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NDICE
1 INTRODUO....................................................................................2
2 FORMAS FARMACUTICAS USUAIS...............................................32.1 FORMAS DE USO INTERNO .............................................................42.2 FORMULAES DE USO EXTERNO ...................................................
3 CUIDADOS NO USO DAS PLANTAS ................................................8
4 CULTIVO DAS PLANTAS MEDICINAIS............... ............................114.1 PROPAGAO .............................................................................114.1.1 Propagao por sementes.......................................................114.1.2 Locais de semeadura.................................................. ...........124.1.3 Propagao vegetativa ..........................................................134.2 ADUBAO.................................................................................144.3 PRAGAS E DOENAS ..................................................................154.4 COLHEITA E PROCESSAMENTO ...................................................16
5 PLANTAS MEDICINAIS ALIMENTARES ........................................185.1 ABBORA ....................................................................................195.2 AGRIO .......................................................................................205.3 ALCACHOFRA...............................................................................215.4 ALFACE .......................................................................................225.5 ALHO ..........................................................................................235.6 BERINJELA...................................................................................245.7 CEBOLA.......................................................................................255.8 CENOURA ....................................................................................265.9 COUVE ........................................................................................275.10 FEIJO ......................................................................................285.11 FIGO, FIGUEIRA..........................................................................295.12 GOIABA, GOIABEIRA ...................................................................305.13 MANDIOCA.................................................................................315.14 RABANETE.................................................................................325.15 ROM, ROMZEIRA.....................................................................335.16 SALSA .......................................................................................345.17 SERRALHA-DE-ESPINHO, CARDO-MARIANO..................................35
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6 ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS NATIVAS E CULTIVADASNO MUNICPIO DE LAVRAS................................................................36
6.1 ALECRIM, ALECRIM-DOS-JARDINS................................................376.2 ARNICA ......................................................................................386.3 AROEIRA-MANSA ........................................................................396.4 ARRUDA.....................................................................................406.5 ASSA-PEIXE ...............................................................................416.6 BLSAMO...................................................................................426.7 BOLDO ......................................................................................426.8 BOLSA-DE-PASTOR ....................................................................436.9 CAMOMILA..................................................................................446.10 CAPUCHINHA, CHAGAS ..............................................................456.11 CARQUEJA.................................................................................466.12 CICUTA-MAIOR, FUNCHO SELVAGEM ..........................................476.13 CONFREI ...................................................................................486.14 ERVA-CIDREIRA, MELISSA..........................................................496.15 FUNCHO, ERVA DOCE................................................................506.16 GIRASSOL .................................................................................516.17 GUACO .....................................................................................526.18 GUIN.......................................................................................536.19 HORTEL ..................................................................................54
6.20 JURUBEBA.................................................................................546.21 LOSNA ......................................................................................556.22 MARACUJ ................................................................................576.23 MARCELA, MARCELINHA.............................................................586.24 MELO-DE-SO-CAETANO .........................................................586.25 MENTRASTO..............................................................................596.26 PICO .......................................................................................606.27 PITA, PITEIRA ............................................................................616.28 POEJO ......................................................................................626.29 QUEBRA-PEDRA ........................................................................636.30 TANCHAGEM..............................................................................64
7 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ...............................................66
8 GLOSSRIO....................................................................................68
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PLANTAS MEDICINAIS
Prof. Jos Eduardo Brasil Pereira Pinto1
Prof Maria das Graas Cardoso1
Prof. Manoel Losada Gavilanes1
Rozane Aparecida da Silva2
Suzan Kelly Vilela Bertolucci2
Gustavo Azevedo Campos2
Andrea Yu Kwan Villar Shan2
Prof. Custdio Donizete dos Santos1
1 INTRODUO
A contribuio do reino vegetal sade do homem
acompanha e acompanhar sua existncia. A mais elementar
necessidade humana, a alimentao , na sua maior parte,
dependente dos vegetais. Tambm no que diz respeito aos
medicamentos, as plantas desempenham essencial papel,
fornecendo molculas e substncias ativas para o tratamento dasdoenas, s vezes como recurso insubstituvel, oriundo da
chamada flora medicinal.
Quando, na primeira metade do sculo XX, os notveis
progressos na produo de medicamentos de sntese qumica
tomaram o lugar dos remdios vegetais, aparentemente que a
fitoterapia chegava ao seu fim. Contudo, est sendo redescoberto
o valor dos remdios naturais e a medicina tem feito uso cada
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Professores da Universidade Federal de Lavras2Acadmicos da Universidade Federal de Lavras
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vez maior das plantas curativas. Foi possvel comprovar que,
embora o seu efeito possa parecer mais lento, os resultados so
melhores a longo prazo, especialmente em doenas crnicas.
Calcula-se que, 25% dos medicamentos prescritos
atualmente contenham pelo menos uma ou alguma substncia
derivada dos vegetais. Os medicamentos de sntese qumicanormalmente apresentam certos inconvenientes. Obviamente, as
plantas no so desprovidas de efeitos txicos. Plantas colhidas
ou receitadas por amadores, bem como a preparao imprpria,
podem ser extremamente perigosas. Informaes acerca da
utilizao das plantas in natura ou de suas preparaes
galnicas simples e seus riscos a sade, so elementares como
forma de preveno de possveis intoxicaes acidentais.
evidente que um tratamento monitorado por um profissionalconhecedor de suas propriedades seja indispensvel e racional.
Sendo assim, nosso propsito educativo e no tem a menor
pretenso de substituir cuidados mdicos apropriados,
diagnsticos ou prescries.
2 FORMAS FARMACUTICAS USUAIS
O valor medicinal de uma planta deve-se presena, em
alguns de seus tecidos, de uma substncia qumica "o princpio
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ativo" - que produz um efeito farmacolgico. Por isso, a forma de
preparo importante para que seja corretamente retirado do
interior das clulas da planta, bem como para no modificar suas
propriedades qumicas. Estas operaes, que constituem a arte
farmacutica, so aqui expostas de maneira simplificada, a fim de
capacitar o leitor manipulao de seus prprios medicamentos.
2.1 Formas de uso interno
Crua: Esta no se trata de uma forma farmacutica, uma forma
de uso alimentar, na qual se utilizam partes do vegetal in natura
para a preparao de pratos culinrios.
Decoco:Colocar a planta em uma vasilha e jogar gua fria porcima. Tampar e colocar para ferver durante 10 a 15 minutos ou
conforme tempo especificado. Retirar a vasilha do fogo e
conservar tampada durante alguns minutos. Aps, coar e tomar.
O decocto deve ser utilizado no mesmo dia do seu preparo. o
processo utilizado na elaborao do popular "ch".
Infuso:As infuses so obtidas fervendo-se a gua necessria
e despejando-a sobre a erva picada numa vasilha, de prefernciade vidro, deixando em repouso tampada por um tempo varivel
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de 10 a 20 minutos, ou conforme especificado. Aps, coar e
tomar. O infuso deve ser utilizado no mesmo dia da preparao.
Macerao: Esta forma de preparao consiste em colocar a
parte da planta picada imersa em um lquido extrator (gua,
lcool, leo ou outro lquido), por um perodo de tempo em tornode 15 horas para partes mais tenras (folhas, flores, inflorescncia,
etc.) e 24 horas para partes mais duras (cascas, razes, caule,
etc.).
P: droga vegetal submetida ao processo de moagem. Pode ser
usada, segundo sua especificao, interna ou externamente.
Suco: O suco obtido atravs de plantas frescas e de vrias
maneiras: 1) manualmente, espremendo ou esmagando a planta
com a mo; 2) colocando o material dentro de um tecido
apropriado e fazendo toro; 3) com ajuda de um moedor ou
pilo; 4) de forma mais prtica com aparelhos eltricos, como
liqidificador ou outros instrumentos mais sofisticados, seguido
de filtrao.
Tintura: As tinturas so solues preparadas a partir da extrao
das ervas, com soluo alcolica temperatura ambiente e ao
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abrigo da luz. Esta preparao guarda uma relao droga/tintura
que geralmente de 1/5, ou mesmo 1/10 para drogas
potencialmente txicas. Para isto deve-se colocar 100 ou 200
gramas do rgo vegetal (dependendo da planta), que deve ter
sido previamente seco e pulverizado, em um recipiente fechado,
contendo 850 ml de soluo alcolica ou hidroalcolica temperatura ambiente. Agita-se duas vezes ao dia durante oito
dias. Em seguida, filtrar. Aps a passagem de todo o lquido,
lavar, com o solvente j utilizado, a planta restante no filtro, em
pequenas quantidades, at o volume recolhido somado ao lquido
anterior atingir 1 litro.
Tisanas: Nome genrico dado s solues, maceraes,
infuses e decoces preparadas com ervas.
Vinhos medicinais ou enleos: Obtm-se pela dissoluo do
princpio ativo ou mesmo pela macerao de partes do vegetal
em vinhos.
Xaropes: Soluo com grande quantidade de acar, capaz de
conferir uma alta viscosidade ao produto. Essa preparao
contm em torno de 85% de acar ou podero ser os extratos
adicionados diretamente ao mel.
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2.2 Formulaes de uso externo
Alcoolatura: uma macerao que utiliza o lcool como lquido
extrator.
Banho: Os banhos podem ser parciais (banhos de assento) ou
de corpo inteiro. preparada uma infuso ou decoco mais
concentrada que deve ser coada e misturada na gua do banho.
Tambm podem-se colocar as ervas em saco de pano fino e
deixar na gua da banheira.
Cataplasma: Este preparo pode ser obtido por diversas formas.
Uma delas consiste em amassar as ervas frescas e limpas e
aplic-las, envolvida em um pano fino ou gaze ou diretamentesobre a parte afetada. Uma outra forma, seria utilizar farinha de
mandioca ou fub de milho adicionado ao ch ainda quente,
fazendo uma papa. Neste caso, envolve-se essa mistura da
planta em um pano limpo e aplica-se na regio afetada.
Compressa: Consiste em embeber panos, chumao de algodo
ou gazes com o infuso, decocto, suco ou tintura e aplicar sobre o
local afeccionado. A compressa pode ser quente ou fria.
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Gargarejo: Usado geralmente para combater afeces de
garganta, amigdalites e mau hlito. Faz-se um infuso ou decocto
mais concentrado e gargareja-se quantas vezes for necessrio.
Inalao: Nesta preparao, utiliza-se a combinao do vapor de
gua quente com as substncias volteis das plantas aromticas.Este vapor aspirado durante 10 a 15 minutos, normalmente
recomendado para problemas do aparelho respiratrio. O
recipiente deve ser mantido no fogo para haver contnua
produo de vapor. A cabea pode ser coberta com uma toalha
para facilitar a inalao do vapor. Com crianas, todo cuidado
pouco, pois h riscos de queimaduras. Recomenda-se, neste
caso, o uso de aparelhos prprios para este fim.
3 CUIDADOS NO USO DAS PLANTAS
O uso racional das plantas medicinais como alternativa
teraputica fundamental para a eficcia do tratamento, bem
como para evitar efeitos indesejveis. Sugerem-se alguns
cuidados para a utilizao adequada das plantas medicinais,
como no colher plantas simplesmente, pela semelhana, mas
tendo certeza de sua identificao ou procurando certificar-se
com um profissional da rea. Freqentes confuses entre plantas
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so causa de intoxicaes acidentais como ocorre entre a salsa
e a cicuta-maior. Outro problema de engano ocorre com os
nomes populares, pois muitas apresentam a mesma sinonmia
popular, mas pertencem a espcies diferentes.
No se deve colher plantas em local poludo, junto
esterqueiras, na beira de estradas ou atingidas por tratamentosde defensivos agrcolas.
Convm saber distinguir a parte do vegetal a ser
empregada, pois os princpios ativos distribuem-se pelas
diferentes partes da planta de forma desigual. H partes que
contm as substncias ativas, no entanto, podem haver tambm
partes que contenham substncias letais.
As plantas frescas com mau aspecto no devem ser
utilizadas e, quando secas, no devem apresentar sinais de
deteriorao, como mofo. Estes sintomas certamente refletem os
maus cuidados na conservao e a possvel presena de toxinas
de fungos, que podem causar perturbaes diversas no
organismo.
Na preparao, deve-se ter o cuidado de observar a
dosagem das partes vegetais e a sua forma de uso. Outro
importante fator de intoxicao por plantas a administrao de
uma dose excessiva de uma planta potencialmente txica. O
funcho ou erva-doce, como conhecido popularmente, um
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aliado me e ao beb com suas propriedades carminativas e
galactagogas, porm, no se deve ultrapassar as doses
indicadas, pois a essncia que contm pode provocar
convulses.
As formas de preparo so de suma importncia, pois o
calor excessivo podem fazer com que algumas substncias ativasse volatilizem ou se modifiquem, perdendo, assim, sua ao
medicinal. Assim, para aquelas plantas que contm leos
essenciais, como a hortel, no se deve utilizar uma decoco e
sim uma infuso.
O remdio caseiro deve ser preparado de preferncia em
vasilhas de barro, loua, vidro ou esmaltados, para evitar a
interferncia do alumnio nas propriedades teraputicas. Os chs
nunca devem ser guardados de um dia para o outro.
Recomenda-se no adoar os remdios vegetais, com
exceo dos xaropes e alguns casos especiais. Qualquer
adoante, especialmente o acar branco, interfere
negativamente na ao medicinal da planta.
O uso contnuo de uma mesma planta deve ser evitado,
recomendando-se perodos de uso mximo entre 21 e 30 dias,
intercalados por um perodo de descanso de 7 dias, salvo
algumas excees.
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As misturas de plantas devem se restringir a um nmero
reduzido de espcies, uma vez que podem trazer efeitos
inesperados, em virtude das interaes de seus constituintes
qumicos.
Algumas plantas de uso habitual que no apresentam
efeitos txicos podem ter efeitos indesejveis nas mulheresgrvidas e crianas, portanto, deve-se ter prudncia ser
prudentes no uso de qualquer planta ou medicamento.
Com estas recomendaes, no temos a inteno de
tornar o uso das plantas meticuloso e complicado, e sim torn-lo
mais seguro e eficaz.
4 CULTIVO DAS PLANTAS MEDICINAIS
4.1 Propagao
Duas so as maneiras mais usuais de multiplicar as plantas:
a propagao por sementes (sexuada) e a propagao vegetativa
(assexuada).
4.1.1 Propagao por sementes
A propagao atravs de sementes pode ser til para
produzir plantas mais ricas em leo essencial, como no caso do
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tomilho, no entanto, de maneira geral as plantas levam muito
tempo para produzir.
As sementes devem ser colhidas quando estiverem
completamente formadas e secas.
4.1.2 Locais de semeadura
SementeiraNormalmente, a sementeira constituda de um simples
canteiro com 1 m de largura por, no mximo, 5m de comprimento.
Deve ter um substrato leve e frtil, de preferncia com areia e
esterco. A semeadura deve ser feita em sulcos e a profundidade,
em geral, deve ser cerca de trs vezes o comprimento da
semente.
As irrigaes, de preferncia com regador de crivo fino,
devem ser feitas em seguidamente e com freqncia para manter
a umidade.
Aps a germinao, necessrio fazer a eliminao de
plantas invasoras (plantas daninhas) para evitar concorrncia.
Bandejas de isoporO uso de bandejas diminui a mo-de-obra e materiais,
sendo as mudas transplantadas para o campo com alta
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- coletar estacas do pice da planta, com tamanho de 7 a
15 cm, fazendo o corte logo abaixo de um n.
O substrato para enraizamento deve conservar umidade e
ao mesmo tempo, permitir a aerao. A areia tem sido a mais
utilizada, seguida da palha de arroz carbonizada.
Na propagao vegetativa natural, a multiplicao se datravs de bulbos, rizomas e filhotes ou rebentos. No caso dos
bulbos, estes so separados e plantados diretamente no local
definitivo. Os rizomas tambm seguem o mesmo processo como
o caso do gengibre, e os filhotes ou rebentes, como o caso
da babosa que emite filhotes a partir da base do caule, so
separados e plantados normalmente.
4.2 ADUBAO
Dentre os fatores de stress que podem interferir na
composio qumica de uma planta, a nutrio merece destaque.
A deficincia e/ou excesso de nutrientes podem promover maior
ou menor produo de frmacos na planta.
Na maioria das vezes, as adubaes com nitrognio
mineral (sulfato de amnio, uria, etc) podem trazer problemas na
produo de substncias ativas, por isso esse elemento deve ser
fornecido somente pela adubao orgnica, mesmo assim sem
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excessos. O fsforo deve ser adicionado ao solos,
preferencialmente em formas menos solveis (fosfatos naturais,
farinha de ossos, etc.) ou mesmo s o composto orgnico.
A importncia do potssio est principalmente ligada s
plantas produtoras de alcalides, havendo efeitos nos teores
desses princpios ativos, em funo da concentrao de potssiono solo.
Outros nutrientes tambm devem exercer efeitos diretos e
indiretos sobre os teores de princpios ativos em plantas, mas
ainda no se tem muito conhecimento a respeito. O que se deve
lembrar que uma adubao equilibrada a chave para a
obteno de plantas mais resistentes a pragas e doenas e
tambm com maiores teores de frmacos.
4.3 Pragas e doenas
As espcies medicinais normalmente apresentam alta
resistncia ao ataque de doenas e pragas, mas por algum
desequilbrio ela pode ocorrer em nveis prejudiciais.
O uso de produtos qumicos (defensivos agrcolas)
condenado para o cultivo de espcies medicinais.
Dentre as prticas culturais contra pragas, recomenda-se o
uso de plantas repelentes como a catinga-de-mulata (Tanacetum
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vulgare L. - Asteraceae ou Compositae) que repele formigas e
outros insetos; a capuchinha (Tropaelum majus L. -
Trapaeslaceae) e o cravo-de-defunto (Tajetessp. - Asteraceae ou
Compositae), que tm ao contra nematides e a hortel
(Mentha sp. - Lamiaceae ou Labiatae), que repele alguns
lepidpteros da couve, bem como formigas e ratos.Recomendam-se ainda seleo da rea de plantio, rotao de
culturas, podendo-se usar ainda preparados e caldas feitas
base de losna, arruda, fumo, etc.
Problemas com doenas podem ocorrer. Nesse caso, o
controle mais difcil, sendo recomendados cuidados para evitar
a entrada de patgenos na rea, como verificao das condies
sanitrias das mudas, sementes e outros propgulos introduzidos
no local.
4.4 Colheita e processamento
As espcies medicinais, que se referem produo de
substncias com atividades teraputicas, apresentam alta
variabilidade. O ponto de colheita varia de acordo com o rgo da
planta, estgio de desenvolvimento, a poca do ano e hora do
dia.
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A concentrao de princpios ativos durante o dia pode
variar muito: os alcalides e leos essenciais concentram-se mais
pela manh e os glicosdeos tarde. As cascas so colhidas
quando a planta atinge a plenitude de seu crescimento, no fim do
ciclo anual ou antes da florao. No caso de frutos e sementes,
recomenda-se esperar at o seu completo amadurecimento; asrazes, quando a planta estiver adulta, e caules e folhas, antes do
florescimento.
A colheita deve ser realizada com o tempo seco, de
preferncia pela manh, mas sem que as plantas estejam
molhadas de orvalho. Aps a colheita o material pode seguir trs
caminhos: o uso direto do material fresco, extrao de
substncias ativas ou a secagem para comercializao.
Secagem
A secagem, quando bem conduzida, muito eficaz como
mtodo de conservao. Para isso devem-se observar alguns
cuidados para o processo:
- no lavar (molhar) as plantas antes da secagem.
- as plantas colhidas e transportadas ao local de
secagem no devem receber raios solares.
-antes da secagem deve-se fazer uma seleo de modo
a eliminar elementos estranhos (terra, pedra, outras
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plantas, etc.) e partes que estejam em condies
indesejveis (sujas, descoloridas, danificadas, ...).
- as plantas colhidas inteiras devem ter cada parte
(folhas, flores, sementes, frutos e razes) seca,
separadamente.
A secagem natural um processo lento e deve ser feita asombra, em local ventilado, protegido de poeira e do ataque de
insetos e outros animais. A secagem artificial pode ser feita
utilizando secadores, mas tendo o cuidado com a temperatura e
ventilao que so fornecidos, de modo a no ultrapassar 35 a
45 C. Temperaturas elevadas podem degradar os princpios
ativos e danificar os tecidos vegetais, pois propiciam coco das
plantas e no uma secagem.
5 PLANTAS MEDICINAIS ALIMENTARES
Todos ns que temos a sorte de ter uma variedade de
alimentos disposio podemos ter como objetivos degustar os
alimentos e escolher aqueles que ajudam a prevenir e tratar
doenas aumentando o bem-estar.
A melhor dieta no a que inclui um pouco de tudo, mas
a que evita o que nocivo e usa com moderao o que
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conveniente. A combinao e quantidades que voc escolhe
que so importantes para ajud-lo a manter a sade.
Alm de nutrientes, alguns alimentos nos proporcionam
substncias de ao curativa e preventiva. Alimentos bem
escolhidos e utilizados podem curar, aliviar e prevenir muitos
transtornos e doenas.Informaes sobre o equilbrio necessrio dos alimentos
so assunto de inmeras obras literrias. Sugerimos aqui,
apenas alguns alimentos particularmente valiosos.
5.1 Abbora (Cucurbita pepoL. - CUCURBITACEAE)
Indicaes: usada como antiinflamatrio das vias urinrias,
vermfugo, para queimaduras, prostatite de causa infecciosa ehipertrofia prosttica.
Propriedades: o suco retirado das flores estomquico; as
sementes so vermfugas, porm de efeito lento e, quando
trituradas, fornecem um suco refrigerante, prprio para os
perodos de febre e nas inflamaes das vias urinrias. As
sementes frescas da abbora contm um princpio ativo que
desinflama e reduz o crescimento excessivo da prstata.
Parte utilizada: sementes, polpa e floresForma farmacutica: suco.
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Preparao e posologia: pode-se comer de 50 a 100g de
sementes frescas secas ou cozidas, 2 ou 3 vezes por dia.
Quando utilizada contra os parasitas intestinais recomenda-se o
plano indicado a seguir: descascar e triturar em um pilo 200 a
400g de sementes sem casca e acrescentar acar mascavo.
Tomar 3 vezes ao dia em jejum de 12 horas, ou seja, no comeroutra coisa durante todo o dia, exceto cenoura que tambm
anti-helmntica. Uma hora aps a terceira dose administra-se um
purgante (por exemplo, uma colher de leo de rcino). Caso
perceba-se que os vermes no foram expulsos, repetir o
processo aps 3 dias. Para queimaduras, utilizar o suco da polpa
fresca em forma de cataplasmas frios. Para os males da prstata,
ingere-se um punhado de sementes frescas, secas ou cozidas, 2
ou 3 vezes ao dia.
Toxicologia: contra-indicada na anemia e na dispepsia
fermentativa.
5.2 Agrio (Nasturtium officinaleR. Br. BRASSICACEAE OU CRUCIFERAE)
Indicaes: tonificante, expectorante, cicatrizante, depurativo do
sangue e para deficincia de clcio.
Propriedades: o agrio possui um suave efeito estimulante sobre
todas as funes do organismo, abre o apetite, ativa o
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metabolismo, favorece a expectorao e descongestiona o
aparelho respiratrio. Os cataplasmas de agrio aplicados sob
feridas ou chagas de difcil cicatrizao facilitam a formao de
pele nova e tambm regeneram a pele no caso de eczemas,
acne e dermatoses. Aplicada sobre o couro cabeludo, impede a
queda do cabelo. Muito indicado em casos de gota, artritismo,obesidade de alimentao rica em carnes e gorduras. uma boa
fonte de clcio.
Parte utilizada: folhas e caules jovens
Forma farmacutica: suco, cataplasmas.
Preparao e posologia: Toma-se copo de suco adoado
com mel, cada refeio. Na preparao dos cataplasmas
utilizam-se 100 g de plantas frescas, trituradas e aplica-se sobre
as zonas afetadas.Toxicologia: se conservados crus podem tornar-se txicos. Para
uso culinrio, quanto mais tenros e frescos estiverem melhor. As
grvidas devem abster-se de comer agrio. Seu uso deve ser
evitado quando est florido.
5.3 Alcachofra (Cynara scolymusL. ASTERACEAEOU COMPOSITAE)
Indicaes: colertica, hepatoprotetora, hipolipemiante.
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Parte utilizada: folhas, caules, flores e raiz
Forma farmacutica: infuso ou suco fresco
Preparao e posologia: com 50 a 100 g de folhas, caule e/ou
razes por litro de gua, obtm-se o infuso. Tomar 3 xcaras
dirias antes das refeies. O suco fresco se faz das folhas e
ingere-se uma xcara a cada refeio.Toxicologia: no h restries ao seu uso.
5.4 Alface (Lactuca sativa L. ASTERACEAE OU
COMPOSITAE)
Indicaes: estimulante, depurativo, balsmico, preventivo de
anemia, doenas do corao, derrame, catarata e
espermatorria.Propriedades: existem vrios tipos de alface. Embora
freqentemente subestimados por conterem muita gua, os
vegetais folhosos contm valiosas quantidades de vitaminas,
minerais e antioxidantes, e trazem uma vantagem importante,
quando comparados a outros alimentos, a de serem quase
sempre ingeridos crus. til contra insnia, excitao nervosa,
palpitaes, reumatismo, hipocondria, nevralgias intestinais,
conjuntivites.Parte utilizada: folhas, caule e raiz
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Forma farmacutica: suco e decocto
Preparao e posologia: as folhas so usadas cruas em
saladas e so levemente laxantes e anticidas. O suco cru ou o
decocto, feitos com 20 g das folhas, caule e raiz em 1 litro de
gua, so sonferos, calmantes do estmago, do sistema
nervoso, bquicos e antiespermatorricos.Toxicologia: no h restries ao seu uso.
5.5 Alho (Allium sativumL. - LILIACEAE)
Indicaes: estimulante, hipotensor, hipolipemiante,
hipoglicemiante, estimulante das defesas, antibitico e anti-
sptico geral, vermfugo potente, preventivo dos tumores
malignos, calicida, depurativo e balsmico.Propriedades: o alho cura e previne com eficcia uma multido
de males. um grande amigo do sistema circulatrio, tem um
efeito vasodilatador, pelo que til aos hipertensos, aos
arterioesclerticos e aos que sofrem do corao. um excelente
desintoxicante, especialmente recomendado nos tratamentos
para deixar de fumar.
Parte utilizada: bulbo.
Forma farmacutica: decoco, cru e cataplasma.
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Preparao e posologia: para hipertenso, mastigar de 1 a 3
dentes de alho pela manh. Usa-se uma cabea de alho em 1
litro de gua, fervidos durante 5 minutos para preparao do
decocto. Tomar 3 xcaras por dia. Desta forma, perde-se uma
parte de suas propriedades, mas evita o mau hlito. Como
calicida aplicar um pedao de alho esmagado sobre o caloprendendo com um pequeno esparadrapo. Em 2 ou 3 dias o calo
amolece e desinflama, podendo ser extirpado com maior
facilidade.
Toxicologia: devido a sua ao fluidificante do sangue, as doses
elevadas de alho podem prolongar as hemorragias e dificultar os
processos de coagulao. No se recomenda o emprego
continuado de grandes doses de alho durante a gravidez.
5.6 BERINJELA (Solanum melongenaL. -SOLANACEAE )
Indicaes: colertica, diurtica, emoliente, hipocolesterole-
miante, laxativa.
Propriedades: embora as partes verdes da planta, que contm
alcalides, sejam txicas como na maioria das solanceas, a
polpa do fruto contm substncias do grupo dos saponosdeos,
pigmentos, cido clorognico, aminocidos, vitaminas. A berinjela
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cozida com casca e sem excesso de gorduras pode ser
aconselhada para tratar a atonia hepatobiliar.
Parte utilizada: fruto
Forma farmacutica: suco, decocto, infuso, vinho
Preparao e posologia: bater de um fruto mdio com o suco
de 2 laranjas, coar e tomar em jejum. Ferver 1 fatia pequena decasca (fresca ou seca) em 1 xcara de gua; tomar 2 xcaras ao
dia, sendo uma em jejum. Macerar 6 fatias de casca em 1 litro de
vinho branco por 5 dias. Coar e tomar 1 clice antes das
principais refeies.
Toxicologia: no h restries ao seu uso.
5.7 Cebola (Allium cepaL. - LILIACEAE)
Indicaes: vermfugo, diurtico, expectorante, estomquico,
antibitico, cosmtico, para descalcificao e frieira.
Propriedades: a cebola ideal para bronquticos, artrticos e
reumticos. Aplicadas diretamente sobre a pele, as placas
carnosas da cebola cozida suavizam e embelezam e so
recomendveis em caso de acnes. O xarope de cebola muito
til contra as afeces respiratrias. Comer uma cebola por dia
garantia de sade.
Parte utilizada: bulbo (cabea)
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Forma farmacutica: crua, suco fresco, xarope e cataplasmas.
Preparao e posologia: aplica-se sobre a pele o suco fresco,
que atua como um autntico antibitico para curar feridas,
furnculos, abcessos, rachaduras da pele e acne. O xarope,
prepara-se com vrias cebolas cortadas em rodelas com um
pouco de gua e bastante mel ou acar mascavo. Formar umapasta homognea e tomar as colheradas contra as afeces
respiratrias. O gargarejo com caldo em que se cozeram as
cebolas desinflamam a faringe e so muito teis em caso de
amigdalite. Ao friccionar o bulbo lavado nas frieiras, a dor cessa
subitamente e, em poucos dias, as frieiras esto curadas.
Toxicologia: no h restries ao seu uso.
5.8 Cenoura ( Daucus carotaL. APIACEAE OUUMBELLIFERAE)
Indicaes: transtornos da viso, anemia, colecistite crnica,
contuso
Propriedades: a vitamina A encontrada na cenoura desempenha
funes essenciais na retina, nos mecanismos da viso e bom
estado da pele e das mucosas. A vitamina A tambm tem valor
como preventivo de catarros nasais, farngeos e bronquiais, pois,
alm de fortalecer as mucosas, aumenta as defesas. Devido aos
diversos sais minerais que contm, principalmente potssio e
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fsforo, tem ao remineralizante recomendada, especialmente,
em casos de desidratao.
Parte utilizada: raiz.
Forma farmacutica: crua, decoco e suco
Preparao e posologia: crua, em saladas. Toma-se a 1 copo
de suco por dia, recm preparado, puro ou misturado com sucode limo ou de ma. Para contuses preparar um decocto com
40 g de cenoura em 1 litro de gua. Ferver por 10 minutos. Tomar
3 xcaras ao dia.
Toxicologia: no h restries ao seu uso.
5.9 Couve (Brassica oleracea L. BRASSICACEAE OUCRUCIFERAE)
Indicaes: debilidade dos ossos, dores intercostais, fissura
mamilar.
Propriedades: todas as variedades de couve so
antiescorbticas e eficazes contra ataques de gota, priso de
ventre, tremores nos membros e fraqueza visual. As sementes
acalmam clicas.
Parte utilizada: folhas frescas.
Forma farmacutica: suco, cataplasma.
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Preparao e posologia: 200-250 g de suco fresco das folhas
para debilidade dos ossos. Para dores intercostais utilizar as
folhas frescas, escaldar bem com ferro de passar roupa uma
folha (aps haver extrado a nervura mediana) e colocar sobre o
local, por 2 horas. Para fissura mamilar lavar bem as folhas,
reduzi-las a papa e aplicar localmente.Toxicologia: no h restries ao seu uso.
5.10 Figo, Figueira (Ficus carica L. - MORACEAE)
Indicaes: feridas infectadas, abcessos dentrios, priso de
ventre, faringite, gastrite, tosse seca ou irritativa, para eliminar
calos e verrugas.
Propriedades: os figos, tanto frescos como secos, ajudam aequilibrar a nossa dieta e a curar diversas doenas. Aplicados
externamente os figos so resolutivos (favorecem a maturao de
abcessos e inflamaes) e cicatrizantes. O ltex (leite) utilizado
para amolecer calos e eliminar verrugas. Para consegui-lo, so
necessrias persistncia e aplicao diria durante vrias
semanas. Tambm pode-se aplicar sobre as verrugas uma folha
de figueira esmagada e quente.
Parte utilizada: frutos, folhas, ltex (leite).Forma farmacutica: decoco, cataplasmas.
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Preparao e posologia: para uso interno, ferver 10 a 12 figos
secos em um litro de gua ou leite. Deixa-se ferver at que o
lquido se reduza metade. Para combater as afeces
digestivas ou respiratrias ingerem-se 3 ou 4 xcaras dirias
deste lquido, quente. Tambm se podem comer os figos cozidos.
Para uso externo, tritura-se um punhado de figos frescos ousecos, coloca-se de molho e com a pasta resultante prepara-se
uma cataplasma, que se aplica envolvida em um pano fino de
algodo sobre a zona afetada. Deixa-se ficar durante o dia e
retira-se noite, lavando bem a pele. Tambm se pode aplicar
diretamente um figo aberto ao meio.
Toxicologia: so bastante ricos em acares, devendo ser
evitado por diabticos.
5.11 Feijo (Phaseolus vulgaris L. LEGUMINOSAE -PAPILIONOIDEAE)
Indicaes: diurtico, antidiabtico.
Propriedades: as vagens secas so diurticas e ativadoras do
metabolismo de acar (glicose). So utilizadas principalmente
para combater o excesso de cido rico (reumatismo, gota,
eczemas e clculos renais). Tambm til no tratamento da
diabetes.
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Parte utilizada: vagens.
Forma farmacutica: decoco.
Preparao e posologia: usam-se 100 g de vagens secas de
feijoeiro em 1 litro de gua. Ferver a decoco at reduzi-la
metade. Toma-se o lquido resultante ao longo do dia para reduzir
os nveis de glicose.Toxicologia: no h restries ao seu uso.
5.12 Goiaba, Goiabeira (Psidium guajava L. -
MYRTACEAE)
Indicaes: diarria, disenteria, estomatite, esgotamento fsico,
desnutrio, debilidade.
Propriedades: a goiaba uma das frutas mais ricas em vitamina
C, tendo, algumas variedades, at 5 vezes mais desta vitamina
que a laranja. Seus frutos tambm tm propriedades
antiescorbticas, remineralizante e tonificante.
Parte utilizada: brotos,folhas, casca da raiz e frutos.
Forma farmacutica: decoco, bochechos e gargarejo.
Preparao e posologia: a decoco se faz com 50 g de brotos,
folhas e cascas da raiz por litro de gua. Ingere-se uma xcara a
cada 4 horas, at que a diarria tenha cessado. Para
esgotamento fsico, desnutrio e debilidade comem-se os frutos
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frescos. Para estomatite, fazer bochechos ou gargarejo com a
mesma decoco descrita para uso interno.
Toxicologia: no h restries ao seu uso.
5.13 Mandioca (Manihot esculenta Crantz Pohl -EUPHORBIACEAE)
Indicao: digestiva, emoliente e adstringente,
Propriedades: a raiz da mandioca contm 40% de hidratos de
carbono, principalmente amido; mas bem pobre em protenas e
gorduras. Por isso, seu valor nutritivo limitado e ela no deve,
sozinha, constituir a base da alimentao. A tapioca, preparada
base de mandioca em forma de farinha, de fcil digesto. Por
isso, recomendada em casos de gastrite, lcera
gastroduodenal, dispepsia e hipercloridria (excesso de acidez),
sendo tambm conveniente em gastroenterites, diarrias e
colites.
Parte utilizada: o "tubrculo" (raiz) tostado ou cozido.
Forma farmacutica: triturao do "tubrculo" na presena de
calor e cataplasmas.
Preparao e posologia: para uso externo a tapioca pode ser
aplicada em forma de cataplasma, com suco de limo, para
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amadurecer furnculos, bolhas infectadas e abcessos. Tambm
serve para curar leses da erisipela.
Toxicologia: a raiz da mandioca, se ingerida crua, produz uma
intoxicao grave que pode levar morte, pois contm
glicosdeos cianognicos que libertam o cido ciandrico txico.
Mas, felizmente, essa substncia txica desaparece facilmentecom o calor.
5.14 Rabanete (Raphanus sativusL. BRASSICACEAE
OU CRUCIFERAE)
Indicaes: sinusite, afeces hepatobiliares
Propriedades: o seu consumo cru ou em suco muito indicado
em caso de hepatite, cirrose, degenerao do fgado originado
por consumo de lcool e intoxicao heptica ou por produtos
qumicos. Tem propriedades mucolticas (amolece a mucosa),
expectorante e antibitico.
Parte utilizada: raiz fresca.
Forma farmacutica: suco fresco.
Preparao e posologia: o suco fresco de raiz tuberosa, de 50
a 125 mL, 3 vezes por dia, antes das refeies e adoado com
mel ou acar mascavo, no tratamento das afeces
respiratrias, de modo especial, nas sinusites.
Toxicologia: no h restries ao seu uso.
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5.15 Rom, Romzeira (Punica granatum L. -PUNICACEAE)
Indicaes: inflamaes da gengiva, leucorria, gastroenterite,
colite, faringite, amigdalite, vermfugo.
Propriedades: a casca da romzeira, especialmente da raiz, tem
uma notvel ao vermfuga. A casca do fruto e as membranas
que o dividem internamente tambm proporcionam uma certa
ao vermfuga.
Parte utilizada: cascas do caule e especialmente da raiz, flores e
frutos.
Forma farmacutica: macerao, infuso, bochechos, gargarejo,
banhos de assento.
Preparao e posologia: para expulsar os vermes macerar 60 a
90 g de cascas da raiz, secas, em meio litro de gua, durante 24
horas. No dia seguinte, ferver em fogo brando at que o lquido
fique reduzido metade. Toma-se de manh, em jejum, durante
dois ou trs dias. Para as crianas, basta utilizar 20-30 g de
cascas de raiz. Convm tomar um ch laxante duas horas depois.
Para gastroenterites, colites e diarrias, faz-se uma infuso com
20-30 g de flores por litro de gua, podendo-se acrescentar a
casca de uma rom por litro. Ingere-se uma colherada de hora
em hora, enquanto durar a diarria. Para afeces da garganta
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gargareja-se com a mesma infuso de flores e casca de rom.
Para corrimentos vaginais fazer banho de assento com esta
infuso bem filtrada.
Toxicologia: no se deve administrar a casca da raiz da
romzeira a pessoas dbeis ou nervosas, crianas lactentes ou
mulheres grvidas. No exceder as doses indicadas.
5.16 Salsa (Petroselinum sativum Hoffm. - APICEAE OUUMBELLIFERAE)
Indicaes: insuficincia cardaca e renal, dismenorrias,
convalescena, esgotamento fsico, picadas de insetos, dores
estomacais.
Propriedades: a salsa um remdio natural, alm de importante
complemento nutricional, pois rico em vitaminas A e C. Pode
ser confundida com a venenosa cicuta.
Parte utilizada: folhas, frutos e raiz.
Forma farmacutica: infuso e cataplasmas.
Preparao e posologia: para insuficincia cardaca e renal,
dismenorrias e convalescena, dores estomacais, prepara-se a
infuso com 30 g de folhas por litro; 15 g de razes picadas por
litro; 2 a 5 g de frutos por litro. Tomar 1 xcara antes de cada
uma das 3 refeies dirias. Para picadas de insetos, aplicam-se
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cataplasmas de folhas frescas esmagadas at formar uma pasta
sobre a zona afetada.
Toxicologia: as mulheres grvidas devem evitar ingerir salsa de
forma abundante.
5.17 Serralha-De-Espinho, Cardo-Mariano(Silybum marianumGaertn.- ASTERACEAE OU COMPOSITAE)
Indicaes: cirrose heptica, hepatite, insuficincia e
congestes hepticas e biliar, enxaquecas, nevralgias e reaes
alrgicas
Propriedades: depurativa e desobstruente, a serralha-de-
espinho age contra as hepatites crnicas. Segundo alguns
autores, a planta constitui tambm um timo fortificante do
estmago, olhos e sistema nervoso.
Parte utilizada: frutos, folhas e raiz.
Forma farmacutica: infuso, decoco.
Preparao e posologia: utilizam-se 30 a 50 g de frutos
esmagados ou triturados, a que se podem acrescentar folhas ou
razes. Tomam-se de 3 a 5 xcaras por dia para enxaquecas,
nevralgias, esgotamento e reaes alrgicas (rinite, urticria e
asma). Para as afeces hepticas e biliares utiliza-se a serralha
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sem os espinhos, em saladas ou refogadas, ou 50 g de raiz
fervida 8 minutos em 1 litro de gua. Tomar 3 xcaras ao dia.
Toxicologia: no h restries ao seu uso.
6 ALGUMAS PLANTAS MEDICINAIS NATIVAS OUCULTIVADAS NO MUNICPIO DE LAVRAS
A utilizao de plantas na preveno e ateno primria
sade pode constituir-se uma forma muito til de alternativa
teraputica. Longe de negar a eficcia dos remdios e das
tcnicas cirrgicas da medicina clssica, a fitoterapia faz parte
dos recursos da medicina natural e est presente tambm na
tradio da medicina popular e nos rituais de cura indgenas.
Seus mtodos so, de maneira geral, acessveis e de aplicao;
no entanto, ao contrrio do que se pensa, a fitoterapia no
constitui uma teraputica simples. No se deseja afirmar, com
isso, que doenas simples no possam ser combatidas em casa,
atravs desses mtodos. Esta publicao no qualifica o leitor
para a prtica da fitoterapia, sendo apenas uma fonte de
informaes tcnicas.
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6.1 Alecrim, Alecrim-Dos-Jardins (Rosmarinus
officinalisL. LAMIACEAE OU LABIATAE)
Indicaes: mau-hlito, colecistite, clica gstrica, contra
cansao fsico e mental, reumatismo, tonificante
Propriedades: uma das plantas aromticas mais difundidas eeficazes. tambm estimulante da eliminao dos gazes do
aparelho digestivo, aliviando a sensao de empanzinamento.
Parte utilizada: folhas e flores.
Forma farmacutica: infuso, banhos, gargarejo.
Preparao e posologia: a infuso para uso interno prepara-se
com 20-40 g de folhas de alecrim por litro de gua, devendo ser
tomada duas a trs vezes por dia para colecistite, clica gstrica,
cansao fsico e mental, reumatismo. Para um banho tonificante,acrescentar gua da banheira uma infuso com 80 a 100 g de
folhas por litro de gua. Gargarejo com uma infuso concentrada
indicado para mau-hlito.
Toxicologia: em altas doses poder ocasionar gastroenterites e
nefrites, sendo contra-indicado para gestantes e indivduos com
distrbios prostticos e dermatolgicos.
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6.2 Arnica (Lychnophora pinaster Mart. ASTERACEAEOU COMPOSITAE)
Indicaes: contuses, pancadas, tores, hematomas,
desinfeco de machucados e picadas de insetos.
Propriedades: um excelente antiinflamatrio de uso externo.
Remdio tradicional para pancadas, contuses, entorses,
hematomas e picadas de insetos.
Parte utilizada: ramos com folhas e/ou inflorescncia.
Forma farmacutica: cataplasmas, compressas, alcoolatura.
Preparao e posologia: as cataplasmas preparam-se com 1
xcara de caf da planta picada para 2 xcaras de caf de gua
fervente. Deixar esfriar e aplicar diretamente nos locais afetados.
As compressas preparam-se com 2 xcaras de caf da planta
picada para litro de gua fervente. Deixar esfriar e aplicar trs
vezes ao dia, por 15 minutos. Para se fazer a alcoolatura colocar
2 xcaras de ch de pedaos de ramos em 1 garrafa de vidro
(mais ou menos 1 litro) e completar com lcool (de preferncia
lcool de cereais). Fazer uso aps 24 horas do preparo. Passar 3
a 4 vezes ao dia nos locais afetados.
Toxicologia: outra espcie de arnica (Arnica montana L. -
Asteraceae ou Compositae) quando ingerida internamente, torna-
se txica. Por isso, desaconselha-se seu uso interno.
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6.3 Aroeira-Mansa (Schinus terebinthifolius Raddi -ANACARDIACEAE)
Indicaes: sangramento nasal, diarria, infeces cutneas
(edemas, eritemas, urticria e erisipela)
Propriedades: devido aos seus efeitos adstringentes, as cascas
so utilizadas contra diarria e sangramento nasal.
Parte utilizada: cascas e folhas.
Forma farmacutica: decocto.
Preparao e posologia: para sangramentos nasais e diarrias,
1 colher de sopa da casca picada para 1 litro de gua. Tomar de
3 a 4 colheres de ch por dia. Em afeces cutneas, 1 colher de
sopa de folhas picadas para 1 litro de gua. Para vrios locais
afetados fazer o decocto de 2 a 3 vezes ao dia.
Toxicologia: a aroeira de que estamos falando no deve ser
confundida com as aroeiras bravas ou aroeiras brancas, que so
extremamente custicas. O simples cheiro ou as partculas que
delas se desprendem ao serem cortadas, ou sua seiva, ou a
madeira seca, ou mesmo a terra em que crescem suas razes,
podem causar uma afeco cutnea semelhante urticria,
edema ou eritema. Para estes casos, as lavagens com o decocto
das folhas da aroeira mansa so um remdio eficaz.
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6.4 Arruda (Ruta graveolens L. - RUTACEAE)
Indicaes: fragilidade dos capilares sangneos, piolho, oxiros
(prurido anal e vaginal).
Propriedades: planta indicada para tirar o sarro da nicotina. A
planta toda possui um sabor fortemente amargo e bem
aromtica, mesmo quando tocada de leve.
Parte utilizada: planta inteira e florida.
Forma farmacutica: infuso, macerao, banho de assento.
Preparao e posologia: para fragilidade dos capilares
sangneos colocar, em 1 xcara de ch, 1 colher de sobremesa
de folhas e flores picadas e adicionar gua fervente. Abafar por
10 minutos e coar. Tomar 1 xcara de ch, 2 vezes ao dia. Para
piolhos e lndeas colocar em um pilo 2 colheres de sopa defolhas e flores picadas. Amassar bem, adicionar 1 xcara de ch
de vinagre branco e misture. Deixar em macerao por 3 dias e
coar. Aplicar no couro cabeludo, massageando suavemente.
Deixar agir por 2 horas. Em seguida, lavar a cabea com gua
morna e passar o pente fino. O paciente no deve se expor ao
sol, pois pode provocar queimadura. Para oxiros, colocar uma
colher de sopa de folhas e flores picadas e 1 colher (sopa) de
rizoma de confrei, em litro de gua em fervura. Desligar o fogo,
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esperar amornar e coar. Fazer banho de assento anal e vaginal.
Repetir o tratamento diariamente, durante 1 semana.
Toxicologia: o seu uso interno durante a gravidez e seu uso
externo por pessoas com pele sensvel contra-indicado.
6.5 Assa-Peixe (Gochnatia barrosii Cabr. -ASTERACEAE OU COMPOSITAE)
Indicaes: tosses, debilidade geral.
Propriedades: possui propriedades balsmicas, expectorante e
hemostticas, constituindo um medicamento muito eficaz nas
gripes.
Parte utilizada: ramos com folhas.
Forma farmacutica: banho.
Preparao e posologia: preparam-se 3 xcaras de ch de
ramos com folhas picadas para 1 litro de gua fervente. Deixar
esfriar para diluir na gua do banho. Banhos de, no mnimo, 20
minutos uma ou duas vezes ao dia.
Toxicologia: sem referncias bibliogrficas.
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6.6 Blsamo (Cotyledon orbiculata L. - CRASSULACEAE)
Indicaes: emoliente, usado em inflamaes gastrointestinais e
da pele, cicatrizante.
Propriedades: uma planta ornamental utilizada tambm como
medicinal devido suas propriedades emolientes e cicatrizantes.
Seu constituinte qumico principal so as mucilagens.
Parte utilizada: folhas.
Forma farmacutica: suco, cataplasma.
Preparao e posologia: como cicatrizante aplicar sobre a forma
de cataplasma no local afetado. Nas inflamaes gastrointestinais
preparar um suco com 10 folhas de blsamo batidas no
liquidificador com 1 copo de leite. Tomar copo, 3 vezes ao dia,
diariamente.Toxicologia: sem referncias bibliogrficas.
6.7 Boldo (Peumus boldus- Molina - MONIMIACEAE)
Indicaes: afeces das vias biliares, dispepsia, nuseas,
constipao intestinal e ansiedade.
Propriedades: esta planta tem propriedades tnicas e excitantes,
o que, em decoces constitui medicamento especialmente
indicado nas afeces das vias biliares e do estmago.
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Parte utilizada: caule e folhas.
Forma farmacutica: decoco.
Preparao e posologia: para as indicaes acima ferver 15 g
de folhas de boldo em um litro de gua, por 2 minutos. Coar,
adoar e beber duas xcaras por dia.
Toxicologia: totalmente contra-indicado nos casos deinsuficincia heptica. Em doses elevadas poder ocasionar
vmitos, nusea e quadros diarricos.
6.8 Bolsa-De-Pastor (Zeyheria montana Mart. -BIGINONIACEAE)
Indicaes: afeces da pele.
Propriedades: apresenta atividade antibacteriana e significativa
ao antinflamatria. Parece ter atividade anti-tumoral.
Parte utilizada: parte interna dacasca da raiz ou do caule.
Forma farmacutica: infuso ou decoco.
Preparao e posologia: 1 xcara da casca da raiz ou do caule
picados para um litro de gua. Tomar 3 a 4 xcaras de ch ao dia.
Toxicologia: sem referncias bibliogrficas.
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6.9 Camomila (Matricaria chamomilla L. ASTERACEAEOU COMPOSITAE)
Indicaes: antilgico, antiespasmdico, antinflamatrio, anti-
sptico, emenagogo, eupptico, sedativo, tnico.
Propriedades: o trao mais caracterstico dessa planta o
intenso aroma que exala de todas as suas partes. Esta planta
contm azuleno, um leo essencial. Ao adquirir a camomila
importante verificar o teor de azuleno, pois sua ausncia
descaracteriza a planta. Possui cheiro aromtico e penetrante.
Parte utilizada: inflorescncia (flores)
Forma farmacutica: infuso, compressa.
Preparao e posologia: uso interno: em uma xcara de ch,
colocar uma colher de ch de flores e adicionar gua fervente.
Abafar por 10 minutos e coar. Tomar 1 xcara 3 vezes ao dia.
Uso externo: colocar 1 colher de sopa de flores em uma xcara de
caf de leo de cozinha. Levar ao fogo, em banho-maria, durante
3 horas coar e espremer o resduo. Usar morno para fazer
massagens delicadas no local afetado, 2 vezes ao dia. No caso
de dor de ouvido, pingar 2 gotas no ouvido dolorido, fazendo um
tampo com um chumao de algodo.
Toxicologia: ingerir apenas entre as refeies. Nas doses
recomendadas no h restries ao seu uso.
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6.10 Capuchinha, Chagas (Tropaeolum majus L. -TROPAEOLACEAE)
Indicaes: infeces das vias respiratrias e urinrias,
cicatrizante, revigorante do cabelo, regulador menstrual,
salmonelose, afrodisaco.
Propriedades: a imensa maioria dos antibiticos usados na
teraputica produzido por fungos ou bactrias. A capuchinha
uma das poucas plantas superiores conhecidas, capazes de
produzir uma substncia natural de ao antibitica, que
apresenta a vantagem de no destruir a flora bacteriana normal e
no provocar reaes alrgicas, to freqentes com uso de
outros antibiticos. No aparelho respiratrio, alm da atividade
antibitica, apresenta atividade mucoltica e descongestionante.
Parte utilizada: folhas, flores e frutos.
Forma farmacutica: infuso, decoco, banho de assento,
alcoolatura.
Preparao e posologia: contra as infeces respiratrias e
urinrias e efeito afrodisaco faz-se uma infuso ou decoco
com 30 g de flores, folhas e frutos por litro de gua. Bebe-se uma
xcara de 4 em 4 horas. Para regular a menstruao fazer um
banho de assento com um punhado de flores ou de frutos por litro
de gua. O banho tem de ser quente. Como revitalizante do
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cabelo e cicatrizante, prepara-se uma alcoolatura triturando 100 g
de folhas, flores e sementes frescas, deixando-as macerar, em
meio litro de lcool comercial durante duas semanas. Pode-se
acrescentar macerao uma colherada de alecrim. Filtra-se e
esfrega-se energicamente o lquido obtido no couro cabeludo.
Toxicologia: no h restries ao seu uso.
6.11 Carqueja (Baccharis trimera L. ASTERACEAE OUCOMPOSITAE)
Indicaes: anti-febril, anti-reumtica, clculos biliares, colagoga,
diabete, estomquica, obesidade e obstrues do fgado, anti-
helmntica e doenas do couro cabeludo.
Propriedades: devido a sua propriedade desobstruente,
depurativa e diurtica, a carqueja presta bons servios tambm
em casos de gota, ictercia e m circulao do sangue.
Parte utilizada: planta toda, fresca ou seca.
Forma farmacutica: decocto, infuso.
Preparao e posologia: para atividade anti-febril, anti-
reumtica, clculos biliares, colagoga, diabete, estomquica,
obesidade e obstrues do fgado, prepara-se 1 xcara de ch
da planta picada para 1 litro de gua. Tomar de 4-5 xcaras de
ch ao dia, preferencialmente antes das refeies e ao deitar-se.
Para atividade anti-helmntica amassar (planta fresca) ou triturar
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(planta seca) 1 xcara de caf da planta com 1 dente de alho e
acrescentar 2 xcaras de ch de gua fervente. Tampar e deixar
esfriar. Coar e tomar em jejum 1 colher de sopa durante 7 dias.
Para doenas do couro cabeludo preparar o decocto com 1
xcara de ch da planta picada para 1 litro de gua. Passar 1 vez
ao dia no couro cabeludo por, no mnimo, 15 minutos, durante 5ou 7 dias.
Toxicologia: sem referncias bibliogrficas.
6.12 Cicuta-Maior, Funcho Selvagem (Conium maculatumL. - APIACEAE OU UMBELLIFERAE LAMIACEAE OU
LABIATAE)
Indicaes: dores insuportveis e persistentes.
Propriedades: uma planta considerada txica, por isso seu usodeve ser muito restrito. Seus efeitos farmacolgicos so muito
acentuados e com pequenas doses j se produzem efeitos
txicos. Uma forma de identific-la pelo desagradvel odor de
urina que exala.
Parte utilizada: frutos.
Forma farmacutica: p.
Preparao e posologia: trituram-se os frutos secos da cicuta
em forma de p, que se dissolve em gua. A dose mxima diria
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tolervel para os adultos de 1 g de frutos, devendo ser
distribuida 4 vezes ao dia em doses de 0,25 g.
Toxicologia: no perodo entre meia a duas horas depois de
ingerida uma dose txica produz ardor na boca, dificuldade de
engolir, nuseas, dilatao da pupila e fraqueza nas pernas. Se a
dose for maior, produz paralisia muscular e morte por paradarespiratria e asfixia. Apesar de tudo, no se perde a conscincia
e mantm-se a lucidez at o ltimo momento. Sempre que houver
suspeita de ingesto de cicuta, deve-se provocar o vmito, se
possvel, fazer uma lavagem estomacal, administrar purgantes e
carvo vegetal. Praticar respirao artificial boca a boca se o
intoxicado tiver dificuldade para respirar. necessrio proceder
imediata transferncia do doente para um centro hospitalar.
6.13 Confrei (Symphytum offinale L. - BORAGINACEAE)
Indicaes: lceras varicosas, feridas, cortes, queimaduras,
fraturas sseas, contuses, hematomas.
Propriedades: seu uso conhecido desde a Grcia antiga e seu
nome botnico, Symphytum, deriva de symphique significa eu
reino, em aluso propriedade de consolidar e soldar os ossos
fraturados e cicatrizar feridas, isto por estimular a diviso celular.
Parte utilizada: folha e rizoma (caule subterrneo).
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Forma farmacutica: suco.
Preparao e posologia: para qualquer uma das indicaes
citadas, colocar em pilo 1 colher de sopa de folhas frescas
fatiadas ou do rizoma e copo de gua. Amassar bem e coar em
um pano. Aplicar em compressas no local afetado durante 1
semana. essencial que o local das lceras varicosas, feridas,cortes, queimaduras seja lavado previamente e limpo com mel
antes da aplicao da compressa.
Toxicologia: esta planta possui algumas indicaes para uso
interno, porm est provado cientificamente que ela provoca
tumores (cncer) em ratos. Por este motivo no recomenda-se
seu uso interno.
6.14 Erva-Cidreira, Melissa (Melissa officinalis L. LAMIACEAE OU LABIATAE)
Indicaes: excitao, ansiedade, cefalia provocada por
tenso, stress, depresso, insnia, clicas menstruais e
abdominais, enjos, vmitos.
Propriedades: h sculos recomendada para aliviar dores
menstruais. muito indicada em casos de stress e depresso
nervosa, graas ao seu efeito sedativo suave e equilibrador do
sistema nervoso.
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Parte utilizada: folhas e flores.
Forma farmacutica: infuso.
Preparao e posologia: para todas as indicaes acima fazer
uma infuso com 20 a 30 g das partes da planta por litro de
gua. Tomam-se 3 ou 4 xcaras por dia.
Toxicologia: tem essncia ligeiramente txica. Mesmo empequenas doses poder causar entorpecimento e diminuio da
freqncia cardaca. Em casos graves pode causar parada
cardaca e respiratria.
6.15 Funcho, Erva Doce Foeniculum vulgare (Mill).Gaerntn. APIACEAE OU UMBELLIFERAE
Indicaes: antiespasmdico, conjuntivite, galactagogo,
digestivo, impotncia sexual.
Propriedades: um excelente carminativo, pois estimula os
movimentos peristlticos do intestino. Facilita a digesto e o
esvaziamento do estmago.
Parte utilizada: sementes e razes.
Forma farmacutica: infuso, banhos oculares.
Preparao e posologia: para se preparar a infuso usa-se 1
colher de sobremesa de sementes por xcara de gua. Tomam-se
3 a 4 xcaras por dia, depois das refeies (para as clicas como
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galactagogo e facilitador da digesto). Externamente, utiliza-se
em lavagens ou banhos oculares uma infuso, igual a usada
internamente, contra conjuntivites crnicas. Para tratamento de
impotncia sexual faz-se um decocto com 40 g de razes. Ferver
por 8 minutos. Tomar 3 xcaras ao dia.
Toxicologia: no ultrapassar as doses indicadas, pois podecausar convulses. Deve ser evitado por gestantes.
6.16 Girassol (Helianthus annuus - L. ASTERACEAE OUCOMPOSITAE)
Indicaes: anti-gripal, expectorante, diurtico, febres
intermitentes, contuses, escoriaes, lceras, feridas,
inapetncia.
Propriedades: o leo de semente de girassol produzido
industrialmente indicado para regularizar o colesterol, nos
casos de endurecimento das artrias e na esclerose mltipla. A
"semente" torrada e moda sob a forma de farinha um
excelente tnico e muito nutritiva, principalmente para as
crianas. Considera-se como um fil vegetal.
Parte utilizada: folha, flor e fruto (semente).
Forma farmacutica: alcoolatura, compressa.
Preparao e posologia: para uso interno em gripes, peito
cheio, febres intermitentes, afeces estomacais e diurtico
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colocar 2 colheres de sopa de folhas fatiadas em uma xcara de
ch de lcool de cereais a 60%. Deixar em macerao por 8 dias,
em local quente. Coar e armazenar em um vidro escuro. Tomar 1
colher de caf, diludo em um pouco de gua, 2 vezes ao dia.
Para uso externo em contuses, escoriaes, lceras e feridas,
aplicar o macerado acima na parte afetada, com um chumao dealgodo, at a completa cicatrizao. Para abrir o apetite das
crianas misturar uma colher das de sobremesa de frutos
(sementes) com uma colher de sobremesa de mel e amassar.
Comer antes das principais refeies.
Toxicologia: dentro das doses recomendadas no h restries
ao uso.
6.17 Guaco (Mikania smilacina DC.ASTERACEAE OU
COMPOSITAE)
Indicaes: tosses rebeldes, bronquites e coqueluches, febre,
paludismo, gota, reumatismo e sfilis.
Propriedades: tem efeito broncodilatador til no tratamento das
crises de asma, da tosse, bronquite e do chiado no peito com
cansao, sem causa aparente.
Parte utilizada: planta toda.
Forma farmacutica: decocto ou infuso, xarope.
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Preparao e posologia: o decocto ou infuso prepara-se com 1
xcara de caf da planta toda picada para 1 litro de gua. Tomar
aos goles durante o dia o equivalente a 1 xcara de ch (febre,
paludismo, gota, reumatismo e sfilis). Para tosses rebeldes,
bronquites e coqueluches, preparar o xarope, macerando 2
xcaras de ch de caules e folhas. Diluir em 1 xcara de guafiltrada e fervida. Peneirar e misturar em 1 xcara de ch de mel.
Tomar de 4 a 6 colheres de sobremesa do xarope ao dia.
Toxicologia: pode causar vmitos e diarrias quando usado em
excesso.
6.18 Guin (Petiveria alliacea L. PHYTOLACCACEAE)
Indicaes: dores de cabea e reumticas.Propriedades: externamente, funciona como analgsico nas
dores de cabea e reumticas, alm de acalmar as dores de
dente.
Parte utilizada: folhas.
Forma farmacutica: cataplasma.
Preparao e posologia: aplicar as folhas machucadas de erva-
guin, em forma de cataplasma sobre a regio afetada.
Toxicologia: desaconselha-se totalmente o uso interno dessaplanta, sobretudo a raiz, por ser bastante txica.
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6.19 Hortel (Mentha spicata L. LAMIACEAE OULABIATAE )
Indicaes: estomacal, digestiva, azia, gastrite, gazes
estomacais.
Propriedades: usa-se como analgsico estomacal e intestinal,
como refrescante digestivo (para expulso de gazes intestinais,
clicas estomacais e intestinais, azia e gastrite) e estimulante das
funes cardacas.
Parte utilizada: folhas e flores.
Forma farmacutica: infuso e macerao.
Preparao e posologia: preparar uma infuso com 1 colher de
sopa de folhas picadas. Tomar 1 xcara entre as principais
refeies. Macerado: 2 colheres de sopa de folhas e flores em 1
copo de lcool de cereais; deixar macerar por 8 dias, adoar e
tomar 1 clice antes das principais refeies.
Toxicologia: dentro das doses recomendadas, no h restries
ao seu uso.
6.20 Jurubeba (Solanum paniculatum L. - SOLANACEAE)
Indicaes: problemas de fgado e estmago, inflamaes do
bao e bexiga, tnico e contra tumores internos, principalmentede abdmen e tero.
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Propriedades: todas as espcies de jurubeba detm as mesmas
propriedades teraputicas. O suco da jurubeba possui
propriedades diurticas, desobstruentes, tnicas, febrfugas e
colagogas.
Parte utilizada: raiz, folhas e frutos.
Forma farmacutica: suco e infuso.Preparao e posologia: o suco utilizado para problemas do
fgado, estmago, inflamaes do bao e bexiga, prepara-se com
uma 1 xcara de ch de frutos maduros para 1 litro de gua.
Pode-se adoar com mel. Tomar de 3 a 4 copos de suco ao dia.
O infuso para tumores preparado com 1 xcara de ch das
partes vegetais picadas (raiz, folhas e frutos) para 1 litro de gua.
Tomar 3 xcaras de ch ao dia.
Toxicologia: no recomenda-se seu uso prolongado, em virtude
da quantidade de alcalides e esterides que contm.
6.21 Losna (Artemisia absinthium L. - ASTERACEAE OUCOMPOSITAE)
Indicaes: anorexia, convalescena digestiva, vermfugo.
Propriedades: possui um leo essencial muito ativo e txico.
Possui tambm propriedades anti-spticas e tnica.
Parte utilizada: sumidades floridas e folhas.
Forma farmacutica: vinho.
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Preparao e posologia: para anorexia, macerar durante 1
semana 40 g de folhas e de flores secas em 60 g de aguardente
a 28 , adicionar 1 litro de bom vinho branco. Deixar repousar
durante 1 semana, coar e engarrafar. Tomar 1 copo pequeno
antes das refeies. Em caso de convalescncia, macerar
durante 4 dias 5 g de raiz de genciana e 20 g de sumidadesfloridas de losna em 1 litro de vinho tinto e coar. Tomar antes das
refeies principais 1 copo pequeno. Para facilitar a digesto
macerar durante 2 semanas, mexendo de vez em quando 40 g
de folhas de losna secas, filtrar e adicionar 500 g de xarope
comum. Tomar 1 copo pequeno aps as refeies principais.
Contra os scaris (tipo de verme intestinal), preparar uma
infuso com 5 g de sumidades floridas para 1 litro de gua
fervente. Infudir por 10 minutos. A dose para adulto uma xcara
em jejum, 3 dias por ms, durante 3 meses.
Toxicologia: nunca se deve prolongar o seu uso. As doses
elevadas provocam graves intoxicaes, manifestam-se
convulses tetnicas e perturbaes psquicas com alucinaes.
No tomar durante a gravidez, pois causa malformaes fetais.
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6.22 Maracuj (Passiflora alata Dryand -PASSIFLORACEAE)
Indicaes: calmante.
Propriedades: em 1867 estudos demonstraram o grande
interesse do maracuj para a medicina como sedativo e anti-
espasmdico. Esta planta no txica pode ser de grande utilidade
para determinadas intoxicaes, como alcoolismo ou
amorfinomania. Pode ser utilizada em estados de ansiedade,
nervosismo e insnia, perturbaes nervosas da menopausa,
normalizador de presso arterial. Externamente indicada para
hemorridas, reumatismo, inflamaes cutneas e erisipela.
Parte utilizada: folhas, frutos.
Forma farmacutica: infuso, suco.
Preparao e posologia: o suco preparado com o arilo que
recobre a semente. O ch preparado com 1 colher de sopa de
folhas picadas para 1 xcara. Tomar 2 xcaras ao dia, sendo uma
noite, antes de deitar. Para uso externo utilizam-se 2 colheres
de folhas picadas para 1 xcara de gua, aplicando-se nas partes
afetadas com algodo ou gaze.
Toxicologia: seu uso contra-indicado para os portadores de
presso baixa (hipotenso).
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6.23 Marcela, Marcelinha (Achyrocline satureioides DC. ASTERACEAE OU COMPOSITAE)
Indicaes: anti-emtica, estomquica e calmante.
Propriedades: usa-se para congestes, clicas, diarria e
perturbaes gstricas. O ch tambm sudorfico, diminui a
taxa de colesterol, libera a menstruao e antiinflamatrio. O
banho elimina toxinas e manchas da pele.
Parte utilizada: folhas e flores frescas ou secas.
Forma farmacutica: decocto ou infuso.
Preparao e posologia: 1 xcara de ch de folhas e/ou flores
para 1 litro de gua. Tomar de 3-4 xcaras de ch ao dia.
Toxicologia: sem referncias bibliogrficas.
6.24 Melo-De-So-Caetano (Memordica charantia L. -CUCURBITACEAE)
Indicaes: anti-leucorrica, emenagogo, vermfugo, anti-
diabtico, nas dermatoses, sarnas e hemorridas.
Propriedades: alm de regularizar o fluxo menstrual e combater
a leucorria, as folhas do melo-de-so-caetano aliviam as
clicas intestinais e, transformadas em suco, agem contra a
sarna. A polpa das sementes misturadas com vaselina converte-
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se numa pomada, excelente para fazer supurar tumores,
furnculos e abcessos.
Parte utilizada: folhas secas ou frescas, frutos.
Forma farmacutica: infuso, compressas, cataplasma e banho
de assento.
Preparao e posologia: o infuso preparado com 1 colher desopa de folhas picadas para 1 litro de gua. Tomar 2 xcaras de
ch ao dia, preferencialmente, 1 xcara em jejum pela manh
(leucorria, menstruao difcil, vermes e nas diabetes). Nas
dermatoses e sarnas fazer compressas ou cataplasmas
macerando 1 xcara de caf de folhas frescas e diluindo em 1 litro
de gua previamente fervida. Aplicar nos locais afetados 2 a 3
vezes ao dia. Nas hemorridas preparar 1 xcara de caf de
frutos maduros para 1 litro de gua fervente. Deixar em repouso
por 2 horas. Diluir mais 1 litro de gua e tomar de 1 a 2 banhos
de assento por dia.
Toxicologia: sem referncias bibliogrficas.
6.25 Mentrasto (Ageratum conyzoides L. - ASTERACEAEOU COMPOSITAE )
Indicaes: clicas menstruais, reumatismo, artrose, tnico.
Propriedades: popularmente esta planta era usada em banhos
pelas parturientes, para facilitar o trabalho de parto. Possui
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propriedades antiinflamatrias, emenagogas, febrfugas e
carminativas.
Parte utilizada: a planta toda.
Forma farmacutica: infuso e decoco.
Preparao e posologia: para clicas menstruais preparar 1
infuso com 1 xcara de caf da planta seca picada em litro degua. Tomar 1 xcara de ch de 4 em 4 horas. Para reumatismo e
artrose, cozinhar a planta inteira e colocar o ch morno em uma
vasilha, mergulhar os ps ou as mos durante 20 minutos 2
vezes ao dia. Us-lo sobre a forma de compressa, 2 vezes ao
dia.
Toxicologia: o uso interno, dentro das doses indicadas, no tem
contra-indicaes.
6.26 Pico (Bidens pilosa L. - ASTERACEAE OUCOMPOSITAE)
Indicaes: ictercia, hepatite, diurtico, anti-sptico.
Propriedades: tem propriedades diurtica e carminativa. Usada
ainda contra diabetes, disenteria e, externamente, contra
micoses.
Parte utilizada: planta toda.
Forma farmacutica: infuso, banho.
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Preparao e posologia: para uso interno nas afeces
hepticas ou como diurtico preparar uma infuso com 1 xcara
de caf da planta picada em litro de gua. Toma-se 1 xcara de
ch a cada 4 horas. O banho com o infuso recomendado.
Toxicologia: sem referncias bibliogrficas.
6.27 Pita, Piteira ( Agave americana L. - AGAVACEAE)
Indicao: depurativa, estomacal, vulnerria, diurtica.
Propriedades: a esta planta se deve o efeito depurativo que a
raiz e as folhas exercem sob o sangue, razo pela qual se usam
com bons resultados em casos de edemas e reteno de
lquidos. usada tambm em doenas infecciosas e transtornos
digestivos.Parte utilizada: folhas, raiz.
Forma farmacutica: infuso, compressas.
Preparao e posologia: a infuso prepara-se com 30 g de raiz
ou de folhas secas trituradas em 1 litro de gua, da qual se bebe
1 xcara de ch por dia tomando-se aos goles de tempo em
tempo. Externamente, o sumo ou seiva que emana do caule
vulnerrio e cicatrizante. Aplica-se em compressas sob contuses
e feridas da pele.Toxicologia: no h restries ao seu uso.
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6.28 Poejo (Mentha pulegium Luce- LAMIACEAE OULABIATAE)
Indicaes: afeces bucais (feridas, sapinho, aftas) e tosses
(expectorante e protetor de mucosa).
Propriedades: esta planta uma espcie de menta que se
diferencia das outras por possuir odor mais forte. O sumo de suas
folhas frescas serve para afugentar pulgas.
Parte utilizada: ramo florido e folha.
Forma farmacutica: infuso e decoco.
Preparao e posologia: para afeces bucais coloca-se 1
colher de sopa de folhas e flores picadas em 1 xcara de ch de
gua em fervura. Deixar ferver por 5 minutos, desligar o fogo e
abafar por 15 minutos. Coar e adicionar 1 colher de ch de
bicarbonato de sdio. Fazer bochechos de 2 a 3 vezes ao dia.
Para tosses colocar em 1 xcara de ch, 1 colher de sopa de
folhas e flores picadas, 1 colher de sopa de quiabo bem fatiado e
adicionar gua fervente. Abafar por 10 minutos, coar e adoar
com um pouco de mel. Tomar 1 xcara de ch de 1 a 3 vezes ao
dia. Para crianas, d-se somente a metade da dose.
Toxicologia: seu uso interno, dentro das doses indicadas no
tem contra-indicao.
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6.29 Quebra-Pedra (Phyllanthus Cordovadensis Muell . -EUPHORBIACEAE)
Indicaes: diurtica, fortificante do estmago, aperiente, cistite,
antiinfeccioso das vias urinrias.
Propriedades: ao analgsica e relaxante muscular de seus
alcalides ajudam na expulso dos clculos renais, por atuar no
relaxamento dos ureteres.
Parte utilizada: planta toda.
Forma farmacutica: infuso e decoco.
Preparao e posologia: para qualquer das indicaes acima,
preparar uma infuso com 1 xcara de caf da planta fresca
picada em litro de gua. Tomar 1 xcara de ch 6 vezes ao dia.
Como relaxante dos ureteres cozinham-se 2 plantas inteiras em
litro de gua por 10 minutos. Tomar aos poucos o preparado
durante o dia. Suspender por 2 semanas o uso do decocto, aps
10 dias de uso contnuo.
Toxicologia: quando usada em dosagens acima das
recomendadas, age como purgativa e/ou abortiva.
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6.30 Tanchagem (Plantago major Benth. ex Barn. PLANTAGINACEAE )
Indicaes: afeces respiratrias, da boca, garganta,
digestivas, oculares, hemorridas, lceras varicosas e feridas que
no cicatrizam, queimaduras, picadas de insetos.
Propriedades: fluidificam as secrees, facilitam a sua
eliminao, desinflamam a mucosa bronquial e acalmam a tosse.
Tem um amplo efeito antiinflamatrio e anti-sptico, indicado para
catarros brnquicos, estomatite, faringite, amigdalite, colite,
conjuntivite, dentre outras inflamaes.
Parte utilizada: planta inteira.
Forma farmacutica: decoco, compressas, cataplasmas.
Preparao e posologia: nas afeces respiratrias e digestivas
faz-se um decocto com 20 a 30 g de folhas e/ou raiz por litro de
gua, que se deixa ferver por 3 a 5 minutos. Bebem-se de 3 a 5
xcaras dirias. Para as afeces da boca, garganta, oculares e
hemorridas utiliza-se uma decoco preparada com 50 a 100 g
por litro de gua, utilizando-se em gargarejos, lavagens dos
olhos, compressas sobre a pele ou feridas, banhos de assento.
As compressas de folhas so feitas lavando-se previamente as
folhas e escaldando-as com gua fervente durante um minuto,
para desinfet-las. As que sero aplicadas sobre as lceras,
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feridas, queimaduras e picadas de insetos no devem ser
manipuladas com os dedos, mas sim com pinas esterilizadas.
Fixam-se por meio de uma atadura, sendo necessrio substitu-
las duas ou trs vezes por dia. As cataplasmas so feitas
cozendo-se as folhas esmagadas e utilizadas para picadas de
insetos.Toxicologia: sem referncias bibliogrficas.
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8 - GLOSSRIO
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Abscessos: acumulao de pus numa cavidade do corpo.
Amorfinomania: dependncia da morfina e seus derivados.
Anorexia: perda do apetite, inapetncia.
Aperientes: quando abrem o apetite.
Arilo: tegumento de certas sementes.
Arteriosclerose: endurecimento das artrias.Artrite: inflamao das articulaes.
Artrose: afeco crnica degenerativa das circulaes.
Atonia hepatobiliar: falta de vigor no fgado e na vescula biliar.
Balsmico: que contm substncias como resinas, essncias e
leos de ao suavizante sobre o aparelho respiratrio e sobre a
pele.
Bquico: que acalma a tosse devida a ardor ou irritao da
garganta.
Calicida: que, em aplicao local, permite ou facilita a
eliminao dos calos e calosidades da pele.
Carminativo: que favorece a expulso dos gases produzidos
pelas fermentaes intestinais. As plantas carminativas so
geralmente ricas em essncias aromticas.
Colagogo: que facilita o esvaziamento, para o duodeno, das blis
contida na vescula biliar.
Colecistite: inflamao da vescula biliar.
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Colertico: que aumenta a quantidade de blis segregada pelo
fgado, o que facilita a digesto das gorduras.
Colites: inflamao do clon.
Desinteria: inflamao dos intestinos de que resultam
evacuaes dolorosas ou hemorrgicas, diarria.
Desobstruente: agente que combate as obstrues intestinais ehepticas.
Dismenorria: menstruao difcil e dolorosa.
Dispepsia: m digesto.
Dispepsia fermentativa: perturbaes do tubo digestivo, quer
de origem gstrica, quer de origem intestinal, que se manifestam
em dificuldade para digerir.
Eczemas: doena da pele, quase sempre de decurso lento,
produzindo pstulas e comicho mais ou menos intensa.
Emenagogo: que provoca ou facilita o aparecimento das regras
ou menstruao.
Emtico: que provoca o vmito com uma finalidade teraputica
(curativa).
Emoliente: medicamento prprio para amolecer, abrandar uma
inflamao.
Eritema: estado de vermelhido congestiva da pele, localizado
ou generalizado, ligado a processo de vasodilatao, capaz de
desaparecer pela compresso digital.
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Esclerose: doena degenerativa crnica, que geralmente pode
levar invalidez.
Escorbuto: doena produzida pela falta de vitamina C.
Escoriaes: ligeira esfoladura que atinge a epiderme,
ferimento.
Erisipela: doena infecciosa, devido a um estreptococo ecaracterizada por inflamao da pele que atinge sobretudo a
derme.
Eritema: congesto cutnea que d lugar vermelhido da pele.
Espasmdico: que impede os espasmos dos rgos ocos,
como o estmago, a vescula biliar ou a bexiga.
Espermatorria: derramamento involuntrio de esperma.
Eupptico: que facilita a digesto.
Febrfugas: que produz abaixamento da temperatura corporal.
Galactagogo: que favorece a secreo de leite nas mulheres que
amamentam.
Galnica: diz-se das preparaes farmacuticas que contm um
ou vrios compostos orgnicos, geralmente de origem vegetal,
em oposio s preparaes de substncias qumicas puras.
Gastrenterite: inflamao simultnea do estmago e intestinos.
Gastroenterites: o mesmo que gastrenterite.
Hepatobiliar: referente ao fgado e vescula biliar.
Hepatoprotetora: agente protetor do fgado.
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Hipertrofia prosttica: aumento de tamanho da prstata.
Hipocolesterolemiante: substncias que reduzem a taxa de
colesterol no sangue.
Hipocondria: condio crnica caracterizada por um receio
mrbido pela sade, muitas vezes associado com uma doena
imaginria e melancolia mais ou menos pronunciada.Hipoglicemiante: que diminui a concentrao de glicose no
sangue.
Hipolipemiante: que faz descer o nvel de lipdios (gorduras) no
sangue.
Hipotensor: que provoca uma queda da presso arterial.
Ictercia: sndrome resultante de uma alterao do sangue por
absoro da blis e que se caracteriza por amarelido anormal da
pele, das esclerticas e das urinas.
Inapetncia: falta de apetite.
Leucorria: corrimento esbranquiado proveniente dos rgos
genitais da mulher.
Nefrites: inflamao dos rins.
Nevralgia: sintoma caracterizado por dor no trajeto de um nervo
e suas ramificaes, sem alterao aparente da parte dolorida.
Paludismo: o mesmo que febres intermitentes.
Prostatite: qualquer inflamao da prstata.
8/8/2019 Ervas e Plantas is
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Reumatismo: nome genrico de diversas afeces
caracterizadas por inflamao dolorosa das estruturas do tecido
conjuntivo.
Salmonelose: infeces causadas pela bactria Salmonelasp.
Vulnerrio: que favorece a cicatrizao das feridas e a cura das
contuses.