Post on 07-Jun-2015
Epidemiologia e Saúde Coletiva: conceitos e definições
Conceito Breve Histórico História Natural das Doenças e Níveis de
Prevenção A Medida da Saúde Coletiva: definição e aplicação de
alguns indicadores Indicadores de Mortalidade Indicadores de Morbidade Anos de Vida Perdidos
Referências, para estudo
Capítulos 1-3 (p. 1 -76) Epidemiologia e Saúde, M. Zélia Rouquayrol e/ou Sessão I Medronho
Conhecer os dados possibilita a análise do cenário de saúde do país e a proposta de políticas e ações para aprimora-la. E a epidemiologia se atualiza sempre para acompanhar os
novos desafios da saúde
Os princípios básicos
Avanços metodológicos
Desafios
A tríade
Agente
Hospedeiro
Meio
A História Natural da Doença
Fundamenta a importância da
epidemiologia social na prevenção de
condições e a superioridade da
estratégia populacional
A saúde pública baseada em evidências
a. Meta-análises de estudos
experimentais
b. Análises de sensibilidade
c. Modelos Matemáticos e
sistemas georeferenciados
d. Epidemiologia do Ciclo Vital
Ecológicos, bioterrorismo,
efeitos de guerra etc. Inclui:
a. Saúde do viajante
b. Urbanização e envelhecimento
c. Saúde Pública e Epidemiologia
Acadêmica
Leavell&Clark e a História Natural das Doenças
Período pré patogênico
Período patogênico
PROMOÇÃO DA
SAÚDE
PROTEÇÃOESPECÍFICA
Prevenção Primária
DIAGN PRECOCE
TTOIMEDIATO
LIMITAÇÃO DE
INCAPACIDADE
Prevenção Secundária
REABILITAÇÃO
Prevenção 3aria
Interrelação entre
AGENTE, SUSCETÍVEL e
AMBIENTE que produzem
ESTÍMULO à doença
Morte
Defeito, invalidez
Alteração de tecidos
INTERAÇÃO
Recuperação
Os Indicadores: Representações numéricas e quantitativas da realidade
Constituição física
Coeficiente de Mortalidade Infantil
Condições Sociais
Acesso aos serviços de saúde
Educação
Desenho de perfil epidemiológico: Incidência de Dengue no Brasil em 2000
http://www.paho.org/english/sha/be_v23n1-denguebrazil.htm
O perfil de saúde do país não é homogêneo: o perfil epidemiológico se relaciona tanto às características sócio-
espaciais como à distribuição da rede de saúde e o acesso aos serviços.
Proporção de nascidos vivos por baixo peso ao nascer (< 2500 g), segundo município de
residência da mãe, Brasil, 2005.Meta nacional 8%
Em 2005:
3.564 municípios atingiram a meta.
2.00 não atingiram.
Fonte: SINASC/CGIAE/DASIS-SVS
* Taxas mix
Risco* de morte de menores de um ano segundo microrregiões - 2005
TMI = 21,2 por mil nascidos vivos Meta Nacional 16,67
Fonte: CGIAE/DASIS-SVS
Proporção de nascidos vivos de mães que tiveram quatro e mais consultas de pré-natal,
segundo município de residência da mãe.Brasil - 2005
Meta nacional 86,7%
Em 2005:
3.619 municípios atingiram a meta 1.946 não atingiram
Fonte: SINASC/CGIAE/DASIS-SVS
Sem Registro
Dermatologia
Neurologia
Otorrinolaringologia
Urologia
Duas especialidades
Três especialidades
Dermatologia + Neurologia + Otorrinolaringologia + Urologia
Municípios com Registro de uma ou mais Consultas Médicas deEspecialidades Selecionadas Realizadas pelo SUS, Brasil - 2002
Fonte: TABNET_SIA/SUSFonte: TABNET/Datasus.
A rede de saúde também é desigual: A concentração de serviços de saúde tende a se relacionar às características
sócio-econômicas dos municípios.
Razão, proporção, índices
Indicador Cálculo ExemploTaxa (Índice) Número de casos q ocorre
em determinado tempo/população no mesmo período. Usar constane para evitar número mto pequenos.
Total de casos de AIDS da população em relação à população geral
Proporção Os indivíduos do numerador estão obrigatoriamente no dnominador.
Total de óbitos por tuberculose em relação ao total de óbitos geral.
Razão Expressa a relação quantitativa entre eventos diferentes. Divide-se um pelo outro.
Razão entre homens e mulherres – divisão do número de homens pelo número de mulheres.
Transição Epidemiológica: A mudança do perfil de mortalidade no Brasil, 1980
- 2002
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2002
CAUSAS EXTERNAS NEOPLASIAS DIGESTIVAS RESPIRATÓRIASCIRCULATÓRIAS INFECTO-PARASITÁRIAS OUTRAS CAUSAS
Medindo a saúde pela mortalidade:
Prós• Facilidade da coleta de
informações• Orienta a adoção de medidas
de caráter abrangente (ex. Saneamento) que visam melhorar o estado sanitário da comunidade
• Orienta estudos mais específicos
Contras• Relacionada ao perfil etário
da população• Pouco discriminatória• Não adequada para o
monitoramento de ações ou como apoio a ações específicas para determinadas condições
A mortalidade depende de vários fatores, entre eles, da composição
etária da população.Pirâmide Etária
15 10 5 0 5 10 15
0 a 9
10 a 19
20 a 29
30 a 39
40 a 49
50 a 59
60 a 69
70 a 79
80 e +
Faix
a E
tári
a (a
nos)
Percentual da População
Masculino
Feminino
Morbidade
• Comportamento de doenças e agravos à saúde numa população exposta.
• Falando a mesma língua! – É preciso padronizar a denominação dos agravos: CID 10 (Classificação Internacional de Doenças)
CID
Como levantar dados populacionais?
Inquérito Epidemiológico
Estudo das condições de morbidade por causas específicas, amostra ou todo, tempo, espaçoEntrevista Exame Clínico Registro
Sistema Nacional de Vigilancia Epidemiológica
A Vigilânciacia Epidemiológica: Como funciona?
EM ETAPAS: Coleta de dados
Demográficos, ambientais, morbidade, mortalidade, notificações Fontes: ambulatórios, hospitais, laboratório, imprensa, população
Diagnóstico e acompanhamento dos casos (Município) Alimentação do sistema de informação do DATASUS - SINAN Análise por município, por Estado e Nacional Identificação das prioridades e desenho das estratégias de
controle, incluindo dotação orçamentária Implantação de ações Reavaliação e ajustes
Doenças de Notificação Compulsória
• AIDS• Malária• Cólera• Mielite Transversa• Dengue• Outras Meningites• Difteria• Doença de Chagas (fase aguda)• Outras Paralisias Flácidas sem outras
especificações• Doença Meningocócica• Peste• Encefalite por Arbovírus• Poliomielite• Esquistossomose• Raiva
• Febre Amarela
• Rubéola
• Febre Purpúrica Brasileira
• Sarampo
• Febre Tifóide
• Sífilis Congênita
• Hanseníase
• Leishmaniose Cutâneo-Mucosa
• Síndrome da Rubéola
Congênita
• Leishmaniose Visceral (Kala-Azar)
• Síndrome de Guillain-Barré
• Tétano (Acidental e Neonatal)
• Leptospirose
• Tuberculose
Definição e Cálculo
Coeficiente de Prevalência : Mede a força com que as doenças subsistem em
uma população. É fundamental para o planejamento e a avaliação de
medidas de controle de doenças e agravos.
Coeficiente de Prevalência
No. de casos conhecidos de uma
determinadadoença
População
= X 10n
Comparação* PNSN (1989) e Inquérito – Percentual de fumantes atuais de cigarros, na população de 15 anos ou mais em 7 capitais
brasileiras e no DF, 2002-2003
*Ajustada pela população do Censo 2000.
Exemplo: Prevalência de tabagismo em capitais brasieliras
Incidência: Definição e Cálculo
Coeficiente de Incidência : Mede a intensidade com que uma morbidade
acomete a população. É como uma medida da velocidade de crescimento do agravo.
É uma medida do risco da doença/agravo
Coeficiente de Incidência
No. de casos novos de uma doença ocorridos
em determinada comunidade em
determinado tempo
Número de pessoas expostas ao risco de adquirir a doença no
referido período
= X 10n
Homens
Mulheres
Estimativa do número de casos novos de câncer* para o ano de 2005, homens e
mulheres, Brasil
* Exceto pele não nelanoma.
Próstata 46.330 27 %Traquéia, Brônquio e Pulmão 17.110 10 %Estômago 15.170 9 %Cólon e Reto 12.410 7 %Cavidade Oral 9.985 6 %Esôfago 8.140 5 %Leucemias 5.115 3 %Pele Melanoma 2.755 2 %Outras Localizações 56.175 32 %
Mama Feminina 49.470 27 %Colo do Útero 20.690 11 %Cólon e Reto 13.640 8 %Traquéia, Brônquio e Pulmão 8.680 5 %Estômago 7.975 4 %Leucemias 4.075 2 %Cavidade Oral 3.895 2 %Pele Melanoma 3.065 2 %Esôfago 2.450 1 %Outras Localizações 67.290 37 %
Fonte: MS/Instituto Nacional de Câncer – INCA, 2004.
Relação da taxa de cura e o número casos novos de tuberculose bacilífera na coorte 9º mês. UF, 2005.
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
RR AC ES MA CE AL SE MS
BA SC RJ DF
MT
AM PA PR MG RS PE PB RN SP RO AP PI TO GO
Casos curados BK (+)Ta
xa d
e ca
sos
BK (
+) cu
rado
s (%
)
Taxa de Casos Novos BK(+) curados (%) Total de Casos Novos BK(+) notificados
Outras formas de medir a saúde: anos de vida perdidos
Indicador : DALY
(Disability Adjusted Life Years - Anos de vida perdidos ajustados por incapacidade)
- combina informações de morbidade e mortalidade: tempo de vida e qualidade de vida
COMPOSIÇÃO DO DALY
Mede-se
- YLL -Years of Life Lost - Anos de vida perdidos por morte prematura ou incapacidade
- YLD - Years Lived with Disability - Anos de vida vividos com incapacidade
1 Daly = 1 ano de vida sadia perdido
Referência: esperança de vida (para cada idade exata – correspondente ao momento de ocorrência do agravo) conforme o padrão do Japão
Cálculos do DALY
YLL + YLD para 113 doenças
Grande Grupo I - Infecciosas e parasitárias, condições maternas, condições perinatais e deficiências nutricionais
Grande Grupo II - Não-transmissíveis Grande Grupo III – Externas
Exemplo do cálculo: acidente de trânsito •Morre um homem de 50 anos; •Morre uma mulher de 40 anos; •Uma mulher de 30 anos fica paraplégica
Cálculo • O homem morre aos 50 anos e sua expectativa de vida era de + 31 anos. Logo, ele perde 31 YLL por morte prematura • Digamos que a expectativa de vida da mulher (40 anos) seja de + 44 anos. Logo, ela perde 44 YLL por morte prematura • A mulher ficando paraplégica aos 30 anos. Digamos que viva 44 anos paraplégica e que o peso da paraplegia seja 0,5. Logo, perderá 44 anos * 0,5 ou 22 anos YLD, por perda de qualidade de vida
Anos de Vida perdidos
Total de DALYMorte Homem perdeu 31YLL Mulher perdeu 44YLL Total 75YLL Seqüela (paraplegia)A mulher perdeu 22YLD DALY 97 DALY
Total de DALYMorte Homem perdeu 31YLL Mulher perdeu 44YLL Total 75YLL Seqüela (paraplegia)A mulher perdeu 22YLD DALY 97 DALY
% de óbitos por alguns grupos de causas
Brasil - 1998
doenças do aparelho circulatório - 32,43 causas externas - 14,88 neoplasias - 14,01 doenças infecciosas e parasitárias - 6,17
% DALY por alguns grupos de causas
Brasil - 1998
doenças neuropsiquiátricas - 18,6% doenças cardiovasculares - 13,3% infecciosas e parasitárias - 9,2% doenças respiratórias crônicas - 8,1%