Erros Inatos do Metabolismo e Triagem Neonatal Prof. Dr. José Simon Camelo Jr. Neonatologia...

Post on 21-Apr-2015

151 views 2 download

Transcript of Erros Inatos do Metabolismo e Triagem Neonatal Prof. Dr. José Simon Camelo Jr. Neonatologia...

Erros Inatos do Metabolismo e Erros Inatos do Metabolismo e Triagem NeonatalTriagem Neonatal

Prof. Dr. José Simon Camelo Jr.Prof. Dr. José Simon Camelo Jr.NeonatologiaNeonatologiaFaculdade de Medicina de Ribeirão PretoFaculdade de Medicina de Ribeirão PretoUniversidade de São PauloUniversidade de São Paulojscamelo@fmrp.usp.brjscamelo@fmrp.usp.br

EIM - História

Scriver, 2001: mais de 1000 doenças atribuíveis a defeitos herdados, genéticos

Raros individualmente MAS significantes coletivamente: 1:1000 nascidos vivos

Apresentação variada, virtualmente em QUALQUER tecido ou órgão corporal

Diagnóstico preciso é importante para o TRATAMENTO e PREVENÇÃO em outros membros da família

EIM: Triagem Neonatal

Investigação no RN de determinadas condições mórbidas em escala populacional

Pré-sintomática Contenção de efeitos deletérios Prevenção de sequelas irreversíveis Mudança de paradigma:

Medicina Preventiva! Início com Bickel, 1954

PKU cloreto férrico na urina...

EIM: Triagem Neonatal

Robert Guthrie, 1961: ensaio de inibição bacteriana para Phe em sangue seco, coletado em papel de filtro

Dussault, 1975: hipotireoidismo congênito, pesquisa de T4

Critérios para a Triagem Neonatal: Wilson & Jungner, WHO, 1968 “Princípios de Detecção Precoce de Doença”

Critérios Revisados: W & J

1. A condição procurada deveria ser um importante problema de saúde pública, julgada pela sua freqüência e suas consequências para o indivíduo afetado.

2. Deveria haver disponível um tratamento aceito para pacientes com doença reconhecida: doenças triadas sem tratamento questões éticas...

Critérios Revisados: W & J

3. Locais e facilidades para diagnóstico e tratamento deveriam estar disponíveis: follow-up deve incluir o tratamento e referência para intervenções médicas efetivas, outros recursos e serviços de suporte.

Critérios Revisados: W & J

4. A doença deveria apresentar um estágio sintomático precoce ou latente reconhecível: diagnóstico está muito próximo do início das manifestações clínicas no período neonatal, o que acaba retardando o diagnóstico.

Critérios Revisados: W & J

5. Deveria haver um teste ou exame apropriado para diagnóstico por triagem neonatal: taxa razoavelmente elevada de falso-positivos é aceitável, mas a de falso-negativos deve ser muito baixa ou inexistente.

Critérios Revisados: W & J

6. O teste de triagem deveria ser aceitável para a população: a triagem é parte dos cuidados médicos neonatais rotineiros e já foi objeto de dúvida se os pais têm o direito de recusar o screening de doenças preveníveis em favor da criança.

Critérios Revisados: W & J

7. A história natural da doença, incluindo o desenvolvimento de uma condição latente para a doença declarada, deveria ser adequadamente compreendida.

8. Deveria haver uma política bem definida sobre quem deve ser tratado como paciente: problema de variantes bioquímicas mais leves, como na PKU, galactosemia, biotinidase.

Critérios Revisados: W & J

9. Os custos de identificação de casos por triagem deveriam ser economicamente balanceados em relação a possíveis gastos com cuidados médicos como um todo: estudos de custo/benefício, efetividade ou utilidade da triagem neonatal.

10. A busca de casos deveria ser um processo contínuo, um serviço permanente e as extensões propostas deveriam tornar-se adições permanentes.

Tempo ideal de coleta do Teste do Pezinho: entre 2 e 5 dias, não mais de 7 dias!Tempo ideal de coleta do Teste do Pezinho: entre 2 e 5 dias, não mais de 7 dias!

Diagnóstico:• Confirmação de resultado

• Avaliação por especialista

• Resultados passados à família

Acompanhamento:

• Recebimento resultados• Repassar resultados p/ família e

pediatra

Triagem:• Teste inicial (pezinho)

• Análise laboratorial

Gerenciamento:• Tratamento

• Follow-up a longo prazo

• Estoque de amostrasAvaliação:

• Controle de qualidade

• Evolução do processo

• Custo-efetividade

Brasil: Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN)

Fase 1 Fenilcetonúria (PKU) – dosagem da Fenilalanina Hipotireoidismo Congênito – dosagem do TSH

Fase 2 Fase 1 + Hemoglobinopatias – eletroforese de

Hb Fase 3

Fase 2 + Fibrose Cística – dosagem da IRT Fase 4

Fase 3 + Deficiência de Biotinidase + Hiperplasia Congênita de Suprarrenais

PNTN: 2009

Brasil: PNTN

80,2% de cobertura do 80,2% de cobertura do Programa Nacional de Triagem Programa Nacional de Triagem

Neonatal em 2005Neonatal em 2005

PNTN: Evolução da Cobertura Populacional

De Carvalho et al., Journal of Inherited Metabolic Disease, 30:615, 2007

Centro de Referência do HC-FMRP-USP

Magalhães et al, Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(2):445-454, fev, 2009

Centro de Referência do HC-FMRP-USP

Magalhães et al, Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(2):445-454, fev, 2009

Espectrometria de Massa em Tandem (MS/MS)

Espectrometria de Massa em Tandem (MS/MS)

Espectrometria de Massa em Tandem (MS/MS)

Espectrometria de Massa em Tandem (MS/MS)

Newborn screening: Toward a Uniform Screening Panel and SystemNewborn screening: Toward a Uniform Screening Panel and System

American College of Medical Genetics; Genetics in Medicine 8:1S, 2006

* **

Brasil: GalactosemiaBrasil: Galactosemia

1:19.953 nascidos vivos!1:19.953 nascidos vivos!

Brasil: GalactosemiaBrasil: Galactosemia

Cadernos de Saúde Pública, RJ, 2010

Obrigado!Obrigado!