Post on 01-Jul-2015
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Síntese dos textos estudados
Seja qual for o sentimento de beleza dele próprio, se sinta disposto a admitir no reino da arte as manifestações genuínas desse sentimento em outras pessoas, noutros períodos.
Uma postura não preconceituosa.
UMA DEFINIÇÃO FÍSICA DE BELEZA...
A beleza é a unidade de relações formais
entre as nossas percepções sensoriais
Simples percepção de qualidades materiais:
FORMAS
LINHAS
CORES
Distribuição das percepções em formas e arranjos agradáveis!
Correspondência a um estado de emoção ou sentimento.
A sensibilidade estética do homem é permanente.
A vontade de formar sempre existiu.
Variável é a interpretação que o homem dá as formas da arte.
A forma é de origem instintiva... é emoção dirigida e definida.
O ideal de beleza expressa na antiguidade
clássica (Grécia e Roma) trazia uma
concepção platônica/aristotélica de mundo.
A vida e a arte se faziam baseadas no
equilíbrio, simetria, harmonia e
proporcionalidade.
Até hoje somos herdeiros desta tradição que
se projetou do Renascimento (onde foi
revisitada) até os dias de hoje.
Surgido na Grécia
Antropomórfico exaltando os
valores humanos
Idealizado
Tendência retratista
Proporcionado, nobre, sereno.
Oriundo da Arte Paleocristã
Mais divino que humano
Intelectual e antivital
Abstrato
Planar e estilizado
Mostrar ao público o mundo tal qual é para o artista
Transportar para a obra o lado mórbido e doentio do homem.
INDUSTRIA CULTURAL : A fotografia, o cinema, o vídeo, a televisão
popularizaram esses conceitos clássicos de beleza.
INDUSTRIA DO LAZER E ENTRETENIMENTO:Espetáculos em dias e horas de descanso, parecem ter adquirido características como: a alegria, a distração e o disfarce
As imagens mostram um homem em idade avançada. Nas duas os homens parecem sofrer.Há uma curvatura acentuada das cabeças para baixo, como se opressos.As mãos se dirigem a cabeça como em um gesto de desespero ou proteção.Apesar de uma imagem ser em preto e branco e a outra colorida, fica evidente a forte presença de texturização em ambas .No caso da foto de Sebastião Salgado a pele se mistura ao pano que cobre o homem, Uma série de linhas retas e curvas se apresentam em paralelo convergindo para o canto inferior central da imagem. Já a imagem do quadro de Van Gogh, as direções das pinceladas carregadas, característica do artista, nos direcionam para o centro do quadro sobre o qual se dobra a personagem principal que nos é apresentada em cores frias e pasteis. Parecendo nos remeter ao frio, triste, ao melancólico abandono.
O belo é uma qualidade das obras de arte
que desperta uma emoção (emoção estética)
à qual estão associados os sentimentos e as
idéias do artista e a identidade que ele é
capaz de estabelecer com o público;
independente se esta emoção resulta de uma
composição aparentemente feia ou bonita.
Toda evocação promovida pela imagem
é “boa” para a leitura da obra.
Só quando uma recordação irrelevante
nos torna preconceituosos é que
devemos rever nossa posição tentando
descobrir as origens reais da aversão.
Querer ver só o que nos agrada.
Temas que nos são agradáveis e com o qual simpatizamos
Expressões que nos são de mais fácil entendimento.
Apreciamos mais as figuras que “parecem reais” dada a perícia com que são feitas.
Ecce Homo RENI, Guido
Crucifixo pintado ID.Média
Tendemos a rejeitar obras que julgamos “incorretamente” desenhadas. Sobretudo quando pertencem a um período mais moderno, uma vez que o artísta “tem a obrigação de não cometer tais desvios”
Será que o artísta não fez de propósito? A pergunta então se torna...
Por que ele fez isto deste jeito?
"Portrait of E. C. Ricart" by Joan Miro
A industria dos bens de consumo utiliza o poder da imagem para nos
fazer crer que temos que SER, TER, PARECER,
com as imagens que ela nos apresenta...
...O artista não obedece a regras fixas...
...Ele intui o caminho a seguir...
A questão é achar a Unidade ... Integrar forma, cor, direções, planos...
UNIDADE DIVERSIDADE
Penso que conhecer algo desta história nos ajuda a compreender por que os artistas trabalham de uma determinada maneira ou tem em mira a obtenção de certos efeitos.
É sobretudo um excelente modo de exercitarmos os nossos olhos para as características particulares das obras de arte e consequentemente, aumentarmos nossa sensibilidade para a diferença.
COSTA, Cristina. A ESTÉTICA CLÁSSICA E A POPULARIZAÇÃO DO BONITO, Questões de Arte, SP:Moderna, 2004.
GOMBRICH, E.H – Introdução a Historia da arte, HISTORIA DA ARTE, Rio de Janeiro-Guanabara:1978.
READ, Herbert, 1931. O sentido da arte: IBRASA, 1978.