Post on 29-Jul-2022
EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS
DE REPRESENTAÇÃO
Aula - Barroco
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
1
Disciplina
CEG316
HISTÓRIA DAS ARTES VISUAIS
Curso Expressão Gráfica
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Barroco (séc. XVII)
Apontamentos a partir de
Hauser (2000)
- Das cortes católicas
- Da burguesia protestante
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
2
Conceito de barroco:
• Diversos tipos de produção: Bernini,
Rubens, Rembrandt, Van Goyen,
Caravaggio, Louis le Nain, e Ribeira;
• Em oposição ao clássico: extravagantes,
confusos e bizarros; irregular e inconstante;
• Wölfflin: ausência de subjetivismo da
Renascença em comparação ao Barroco;
• Para Hauser, o Barroco decorre do
Renascimento e do Maneirismo
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
3
• Wölfflin – Renascimento x Barroco
(5 pares de conceito):
1. Linear e Pictórico
2. Plano e Recessão
3. Forma fechada e aberta
4. Clareza e ausência de clareza
5. Multiplicidade e Unidade.
Leitura de apoio: Artigo “Heinrich Wölfflin e sua Contribuição paraa Teoria da Visibilidade Pura”, escrito por José Barros.
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
4
“A composição artística do Barroco é, numa
palavra, cinemática; os incidentes
representados parecem ter sido entreouvidos
por acaso e observados em segredo; (...)”
• Ideia do acaso, infinidade da representação;
• Composição pictórica: diagonal e mancha de
cor;
• Hauser questiona que a teoria de Wölfflin
não se aplica para as obras de Poussin e
Claude Lorrain;CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
5
• Principais realizações culturais da era do
Barroco foi a nova ciência natural, e a nova
filosofia baseada na ciência natural, ambas,
com amplitude internacional;
• Descoberta de Copérnico: Terra se desloca
em torno do Sol, e não o contrário; isto é, o
homem não é mais o centro do universo;
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
6
1. Barroco das cortes católicas:
• Frio, intelectualista e complexo maneirismo
cede lugar para o estilo sensual, emocional;
• Arte popular sustentada pela classe cultural
dominante;
• Naturalismo de Caravaggio: boêmio típico,
faltava sublimidade e nobreza para pintar
quadros religiosos;1º mestre da era moderna
a ser menosprezado pelo seu valor artístico;
• Emocionalismo dos Carracci (apenas
Agostinho era um homem culto)
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
7
Por volta de 1620:
• Catolicismo: Papa, Alto Clero = Oficial e
cortesão;
• Protestantismo: Classe média;
• Sob Urbano VIII, o papa Barberini, Roma
converte-se na cidade Barroca (por volta de
1620):
• Maneiristas Federigo Zuccari e o Cavaliere
d’Arpino continuam produzindo, e Caravaggio
e os Carracci estão ultrapassados;
• Destaque: Pietro da Cortona, Bernini e
Rubens;
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
8
• A partir de 1661:
- Imperialismo político e intelectual;
- Arte a literatura perdem suas relações com a
vida real, com as tradições da Idade Média e
como o espírito das massas populares;
(HAUSER, 2000, p.462).
- Naturalismo é tabu;
- A corte e a cidade, Versalhes e Paris são o
centro;
- Subjetivismo do segundo terço do século
cede lugar a cultura de autoridade;
- Arte a serviço do poder absolutista;
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
9
“(...) a nobreza feudal perdeu toda a
importância no Estado como classe militar; as
comunidades políticas converteram-se em
Estados absolutos, ou seja, Estados nacionais
modernos; o Cristianismo unificado
desintegrou-se em igrejas e seitas; a filosofia
tornou-se independente da metafísica
religiosamente dirigida e transformou-se no
‘sistema natural das ciências’; a arte superou
o objetivismo medieval e converteu-se na
expressão da experiência subjetiva”
(HAUSER, 2000, p. 464)
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
10
• Classicismo moderno versus subjetividade do
artista;
• Governo quer dissolver as relações pessoais
entre o artista e o público, e tornar a arte
dependente do Estado (fim do mecenato
privado);
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
11
A Académie Royale de Peinture et de
Sculpture:
- inicia em 1648 como uma sociedade livre,
sem norma para admissão;
- depois de 1655, recebe uma subvenção
régia;
- Em 1664, na gestão de Colbert (ministro das
belas-artes) e Le Brunt (diretor) transformou-
se numa instituição do Estado.
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
12
• Função da arte é elevar o prestígio do
monarca
• Racine (historiador), Le Brun e van Meulen
(pintores de episódios históricos e bélicos)
• O Rei não conhece a produção artística do
período, a exemplo de Molière um dos
maiores escritores do século
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
13
• Academia (benefícios x poder):
- Nomeações para o Estado
- Outorga encomendas públicas
- Confere títulos
- Monopólio da educação artística (concede
prêmios, pensões, licença para expor e
participar de concursos)
- a opinião da Academia é aceita pelo público
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
14
• em 1666, Colbert funda a Academia de
Rome;
• em 1676, filia-se a Academia de Paris, ao
fazer de Le Brun também diretor da
Academia de Roma.
• os artistas são criaturas a serviço do Estado,
pela forma educacional e pela organização
estatal da produção, resultando em um estilo
cortesão com regras próprias.
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
15
• As atividades em Versalhes e na Igreja de
Van-de-Grâce, por exemplo, absorvem a
produção artística;
• Colbert em 1662, organiza a manufatura de
tapeçarias adquirida à família Gobelin e
converte-a na estrutura básica para toda a
produção de arte do país:
Contrata: arquitetos e desenhistas ornamentais,
pintores e escultores, tapeceiros e marceneiros,
tecelões de ceda e de panos, fundidores de
bronze e ourives, ceramistas e sopradores de
vidro.
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
16
• O cárater impessoal “do Estilo Luís XIV”
depende de suportes técnicos (manufatura),
a arte de Versalhes é a arte de Le Brun, o
artista atuou por 20 anos, tornou-se o real
criador do academicismo francês. (p.469)
• Em 1664, na Academia implantou-se as
Conférences, com duração de 10 anos, o
intuito era regular o gosto e padronizar
princípios estéticos.
• Na Itália existia maior liberdade artística que
na França, em função de sua própria tradição
cultural, isto em meados do século XVII.
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
17
• A partir de 1680, o gosto geral em arte se
volta contra os ditames de Le Brun;
• Tensões entre as concepções artísticas dos
círculos oficiais (cortesões ou eclesiásticos)
e os Gostos dos artistas e amigos da arte é
típica de todo Barroco e não apenas a vida
artística na França;
• Exemplo: obra de Caravaggio
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
18
“A escolha entre o desenho e a cor foi mais do
que uma questão técnica; a decisão em favor
da cor subtendia uma posição contrária ao
espírito do Absolutismo, à autoridade rígida e a
arrigementação racional da vida – era também
o sinal para um novo sensualismo que
culminou em fenômenos com Watteau e
Chardin” (p. 470)
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
19
• Nos anos 70 do século XVII a autoridade da
Academia começa a arte questionada, Roger
de Piles defende que o público leigo tem
direito de opinar sobre a arte (atendidas no
próximo século)
• No final do reinado de Luís XIV o pagamento
destinado aos artistas era insignificante, a
Academia perde o subsídio governamental e
recorre ao grande público.
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
20
O público era variado:
• Por exemplo, a classe média manifestava
interesse pela obra de Poussin, criadas na
época da Richelieu e Mazarin, que foram
compradas pela burguesia, por servidores
civis, mercadores e financistas. O artista não
aceitava encomenda para grandes pinturas
decorativas, pintava em telas de menor
dimensão, e raramente aceitou encomenda
eclesiásticas.
• A corte mudou do barroco sensualista para o
classicista, e a corte adotou o racionalismo
econômico da classe média.
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
21
• O classicismo tem origem na Idade Média,
mas modifica-se:
- da simplicidade para solenidade,
- a clareza e regularidade numa atitude
rigorosa e inflexível,
- a camada superior da classe média gostava
da arte classicista,
- apesar do racionalismo de Pousin, o
naturalismo de Louis Le Nain é o pintor da
classe média por excelência (p.473).
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
22
• O sucesso na corte e nos Salons do século
XVII dependia de uma astúcia psicológica;
• Os Salons: apogeu na 1ª metade do século,
pequenas academias não oficiais, ligação
mais direta entre produtores e consumidores,
• Um dos Salons importantes do período foi a
Guirlande de Julie, compilada pela filha da
marquesa, exemplifica o produto literário
desse círculo social.
• Espaço que reúne a nobreza hereditária, a
nobreza oficial e a burguesia (financistas)
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
23
Tensões entre o Renascimento e Barroco,
pintura como ilusão.
• Vídeo de apoio: História da arte para quem não entende de
história da arte: O fascínio da ilusão, por Jorge Coli.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=CnK5OXI85-g. Acesso em:
03/05/2021.
Errata:Da perspectiva como indagação filosófica à perspectiva como ilusão dos sentidos.Quem quiser ver as imagens.
- ATENÇÃO: por um lapso, eu troco, em dois momentos, MANTEGNA por MASACCIO. Aprimeira troca não é muito grave, é possível percebê-la facilmente. O segundo, porém,pode confundir. Eu digo que CORREGIO viu as obras de MASACCIO. Não: CORREGGIOcertamente viu as obras de MANTEGNA, em Mântua, perto de Parma, onde ele vivia.
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
24
• Artistas listados por Jorge Coli no vídeo:
- Massacio
- Andrea Mantegna
- Correggio
- Michelangelo
- Paolo Veronese - arquiteto Palladio
- Annibale Carracci
- Giovanni Battista G. il Baccicia
- Padre Andrea Pozzo
- Giovanni B. Tiepolo - arquiteto Johann B. Neumann
- José Joaquim da Rocha
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
25
Aspecto visual do Barroco:
• Efeitos decorativos e visuais.
• Uso de curvas.
• Composição dinâmica com ênfase no
movimento.
• Contrastes de luz e sombra.
• Ilusionismo (associado a arquitetura).
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
27
CARAVAGGIO (1571-1610)
A captura de Cristo (1602) –
Galeria Nacional da Irlanda
Flagelação de Cristo (1607)pintura óleo sobre tela – 134,5 cm x 175,4 cm
Museu de Belas Artes de Ruão
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
28
Rembrandt. A ronda noturna, 1642, Amesterdã.
Uso do Contraste Luz e Sombra
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
31
RembrandtTempestade no Mar da Galileia (1633)
Isabella Stewart Gardner Museum (Fenway Court), Boston, MA, US160 x 127 cm
Velázquez (1599-1660)
A crucificação de Jesus Cristo (1632)
Museu do Prado
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
32
Papa Inocêncio X (1650)
Galeria Doria Pamphilj
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
33
Pietro da Cortona, Teto do Palácio Barbetini, 1633, Itália.
Efeito de ilusão associado a arquitetura
Comparação formal entre
Renascimento e Barroco
Michelangelo
David, 1501, mármore, Roma.
Período Renascentista
Bernini
Davi, 1624, mármore, Roma. Período Barroco
Leonardo Da Vinci
Última Ceia, 1495-97, afresco, Milão.
(Período Renascentista)
Esquema de Perspectiva e Centro de Atenção.
Tintoretto. Última Ceia, 1594, Itália.
(Período Barroco)
Esquema de Perspectiva
Artistas mulheres –
Renascimento e Barroco:
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
46
Sofonisba Anguissola (1532-1625)Autorretrato ante el caballete, h. 1556-57.
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
47
A partida de xadrez (1555)
óleo sobre tela – 72 x 97 cm
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
48
Artemisia Gentileschi (1593-1653)Jael and Sisera, dated 1620. © Szépmüvészeti Múzeum / Museum of Fine
Arts, Budapest (75.11)
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
49
Artemisia Gentileschi, Mary Magdalene in Ecstasy,
about 1620-25. © Photo: Dominique Provost.
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
50
Cleópatra descoberta por seus amos (1633-35)
óleo sobre tela – 117 x 175,5 cm – Coleção Particular
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
51
EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS
DE REPRESENTAÇÃO
Aula – Rococó (séc. XVIII)
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
52
Disciplina
CEG316
HISTÓRIA DAS ARTES VISUAIS
Curso Expressão Gráfica
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
1. A dissolução da arte palaciana
2. O novo público leitor
3. As origens do drama doméstico
4. A Alemanha e o Iluminismo
5. Revolução e Arte
6. Romantismo Alemão e Ocidental
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
53
• Arte palaciana se esgota no século XVIII,
substituído pelo subjetivismo burguês com
as obras de Greuze e Chardin
• As telas de Chardin são o melhor produtos
artísticos do séc. XVIII, se comparada a
Greuze
• Na 1ª metade do século XVIII, temos a
produção de Boucher e LargillièreCEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
54
FRANÇOIS
BOUCHER
(1703-1770)
Retrato de
Madame
Pompadour
Antiga Pinacoteca,
Munique
Alemanha
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
55
Retrato de uma
Dama com mangas
debruadas a pele,
Museu do Louvre
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
56
NICOLAS DE
LARGILLIÈRE
(1656-1746)
Self-portrait of
Nicolas de
Largillierre
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
57
Portrait of Louise-
Madeleine Bertin,
comtesse de Montchal
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
58
JEAN-BAPTISTE
GREUZE
(1725-1805)
Portrait of Madame
Courcelles (1750)
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
59
Girl with a dead
Canary - 1765
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
60
JEAN-BAPTISTE-
SIMÉON
CHARDIN
(1699-1779)
Mulher descascando
batatas
Antiga Pinacoteca –
Munique, Alemanha
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
61
A arraia, óleo sobre tela (114 x 146 cm) - 1728.
Museu do Louvre, Paris, França
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
62
• tendência para o monumental, o
cerimonioso e o solene desaparece com o
Rococó
• arte mais delicada e íntima, a ênfase recai
sobre a cor e as nuances da expressão,
refinada e aristocrática, que prioriza o
agradável e convencional
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
63
• ataque ao barroco-rococó, oposição ao
gosto palaciano:
emocionalismo e naturalismo: Greuze e
Hogarth
X
racionalismo e classicismo de Mengs e David
• final do século XVIII – arte burguesa
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
64
WILLIAM HOGARTH (1697-1764)
The Assembly at Wanstead House (1728-32)
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
65
JACQUES-LOUIS
DAVID (1748-1825)
Autorretrato (1794)
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
66
ANTON RAPHAEL
MENGS
(1728-1779)
Autorretrato (1773),
98 x 73 cm,
Galeria Ufizzi
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
67
• Holanda: já existia uma arte burguesa de
alto padrão no século XVII,
• França e Inglaterra: se estabelece no século
XVIII, o que depois politicamente
desdobra-se na Revolução Francesa, e no
Romantismo,
• perda da autoridade do poder real,
• desorganização da corte como centro
artístico-cultural
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
68
• No reinado de Luís XVI, rei da França entre
1774-1792 até ser deposto pela Revolução
Francesa, a burguesia do ancien régime
atinge seu desenvolvimento intelectual e
material
• Fica a cargo da burguesia: comércio,
indústria, bancos, profissões liberais,
literatura e jornalismo.
Exceto: Exército, Igreja e Corte
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
69
• No período destacam-se as obras de
Watteau, natural de Flandres, e continua à
tradição de Rubens
• O artista retrata o ideal e transmite a ideia
de melancolia, misto de alegria e tédio
• Em sua arte expressa: “o desejo ardente por
uma cultura perfeita, pela tranquila e segura
alegria de viver” (Hauser, 2000, p.511)
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
70
• Retrata um mundo bucólico (pano de fundo
é o conflito entre a cidade e o campo, mal-
estar com a civilização). Este tipo de cena
torna-se tema da pintura no século XVIII
• A poesia bucólica já está em declínio
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
71
JEAN-ANTOINE WATTEAU (1684-1721)
La Gamme d’Amor (1710-20) -
51,3 x 59,4 cm - National Gallery
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
72
Mezzetin (1717-19)
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
73
The French Comedy 1714
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
74
The Embarkation for Cythera 1717
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
75
• Outro artista que Hauser destaca é Fragonard
• Watteau, Fragonard e Chardin eram membros
da Academia
• No Rococó, tudo é belo e comunica uma
melodia, mostra uma sociedade frívola,
cansada e passiva, que busca na arte o prazer
e o repouso
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
76
JEAN-HONORÉ
FRAGONARD
(1732-1806)
O Balanço
(1767-1768)
81 x 64 cm
Wallace Colection
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
77
A leitora
(1770-72)
82 x 65 cm
National Gallery of Art
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
78
• “O rompimento como Rococó tem lugar na
segunda metade do século; a cisão entre a
arte das classes superiores e a das camadas
burguesas é flagrante”.
• A arte pela arte do Rococó, tinha como
foco “honrar a virtude e expor o vício”
palavras de Diderot para quem a arte serve
de propaganda política (HAUSER, 2000,
p.532)
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
79
- Em acordo com Hauser, o Rococó, o
Classicismo, e o Romantismo permeiam o
período entre séc. XVIII e XIX (até meados
da década de 1820).
- Realismo como parte do Naturalismo
- Impressionismo com Monet eclode durante a
década de 1870, na França.
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
80
• Leitura complementar:
Capítulo 15, 16 e 17 do livro da Graça Proença.
• Sobre as mulheres no Barroco ver a produção da
pesquisadora Cristine Tedesco.
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
81
• Referências:HAUSER, Arnold. História social da arte e literatura. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
WOLFFLIN, Heinrich. Conceitos fundamentais da história da arte: o problema da evolução dos estilos na arte mais recente. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
CEG 316 - HISTÓRIA DAS ARTES
VISUAIS - PROFESSORA VAZ, A.
82