EXPANSAO MARITIMA

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Material didático produzido por mim para aulnos do Colégio Pedro II - UESC III

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MAR PORTUGUÊSÓ mar salgado, quanto do teu salSão lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mães choraram,Quantos filhos em vão rezaram!Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, ó mar

Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.Quem quer passar além do BorjadorTem que passar além da dor.Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele espelhou o céu

Pessoa, Fernando. Mensagem. In: Obra Poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986.

p. 16. (Biblioteca Luso-brasileira, Série

Portuguesa).

COLÉGIO PEDRO II - U.E. SÃO CRISTÓVÃO III.PASTA DE HISTÓRIA COORDENADOR: PAULO SEABRA

1ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO TURMA DATA:

PROFESSOR RODRIGO MOURÃO

NAVEGAR É PRECISO! EXPANSÃO MARÍTIMO-COMERCIAL EUROPÉIA.

Com o fim da crise do século XIV, como vimos, a população européia voltou a crescer. O crescimento demográfico, contudo, não foi acompanhado por igual expansão na oferta de gêneros alimentícios, devido à baixa produtividade do trabalho servil nos campos. A reabertura do Mar Mediterrâneo ao livre comércio, promovida pelas Cruzadas, colocou novos produtos no mercado — as especiarias do Oriente. Em 1453, os turcos otomanos conquistaram Constantinopla, um dos principais entrepostos comerciais do Mediterrâneo, e passaram a cobrar taxas mais altas sobre o comércio de especiarias. O resultado disso foi o encarecimento dos preços, aumentando o escoamento de moedas da Europa para o Oriente. Para agravar a situação, as minas européias de metais preciosos começaram a dar sinais de esgotamento, prenunciando escassez de moedas (esse processo havia começado já na crise do século XIV). Algumas monarquias nacionais procuraram encontrar alternativas a essa conjuntura difícil, patrocinando projetos de abertura de novas rotas comerciais. Era a única maneira de evitar a ação dos intermediários — árabes, turcos otomanos e comerciantes da península Itálica — no rico comércio dos produtos orientais. Entretanto, nem todos os Estados europeus estavam preparados para o empreendimento. Era preciso, para levá-lo adiante, que as energias da nação não estivessem absorvidas por disputas internas e que o rei já tivesse subjugado a nobreza feudal. Era preciso também que o monarca detivesse um grau de legitimidade tal que o habilitasse a coordenar todos os grupos sociais da nação interessados na grande aventura e que fosse capaz de atrair os capitais e os conhecimentos necessários para colocá-la em prática.

No decorrer do século XIV, e até quase o final do século XV, só havia um país na Europa em condições de preencher tais requisitos. Esse país era Portugal.

NÃO É PIADA, ORA, POIS... OS PORTUGUESES SAÍRAM NA FRENTE!

Portugal foi o primeiro país europeu a iniciar a expansão ultramarina. Isso foi favorecido por sua privilegiada posição geográfica: voltado para o Atlântico, o país era ponto de escala obrigatório das rotas marítimas de comércio entre o Mediterrâneo e o Mar do Norte. Também contribuiu para o pioneirismo lusitano a precocidade com que ocorreu ali a centralização monárquica. A Monarquia nacional portuguesa consolidou-se ainda no século XIV. Mesmo antes da revolução de Avis, durante o reinado de dom Dinis (1279-1325), os portugueses iniciaram certos aprimoramentos técnicos na arte de navegar, com a construção de navios de guerra. Mais tarde, a participação de mercadores lusos no comércio com as cidades da península Itálica e do norte da Europa estimulou o aperfeiçoamento das técnicas de navegação. A pesca no Atlântico, por sua vez, familiarizou os marinheiros com a navegação em mar aberto. Essas atividades mercantis fortaleceram a burguesia e atraíram para Portugal homens de negócios e capitais de outras regiões da Europa, possibilitando novos empreendimentos econômicos.

A África no caminho das Índias

A expansão portuguesa começou com a conquista de Ceuta, no norte da África, em 1415. Com a ocupação da cidade, Portugal pretendia conter a pirataria no estreito de Gibraltar e reduzir a influência muçulmana aos limites da região do Marrocos. Havia também interesses comerciais em jogo, pois Ceuta era ponto de confluência das rotas terrestres de especiarias orientais e de ouro e escravos da África negra.

O domínio de Ceuta deu a Portugal acesso às reservas de ouro acumuladas pelos

Périplo Africano (significa dar a volta, contornar) era a estratégia portuguesa para encontrar uma nova rota marítmo-comercial que ligasse a Europa às "Índias" durante o período das grandes navegações. Essa estratégia consistia em dar a volta pelo sul da África para viajar em direção ao oriente. A estratégia mostrou-se acertada em 1492 quando o navegador Vasco da Gama completou o périplo e chegou a Calicute na ìndia.

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muçulmanos, afastando momentaneamente o problema da escassez de metais preciosos. A rota do ouro sudanês, controlada pelos muçulmanos, foi então desviada de Ceuta para o interior do norte africano. Isso obrigou os portugueses a continuar sua expansão marítima em direção ao sul da África, com o objetivo de encontrar outro local que lhes permitisse interceptar os carregamentos do metal.

Assim, os portugueses iniciaram o périplo africano, dominando as zonas litorâneas do continente negro e as ilhas do Atlântico. Ali fundaram entrepostos comerciais (feitorias), o que lhes permitiu aumentar o volume de comércio, com a aquisição de ouro, escravos e especiarias.

Durante o périplo, os portugueses desenvolveram a caravela, um tipo de barco adaptado à navegação em mar aberto, e começaram a esboçar o audacioso plano de contornar o sul da África para chegar às índias. Destacaram-se nesse período as iniciativas do infante dom Henrique, O Navegador (1394-1460), que reuniu na região de Sagres, sul de Portugal, vários estudiosos peritos náuticos. Hoje, denominamos Escola de Sagres, o conjunto do conhecimento produzido naquela época na região de Sagres. Ao contornar em 1488 o cabo das Tormentas — depois chamado cabo da Boa Esperança — Bartolomeu Dias abriu a rota marítima para a Ásia, concretizada em 1498 com a viagem de Vasco da Gama às índias, A chegada dos portugueses ao litoral sul da América em 1500 foi, portanto, uma conseqüência da expansão ultramarina. Contudo, a exploração efetiva das novas terras foi deixada inicialmente de lado por Portugal, mais preocupado, nesse momento, em manter seu lucrativo comércio com o Oriente.

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AS NAVEGAÇÕES ESPANHOLAS

Pouco antes de a expansão marítima portuguesa atingir o objetivo de chegar às Índias, a Espanha acabou por organizar expedições atlânticas, tornando-se a segunda monarquia européia a fazê-lo. A primeira viagem espanhola, bastante modesta, foi concebida em 1492, por um navegador genovês, Cristóvão Colombo. Partiu em agosto daquele ano, em três pequenas caravelas, com o projeto de atingir as índias contornando o globo terrestre, navegando sempre em direção ao Ocidente. Assim, buscava-se uma rota alternativa àquela controlada pelos portugueses no sul, em torno da África. Colombo chegou ao continente americano pensando ter alcançado as índias e morreu acreditando nisso. Somente e em 1504 desfez-se o engano, quando o navegador Américo Vespúcio confirmou tratar-se de um novo continente. A essa altura, portugueses e espanhóis, espalhados pelo Atlântico, detinham o mono-pólio das expedições oceânicas, sendo seguidos por outras nações a partir do início do século XVI, especialmente França e Inglaterra. Entretanto, os dois reinos ibéricos já haviam decidido a partilha do mundo antes mesmo que outras nações começassem a se aventurar nos novos territórios: em 1493, as bênçãos do papa Alexandre VI a esse acordo levaram à edição da Bula Intercoetera, substituída no ano seguinte pelo tratado de Tordesilhas. Este estipulava que todas as terras situadas a oeste do meridiano de Tordesilhas (por sua vez situado 370 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde) pertenceriam à Espanha, enquanto as terras situadas a leste seriam portuguesas. As outras nações européias rejeitaram esse tratado, e a disputa pelos territórios recém-descobertos seria um marco na Idade Moderna, que se iniciava.

EXPANSÃO MARÍTIMA: ÚLTIMAS NOTÍCIAS: A Terra de Santa Cruz é nossa. Tudo graças ao saudoso rei dom João II, conhecido como "Príncipe Perfeito", que governou o país de 1481 até sua morte, há seis anos, em 1495, em circunstâncias misteriosas. Com uma visão geopolítica à frente de seu tempo e grande habilidade diplomática, foi ele quem bateu o pé, nas conversações com a Espanha, para estender, a nosso favor, a linha divisória que definiu as áreas de influência de portugueses e castelhanos no vasto mundo ainda em grande parte por descobrir – exatamente a 370 léguas a ocidente do Arquipélago de Cabo Verde. O Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, reza que as terras situadas a oeste da linha pertencem aos espanhóis e as que estão a leste são de Portugal. A terra descoberta pela expedição comandada por Pedro Álvares Cabral está nesse último caso. Não fosse a persistência de dom João II, o acordo teria sido assinado nos termos propostos pelos reis Isabel e Fernando – com o meridiano a apenas 100 léguas dos Açores ou de Cabo Verde – e neste momento teríamos de nosso apenas o mar. Negociado diretamente entre Portugal e Espanha, o Tratado de Tordesilhas é o responsável pela paz entre os dois países, que estava ameaçada desde que se tornou necessário dividir o mundo como uma laranja.

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Durante toda a década de 80, a grande questão foi em que sentido deveria ser passada a faca. Se no horizontal, como queriam os portugueses, ou no vertical, reivindicação dos espanhóis. O Tratado de Alcáçovas-Toledo, assinado em 1479-80, refletia, de certa forma, o desejo de Portugal. Pelo acordo inicial, pertenceriam à Espanha todas as terras encontradas ao norte das Ilhas Canárias (veja os mapas acima). Foi o primeiro tratado do gênero que regulamentava a posse de terras ainda não descobertas. A Portugal interessava basicamente garantir direitos sobre a parte sul do Mar Oceano, na presunção, que se revelou acertada, de que por ali se conseguiria a passagem para as Índias. A abertura dessa rota de comércio tem sido a prioridade de Portugal desde os tempos do infante dom Henrique. Nos anos de 1480 estudavam-se duas possibilidades de chegar às Índias. Uma, pelo sul, contornando a África. A outra, navegando em direção ao poente, contornando o mundo. Ao chegar ao Cabo da Boa Esperança, em 1488, Bartolomeu Dias convenceu dom João II de que a alternativa mais rápida era a primeira. No dia em que o navegador, em audiência com o rei, lhe explicou as vantagens dessa rota, desenhando o caminho numa carta náutica, estava no palácio outro grande marinheiro, o defensor mais ardoroso da teoria contrária: o genovês Cristóvão Colombo. A partir do momento em que dom João II se definiu pelo projeto de Bartolomeu Dias, Colombo abandonou Portugal. Foi para a Espanha, que financiou seu projeto. Em 1492, navegando na direção proposta por ele, descobriu as ilhas Fernandina, Isabela, Juana e Hispaniola. Contra todas as evidências, acreditava ter chegado ao rico Oriente, e disso convenceu os monarcas espanhóis, que passaram a

empenhar seus consideráveis esforços em garantir todas as terras da banda ocidental do Mar Oceano. O descobrimento de Colombo provocou uma reviravolta na divisão do mundo que havia sido feita até então. Por um motivo simples: pelo Tratado de Alcáçovas, em vigor até aquele momento, as ilhas estavam em território português, já que se situavam ao sul das Canárias. Consciente disso, dom João II reivindicou a posse das terras. Os reis da Espanha partiram para o contra-ataque usando a arma que tinham: sua influência no Vaticano.

O papa Alexandre VI, espanhol de nascimento, deve favores ao rei Fernando de Aragão. A pedido dele e de sua intrépida mulher, a rainha Isabel de Castela, a grande patrocinadora de Colombo, o papa emitiu dois documentos, as chamadas bulas Inter-Coetera I e II. Elas dividiam as áreas de influência, com um claro favorecimento a seus conterrâneos (a partilha provocou o sarcástico comentário do rei Luís XII, da França: "Em que artigo de seu testamento Adão repartiu a Terra entre portugueses e espanhóis?" A segunda bula alexandrina estabelecia uma linha vertical a 100 léguas das Canárias como nova demarcação divisória do mundo.

Dom João II, mais uma vez, não se dobrou. Continuou sua estratégia de expressar o descontentamento de Portugal. Preparou-se ostensivamente para uma possível guerra e se aproximou da França, em disputa com a Espanha. De tanto pressionar, a Espanha aceitou negociações diretas, retomadas em 1494, quando dom João II fez sua reivindicação: concordava com a substituição da linha horizontal pela vertical, desde que esta se situasse a 370 léguas do Arquipélago de Cabo Verde. A justificativa: devido à impossibilidade de contornar a África em direção das Índias fazendo navegação costeira, era necessário um espaço de manobra para as naus. A Espanha acabou assinando o tratado graças a algumas compensações dadas por Portugal e ao relatório de Cristóvão Colombo, que voltava de sua segunda viagem asseverando que dificilmente haveria novas terras no espaço entre 100 e 370 léguas. Assim, o tratado foi assinado na cidade espanhola de Tordesilhas, em 7 de junho. É possível que ainda haja terras por descobrir do lado espanhol da divisão, mas por enquanto Tordesilhas joga a favor de Portugal.

(extraído de: http://veja.abril.com.br)

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OUTRAS NAÇÕES ENTRAM NA PARADA!

O interesse despertado na Europa pelas viagens trans-oceânicas acabou levando não só à ampliação do grande comércio, mas também à expansão dos conhecimentos náuticos, com o desenvolvimento da bússola, do astrolábio, das embarcações e de mapas. Os novos conhecimentos, aliados à visão do mundo e do ser humano preconizada pelo Renascimento, ampliaram os horizontes europeus, estimulando a expansão ultramarina. Esta, por sua vez, seria responsável pela formação de um mercado mundial — baseado no capital gerado pelas atividades comerciais —, o que afetaria todo o sistema

produtivo e favoreceria a consolidação do Estado nacional. Esse processo de transformações é conhecido como Revolução Comercial. No século XVI, enquanto as nações pioneiras (Portugal e Espanha) prosseguiam suas viagens, conquistando novos territórios na América, África e Ásia, a Inglaterra e a França procuravam romper tal domínio, na tentativa de conseguir mercados e áreas de exploração.

OURO E ESPECIARIAS

Durante o périplo africano e, mais tarde, no decorrer da busca do caminho marítimo para as índias, Portugal estabeleceu os primeiros contatos comerciais com fontes produtoras de especiarias da África e da Ásia. Nesse período, as mercadorias eram compradas e redistribuídas na Europa, proporcionando bons lucros para o grupo mercantil português. Já a Espanha foi favorecida por ter encontrado na América povos que conheciam e trabalhavam o ouro e a prata. A superioridade militar espanhola, proporcionada pelas armas de fogo, impôs a rápida submissão das populações nativas, exterminadas em sua maior parte pelo invasor. Os espanhóis se lançaram então ao saque dos tesouros incas e astecas e, mais tarde, à exploração de minas de metais preciosos. Essas riquezas, enviadas para a metrópole, foram o ponto de partida para a prática do entesouramento, adotada pelo governo de Madri. Este imaginava que o acúmulo de metais preciosos — ou metalismo — era o meio mais adequado para fortalecer o Estado perante seus vizinhos, carentes de reservas desses metais. Entretanto, a entrada maciça do ouro e da prata americanos na Espanha não traria a essa nação o fortalecimento esperado. Não havia no país um grupo social dinâmico, capaz de utilizar a riqueza captada na forma de investimentos no setor produtivo. Entre os grupos dominantes, todos queriam ser (ou parecer) fidalgos e ostentar suas riquezas em jóias, adereços e roupas finas. Acompanhando essa tendência, o governo espanhol acabou destinando os recursos do tesouro a obras improdutivas — como monumentos, objetos de decoração, igrejas luxuosas, etc. — e ao financiamento de guerras externas. Dessa forma, a produção de mercadorias não foi incentivada. Ao contrário, a perspectiva de lucro fácil atraiu para a América grande parte da população que antes se dedicava à produção interna. Isso provocou uma crise inflacionária, pois a escassez de oferta, associada à entrada de grande quantidade de metais preciosos, fez elevar o preço das mercadorias. A ausência de um ativo setor produtivo forçou os espanhóis a resolver seus problemas de abastecimento com a importação de artigos de outros países, pagos em ouro. Ao mesmo tempo, a Coroa passou a controlar rigidamente a entrada de metais americanos no país. Assim, já no final do século XVI, a economia espanhola dava sinais de crise.

PRODUZIR PARA O MERCADO... Nas primeiras décadas do século XVI, como vimos, alguns Estados europeus começaram a contestar os termos do Tratado de Tordesilhas. Traficantes franceses passaram então a fazer incursões em terras americanas que Portugal considerava "suas" para abastecer-se de pau-brasil, do qual se extraía uma tinta vermelha muito utilizada para tingir tecidos. Ao mesmo tempo, outros países começaram a concorrer com Portugal no comércio de especiarias, cujos preços na Europa baixaram sensivelmente. Com seus lucros reduzidos, os custos das viagens e a manutenção das frotas no Oriente tornaram-se muito elevados para o governo de Lisboa. Portugal se via agora ameaçado de déficit na balança comercial. Em vista disso, a partir de 1530, os portugueses passaram a se dedicar à ocupação efetiva das

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terras americanas, onde iniciaram a exploração produtiva, organizando a produção de açúcar como forma de manter as rendas da Coroa. Começa enfim, a história do Brasil...