Erik erikson - Desenvolvimento Psicossocial

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Erik Erikson

Curso Tecnológico de Desporto

Escola Secundária de Rocha Peixoto

Psicologia A

Trabalho realizado por: Daniel Simões Nº7 João Giesteira Nº13 Joaquim Correia Nº14 Mário Almeida Nº17 Marta Mendes Nº19 12ºL

Teoria Psicossocial

Biografia

Erik Erikson nasceu a 15 de Julho de 1902, na Alemanha. Em 1927,

Erikson enveredou pela docência, tornando-se a convite de um

antigo colega de escola, professor numa escola que se distinguia

pelo seu estilo muito progressivo.

Durante este período da sua vida Erikson começou a relacionar se

com a família Freud, muito especialmente com Anna Freud, com

quem iniciou psicanálise e com quem ganhou o gosto do estudo

da infância.

Em 1930 publicou o seu primeiro artigo e em 1933, após completar a

sua formação como psicanalista, foi eleito para o Instituto de

Psicanálise de Viena.

Também em 1933 emigrou para os Estados Unidos onde

iniciou a prática da psicanálise infantil em Boston,

associando-se à faculdade de medicina de Harvard.

A partir desta altura Erikson começou a preocupar-se com

o estudo da forma como o Ego ou a consciência operam de

forma criativa em indivíduos considerados sãos.

Em 1936, Erikson abandonou a universidade de Harvard

para trabalhar no Instituto de Relações Humanas de Yale.

E em 1938 deu inicio aos seus primeiros estudos sobre as

Influências culturais no desenvolvimento psicológico,

estudando crianças Índias no Pine Ridge Reservations.

Erikson faleceu em Maio de 1994.

Biografia

Erikson propõe uma concepção de desenvolvimento

em oito estágios psicossociais, perspectivados por

sua vez em oito idades que decorrem desde o

nascimento até à morte, pertencendo as quatro

primeiras ao período de bebé e de infância, e as três

últimas aos anos adultos e à velhice, cada estágio é

atravessado por uma crise psicossocial entre uma

vertente positiva e uma negativa.

Teoria Psicossocial do Desenvolvimento

Cada estágio contribui para a formação da personalidade total

(princípio epigenético), sendo por isso todos importantes

mesmo depois de se os atravessar.

O núcleo de cada estágio é uma crise básica, que existe não só

durante aquele estágio específico, nesse será mais saliente,

mas também nos posteriores a nível de consequências, tendo

raízes prévias nos anteriores.

A formação da identidade inicia-se nos primeiros quatro

estágios, e o entendimento desta é negociado na

adolescência evolui e influencia os últimos três estágios.

Teoria Psicossocial do Desenvolvimento

Erikson perspectivava o desenvolvimento tendo em conta três aspectos:

Processo biológico: organização dos sistemas orgânicos que constituem o corpo;

Processo psíquico: organiza os traços da experiência individual de síntese do ego;

Processo social: organização cultural e interdependência das pessoas.

Teoria Psicossocial do Desenvolvimento

Estádios de Desenvolvimento de Erikson

Confiança  X  Desconfiança  (até 1 ano de idade)

Autonomia  X  Vergonha e Dúvida   (segundo e terceiro ano)

Iniciativa  X  Culpa (quarto e quinto ano)

Indústria/Mestria  X  Inferioridade (dos 6 aos 11 anos)

Identidade  X  Confusão/ Difusão (dos 12 aos 18 anos)

Intimidade  X  Isolamento (jovem adulto)

Produtividade  X  Estagnação  (meia idade)

Integridade  X  Desesperança (velhice)

Durante o primeiro ano de vida a criança é

substancialmente dependente das

pessoas que cuidam dela, requerendo

cuidado quanto à alimentação, higiene,

locomoção, aprendizado de palavras e

seus significados, bem como

estimulação para perceber que existe

um mundo em movimento ao seu redor.

O amadurecimento ocorrerá de forma

equilibrada se a criança sentir que tem

segurança e afecto, adquirindo

confiança nas pessoas e no mundo. 

Confiança  X  Desconfiança (até 1 ano de idade)

Vertente Positiva : Se esta identificação for positiva, ou seja, se a mãe corresponder, ele vai criar o seu primeiro e bom conceito de si e do mundo (representado pela mãe), o que Erikson chama de ritualização da divindade.

Vertente Negativa: Se a identificação for negativa, temos o ritualismo do idolismo, ou seja, o culto a um herói, onde o bebé acha que nunca vai chegar ao nível da sua mãe, que ela é demasiadamente capaz e boa, e que ele não se identifica assim.

Autonomia  X  Vergonha e Dúvida   (segundo e terceiro ano)

Neste período a criança passa a ter

controle de suas necessidades

fisiológicas e responder por sua higiene

pessoal, o que dá a ela grande

autonomia, confiança e liberdade para

tentar novas coisas sem medo de errar.

Se, no entanto, for criticada ou

ridicularizada desenvolverá vergonha e

dúvida quanto a sua capacidade de ser

autónoma, provocando uma volta ao

estágio anterior, ou seja, a

dependência. 

Vertente Positiva: A ritualização deste estágio é o discernimento , isto é, a criança torna-se acertada, julga-se a si e aos outros, diferenciando o certo do errado e as pessoas ditas diferentes.Vertente Negativa: o legalismo, ou seja, quando a criança começa a achar que a punição tem que ser aplicada incondicionalmente quando uma regra não for respeitada. É quando a punição vence a compaixão; se a criança se mobiliza com a punição do colega que perdeu o controlo de uma regra, ou então sente-se aliviado quando é punido por algo.

Durante este período a criança passa a

perceber as diferenças sexuais, os

papéis desempenhados por mulheres

e homens na sua cultura (conflito

edipiano para Freud) entendendo de

forma diferente o mundo que a cerca.

Se a sua curiosidade “sexual” e

 intelectual, natural, for reprimida e

castigada poderá desenvolver

sentimento de culpa e diminuir sua

iniciativa de explorar novas situações

ou de buscar novos conhecimentos.

Iniciativa  X  Culpa (quarto e quinto ano)

Vertente Positiva: Formação do senso de responsabilidade

Vertente Negativa: A personificação , ou seja, a criança exagera na fantasia de ter outras personalidades, de ser totalmente diferente do que é várias vezes, ela pode se tornar compulsiva por esconder seu verdadeiro “eu”.

Indústria/Mestria X  Inferioridade (dos 6 aos 11

anos)

Neste período a criança está sendo

alfabetizada e frequentando a escola,

o que propicia o convívio com

pessoas que não são seus familiares,

o que exigirá  maior sociabilização,

trabalho em conjunto,

cooperatividade, e outras habilidades

necessárias. Caso tenha dificuldades

o próprio grupo irá criticá-la,

passando a viver a inferioridade em

vez da construtividade.

Vertente Positiva: A socialização.

Vertente Negativa: O formalismo , ou seja, a repetição obsessiva de formalidades sem sentido algum para determinadas ocasiões, o que empobrece a personalidade e prejudica as relações sociais da criança.

Identidade  X  Confusão/Difusão (dos 12

aos 18 anos)

O jovem experimenta uma série de

desafios que envolve suas atitudes

para consigo, com seus amigos, com

pessoas do sexo oposto, amores e a

busca de uma carreira e de

profissionalização.

Na medida que as pessoas à sua volta

ajudam na resolução dessas questões

desenvolverá o sentimento de

identidade pessoal, caso não encontre

respostas para suas questões pode se

desorganizar, perdendo seu senso de

referência.

Vertente Positiva: O adolescente adquire uma identidade pessoal psicossocial, isto é, entende a sua singularidade, o seu papel no mundo.

Vertente Negativa: Refere os aspectos, sentimentos de confusão/difusão de quem ainda não se encontrou a si próprio, não sabe o quer e tem dificuldades em fazer opções.

Intimidade  X  Isolamento (jovem adulto)

Nesta idade o interesse, além de

profissional,

gravita em torno da construção de

relações

profundas e duradouras, podendo

vivenciar

momentos de grande intimidade e

entrega

afectiva.

Caso ocorra uma decepção a tendência

será o isolamento temporário ou

duradouro. 

Vertente Positiva: O descobrir do próprio “eu”

Vertente Negativa: O isolamento de quem não consegue partilhar afectos com intimidade nas relações privilegiadas.

Produtividade  X  Estagnação  (meia idade)

Neste período, as pessoas procuram

definir objectivos e motivações para o

que querem produzir nas suas vidas.

Pode aparecer uma dedicação à

sociedade à sua volta e realização de

valiosas contribuições, ou grande

preocupação com o conforto físico e

material.

 

Vertente Positiva: É o sentimento de compromisso social, de que se tem coisas interessantes a passar às gerações futuras.

Vertente Negativa: é a centralização nos seus interesses próprios e superficiais, o empobrecimento das relações interpessoais, ou seja, a estagnação.

Integridade  X  Desespero (velhice)

Se o envelhecimento ocorre com

 sentimento de produtividade e

valorização do que foi vivido, sem

arrependimentos e lamentações

sobre oportunidades perdidas ou

erros cometidos haverá integridade e

ganhos, do contrário, um sentimento

de tempo perdido e a  impossibilidade

de começar de novo trará tristeza e

desespero.

Vertente Positiva: A virtude a desenvolver neste estádio é a sabedoria, a consciência de que, dadas as circunstâncias e as nossas potencialidades, não vivemos em vão. Vertente Negativa: Advém quando se renega a vida, mas se sabe que já não se pode recomeçar uma nova existência.

Com isto, podemos concluir que:

• cada estádio é atravessado por uma crise

psicossocial entre uma vertente positiva e uma

negativa, sendo as duas vertentes necessárias;

• é essencial sobrepor a vertente negativa;

• a vertente positiva é essencial ao desenvolvimento,

pois a forma como cada pessoa enfrenta cada crise

determina e promove forças para ser bem sucedido

no estádio seguinte.

Conclusões

A crise psicossocial é o resultado de um conflito entre a

vertente positiva e a vertente negativa.

Como em cada um dos oito estágios o ego passa por uma

crise, o desfecho da crise pode ser positivo ou negativo;

se o desfecho for positivo surge um ego mais forte e

estável, enquanto se for um desfecho negativo gera um

ego mais fragilizado.

Conclusões