Estudo dos dentes inclusos 2013

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Estudo dos dentes inclusos 2013

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Prof. Guilherme Terra

Estudo dos Dentes

Inclusos

Impactação dental

• A impactação, ou inclusão dental é um problema

cada vez mais frequente.

– Terceiros molares inferiores

– Terceiros molares superiores

– Caninos superiores

– Pré-molares inferiores

“ os terceiros molares são os últimos dentes a

erupcionar por isso têm mais possibilidade de não

encontrar espaço”.

Evolução

• Um processo lento de adaptação e

modificação do Homo sapiens já é

detectada

• Pacientes com agenesia dos terceiros

molares e incisivos laterais

• Ainda não é detectada de forma decisiva na

casuística das inclusões dentais

Etiologia • O crescimento da caixa craniana em detrimento dos

maxilares;

• Dieta cada vez menos exigente do sistema

estomatognático;

• Consciência de uma Odontologia preventiva;

– O paciente não mais sofre mutilações em seu período de

infância e adolescência.

Etiologia

Geralmente, a impactação é o resultado de uma

obstrução mecânica, que impede a formação e a

migração de um dente ao seu estado normal ou

posição fisiológica na arcada dental.

• É considerado um dente incluso o elemento que, chegada a sua época normal de erupção, não irrompeu na cavidade oral.

• Todo dente incluso deve ser removido, desde que os benefícios sejam maiores que os malefícios.

• Quando não removido deve ser proservado. – É um cisto em potencial.

Estudo dos dentes inclusos

Estudo dos dentes inclusos

• A remoção precoce reduz a morbidade pós-

operatória e permite melhor cicatrização

– Pacientes mais jovens toleram melhor a cirurgia

• Melhor cicatrização periodontal.

• Período ideal para cirurgia, após formação do

primeiro terço radicular e antes da formação

do segundo terço

– Entre 16 e 18 anos

• Falta de espaço.

• Posicionamento incorreto (sem possibilidade

de correção ).

• Pericoronarites recorrentes.

• Reabsorções ou cáries (no 2º m irrompido).

Indicações para remoção de dentes

inclusos

• Indicações protéticas ou ortodônticas.

• Processos patológicos associado ao elemento.

• Sintomas de etiologia indeterminadas (dor na

atm, cefaléia, zumbidos, Alopécia, etc).

Indicações para remoção de dentes

inclusos

• Má condição sistêmica do paciente.

• Proximidade com acidentes anatômicos importantes.

• Pacientes idosos.

• Pacientes muito jovens.

• Processos infecciosos agudos.

Contra-indicações para remoção de

dentes inclusos

• Curvatura anormal das raízes.

• Hipercementose.

• Proximidade com o canal mandibular ou seio maxilar.

• Grande densidade óssea (idosos).

• Espaço folicular coberto de osso.

Fatores que complicam a técnica

operatória.

• Anquilose (união entre dente e osso).

• Músculo orbicular pequeno.

• Abertura de boca limitada.

• Língua grande e incontrolável.

Fatores que complicam a técnica

operatória.

• Existem basicamente quatro classificações.

– Natureza do tecido de recobrimento

• Avalia o tecido que recobre o elemento dental

– Classificação de Winter. • Avalia o posicionamento do terceiro molar em relação ao longo eixo

fisiológico do segundo molar inferior.

– Classificação de Pell & Gregory. • Avalia posicionamento do elemento no sentido ocluso-apical e entre a distal

do segundo molar e o ramo mandibular.

– Classificação segundo o tipo de inclusão. • As inclusões podem ser ósseas, sub-mucosos e semi-inclusões.

Classificação dos dentes inclusos

Sistemas de

classificação de dentes

inclusos inferiores

Natureza do tecido de

recobrimento

• Intra-ósseo

• Semi-incluso

• Submucoso

Intra-ósseo

Totalmente circundado por tecido ósseo

Submucoso

Quando o dente perfura a cortical óssea, permanece incluso e coberto com mucosa

Semi-incluso

• Comunicação com a cavidade bucal

• Não atinge a erupção completa

• Avalia o posicionamento do terceiro molar em relação ao longo eixo fisiológico do segundo molar inferior.

– Vertical;

– Mésio-angular;

– Disto-angular;

– Horizontal;

– Horizontal vestibular e horizontal lingual;

– Invertido.

Classificação de Winter

• O molar incluso está

paralelo ao longo

eixo do segundo

molar.

• De forma geral, são

essas inclusões as

mais fáceis de serem

executadas.

Impactado Vertical

• Quando o

terceiro molar

está voltado

para a mesial.

Mésio-angular

• O dente está voltado

para a distal em

relação ao eixo do

segundo molar.

• Inclusão mais

complicada de ser

resolvida.

Disto-angular

• O dente está

totalmente

“deitado”, com

a face oclusal

voltada para o

segundo molar.

Horizontal

• O dente está

totalmente

deitado, com a

face oclusal

voltada para

vestibular ou

lingual.

Horizontal Vestibular ou Lingual

• O dente

incluso está

de “cabeça

para baixo”.

Invertido

• Avalia posicionamento do elemento no sentido ocluso-apical e entre a distal do segundo molar e o ramo mandibular.

– Classificados em Posição A,B e C.

• Posicionamento do elemento no sentido ocluso-apical.

– Classificados em Classe I, II, e III.

• Posicionamento do elemento em relação ao ramo mandibular.

Classificação de Pell & Gregory

• A plano oclusal

do elemento

incluso está mais

alta (extruído)

ou no mesmo

nível que o

plano oclusal do

segundo molar.

Posição A

• A plano oclusal

do elemento

incluso está entre

a oclusal e a

cervical do

segundo molar.

Posição B

• A plano oclusal

do elemento

incluso está

abaixo da

cervical do

segundo molar.

Posição C

• Posicionado

completamente

fora do ramo

mandibular.

Classe I

• Parcialmente

dentro do

ramo

mandibular.

Classe II

• Completamente

dentro do ramo

mandibular.

Classe III

Sistemas de

classificação de dentes

inclusos Superiores

Sistemas de classificação de dentes

inclusos Superiores

• Natureza do tecido de recobrimento

• Quanto à angulação

• Posição A, B e C de Pell & Gregory

Natureza do tecido de

recobrimento

• Intra-ósseo

• Submucoso

• Semi-incluso

Classificação dos 3ºs molares

superiores inclusos

• Quanto à angulação Mesio-Distal

– Vertical

– Mesioangular

– Distoangular

Classificação dos 3ºs molares

superiores inclusos

• Quanto à angulação no sentido Vestibulo-

Palatino

– Vestibular

– Palatino

• Posição A, B e C de Pell e Gregory

– Posição A – Plano oclusal do 3º Molar no mesmo nível que

o do 2º Molar.

– Posição B – Plano oclusal do 3º Molar entre o plano

oclusal e a cervical do 2º Molar.

– Posição C – Plano oclusal do 3º Molar abaixo do plano

oclusal e a cervical do 2º Molar.

Classificação dos 3ºs molares

superiores inclusos

Posição A de Pell e Gregory

– Plano oclusal do 3º

Molar no mesmo

nível que o do 2º

Molar.

Posição A, B e C de Pell e Gregory

– Plano oclusal do 3º

Molar entre o plano

oclusal e a cervical do

2º Molar.

Posição A, B e C de Pell e Gregory

– Plano oclusal do 3º

Molar entre o plano

oclusal e a cervical do

2º Molar.

Dificuldade de remoção de

outros dentes inclusos

Caninos superiores

Caninos inferiores

PM sup. e inferiores

Mesiodens

Na avaliação pré-operatória destes elementos, a

medida mais importante é determinar a

posição do dente no sentido vestibulopalatino.

Procedimento cirúrgico

Etapas Básicas:

1- Retalho adequado

2- Remoção do tecido ósseo de revestimento

3- Odontosecção

4- Remoção do dente de seu alvéolo.

5- Toalete da cavidade e síntese.

Procedimento cirúrgico

Retalho adequado

Dimensão apropriada

Suprimento sanguíneo

Retalho em envelope

Retalho em envelope com incisão

relaxante (Incisão de Newman)

Incisão em

envelope

O prolongamento

distal da incisão deve

ser vestibularizada

para evitar danos na

região lingual

Injúria ao nervo

Hemorragia

Retalho em envelope

Incisão com Relaxante

Newman

Incisão para

terceiro molar

superior

Sem relaxante

Apoio mesial

do elevador

Incisão para

terceiro molar

superior

Com relaxante

Apoio mesial

do elevador

Procedimento cirúrgico

Osteotomia 3ºs molares inferiores

Remover com fresa esférica nº 4, 5 ou 6, 702, ou zecrya

Remover o osso até a linha equatoria do elemento

Faces oclusal, vestibular e distal

Evitar face lingual

Osteotomia realizada com

broca esférica

Procedimento cirúrgico

Osteotomia 3ºs molares superiores

Remover com cinzel, descoladores, fresa esférica nº 4, 5 ou 6, 702, ou zecrya

Remover o osso até a linha equatoria do elemento

Faces vestibular e mesial

Raramente faces oclusal e distal

• Odontosecção – O dente retido pode e deve ser cortado em detrimento

do osso do paciente.

– É preferível cortar o dente a ser removido em 10 pedaços do que destruir toda uma cortical óssea do paciente, de lenta e dolorosa regeneração.

CORTE O DENTE, PRESERVE O PACIENTE

Planejamento

• O dente sairá seguindo o seu longo eixo.

• Se estiver angulado, deve ser cortado.

• Realizada com alta rotação e fresas cirúrgicas laminadas esféricas (Nº 4, 5 ou 6) ou Brocas tronco cônicas (702 ou 703) em peça reta.

Planejamento da Odontosecção

Planejamento da Odontosecção

Planejamento da Odontosecção

Planejamento da Odontosecção

Planejamento da Odontosecção

Planejamento da Odontosecção

Procedimento cirúrgico

Odontosecção

Inclusão mesioangular:

Seccionar e remover primeiro a porção distal ou mesial e depois o resto do dente.

Inclusão mesioangular

Procedimento cirúrgico

Odontosecção

Inclusão horizontal: Seccionar separando a coroa das raízes ao nível da cervical. Remover a coroa e depois as raízes. Se as raízes são divergentes separar e remover individualmente.

O terceiro molar horizontal

necessita primeiramente a

separação coroa-raiz

A presença de dilaceração dificulta o

deslocamento das raízes

A separação das raízes evita a

fragmentação apical durante a ação do

extrator

Procedimento cirúrgico

Odontosecção

Inclusão vertical: Seccionar e remover a metade distal e depois o resto do dente. O acesso à volta do 2M é mais difícil e requer uma remoção maior de osso.

Procedimento cirúrgico

Odontosecção

Inclusão distoangular: Seccionar e remover porção distal da coroa.

Raízes divergentes devem ser seccionadas.

Requer grande osteotomia na porção distal

A odontossecção distal cria espaço entre

o terceiro molar e o ramo ascendente

Odontossecção adicional

necessária para permitir o

deslocamento do dente

Técnica do Salaminho

Movimento para distal

Procedimento cirúrgico

Odontosecção

Dentes superiores:

Raramente são seccionados. Cuidado com o uso de alvancas Evitar o deslocamneto do dente para dentro de seio maxilar.

Procedimento cirúrgico

Retirada do dente de seu alvéolo.

Uma diferença importante entre a remoção de um terceiro molar

inferior incluso e qualquer outro é que quase não existe luxação do

dente com o propósito de expandir as corticais V e L.

Procedimento cirúrgico

Retirada do dente de seu alvéolo.

Como os dentes inclusos não sofrem forças oclusais, seu

ligamento periodontal é fraco, permitindo o fácil deslocamento

de suas raízes. A remoção é feita por meio de

alavancas.

Procedimento cirúrgico

Retirada do dente de seu alvéolo.

A aplicação de forças excessivas pode resultar na fratura do

dente, de uma grande porção da cortical vestibular, do 2M ou

até mesmo da mandíbula.

Procedimento cirúrgico

Toalete da cavidade

• Remover espículas ósseas e restos dentários através de irrigação soro. • Com cureta e/ou pinça hemostática

remover remanescentes do saco pericoronário.

Procedimento cirúrgico

Toalete da cavidade

• Utilizar a lima para regularizar espículas ósseas.

• Irrigar novamente. • Suturar. • Comprimir com gaze.

Remoção de caninos inclusos

Remoção de caninos inclusos

Remoção de caninos inclusos

Remoção de caninos inclusos

Remoção de caninos inclusos

Remoção de caninos inclusos

Remoção de caninos inclusos

Remoção de caninos inclusos

Remoção de caninos inclusos

Remoção de caninos inclusos

• Realizado quando o dente não erupcionou por

motivos diversos.

• Pode estar anquilosado o que indicaria sua

remoção.

Tracionamento de Caninos

superiores inclusos

• Exposição do elemento.

• Aplicação de dispositivo no elemento.

• Amarria na aparatologia fixa.

Tracionamento de Caninos

superiores inclusos

Tipos de dispositivo

Tracionamento de Caninos

superiores inclusos

Tracionamento de Caninos

superiores inclusos

Tracionamento de Caninos

superiores inclusos

Tracionamento de Caninos

superiores inclusos

Tracionamento de Caninos

superiores inclusos

Tracionamento de Caninos

superiores inclusos

Tracionamento de Caninos

superiores inclusos

Tracionamento de Caninos

superiores inclusos

Tracionamento de Caninos

superiores inclusos

Tracionamento de Caninos

superiores inclusos

Prof. Ms. Guilherme Teixeira Coelho Terra

drguilhermeterra@yahoo.com.br