Post on 16-Dec-2018
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
1
ESTADO DO CONHECIMENTO SOBRE A DISCIPLINA DE LÍNGUA
BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) NOS CURSOS DE LICENCIATURA: O
QUE DIZEM TESES E DISSERTAÇÕES?
Deonisio Schmitt*
Lúcia Loreto Lacerda**
RESUMO: A partir da publicação do Decreto nº 5.626, em 2005, a disciplina de Libras tornou-se
obrigatória nos currículos dos cursos de licenciatura, sendo que sua implantação, deveria ser concluída,
em 100% dos cursos de licenciatura, no prazo de 10 anos da publicação do Decreto. Considerando este
cenário, o artigo apresenta o estado do conhecimento sobre da inserção da disciplina de Libras nos cursos
de licenciatura, em dissertações e teses publicadas entre 2008 e 2018. Para atender o propósito da
pesquisa, realizou-se um levantamento no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes, para identificar os
trabalhos que tomam como objeto de estudo a disciplina de Libras e/ou ensino de Libras, em cursos de
licenciatura. O estado do conhecimento aponta que as produções sobre referido tema se ocupam de
discussões sobre: implantação da disciplina de Libras; contribuições da disciplina de Libras para a
formação docente; e aspectos pedagógicos do ensino de Libras, como componente curricular obrigatório.
As pesquisas sobre a disciplina de Libras, em sua maioria, anunciam a necessidade de reflexão e mudança,
principalmente, no que diz respeito a inserção na grade curricular (carga horária, relação com as demais
disciplinas e períodos de oferta) e, quanto a produção de materiais didáticos e referenciais teóricos de
avaliação. Percebe-se que as pesquisas sobre a disciplina de Libras e ensino de Libras inauguram, nos
últimos anos, novos espaços de discussões ao dialogar com novas áreas do conhecimento, para além da
educação e educação de surdos.
RESUMEN: A partir de la publicación del Decreto nº 5.626, en 2005, la disciplina de Libras se hizo
obligatoria en los currículos de los cursos de licenciatura, siendo que su implantación, debía ser concluida,
en el 100% de los cursos de licenciatura, en el plazo de 10 años publicación del Decreto. En este contexto,
el artículo presenta el estado del conocimiento sobre la inserción de la disciplina de Libras en los cursos
de licenciatura, en disertaciones y tesis publicadas entre 2008 y 2018. Para atender el propósito de la
investigación, se realizó un levantamiento en el Catálogo de Tesis y, Y en el caso de que se trate de un
proyecto de ley, El estado del conocimiento apunta que las producciones sobre dicho tema se ocupan de
discusiones sobre: implantación de la disciplina de Libras; contribuciones de la disciplina de Libras a la
formación docente; y aspectos pedagógicos de la enseñanza de Libras, como componente curricular
obligatorio. Las investigaciones sobre la disciplina de Libras, en su mayoría, anuncian la necesidad de
reflexión y cambio, principalmente, en lo que se refiere a la inserción en la cuadrícula curricular (carga
horaria, relación con las demás disciplinas y períodos de oferta) y, en cuanto a la producción de materiales
didácticos y referenciales teóricos de evaluación. Se percibe que las investigaciones sobre la disciplina de
Libras y enseñanza de Libras inauguran en los últimos años nuevos espacios de discusiones al dialogar
con nuevas áreas del conocimiento, además de la educación y educación de sordos.
PALAVRAS-CHAVE: Disciplina de Libras; Estado do conhecimento; Formação de Professores.
PALABRAS CLAVE: Disciplina de Libras; Estado del conocimiento; Formación de profesores.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
2
INTRODUÇÃO
A Língua Brasileira de Sinais - Librasi foi reconhecida oficialmente, como a língua da
comunidade surda, com a Lei n° 10.436/2002. O reconhecimento da Libras, é ainda
recente e, portanto, há pouco tempo a disciplina de Libras passou a compor os currículos
dos cursos de licenciatura e tornou-se o foco de estudos e pesquisas no contexto
acadêmico. A implantação da disciplina de Libras nos currículos dos cursos de
licenciatura, instituída pelo Decreto nº 5.626, teria que ser concluída, em 100% dos
cursos, no prazo de 10 anos da sua publicação. No entanto, referido documento não aponta
diretrizes para a organização da disciplina, no que diz respeito a carga horária, conteúdos
e metodologia. Após a publicação do decreto, não existe nenhuma outra normativa que
aponte caminhos para a implementação da disciplina de Libras.
Considerando este cenário e, em movimento de encontrar evidências e caminhos para
discutir e refletir sobre a disciplina de Libras nos cursos de licenciatura, este trabalho se
propõe a apresentar o estado do conhecimento de pesquisas que tratam da disciplina de
Libras nos cursos de licenciatura.
Para cumprir com o objetivo proposto, inicialmente, o texto apresenta considerações
sobre a inserção da disciplina de Libras nos cursos de licenciatura, do viés das Políticas
Públicas à revisão de literatura. Na sequência, apresenta o corpus da pesquisa, analisa os
dados evidenciados e, por último tece considerações sobre o estado do conhecimento
sobre o ensino da Libras na formação de professores.
1. A DISCIPLINA DE LIBRAS: DAS POLÍTICAS PÚBLICAS À REVISÃO DE
LITERATURA
O ensino da Libras, no ensino superior, passou a compor o cenário das Políticas Públicas,
a partir da Lei 10.436. Referida lei, é considerada um marco para a comunidade surda e,
a educação de surdos, por considerar a Língua brasileira de Sinais como “meio legal de
expressão e comunicação”. No que se refere ao ensino de Libras, a Lei coloca em pauta,
pela primeira vez, a inserção da Libras em cursos de ensino superior e médio. É possível
constatar que, a partir deste momento, a inclusão do ensino de Libras fica restrita a dois
cursos de educação superior, Fonoaudiologia e Educação Especial, que sob uma
perspectiva clínica da surdez (SKLIAR 1998), são os cursos que atuavam ou atuam
diretamente com a educação de surdos.
O Decreto nº 5.626 de 2005, demarca a obrigatoriedade da disciplina de Libras, no curso
de Fonoaudiologia e, em cursos de formação de professores, nível médio e superior. Nos
demais cursos, a disciplina de Libras fica como optativa. A inclusão da disciplina nos
currículos dos cursos, de acordo com o Art. 9º do referido documento, deveria ter o
alcance de cem por cento dos cursos, em dez anos, a partir da data da sua publicação.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
3
Cabe ressaltar que o Decreto não faz referência quanto as diretrizes desta disciplina, ou
seja, sua carga horária, referências, sistematização da proposta da disciplina. Tampouco
houve publicação de diretrizes ou orientações sobre a disciplina de Libras, desde a
publicação do decreto em 2005. Sobre isso, a comunidade surda, representada pela
FENEIS, se pronunciou fazendo uma crítica quanto à ausência de diretrizes que
regulamentam a inserção da disciplina de Libras.
[...] seis anos após o decreto 5.626/2005, que determinou a existência de
disciplinas de Libras na educação básica e em alguns cursos do ensino superior,
até hoje não temos ainda as diretrizes dessas disciplinas. Propõe -se a formação
– com a participação da Feneis – de um grupo de trabalho de professores surdos
já atuantes nas escolas e em universidades públicas, com o objetivo de elaborar
propostas para essas diretrizes curriculares a serem apresentadas à Secretaria
de Ensino Superior e à Secretaria de Educação Básica do MEC. (CAMPELLO;
REZENDE, 2012, p. 15)
A manifestação da comunidade surda evidencia a necessidade de colocar em pauta a
discussão sobre o ensino de Libras no contexto da educação superior, no que diz respeito
a sistematização de diretrizes curriculares para a disciplina. Além disso, ela demarca a
importância de professores surdos estarem a frente deste movimento.
A obrigatoriedade do ensino de Libras nos cursos de licenciatura, garante não só o espaço
do ensino e difusão da língua e da cultura da comunidade surda, mas também legitima o
lugar do docente de Libras no contexto acadêmico. Este lugar suscita outros movimentos,
como a pesquisa e extensão sobre a Libras e, a discussão sobre a inserção e ensino da
Libras nos currículos dos cursos.
No que diz respeito às políticas públicas, o ensino da Libras também é colocado em pauta
na Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015. O documento, entre outras disposições para a
formação de professores, indica que o projeto de formação deve contemplar “V - a
ampliação e o aperfeiçoamento do uso da Língua Portuguesa e da capacidade
comunicativa, oral e escrita, como elementos fundamentais da formação dos professores,
e da aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (Libras); (grifos nossos).
Todo o escopo atual de Políticas Públicas, configura um contexto favorável, ainda não
ideal, ao ensino de Libras no contexto da formação docente. Favorável porque a disciplina
de Libras, obrigatoriamente, deve compor o currículo dos cursos de formação docente. E,
não ideal, pela ausência de diretrizes sobre a inserção desta disciplina, deixando, portanto,
a cargo de cada instituição fazê-la de acordo com seus preceitos.
Passados treze anos da publicação do Decreto e, três anos do prazo final para a inclusão
da disciplina de Libras, em cem por cento dos cursos de licenciatura, cabe questionar se,
para além da inserção nos currículos, a disciplina de Libras tem sido alvo de discussões e
pesquisas acadêmicas. Entendemos que antes de colocarmos em questão o debate sobre
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
4
a inserção da disciplina de Libras na formação inicial de professores, é necessário
conhecer os estudos que se lançaram ao mesmo objeto de pesquisa.
Os trabalhos de Costa e Lacerda (2015) e Klein e Santos (2015), à semelhança do objeto
desta pesquisa, também se ocuparam de realizar um levantamento de pesquisas sobre a
disciplina de Libras.
Costa e Lacerda (2015) analisam a literatura científica que aborda a implementação da
disciplina de Libras, como componente curricular obrigatório, nos cursos de licenciatura.
O corpus da pesquisa, foi composto por sete trabalhos (teses e dissertações), publicados
no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes, de 2008 a 2013. Partindo da análise dos
mesmos, os autores destacam a escassez de trabalhos que abordam o tema. Também
alertam que os estudos já realizados sobre a implementação da disciplina de Libras
apontam para a baixa carga horária da disciplina e, que ela se mostra mais afeita à
perspectiva da educação inclusiva do que com a perspectiva da educação bilíngue. Klein
e Santos (2015), no mesmo sentido, analisam o modo como a inserção da disciplina de
Libras, no ensino superior, tem sido foco de pesquisas, desde a publicação do Decreto nº
5.626. A análise incidiu sobre artigos, dissertações e teses, levantadas a partir de pesquisa
nos sites Google e Scielo. As autoras, em contraponto à Costa e Lacerda (2015),
argumentam que a disciplina tem sido foco de discussões de formação de professores,
estudos curriculares e políticas públicas. A partir da análise dos trabalhos as autoras
evidenciam que muitos estudos se propõem a fazer um estudo do currículo da disciplina
de Libras, ocupando-se principalmente da carga horária e dos conteúdos.
2. DISSERTAÇÕES E TESES SOBRE A DISCIPLINA DE LIBRAS NOS CURSOS
DE LICENCIATURA: O QUE REVELAM?
A consulta no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes realizadaii a partir dos
descritores “disciplina de Libras” e “ensino de Libras”, sem recorte temporal, gerou um
total de 69 trabalhos sob os quais foram levantados os seguintes dados: Título,
Instituição/região, linha de pesquisa, área, Tipo de produção, palavras-chave, objeto de
estudo e resumo. A partir de uma leitura minuciosa dos resumos, para identificar os
objetos de estudo, foram selecionados trinta e nove (39) trabalhos, publicados entre 2008
a 2018, que tratavam especificamente da disciplina de Libras ou do ensino de Libras em
cursos de licenciatura. Com relação às publicações, é possível observar que houve um
aumento crescente nas publicações sobre o tema. Abaixo, segue um gráfico que ilustra o
quantitativo de produções por ano.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
5
Gráfico 1 - Quantidade de dissertações e teses publicadas sobre a disciplina de Libras entre os anos de 2008 e 2018.
O gráfico acima ilustra um expressivo crescimento das produções sobre a disciplina de
Libras, no contexto de formação inicial docente. A opção de incluir as publicações de
2018, se deve ao propósito de contemplar todos trabalhos produzidos até o momento da
pesquisa. Como o ano ainda está em vigência, para fins estatísticos, não segue a tendência
de produções de trabalho por ano.
A análise dos níveis das produções, indica que a maioria das pesquisas tratam de trabalhos
em nível de mestrado (33), com duas produções em nível de mestrado profissional e
quatro pesquisas em nível de doutorado. Sobre isso, podemos inferir que não há
continuidade das pesquisas realizadas no mestrado e, em consequência, uma carência de
estudos mais aprofundados sobre o tema.
Outro dado analisado se refere a área de concentração das pesquisas. O interesse em
investigar sobre a áreas de concentração dos trabalhos, tem a ver com a intenção de
analisar os “espaços” que estão discutindo a disciplina de Libras. A educação é a área que
mais abriga os trabalhos que tratam da disciplina de Libras em cursos de licenciatura. A
educação tem sido o locus principal das pesquisas, principalmente pela implicação da
temática com áreas como a formação de professores, currículo, ensino de Libras e
Educação Inclusiva, conforme evidenciado no trabalho de Klein e Santos (2015). As
demais áreas apresentam um número muito inferior, comparado à educação, havendo
destaque para: Estudos da Linguagem (3), Educação Especial (2), Distúrbios da
Comunicação (2) e Distúrbios do Desenvolvimento (2). As demais áreas concentram
apenas a publicação de um trabalho, a saber: Educação para Ciências e Matemática;
Ensino; Educação Matemática; Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Regional;
Linguística; Educação, Arte e História da Cultura; Ensino de Ciência e Tecnologia;
Diversidade e Inclusão; Políticas Públicas; Formação Docente Interdisciplinar; Artes
Cênicas; Ciências da Linguagem; Letras; Letras e Linguística;
Esses números evidenciam que por um lado, mesmo que de maneira bastante tímida, por
assim dizer, as discussões sobre a disciplina de Libras estão sendo acolhidas pelas áreas
0
2
4
6
8
10
2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Número de produções por ano
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
6
de estudos da linguagem, linguística, Letras e Letras e Linguística. Esse movimento,
parece acompanhar o processo de afirmação do status linguístico da Libras e, também, os
objetos de estudo estão voltados para um aprofundamento de aspectos relacionados ao
ensino de Libras como segunda língua. Por outro lado, na contramão deste movimento,
três áreas de concentração que mais se destacaram, após a área da educação, em termos
de números, são as do Distúrbios do Desenvolvimento, Distúrbios da Linguagem e, da
Educação Especial. Mas o que significa o número expressivo de trabalhos nestas áreas?
Tomando o campo de atuação das duas primeiras áreas, é possível considerar que a surdez
permanece no campo epistemológico que o qual a compreende na perspectiva da falta, o
olhar sobre o déficit (SKLIAR, 1998). A Educação Especial, por muito tempo abrigou as
discussões sobre a surdez e a educação de surdos, o que justifica concentração de
trabalhos sobre a disciplina de Libras nesta área.
Sobre as áreas de concentração, percebe-se que as discussões sobre a disciplina de Libras
na formação inicial docente estão sendo acolhidas por diferentes áreas: Educação
Matemática, Educação para Ciências e Matemática, Artes Cênicas, Formação Docente
Interdisciplinar, Políticas Públicas, Ensino de Ciência e Tecnologia, Educação, Arte e
História da Cultura e Gestão Social, Educação e Desenvolvimento regional; Considera-
se este movimento positivo por olhar o tema sob diferentes perspectivas e, também ao
dialogar com outras áreas, possibilita (re)conhecer novos espaços de debate, relacionando
com outros saberes, para além daqueles já consolidados em pesquisas acadêmicas.
Para apontar o estado do conhecimento das pesquisas sobre a disciplina de Libras, no
contexto de cursos de licenciatura, foi necessário ir além dos dados das publicações e,
partir para a leitura dos trabalhos para conhecer desde os objetivos aos achados dos
estudos. Com a leitura, identificou-se que as pesquisas se aproximavam quanto ao objeto
de estudo, possibilitando a criação de três eixos de análise: Implementação da disciplina
de Libras nos cursos de licenciatura; Impacto da disciplina de Libras na formação
docente; Aspectos pedagógicos do ensino de Libras; Entre os achados e apontamentos
mais relevantes e recorrentes, faremos uma breve explanação de alguns trabalhos.
Os estudos que compõem o eixo “Implementação da disciplina de Libras nos cursos de
licenciatura”, tem como foco de análise como a disciplina de Libras compõe o currículo
dos cursos de licenciatura
Pereira (2008), em seu estudo sobre a implementação da disciplina de Libras, aponta a
necessidade de as instituições terem profissionais capacitados para mediar estas
discussões e, valorizarem a cultura surda nestes espaços. Ao encontro desta discussão, o
trabalho de Soares (2016), ao analisar o curso de Pedagogia, identifica que os cursos
seguem o exposto pelo Decreto, no entanto, coloca a necessidade de ampliação da carga
horária da disciplina.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
7
Ao analisar as ementas dos cursos de licenciatura, Perse (2011) identifica que, as
instituições se diferenciam quanto as exigências da implementação da disciplina de
Libras, no que diz respeito ao perfil profissional. Sobre o ensino de Libras, o trabalho
destaca que o mesmo está baseado em uma concepção estruturalista e de decodificação
de vocábulos.
Souza (2013), ao analisar como a disciplina de libras se constitui como disciplina
curricular obrigatória, no curso de Pedagogia da Universidade Estadual Paulista,
identificou que as disciplinas não atendem o disposto no Decreto e que, em um número
expressivo de unidades, a disciplina de Libras se quer foi implementada. Os estudos de
Valentin (2017) convergem com os achados de Souza (2013) quando discute a inserção
da Libras como componente curricular nos cursos de Licenciatura e bacharelado, em
instituições do Paraná. A autora constata que a disciplina de Libras apresenta diferentes
estruturações quanto a objetivos, concepções de surdez, língua e linguagem.
Ao analisar a implementação da disciplina de Libras na Universidade Federal de
Uberlândia, Rossi (2014) constata que ela foi realizada de acordo com as orientações do
Decreto nº 5.626, no entanto faz uma crítica ao MEC-SECADI, no sentido de que não
deram estrutura material para que as instituições cumprissem com o disposto no referido
documento.
Costa (2015) aponta que a inserção da disciplina de Libras ocorreu de forma tranquila no
curso de Pedagogia e, que nos demais cursos, ela foi questionada por parte dos chefes de
departamentos. Houve resistências, também, por parte dos estudantes em cursar a
disciplina. Em contrapartida, Klimsa (2013) ao ouvir as narrativas dos estudantes da
disciplina de Libras, identifica que embora apresentem certo receio no primeiro contato
com o professor surdo, o contexto é favorável a presença deste profissional.
Almeida (2012) analisa a implementação da disciplina de Libras no curso de Pedagogia,
na Universidade Estadual de Londrina, a partir da ementa da disciplina e, entrevista com
a professora de Libras e acadêmicos egressos da disciplina. A partir da análise da ementa,
a autora constata que os objetivos e os conteúdos têm um enfoque nos aspectos
linguísticos da Libras, na realização de atividades práticas de aquisição da língua e,
estudos relacionados à surdez na perspectiva cultural. Na entrevista com os acadêmicos
eles apontam que não se sentem seguros para trabalhar com estudantes surdos em sala de
aula. A entrevista com a docente de Libras, indicou que na sua concepção a disciplina de
Libras tem como propósito sensibilizar os futuros professores a trabalhar com os
estudantes surdos, através do conhecimento da cultura surda e da língua de sinais. No
mesmo sentido, a pesquisa de Kendrick (2017) ressalta que a disciplina de Libras, como
disciplina curricular obrigatória no curso de Pedagogia, compromete-se com a formação
do pedagogo para a inclusão do estudante surdo. Entre os achados da pesquisa, indica que
o professor de Libras se sente pouco valorizado no espaço acadêmico.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
8
Em estudo sobre os Projetos Políticos Pedagógicos e Programas das disciplinas de Libras,
Santos (2016) infere que um dos efeitos discursivos da inserção da disciplina de Libras
nos currículos dos cursos de licenciatura é a constituição do professor inclusivo e do aluno
surdo bilíngue incluído.
Os estudos que tratam do “Impacto da disciplina de Libras na formação docente”, tem
como propósito apontar as contribuições da disciplina de Libras para a formação de
professores. Meira (2012), partindo de uma aplicação de um “questionário de
identificação, a Escala Likert de Atitudes Sociais, em relação à inclusão (ELASI) e ao
Teste de Associação Implícita (TAI)”, identifica que a disciplina de Libras afeta
positivamente a atitude social dos futuros professores. A dissertação de Iachinski (2017)
aponta na mesma direção ao afirmar, a partir de entrevista com acadêmicos de cursos de
licenciatura, que a disciplina é por eles considerada um elemento formativo importante.
Na concepção dos discentes os professores de Libras priorizam o ensino de vocabulário
e gramática, em relação à abordagem de aspectos teóricos. A autora também evidencia
que os acadêmicos consideram a carga horária da disciplina muito baixa e, segundo eles,
se tivesse uma carga horária maior seria possível tornarem-se proficientes na língua de
sinais.
Silva (2017) considera que a disciplina de Libras viabiliza uma formação docente com
vistas a minimizar as “barreiras educacionais” existentes na inclusão de estudantes
surdos. Freitas (2016) constatou que a disciplina de Libras proporciona aos acadêmicos
de licenciatura “saberes necessários para atuar com alunos surdos”. No entanto, os
resultados anunciam que a carga horária da disciplina não é suficiente para que os
estudantes tenham fluência em Libras. Barros (2017) realiza uma pesquisa com os
egressos do curso de licenciatura em Matemática e, conclui que a disciplina de Libras é
um momento importante na formação docente para discussão da inclusão, diferenças,
planejamento das atividades na lógica inclusiva e conhecimento da Libras.
Lopes (2013) ao analisar os conhecimentos adquiridos pelos acadêmicos do curso de
Pedagogia na disciplina de Libras, revela que eles acreditam não ter conhecimentos
suficientes para respaldar a atuação com estudantes surdos. Além disso, apontam que a
carga horária da disciplina é baixa, há poucas aulas práticas e que falta contato com
surdos. Silva (2014 a) analisa a difusão da cultura surda a partir da disciplina de Libras,
a partir das concepções dos acadêmicos do curso de Pedagogia e os efeitos que a
disciplina de Libras produz. Os resultados do estudo apontam que a abordagem da cultura
surda e a língua de sinais sensibiliza os acadêmicos, no entanto, é necessário “aprimorar
as condições e contribuições” da disciplina com vistas à “capacitá-los para atender
adequadamente os alunos surdos”. Santos (2015) analisa a organização da disciplina de
Libras, nos documentos normativos da Universidade Estadual de Feira de Santana e, a
partir do entendimento dos professores da área. Sobre a pesquisa, aponta que a disciplina
de Libras cumpre seu papel, mas que ainda existem lacunas quanto a sua finalidade, as
quais tem origem na própria disposição legal.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
9
Silva (2014 b) tendo como foco de estudo a metodologia de ensino de Libras no curso de
licenciatura em Matemática em uma IES de Ponta Grossa, afirma que a disciplina de
Libras não capacita o futuro professor ao atendimento dos estudantes surdos e, necessita,
portanto, de urgente reformulação. Segundo a autora a carga horária (51 horas) é
insuficiente para dar que os estudantes aprendam uma segunda língua, uma vez que esse
processo requer uma “imersão cultural adequada” e o convívio com pessoas surdas para
o “aprimoramento linguístico contextualizado”.
Outro grupo de trabalhos ocupa-se com “aspetos pedagógicos do ensino de Libras” em
cursos de licenciatura e, pela aproximação do foco de pesquisa foram localizados neste
eixo de análise. Benedetto (2017) pesquisa sobre a oferta da disciplina de Libras na
modalidade EAD. O estudo aponta que os acadêmicos sugerem mudanças nas atividades
práticas e videoconferências, de modo que sejam mais contextualizadas e articuladas ao
cotidiano.
Com o foco na medição da disciplina de Libras nos cursos de licenciatura da Universidade
Federal do Mato Grosso, Lucas (2018) indica que ela ocorre inicialmente por meio do
Português escrito, passando gradativamente para a Libras. Além disso, constata que a
aprendizagem na disciplina supera a memorização de vocabulário. Romanhol (2018)
realizou seu estudo com os docentes de Libras, a fim de identificar os desafios e os
obstáculos na disciplina de Libras diante da prática em sala de aula. Entre os
apontamentos dos professores de Libras estão: baixa carga horária da disciplina de Libras
em relação ao volume de conteúdos a serem trabalhados; ausência de intérprete, para dar
suporte ao professor surdo e, material didático; carência de suporte teórico no que se
refere a avaliação e elaboração de material didático para as aulas de Libras.
Sobre avaliação na disciplina de Libras, Carvalho (2015) identificou que os acadêmicos
ouvintes consideram a Libras como uma língua quase que eminentemente prática, sem a
necessidade de aprofundamento teórico e conhecimentos relacionados à gramática desta
língua. Em contrapartida, os docentes de Libras “reconhecem a importância do estudo
teórico e linguístico da Libras em conjunto com as habilidades práticas” e, por isso julgam
que as avaliações devem utilizar menos a língua Portuguesa.
Campos (2015) realiza uma pesquisa comprometida com a melhoria da qualidade na
oferta da disciplina de Libras, como segunda língua, na modalidade EAD. O estudo
analisou a adequação do Moodle e, o processo de interação entre os sujeitos no ambiente
virtual de aprendizagem, a partir da aplicação de um questionário on line com professores,
tutores e estudantes.
A dissertação de Andrade (2016) analisa a influência da música como recurso pedagógico
no ensino de Libras. Como conclusão a autora aponta que a música “facilita, motiva,
oferece concentração e memorização”, permitindo que os alunos se apropriem da língua
de maneira natural.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
10
Camargo (2013) em seu trabalho faz uma reflexão sobre os materiais produzidos para o
ensino de Libras a distância e, propõe “aprimoramentos para os materiais utilizados na
disciplina de LIBRAS a distância na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
(PUC-Minas)”. Como resultados, a pesquisa demonstra que o processo de reelaboração e
criação de novos materiais didáticos aponta para uma melhora expressiva na visão dos
sujeitos envolvidos no processo educacional.
Arruda (2015) interessa-se em seu trabalho em responder a seguinte questão: “a
tecnologia é a melhor estratégia para tornar o conhecimento de LIBRAS mais acessível
aos acadêmicos?”. Partindo da observação da oferta da disciplina de Libras presencial, no
curso de Pedagogia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e, sua “transposição”
didática para o ambiente virtual de aprendizagem – Moodle. O estudo apontou que a
mediação a partir do uso de tecnologias se mostra em potencial para o ensino da parte
prática da Libras. Tsukamoto (2017) analisa em sua tese a “contribuição dos Recursos
Educacionais Abertos (REA), elaborados colaborativamente, no aprendizado da Libras
como segunda língua para os ouvintes dos cursos de licenciaturas”. A pesquisa aponta
que o REA configura um recurso útil no ensino de Libras, considerando que o recurso
possibilitou a abordagem dos conhecimentos sobre a surdez, o senso crítico sobre os
conteúdos de Libras, a criação de novos sinais e, a pesquisa sobre a surdez.
Duarte (2011) propõe, em sua dissertação de mestrado, a elaboração de um material
didático para o ensino de Libras, em nível básico, para acadêmicos de cursos de
licenciatura. Como resultados, o autor atribui à conclusão da produção do material
didático para ensino de Libras, no entanto, esclarece que o mesmo configura apenas uma
proposta, não estando acabado, nem tão pouco perfeito, considerando que a “educação é
um processo contínuo e ininterrupto”.
Santos (2017) se propõe a refletir sobre o processo de ensino aprendizagem de Libras no
curso de Licenciatura em Letras-Português de uma Instituição de Ensino Superior - IES
pública de Alagoas. Sobre isso, destaca em seus resultados que tomando como referência
metodológica que compreende a linguagem enquanto prática social “os alunos foram
expostos a discussões que podem resultar numa mudança de paradigma para além de
questões estruturais vigentes no ensino de Libras”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O levantamento de dissertações e teses, que tratam como objeto de estudo a disciplina de
Libras em cursos de licenciatura, possibilitou conhecer o cenário atual das pesquisas e,
quais os enfoques mais recorrentes nos estudos sobre o tema. A leitura dos trabalhos e a
configuração dos eixos de análise nos permite afirmar que as produções sobre a disciplina
de Libras têm como foco sua implementação no currículo, suas contribuições para a
formação docente e a prática pedagógica do ensino de Libras.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
11
As pesquisas que tratam da implementação ocupam-se de modo geral em compreender
de que forma a disciplina foi inserida nos currículos dos cursos, a configuração das
ementas, carga horária, relação com as demais disciplinas do currículo, a concepção dos
professores, acadêmicos e coordenadores de curso sobre a disciplina de Libras. Alguns
trabalhos alertam para a pouca carga horária da disciplina e, a necessidade de discussão
sobre sua adequação diante dos conteúdos a serem abordados. Outros denunciam
situações de irregularidade, quanto ao não cumprimento dos prazos delimitados pelo
Decreto nº 5.626.
As produções que tiveram como foco as contribuições da disciplina de Libras, se dividem
quanto aos achados das pesquisas. Por um lado, os resultados apontam que a disciplina
de Libras contribui para a formação do professor, com vistas ao atendimento do estudante
surdo. Por outro, pesquisas apontaram que a disciplina não é suficiente para proporcionar
conhecimentos mínimos de Libras e das especificidades educacionais do estudante surdo.
O eixo dos trabalhos sobre aspectos pedagógicos da disciplina de Libras é bastante
diverso no que diz respeito aos objetos de pesquisa. Alguns discutem recursos didáticos,
metodologias e mediação de aprendizagem no ensino de Libras, na Educação a Distância.
Outros trabalhos abordam a prática de ensino de Libras, a partir do olhar do professor,
problematizando a carga horária da disciplina, carência de materiais didáticos e,
referenciais teóricos para avaliação da aprendizagem de Libras.
Conhecer o que já foi produzido e dito sobre um objeto de estudo, indica não só os
caminhos já trilhados, mas àqueles que ainda necessitam ser traçados. O estado do
conhecimento sobre a disciplina de Libras, nas dissertações e teses, entre 2008 e 20181,
evidencia que alguns temas ainda são pouco debatidos ou se quer compõem o cenário de
discussão sobre a temática. Apenas um dos trabalhos tratou da cultura surda, no intento
de analisar sua difusão a partir da disciplina de Libras. A abordagem da cultura surda em
relação ao processo de ensino de Libras é um tema que não foi contemplado por nenhum
dos trabalhos analisados.
As pesquisas sobre a disciplina de Libras anunciam a necessidade de reflexão e mudança,
principalmente, no que diz respeito a inserção na grade curricular (carga horária, relação
com as demais disciplinas e períodos de oferta) e, quanto a produção de materiais
didáticos e referencias teóricos de avaliação. Muitos trabalhos, apontaram em suas
considerações a necessidade de aprofundamento dos estudos, dado constatado quando
identificou-se que o mestrado concentra a maior parte das pesquisas. Ao apresentar uma
síntese da produção científica sobre a disciplina de Libras, nos cursos de licenciatura,
pretendeu-se, inicialmente, estabelecer um diálogo entre as pesquisas e, a partir disso,
viabilizar um processo reflexivo sobre o que já foi dito, valorizando os caminhos já
1 A consulta no Banco de Teses e Dissertações da Capes foi realizado no mês de junho e, portanto, todos os trabalhos publicados até esta data foram analisados neste trabalho.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
12
percorridos e vislumbrando àqueles que podem ser trilhados. Neste movimento,
identificou-se que a cultura surda é uma lacuna, entre outras, quando se discute o ensino
de Libras, como segunda língua, no contexto de formação de professores. Discutir a
cultura surda no processo de ensino de Libras é de suma relevância quando a formação
docente se compromete com a educação de surdos, seja na perspectiva das escolas
bilingues ou inclusivas.
As pesquisas sobre a disciplina de Libras e ensino de Libras inauguraram, nos últimos
anos, novos espaços de discussões ao colocarem-se em diálogo com novas áreas do
conhecimento, para além da educação e educação especial. Apontar o estado do
conhecimento sobre referida temática é um convite a fortalecer tais espaços e inaugurar
outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, J. J. F. de. Libras na Formação de Professores: Percepções de Alunos e
da Professora. 150 f. 2012. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade
Estadual de Londrina, Londrina, 2012.
ANDRADE, F. C. Canções em Libras: O Uso da Música como Recurso Pedagógico
no Ensino da Língua Brasileira de Sinais para alunos ouvintes em Cursos de Ensino
Superior. 2016. 109 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão).
Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2016.
ARRUDA, D. T. O Uso de Ambiente Virtual de Ensino Aprendizagem na Mediação
das Práticas Pedagógicas Inclusivas: Contribuições para a Disciplina Língua
Brasileira de Sinais – Libras. 2015. 122 f. Dissertação (Mestrado em Educação).
Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2015.
BARROS, D. D. Formação inicial de professores de matemática na perspectiva da
educação inclusiva: contribuições da disciplina de Libras. 2017. 109 f. Dissertação
(Mestrado em Educação Matemática). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho, Rio Claro, 2017.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
13
BENEDETTO, L. dos S. di. A Disciplina de Libras na Modalidade EAD: necessidades
formativas e possíveis caminhos. 2017. 129 f. Dissertação (Mestrado em Educação).
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Presidente Prudente, 2017.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução nº 2/2015.
Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior
(cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de
segunda licenciatura) e para a formação continuada. Brasília, DF: CNE, 2015b.
______. Decreto n° 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436,
de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Brasília,
2005.
______. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de
Sinais – LIBRAS e dá outras providências. Brasília, 2002.
CAMARGO, L. D. V. L. Produção e Avaliação de Materiais Didáticos Audiovisuais
para Ensino de LIBRAS a Distância. 2013. 153 f. Dissertação (Mestrado em Estudos
De Linguagens). Centro Federal de Educação Tecn. De Minas Gerais, Belo Horizonte,
2013.
CAMPELLO, A. R. S.; REZENDE, P. L. F. Propostas para a elaboração de uma Política
Nacional de Educação Bilíngue para Surdos. Rio de Janeiro: FENEIS – Federação
Nacional de Educação e Integração dos Surdos, 2012.
CAMPOS, M. de L. I. L. O Processo de Ensino-Aprendizagem de Libras por meio do
Moodle da UAB-UFSCAR. 2015. 209 f. Tese (Doutorado em Educação Especial)
Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2015.
CARVALHO, V. F. Avaliação dos acadêmicos ouvintes e professores surdos da
UFSC na disciplina de Libras como L2: os cinco tipos de provas. 2015. 164 f.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
14
Dissertação (Mestrado em Linguística). Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2015.
COSTA, O. S. Implementação da disciplina de libras nas licenciaturas em município
do interior de São Paulo. 2015. 90 f. Dissertação (Mestrado em Educação Especial).
Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2015.
COSTA, O. S.; LACERDA, C. B. F. A implementação da disciplina de libras no
contexto dos cursos de licenciatura. Revista Ibero-Americana em Estudos em
Educação, v.10, n.esp. Políticas de inclusão e formação na educação superior, p. 759-772,
2015.
DUARTE, A. S. Ensino de Libras para Ouvintes numa Abordagem Dialógica:
Contribuições da Teoria Bakhtiniana para a elaboração de material didático .2011.
327 f. Dissertação (Mestrado em estudos de linguagem). Universidade Federal De Mato
Grosso, Cuiabá, 2011.
FREITAS, M. do S. A. de. Contribuições do Ensino na Disciplina de Libras na
Formação de Professores no Curso de Pedagogia do Município de Petrolina/PE.
2016. 112 f. Dissertação (Mestrado em Ensino). Fundação Vale do Taquari de Educação
e Desenvolvimento Social - FUVATES, Lajeado, 2016.
IACHINSKI, L. T. Percepção de Acadêmicos de Licenciatura a respeito da Disciplina
de LIBRAS. 2017. 100 f. Dissertação (Mestrado em Distúrbios da Comunicação).
Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2017.
KENDRICK, D. A Disciplina de Libras na Formação do Pedagogo da Universidade
Estadual do Centro-Oeste UNICENTRO: constituição, lócus e contribuição. 2017.
151 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estadual de Ponta Grossa,
Ponta Grossa, 2017.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
15
KLEIN, M.; SANTOS, A. N. dos. Disciplina de Libras: o que as pesquisas acadêmicas
dizem sobre a sua inserção no ensino superior? In: Revista Reflexão e Ação, Santa
Cruz do Sul, v. 23, n. 3, p. 9-29, Set./Dez, 2015.
KLIMSA, B. L. T. Narrativas de alunos universitários sobre o professor surdo e o
ensino de libras. 2013. 144 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Da Linguagem).
Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2013.
LOPES, R. A. Um olhar sobre o ensino de Libras na formação inicial em Pedagogia:
utopia ou realidade? 2013. 89 f. Dissertação (Mestrado em Distúrbios Do
Desenvolvimento). Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, 2013.
LUCAS, K. A. Mediação Pedagógica na Formação de Professores: um estudo da
Disciplina de Libras. 2018. 119 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade
Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2018.
MEIRA, F. C. M. de. Atitude Social e Inclusão de Alunos Surdos: Os Impactos da
Obrigatoriedade da Disciplina de Libras nos Cursos de Formação de Educadores.
2012. 104 f. Dissertação (Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento). Universidade
Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2012.
PEREIRA, T. L. Os desafios da implementação do ensino de Libras no Ensino
Superior. Dissertação (Mestrado em Educação). Ribeirão Preto: Centro Universitário
Moura Lacerda de Ribeirão Preto, 2008. 94 folhas.
PERSE, E. L. Ementas de LIBRAS nos Espaços Acadêmicos: que profissionais para
qual inclusão?.2011. 202 f. Dissertação (Mestrado em Letras). Universidade do Estado
do Rio De Janeiro, Rio De Janeiro, 2011.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
16
ROMANHOL, T. dos A. S. O Discurso do Professor acerca da Disciplina de Libras
no Ensino Superior sob o olhar do sistema de Avaliatividade. 2018. 158 f. Dissertação
(Mestrado em Estudos da Linguagem). Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2018.
ROSSI, A. R. O Ensino de Libras na Educação Superior: Ventos, Trovoadas e
Brisas. 2014. 174 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de
Uberlândia, Uberlândia, 2014.
SANTOS, A. N. dos. Efeitos discursivos da inserção obrigatória da disciplina de
Libras em cursos de licenciatura no Brasil. 2016. 406 f. Tese (Doutorado em
Educação). Centro de Educação, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2016.
SANTOS, E. F. dos. O Ensino de Libras na Formação do Professor: Um Estudo de
Caso nas Licenciaturas da Universidade Estadual de Feira de Santana. 2015. 210 f.
Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira
de Santana, 2015.
SANTOS, F. R. dos. Um estudo sobre o processo de Ensino-Aprendizagem dos alunos
da Disciplina Libras no Curso de Licenciatura em Letras-Português de uma
Instituição do Ensino Superior Pública de Alagoas. 2017. 155 f. Dissertação (Mestrado
em Letras e Linguística). Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2017.
SKLIAR, C. (Org.) A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Editora
Mediação.1998.
SILVA, R. B. da. Cultura Surda: Inclusão da Língua de Sinais na Formação Docente
na Região do Alto TIETÊ. 2014. 93 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas).
Universidade de Mogi das Cruzes, Mogi das Cruzes, 2014.
SILVA, R. C. da. A Libras - Língua Brasileira de Sinais – e a Formação de
Professores de Matemática. 2014. 112 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
17
de Ciência E Tecnologia). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa.
2014.
SILVA, T. de A. A disciplina de libras na formação de professores. 2017. 185 f.
Dissertação (Mestrado Profissional em Educação para Ciências e Matemática). Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Jataí, 2017.
SOARES, R. B. Libras no curso de pedagogia da PUC/SP: desafios e perspectivas na
formação inicial de professore. 2016. 107 f. Dissertação (Mestrado em Educação).
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2016.
SOUZA, J. A. de. Análise das Disciplinas de Libras nos Cursos de Formação Inicial
em Pedagogia da Unesp. 2013. 195 f. Dissertação (Mestrado em Educação).
Universidade Est. Paulista Júlio de Mesquita Filho/Pr. Prudente. Presidente Prudente,
2013.
TSUKAMOTO, N. M. S. O Uso de REA para o ensino de Libras nos Cursos de
graduação o Ensino Superior. 2017. 176 f. Tese (Doutorado em Educação). Pontifícia
Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2017.
VALENTIN, S. M. L. A Disciplina de Libras nos Cursos de Formação de Professores
em Instituições do Ensino Superior do Oeste do Paraná.2017. 175 f. Tese (Doutorado
em Distúrbios da Comunicação). Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2017.
Universidade Federal de Santa Catarina. Professor adjunto de ensino de Libras como
L2 e Letras Libras. Mestre em Educação e Processos Inclusivos (UFSC) e doutor em
Linguística (UFSC).
Instituto Federal Catarinense – campus Araquari. Professora de Língua Brasileira de
Sinais. Especialização em Gestão Educacional (UFSM) e, acadêmica do curso de
Mestrado em Educação da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI.
INTERLETRAS, ISSN Nº 1807-1597. V. 8, Edição número 28, outubro 2018 / março 2019 - p
18
i Ao longo do trabalho será utilizada a sigla Libras para fazer referência à Língua Brasileira de Sinais.
ii A consulta no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes - http://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-
teses/#!/ ocorreu no período de 14 de junho à 18 de junho de 2018.