Post on 12-Mar-2022
EBRAHIM HAMID / AFP - 20.10.2020
Decisão
¬ WASHINGTON, EUA. A força policial encarregada da se-gurança do Capitólio anun-ciou ontem que reforçou a segurança em Washington depois que os serviços de in-teligência descobriram uma “possível conspiração para invadir” o Congresso hoje.
O alerta ocorre quase dois meses após um ataque mortal por apoiadores do ex-presidente Donald Trump à sede do Congres-so americano.
Membros do movimen-to conspiratório QAnon, que nunca aceitaram a vitória eleitoral de Joe Biden, acreditam que o dia 4 de março seria a próxima opor-tunidade para o retorno de Trump. “Recebemos infor-mações (da inteligência) mostrando uma possível conspiração de uma milícia identificada para invadir o Capitólio na quinta-feira, 4 de março”, informou a polícia do Capitólio no Twitter.
“Já realizamos grandes melhorias de segurança” após o ataque de 6 de janei-ro, acrescentou a força.
Além disso, a segurança do Capitólio acrescentou
que está “alerta e preparada para qualquer ameaça poten-cial para os membros do Con-gresso ou para o complexo do Capitólio”.
E apontou que leva “mui-to a sério” os relatórios da in-teligência e que está traba-lhando com as forças locais, estaduais e federais para “im-pedir qualquer ameaça ao Capitólio”, embora tenha evi-tado aprofundar os detalhes.
Na terçafeira, a polícia do Capitólio informou que foi alertada sobre “preocu-pantes informações relacio-nadas ao dia 4 de março” e que tomou medidas para re-forçar a segurança.
O chefe dos serviços de protocolo e segurança no Congresso, Timothy Blod-gett, enviou uma mensagem aos congressistas na última segunda-feira informando-os que estava trabalhando de perto com a polícia para monitorar a informação “re-lacionada ao 4 de março e às possíveis manifestações em torno do que alguns cha-mam de ‘o verdadeiro dia da posse’”.
No entanto, “a importância desta data aparentemen-te diminuiu entre diferentes grupos nos últimos dias”, destacou em um e-mail pu-blicado pela imprensa.
Até 1933, os presiden-tes americanos tomavam posse em 4 de março, e não em 20 de janeiro como ocorre atualmente.
Durante a presidência de Donald Trump, apoiado-res da teoria conspiratória QAnon divulgaram, sem evidências, que o republica-no salvaria o mundo das eli-tes corruptas e pedófilas.
Membros autoproclama-dos dessa organização estive-ram entre os manifestantes do ataque de 6 de janeiro, que protestavam contra uma suposta fraude na eleição presidencial na qual Trump foi derrotado por Biden.
Golpe militar
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Fatou Bensouda disse que a investigação será independente
¬ SÃO PAULO. O Tribunal Pe-nal Internacional (TPI) anun-ciou ontem a abertura de uma investigação formal so-bre possíveis crimes cometi-dos tanto por israelenses quanto por palestinos na Cis-jordânia e na Faixa de Gaza.
Em uma resolução histórica, o tribunal com sede em Haia (Holanda) havia decidi-do em 5 de fevereiro de que tem jurisdição no caso – a no-tícia foi crit icada por Washington e Jerusalém, mas bem recebida pela Auto-ridade Palestina.
A procuradora geral do órgão, Fatou Bensouda, dis-se ontem que a investigação será conduzida “com total in-dependência e objetividade” e que vai abranger crimes su-postamente cometidos – por ambos os lados – desde 13 de junho de 2014 no território. “No final, nossa preocu-pação central deve ser com as vítimas dos crimes”, afir-mou Fatou.
Ao contrário da Palesti-na, Israel não aderiu ao TPI e se opõe à abertura de qual-quer investigação judicial – o ministro das Relações Exte-riores de Israel, Gabi Ashke-nazi, chamou a decisão de “política”.
O primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, tam-bém condenou o anúncio, di-zendo que a decisão reflete “a própria essência do antis-semitismo e da hipocrisia”.
O porta-voz do Departa-mento de Estado americano, N e d P r i c e , d i s s e q u e Washington se opõe firme-mente ao anúncio, acrescen-tando que os EUA têm sérias preocupações sobre as tenta-tivas do tribunal de exercer jurisdição sobre Israel.
A Autoridade Palestina, por outro lado, afirmou em nota que a investigação é “ne-cessária e urgente”, se com-prometendo a fornecer “to-da a assistência” necessária ao tribunal.
TPI vai investigar crimes de guerra na Palestina
EUA. Ataque pode ocorrer hoje por membros do movimento QAnon
Segurança foi reforçada na cidade, e grupos são monitorados
Preocupação. Policiamento foi aumentado ao redor do Capitólio e segurança local está em alerta
ERIC BARADAT / AFP
Polícia alerta que milícia planeja invadir o Capitólio
Mianmar tem 38 mortos em protestos¬ SÃO PAULO. As ruas de Mian-mar vivenciaram ontem seu dia mais sangrento desde o golpe militar que pôs fim a transição democrática no país. Ao menos 38 pessoas morreram e dezenas ficaram feridos depois que a polícia abriu fogo contra manifes-tantes que protestavam con-tra os militares.
Os números foram confir-
mados pela enviada especial da ONU para o país, Christi-ne Schraner Burgene, que não deu detalhes sobre as vítimas ou onde as mortes aconteceram.
Mais de 50 pessoas já fo-ram mortas pelas forças de segurança desde 1º de feve-reiro, quando o Exército der-rubou o governo civil e to-mou o poder. A ação desta
quarta aconteceu apenas um dia depois de países vizinhos pedirem moderação aos mili-tares e se oferecerem para ajudar Mianmar a sair da cri-se provocada pelo golpe.
Segundo relatos de teste-munhas e da reprimida im-prensa local, a polícia atirou sem avisos prévios e parecia mais determinada do que nunca em encerrar as manifes-
tações contra a junta militar.Um adolescente foi morto
em Myingyan, mas o maior número de vítimas foi regis-trado em Rangoon, a maior ci-dade do país, onde ao menos oito pessoas morreram em de-corrência da repressão poli-cial. “É horrível, é um massa-cre. Nenhuma palavra pode descrever a situação”, disse a ativista Thinzar Shunlei Yi.
Alemanha contra extremismoA Alemanha colocou o partido de direita radical Alternativa para a Alemanha (AfD), principal agremiação de oposição, sob investigação do Es-critório Federal de Proteção à Constituição (BfV, na sigla alemã). A decisão de vigiar o AfD foi to-mada depois de dois anos de investigação.
7França vai banir grupoJá o governo francês vai banir o grupo de extre-ma direita Geração Identitária. Na França, o Mi-nistério do Interior classificou o Geração Identi-tária como “uma ideologia que incita ao ódio, à violência e à discriminação com base na ori-gem, raça ou religião de alguém”.
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