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História do Brasil
Aula 03: Período ImperialPrimeiro ReinadoRegênciaSegundo Reinado
19.12.2013
Aula 03 – Império
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1 Primeiro Reinado1.1 Primeiro Reinado: situação interna
1.2 Primeiro Reinado: política externa
2 Regência
3 Segundo Reinado3.1 Economia: A importância do Café
3.2 Sociedade e Cultura – Romantismo e Racismo
3.3 Relações com a Inglaterra
3.4 Abolicionismo e Imigração européia
3.5 Conflitos na Região do Prata
3.6 Guerra do Paraguai
4 Crise do regime Monárquico
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1.1 Primeiro Reinado: situação interna
. Prioridade na Unificação Nacional
. Disputa entre D.Pedro I e elite reinol contra elite colonial- D.Pedro e elite reinol desejavam Monarquia Absolutista
- Elite colonial desejava Monarquia Constitucional e descentralização de poder
. Constituição de 1824- D.Pedro dissolve assembléia constituinte de 1823 e outorga Constituição de 1824
com concentração do poder Imperial (Poder Moderador)
. Confederação do Equador- movimento revolucionário no nordeste brasileiro, com foco em Pernambuco,
em reação à Constituição autoritária de 1824
- caráter separatista e republicano
- revolução desejava formar república nos moldes da constituição da Colômbia
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1.2 Primeiro Reinado: Política externa
.Prioridade no reconhecimento da Independência
. Intransigência de Portugal em reconhecer Independência brasileira- Princípio da legitimidade dinástica: entre os reinos participantes da Santa Aliança a independência não
poderia ser reconhecida sem o aval da coroa portuguesa
. Mediação e influência da Inglaterra- atuação de George Canning (secretário - Foreign Office britânico)
- atuação nos processos de reconhecimento do novos países latino-americanos paraobter vantagens políticas e comerciais para o Reino Britânico
- Reconhecimento das independências do México, Colômbia e Argentina (Buenos Aires) força Portugal a também reconhecer independência Brasileira
. Guerra da Cisplatina (1825 a 1828)- conflito contra o processo de independência da Província Cisplatina do Brasil
- Província Cisplatina teve apoio das Províncias Unidas do Rio da Prata (atual Argentina)- após 500 dias de luta e sem chegar a um vencedor, através de mediação da Inglaterra foi assinado o Tratado de Montevidéu dando origem ao atual Uruguai, independente do Império Brasileiro
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2 Período Regencial
. Período marcado por grave crise político institucional
. Disputa pelo poder por 3 grupos:- Restauradores: defendiam volta de D.Pedro I ao poder
- Conservadores: Monarquistas moderados interessados na manutenção do poder centralizado- Liberais: reformistas progressivos desejavam governo descentralizado
. 2 períodos distintos:- Avanço Liberal de 1831 a 1837- Regresso Conservador de 1837 a 1840
. Revoltas - Cabanagem (Grão-Pará – 1835/1840) revolta popular contra condições de miséria
- Balaiada (Maranhão – 1838/1841) revolta popular contra exploração dos grandes proprietários rurais - Sabinada (Bahia – 1837/1838) revolta militares e das classes médias e ricas contra governo regencial- Farrapos (RS – 1835/1845) revoltosos (farroupilhas) lutam por liberdade e reformas econômicas
. Golpe da Maioridade- Os políticos e grande parte da população entendiam que as crises poderiam ser resolvidas com a figura de um Imperador forte e
com poderes para controlar a situação - O Senado, com apoio do partido Liberal, em 1840 antecipou a maioridade de D.Pedro II (13 anos) e declarou o fim da Regência
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3.1 Economia: histórias do Império e do Café se misturam
. Brasil integrou-se ao mercado mundial mantendo estrutura de exportador de matérias primas e produtos agrícolas
. Declínio Açúcar e crescimento Café – a partir 1840 cultura cafeeira já era o produto mais importante da economia
. Barões do Café: Em troca serviços prestados à corte, comerciantes tropeiros, proprietários rurais e altos funcionários estatais foram recompensados com terras no Vale do Paraíba
. Oeste Paulista pólo econômico: Produção cafeeira torna região pólo econômico mais importante do país propiciando transformações que conduziriam o país para o capitalismo industrial
. Surto ferroviário e Urbanização: necessário para escoamento da produção de café do interior para o litoral de Santos – ferrovias ligadas ao processo de urbanização
. Barões do café e a criação dos Bancos: barões migram para cidades, deixando as fazendas nas mãos de administradores e passam a se dedicar mais ao comércio do café e das finanças
. Origem dos primeiros bancos e das casas comissárias (intermediárias no comércio de café para outros fazendeiros)
. Café se torna financiador da industrialização
. Capital Inglês ingressa no mercado nacional – empréstimos p/ construção de ferrovias, infra-estrutura da cidades
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3.2 Sociedade e Cultura
. Criação das primeiras faculdades – Direito (SP) e Olinda (1827)
. Direito e elite: A formação jurídica desempenhava papel fundamental na criação da elite dominante
. Romantismo e Racismo: escritores engajados em criar imagem idealizada de nação brasileira europeizada (passado indígena e expurgo do elemento negro e mestiço)
. Escritores eram também políticos: Gonçalves Dias, José de Alencar, Joaquim Manuel de Macedo, Gonçalves de Magalhães
. José de Alencar racista: escritor era grande crítico do abolicionismo
. Com extinção do tráfico (1850) e Lei do Ventre Livre (1851) não era mais possível ignorar negro como membro da comunidade nacional
. Sílvio Romero e Nina Rodrigues introduzem mestiçagem como elemento de formação do povo brasileiro (ótica de novas correntes científicas européias sobre inferioridade das raças não brancas)
. Para Sílvio Romero o elemento branco seria “vencedor” e em 3 séculos a população estaria “branqueada” – defensor da emigração européia como fator “branqueador”
. Consciência abolicionista no final do século XIX traz para o plano político a necessidade de integrar o negro à população –sob pena de inviabilizar a nação
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3.3 Relações com a Inglaterra
. No primeiro momento todos os esforços para reconhecimento internacional da Independência
. Em troca do reconhecimento, Brasil assina tratados comerciais e faz concessões, aprofundando mecanismos de dependência
. Somente após 1844 o governo adota política externa para interesses internos:1) Controle de política comercial e autonomia alfandegária2) Extinção do tráfico e estímulo à imigração3) Sustentação dos limites territoriais / fronteiras4) Prioridade para os interesses na região Platina
. Expiração do tratado de tarifas privilegiadas para produtos britânicos (1844) e instituição de nova tarifa (Alves Branco) privilegiando produtos nacionais
. Tensões com Inglaterra devido ao tráfico de escravos: Ingleses caçam, prendem e julgam traficantes e chegam a fundar navios brasileiros em território nacional
. Clímax dos problemas em 1850 faz com que o tráfico seja definitivamente extinto
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3.4 Abolicionismo e Imigração européia
. Pressões inglesas para o fim do tráfico e da escravidão
. Fim do tráfico (Lei Euzébio de Queiroz 1850)
. Economia cafeeira busca mecanização e novas técnicas para substituição dos escravos
. Declínio do Vale do Paraíba – falta de capital para modernização
. Expansão do Oeste Paulista – Barões do Café
. Substituição gradativa de escravos por imigrantes italianos
. Discussões entre elite e fazendeiros:- elite desejava atrair imigrantes como fator de “branqueamento” da sociedade – concedendo terras aos imigrantes- fazendeiros desejavam somente substituir mão de obra escrava e eram claramente contrários à concessão de terras aos imigrantes
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3.5 Região do Prata
. Brasil e Argentina “herdam” conflito entre Portugal e Espanha sobre o domínio da região do rio da Prata
. Entre 1821 e 1828 a região chamada Cisplatina (atual Uruguai) esteve anexada como província brasileira
. Com independência do Uruguai o Brasil preferiu manter neutralidade na época
. Após a regularização das questões internas (revoltas e unificação do Estado) e das questões externas (relações com Inglaterra e o tráfico de escravos), Brasil resolve dar atenção à região sul e fixar seus interesses de expansão e controle sobre a região
. Política intervencionista: guerra contra Rosas e Oribe vencida pelo Brasil (1852)
. Guerra do Paraguai (1864 a 1870) – Argentina e Uruguai aliados
. Vitória na guerra do Paraguai consolida Brasil como potência regional
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3.6 Guerra do Paraguai
Fatores e objetivos da Guerra do Paraguai:
1) Impedir formação de um Estado nacional forte e unificado nas fronteiras do sul
2) Garantir posição hegemônica na América do Sul
3) Garantir livre navegação e livre acesso ao Mato Grosso
4) Proteger interesses comerciais e bancários na região
5) Interesses da classe escravista em relação aos concorrentes na região
6) Expansão das fronteiras
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4 Crise no sistema Monárquico. Cenário após Guerra do Paraguai:
a) Fortalecimento do Exércitob) Aprofundamento das contradições do regime monárquicoc) Insatisfações dos Barões do Café em SPd) Crise econômica devido guerra prolongada
. Exército vitorioso negligenciado e em segundo plano na política nacional – recursos insuficientes, salários baixos
. Exército como forma de concessão de favores (cargos, serviços)
. Monarquia centralizada não era representativa, ineficiente, corrupta e clientelista
. Barões do café sem representatividade, sem autonomia e sem apoio do Governo Central
. Barões do café e Governo de SP arcaram com todos os custos de substituição da mão de obra escrava por imigrantes
. Devido à política clientelista no início do Império, as províncias do RJ, BA, PE e MG possuíam mais representatividade apesar do predomínio econômico de SP
. Criação e fortalecimento do Partido Republicano Paulista (PRP) em 1872
. Proclamação da República em 1889 liderada pelo exército e pela elite paulista
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