorom reopetrecho-mento industriol forqm co-finqn-ciqdos pelo PEDIP.
- A intervençõo, ob-inítio, emgrondes progromos europeusde desenvolvimento de novqsqeronqves permitindo o por-ticipoçõo no proiecto de formoo oumentor o copocidode deEngenhorio, qo mesmo tempoque se identificqm "niches"tecnológicos de moior interessee se osseguro posteriormenÌeumo quoto no segmento de fo-bricoçõo e no suporte logísticoduronte o respectivo ciclo devido.Neste sentido estõo os OGMAo porticipor, por indicoçõo doMinisÌério dq Defeso, no con-sórcio europeu poro o desen-volvimento do oeronqve detronsporte que viró o sucederoo C-130, o FLA (Future LorgeAircrofÌ) . Neste consórcio poroolém dos OGMA porticipom oAlénio (ltólio), Aerospotiole
{Fronço) o Deutsche Aerospoce(Alemonho), o Bristish Aeros-poce (lngloterro), o CASA(Esponho) o Flobel (Bélgico) e
o Tusos (Turquio).Neste momento, o progromoFLA encontro-se no fose deviobilidode, o quol precede odesenvolvimento que se espe-ro inicior em
,l995.
Por ouÌro lodo, os OGMAocomponhom o evolu-
çõo dos estudos reloÌi-vos oo Advqnced Am-phi bious Ai rcroft - AAA,oviõo cuio principolmissõo é o de otoque oincêndios, esperondo-se que ovonce em bre-ve o seu desenvolvimen-to.A octividode em pro-
iectos de invesÌigoçõoe Desenvolvimento tem
sido executodo quer noenquodromento de pro-gromos euroPeus/ comoo BRITE /EURAM e oEUCLID, quer no ômbi-to do AGARD, princi-polmente no óreo demoÌeriois e de electró-nico. Diversos proiec-tos de desenvolvimen-to, nomeodomente noóreo de fobricoçõo decomponenÌes qeronóu-
ticos, foro m co-fi nqncio-dos pelo PEDIP. De no-
Ìor oindo o proiecto dedesenvolvimento de um
ATE {Automoted Test Equip-menÌ) finonciodo pelo Ministé-rio do Defeso, desenvolvimen-to que complemento o copoci-dode ió existenie nos OGMAde geroçõo de softwore de tes-
te, permitindo no suo globoli-dode o exploroçõo do impor-tonte mercodo de tesÌe deequ ipomento oeronóutico.A porÌicipoçõo em progromosde nqturezo espociol, Ìoiscomo o do Estoçõo de Troto-
mento de lmogem vio sotéliteem Modrid, no ômbito doUniõo Europeio Ocidentol(UEO), proiecto que é desen-volvido em ombiente de con-sórcio europeu lìderodo peloempreso Croy Systems. Com-plementormente, os OGMAporticipom no consórcio dosotélite português PoSAT-,ì, no
quol fobricorom componentes
e porticiporom no integroçõode subconiuntos de corócterespociol e no execuçõo dee n so ios.Construírom oindo um Mode-lo de Engenhorio e irõo porti-cipor no execuçõo do ModeloDidóctico.
- Por fim, sublinho-se o inten-sificoçõo do cooperoçõo comUniversidodes, Empresos e
lnstitutos, quer nocionois querestrongeiros, com visto o
potencior os sinergios existen-tes.É neste ombiente que se es-
pero implementor o Plono Di-rector de Engenhorio Aeros-pociol, octuolmente em exe-cuçõo nos OGMA, o quol per-mitiró identificor os óreostecnológicos de moior interes-se, em reloçõo òs quois se ou-mentoró o esforço de de-
senvolvimento com me-
todologio bem defi-nido.
O corócter multidis-ciplinor no lndústrioAerospociol, o necessi-dode de recursos hu-
monos de elevodo quo-lificoçõo, os ferro-mentos de proiecto e
equipomenÌo, o orgo-nizoçõo de normos e
de processos poro se
obter os certif icoçõesde Quolidode impres-cindíveis, qcqrretomsem dúvido um esforçotecnológico consideró-vel, um nível de investi-mento importonte e umocloro determinoçõoporo se trqbolhor em
cooperoçõo.Espero-se que o im-
plementoçõo do PlonoDirector de EngenhorioAerospociol, em elobo-roçõo de formo hormó-nico com o Progromo No-cionol de Ciêncios e
Tecnologios do Espoço, obte-nho o decisivo opoio do Gover-no, permitindo que se ossumoumo posiçõo codo vez mois for-te e competitivo no seio de ln-
dústrio Aerospociol mundiol e
oiude o consolidor os "niches"Ìecnológicos de moior interesseporo Portugol.
* Coronel Engenheiro Elecïrolécnico
cHEFE DE SERVIçOSENGENHARIAE PROGRAMAS
,**T€R Ul'Í sAïELlï6ï á ÊLJïnA C0{ çAf *,n
ç -'' .j:
'1: '
d' ,.. r
./"a;*-: {'
il,
;.i
:t' l
"r:#"@
..':ì1,
'...-... ,l' : rfÀ
STãLLÃ
Micrasaï :
í r- A I f-L LÔ ^
T-f-1.l1L I n)r'] I
KIïSÊ,T-3PCSAï .i
IYESÁ.T 1
iïÂ1,Ì5Aï
. __;*
%f,H',#p#
KÜUROtJ I??3 t
I
'fii; f ift'
Á -;4",.or1Ët :
w
#ffi