Post on 05-Jun-2015
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Prof. Guilherme Terra
Estudo dos Dentes
Inclusos
Impactação dental
• A impactação, ou inclusão dental é um problema
cada vez mais frequente.
– Terceiros molares inferiores
– Terceiros molares superiores
– Caninos superiores
– Pré-molares inferiores
“ os terceiros molares são os últimos dentes a
erupcionar por isso têm mais possibilidade de não
encontrar espaço”.
Evolução
• Um processo lento de adaptação e
modificação do Homo sapiens já é
detectada
• Pacientes com agenesia dos terceiros
molares e incisivos laterais
• Ainda não é detectada de forma decisiva na
casuística das inclusões dentais
Etiologia • O crescimento da caixa craniana em detrimento dos
maxilares;
• Dieta cada vez menos exigente do sistema
estomatognático;
• Consciência de uma Odontologia preventiva;
– O paciente não mais sofre mutilações em seu período de
infância e adolescência.
Etiologia
Geralmente, a impactação é o resultado de uma
obstrução mecânica, que impede a formação e a
migração de um dente ao seu estado normal ou
posição fisiológica na arcada dental.
• É considerado um dente incluso o elemento que, chegada a sua época normal de erupção, não irrompeu na cavidade oral.
• Todo dente incluso deve ser removido, desde que os benefícios sejam maiores que os malefícios.
• Quando não removido deve ser proservado. – É um cisto em potencial.
Estudo dos dentes inclusos
Estudo dos dentes inclusos
• A remoção precoce reduz a morbidade pós-
operatória e permite melhor cicatrização
– Pacientes mais jovens toleram melhor a cirurgia
• Melhor cicatrização periodontal.
• Período ideal para cirurgia, após formação do
primeiro terço radicular e antes da formação
do segundo terço
– Entre 16 e 18 anos
• Falta de espaço.
• Posicionamento incorreto (sem possibilidade
de correção ).
• Pericoronarites recorrentes.
• Reabsorções ou cáries (no 2º m irrompido).
Indicações para remoção de dentes
inclusos
• Indicações protéticas ou ortodônticas.
• Processos patológicos associado ao elemento.
• Sintomas de etiologia indeterminadas (dor na
atm, cefaléia, zumbidos, Alopécia, etc).
Indicações para remoção de dentes
inclusos
• Má condição sistêmica do paciente.
• Proximidade com acidentes anatômicos importantes.
• Pacientes idosos.
• Pacientes muito jovens.
• Processos infecciosos agudos.
Contra-indicações para remoção de
dentes inclusos
• Curvatura anormal das raízes.
• Hipercementose.
• Proximidade com o canal mandibular ou seio maxilar.
• Grande densidade óssea (idosos).
• Espaço folicular coberto de osso.
Fatores que complicam a técnica
operatória.
• Anquilose (união entre dente e osso).
• Músculo orbicular pequeno.
• Abertura de boca limitada.
• Língua grande e incontrolável.
Fatores que complicam a técnica
operatória.
• Existem basicamente quatro classificações.
– Natureza do tecido de recobrimento
• Avalia o tecido que recobre o elemento dental
– Classificação de Winter. • Avalia o posicionamento do terceiro molar em relação ao longo eixo
fisiológico do segundo molar inferior.
– Classificação de Pell & Gregory. • Avalia posicionamento do elemento no sentido ocluso-apical e entre a distal
do segundo molar e o ramo mandibular.
– Classificação segundo o tipo de inclusão. • As inclusões podem ser ósseas, sub-mucosos e semi-inclusões.
Classificação dos dentes inclusos
Sistemas de
classificação de dentes
inclusos inferiores
Natureza do tecido de
recobrimento
• Intra-ósseo
• Semi-incluso
• Submucoso
Intra-ósseo
Totalmente circundado por tecido ósseo
Submucoso
Quando o dente perfura a cortical óssea, permanece incluso e coberto com mucosa
Semi-incluso
• Comunicação com a cavidade bucal
• Não atinge a erupção completa
• Avalia o posicionamento do terceiro molar em relação ao longo eixo fisiológico do segundo molar inferior.
– Vertical;
– Mésio-angular;
– Disto-angular;
– Horizontal;
– Horizontal vestibular e horizontal lingual;
– Invertido.
Classificação de Winter
• O molar incluso está
paralelo ao longo
eixo do segundo
molar.
• De forma geral, são
essas inclusões as
mais fáceis de serem
executadas.
Impactado Vertical
• Quando o
terceiro molar
está voltado
para a mesial.
Mésio-angular
• O dente está voltado
para a distal em
relação ao eixo do
segundo molar.
• Inclusão mais
complicada de ser
resolvida.
Disto-angular
• O dente está
totalmente
“deitado”, com
a face oclusal
voltada para o
segundo molar.
Horizontal
• O dente está
totalmente
deitado, com a
face oclusal
voltada para
vestibular ou
lingual.
Horizontal Vestibular ou Lingual
• O dente
incluso está
de “cabeça
para baixo”.
Invertido
• Avalia posicionamento do elemento no sentido ocluso-apical e entre a distal do segundo molar e o ramo mandibular.
– Classificados em Posição A,B e C.
• Posicionamento do elemento no sentido ocluso-apical.
– Classificados em Classe I, II, e III.
• Posicionamento do elemento em relação ao ramo mandibular.
Classificação de Pell & Gregory
• A plano oclusal
do elemento
incluso está mais
alta (extruído)
ou no mesmo
nível que o
plano oclusal do
segundo molar.
Posição A
• A plano oclusal
do elemento
incluso está entre
a oclusal e a
cervical do
segundo molar.
Posição B
• A plano oclusal
do elemento
incluso está
abaixo da
cervical do
segundo molar.
Posição C
• Posicionado
completamente
fora do ramo
mandibular.
Classe I
• Parcialmente
dentro do
ramo
mandibular.
Classe II
• Completamente
dentro do ramo
mandibular.
Classe III
Sistemas de
classificação de dentes
inclusos Superiores
Sistemas de classificação de dentes
inclusos Superiores
• Natureza do tecido de recobrimento
• Quanto à angulação
• Posição A, B e C de Pell & Gregory
Natureza do tecido de
recobrimento
• Intra-ósseo
• Submucoso
• Semi-incluso
Classificação dos 3ºs molares
superiores inclusos
• Quanto à angulação Mesio-Distal
– Vertical
– Mesioangular
– Distoangular
Classificação dos 3ºs molares
superiores inclusos
• Quanto à angulação no sentido Vestibulo-
Palatino
– Vestibular
– Palatino
• Posição A, B e C de Pell e Gregory
– Posição A – Plano oclusal do 3º Molar no mesmo nível que
o do 2º Molar.
– Posição B – Plano oclusal do 3º Molar entre o plano
oclusal e a cervical do 2º Molar.
– Posição C – Plano oclusal do 3º Molar abaixo do plano
oclusal e a cervical do 2º Molar.
Classificação dos 3ºs molares
superiores inclusos
Posição A de Pell e Gregory
– Plano oclusal do 3º
Molar no mesmo
nível que o do 2º
Molar.
Posição A, B e C de Pell e Gregory
– Plano oclusal do 3º
Molar entre o plano
oclusal e a cervical do
2º Molar.
Posição A, B e C de Pell e Gregory
– Plano oclusal do 3º
Molar entre o plano
oclusal e a cervical do
2º Molar.
Dificuldade de remoção de
outros dentes inclusos
Caninos superiores
Caninos inferiores
PM sup. e inferiores
Mesiodens
Na avaliação pré-operatória destes elementos, a
medida mais importante é determinar a
posição do dente no sentido vestibulopalatino.
Procedimento cirúrgico
Etapas Básicas:
1- Retalho adequado
2- Remoção do tecido ósseo de revestimento
3- Odontosecção
4- Remoção do dente de seu alvéolo.
5- Toalete da cavidade e síntese.
Procedimento cirúrgico
Retalho adequado
Dimensão apropriada
Suprimento sanguíneo
Retalho em envelope
Retalho em envelope com incisão
relaxante (Incisão de Newman)
Incisão em
envelope
O prolongamento
distal da incisão deve
ser vestibularizada
para evitar danos na
região lingual
Injúria ao nervo
Hemorragia
Retalho em envelope
Incisão com Relaxante
Newman
Incisão para
terceiro molar
superior
Sem relaxante
Apoio mesial
do elevador
Incisão para
terceiro molar
superior
Com relaxante
Apoio mesial
do elevador
Procedimento cirúrgico
Osteotomia 3ºs molares inferiores
Remover com fresa esférica nº 4, 5 ou 6, 702, ou zecrya
Remover o osso até a linha equatoria do elemento
Faces oclusal, vestibular e distal
Evitar face lingual
Osteotomia realizada com
broca esférica
Procedimento cirúrgico
Osteotomia 3ºs molares superiores
Remover com cinzel, descoladores, fresa esférica nº 4, 5 ou 6, 702, ou zecrya
Remover o osso até a linha equatoria do elemento
Faces vestibular e mesial
Raramente faces oclusal e distal
• Odontosecção – O dente retido pode e deve ser cortado em detrimento
do osso do paciente.
– É preferível cortar o dente a ser removido em 10 pedaços do que destruir toda uma cortical óssea do paciente, de lenta e dolorosa regeneração.
CORTE O DENTE, PRESERVE O PACIENTE
Planejamento
• O dente sairá seguindo o seu longo eixo.
• Se estiver angulado, deve ser cortado.
• Realizada com alta rotação e fresas cirúrgicas laminadas esféricas (Nº 4, 5 ou 6) ou Brocas tronco cônicas (702 ou 703) em peça reta.
Planejamento da Odontosecção
Planejamento da Odontosecção
Planejamento da Odontosecção
Planejamento da Odontosecção
Planejamento da Odontosecção
Planejamento da Odontosecção
Procedimento cirúrgico
Odontosecção
Inclusão mesioangular:
Seccionar e remover primeiro a porção distal ou mesial e depois o resto do dente.
Inclusão mesioangular
Procedimento cirúrgico
Odontosecção
Inclusão horizontal: Seccionar separando a coroa das raízes ao nível da cervical. Remover a coroa e depois as raízes. Se as raízes são divergentes separar e remover individualmente.
O terceiro molar horizontal
necessita primeiramente a
separação coroa-raiz
A presença de dilaceração dificulta o
deslocamento das raízes
A separação das raízes evita a
fragmentação apical durante a ação do
extrator
Procedimento cirúrgico
Odontosecção
Inclusão vertical: Seccionar e remover a metade distal e depois o resto do dente. O acesso à volta do 2M é mais difícil e requer uma remoção maior de osso.
Procedimento cirúrgico
Odontosecção
Inclusão distoangular: Seccionar e remover porção distal da coroa.
Raízes divergentes devem ser seccionadas.
Requer grande osteotomia na porção distal
A odontossecção distal cria espaço entre
o terceiro molar e o ramo ascendente
Odontossecção adicional
necessária para permitir o
deslocamento do dente
Técnica do Salaminho
Movimento para distal
Procedimento cirúrgico
Odontosecção
Dentes superiores:
Raramente são seccionados. Cuidado com o uso de alvancas Evitar o deslocamneto do dente para dentro de seio maxilar.
Procedimento cirúrgico
Retirada do dente de seu alvéolo.
Uma diferença importante entre a remoção de um terceiro molar
inferior incluso e qualquer outro é que quase não existe luxação do
dente com o propósito de expandir as corticais V e L.
Procedimento cirúrgico
Retirada do dente de seu alvéolo.
Como os dentes inclusos não sofrem forças oclusais, seu
ligamento periodontal é fraco, permitindo o fácil deslocamento
de suas raízes. A remoção é feita por meio de
alavancas.
Procedimento cirúrgico
Retirada do dente de seu alvéolo.
A aplicação de forças excessivas pode resultar na fratura do
dente, de uma grande porção da cortical vestibular, do 2M ou
até mesmo da mandíbula.
Procedimento cirúrgico
Toalete da cavidade
• Remover espículas ósseas e restos dentários através de irrigação soro. • Com cureta e/ou pinça hemostática
remover remanescentes do saco pericoronário.
Procedimento cirúrgico
Toalete da cavidade
• Utilizar a lima para regularizar espículas ósseas.
• Irrigar novamente. • Suturar. • Comprimir com gaze.
Remoção de caninos inclusos
Remoção de caninos inclusos
Remoção de caninos inclusos
Remoção de caninos inclusos
Remoção de caninos inclusos
Remoção de caninos inclusos
Remoção de caninos inclusos
Remoção de caninos inclusos
Remoção de caninos inclusos
Remoção de caninos inclusos
• Realizado quando o dente não erupcionou por
motivos diversos.
• Pode estar anquilosado o que indicaria sua
remoção.
Tracionamento de Caninos
superiores inclusos
• Exposição do elemento.
• Aplicação de dispositivo no elemento.
• Amarria na aparatologia fixa.
Tracionamento de Caninos
superiores inclusos
Tipos de dispositivo
Tracionamento de Caninos
superiores inclusos
Tracionamento de Caninos
superiores inclusos
Tracionamento de Caninos
superiores inclusos
Tracionamento de Caninos
superiores inclusos
Tracionamento de Caninos
superiores inclusos
Tracionamento de Caninos
superiores inclusos
Tracionamento de Caninos
superiores inclusos
Tracionamento de Caninos
superiores inclusos
Tracionamento de Caninos
superiores inclusos
Tracionamento de Caninos
superiores inclusos
Prof. Ms. Guilherme Teixeira Coelho Terra
drguilhermeterra@yahoo.com.br